BCP com exposição “imaterial” a empresas russas. Já implementou “100 restrições” por causa das sanções

Banco já implementou no seu sistema "cerca de 100 medidas" relacionadas com as sanções anunciadas por Bruxelas à Rússia. Diz ter exposição "imaterial" à dívida de empresas russas.

O BCP tem uma “exposição absolutamente imaterial” à dívida de empresas russas, anunciou o CEO Miguel Maya esta segunda-feira, adiantando ainda que, na sequência da bateria de sanções anunciadas por Bruxelas à Rússia, a instituição financeira já implementou cerca de “100 restrições” no seu sistema, nomeadamente relacionadas com outros bancos.

“O BCP não tem qualquer exposição [à dívida soberana russa], nem o banco na Polónia. O grupo não tem qualquer exposição. Mesmo contando com dívida corporate, a exposição é absolutamente imaterial quer a partir de Portugal quer a partir das operações estrangeiras”, referiu Miguel Maya na apresentação de resultados.

“Do ponto de vista de risco de crédito, não há qualquer motivo para preocupação”, assinalou.

De acordo com a mesma fonte, o banco já implementou no seu sistema “cerca de 100 medidas” que têm “impacto em entidades” que foram alvo das sanções da Comissão Europeia. São sobretudo “restrições a trabalhar com banco A ou C”, explicou.

Por outro lado, Miguel Maya observou que Portugal “não tem grande relação nem com a Ucrânia nem com a Rússia” e, nesse sentido, “não é tema que cause grande apreensão” o potencial impacto direto do conflito na Ucrânia no banco.

Contudo, acrescentou logo a seguir, “a guerra na Ucrânia terá implicações no aumento do preço da energia à escala global, que afetam a economia europeia e mundial” e também no BCP.

O BCP registou lucros de 138,1 milhões de euros no ano passado, o que representa uma queda de 25% em relação ao ano anterior, e vai distribuir dividendos “muito moderados”.

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