Patrões disponíveis para integrar profissionalmente refugiados ucranianos
Patrões estão disponíveis para cooperar com IEFP na “integração profissional” dos que ucranianos que procurem refúgio em Portugal.
As confederações patronais estão disponíveis para, em articulação com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IECP), integrar profissionalmente os refugiados ucranianos que cheguem a Portugal nos próximos meses, por causa da guerra em curso no leste do continente europeu.
“Consciente da grave crise humanitária que este conflito também produzirá, o CNCP [Conselho Nacional das Confederações Patronais] reitera a sua total disponibilidade, em articulação com o IEFP, para a integração profissional dos refugiados que Portugal possa acolher nos próximos meses”, sublinharam os patrões esta segunda-feira, em comunicado.
O CNCP condena veemente a invasão da Ucrânia pela Rússia e diz-se solidário com o povo ucraniano, relevando que é “com grande preocupação” que está a acompanhar a atual situação, pela “tragédia humana que representa”, mas também pelas previsíveis consequências para a estabilidade e economia europeias.
“O CNCP está consciente do inevitável impacto económico que este conflito terá em Portugal, exacerbado pelas fortes dependências europeias, sobretudo no domínio energético, mas também alimentar, agravado ainda pela dramática situação de seca que assola o País. O impacto desta guerra nas empresas e na economia portuguesas será direto, sobretudo pelo aumento dos custos energéticos e de produtos agrícolas, que se repercutirá na inflação”, frisam os patrões.
Perante este quadro, as confederações patronais apelam a que a União Europeia desenvolva esforços para garantir fontes alternativas de abastecimento de energia, bem como de matérias-primas e componentes críticos.
Por outro lado, os patrões avisam que, neste contexto, o Orçamento do Estado para 2022 terá de incluir — nomeadamente na área fiscal — “os ajustamentos necessários para responder à subida dos preços da matérias-primas, ao aumento dos custos de energia, em particular dos combustíveis, e à inflação”, bem como para mitigar o impacto desta situação nas empresas portuguesas que negociam com a Rússia e com a Ucrânia.
O CNCP acrescenta, além disso, que é recomendável que as empresas reforcem a sua cibersegurança, “num momento em que os riscos neste domínio são elevados”.
“O mais importante é que tudo seja feito para salvar vidas. O CNCP apela aos líderes políticos mundiais para que insistam na procura urgente de uma solução diplomática que trave este conflito, preservando a paz, a estabilidade e a prosperidade na Europa”, rematam os patrões.
O dia 24 de fevereiro de 2022 vai ficar para a história: na madrugada, a Rússia deu início a uma “operação militar especial” na Ucrânia, tendo atacado várias cidades desse país, com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de o “desmilitarizar e desnazificar“. Tanto os Estados Unidos como a União Europeia já impuseram sanções a Moscovo, em resposta, mas o conflito tem registado um agravamento.
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