Uma em cada dez crianças vive numa família com dificuldades
"O nível de escolaridade dos pais é uma das características que mais distinguem a população com menos de 16 anos em privação material e social", nota o INE.
O ano passado, 10,7% das crianças com menos de 16 anos pertenciam a agregados familiares em privação material e social, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira. Este número é inferior ao registado na população em geral (13,5%).
Desta forma, cerca de um sexto das crianças não tinham a possibilidade de passar férias, fora de casa, pelo menos uma semana por ano, devido às dificuldades económicas, 9,7% não podiam participar regularmente numa atividade extracurricular ou de lazer, 6,6% viam-se impedidas de participar em viagens e atividades escolares não gratuitas e 4,3% não poderiam substituir roupa usada por alguma roupa nova.
“O nível de escolaridade dos pais é uma das características que mais distinguem a população com menos de 16 anos em privação material e social, o que é principalmente evidenciado quando todos os pais detêm um nível de escolaridade até ao ensino básico, condição em que as crianças com menos de 16 anos em geral representam 20,7% e 54,8% quando em privação material e social”, salienta o INE.
Já quando pelo menos um dos progenitores completou o ensino superior, as proporções são 48,8%, para as crianças com menos de 16 anos em geral, e 8,4%, quando em privação material.
A composição familiar é também um fator relevante para a privação material e social, sendo que por exemplo as crianças com menos de 16 anos que vivem em famílias com dois adultos e duas crianças representam 32,4% do total, mas apenas 13,4% daquelas em privação material e social.
O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento 2021 revelou ainda que “cerca de 1,8% da população adulta em idade ativa tinha filhos menores residentes fora do seu agregado familiar (em 81,5% dos casos com um filho fora do agregado)”. Quanto aos adultos com filhos menores fora do agregado, mais de metade tinham idades dos 40 aos 44 anos (29,1%) e dos 45 aos 49 anos (23,1%), e cerca de 93,8% eram homens.
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