Novavax atrasa entregas de vacinas contra a Covid
A Novavax entregou apenas uma pequena fração das vacinas contra a Covid-19 a que se comprometia entregar ao longo deste ano e está a atrasar as entregas previstas para este trimestre na Europa.
A farmacêutica norte-americana Novavax entregou apenas uma pequena fração das duas mil milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 que se comprometia entregar ao longo deste ano e está a atrasar as entregas previstas para o primeiro trimestre na Europa e países de baixo rendimento, como as Filipinas, avança a Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).
Segundo a Reuters, a farmacêutica já entregou cerca de 10 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 à Indonésia e outros milhões de remessas chegaram na segunda-feira à Austrália e Nova Zelândia. Contudo, a Novavax recusa revelar o número exato de entregas que já efetuou, mas garante que está a mover esforços para cumprir os contratos previstos para este trimestre.
A porta-voz da Novavax, Amy Speak, adianta ainda que algumas remessas estão a ser retidas devido aos processos regulatórios e aguardam num armazém de distribuição para serem enviadas. Segundo a Reuters, as remessas para a União Europeia, Indonésia e Filipinas foram retidas por uma aprovação regulatória tardia da Organização Mundial da Saúde (OMS), limitações de exportação do seu parceiro de produção, o Serum Institute of India, bem como por atrasos na aprovação dos lotes individuais das vacinas por parte dos reguladores europeus, que devem examinar as vacinas antes que estas sejam distribuídas.
Esta vacina recebeu “luz verde” da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) para ser administrada em pessoas a partir dos 18 anos, a 20 de dezembro. Contudo, para ser administrada em Portugal precisa de ter o aval da Direção-Geral da Saúde (DGS) e da Comissão Técnica de vacinação, o que ainda não sucedeu.
Portugal tem 492 mil doses da vacina contra a Covid da Novavax, ao abrigo do contrato de aquisição de vacinas assinado em agosto pela Comissão Europeia, tal como revelou o Infarmed ao ECO. O ECO tem vindo a questionar a DGS sobre se, eventualmente, esta vacina virá a ser utilizada para a vacinação primária de pessoas ainda não foram inoculadas ou na vacinação de reforço (que está atualmente a ser feita apenas com vacinas mRNA), ou até, se estas doses poderão ser doadas a outros países, mas ainda não obteve resposta.
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