EUA enviam carta a Bruxelas para chegar a acordo comercial

  • ECO
  • 14 Maio 2025

A carta da administração Trump é o primeiro passo de Washington para evitar uma guerra comercial com a União Europeia.

Os Estados Unidos enviaram uma carta à Comissão Europeia (CE) para avançar num acordo com o bloco europeu e, assim, evitar uma guerra comercial, avança o Politico. A carta é o primeiro sinal de que, depois do Reino Unido e da China, Washington se prepara para ir para a mesa de negociações com o bloco europeu.

A tentativa de negociação surge depois de a Comissão Europeia ter anunciado na semana passada que já tem um plano para responder às tarifas anunciadas por Donald Trump. Caso as negociações com Washington não cheguem a bom porto, Bruxelas tem preparada uma lista de produtos industriais e agrícolas no valor de 95 mil milhões de euros para avançar com novas tarifas.

Trump aceitou uma suspensão de 90 dias das tarifas de recíprocas de 20% sobre produtos europeus e, por isso, a UE também não retaliou. Ainda assim, os EUA têm, em vigor, tarifas básicas de 10% sobre as importações de produtos europeus desde o início de abril e direitos aduaneiros de 25% sobre automóveis, aço e alumínio “made in Europe”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou que “as tarifas já estão a ter um impacto negativo nas economias globais” e UE continua “totalmente comprometida” em negociar com os EUA.

O presidente dos EUA, Donald Trump, já chegou a acordo para reduzir as tarifas com o Reino Unido e com a China, numa altura em que no trimestre a economia americana contraiu pela primeira vez em três anos.

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Regulador da Califórnia autoriza State Farm a aumentar prémios de seguros habitação

  • ECO Seguros
  • 14 Maio 2025

Os novos prémios – aplicados a partir de junho – consistem num aumento de 17% para os proprietários da habitação própria, 38% para os proprietários de imóveis para arrendar e de 15% para os inquilinos

O regulador dos seguros da Califórnia autorizou a State Farm a aumentar os preços de seguros em 17% para todos os proprietários com seguro à habitação da seguradora numa tentativa de ajudar a companhia a recuperar capital após o aumento dos sinistros provocados pelos incêndios de Los Angeles, avançou o The Guardian.

A seguradora argumentou serem necessários aumentos dos prémios para ajudar a empresa e evitar uma crise financeira “terrível” que a poderia obrigar a abandonar mais apólices na Califórnia. Aliás, as dificuldades financeiras já existiam antes dos incêndios florestais que começaram a 7 de janeiro deste ano – e que vieram agravar a situação. Os novos prémios serão aplicados a partir de junho e vão chegar a cerca de um milhão de proprietários.

Os prémios vão também subir em 38% para os proprietários de imóveis para arrendamento e de 15% para os inquilinos. Em troca, a seguradora vai receber uma injeção de capital de 400 milhões de dólares da sua empresa-mãe e concordou em suspender a decisão de não renovar algumas apólices até ao final do ano.

Os novos prémios são temporários até que o Estado da Califórnia avalie o pedido da State Farm do ano passado para um aumento de 30% nos prémios para os proprietários de casas. As audiências relativas a esse pedido estão marcadas para outubro.

A empresa afirmou ter pago até esta semana mais de 3,51 mil milhões de dólares e estar a tratar de mais de 12.600 pedidos de indemnização devido aos incêndios.

Esta decisão surge no momento em que o regulador está a desenvolver um esforço de vários anos para convencer as seguradoras a continuarem a cobrir os riscos na Califórnia, à medida que os incêndios florestais destroem cada vez mais zonas residenciais. Há dois anos, várias seguradoras, incluindo a State Farm, deixaram de emitir apólices de seguros à casa em zonas de elevado risco de incêndios.

No ano passado, Ricardo Lara, comissário de seguros no Estado, revelou regulamentos destinados a dar às seguradoras mais margem para aumentar os prémios em troca de mais apólices em áreas de alto risco. Regras que encontram em vigor este ano.

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Município de Ílhavo reduziu dívida em quase 60%

Município de Ílhavo diz que abdicou, durante este mandato, de um incremento de receita municipal de cerca de dois milhões de euros em IMI e 1,5 milhões de euros em IRS, dos quais 1,2 milhões em 2024.

Em três anos a Câmara Municipal de Ílhavo conseguiu reduzir a dívida em quase 60%, passando de 9,2 milhões de euros em 2021 para 3,9 milhões em 2024, avançou esta quarta-feira o município liderado por João Campolargo depois de ver aprovado o Relatório e Contas de 2024 pela Assembleia Municipal.

“A responsabilidade financeira do município é demonstrada pela redução expressiva da dívida, onde se incluem as dívidas a fornecedores e empréstimo bancário, que passou de 9,2 milhões de euros em 2021 para 3,9 milhões de euros em 2024, ou seja, em quase 60%”, contabiliza esta autarquia do distrito de Aveiro num comunicado.

Ainda assim, a autarquia gastou 11,8 milhões de euros com pessoal devido à “atualização salarial imposta por lei e do reforço da estrutura de recursos humanos”, justifica. Esta despesa ascende aos 31,7 milhões de euros entre 2022 e 2024.

Já o “investimento público totalizou, em 2024, 40 milhões de euros, englobando tanto o financiamento obtido através de fundos externos como o investimento próprio do município”, detalha o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo no Relatório e Contas 2024, citado na mesma nota.

O investimento público totalizou, em 2024, 40 milhões de euros, englobando tanto o financiamento obtido através de fundos externos como o investimento próprio do município.

João Campolargo

Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo

A propósito da rubrica dos investimentos, o autarca elenca a conclusão dos “procedimentos de importantes obras na área da educação e da saúde que já se encontram em marcha, nomeadamente a reabilitação da Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes, Escola Básica José Ferreira Pinto Basto (Ílhavo) e Escola Básica Professor Fernando Martins (Gafanha da Nazaré)”.

Já na área da saúde, João Campolargo aponta a reabilitação e ampliação do Centro de Saúde de Ílhavo, e a reabilitação da Extensão de Saúde da Gafanha da Nazaré.

Só em 2024 o município gastou 4,2 milhões na área dos resíduos sólidos, 3,1 milhões na educação, 1,7 milhões na cultura e igual montante no desporto. Destinou 1,5 milhões para a ação social e outros 1,1 milhões para a habitação.

Entre 2022 a 2024, o município registou 72 milhões de euros (28 milhões em 2024) de despesas correntes e 29 milhões de euros (12 milhões em 2024) de despesas de capital. “Este esforço financeiro tem sido realizado em simultâneo com uma política de alívio fiscal às famílias do concelho, através da redução continuada da taxa de IMI [Imposto Municipal Sobre Imóveis] – atualmente no mínimo legal – e da devolução de parte do IRS aos munícipes, com a fixação da taxa de participação municipal em 4% face ao máximo de 5%”, explana a autarquia.

O município diz que abdicou, durante este mandato, de um incremento de receita municipal de cerca de dois milhões de euros em IMI e 1,5 milhões de euros em IRS, dos quais 1,2 milhões apenas no ano de 2024.

A autarquia registou 34 milhões de euros de receitas correntes e 9,5 milhões de euros de receitas de capital em 2024.

Segundo o autarca João Campolargo, a estabilidade orçamental “só foi possível graças a uma gestão rigorosa e eficiente dos recursos públicos, orientada pelo interesse coletivo”.

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ECO da campanha. Favoritos em catenaccio e almirante a ‘trinco’ para Belém

A dois dias do fecho da campanha, avanço de Gouveia e Melo para a Presidência contamina o debate das legislativas, em que a tática de Montenegro e Pedro Nuno continua a ser não arriscar um milímetro.

“Não há dúvidas. Vou ser mesmo candidato”. O anúncio de Henrique Gouveia e Melo de que avançará mesmo para a Presidência da República caiu como uma bomba na campanha eleitoral para as legislativas, quando ficam a faltar apenas dois dias na estrada. A candidatura será anunciada formalmente no dia 29 de maio, mas o almirante disse à Renascença que, caso seja eleito, pode “contribuir de forma muito decisiva para a estruturação da política de médio e longo prazo, com uma visão estratégica, e para as reformas estruturais que há muitos anos estão por fazer na sociedade portuguesa”.

As reações à direita não tardaram. Numa metalomecânica em Pombal, o líder da Iniciativa Liberal falou num “mau princípio” em termos de protagonismo, quando esperava que o próximo Presidente fosse “mais equilibrado do ponto de vista da sua presença mediática”. “Não me parece que tenha começado muito bem”, completou Rui Rocha.

“Anunciar a candidatura em plena campanha eleitoral não deixa de ser curioso. É para desviar atenções quer do PS quer do PSD, que têm líderes tão fraquinhos que estão totalmente fora dela”, atirou Pedro Pinto, que rendeu André Ventura durante uma arruada do Chega em Vila Nova de Milfontes (ver abaixo).

Pedro Nuno Santos preferiu não fazer comentários, embora tenha deixado uma crítica implícita ao timing do anúncio, ao dizer que “estamos numa campanha para as legislativas e é nisso que [está] focado”. Porém, ao seu lado numa arruada em Setúbal, o histórico Augusto Santos Silva concretizou que “trata-se de uma pessoa que muda de opinião muito facilmente” e que “parece não perceber a diferença” entre legislativas e presidenciais. À hora da publicação deste artigo, a AD ainda não se tinha pronunciado sobre a novidade para as presidenciais.

Mais à esquerda, CDU e Bloco evitaram ‘morder o isco’ da candidatura presidencial. Paulo Raimundo disse apenas que “anunciar agora é uma opção dele”, ironizando que “notícia seria se não fosse candidato” a Belém. Mariana Mortágua recusou-se mesmo a comentar o tema, apesar da insistência dos jornalistas: “Eu quero falar sobre trabalho por turnos, sobre horas extra, sobre o país que tem os mais longos horários de trabalho, com salários mais curtos e os preços das casas mais caros”. Já Rui Tavares, do Livre, foi explícito na crítica: “Vivemos em democracia e, evidentemente, que o tempo é criticável”.

Se Henrique Gouveia e Melo se posicionou para alinhar na posição de trinco no jogo de Belém, com o objetivo de segurar a vantagem que todas as sondagens lhe atribuem, os favoritos às legislativas preferiram a tática do catenaccio, celebrizada no futebol em Itália e caracterizada pela postura defensiva e pelo pragmatismo.

Pedro Nuno Santos, que acordara com mais uma sondagem desfavorável, dando o PS em queda livre e em risco de obter o pior resultado eleitoral desde os anos 1990, voltou a não se desviar do guião dos últimos dias. Em Setúbal, pediu o voto da “muita gente [que] votou na AD e que hoje está envergonhada” com um “primeiro-ministro que mistura política com negócios”. Ambicionando que “esse eleitorado sinta que pode confiar no PS”.

A Norte, Luís Montenegro também continuou sem arriscar no discurso nesta reta final da campanha, que só Gouveia e Melo conseguiu mesmo animar. Em Arcos de Valdevez, voltou a apelar ao voto útil daqueles que “estão cansados de eleições e preocupados com a estabilidade política, que tem de poder juntar-se à estabilidade social, económica e financeira do país”. E ao almoço, em Vila Verde, onde se apresentou como o líder da “candidatura mais popular, abrangente, interclassista e mesmo do povo”, o líder da AD insistiu que “todos os outros [partidos] causam instabilidade” e só se unem para “destruir”.

O que também já não confere propriamente novidade nesta campanha, que cumpriu o 11º dia na estrada, é o debate sobre a governabilidade a partir de segunda-feira. À direita e à esquerda. O líder da Iniciativa Liberal recusou um “entendimento a qualquer preço” com a AD, que “não é para ficar tudo na mesma”, com Rui Rocha a sublinhar ainda que o chamado voto útil é “um voto fraco e de secretaria, com uma ideia de estabilidade que nem conseguiram concretizar”.

No espetro político oposto, continua a ser o Livre que mais fala de entendimentos depois da ida às urnas no domingo. Rui Tavares assume que está mais do que quebrado o “tabu da governação”.

“Tem de ser assumido sem nenhuns complexos porque quando se forma um partido e nos apresentamos ao escrutínio é porque temos ideias e quadros suficientemente bons para poder governar o país”, afirmou, contrapondo que quem nada diz sobre pretensões e cenários pós-eleitorais sai mais prejudicado porque não abre o jogo ao eleitorado.

Com prejuízo democrático maior podem ficar muitos emigrantes que a poucos dias das legislativas ainda não receberam o boletim para votar por via postal ou não estão inscritos nas listas eleitorais por terem alterado a morada, como denunciou à Lusa o vice-presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), Paulo Marques, que vive em França.

Para os círculos pela emigração portuguesa (Europa e Fora da Europa) estão recenseados 1.584.499 eleitores, mais 37.752 do que nas últimas legislativas. No ano passado, o Chega obteve dois deputados e a AD e o PS apenas um mandato cada.

 

Tema quente

Spinum(está)viva.

A notícia desta manhã de que a Spinumviva continua a ter sede na casa de Luís Montenegro em Espinho e que, de acordo com os registos comerciais, a única alteração feita nas últimas semanas foi a oficialização da saída da mulher como gerente, voltou a trazer o caso da empresa familiar do candidato da AD para a campanha eleitoral. Primeiro numa arruada em Arcos de Valdevez e depois num almoço em Vila Verde, Montenegro recusou responder às perguntas dos jornalistas.

Seguindo a estratégia adotada para esta reta final da campanha, Pedro Nuno Santos voltou a ignorar a Spinumviva nos discursos – falou antes na “mentira sistemática” da AD… nas pensões –, e deixou ao convidado Álvaro Beleza as ‘despesas’ deste caso. Assumido “socialista liberal, mais centrista do que a maioria do partido”, o presidente da SEDES elogiou o secretário-geral do PS, dizendo que “pode ter muitos defeitos, mas é transparente”, ao contrário de “alguns artistas que andam por aí”.

Mais explícitos foram os restantes partidos na referência ao caso. Foi o caso da líder do PAN, Inês de Sousa Real, que à margem de uma ação de campanha no Mercado Municipal de Faro referiu que “não são estas eleições que vão tirar as dúvidas que persistem (…) nomeadamente naquilo que diz respeito ao facto de não ter separado a sua vida privada daquilo que é o cargo de primeiro-ministro”. Que exige estar “acima e isento de qualquer suspeição e de qualquer conflito de interesses que possa persistir”.

“A Spinumviva é Luís Montenegro. Não existe Spinumviva para além de Luís Montenegro. Luís Montenegro era, é e continua a ser a Spinumviva. Quem pensa em votar AD deve lembrar-se que está a votar num homem que, quando era primeiro-ministro, recebeu avenças de uma empresa da sua esfera pessoal, sabendo que não as devia receber”, criticou Mariana Mortágua, líder do Bloco de Esquerda, à margem de uma ação de campanha em Santa Maria da Feira.

O porta-voz do Livre concordou que “isto não é um percalço na campanha, mas um problema estrutural na carreira de Luís Montenegro”. Depois da tradicional pedalada que o partido faz em todas as campanhas, Rui Tavares falou em “pontas soltas” e frisou que “seria mau para o país” se conseguisse uma “validação eleitoral do que foi a sua estratégia”.

“Está é a fazer mal à democracia portuguesa e isso é um preço que se vai pagar sempre. Pagaremos todos mais à frente”, acrescentou, atirando também à Iniciativa Liberal por não ter “coragem política para dizer a Montenegro que isto assim não pode continuar”.

 

A figura

Ventura fora da campanha após “episódio muito assustador”

André Ventura esteve ausente da campanha eleitoral esta quarta-feira, dia em que tinha uma ação agendada para a tarde em Vila Nova de Milfontes, depois de na noite anterior se ter sentido mal enquanto discursava num comício em Tavira. Num vídeo publicado na rede social Instagram, gravado num hotel, o líder do Chega descreveu um “episódio muito assustador que [teve] pela primeira vez na vida” e agradeceu “de coração” o apoio recebido e o tratamento dos profissionais de saúde.

“Ainda não vou poder estar hoje na campanha, não me sinto ainda capaz disso. Estou a fazer essa recuperação por indicação dos médicos. Não devo fazê-lo, mas a campanha tem de continuar, temos de continuar a chegar às pessoas. Não estou ainda de regresso, mas é como se tivesse. Temos de continuar na luta”, referiu Ventura, que terá sofrido um espasmo esofágico resultante de problemas de refluxo gástrico, associado a um pico de tensão.

Ao final da tarde, durante a arruada no Alentejo, questionado sobre o protocolo VIP que permitiu a André Ventura ficar num quarto com mais privacidade, o líder parlamentar do Chega alegou que “é um líder político especial porque é ameaçado e atacado nas ruas”.

“Não podem querer que André Ventura vá para uma cama onde ao lado esteja alguém de etnia cigana. Temos de perceber que existe um protocolo. Estamos a falar do líder de um partido político, da terceira força política em Portugal”, disse Pedro Pinto.

A frase

"Temos tido recetividade e bom espírito [do eleitorado jovem]. Este ambiente até me deixa um bocadinho embrulhado.”

Paulo Raimundo

Secretário-geral do PCP

 

A surpresa

Joana Amaral Dias interrompe campanha do PS e irrita Pedro Nuno

– O povo quer saber. Eu faço o papel que me pedem.

– Não, não fazes. Tu enganas as pessoas.

– Devolveu os 203 mil euros?

– Seja séria. Não minta.

– As viagens aconteceram?

– Não seja mentirosa.

Andava Pedro Nuno Santos em campanha em Setúbal quando foi confrontado por Joana Amaral Dias, candidata do ADN, sobre o caso dos subsídios de deslocação e ajudas de custo que o então deputado do PS recebeu durante quase dez anos, até 2015, por declarar a residência em São João da Madeira, a cerca de 285 quilómetros, apesar de ter casa e de morar já nessa altura em Lisboa.

Foi já na reta final da visita ao Mercado do Livramento que se verificou este momento tenso e que surpreendeu e irritou o secretário-geral do PS. Durante alguns segundos, Pedro Nuno Santos foi seguido aos gritos pela ex-bloquista Joana Amaral Dias, até se dirigir ao balcão de um café, onde se juntaram vários apoiantes socialistas à volta do líder.

 

Prova dos 9

"Há muitos portugueses que, perante fenómenos de criminalidade violenta – por exemplo, o aumento da criminalidade grupal, da delinquência juvenil –, vão criando um sentimento de insegurança que é preciso travar e inverter.”

Luís Montenegro

Líder da AD

O mais recente Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), divulgado no final de março, mostrou que a criminalidade geral diminui 4,6% no ano passado, mas que as participações às autoridades em casos de criminalidade violenta aumentaram 2,6% face ao ano anterior.

No que toca à delinquência juvenil – definida como “a prática de qualquer crime por jovens entre os 12 e os 16 anos” –, os 2.062 casos registados em Portugal equivaleram a uma subida de 12,5% em relação a 2023, com o mesmo documento oficial a reportar um aumento de 6,8% nos ilícitos praticados em contexto escolar e um predomínio dos crimes de natureza sexual.

A 31 de dezembro de 2024 encontravam-se internados em centros educativos um total de 151 jovens (mais 23 do que no final do ano anterior). Entre as principais tipologias, o RASI destacou os crimes contra as pessoas, as ofensas corporais voluntárias simples e graves, a ameaça e coação, a difamação, calúnia e injúria.

No que toca ao sentimento de insegurança, o diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, atribui-o antes ao aumento da “desinformação, fake news e ameaças híbridas”. Crítico da “polarização da discussão” em torno deste tema, responsabilizou também os media por essa perceção: “Temos hoje vários canais de televisão que passam uma e outra vez aquilo que é notícia de um crime, [o que] cria uma ideia de insegurança que não tem a ver com a insegurança plena do crime” do ponto de vista estatístico.

Nessa ocasião, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, concordou com a tese da desinformação e sublinhou que “nunca foi o Governo que misturou” segurança com imigração. Frisou que os crimes devem ser investigados e julgados “por si” e “sem olhar à raça, à nacionalidade, à cor da pele, ao credo religioso”.

“A cor da pele, a nacionalidade, não são razões nem para perseguir nem para ser excluído de investigação”, completou o ministro com a tutela da pasta da imigração.

Conclusão: tendencialmente correto.

Norte-Sul

No 11º dia de campanha, a caravana de Montenegro começou o dia com um contacto com a população em Arcos de Valdevez, parando para almoçar em Vila Verde, antes de seguir viagem até Braga para terminar o dia com um comício. Ainda a Norte, Mariana Mortágua esteve em Santa Maria da Feira num encontro com trabalhadores por turnos durante a manhã e continuou em Aveiro num comício com Luís Fazenda, cabeça de lista por aquele círculo.

No entanto, foi Setúbal que recebeu o maior número de líderes partidários esta quarta-feira. No caso do PS, desde o amanhecer numa visita ao Mercado do Livramento até ao anoitecer com um comício. Pelo meio, almoçou em Almada. Não muito longe, Paulo Raimundo começou o dia em Loures, almoçou com estudantes em Lisboa e dali rumou para um desfile em Setúbal.

Por sua vez, o PAN de Inês Sousa Real arrancou o dia em Faro, partiu do Algarve para Almada, para uma reunião com o Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta. O porta-voz do Livre, Rui Tavares, ficou por uma pedalada em Lisboa e a IL esteve no mercado da vila em Cascais e viajou depois para Pombal e Leiria.

Esta quinta-feira, o penúltimo dia, o Porto será a capital da campanha. É por lá que andarão a AD – Montenegro visita a exposição “Francisco Sá Carneiro e a Construção da Democracia” na Câmara Municipal do Porto, almoça em Gondomar e ao final da tarde (18h) desce a Rua Santa Catarina e faz um comício na Praça D. João I – e também o PS – no caso de Pedro Nuno Santos, começa com uma visita à feira de Gondomar, almoça em Paços de Ferreira e, uma hora antes de Montenegro (17h) vai também percorrer Santa Catarina, no Porto.

À direita, naquele que deverá ser o dia de regresso de Ventura à campanha, o Chega tem previstas arruada em Odemira e Pegões, enquanto Rui Rocha andará pela região do Porto: primeiro no Externato de Vila Meã e depois com um “arraial liberal” no Jardim de Arca D’Água.

À esquerda, o Bloco e o PAN estarão igualmente na Invicta, enquanto a CDU se divide entre o Barreiro (desfile), Lisboa (almoço) e Beja (comício). O Livre visita o EVOA, um espaço natural e de observação de aves em Vila Franca de Xira, tem uma ação de rua em Alcântara (Lisboa) e fecha o dia com um comício no Teatro Thalia, também na capital portuguesa.

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“Vocês Merecem Almoçar Mac”. Campanha da McDonald’s reforça importância de fazer uma pausa ao almoço

  • + M
  • 14 Maio 2025

Além de introduzir o conceito e oferta do “Menu Almoço", a campanha procura, de forma divertida, reconhecer a dedicação dos profissionais e alertar para importância de parar para recarregar energias.

A nova campanha da McDonald’s reforça a importância de fazer uma pausa durante o período do almoço e de recarregar energias após uma manhã de trabalho.

Ao celebrar as pequenas conquistas do dia-a-dia, a campanha “Vocês Merecem Almoçar Mac” procura, de forma divertida, reconhecer a dedicação dos profissionais das mais diversas áreas, mostrando diferentes profissionais nos seus locais de trabalho, destacando o ritmo exigente das suas manhãs e a alertando para importância de parar para recarregar energias. A criatividade é da TBWA/BBDO e a produção da Krypton. Presente em televisão, exterior e digital, a campanha contou com o planeamento de meios da OMD.

É com grande orgulho que promovemos nesta campanha uma mensagem de valorização e reconhecimento dos mais diversos profissionais em Portugal, ao celebrarmos, em conjunto, as suas pequenas conquistas“, diz Rita Montenegro, gestora do Departamento de Marca e Experiência do Cliente da McDonald’s Portugal, citada em comunicado.

É também desta forma que a McDonald’s introduz em Portugal o conceito de “Menu Almoço”, uma vez que esta é “uma prática bastante comum entre os consumidores portugueses, especialmente entre trabalhadores que, perante uma rotina diária muitas vezes marcada pela falta de tempo, procuram uma refeição rápida, completa e acessível para o almoço, sem abdicar da qualidade e da experiência”, refere a marca em comunicado.

Esta nova opção “reforça a aposta da marca em responder às preferências dos seus consumidores em Portugal, ao trazer para a sua oferta este conceito tão enraizado na tradição portuguesa”, acrescenta-se em nota de imprensa. A marca apresenta assim, para os períodos de almoço, uma oferta que combina quatro produtos por um preço recomendado de seis euros.

Disponível em restaurante, take-away e McDrive, nos dias úteis, entre as 11h00 e as 15h00, até 30 de junho, o Menu Almoço é composto por quatro produtos: uma sanduíche à escolha (Double Cheeseburger, Double Cheeseburger sem glúten, McChicken, McVeggie ou McBifana Original), uma bebida (Coca-Cola, Coca-Cola Zero, Ice Tea, Fanta, Sumol ou água) e dois produtos adicionais, que podem ser acompanhamento (batata média, salada mista ou sopa), sobremesa (Mini McFlurry Core – M&M’s, Kit Kat ou Oreo, ou tarte de maçã) ou café (expresso ou descafeinado).

“Com o lançamento do novo Menu Almoço, queremos proporcionar aos nossos clientes uma solução que combina conveniência, sabor e variedade, de forma acessível. Pensada para acompanhar a rotina do dia a dia, este lançamento reforça o compromisso da McDonald’s com os consumidores e com a cultura portuguesa, respondendo à procura por opções rápidas e convenientes, reafirmando o nosso propósito de proporcionar bons momentos, seja qual for o período do dia“, explica Rita Montenegro.

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RTP protesta e repudia expulsão da sua equipa da Presidência angolana

  • Lusa
  • 14 Maio 2025

"Os profissionais da RTP foram retirados da sala de imprensa, numa ação seletiva e discriminatória que contrasta com a permanência de outros jornalistas", lê-se na nota da direção de informação.

A RTP manifestou “profunda preocupação e veemente repúdio” pela “expulsão da equipa” destacada para a cobertura de um evento na sede da Presidência angolana, em Luanda, numa Nota de Protesto enviada à Presidência e Governo de Angola.

Na Nota de Protesto, a que a agência Lusa teve acesso, os diretores de Informação da RTP, António José Teixeira, da RDP, Mário Galego, e a diretora da RTP África, Isabel Silva Costa, manifestam “profunda preocupação e veemente repúdio” pela “expulsão arbitrária da equipa da emissora pública portuguesa RTP, destacada no Palácio da Cidade Alta para a cobertura de um encontro oficial da Presidência”.

Apesar de estarem devidamente credenciados e no exercício legítimo da sua função jornalística, os profissionais da RTP foram retirados da sala de imprensa, numa ação seletiva e discriminatória que contrasta com a permanência de outros jornalistas”, lê-se na Nota de Protesto.

Os responsáveis editoriais da estação pública portuguesa consideram que a atitude das autoridades angolanas “representa um atentado à liberdade de imprensa e uma violação flagrante dos princípios fundamentais do jornalismo e da democracia”.

A RTP foi também excluída do grupo de Whatsapp do Centro de Imprensa da Presidência — o meio oficial de divulgação da agenda institucional dos órgãos de comunicação credenciados”, em Angola, prossegue a Nota de Protesto.

Para a RTP, a decisão da Presidência angolana de não permitir a presença dos seus profissionais em eventos oficiais “revela uma tentativa inaceitável de silenciar a liberdade de expressão num país que se diz comprometido com os valores democráticos”.

Os responsáveis editoriais da RTP reiteram a sua solidariedade para com os seus profissionais e exige “o respeito pleno pelos direitos dos jornalistas, a reposição das condições de trabalho”, bem como “o fim das práticas de exclusão política no acesso à informação de interesse público”.

“A liberdade de imprensa não é uma concessão. É um direito inalienável em qualquer sociedade democrática”, conclui.

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TAP começou a voar três vezes por semana entre Porto e Boston

  • Lusa
  • 14 Maio 2025

Luís Rodrigues afirmou que a companhia vai “voar para o maior mercado do mundo de turismo e de negócios”, onde reside uma “enorme comunidade de diáspora portuguesa”.

A TAP inaugurou esta quarta-feira a ligação, três vezes por semana, entre o Porto e Boston, nos Estados Unidos, um destino que o presidente executivo da empresa, Luís Rodrigues, aspira tornar permanente.

Na cerimónia que precedeu o voo, no Porto, o gestor afirmou que a companhia vai “voar para o maior mercado do mundo de turismo e de negócios”, onde reside uma “enorme comunidade de diáspora portuguesa”.

“Para nós é muito importante conseguir efetuar essa rota e as outras que seguem”, afirmou Luís Rodrigues, confirmando que era um desejo de há muito tempo, pois, enfatizou, “Boston é uma cidade que não só é do maior mercado do mundo, mas também é uma cidade fascinante até do ponto de vista académico”.

O primeiro de três voos semanais partiu esta quarta, cerca das 18:00, mas a ideia, segundo o gestor, é a TAP passar a viajar quatro vezes por semana, assumindo que o “desafio” é que se transforme “em rota permanente o ano todo”. A taxa de ocupação do primeiro voo rondava os 80%, disse, afirmando que o Porto “é absolutamente estratégico” para a administração da TAP.

“Para nós, o Porto vai ser algo para o qual vamos olhar com muito carinho mas numa perspetiva de longo prazo”, referiu Luís Rodrigues, explicando que “em aviação é tudo longo e a muito longo prazo”.

Questionado se o facto de o país estar em eleições vai atrasar a privatização da empresa, Luís Rodrigues admitiu que isso possa sofrer “um atraso de alguns meses por questões naturais”, sem que isso “atrapalhe fundamentalmente o processo”.

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Almada lança serviço online para solicitar dístico de estacionamento

  • Local Online
  • 14 Maio 2025

Autarquia liderada por Inês de Medeiros lança serviço online para facilitar o pedido dos seis tipos de dístico disponibilizados pela empresa de mobilidade.

Há um novo serviço em Almada para facilitar a vida de quem reside ou trabalha neste concelho: um balcão virtual para pedir qualquer tipo de dístico, sem precisar de sair de casa, criado pela WeMob, empresa municipal de estacionamento e mobilidade da localidade da margem sul do Tejo.

A plataforma permite ainda pedir um lugar de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida e também sinalizar zonas onde é sentida maior pressão no estacionamento, para que a WeMob consiga estudar uma solução.

“O objetivo é evitar filas e tornar mais cómodo e rápido o processo de gestão de estacionamento para quem vive ou trabalha no concelho de Almada”, justifica a empresa municipal num comunicado.

Para o processo, basta preencher um formulário online, carregar os documentos do proprietário e do veículo, aguardar a validação dos serviços, e juntar o documento de pagamento. O dístico será depois enviado para a morada pretendida.

Conheça os tipos de dísticos disponíveis:

  • Dístico de Residente: para residentes com habitação permanente.
  • Dístico Profissional: destinado a pessoas coletivas ou trabalhadores independentes que operam no comércio, indústria ou serviços.
  • Dístico Porta a Porta: para empresas de transporte de mercadorias e distribuição.
  • Dístico Verde: para veículos movidos exclusivamente a eletricidade.
  • Dístico de Utilização Partilhada: para veículos de carsharing.
  • Dístico de Acesso Especial: para situações excecionais, como apoio social ou humanitário.

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Carro elétrico e subida nos preços ajudam STCP a fechar o ano com lucro de 84 mil euros

Apesar de ter tido menos 2,7 milhões de passageiros em 2024, face ao ano anterior, a STCP contabiliza um lucro de 84 mil euros.

A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) fechou 2024 com um resultado líquido de 84 mil euros e com “uma receita de transporte” que cresceu 1,3%, superando os 52 milhões de euros”, segundo as contas aprovadas, por unanimidade, em assembleia-geral, divulgadas nesta quarta-feira.

“Este desempenho positivo foi impulsionado, entre outros fatores, pelo ajuste no tarifário, nomeadamente no modo do carro elétrico”, avança a transportadora intermunicipal do Grande Porto, num comunicado enviado às redações. A empresa liderada por Cristina Pimentel acabou, assim, por conseguir amortecer a quebra de 2,7 milhões de passageiros face a 2023.

A empresa teve um lucro de 84 mil euros em 2024, “evidenciando o esforço da STCP em garantir a sustentabilidade e o equilíbrio económico-financeiro da sua operação”. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente foi positivo em 3,6 milhões de euros.

Contas feitas, a STCP investiu 4,3 milhões de euros e atingiu “rendimentos de 70,8 milhões de euros, com contributos do programa ‘Incentiva + TP’ e outros rendimentos complementares”, lê-se na mesma nota.

Os gastos operacionais totalizaram 67,2 milhões de euros, “influenciados sobretudo pelas atualizações salariais”. Já “as compensações das Obrigações de Serviço Público suportadas pelos acionistas da empresa, no âmbito do contrato em vigor, totalizaram apenas 5,9 milhões de euros, o que representa uma redução de 6,6 milhões face ao ano anterior“, contabilizou a transportadora.

Em 2024, a STCP transportou 71,6 milhões de passageiros — cerca de 71 milhões de autocarro e mais 653 mil passageiros no modo carro elétrico, limitado a duas linhas. Os números reportam-se, justifica a transportadora, a “um ano marcado por desafios operacionais, nomeadamente relacionados com a execução de grandes obras de infraestruturas na Área Metropolitana do Porto” (AMP).

A STCP justifica que, mesmo com “as condicionantes externas e a redução na procura”, manteve manter “solidez financeira”, conseguiu “reforçar a qualidade da operação e consolidar a sua estratégia na sustentabilidade”.

Durante o ano, foram percorridos 21,4 milhões de quilómetros de serviço, menos 4,8% do que em 2023, “refletindo os impactos das obras no Grande Porto“, acrescentou.

A empresa, que fechou o ano de 2024 com 1.371 colaboradores, assumiu ainda um compromisso com a sustentabilidade e inovação, dando enfoque à transição energética. “A frota elétrica representava 15% do total (68 veículos), enquanto 75% da frota operava a gás natural (332 veículos), reforçando o compromisso da STCP com uma mobilidade mais sustentável e ambientalmente responsável”, lê-se na nota enviada.

A STCP assegura o transporte coletivo público rodoviário de passageiros na AMP, em regime de exclusividade dentro dos limites do concelho do Porto e no regime geral de concessão nos concelhos limítrofes – Gondomar, Matosinhos, Maia, Valongo e Vila Nova de Gaia.

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Aeroportos da ANA sustentam 725 mil empregos em Portugal, aponta estudo

  • Lusa
  • 14 Maio 2025

Por cada milhão de euros gasto pelos turistas são criados 35 empregos, indica o presidente executivo da ANA, Thierry Ligonnière.

O presidente executivo da ANA, Thierry Ligonnière, afirmou esta quarta-feira no Porto que os aeroportos da ANA em Portugal sustentam 725.000 empregos e representam 30,2 mil milhões de euros do Produto Interno Bruto (PIB).

Estes números, disse durante a inauguração da rota Porto-Boston, são conclusões de um estudo que será apresentado em breve e que visou avaliar os impactos económicos e sociais no território dos aeroportos nacionais. O estudo foi realizado em parceria com a Porto Business School, Nova SBE de Lisboa e as universidades do Algarve, Açores e da Madeira, acrescentou a assessoria do presidente executivo da ANA.

Segundo Thierry Ligonnière, por cada milhão de euros gastos pelos turistas, são criados 35 empregos, enquanto 40 visitantes representam um emprego criado, números que o levaram a afirmar que “o sucesso da concessão é também o dos territórios e do país”.

Sobre ao aeroporto Francisco Sá Caneiro, no Porto, em termos de conectividade, funciona com 35 companhias aéreas, que ligam o Porto a 120 destinos na Europa e no mundo, somando quase 16 milhões de passageiros (o tráfego de Lisboa quando a VINCI entrou nesta concessão), disse ainda o gestor.

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Lucro da Sonaecom baixa 46% para 13,7 milhões no 1.º trimestre

Empresa, que é acionista da Nos e dona do Público, registou uma evolução operacional negativa no arranque do ano, justificada pelo menor contributo da operadora para os resultados.

A Sonaecom, acionista da Nos e dona do Público, registou um resultado líquido de 13,7 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que representa uma quebra de 46,4% face ao período homólogo.

O volume de negócios consolidado atingiu 3,9 milhões de euros, uma ligeira subida de 0,6% face ao período homólogo, explicado pela evolução positiva do negócio Media, adianta a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Já o EBITDA baixou 18,5% para 16,9 milhões de euros, nos primeiros três meses do ano, “devido à menor contribuição da NOS consolidada pelo método de equivalência patrimonial”.

Segundo adianta a empresa, a contribuição das empresas consolidadas pelo método de equivalência patrimonial diminuiu de 23,5 para 19,8 milhões de euros, devido ao menor contributo do resultado da Nos, que no primeiro trimestre de 2024 foi positivamente impactado pelos ganhos extraordinários relacionados com a decisão favorável do Tribunal relativamente aos casos de impugnação judicial sobre a taxa de atividade cobrada pela Anacom.

O resultado direto desceu de 22,4 milhões de euros para 18,6 milhões, devido à quebra do EBITDA. Já o resultado indireto registou um valor negativo de cinco milhões de euros, que compara com os 3,1 milhões alcançados nos primeiros três meses de 2024, “maioritariamente justificado pelos impactos negativos da evolução das taxas de câmbio no portefólio da Bright Pixel”.

No que diz respeito ao Público, a empresa adianta que “durante o primeiro trimestre de 2025, o crescimento das receitas provenientes de conteúdos, subscrições e publicidade online, conduziram a um crescimento das receitas e da rentabilidade face ao primeiro trimestre de 2024″.

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Espanha espera nova ligação elétrica entre Galiza e norte de Portugal em funcionamento este ano

  • Lusa
  • 14 Maio 2025

A interconexão permitirá aumentar a capacidade de intercâmbio em cerca de 1.000 megawatts, para 4.200 MW na direção Espanha-Portugal e para 3.500 MW no sentido Portugal-Espanha.

O Governo de Espanha espera que a nova ligação elétrica entre a Galiza e o norte de Portugal entre em funcionamento no final deste ano, disse esta quarta-feira a ministra com a tutela da energia, Sara Aagesen.

A ministra falava no parlamento espanhol, durante um debate sobre o apagão na Península Ibérica em 28 de abril, durante o qual sublinhou e defendeu a importância das ligações elétricas, tanto com Portugal como com França. Foi neste contexto que se referiu aos avanços e ponto de situação nos trabalhos para as novas interconexões energéticas com os dois países.

A ministra defendeu que as ligações energéticas “são uma forma de ter um sistema muito mais robusto e maior firmeza” e destacou o papel de França e do fornecimento de energia deste país no restabelecimento do abastecimento elétrico após o apagão.

Sobre a nova ligação entre a Galiza e o norte de Portugal, Espanha anunciou em janeiro passado a entrada em funcionamento da subestação de Fontefría e divulgou na altura que a interconexão permitirá aumentar a capacidade de intercâmbio de energia entre os dois países em cerca de 1.000 megawatts (MW), para 4.200 MW na direção Espanha-Portugal e para 3.500 MW no sentido Portugal-Espanha.

Também em janeiro, o Governo português, a REN e os municípios do Alto Minho, por onde passará a linha de alta tensão Ponte de Lima-Fontefria, revelaram estarem a ser estudados “pequenos desvios” para minimizar o impacto da obra, contestada localmente.

“A REN, a nosso pedido, e com a mediação e envolvimento do secretário de Estado do Ambiente, e do presidente da Agência Portuguesa para o Ambiente (APA), têm estado em negociações com os senhores presidentes de câmara para ver pequenos desvios que sejam possíveis e que não vão impactar, ou que não impactam muito os custos [de construção da linha]”, afirmou então a ministra do Ambiente, Graça Carvalho.

Em causa está a “linha Dupla Ponte de Lima – Fontefría, Troço Português, a 400 kV”, que em julho de 2023 recebeu parecer favorável condicionado no RECAPE – Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução e, em fevereiro de 2024, obteve a Decisão de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (DCAPE) da APA.

Em outubro do ano passado, o Supremo Tribunal Administrativo aceitou um recurso de municípios do Alto Minho e remeteu para a primeira instância a avaliação da providência cautelar que apresentaram contra a linha. Os municípios de Monção, Ponte de Lima, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez e Melgaço interpuseram um “processo cautelar para a suspensão de eficácia” da Declaração de Impacto Ambiental (DIA) favorável ao projeto de construção da linha de alta tensão.

As autarquias pretendiam ainda “a intimação do Ministério do Ambiente para se abster de autorizar ou licenciar tal projeto”. Para o STA, o recurso dos municípios justifica-se por “estarem em causa potenciais prejuízos para valores fundamentais da sociedade, sejam eles a saúde, o ambiente ou o património arquitetónico”.

O STA considera ainda que o “ato que possibilita a construção de uma linha de muita alta tensão é suscetível de criar uma situação de facto consumado e de causar prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação”. De acordo com o projeto, a linha abrange os concelhos de Vila Verde, no distrito de Braga, e Ponte de Lima, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez, Monção e Melgaço, no distrito de Viana do Castelo.

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