UGT defende intervenção do Governo “com urgência” no preço dos combustíveis
Secretário-geral da UGT defende que Governo deve intervir “com urgência” na regulação dos preços dos combustíveis, e considera que atual situação “não é compreensível” para a população e empresas.
O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), Carlos Silva, defendeu esta quinta-feira que o Governo deve intervir “com urgência” na regulação dos preços dos combustíveis, para fazer face à escalada de valores verificada nos últimos tempos.
“O senhor primeiro-ministro garantiu que iria intervir no preço dos combustíveis para minimizar os custos. A verdade é que o barril do petróleo já baixou, é verdade que é imprevisível, mas as bombas de gasolina em Portugal e as empresas dos combustíveis não baixam o combustível”, questionou.
Para Carlos Silva, que falava aos jornalistas após uma reunião com a administração da empresa de transportes Transnil, em Portalegre, considera que esta situação “não é compreensível” para a generalidade da população e das empresas, em particular.
“Temos aqui uma situação que muitas das vezes não é compreensível para a generalidade dos cidadãos, das famílias e das empresas. É preciso urgência e essa urgência exige-se ao Governo”, disse.
O secretário-geral da UGT indicou ainda que a “preocupação” que neste momento existe nas empresas passa por enfrentar os custos de produção, o aumento exponencial da energia e dos combustíveis.
“Se as empresas de transportes não tiverem apoios do Estado com urgência, estamos numa situação de emergência nacional e europeia, tem de ser o Governo naturalmente em articulação com a União Europeia”, defendeu.
Além deste fator, Carlos Silva considera que o Governo tem verbas disponíveis que pode utilizar, quer através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), do Orçamento do Estado (OE) e, “eventualmente e em última análise”, do orçamento da Segurança Social.
“É preciso dar urgência, desburocratizar processos da administração pública e de decisão governativa para colocar ao serviço das empresas”, defendeu.
Para o líder da UGT, “não faz sentido” ouvir diariamente membros do Governo a referir que “é preciso agilizar, é preciso apoiar as empresas, é preciso salvaguardar postos de trabalho” e, simultaneamente, existir “qualquer coisa a emperrar” que não coloca dinheiro à disposição das empresas.
Uma delegação da UGT, liderada pelo secretário-geral, Carlos Silva, realizou nos últimos dois dias uma visita de trabalho ao distrito de Portalegre, para uma série de encontros e reuniões com empresas e entidades da região.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 726 mortos e mais de 1.170 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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