CTT aceleram 4,7% após fechar “bom contrato” do serviço postal universal

Analistas do BPI/CaixaBank consideram que o novo contrato do serviço postal universal será "relativamente bom do ponto de vista financeiro" para os CTT. Ações avançam quase 5% na bolsa.

Os CTT CTT 1,13% aceleram quase 5% na bolsa de Lisboa, isto depois de terem anunciado um novo contrato do serviço postal universal que os analistas do BPI/CaixaBank consideram ser “relativamente bom do ponto de vista financeiro” para a empresa liderada por João Bento.

As ações dos Correios valorizam 4,7% para 4,565 euros, registando o melhor desempenho na bolsa de Lisboa na sessão desta terça-feira. Mais de meio milhão de ações já trocaram de mãos em pouco mais de duas horas de negociação, já acima com a média diária de 400 mil títulos dos últimos três meses.

Este desempenho surge depois de terem anunciado ao mercado que celebrou com o Governo um novo contrato do serviço postal universal, algo que era há muito esperado pelos investidores e que o mercado está a receber como uma notícia “positiva”.

A assinatura deste contrato “reduz as incertezas quanto ao enquadramento regulatório das operações de correio dos CTT nos próximos sete anos”, começam por salientar os analistas do BPI/Caixabank na nota de research diária a que o ECO teve acesso.

Por outro lado, “parece ser um contrato relativamente bom do ponto de vista financeiro”, pois dá aos CTT uma “capacidade para aumentar os preços acima do que era antecipado inicialmente” pelo banco. O acordo prevê um aumento até 6,8% do preço dos correios para 2022, dependendo da queda do tráfego, “que fica significativamente acima da nossa previsão de 3,2%”, dizem os analistas.

Ainda assim, “precisamos de ver qual vai ser o resultado final das negociações com o governo e o regulador em relação ao preço definido a partir de 2023”, acrescentam.

A fórmula de preços para o período entre 2023 e 2028 ainda terá de ser negociada entre os CTT, a Anacom e a Direção Geral do Consumidor, com o BPI/CaixaBank a esperar notícias até final deste ano. Caso não haja acordo, será o Governo a definirá os critérios dos preços.

Ao longo deste ano, mantêm-se em vigor os indicadores de qualidade do SPU antigos, desenhados pela Anacom em 2018, mas com uma alteração: “Se houver lugar a penalizações, estas traduzir-se-ão em obrigações de investimento que resultem em melhorias para benefício da prestação dos serviços e dos utilizadores finais”, escreve a empresa, sem detalhar.

CTT aceleram na bolsa

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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