Fundo soberano norueguês lucra com Trump
O maior fundo soberano do mundo viu os seus lucros crescerem em 53 mil milhões de dólares. Obteve um retorno de 6,9% graças às ações que dispararam após a eleição de Trump.
O fundo soberano norueguês já é o maior do mundo… mas está ainda maior. Lucrou 447 mil milhões de coroas suecas (53 mil milhões de dólares ou 50 mil milhões de euros) durante o ano passado, um resultado que se deve essencialmente ao elevado retorno obtido com o investimento em ações. A forte subida dos mercados acionistas após a eleição de Trump ajudou “engordar” o resultado.
O retorno do fundo de 900 mil milhões de dólares ascendeu a 6,9%, no ano passado, arrasando com o resultado obtido um ano antes, quando tinha apresentado uma rentabilidade de 2,7%. Para este resultado contribuíram essencialmente as ações que apresentaram uma valorização de 8,7%, enquanto as obrigações subiram 4,3% e o imobiliário apenas 0,8%.
“O fundo gerou um retorno de 6,9% após um ano marcado por eventos políticos e incerteza”, diz Yngve Slyngstad, o presidente executivo do maior fundo soberano do mundo, citado pela Bloomberg. “Todas as classes de ativos geraram retornos positivos, mas foi o forte desempenho das ações na segunda metade do ano que puxou pelos resultados do fundo”, remata. Foi o quinto ano consecutivo de ganhos do fundo criado com os lucros do petróleo, isto num período em que o Governo retirou dinheiro para fazer face às despesas.
No seguimento da eleição de Donald Trump para presidente dos EUA, apesar do choque inicial, os mercados acionistas dispararam — as bolsas norte-americanas têm atingido recordes consecutivos. A promessa de fortes investimentos públicos, associada à promessa de menor regulação no setor financeiro, animou os investidores que estão a assumir maiores lucros nas empresas.
A exposição do fundo à Europa caiu de 36% para 38,1%, já no caso dos EUA assistiu-se a um aumento de 40% para 42,3%. A exposição à Ásia deslizou ligeiramente para 17,9%, já a aposta nos emergentes ficou praticamente inalterada. Estes mercados representam 10% da carteira de investimentos do fundo soberano da Noruega.
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