Governo já arranjou cargos a mais de um terço dos autarcas que não se podem recandidatar em 2025

Na sexta-feira, o autarca de Amarante veio a público justificar a sua renúncia. Mais um dos presidentes em limite de mandatos que estão a receber nomeações, entre Governo e entidades públicas.

O combate aos “dinossauros autárquicos” motivou a elaboração de uma lei que, a partir de 2005, proibiu o desempenho das funções de presidente de câmara municipal e de junta em determinado território durante mais de três mandatos, ou seja, 12 anos consecutivos. Nas eleições que levarão os cidadãos a escolher os seus representantes locais em setembro ou outubro deste ano, mais de 100 presidentes não se poderão candidatar de novo à autarquia por si presidida. Destes, os socialistas estão em maior número, acima da meia centena, enquanto que no PSD, sozinho ou coligado (sobretudo com o CDS), são mais de três dezenas.

Entre 2 abril de 2024, quando tomou posse, e a passada semana, o Governo de Luís Montenegro já conseguiu encontrar colocação para mais de um terço dos seus autarcas nesta situação. Quatro autarcas em limite de mandato assumiram pastas de secretários de Estado, enquanto oito rumaram a instituições em que a nomeação depende apenas do Governo.

Se acrescentarmos a meia dúzia que foram para os parlamentos de Lisboa ou de Bruxelas enquanto deputados, beneficiando de lugares elegíveis nas listas do PSD, mais de metade dos autarcas em limite de mandato encontraram espaço para prosseguir a sua vida política e profissional.

Nos casos de autarcas mais sonantes, como Carlos Carreiras, em Cascais, ou Ricardo Rio, em Braga, não há notícia sobre o que farão após outubro de 2025. Outros de municípios igualmente relevantes, como Faro ou Santarém, já têm um futuro definido. Ricardo Gonçalves saiu de Santarém em 2024 para o Instituto Português do Desporto e da Juventude. Rogério Bacalhau chegou a despedir-se da câmara algarvia em janeiro para presidir ao conselho de administração da Águas do Algarve (grupo Águas de Portugal), mas acabaria por recuar e esperar pelo final do mandato para assumir funções.

Os 12 presidentes de câmara em fim de mandato já ‘colocados’

  • António Benjamim Costa Pereira

Em agosto último saiu da câmara de Esposende, onde cumpria o último dos três mandatos como presidente, depois de ocupar a vice-presidência entre 2009 e 2013, e foi chamado para presidente do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU). No dia em que se conheceu o seu nome, perguntou: “perante o convite, como é que um simples cidadão, presidente da câmara, poderia dizer que não a um convite desta natureza?”

Proposto a 13 de agosto à CReSAP para presidente do IHRU, o ex-autarca lidera um instituto responsável pela gestão de milhares de milhões de euros nos próximos anos, e que o Conselho de Ministros identifica como “o principal motor da execução da política nacional de habitação”.

O autarca de Esposende foi durante mais de uma década presidente da Assembleia Geral da Zendensino, cooperativa de ensino de interesse público em que a autarquia é a maior acionista e detém poder de nomeação do presidente do conselho de administração. Esta cooperativa de ensino, dependente de fundos públicos, assinou dois contratos de prestação de serviços jurídicos com a Sousa Pinheiro & Montenegro, Sociedade de Advogados, da qual o atual primeiro-ministro se desfez da quota de 50% em 2022, altura em que chegou à liderança do PSD. Os dois contratos por ajuste direto datam de novembro de 2018 e de janeiro de 2020, antes dessa data.

O primeiro contrato, de 12 mil euros, é datado de 23 de novembro de 2018 e publicado no Portal Base em 11 de setembro de 2019, tendo vigorado durante 12 meses.

O segundo, de 19.900 euros, também por ajuste direto, celebrado entre a câmara liderada por António Pereira e o escritório de advogados de Luís Montenegro em janeiro de 2020 – mês em que o atual primeiro-ministro se candidatou à liderança do PSD, contra Rui Rio e Miguel Pinto Luz –, vigorou por um período máximo de 18 meses, numa avença mensal de 1.105,56 euros, lê-se igualmente no Portal Base, plataforma online onde constam os contratos públicos.

De 2011 (primeiro ano no registo no Portal Base) a 2018, a cooperativa de ensino controlada pela câmara de Esposende nunca formara qualquer contrato de assistência jurídica.

Contactado pelo ECO/Local Online, o primeiro-ministro preferiu não fazer comentários. O presidente do IHRU, através da comunicação do instituto, remeteu um esclarecimento para a Zendensino. Já o presidente da instituição de ensino, João Figueiredo, defende que “a gestão da Zendensino é assegurada pelos seus próprios órgãos internos, sendo o Conselho de Administração o responsável por tomar decisões estratégicas e operacionais, incluindo a celebração de contratos de prestação de serviços, como os relacionados com assessoria jurídica. Sendo que a Zendensino não dispõe de serviços jurídicos, recorre com frequência à prestação de serviços que não possui internamente”. Contudo, não esclarece por que razão não existem no Portal Base contratos de serviços jurídicos anteriors a 2018, ano em que efetuou o primeiro ajuste direto com a sociedade de advogados. Igualmente contactada, a SP&M Advogados não respondeu até ao fecho deste artigo.

  • José Luís Gaspar

A ULS do Tâmega e Sousa, com cobertura de 11 concelhos e 500 mil habitantes, passa a ser liderada pelo presidente eleito para a câmara de Amarante em 2013, 2017 e 2021. Em janeiro, a coligação PSD/CDS anunciou que o atual vice-presidente, Jorge Ricardo, será candidato nas autárquicas deste ano, às quais José Luís Gaspar, em limite de mandatos, já não se poderia recandidatar em Amarante.

  • Silvério Regalado

Candidato à AR em 2025, ano em que atingia limite de mandatos em Vagos, Silvério Regalado foi escolhido para secretário de Estado da Administração Local em fevereiro, vendo-se logo envolvido em polémica por, enquanto autarca de Vagos, ter feito contratos por ajuste direto com o escritório de advogados de Luís Montenegro.

Durante os 12 anos de mandato de Silvério Regalado em Vagos, a sociedade do atual primeiro-ministro faturou 209 mil euros enquanto este foi sócio, em contratos celebrados entre 2015 e 2021.

Numa cronologia dos contratos da Sousa Pinheiro & Montenegro, Sociedade de Advogados com a câmara de Vagos, à data em que era liderada pelo seu agora secretário de Estado, vemos que: em fevereiro de 2021 assinou um valor de 24.900 euros (2.075 euros mensais) para serviços de assessoria jurídica. Recuando ao final de 2017, também num ajuste direto, Montenegro e o seu sócio contratualizavam serviços com a câmara de Vagos no valor de 74.700 euros, 2.075 euros mensais. O objeto foi “aquisição de serviços de assessoria jurídica e representação em juízo do Município de Vagos”, lê-se no Portal Base. Seis meses antes, em junho de 2017, outro contrato com Vagos, por ajuste direto, no valor de 11.703 euros, numa avença de 1950,50 euros mensais. No ano anterior, em abril de 2016, um contrato de 23.406 euros, para vigorar durante 12 meses. Com Vagos, o escritório de Montenegro fechou ainda serviços de assessoria jurídica em abril de 2015, por 24.900 euros, numa avença mensal de 2.075 euros por mês.

Silvério Regalado (à direita) estava em limite de mandatos na câmara de Vagos quando, neste mês, foi chamado pelo Governo para secretário de Estado
  • Rogério Bacalhau

No início de janeiro, Rogério Bacalhau, autarca de Faro desde há 12 anos, afirmou estar a dias de seguir para a presidência das Águas do Algarve, mas no dia 18 de fevereiro anunciou que, afinal, terminará o mandato. Na semana passada, o social-democrata eleito em 2013, 2017 e 2021 para a câmara da capital algarvia, anunciou: “tendo em conta a morosidade do processo eletivo para este cargo, motivada por sucessivos entraves burocráticos, bem como a proximidade do término do meu mandato enquanto Presidente da Câmara Municipal de Faro, acabei por solicitar que esta eleição ocorresse apenas após o final do mesmo, permitindo-me continuar a exercer as minhas atuais funções com total dedicação e empenho”.

  • Rogério David Sádio da Silva

Em março de 2024, o PSD chamou o presidente da câmara de Fronteira, em limite de mandatos, para cabeça de lista da Aliança Democrática pelo círculo eleitoral de Portalegre. Dos dois lugares de acesso ao Parlamento, o PS obteve um e o segundo saiu das listas do Chega, que bateu a AD por menos de 800 votos. O autarca e presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Portalegre viria a ser designado pelo Governo, em novembro, como vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente.

  • José Bernardo Nunes

Autarca do Cadaval em limite de mandatos e presidente do PSD/Área Oeste, foi escolhido em janeiro para vice-presidente da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo, no seguimento da alteração, em dezembro de 2024, da orgânica das comunidades de coordenação e desenvolvimento regional, atribuindo-lhes competências na área da agricultura.

  • Vasco Estrela

Tal como José Bernardo Nunes, também o edil de Mação não se poderia recandidatar a presidente da câmara que liderava. Foi o escolhido em janeiro para a CCDR Centro.

  • António Fidalgo Martins

Sem possibilidade de se recandidatar em Vimioso, António Martins seguiu em agosto para a Segurança Social do Centro Distrital de Bragança, onde ficou presidente.

  • Ricardo Gonçalves

Presidente da câmara de Santarém desde 2012, quando substituiu Francisco Moita Flores na liderança da autarquia escalabitana, Ricardo Gonçalves atingiria este ano o limite de mandatos. A um ano das autárquicas, foi o escolhido pelo Governo para presidir ao Instituto Português do Desporto e da Juventude.

Presidente da Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves
Ex-presidente da Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves5 julho, 2024
  • Rui Ladeira

Autarca em limite de mandatos, foi candidato à Assembleia da República nas legislativas de março, mas, falhada a eleição, anunciou que iria retomar a presidência da câmara de Vouzela. Por pouco tempo. Acabaria escolhido por Montenegro para secretário de Estado das Florestas.

  • Emídio Sousa

O ex-presidente de Santa Maria da Feira saiu da câmara a que não se poderia mais candidatar e entrou no Governo como secretário de Estado do Ambiente. Nas Legislativas, foi cabeça de lista do PSD por Aveiro. Continua a ser, no PSD, o presidente da comissão política nacional da direção de Luís Montenegro. Emídio Sousa foi mandatário concelhio da candidatura de Montenegro à liderança do PSD em janeiro de 2020.

  • Hernâni Dias

Eleito presidente da câmara de Bragança em 2013, não se poderia candidatar mais em 2025, por atingir o limite de mandatos. Em abril de 2024 tomou posse como secretário de Estado da Administração Local. Acabaria por se demitir no final de janeiro devido a uma polémica com a criação de empresas ligadas ao imobiliário quando já era governante, numa pasta em que interviu na chamada “lei dos solos”, que permite transformar solos rústicos em urbanos.

Saída para a Assembleia da República ou o Parlamento Europeu

A opção por colocar autarcas em limite de mandato nas listas para a Assembleia da República ou para o Parlamento Europeu também fez caminho, como aconteceu com Sérgio Pereira da Silva, que viajou da Trofa para Bruxelas. Algo que não é exclusivo do PSD como comprova, por exemplo, Isilda Gomes, ex-autarca de Portimão eleita como eurodeputada em 2024.

Das autarquias para o Parlamento, há casos de variada índole. Ricardo Aires suspendeu o mandato autárquico para ser terceiro nas listas da AD em Santarém, para as Legislativas de 2024, mas voltaria à câmara, depois de a coligação só ter eleito um deputado pelo distrito. Caso mais “bicudo” é o do ex-autarca Alberto Machado, eleito para o Parlamento em março de 2024. Contudo, já pediu a suspensão do mandato na Assembleia e seguiu de volta a casa, em Vila Pouca de Aguiar, onde ganhou eleições em 2013, 2017 e 2021 e, se lhe for permitido, fechará este ciclo autárquico, em setembro ou outubro próximos, de novo na cadeira de presidente da câmara.

Sucesso tiveram também Amílcar Almeida, que saiu de Valpaços, e o autarca de Sernancelhe, Carlos Santiago, que era quarto da lista social-democrata por Viseu, mas com a chamada de António Leitão Amaro para ministro ganhou bilhete para São Bento. Pedro Coelho, em limite de mandatos em Câmara de Lobos, também pode ser visto no Parlamento, depois de ser eleito nas autárquicas de 2013, 2017 e 2021.

Entre a Segurança Social e as ULS

A nomeação de militantes social-democratas não se fica pela cadeira de presidente de câmara, tocando em várias camadas partidárias. Exemplo disso: Pedro Azevedo, eleito pelo PSD para a junta de freguesia do Pragal, em Almada, nas autárquicas de 2009. Hoje, é o presidente da ULS Almada-Seixal. A 17 de fevereiro, numa publicação no Facebook, o PSD-Almada não se coibiu de lhe dar os parabéns pelo cargo.

Ex-vereador do PSD em Abrantes, Pedro Marques presidia ao Hospital do Santo Espírito da Ilha Terceira quando recebeu o convite para liderar a Unidade Local de Saúde da Lezíria. Do cargo saiu Tatiana Silvestre, que já foi candidata socialista à Assembleia Municipal de Santarém. Por seu lado, o deputado municipal em Barcelos pelo CDS-PP, José Manuel Cardoso foi o escolhido no final de janeiro para presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM). Nas ULS constatam-se mais exemplos: deputado social-democrata na Assembleia Municipal de Faro e vice-presidente da AMAL, associação de municípios algarvios, Tiago Botelho Martins Silva assumiu a presidência do conselho de administração da Unidade de Saúde Local do Algarve em novembro.

Noutra área do aparelho do Estado, Nuno Miguel da Silva Branco Alas, deputado na Assembleia Municipal de Évora entre 2013 e 2017, presidente da Comissão Política da Secção Concelhia do PSD de Évora, presidente do Secretariado dos Trabalhadores Social Democratas daquela cidade e representante do PSD no programa da Rádio Diana “Praça do Município”, foi nomeado a 19 de agosto para diretor de Segurança Social do Centro Distrital do Instituto de Segurança Social.

Esta instituição é paradigma da definição de “dança das cadeiras”: em 2012, o Governo de Passos Coelho escolheu para o cargo Sónia Cristina Ramos – eleita deputada da Assembleia da República em 2022 e escolhida para candidata do PSD nas próximas autárquicas em Estremoz, município onde é vereadora. Em janeiro de 2018, no Executivo de António Costa, foi substituída por José Ramalho, presidente da secção concelhia de Estremoz do Partido Socialista. Agora, sucede-lhe o social-democrata Nuno Alas.

Também na Segurança Social, mas a Norte, Orlando Antunes foi presidente da Comissão Política do PSD em Viana do Castelo até ser nomeado diretor do Centro Distrital da Segurança Social daquela cidade. No comunicado às redações, a dar nota da sua transição para a Segurança Social, usou o logótipo do PSD. A 18 de agosto, o Governo fez publicar em Diário da República a “não renovação da comissão de serviço da licenciada Cristina Gonçalves Rodrigues Oliveira” e no dia seguinte o Executivo dava nota da escolha de Orlando Antunes, cujo nome só depois seria submetido à avaliação da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP).

A seleção de social-democratas pelo Governo para cargos de nomeação política não conhece gerações. Maria Paula Carloto de Castro, assessora da secretária de Estado da Juventude na segunda maioria absoluta de Cavaco Silva, membro da pouco longeva direção social-democrata de Luís Filipe Menezes e deputada na Assembleia da República durante o consulado em tandem de Durão Barroso e Santana Lopes, foi chamada pelo governo de Luís Montenegro para liderar o Centro Distrital de Santarém da Segurança Social em agosto último. A jurista era então líder da bancada do PSD no Entroncamento, município onde, em 1993, tentou tirar a câmara ao PS com as cores do PSD e chegou a ser presidente da Assembleia Municipal na década de 1990. Na vida “civil” é coautora do livro titulado com uma expressão que, ao contrário das tradicionais nomeações políticas de PS e PSD para cargos públicos, remete para o espanto: “Fenómenos do Entroncamento”.

 

(notícia atualizada às 10h00 de dia 26 com respostas de António Benjamim Costa Pereira e de João Figueiredo, no caso dos contratos do escritório de Luís Montenegro com a Zendensino)

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Há oito novos restaurantes com Estrela Michelin em Portugal

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 25 Fevereiro 2025

O Guia Michelin revelou hoje a sua seleção de restaurantes para 2025, elevando para 38 os estabelecimentos nacionais galardoados. Marlene Vieira conquistou a primeira Estrela num momento emotivo.

Nesta terça-feira, dia 25 de Fevereiro, o Porto vestiu-se de festa para receber a nata da gastronomia nacional, na Gala Michelin 2025. Nenhum restaurante luso foi distinguido com as tão desejadas três Estrelas, embora houvesse na sala a expectativa de ver atribuída a terceira Estrela a um restaurante português. Os oito chefs/restaurantes com duas Estrelas Michelin atribuídas em 2024 mantiveram-nas em 2025 e há mais oito restaurantes com uma Estrela, com destaque para Marlene Vieira, que conquistou finalmente a distinção do Guia e tornou-se a segunda chef portuguesa a brilhar no firmamento Michelin. Apenas um restaurante perdeu a Estrela: o 100 Maneiras de Ljubomir Stanisic.

O bonito edifício da Alfândega do Porto recebeu a segunda gala Michelin a acontecer em Portugal. A cerimónia que celebrou a excelência e a diversidade gastronómica do país terminou com um total de 38 estabelecimentos distinguidos com uma Estrela Michelin (leia a caixa para descobrir quais os novos estrelados) e os mesmos oito com duas Estrelas – Alma (Lisboa), de Henrique Sá Pessoa; Antiqvvm (Porto), de Vítor Matos; Belcanto (Lisboa), de José Avillez; Casa de Chá da Boa Nova (Leça da Palmeira), de Rui Paula; Il Gallo D’Oro (Funchal), de Benoît Sinthon; Ocean (Porches), de Hans Neuner; The Yeatman (Vila Nova de Gaia), de Ricardo Costa e Vila Joya (Albufeira), de Dieter Koschina.

As jalecas prontas a entregar aos premiados.

Ainda não foi este ano que José Avillez conquistou a terceira Estrela, mas o chef viu o seu Encanto, em Lisboa, distinguido com uma Estrela Verde, vendo reconhecido o seu compromisso ambiental e as práticas sustentáveis na sua cozinha.

O momento mais emotivo da noite foi o da subida ao palco da chef Marlene Vieira (Marlene, Lisboa), que depois da desilusão no ano passado viu finalmente o reconhecimento por parte do Guia Michelin. A chef foi aplaudida de pé por toda a sala enquanto agradeceu, visivelmente nervosa, a concretização de um sonho. Marlene, chef-executiva do restaurante homónimo, leva para casa a nova Estrela, para juntar à do marido, João Sá, do Sála, que recebeu a sua Estrela em 2024. “Somos um casal cheio de estrelas”, comentou Marlene Vieira.

O Guia também distingue os restaurantes que praticam uma cozinha de alta qualidade a preços acessíveis com a categoria Bib Gourmand. Este ano foram cinco os galardoados: o Canalha (Lisboa), de João Rodrigues e Lívia Orofino; o Contradição (Bragança), de Óscar Geadas; o OMA (Porto), de Luís Moreira; o Pigmeu (Lisboa), de Miguel Peres e o Terruja (Alvados) de Diogo Caetano.

São ainda 35 os novos restaurantes recomendados pelo guia encarnado, distribuídos entre três regiões: Porto e Norte; Centro e Lisboa; Alentejo, Algarve e Madeira. Confira a lista:

Bistrô by Vila Foz (Matosinhos), de Arnaldo Azevedo
Cibû (Leça da Palmeira), de Hugo Portela
Culto ao Bacalhau (Porto), de Américo Peneda
Esperança Verde (Braga), de Hugo Sousa
Flor de Lis by Vila Foz (Porto), Arnaldo Azevedo
Kaigi (Porto), de Nuno Brás e Vasco Coelho
Le Babachris (Guimarães), de Christian Rullan
Mito (Porto), de Pedro Braga
O Filho da Mãe (Braga), de Wesley Amorim
Real by Casa da Calçada (Porto), de Emiliano Silva
Seixo by Vasco Coelho Santos (Tabuaço), de Vasco Coelho Santos
Tokkotai (Porto), de Paulo César Nogueira
Ceia (Lisboa), de Renato Bomfim
Conceito (Cascais), de Daniel Estriga
Izakaya (Cascais), de Tiago Penão e Isaac Jorge Penão
Las Dos Manos (Lisboa), de Kiko Martins
-Memórias Santar (Santar), de Luis Almeida
Omakase Ri (Lisboa), de William Vargas
Oven (Lisboa), de Harj Chapagain
Prosa (Aveiro), de João Covas e Rui Paula
Safra (Coimbra), de Sérgio Silva
Vibe (Lisboa), de Mattia Stanchieri
Ákua (Funchal), de Júlio Pereira e Liliana Abreu
Atlântico (Porches), de João Sousa
Audax (Funchal), de César Vieira
Avista Ásia (Funchal), de Benoît Sinthon e Rui Pinto
Cavalariça Évora (Évora), de Catalina Viveros e Bruno Caseiro
Gazebo (Funchal), de Filipe Janeiro Grácio Gomes
Hibrido (Évora), de João Nerigueta
Legacy Winery (Estremoz), de Emanuel Rodriguez
Mapa (Montemor-o-novo), de David Jesus
Oxalis (Funchal), de Gonçalo Bita Bota
Restaurante F (Portimão), de Luis Oliveira
Sublime Comporta Beach Club (Carvalhal), de Diogo Gonzaga
Vistas Monte Rei (Vila Nova de Cacela), de André Simão

Quais são os 8 novos restaurantes com uma Estrela Michelin em Portugal que vai querer descobrir?

Arkhe – Lisboa
Sob a liderança do chef brasileiro João Ricardo Alves, o Arkhe oferece uma experiência gastronómica vegan/vegetariana de alta qualidade. Num ambiente minimalista, os clientes podem desfrutar de três menus de degustação: Almoço, Descoberta e Carta Branca, todos destacando a delicadeza, técnica e sabor.

Blind – Porto
Ideal para quem busca uma experiência gastronómica surpreendente, o Blind, liderado pelo chef Vítor Matos e executado pela chef Rita Magro, presta homenagem à obra “Ensaio sobre a Cegueira” de José Saramago. O restaurante oferece um menu surpresa que desafia os sentidos dos comensais.

Grenache – Lisboa
Localizado em Alfama, o Grenache é comandado pelo chef Philippe Gelfi, que apresenta uma cozinha contemporânea com raízes francesas. Disponibiliza dois menus de degustação, Grenache e Experience, num ambiente que combina elegância e tranquilidade, afastado da agitação turística.

Marlene – Lisboa
A poucos passos do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, o restaurante Marlene, da chef Marlene Vieira, destaca-se pela sua cozinha central aberta, permitindo aos clientes observarem a preparação meticulosa dos pratos. Os menus de degustação refletem a tradição portuguesa com influências internacionais, proporcionando uma experiência única.

Oculto – Vila do Conde
Situado no hotel The Lince Santa Clara, o Oculto honra o seu nome ao ocupar uma parte recuperada do antigo Mosteiro de Santa Clara. Os chefs Vítor Matos e Hugo Rocha oferecem dois menus de degustação focados em produtos sazonais e marinhos, num espaço que combina história e modernidade.

Palatial – Braga
Nos arredores de Braga, o Palatial surpreende com um bar de provas dedicado aos vinhos regionais e uma sala de refeições elegante. A cozinha, que oferece opções à la carte e dois menus de degustação (Tradição e Inovação), reinventa a gastronomia portuguesa com criatividade e sofisticação.

Vinha – Vila Nova de Gaia
Integrado no Vinha Boutique Hotel, este restaurante é fruto da colaboração entre o chef Henrique Sá Pessoa e o chef residente Jonathan Seiller. A proposta gastronómica destaca-se pela utilização de produtos sazonais portugueses, apresentados de forma contemporânea, tanto em opções à la carte como no menu de degustação “Identidade”.

YŌSO – Lisboa
Com apenas oito meses de vida, e comandado pelo chef Habner Gomes, o YŌSO leva os clientes numa viagem pela gastronomia japonesa através de um único menu de degustação omakase. O restaurante, cujo nome alude aos quatro elementos da natureza, oferece uma experiência intimista, seja no balcão de sushi ou em mesas reservadas, destacando técnicas tradicionais japonesas com ingredientes sazonais.

Em resumo, o Guia Michelin 2025:
Duas Estrelas Michelin – 8
Uma Estrela Michelin – 38 (8 novos)
Estrela Verde – 6 (1 novo)
Bib Gourmand – 28 (5 novos)
Recomendados – 116 restaurantes (35 novos)

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Casa Branca impõe novas regras à comunicação social

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

A partir de agora, será o executivo a selecionar os membros do pequeno grupo de jornalistas, fotógrafos e operadores de câmara que acompanham o presidente nos seus eventos.

A Casa Branca anunciou esta terça-feira novas regras para a comunicação social, passando a decidir que jornalistas podem fazer perguntas ao Presidente norte-americano, Donald Trump, tarefa que até agora cabia exclusivamente à Associação de Correspondentes da Casa Branca (WHCA).

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, anunciou em conferência de imprensa que, a partir de agora, será o executivo a selecionar os membros do pequeno grupo de jornalistas, fotógrafos e operadores de câmara que acompanham o presidente nos seus eventos e transmitem a informação a milhares de outros jornalistas interessados.

“A partir de agora, a equipa de imprensa da Casa Branca determinará quem faz parte da pool da imprensa”, declarou Karoline Leavitt. Durante quase um século, a tradição na Casa Branca tem sido que seja uma pool de jornalistas a fazer a cobertura da agenda do Presidente, uma vez que não há espaço suficiente para as centenas de jornalistas que querem acompanhar os seus eventos na Sala Oval, noutras salas onde discursa ou mesmo no avião presidencial Air Force One.

A seleção dos jornalistas com acesso a essa pool é tradicionalmente da responsabilidade da White House Correspondents Association (WHCA), fundada em 1914 por jornalistas, em resposta a um rumor infundado de que uma comissão do Congresso queria decidir quais os repórteres que podiam assistir às conferências de imprensa do então Presidente, Woodrow Wilson (1913-1921).

O trabalho da WHCA tem sido defender um maior acesso para as centenas de jornalistas que cobrem a Casa Branca, perante as tentativas de diversos Governos para o restringir. Além disso, seleciona, através de um processo rigoroso, os membros da pool que estão autorizados a assistir aos eventos presidenciais e que agem como os olhos e os ouvidos dos restantes jornalistas.

O grupo de jornalistas que acompanham o Presidente é normalmente composto por 13 a 14 pessoas, embora em alguns casos possa chegar a 20. Dentro deste grupo, há jornalistas, designados como poolers, para diferentes meios de comunicação: um para a imprensa escrita, um para a rádio e outros para a televisão.

Os pormenores das mudanças anunciadas pela Casa Branca ainda estão por definir e desconhece-se como serão postas em prática.

Este anúncio ocorre num contexto de confronto de Trump com a agência de notícias norte-americana, The Associated Press (AP), à qual o Governo restringiu o acesso à pool, impedindo-a de fazer perguntas a Trump, devido à sua decisão de continuar a chamar Golfo do México ao Golfo do México, ao invés de adotar a nomenclatura decidida pelo chefe de Estado, “Golfo da América”.

A AP interpôs uma ação em tribunal, argumentando que a decisão de Trump viola o direito à liberdade de imprensa consagrado na Primeira Emenda da Constituição. No entanto, um juiz decidiu na segunda-feira que o Governo poderá continuar a vetar o acesso à agência noticiosa, embora lhe tenha pedido que reconsiderasse a sua decisão.

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Líder do PS discorda de Aguiar-Branco. “Os bons na política não têm medo da transparência”

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

O secretário-geral socialista diz que que "as pessoas, quando vêm para funções públicas, têm que estar disponíveis ao escrutínio”.

O secretário-geral do PS pediu esta terça-feira que se “pare de fazer de conta que a exigência de transparência prejudica a entrada na política de gente competente”, sublinhando que quem assume funções públicas “tem de estar disponível para o escrutínio”.

Esta posição foi assumida por Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, após um encontro com a ICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas. O socialista disse discordar da posição do presidente da Assembleia da República e até de pessoas do seu quadrante político sobre a questão da transparência dos titulares de cargos públicos, argumentando que “a exigência de transparência nunca fez mal a ninguém”.

“A conversa de que pedirmos transparência e escrutínio é retirar os bons da política (…) os bons na política são exatamente aqueles que não têm medo da transparência e do escrutínio. É bom que nós deixemos de fazer de conta que a exigência de transparência prejudica a entrada na política de gente competente. As pessoas, quando vêm para funções públicas, têm que estar disponíveis ao escrutínio”, considerou.

O líder do PS recordou, no escrutínio de que já foi alvo ao longo do seu percurso, foi inquirido com “muitas perguntas desagradáveis às quais teve que responder”, e acrescentou que isso faz parte da vida de quem escolhe uma carreira política.

Pedro Nuno Santos ressalvou, no entanto, que esta exigência não deve ser confundida com “populismo e mentiras” e a “exploração inaceitável de situações da vida privada”, mas insistiu que os políticos devem ser transparentes porque têm poder de decisão e “poder sobre a vida dos outros”.

“O primeiro-ministro é das pessoas com mais poder em Portugal. E é por isso que ele tem um dever acrescido de transparência. Se nós quisermos defender a democracia, nós não podemos deixar para os partidos do extremo, para os partidos mais populistas, a exigência de transparência”, argumentou. O líder do PS insistiu ainda que há perguntas por responder sobre o caso da empresa da família de Luís Montenegro e disse que os socialistas estão a avaliar o que “podem fazer mais” para chegar a outras respostas.

Pedro Nuno Santos comentou também a notícia do jornal online Observador – que dá conta de que o Governo entende que por trás das polémicas que têm atingido o executivo há uma agenda cruzada entre interesses imobiliários e os media –, considerando a argumentação que nela consta ridícula” e exigindo ao Governo que se posicione sobre a notícia.

“Eu acho isto inaceitável. E, portanto, espero mesmo que o Governo português, já agora, para bem todos nós e, mais uma vez, a transparência, confirme ou desminta aquela notícia. Porque acho grave que se tente passar, de forma escondida, a ideia de que só existe este caso porque alguns órgãos de comunicação social têm uma agenda contra o Governo”, disse.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 39 milhões de euros

  • ECO
  • 25 Fevereiro 2025

O jackpot desta terça-feira é de 39 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 39 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 25 de fevereiro:

Números: 17, 22, 23, 24 e 44

Estrelas: 6 e 11

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Empresa do marido da secretária das Pescas fatura quase 200 mil em contratos públicos

  • ECO
  • 25 Fevereiro 2025

Secretária de Estado das Pescas confirma a quota do marido na empresa, mas garante que o mesmo a suspendeu durante o mandato.

A Mobinteg, empresa de consultoria de sistemas de informação que pertence ao marido da secretária de Estado das Pescas, Cláudia Monteiro Aguiar, firmou quase 200 mil euros em seis contratos públicos desde a tomada de posse deste Executivo, avança a revista Sábado.

Segundo o Portal Base, a Mobinteg assinou desde abril de 2024 dois contratos em processos de consulta prévia, um no valor de 67 mil euros com a Ordem dos Enfermeiros, e outro com o Município de Carregal do Sal por 74 mil euros.

Na lista aparecem ainda quatro ajustes diretos com o Município de Elvas (11 mil euros), a Parques de Sintra (19 mil euros), CRPG – Centro de Reabilitação Profissional (13 mil euros) e o Instituto Politécnico de Viseu (oito mil euros).

A secretária de Estado das Pescas confirmou a quota de 30% do marido na Mobinteg, mas garantiu que o cônjuge suspendeu a quota (e neste regime poderá voltar aos órgãos sociais da empresa, automaticamente, depois do fim de mandato de Cláudia Monteiro Aguiar).

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Se fosse primeiro-ministro “claro que estaria em Kiev”, diz Pedro Nuno Santos

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

"Nos últimos tempos, em matéria de política de defesa, nós não temos tido informação por parte do primeiro-ministro", criticou o secretário-geral do PS.

O secretário-geral do PS garantiu esta terça-feira que estaria em Kiev, no terceiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia, se fosse primeiro-ministro e admitiu que não tem tido contactos recentes sobre política externa com Governo.

A posição foi assumida Pedro Nuno Santos em declarações aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, após um encontro com a ICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas.

De forma inequívoca, claro que estaria em Kiev se fosse primeiro-ministro, pela simples razão de que esse é um dos temas mais importantes que ocupa neste momento a União Europeia e que nos interessa a todos”, disse, após ser questionado sobre se iria até à capital da Ucrânia se estivesse no lugar de Luís Montenegro.

Para o líder do PS, “Portugal não pode estar de fora” e deve “garantir todas as condições informáticas para que as reuniões aconteçam por videoconferência” com a participação do chefe de Governo português – aludindo ao facto de o primeiro-ministro português, por problemas técnicos, ter tido dificuldade em ligar-se, à distância, à conferência de apoio à Ucrânia que decorre em Kiev.

Pedro Nuno salientou também que neste momento, por estar na oposição, o PS “não tem toda a informação sobre as discussões que existem no plano europeu” e revelou que os socialistas não têm “tido contacto recente sobre a política externa por parte do primeiro-ministro”.

“Portanto, nós temos pouca informação para poder dizer de forma concreta qual seria o nível ou qual poderá ser o nível de envolvimento de Portugal (…) nos últimos tempos, em matéria de política de defesa, nós não temos tido informação por parte do primeiro-ministro”, acrescentou.

O líder socialista salientou a importância do conflito ucraniano para o PS e garantiu estar disponível para “conversar sobre o tema com o primeiro-ministro” desde que o Governo entenda que o contributo dos socialistas é útil.

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Ucrânia chega a acordo com EUA sobre minerais raros

  • ECO
  • 25 Fevereiro 2025

Financial Times avança que o acordo acontece depois de Washington ter deixado cair a exigência de obter 500 mil milhões de dólares em receitas provenientes da exploração dos recursos ucranianos.

Os EUA e a Ucrânia chegaram a acordo sobre minerais raros e outros recursos, depois de os norte-americanos terem deixado cair a exigência de obter 500 mil milhões de dólares em receitas provenientes da exploração dos recursos ucranianos, avança o Financial Times.

“O acordo sobre os minerais é apenas uma parte do cenário. Ouvimos várias vezes da administração americana que faz parte de um quadro mais geral”, disse Olha Stefanishyna, vice-primeira-ministra e ministra da Justiça ucraniana, citada pelo jornal britânico.

A versão do documento prevê a criação de um fundo em que a Kiev contribui com 50% das receitas com a “futura monetização” dos recursos minerais controlados pelo Estado ucraniano – mas exclui os recursos que já hoje contribuem para os cofres do país.

O acordo de minerais não especifica nenhuma garantia de segurança por parte dos EUA à Ucrânia. No entanto, o jornal avança que as autoridades dos EUA disseram que este acordo forneceria um escudo de segurança.

Na Sala Oval, em conferência de imprensa, Trump sugeriu que Zelensky iria já esta sexta-feira a Washington, onde pode ser assinado o acordo.

Este acordo surge um dia depois de Donald Trump ter prometido acabar com a Guerra na Ucrânia “dentro de uma semana”.

(Notícia atualizada às 20h00 com mais informação)

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Dois funcionários da AT entre os quatro detidos na Operação Porthos

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

A PJ suspeita de que funcionários da Autoridade Tributária nas alfândegas terão sido subornados pelo Primeiro Comando da Capital, do Brasil, e cartéis colombianos para deixar passar estupefacientes.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta quatro pessoas esta terça-feira, das quais dois funcionários da Autoridade Tributária (AT), e constituiu 15 arguidos no âmbito da ‘Operação Porthos’ de combate ao tráfico de droga através dos portos nacionais.

De acordo com o comunicado da PJ, para além de quatro detidos e 15 arguidos resultantes da operação, foram ainda “apreendidos mais de meio milhão de euros em numerário, 10 viaturas e cinco armas de fogo e outras”. Fonte judiciária adiantou à Lusa que cinco arguidos são funcionários da AT, dois dos quais foram detidos.

A PJ realizou esta terça buscas na área metropolitana de Lisboa, e em Setúbal, Sines e Leiria por suspeitas de corrupção nos portos visando a entrada na Europa de cocaína da América Latina, anunciou a instituição. Em comunicado, a PJ adiantou que a operação Porthos “investiga a beneficiação de organizações criminosas dedicadas à exportação de elevadas quantidades de cocaína a partir da América Latina”.

“Estas organizações criminosas usam os portos marítimos nacionais como porta de entrada de produtos estupefacientes no continente europeu, dissimulados em diversos produtos acondicionados em contentores”, acrescenta a instituição.

A investigação resulta da cooperação policial internacional e em causa estão suspeitas de corrupção ativa e passiva, tráfico de estupefacientes e branqueamento de capitais. Segundo a CNN Portugal, a PJ suspeita de que funcionários da Autoridade Tributária nas alfândegas terão sido subornados pelo Primeiro Comando da Capital, do Brasil, e cartéis colombianos para deixar passar a droga.

No terreno, estiveram 150 inspetores e peritos da PJ, acompanhados por quatro magistrados do Ministério Público. Foram executados 32 mandados de busca, dos quais 14 domiciliárias e 18 não domiciliárias, para “recolha de elementos de prova complementares”.

A investigação vai prosseguir, no âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público.

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Acionistas da Apple rejeitam proposta para eliminar programas de diversidade da empresa

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2025

A proposta anti-DEI foi rejeitada pelos acionistas da Apple, que não divulgou a contagem dos votos. Trump pediu uma análise a este tipo de programas para saber se discriminam funcionários.

Os acionistas da Apple rejeitaram esta terça-feira uma tentativa de pressionar o criador de tendências tecnológicas a juntar-se ao esforço do Presidente norte-americano, Donald Trump, para eliminar os programas empresariais destinados a diversificar a sua força de trabalho (DEI).

A proposta elaborada pelo Centro Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas – um think-tank autodenominado conservador – exortou a Apple a seguir um conjunto de empresas de alto perfil que recuaram nas iniciativas de diversidade, equidade e inclusão atualmente na mira da administração Trump.

Após uma breve apresentação sobre a proposta anti-DEI, a Apple anunciou que os acionistas a tinham rejeitado, sem divulgar a contagem dos votos. Os resultados preliminares serão apresentados ainda esta terça num relatório regulamentar.

O resultado justificou a decisão da administração da Apple de manter o seu compromisso de diversidade, apesar de Trump ter pedido ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos que analisasse se este tipo de programas discriminou alguns funcionários cuja raça ou género não estão alinhados com os objetivos da iniciativa.

Mas o CEO da Apple, Tim Cook, tem mantido uma relação cordial com Trump desde o seu primeiro mandato, uma aliança que até agora tem ajudado a empresa a contornar as tarifas sobre os seus iPhones fabricados na China.

Depois de Cook e Trump se terem encontrado na semana passada, a Apple anunciou na segunda-feira que vai investir 500.000 milhões de dólares (cerca de 476.000 milhões de euros) nos Estados Unidos e criar mais 20 mil postos de trabalho durante os próximos cinco anos – um compromisso aplaudido pelo Presidente.

A votação dos acionistas ocorreu um mês depois de o mesmo grupo ter apresentado uma proposta semelhante durante a reunião anual da Costco, uma multinacional do retalho, mas que foi rejeitada por esmagadora maioria.

Essa rejeição não desencorajou o Centro Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas de confrontar a Apple sobre seu programa DEI numa apresentação pré-gravada por Stefan Padfield, diretor executivo do Projeto de Livre Empresa do think-tank, que afirmou que “a diversidade forçada é ruim para os negócios”.

Na apresentação, Padfield atacou os compromissos de diversidade da Apple por estarem fora de linha com as recentes decisões judiciais e disse que os programas expõem a empresa de Cupertino, Califórnia (oeste), a um ataque de potenciais processos judiciais por alegada discriminação. Padfield citou a administração Trump como um dos potenciais adversários legais da Apple.

“A mudança de vibração é clara: DEI está fora e o mérito está dentro”, disse Padfield na apresentação. O espetro de possíveis problemas legais foi ampliado na semana passada, quando o procurador-geral da Florida, James Uthmeier, entrou com uma ação federal contra a Meta (Target), alegando que o programa DEI recentemente reduzido do retalhista alienou muitos consumidores e reduziu as vendas em detrimento dos acionistas.

Tal como a Costco, a Apple defende que a promoção de uma força de trabalho diversificada faz todo o sentido em termos comerciais.

Mas Cook admitiu que a Apple poderá ter de fazer alguns ajustamentos ao seu programa de diversidade “à medida que o panorama jurídico se altera”, ao mesmo tempo que se esforça por manter uma cultura que ajudou a elevar a empresa ao seu atual valor de mercado de 3.700 milhões de dólares (3.525 milhões de euros) – superior ao de qualquer outra empresa no mundo.

“Vamos continuar a criar uma cultura de pertença”, disse Cook aos acionistas durante a reunião. No seu último relatório de diversidade e inclusão publicado em 2022, a Apple divulgou que quase três quartos de força de trabalho global consistem em funcionários brancos e asiáticos. Quase dois terços dos funcionários eram homens.

Outras grandes empresas de tecnologia relataram há anos empregar principalmente homens brancos e asiáticos, especialmente em empregos de engenharia bem remunerados – uma tendência que estimulou a indústria a procurar esforços sem sucesso para diversificar.

 

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Altice France prestes a reestruturar dívida, mas credores ficam com 45% da empresa

Patrick Drahi está quase a chegar a um acordo que cortará 8,6 mil milhões de euros de dívida da empresa de telecomunicações que detém a operadora SFR no mercado francês.

Após vários meses de negociações, o empresário Patrick Drahi, dono da Altice France, está prestes a chegar a um acordo com os credores para reduzir a dívida da empresa de telecomunicações em 8,6 mil milhões de euros em troca de uma participação minoritária (45%) na empresa, avança esta terça-feira a Bloomberg.

Nos termos agora propostos, Patrick Drahi manter-se-á a gerir a telecom. Já os credores preferenciais, com direitos de garantia sobre os ativos do devedor, receberão um terço em equity (31%), um pagamento em dinheiro e “dívida garantida restabelecida com documentação mais rigorosa que limita as transações com partes relacionadas”, segundo as várias fontes contactadas pela agência financeira.

Por outro lado, os credores sem direitos de garantia ficarão uma participação 14% do capital, um pagamento mais baixo em dinheiro e uma quantia menor de dívida não garantida reintegrada, de acordo com a versão do documento, que ainda pode sofrer alterações. O total das posições das diferentes categorias de credores perfaz os tais 45%.

A Altice France, que é um dos três braços do grupo além da internacional e da proprietária da Meo, detém a operadora SFR no mercado francês, mas tem uma dívida de 23,7 mil milhões de euros. O objetivo, desde o início das conversações, era que o rácio dívida/EBITDA, de 6,7x, baixasse para para menos de 4x.

Em meados de outubro, a Altice France propôs aos credores com dívida garantida uma participação entre 10 e 15% na empresa, pedindo em troca um perdão de dívida equivalente. A proposta informal previa a extensão das maturidades e redução dos juros da dívida existente.

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WTW lança nova plataforma de benefícios flexíveis para colaboradores de empresas

  • ECO
  • 25 Fevereiro 2025

O EmbarkFlex é a nova plataforma de benefícios da WTW: plataforma flexível, customizada e adaptada às necessidades dos colaboradores.

A WTW, empresa corretora de seguros mas também de consultoria e soluções empresariais, lançou o EmbarkFlex, uma plataforma “inovadora que revoluciona a forma como as empresas portuguesas gerem e oferecem benefícios aos seus colaboradores”. Desenvolvido com o objetivo de “colocar os profissionais no centro das decisões”, o EmbarkFlex adapta-se às necessidades individuais, promovendo “maior flexibilidade, personalização e eficiência”, afirma a empresa.

“Acreditamos que o EmbarkFlex será um divisor de águas no mercado de benefícios, trazendo uma nova perspetiva e permitindo às empresas oferecer soluções que realmente se alinhem com as prioridades e o estilo de vida dos seus colaboradores”, afirma Ana Amado, Head of Flex Benefits Portugal.

A WTW descreve a nova plataforma com a oferta de quatro pilares fundamentais:

  • Escolha e Personalização: Proporciona aos colaboradores a possibilidade de selecionar os benefícios que melhor respondem às suas necessidades e prioridades pessoais;
  • Flexibilidade e Simplicidade: Permite acompanhar e ajustar os benefícios às diferentes etapas da vida de cada colaborador;
  • Customização e Valor Real: Oferece personalização alinhada à cultura e realidade de cada empresa, garantindo uma gestão centralizada e totalmente transparente;
  • Suporte Especializado e Integração Completa: Integra todos os benefícios oferecidos pela empresa – incluindo os benefícios core, benefícios financeiros relacionados com poupança e wellbeing – com o suporte de especialistas da WTW.

Elsa Carvalho, Head of Business Development, reforça: “A plataforma está preparada para novos desenvolvimentos no conceito holístico do bem-estar: físico, emocional, social e financeiro”.

A WTW lançou há 20 anos a primeira ferramenta de benefícios flexíveis em Portugal, e agora o CEO Nuno Arruda salientou a inovação do Embarkflex: “É um investimento nas vossas pessoas”, concluiu num encontro com clientes.

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