António Ramalho tranquilo com escutas: “Não há nenhuma fotografia minha com Vieira”

Presidente do Novobanco afasta ligações ao ex-presidente do Benfica: "Não há nenhuma fotografia minha com Luís Filipe Vieira”. Ramalho garante "compromisso total" com o banco até 2024.

O presidente do Novobanco afastou quaisquer ligações a Luís Filipe Vieira, isto depois das escutas da Operação Cartão Vermelho terem revelado que foi combinado um encontro entre ambos para preparar a ida do ex-presidente do Benfica à comissão de inquérito. “Não há nenhuma fotografia minha com Luís Filipe Vieira”, afirmou António Ramalho esta quarta-feira. Mostrou-se tranquilo quanto às avaliações internas que o banco a este caso, indicando que “está comprometido com o banco até 2024”.

António Ramalho revelou aos jornalistas que ele próprio fez uma autoavaliação sobre este processo. No início do ano, várias notícias deram conta de escutas comprometedoras onde o líder do Novobanco é apanhado a combinar uma reunião com Vieira a propósito da ida do ex-presidente do Benfica ao Parlamento, naquilo que foi entendido como um “concertar de posições”. Também o conselho de supervisão do banco avançou com uma investigação interna, mas Ramalho nada desvendou.

“Na nossa profissão, a idoneidade é avaliada em permanência. (…) Isso implicou uma autoavaliação da minha parte e implicou avaliação do meu conselho de supervisão. Ambas foram feitas, não cabe a quem é avaliado comentar nada sobre isso. Remeti-me a profundo silêncio que manterei em relação a este assunto”, disse aos jornalistas sem adiantar as conclusões destas análises.

Ramalho assegurou, ainda assim, que está “comprometido com o banco e com sucesso do banco até 2024”, data em que termina o mandato que acabou de iniciar. “Até 2024 o meu compromisso com o banco é total”.

Dois trabalhadores visados por “comportamentos desadequados”

Ainda no âmbito das implicações da Operação Cartão Vermelho para o banco, António Ramalho adiantou que foram feitas duas auditorias sobre o caso. Estão concluídas e já “foram entregues às autoridades competentes”, com o banco a tomar “decisões em relação a dois trabalhadores por comportamentos que pareceram inadequados”.

“Um deles saiu, outro foi alvo de um processo disciplinar de averiguações”, revelou o Ramalho na conferência de apresentação de resultados anuais.

Pela primeira vez na sua história, o Novobanco registou lucros: foram de 184,5 milhões de euros, que comparam com prejuízos de 1.329 milhões em 2020. O banco revelou ainda que vai pedir 209,2 milhões ao Fundo de Resolução.

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