BCP dispara mais de 8% com progresso nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia

A bolsa de Lisboa terminou a sessão a subir mais de 1%, em linha com a generalidade das praças europeias e à boleia dos progressos nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia. Na praça nacional, a “estrela” foi o BCP que disparou mais de 8%, acompanhando a tendência positiva vivida no setor da banca europeia.

Pela Europa, o Stoxx 600 somou 3,1%, enquanto o alemão DAX valorizou 3,8% a par com o francês CAC 40, o britânico FTSE 100 ganhou 1,8% e o espanhol IBEX 35 somou 1,5%, numa altura em que se verificam progressos significativos nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia. O acordo inclui um cessar fogo e a retirada das tropas russas da Ucrânia se o Governo ucraniano declarar neutralidade e aceitar limites às suas forças armadas, de acordo com três fontes envolvidas nas negociações, segundo o Financial Times. Os investidores estão também a aguardar as declarações do presidente da Fed, que deverá anunciar esta quarta-feira a subida das taxas de juro nos EUA.

Lisboa acompanhou os ganhos da generalidade das praças europeias, com o PSI-20 a subir 1,02% para 5.622,3 pontos. A “estrela” desta sessão foi o BCP, cujos títulos dispararam 8,57% para 14,83 cêntimos, acompanhando a tendência vivida no setor da banca europeia. O Stoxx 600 banks — que agrega o setor — somou 4,94% impulsionado pelos fortes ganhos de várias instituições financeiras. A título de exemplo, o Deutsche Bank ganhou 7,22%, o Erste Group Bank somou 9,58% e o Raiffeisen Bank International AG avançou 9%.

Nota positiva ainda para os CTT e para as empresas ligadas ao setor da pasta e do papel. As ações da empresa de correios valorizaram 4,56% para 4.5850 euros, minutos antes de comunicar ao mercado os resultados referentes ao ano completo de 2021.

Já no setor da pasta e do papel, a Altri somou 2,26% para 5,88 euros, a Semapa avançou 2,17% para 11,28, ao passo que a Navigator subiu 1,97% para 3.308 euros. De referir que estas cotadas são bastante influenciadas pelo contexto internacional.

Em contrapartida, a evitar ganhos mais expressivos do índice de referência nacional estiveram as cotadas ligadas ao setor energético, numa altura em que as cotações de petróleo nos mercados internacionais recuam. A EDP Renováveis cedeu 1,35% para 21,86 euros, enquanto a “casa-mãe” desvalorizou 0,61% para 4,245 euros.

Ao mesmo tempo, a REN caiu 1,87% para 2,63 euros, já a GreenVolt recuou 1,14% para 6,08 euros, no dia em que comunicou ao mercado que registou lucros de 1,9 milhões de euros em 2021, isto é, um aumento de cerca de 3% face ao registado no período homólogo.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h12)