O que pesa na balança na hora de mudar de emprego? Flexibilidade horária e benefícios

Flexibilidade horária e benefícios são os aspetos mais valorizados pelos trabalhadores portugueses quando avaliam uma oferta de emprego.

Se tivessem de escolher entre um salário de 50.000 euros/ano com um pacote de benefícios com seguro de saúde, ginásio e contribuição mensal para um plano de pensão, e um salário 2.000 euros superior, mas sem benefícios, 84% dos trabalhadores portugueses preferia a oferta com menor salário, revela um estudo da plataforma de gestão de benefícios Cobee. O que valorizam os colaboradores nacionais quando analisam uma oferta de emprego? Flexibilidade horária e benefícios.

“Nos últimos anos, a compensação não monetária, sob a forma de benefícios sociais, tem vindo a ser cada vez mais procurada por colaboradores e potenciais colaboradores. Oferecer um pacote de benefícios perfeitamente adaptado às necessidades de cada um é fundamental para atrair e reter talento nos dias de hoje,” afirma Borja Aranguren, co-founder & CEO da Cobee, citada em comunicado.

“Garantir que cada colaborador se sente confortável, realizado e reconhecido, com boas condições de trabalho e uma cultura organizacional orientada para as pessoas, é a chave para alcançar o bem-estar, social, físico e emocional no trabalho. Neste contexto, as empresas não podem ser meros espectadores – devem agir e melhorar os planos globais de bem-estar das suas pessoas”, refere ainda a responsável da empresa, que opera deste o ano passado em Portugal.

Flexibilidade horária e benefícios sociais são as prioridades dos portugueses este ano, revela o estudo “Tendências de Benefícios para Colaboradores” da Cobee, realizado em fevereiro junto de 1.000 colaboradores em Portugal.

O que valorizam numa mudança de emprego?

Quando avaliam uma nova oferta de emprego, os portugueses dão importância, em primeiro lugar, à possibilidade de ter um horário de trabalho flexível (31%) e, logo depois, à existência de benefícios sociais (25%). A possibilidade de realizar teletrabalho (16%) ou mesmo trabalho remoto total (13%) são as outras opções destacadas pelos inquiridos.

O tema dos benefícios sociais – a compensação não monetária ou em espécie – está a ganhar importância nas prioridades dos trabalhadores, com 89% dos inquiridos a considerar que as empresas que oferecem benefícios se preocupam realmente com o bem-estar dos seus colaboradores.

Dos inquiridos, mais de metade (57%) já usufrui de algum tipo de benefício social como parte do seu pacote de compensação, mas trata-se, na sua maioria, de benefícios standard para todos os colaboradores. Ou seja, mais de 7 em cada 10 não conta com um plano de benefícios personalizado às suas necessidades e prioridades, não tendo autonomia para os escolher ou trocar os que lhes parecem menos atrativos.

“Não é aconselhável adotar este tipo de abordagem one size fits all. O setor dos benefícios está a passar por uma transformação total, com soluções de remuneração inovadoras, personalizadas e disruptivas, que se afastam cada vez mais das abordagens tradicionais e pouco operacionais, e as empresas que não o compreenderem vão ficar para trás”, alerta a Cobee.

E os benefícios extra salário parecem ganhar peso nas decisões na hora de optar por uma oferta de emprego: 84% dos inquiridos optaria por um salário anual de 50.000€ e um pacote de benefícios com seguro de saúde, ginásio e contribuição mensal para um plano de pensão, em vez de um salário anual de 52.000€ sem benefícios.

O que oferecem as empresas e querem os colaboradores

Seguros de saúde (60,55%), os vales de refeição (53,63%) e a formação (42,21%) são os três principais benefícios oferecidos pelas empresas. Em segundo plano, destacam-se ainda opções como transporte público (18,34%), seguro de vida (17,99%) ou saúde mental (13,15%).

Mas no top 5 das prioridades dos colaboradores estão os seguros de saúde (70%), os vales de refeição (46%), a formação (32%), o equipamento informático (30,42%) e o seguro de vida (29,03%), seguidos de seguro de reforma (28,43%), vales de transporte (27,04%) ou passes para ginásio (18,29%).

 

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