Gás natural negoceia abaixo dos 100 euros por MWh na Europa
Esta segunda-feira, a cotação do gás natural na Europa está a recuar mais de 5% para 99,62 euros por MWh. Nos últimos cinco dias, a queda acumulada é de 13%.
Assim como o petróleo, também o mercado de gás natural tem estado sob alta volatilidade, na sequência da elevada incerteza devido à invasão russa à Ucrânia. Esta segunda-feira, os futuros de referência do gás natural na Europa recuam mais de 5%, negociando abaixo dos 100 euros por MWh (megawatt-hora). Nos últimos cinco dias, acumulam uma queda de 13%.
Os futuros de referência Dutch TTF Gas para entrega em abril ganharam um impulso adicional com o eclodir da guerra na Europa. Pelas 8h45 desta segunda-feira, a cotação do gás natural estava a cair 5,17% para 99,62 euros por MWh, continuando a afastar-se do recorde de 345 euros atingido a 7 de março, quando os preços registaram uma subida inédita de 75% e perto de um mínimo alcançado a 28 fevereiro, quando fecharam a 98,595 euros por MWh.
Apesar das sanções já impostas, a Rússia tem continuado a fornecer gás natural para a Europa, mas a União Europeia (UE) já veio sinalizar que tem planos de contingência em vigor para fazer frente a uma eventual interrupção no fornecimento de gás russo. Em 2021, mais de 60% das importações feitas pela UE à Rússia diziam respeito à energia e o país fornece cerca de 40% do gás natural consumido na região.
Face à elevada dependência do “Velho Continente” ao gás russo, o Presidente do EUA autorizou na quinta-feira o aumento da exportação de gás natural liquefeito (GNL) para a Europa e outros países aliados, reduzindo, a necessidade de importar gás natural da Rússia. O GNL será exportado de dois dos maiores terminais norte-americanos, ambos da Cheniere Energy, localizados em Sabine Pass (Louisiana) e Corpus Christi (Texas).
A autorização dada pela administração de Joe Biden relaxa os regulamentos atuais e permite que os dois terminais exportem cerca de 20,4 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Este gás será destinado a países com os quais os Estados Unidos não possuem acordo de livre comércio, já que estes tratados costumam estabelecer padrões para importação e exportação de energia.
Esta segunda-feira, a guerra entre a Rússia à Ucrânia e os ataques de rebeldes do Iémen a instalações petrolíferas na Arábia Saudita estão também a pressionar as cotações de petróleo nos mercados internacionais, com o barril de Brent a negociar acima dos 110 dólares.
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