CEO da Uber pede ajuda para liderar… a Uber
Primeiro, as acusações de assédio sexual. Depois, os pedidos de desculpa do CEO e o vídeo onde é apanhado a discutir com um condutor da Uber sobre as tarifas. Agora pede ajuda para liderar.
Não está fácil para a Uber. Depois de denúncias de assédio sexual dentro da empresa, às quais não foi dada uma resposta atempada, Travis Kalanick, o CEO da empresa, foi apanhado num vídeo a discutir com um condutor da Uber acerca das tarifas que estavam a ser cobradas. Agora, é o próprio Kalanick que vem admitir que tem de crescer e que precisa de ajuda para liderar a empresa.
Primeiro, a Uber enfrentou acusações de assédio sexual. Em causa estava um texto de uma ex-engenheira da empresa onde esta descreve situações de alegada discriminação sexual. A ex-programadora de software da Uber relata que foi abordada diversas vezes pelo seu superior hierárquico, tendo reportado as situações aos recursos humanos que alegadamente não deram seguimento ao problema.
Depois Travis Kalanick, o CEO da empresa pediu desculpa pela falta de diversidade na força de trabalho da empresa e por não ter sido dada resposta atempada às denúncias de assédio sexual e discriminação. A seguir foi apanhado num vídeo a discutir com um condutor da Uber acerca das tarifas que estavam a ser cobradas, como avança o Financial Times (acesso pago). E agora admite que tem de crescer e que precisa de ajuda para liderar.
“É evidente que este vídeo é um reflexo de quem sou — e as críticas que temos recebido lembram-nos que eu tenho de mudar profundamente enquanto líder e crescer. Esta é a primeira vez que estou disposto a admitir que preciso de ajuda na liderança e que pretendo obtê-la.” A afirmação é de Travis Kalanick, o CEO da Uber, e pode ler-se num email que foi enviado aos colaboradores da empresa. “Dizer que estou envergonhado é um eufemismo.”
A questão das tarifas tem criado nos últimos tempos um conflito entre a Uber e os seus condutores. Particularmente no serviço mais barato “UberX”, cujas tarifas têm sido constantemente reduzidas nos últimos três anos. O FT diz também que menos de metade dos condutores da empresa estão satisfeitos com a sua prestação de serviços à Uber, de acordo com uma sondagem do site de notícias The Rideshare Guy.
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