Petróleo dispara 5%, Galp ganha mais de 2%, mas bolsa cai

Galp ganhou 2,3% à boleia de novo dispara nos preços do barril de petróleo. Ainda assim, a bolsa nacional caiu quase 1%, num dia que também foi negativo para as principais praças europeias.

Com o petróleo a disparar 5%, perante a incerteza que continua a reinar no mercado por causa da guerra da Rússia com a Ucrânia, a Galp foi a estrela da sessão em Lisboa, avançando mais de 2%. Ainda assim, o desempenho da petrolífera foi insuficiente para travar as perdas na bolsa.

O PSI, o principal índice português, arrancou o dia em alta, mas inverteu no final da manhã e manteve-se em terreno negativa ao fecho da sessão: caiu 0,80% para 5.774,58 pontos, com apenas cinco das 15 cotadas a registar ganhos. As ações da Galp valorizaram 2,3% para 11,57 euros, a Greenvolt também somou mais de 2%, enquanto Altri, Semapa e Jerónimo Martins fecharam em alta de 1,11%, 0,87% e 0,74%, respetivamente.

Determinantes para o dia negativo em Lisboa foram os desempenhos do BCP, da EDP Renováveis e da EDP. O banco liderado por Miguel Maya tinha subido 7% na sessão anterior, mas corrigiu hoje 2,97%, no pior registo do dia, fechando nos 0,1538 euros. A EDP Renováveis caiu 2,90% e a EDP também cedeu mais de 2%.

BCP cai 3%

Aliás, banca e utilities foram dos setores mais pressionados também a nível europeu. O índice da banca do Stoxx 600 caiu mais de 2%, com bancos espanhóis como o Bankinter, Caixabank (dono do BPI) e Sabadell a caírem mais de 3%. O setor das utilities também cedeu mais de 2%.

Assim, as contas do dia nas principais bolsas europeias são negativas. O índice de referência Stoxx 600 caiu quase 1%, os principais índices bolsistas em Madrid, Frankfurt e Paris recuaram bem mais de 1%. O espanhol IBEX-35 perdeu quase 2%.

“As ações europeias registaram perdas de cerca de 1% na quarta-feira, reduzindo alguns dos ganhos que vimos nas últimas semanas”, referiu Craig Erlam, analista da Oanda.

“Vimos claramente uma melhoria no sentimento recentemente, pois os investidores ficaram encorajados pelas negociações entre a Ucrânia e a Rússia e o impacto que teve nos preços globais das commodities. Permanece uma enorme incerteza, que pode limitar qualquer vantagem que vemos daqui para frente, dada a escala da recuperação que vimos”, acrescentou.

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