El Corte Inglés cria Escola de Retalho

O El Corte Inglés (ECI) criou a Escola de Retalho, cuja primeira edição arrancou em fevereiro, num modelo modular e híbrido, com duração de seis meses. A formação dirige-se, sobretudo, aos colaboradores da área de vendas dos grandes armazéns.

“Deparamo-nos frequentemente com candidatos que desconhecem as possibilidades que podem encontrar nesta área, sobretudo numa estrutura como a nossa, em que o vendedor assume uma posição de destaque na pirâmide da empresa, pelo que era inevitável este passo, que acreditamos contribuir de forma ativa para promover a empregabilidade e valorizar esta função”, explica Susana Silva, diretora de Pessoas do El Corte Inglés, citada em nota de imprensa.

Escolas de formação de retalho não é uma iniciativa inédita. Cadeias como, por exemplo, a Coviran também prestam formação através de uma academia interna. O ECI justifica esta iniciativa com a necessidade sentida pelas empresas de retalho da “dupla exigência de captar e despertar interesse nos jovens para que desenvolvam uma carreira no comércio“, num momento em que a taxa de desemprego se situa nos 6% “num mercado em completa transformação, em que as tecnologias e as profissões mais qualificadas recebem cada vez maior atenção por parte dos jovens”.

“Apenas os colaboradores do El Corte Inglés entram na Escola de Retalho. São selecionados todos os que são contratados para área de vendas e o percurso performativo tem a duração de 6 meses. Em termos de vagas, são adaptáveis e teremos várias edições”, clarifica fonte oficial dos grandes armazéns à Pessoas.

“No final, têm uma certificação para comprovar a aprendizagem“, refere ainda. Essa certificação é do ECI.

A Escola do Retalho alterna conteúdos técnicos com comportamentais, online e presenciais, organizados em quatro módulos — Conhece-nos, Forma-te, (In)Forma-te e Desenvolve-te — onde são abordados conteúdos como História da Empresa e do Comércio, Modelo e Técnicas de Venda, Moda & Protocolo, Vendedor Omnicanal, Aprendizagem e Comunicação, Grupos e Papéis na Organização.

O objetivo é fornecer ferramentas que potenciem as competências hard e soft dos colaboradores. “Estas últimas são críticas para a adaptação às exigências de um contexto que prima pela relação personalizada com o cliente, com uma lógica de serviço de excelência, em que a procura de solução e valor acrescentado marcam a diferença”, destaca o ECI.