Desemprego recua ligeiramente até março. Emprego em máximos

Entre janeiro e março, a taxa de desemprego foi estimada em 6,6%, valor inferior em 0,1 p.p. ao do trimestre anterior e inferior em 0,2 p.p. ao do primeiro trimestre de 2024.

Apesar dos desafios, o mercado de trabalho português continua a dar provas de resiliência. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nos primeiros três meses do ano, a taxa de desemprego recuou ligeiramente tanto face ao trimestre anterior, como ao homólogo. Já o emprego atingiu máximos de 2011.

“A taxa de desemprego foi estimada em 6,6%, valor inferior em 0,1 pontos percentuais ao do trimestre anterior e inferior em 0,2 pontos percentuais ao do primeiro trimestre de 2024″, informa o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã.

No total, entre janeiro e março, havia 365,8 mil pessoas desempregadas em Portugal, menos 2,5 mil do que no fim do ano passado e menos 3,8 mil do que no arranque de 2024.

Ora, desse total de desempregados, 36,9% estavam nessa situação há 12 meses ou mais. Em causa estão situações de desemprego de longa duração. Face ao trimestre anterior, o peso dessas situações no total do desemprego diminuiu (0,6 pontos percentuais). Aumentou, contudo, em comparação com o primeiro trimestre de 2024 (em 3,8 pontos percentuais), mostram os dados e o gráfico acima.

“Esta condição teve maior prevalência entre aqueles dos 55 aos 74 anos (56,0%), assim como entre os que completaram, no máximo, o terceiro ciclo do ensino básico (46,2%)”, detalha ainda o INE.

Por outro lado, a taxa de desemprego de jovens (16 a 24 anos), que foi estimada em 21,2% nos primeiros três meses de 2025, tendo recuado em relação ao trimestre anterior (0,6 pontos percentuais) e ao homólogo (1,8 pontos percentuais). Apesar da quebra, continua a corresponder a mais do que o triplo da taxa de desemprego para a globalidade do mercado de trabalho.

Teletrabalho cresce no arranque do ano

Quanto ao emprego, o INE indica que a população a trabalhar aumentou 0,6% em cadeia e 2,4% em termos homólogos, para quase 5,2 milhões de pessoas. É o valor mais elevado da série iniciada em 2011.

Entre estes trabalhadores, 20,9% (quase 1,1 milhões de indivíduos) praticaram teletrabalho no primeiro trimestre de 2025, isto é, trabalharam a partir de casa com recurso a tecnologias de informação e comunicação. A fatia de empregados a cumprir este modelo de trabalho inovador aumentou tanto em cadeia (0,4 pontos percentuais), como em termos homólogos (1,7 pontos percentuais).

“Entre os empregados que trabalharam em casa, 23,4% (264,2 mil) fizeram-no sempre, 38,2% (430,7 mil) fizeram-no regularmente mediante um sistema híbrido que concilia trabalho presencial e em casa, e 14,4% (162,6 mil) trabalharam em casa pontualmente”, revelam os dados do gabinete de estatística.

Entre os empregados que trabalharam em casa, 23,4% fizeram-no sempre, 38,2% fizeram-no regularmente mediante um sistema híbrido que concilia trabalho presencial e em casa, e 14,4% trabalharam em casa pontualmente

INE

Por outro lado, segundo o destaque publicado esta manhã, até março, a subutilização do trabalho abrangeu 628,4 mil pessoas, o que correspondeu a um acréscimo de 0,5% (2,9 mil) em relação ao trimestre anterior e a um decréscimo de 3,4% (21,9 mil) relativamente ao período homólogo.

Já a taxa de subutilização do trabalho, estimada em 11,1%, manteve-se inalterada em relação ao trimestre anterior e diminuiu em termos homólogos (0,6 pontos percentuais)”, lê-se na nota divulgada esta manhã.

Destaque ainda para a população inativa, que aumentou 0,4% em relação ao trimestre anterior e relativamente ao homólogo, para 3,8 milhões de pessoas.

(Notícia atualizada às 11h32)

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Sondagem diária aponta para queda da AD e recuperação da Esquerda e do Chega

  • ECO
  • 7 Maio 2025

PS e liberais também recuam nas intenções de voto, mas menos do que a coligação entre PSD e CDS. Bloco de Esquerda é o partido que mais cresce, alcançando agora os 2,3%, mais meio ponto percentual.

A candidatura da Aliança Democrática (34,8%) é a que mais cai ao quinto dia da sondagem diária da Pitagórica para o Jornal de Notícias, a TSF e a TVI/CNN, já após os debates entre todos os partidos com representação parlamentar. As intenções de voto na coligação formada pelo PSD e o CDS recuaram junto da classe baixa, mas o PS (26,6%) e a Iniciativa Liberal (6,8%) também caem, ainda que menos.

Por sua vez, o Chega (16,8%) aproveita estas quedas, assim como a esquerda: o Bloco de Esquerda é o partido que mais cresce, alcançando agora os 2,3%, mais 0,5 pontos percentuais do que na sondagem anterior; o Livre sobe quatro décimas e passa para 3,8%, e a CDU também ganha terreno e alcança os 3,5%, mais 0,3 pontos percentuais. O PAN mantém-se nos 0,6%, menos de um terço dos votos que permitiram eleger Inês Sousa Real para a Assembleia da República nas eleições de 2024.

Depois de ter atingido na última sondagem um recorde de 19,8%, o número de indecisos baixou para 18,4%. Na análise da intenção de voto sem distribuição de indecisos, a Aliança Democrática perde apenas 0,4 pontos e fica em 28,4%. O PS não sobe nem desce e continua com 21,7%. O Chega cresce 0,5 pontos, para 13,7%, e os liberais caem 0,4 pontos, para 5,6%.

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Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

Com as alterações desta quarta-feira, a taxa a três meses, que avançou para 2,150%, ficou acima da taxa a seis meses (2,146%) e da taxa a 12 meses (2,039%).

A Euribor subiu esta quarta-feira a três e a seis meses e desceu a 12 meses em relação a terça-feira. Com as alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,150%, ficou acima da taxa a seis meses (2,146%) e da taxa a 12 meses (2,039%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu esta quarta-feira, ao ser fixada em 2,146%, mais 0,001 pontos. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.

  • Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou, ao ser fixada em 2,039%, menos 0,006 pontos do que na terça-feira.
  • A Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, subiu esta quarta-feira, para 2,150%, mais 0,007 pontos.

Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mas mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses).

A média da Euribor a três, seis e a 12 meses em abril desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.

A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de junho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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REN retoma parcialmente importações de eletricidade de Espanha

O corte tem determinado preços de mercado da eletricidade mais elevados em Portugal do que no país vizinho.

A REN levantou a suspensão das importações de eletricidade de Espanha para Portugal, embora não totalmente. De quinta a segunda-feira, Portugal vai receber do país vizinho quase um terço da energia que estava a importar de Espanha no dia do apagão.

“Na sequência da situação de blackout ocorrida no dia 28 de abril de 2025 no Sistema Elétrico Nacional e do consequente processo de estabilização em curso, informa-se que a capacidade de interligação entre Portugal e Espanha estará limitada, no sentido importador, a 1000 MW, no período de 8 e 12 de maio”, lê-se numa nota no site da REN.

A REN, que opera as redes de transporte de eletricidade a nível nacional, tinha cortado os fluxos de energia com Espanha desde o dia após o apagão que deixou o país às escuras por mais de 10 horas.

O corte tem determinado preços de mercado da eletricidade mais elevados em Portugal do que no país vizinho. Esta quarta-feira, 7 de maio, o polo português do mercado ibérico marca um preço médio de 49,19 euros por megawatt-hora, enquanto Espanha se fica pelos 19,01 megawatts-hora.

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Mais de metade dos marketeers prevê parcerias com um maior número de influenciadores em 2025

  • + M
  • 7 Maio 2025

O aumento da notoriedade da marca é o principal objetivo dos marketeers nas parcerias com influenciadores. A esmagadora maioria reconhece os melhores resultados obtidos com os seus conteúdos.

A popularidade do marketing de influência continua a crescer. Numa altura em que 80% das marcas são parceiras de dez ou menos influenciadores, mais de metade (59%) dos profissionais de marketing prevê fazer parcerias com um maior número de influenciadores em 2025, em comparação com o ano passado.

Por outro lado, apenas 37% planeiam fazer parcerias com o mesmo número de influenciadores. Os dados são da Sprout Social, que inquiriu 650 marketeers com responsabilidades relacionadas com gestão de redes sociais e de marketing de influência dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália para o seu “Q1 2025 Pulse Survey”.

A análise indica também que as marcas B2C (business to consumer) tendem a envolver-se num maior número de parcerias com influenciadores, com 52% destas marcas a apostarem em parcerias com entre seis a dez influenciadores, enquanto 23% são parceiras de entre 11 a 19 influenciadores.

São quase também metade (49%) os profissionais de marketing B2B (business to business) que preveem que o conteúdo de influenciadores seja uma tendência em 2025.

Os motivos apontados para justificar o investimento em marketing de influência variam, sendo que 67% das marcas entendem que este investimento permite aumentar a notoriedade da marca. O aumento da credibilidade e confiança (54%), impulsionar o engagement com o público e a fidelidade de clientes (37%), informar sobre o desenvolvimento e cocriação de produtos (29%) ou o aumento da receita (24%) são outros motivos elencados.

A esmagadora maioria (92%) dos marketeers aponta mesmo que o conteúdo de influenciadores supera os conteúdos orgânicos publicados pela própria marca nas suas contas, com 90% a indicarem que os conteúdos de influenciadores colhem um maior engagement e 83% a associarem os conteúdos de influenciadores a mais conversões, em relação aos conteúdos próprios da marca.

Segundo os inquiridos, uma abordagem “always on” ajuda também as marcas a cultivar relacionamentos de longo prazo tanto com os influenciadores como com o seu público. Na verdade, quase três em cada cinco dos profissionais de marketing B2B utilizam uma abordagem de marketing de influência sempre ativa (always on).

O estudo aponta que 99% das equipas que utilizam esta abordagem avaliam os seus programas como eficazes. Por outro lado, existe uma probabilidade 17 vezes maior que profissionais de marketing que não utilizam uma abordagem always on relatem que a sua estratégia é pouco eficaz.

A análise da Sprout Social refere ainda que 39% das marcas ainda dependem de pesquisas manuais para encontrar influenciadores e que, ao longo dos próximos anos, as empresas vão investir em software com tecnologia de inteligência artificial (IA) para otimizar a gestão de influenciadores, simplificando o processo de identificação dos parceiros de marca mais indicados e o controlo dessas parcerias.

Outros dados da Sprout Social revelam ainda que, em termos de plataformas, o Instagram é aquela que recolhe maior preferência para campanhas de influenciadores por parte das marcas (57%), seguindo-se o TikTok (52%), YouTube (37%), o Facebook (28%) e o LinkedIn (12%).

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Sánchez diz que levará tempo analisar milhões de dados e perceber causas do apagão

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

Governo garante que vai "chegar ao fundo" deste assunto para saber o que aconteceu, "assumir e pedir responsabilidades políticas" e adotar medidas para que não volte a acontecer um apagão.

O primeiro-ministro de Espanha disse esta quarta-feira que levará tempo até haver uma explicação para o apagão da semana passada na Península Ibérica, por ser necessário analisar 756 milhões de dados fornecidos pelos operadores do sistema elétrico.

É um “processo que vai levar tempo“, disse Pedro Sánchez, no parlamento espanhol, sem adiantar prazos.

O líder do Governo realçou que foram pedidos às empresas de geração e distribuição de eletricidade em Espanha todos os dados gerados e registados em 4.200 unidades do sistema entre as 12:15 e as 12:35 locais do dia 28 de abril.

O apagão, que deixou sem eletricidade todo o território de Portugal e Espanha continentais, ocorreu às 11:33 de Lisboa (12:33 em Madrid) e teve origem em território espanhol, segundo as autoridades dos dois países, sem que as causas sejam ainda conhecidas.

Sánchez reiterou que foram identificadas três falhas de geração de eletricidade segundos antes do apagão no sul de Espanha (a primeira) e depois mais duas no sudoeste do país, com a investigação a tentar apurar agora se estas perturbações estão relacionadas entre elas e por que motivo o sistema elétrico ibérico se desligou totalmente naquele momento.

Numa intervenção de mais de uma hora no plenário espanhol, Sánchez voltou a prometer, como já fez várias vezes na última semana, que o Governo vai “chegar ao fundo” deste assunto para saber o que aconteceu, “assumir e pedir responsabilidades políticas” e adotar medidas para que não volte a acontecer um apagão como o da semana passada.

Insistindo em que se trata de um assunto complexo, exigiu e prometeu “rigor, cautela, prudência e absoluta transparência”.

“Posso assegurar que tudo que for descoberto se tornará público”, afirmou, depois de dizer que o executivo espanhol “está plenamente consciente” de que os cidadãos querem saber o que aconteceu “e o governo também”.

“Não vamos fechar qualquer debate em falso, não vamos precipitar-nos nas conclusões”, acrescentou, antes de sublinhar que “para fazer bem o trabalho, os técnicos precisam de tempo” e que “a responsabilidade do governo é respeitar a complexidade do assunto” e “não gerar ruído e debates interessados, como já estão a fazer alguns”.

A este propósito, pediu aos espanhóis para desconfiarem dos discursos que tentam explicar o apagão com um debate entre energias renováveis e nuclear.

“Neste momento, não há nenhuma evidência empírica que diga que o incidente foi provocado por excesso de renováveis ou falta de centrais nucleares em Espanha”, afirmou, num discurso em que acusou partidos políticos de direita e extrema-direita de terem embarcado, sem dados ou provas, numa “agenda ideológica” e nos interesses de empresas que são proprietárias das centrais nucleares espanholas, que deverão encerrar todas entre 2027 e 2035.

Sánchez defendeu, durante boa parte do discurso desta quarta-feira no parlamento, a aposta nas energias renováveis, que disse não ser apenas do Governo de esquerda de Espanha, mas um vasto “consenso global” na Europa e no mundo.

O líder do governo espanhol sublinhou que estas energias aumentam a soberania nacional e europeia, são mais competitivas e permitiram baixar os preços da eletricidade na Península Ibérica nos últimos anos, além de responderem às alterações climáticas.

Espanha não vai mudar, por isso, nada na estratégia de aposta nas energias renováveis e continuará a investir e a promover o investimento em infraestruturas que permitam e melhorem a transição para a energia verde, garantiu.

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Lince lidera ronda de 3,5 milhões para acelerar entregas por drone da brasileira Speedbird

Em Portugal, a startup brasileira tem escritório no Porto e tem planos para aumentar equipa.

A portuguesa Lince Capital lidera a ronda de 3,5 milhões de euros da startup brasileira de entregas por drones Speedbird Aero. Com esta ronda, a startup, com operação em Portugal, Brasil e Estados Unidos, pretende acelerar os esforços em investigação e desenvolvimento e reforçar a sua equipa de engenheiros aeroespaciais.

“Acreditamos firmemente que a conjugação entre tecnologia de ponta, visão estratégica e uma equipa altamente qualificada posiciona a Speedbird Aero como um dos principais protagonistas no futuro da mobilidade aérea urbana. Este investimento reflete a nossa aposta contínua em soluções sustentáveis, inovadoras e com forte potencial de impacto global”, diz Tomás Lavin Peixe, head of venture capital da Lince Capital, citado em comunicado.

Liderada pela Lince Capital, a ronda conta ainda com a participação da Explorer Investments, Cedrus Capital e AcNext Capital. A MSW Capital reforçou igualmente a sua aposta na startup através do fundo MSW MultiCorp 2, que inclui investidores como a Embraer, Baterias Moura, BB Seguros e AgeRio.

“Este investimento vai permitir-nos dar um salto significativo na inovação de sistemas aéreos não tripulados. Queremos construir drones mais eficientes, robustos e escaláveis, capazes de responder aos desafios reais da logística moderna”, garante Manoel Coelho, CEO e cofundador da Speedbird Aero, citado em comunicado.

O novo financiamento vai permitir à Speedbird acelerar os seus esforços de I&D, reforçar a equipa de engenheiros aeroespaciais e avançar com o desenvolvimento da próxima geração de sistemas de aeronaves não tripuladas (UAS). “Os novos recursos vão também apoiar o design, testes e certificação de drones VTOL (descolagem e aterragem vertical), bem como sistemas de entrega de longo alcance, com forte aposta em navegação baseada em inteligência artificial, tecnologia de segurança avançada e integração modular de cargas”, informa comunicado.

“Primeira empresa da América Latina a obter aprovação regulatória completa para operações de entrega com drones autónomos”, a Speedbird Aero tem operações ativas no Brasil e parcerias em crescimento na América Latina, América do Norte, Europa, incluindo Portugal. Neste mercado, onde têm escritório no Porto querem reforçar equipa. “Este ano entram já 10 pessoas, e com o avanço das certificações e autorizações cresceremos este número mais significativamente nos próximos anos”, diz fonte oficial da empresa ao ECO.

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Noxus usa IA para ajudar CUF a gerir reclamações

Estima-se que, com esta solução de inteligência artificial, sejam processadas automaticamente mais de três mil tarefas por mês, com poupança de 600 horas mensais. 

Reportagem AI Hub - 11FEV25
Equipa da Noxus no AIHub da Unicorn Factory Lisboa, em Alvalade.Henrique Casinhas/ECO

A CUF, empresa do Grupo José de Mello, implementou a solução de inteligência artificial (IA) da startup portuguesa Noxus para automatizar o processo de registo de reclamações e elogios. Estima-se que, com esta solução, sejam processadas automaticamente mais de três mil tarefas por mês, gerando com isso uma poupança de 600 horas mensais.

“O projeto com a CUF tem sido um sucesso, permitindo que as equipas libertem tempo para atividades estratégicas e de maior valor. Este resultado positivo abriu portas para novos use cases de inteligência artificial em várias áreas da organização, com um forte enfoque em gerar retorno do investimento rapidamente. O objetivo da Noxus é consolidar-se como a plataforma líder em soluções no-code, capacitando as equipas de TI para implementarem projetos de IA com máxima velocidade e eficiência, sem necessidade de equipas com engenheiros de IA”, afirmou João Pedro Almeida, CEO da Noxus, citado em comunicado.

Implementada pela Noxus, “em apenas dois meses”, a solução alimentada pela tecnologia Gemini da Google, consolida todos os pedidos de reclamações e elogios num único fluxo de trabalho, encaminhando-os para as pessoas responsáveis na organização.

“Através do Reconhecimento Ótico de Carateres (OCR), o sistema converte automaticamente PDF e notas manuscritas em informação digital, reduzindo o tempo de processamento. O Processamento de Linguagem Natural (NLP) permite a análise de texto para a classificação automática de comunicações com clientes”, descreve comunicado.

“Os casos complexos são sinalizados para que o registo gerado tenha revisão humana, assegurando a intervenção apenas onde é imprescindível”, refere ainda.

Com esta solução da Noxus — startup instalada no AIHub da Unicorn Factory Lisboa, em Alvalade –, no prestador de saúde privado, estima-se que serão processados “automaticamente mais de três mil tarefas por mês, permitindo às equipas recuperar, em capacidade de resposta, 600 horas mensais e otimizando, deste modo, o tempo que até então era dedicado à categorização de informação”.

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“Ninguém ganha eleições antes das eleições e ninguém corrige o resultado eleitoral no dia a seguir”, dramatiza Montenegro

Montenegro acredita que os portugueses "querem estabilidade", defendeu que o PSD irá permitir essa condição e apelou a que vão "mesmo lá". "Não basta dizer que querem votar", atirou.

O líder do PSD, Luís Montenegro, apelou esta terça-feira ao voto efetivo no partido dia 18 de maio, argumentando que as eleições não se ganham antes do dia de sufrágio, nem se corrigem no dia seguinte.

“Ninguém ganha as eleições antes das eleições e ninguém corrige o resultado eleitoral no dia a seguir às eleições”, afirmou o líder do PSD durante o discurso de encerramento do jantar do 51º aniversário do PSD, no Centro de Congressos, em Lisboa.

Na reta final da intervenção, Montenegro apelou à mobilização de todos. “Têm mesmo de ir lá. Não basta dizer que querem votar, que é este o caminho. É preciso ir lá e votar”, reiterou.

“Eu sei, todos sabemos e os dados são cada vez mais seguros. Portugal tem hoje uma preferência relativamente à continuidade do nosso projeto como o esteio principal da governação do país. Sabemos que os portugueses não queriam ter tido eleições outra vez agora, sabemos que têm sido eleições atrás de eleições, sabemos que não é isso que as pessoas desejam”, considerou.

Para Montenegro, os portugueses “querem estabilidade, querem que os políticos não atrapalhem tanto a vida normal que todos os dias os faz levantar para ir trabalhar, querem que os políticos estejam à altura daquilo que são as suas ambições e objetivos, que as coisas funcionem dentro das regras, que as eleições sejam de quatro em quatro anos”.

“Os portugueses querem que quem ganhe governe e que quem governe tenha condições para executar o seu programa, com certeza em diálogo”, vincou.

Na reta final, deixou ainda um apelo aos eleitores que no ano passado votaram no Chega e no PS, recordando-lhes que os dois partidos tiveram o mesmo sentido de voto em algumas ocasiões. “Não estou a falar nem para os partidos, nem para os líderes do PS e do Chega, estou a falar para aqueles que votaram há um ano”, atirou.

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Entrevista a João Massano. Edição de maio da Advocatus

  • ADVOCATUS
  • 7 Maio 2025

Na Advocatus de maio pode ler a entrevista ao novo bastonário da OA, João Massano, e especiais sobre o mercado africano de advocacia e a área emergente de Direito do Desporto.

João Massano, até aqui líder do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados (desde 2019), é o novo bastonário da Ordem dos quase 40 mil advogados. O advogado – que venceu na segunda volta do ato eleitoral realizado a 31 de março – venceu Fernanda de Almeida Pinheiro com 54,58% (9.541 votos), mais 1500 que a anterior bastonária.

Em entrevista à Advocatus, o advogado nascido e criado em Odivelas, explica qual é a sua visão para a classe, o propósito de unir a advocacia, de acabar com o regime de transparência fiscal dos advogados, como pretende ajudar os jovens advogados e fala das vantagens, mas também dos riscos, da Inteligência Artificial. As quotas cobradas pela OA, o sistema de previdência dos advogados, o sistema de acesso ao direito e o estatuto dos advogados são também uma preocupação do homem que toma posse esta semana para o próximo triénio do Largo de São Domingos.

João Massano, bastonário da Ordem dos Advogados. HENRIQUE CASINHAS

A internacionalização da advocacia portuguesa está a ganhar força, com África a destacar-se como destino estratégico para firmas como a AVM, Miranda e Sérvulo. Estas firmas veem oportunidades em setores emergentes como energia, infraestruturas e banca. As estratégias variam entre abertura de escritórios próprios e parcerias locais, com destaque para a criação de redes colaborativas. Um especial a ler nesta edição.

Nesta edição pode também ler um especial sobre Direito do Desporto, uma área que está em forte crescimento em Portugal, impulsionada pelos milhões que o setor movimenta, sobretudo no futebol. A complexidade regulatória e a internacionalização do desporto exigem conhecimento jurídico especializado e respostas rápidas. A Abreu, a Morais Leitão e a 14 Sports Law são alguns dos players que foram a “jogo” e aproveitaram a oportunidade de negócio nesta área.

Catarina Gomes Correia, Associada Sénior da área de Direito Fiscal da MFA LegalHugo Amaral/ECO

Catarina Gomes Correia é a advogada do mês desta edição. A associada sénior da MFA Legal assumiu um novo desafio profissional: a co-coordenação da nova linha de serviços da firma focada na prevenção e gestão do risco criminal tributário. À Advocatus, garante que o risco deve ser gerido de forma “integrada”, “preventiva” e “contínua”, como qualquer outro risco relevante para a atividade e que tanto quem decide como quem executa devem compreender as implicações legais das suas ações. Admite ainda que uma maior densificação dos conceitos e critérios objetivos no Código Penal e no Regime Geral das Infrações Tributárias seria um “passo importante” na redução de litígios e na prevenção de condutas de risco.

Inês Azevedo e João Ascenso, fundadores e managing partners da Ethikos Lawyers Portugal, explicaram à Advocatus o novo passo na internacionalização da firma. Não “fecham” a porta à especialização em outras áreas e avançam que a expansão para outras cidades e países já está a ser discutida entre a rede dos três escritórios – Lisboa, Bruxelas e Luxemburgo. Descubra todos os pormenores na rubrica sociedade do mês.

A PLMJ assessorou o fundo Ardian na compra da Akuo, produtora de energias renováveis francesa. A assessoria jurídica envolveu uma equipa multidisciplinar da firma, que assegurou a due diligence a alguns dos projetos da Akuo, bem como nos aspetos relacionados com o enquadramento regulatório e transacional e ainda com a contratação de seguros de W&I. Descubra todos os pormenores da operação na rubrica negócio do mês da 166.ª edição.

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Lucro do Banco Montepio aumenta 6,7% para 34,2 milhões no primeiro trimestre

Maiores custos de financiamento com a subida dos juros de depósitos pagos a clientes e da dívida emitida reduzem margem financeira do banco.

O Banco Montepio alcançou um resultado líquido consolidado de 34,2 milhões de euros no primeiro trimestre de 2025, traduzindo um aumento de 6,7% face ao mesmo período de 2024 e uma rendibilidade bruta do capital próprio de 10,6%”, revela o banco em nota enviada ao mercado.

A margem financeira dos primeiros três meses de 2025 desceu face há um ano: ascendeu a 85,6 milhões de euros contra os 99,2 milhões no período homólogo. “Esta evolução foi essencialmente determinada pelos maiores custos de financiamento com a subida dos juros de depósitos pagos a clientes e da dívida emitida, num total de 5,3 milhões, que, em ambos os casos, refletem um maior nível de captação de recursos, pela redução de 25,4 milhões nos juros recebidos do crédito a clientes induzida pelo efeito da refixação da taxa de juro dos contratos, que foram parcialmente mitigados pelo aumento das aplicações efetuadas em títulos (+4,1 milhões) e pela variação positiva de 11,2 milhões do impacto líquido das tomadas e cedências de fundos de outras instituições de crédito”, explica a instituição liderada por Pedro Leitão.

Mas se a margem desceu, as comissões subiram 8,6%. As “comissões líquidas totalizaram 32,9 milhões nos primeiros três meses” do ano, o que compara com os 30,3 milhões do período homólogo — um acréscimo de 2,6 milhões (+8,6% YoY), que o banco justifica com o “incremento da atividade comercial e expansão do negócio”.

Os resultados de operações financeiras foram negativos em 4,7 milhões de euros (comparam com um valor igualmente negativo de 0,1 milhões no primeiro trimestre de 2024), porque houve uma “redução dos resultados obtidos com instrumentos derivados líquidos do justo valor de ativos e passivos financeiros em 0,9 milhões, com a reavaliação cambial em 1,8 milhões e com a carteira de títulos em dois milhões”, detalha a instituição.

Por outro lado, os custos operacionais aumentaram — de 64,3 milhões há um ano para 70,8 milhões nos primeiros três meses de 2025 — porque houve uma subida dos custos com pessoal, dos gastos gerais administrativos e das depreciações e amortizações.

Em termos de negócio, o Banco Montepio revela que o crédito a clientes (bruto) aumentou para 12,3 mil milhões, face aos 11,9 mil milhões no final do primeiro trimestre de 2024 (+3,7%) e os depósitos de clientes ascenderam a 15,3 mil milhões, representando uma subida de 1.598 milhões (+11,7%) face ao valor do final do primeiro trimestre de 2024, com o segmento de particulares a representar 69% do total.

Além disso, o banco sublinha a melhoria da qualidade do crédito, com o custo do risco de crédito de -0,4%, que compara favoravelmente com os 0,1% apurados no final de março de 2024 e uma redução das exposições não produtivas (NPE) em 132 milhões (-34% em termos homólogos), colocando o rácio NPE em 2,1%, face aos 3,2% registados em 31 de março de 2024.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Comboios parados em todo o país por causa da greve na CP

  • Lusa e ECO
  • 7 Maio 2025

Greve dos trabalhadores da CP, que se prolonga até 14 de maio, terá um especial impacto esta quarta e quinta-feira devido ao maior numero de sindicatos (14) que aderiram. Não há serviços mínimos.

A circulação de comboios está parada em todo o país, segundo a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), que aponta uma adesão de 100% devido à greve de trabalhadores convocada por vários sindicatos.

A greve dos trabalhadores da CP, que se prolonga até 14 de maio, terá um especial impacto esta quarta e quinta-feira devido ao maior número de sindicatos (14) que aderiram à paralisação nestes dias.

A esta greve junta-se, esta quarta e quinta-feira, a paralisação convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) e, entre 7 e 14 de maio, a convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).

O Governo tentou convencer os sindicatos da CP para desconvocarem a greve por a considerarem “vazia de objetivos”. O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, revelou na terça-feira que apresentou uma proposta de aumentos salariais no valor de 5,75 milhões de euros, que não obteve resposta.

“Houve total boa fé do Governo, mas, até ao momento, não houve abertura por parte dos sindicatos”, lamentou em conferência de imprensa.

A CP já tinha alertado hoje para a possibilidade de “fortes perturbações na circulação” a partir desta quarta-feira, e até 14 de maio, devido a greves convocadas por vários sindicatos, e por não terem sido definidos serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico Social.

O ministro confessou que foram surpreendidos com a marcação “das maiores greves desde que tomaram posse”, principalmente numa altura em que o Governo está em gestão e há “barreiras legais” que impedem de implementar os pedidos dos sindicatos.

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