Concorrência acusa associação empresarial regional de fixar preços no turismo

A investigação revelou indícios de que a associação empresarial, visada no processo, terá fixado os preços mínimos a cobrar pelos seus associados e outros prestadores de serviço.

A Autoridade da Concorrência (AdC) abriu uma investigação a uma associação empresarial regional por fixação de preços mínimos no setor do turismo, que resultou na emissão de uma acusação contra esta associação, adianta o regulador em comunicado.

A abertura da investigação remonta a junho de 2024, “da qual resultaram indícios de que a associação de empresas visada no processo terá fixado os preços mínimos a cobrar pelos seus associados e outros prestadores de serviços, por via da recomendação de preços constantes de tabelas de honorários partilhados pela visada, bem como através da determinação de percentagens mínimas de aumento dos preços a praticar no setor em questão”.

A investigação concluiu ainda que a associação empresarial adotou a conduta restritiva da concorrência em apreço desde, pelo menos, 2020, o que levou a AdC a emitir uma nota de ilicitude (acusação) à associação, dando assim início à fase de instrução do processo.

O comunicado da AdC realça que “as associações de empresas devem abster-se de fixar os preços cobrados pela prestação de serviços no setor que representam, já que tal constitui uma prática contrária às regras da concorrência e prejudicial aos consumidores”.

Acrescenta ainda que, “de acordo com as regras da concorrência, as empresas devem ser autónomas na fixação dos preços e demais condições comerciais dos produtos vendidos ou serviços prestados”.

A associação que é alvo da acusação pode agora, na fase de instrução, “exercer o direito de audição e defesa em relação aos comportamentos investigados pela AdC, à prova reunida e à sanção ou sanções em que poderá vir a incorrer”. Decisão final será tomada após a conclusão da instrução do processo.

(Notícia atualizada às 18h25)

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Ministro das Finanças confiante em acordo EUA-UE que não prejudique economias

  • Lusa
  • 24 Abril 2025

Miranda Sarmento disse que as tarifas "prejudicam, sobretudo, os consumidores e aqueles que têm menores rendimentos nos países que impõem as tarifas". 

O ministro das Finanças alertou esta quinta-feira que as tarifas “prejudicam o crescimento económico” e afetam particularmente as pessoas com menores rendimentos nos países que impõem essas medidas, mas admitiu confiança num “acordo equilibrado” entre Estados Unidos e União Europeia.

Em declarações à Lusa em Washington, Estados Unidos (EUA), à margem das reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial, Joaquim Miranda Sarmento considerou “impossível” antecipar o resultado das negociações entre os EUA e a União Europeia (UE), embora frisando que as “tarifas prejudicam o crescimento económico e a eficiência económica, e prejudicam, sobretudo, os consumidores e aqueles que têm menores rendimentos nos países que impõem as tarifas”.

É isso que [nos mostra] a experiência de 2016/2017, quando os EUA aumentaram as tarifas. Naturalmente que a incerteza e um contexto internacional mais adverso torna o exercício económico e orçamental mais exigente, mas, em todo o caso, estamos confiantes que, por um lado, a Europa e os EUA conseguirão chegar a um acordo equilibrado que não prejudique nenhuma das economias, e, por outro, que o Governo manterá esta rota de equilíbrio orçamental e de redução da dívida pública”, afirmou.

O momento atual é de acentuadas tensões comerciais depois dos anúncios do Presidente norte-americano, Donald Trump, de imposição de taxas de 25% para o aço, o alumínio e os automóveis europeus e de 20% em tarifas recíprocas ao bloco comunitário, estas últimas, entretanto, suspensas por 90 dias.

Questionado pela Lusa sobre o impacto dessas tarifas nas previsões de crescimento económico de Portugal, Joaquim Miranda Sarmento indicou que o cenário ainda está sob análise, mas reiterou estar “relativamente confiante de que a Europa e os EUA serão capazes de chegar a um entendimento que seja benéfico para ambas as economias”.

“Ainda estamos a analisar, há aqui muitos fatores. Também depende da forma como a UE responder e do impacto que tiverem nas economias que estão mais expostas ao mercado americano, como é o caso da Alemanha ou da França, que depois têm efeitos indiretos na economia portuguesa. Veremos o que acontece nos próximos meses e qual o resultado final dessa negociação”, reforçou.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, avisou na quarta-feira o FMI e o Banco Mundial de que se estão a desviar da sua missão original e que a ajuda americana não será incondicional. “A administração [do Presidente dos EUA, Donald] Trump está disposta a trabalhar com eles [FMI e Banco Mundial], desde que se mantenham fiéis às suas missões”, disse, considerando que “estão a ficar aquém”.

Segundo o responsável, as instituições “têm de se afastar das suas agendas dispersas e desfocadas, que têm impedido a sua capacidade de cumprir os seus mandatos fundamentais”. Em relação ao FMI, Scott Bessent defendeu que a organização “gasta uma quantidade desproporcionada de tempo e recursos em questões sociais, de alterações climáticas e de género”.

Face aos alertas deixados pelo secretário do Tesouro, o ministro das Finanças português advogou ser importante que os EUA continuem a ter “um papel vital” no multilateralismo e que possa haver um “diálogo profícuo entre os EUA e a UE”, alinhado com “decisões internacionais, que promovam, por um lado, um comércio mais aberto, mas também regulado”, e por outro, o “desenvolvimento das zonas do globo que são hoje menos desenvolvidas”.

Contudo, Joaquim Miranda Sarmento realçou haver aqui “uma oportunidade para a Europa” se afirmar cada vez mais num papel de liderança em termos do desenvolvimento internacional e do apoio, cooperação e de comércio internacional com outras regiões do globo. “A Europa deve afirmar-se cada vez mais como um lugar de multilateralização nas relações com os outros blocos económicos”, concluiu.

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Chicco mostra em campanha como a funcionalidade de um produto pode mudar a vida dos pais

  • + M
  • 24 Abril 2025

Na campanha assinada pela Judas, a Chicco apresenta o seu novo carrinho Bellagio, assim como "redefine o conceito de serviço ao cliente".

A Chicco lançou uma nova campanha onde procura conectar-se com os pais, ao apresentar uma solução pensada nas necessidades reais do dia-a-dia. A criatividade é da agência Judas.

Em Valet Bellagio“, a marca de produtos para a maternidade e infância não só apresenta o seu novo carrinho Bellagio, como também “redefine o conceito de serviço ao cliente, oferecendo com humor e empatia uma solução prática e personalizada que facilita a vida das famílias modernas“.

No spot, disponível nos meios digitais, é mostrada uma situação quotidiana e frequente para os pais: a tarefa aparentemente fácil de guardar o carrinho no carro que acaba sempre por acarretar problemas e complicações, principalmente quando o progenitor não vai acompanhado por outra pessoa.

É neste contexto que a marca apresenta “Valet Bellagio”, um serviço que oferece um assistente que se presta a ajudar os pais na difícil tarefa de dobrar os seus carrinhos. “O valet, ao comprovar por si mesmo a dificuldade que é fechar e guardar o carrinho que os pais carregam, acaba por apresentar-lhes um carrinho que, em apenas 1 segundo, resolve o problema, ao contar com uma tecnologia que faz com que este seja capaz de se dobrar praticamente sozinho”, explica-se em nota de imprensa.

Aspiramos a ser mais do que uma marca: queremos ser um aliado fiel que percebe profundamente as necessidades dos pais. Acreditamos que esta campanha reflete essa mensagem de maneira divertida e, simultaneamente, transmite o nosso objetivo principal, que é ensinar como uma simples funcionalidade num produto pode mudar a sua vida”, diz Nádia Torquato, brand manager da Chicco, citada em comunicado.

“Na Chicco, entendemos que a vida dos pais é um equilíbrio constante entre responsabilidades e momentos especiais. Com o ‘Valet Bellagio’, não só lançamos um novo produto inovador, como também reafirmamos o nosso compromisso de estar presentes em cada etapa do crescimento dos filhos, oferecendo soluções que realmente facilitem o dia a dia das famílias portuguesas”, acrescenta.

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Trabalhadores de D. Maria II em greve na sexta-feira devido a “frustrante silêncio”

  • Lusa
  • 24 Abril 2025

O sindicato Cena-STE emitiu um pré-aviso de greve para 25 de Abril e 1 de maio. Trabalhadores do setor reivindicam o diálogo no âmbito das negociações do Acordo de Empresa, há muito abandonadas".

O sindicato Cena-STE disse que os trabalhadores do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, vão aderir à greve convocada para sexta-feira devido ao que consideram um “frustrante silêncio” sobre a melhoria das condições laborais.

Num breve comunicado, divulgado esta quinta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (Cena-STE) referiu que, “para além das reivindicações gerais por melhores salários e contra a precariedade, os trabalhadores reivindicam que é fundamental retomar o diálogo no âmbito das negociações do Acordo de Empresa, há muito abandonadas”.

Em resposta a questões colocadas pela Lusa, fonte oficial do Teatro Nacional D. Maria II afirmou que a suspensão – “consensualizada entre a administração do [teatro] e os sindicatos” – data do ano passado e se “deveu à necessidade de rever profundamente o sistema de carreiras e remunerações em vigor, cuja desadequação à realidade do teatro, 15 anos após a sua implementação, com enormes lacunas e incongruências, não permite a sua mera atualização”.

“Nesse sentido, está a ser empreendido um aturado estudo para a criação de um novo modelo, com apoio externo e participação de todos os departamentos do teatro, o que exige um período prolongado de trabalho técnico. Esta suspensão do processo negocial não é a primeira, tendo anteriormente havido um período solicitado pelos sindicatos, que foi cumprido”, acrescentou a mesma fonte, que assinalou a expectativa de que as negociações sejam retomadas até junho.

O Cena-STE emitiu um pré-aviso de greve para os dias 25 de Abril e 1 de maio, que abrange os trabalhadores do setor. Em declarações à Lusa, o dirigente sindical Rui Galveias explicou que existe uma frustração junto dos trabalhadores daquele teatro nacional, em particular tendo em conta que as negociações do Acordo de Empresa se encontram suspensas, o que faz com que sintam que não há respostas para os problemas levantados.

“O problema dos trabalhadores é mesmo este frustrante silêncio e pausa na evolução dos seus próprios direitos”, afirmou Galveias, que exemplificou com casos de desigualdade salarial, carreiras congeladas e outras, “uma série de problemas que têm que ver também com os problemas que a função pública tem atravessado”.

O sindicalista rematou dizendo que “nada melhor do que no 25 de Abril exercer direitos adquiridos no 25 de Abril”. Por seu lado, a administração do teatro reafirmou, na mesma resposta à Lusa, “o seu empenho na negociação do Acordo de Empresa, que visa a merecida melhoria das condições de trabalho da equipa do teatro, que [considera] ser um bastião da defesa do Serviço Público de Cultura”.

Fechado desde janeiro de 2023 para obras de requalificação que só deverão estar concluídas no começo do próximo ano, o Teatro Nacional D. Maria II tem levado a cabo o projeto “Odisseia Nacional” através do qual tem apresentado múltiplos espetáculos pelo país. Para sexta-feira, com repetição no sábado, está previsto, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, o concerto teatral “Quis Saber Quem Sou”, do diretor artístico do D. Maria II, Pedro Penim.

Fonte oficial do teatro nacional lembrou que só no próprio dia será possível averiguar se é ou não possível levar a cabo o espetáculo: “Caso não haja condições para a apresentação do espetáculo e se verifique a necessidade de cancelamento, o público será informado de imediato”.

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Lucros da CUF sobem 15% para 43,4 milhões de euros em 2024

Os trabalhadores do grupo privado de saúde receberam em média mais 8% por ano, o que representou um crescimento da massa salarial de 18,5%.

Mais consultas, urgências, cirurgias, partos e dias de internamento levaram o grupo CUF a registar um aumento de dois dígitos nos lucros em 2024. O grupo de saúde privado teve um resultado líquido de 43,4 milhões de euros no ano passado, o que corresponde a um aumento de 14,7% em relação a 2023.

“O desempenho económico da CUF em 2024 foi igualmente sólido e refletiu o equilíbrio entre consolidação, investimento e valorização das pessoas. Os rendimentos operacionais consolidados atingiram os 891,2 milhões de euros e o EBIT fixou-se nos 92,2 milhões de euros”, afirmou o CEO da CUF, Rui Diniz, em comunicado divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A prestação de cuidados de saúde traduziu-se em 3,3 milhões de consultas (+14,6%), 12,3 milhões de exames, 68 mil cirurgias (+5,6%), 4,6 mil partos (+7%) e 464 mil episódios de urgência (+2,8%). A CUF Oncologia tratou 8,8 mil doentes e o centro académico desenvolveu 133 ensaios clínicos e estudos observacionais. Já o investimento total em equipamentos, tecnologia e infraestruturas para receber os doentes e fazer investigação superou os 113 milhões de euros.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 22,8%, em termos homólogos, para 147,6 milhões de euros, enquanto a margem de EBITDA fixou-se nos 16,6%, acima dos anteriores 15,9%. No que diz respeito à CUF SGPS, subsidiária do grupo que detém as participações na atividade de prestação de cuidados de saúde privados da rede CUF, o resultado líquido consolidado foi de 46,1 milhões de euros.

A empresa distribuiu um prémio extraordinário de 11 milhões de euros pelos 16.800 trabalhadores, o mesmo valor que no ano anterior, e definiu um aumento médio de 8,1% na remuneração anual, o que representou um crescimento da massa salarial na ordem dos 18,5% e uma percentagem mais elevada do que os anteriores 7,8%. A equipa aumentou em quase duas mil pessoas num ano.

No âmbito dos recursos humanos, o grupo promoveu mais de 120 mil horas de formação dirigidas ao desenvolvimento técnico, humano e de liderança do staff e aumentou em 15% o número de apoios (nove mil) dos programas destinados a colaboradores e às suas famílias.

No ano em que celebra 80 anos de atividade, a CUF olha para o futuro com confiança, alicerçada na experiência construída ao longo de décadas, na competência das suas equipas e numa cultura de responsabilidade partilhada. O percurso feito assenta na conjugação de conhecimento, inovação e propósito, que continuará a orientar a criação de valor em todas as dimensões, com impacto duradouro na saúde e na vida das pessoas, e na sociedade”, garante a empresa, no relatório publicado pela CMVM.

Quanto à sustentabilidade ambiental, a CUF diminuiu o consumo de papel em três milhões de folhas, promoveu a utilização de carros elétricos e híbridos, que já representam 44% da frota, e poupou 2.500 metros cúbicos (m³) de água em processos de esterilização de dispositivos médicos.

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Galp vai continuar a ter dois CEO até ao final do mandato

Maria João Carioca e João Diogo Marques da Silva vão liderar a empresa de energia até 2026.

A administração da Galp confirmou esta quinta-feira que a empresa vai manter dois CEO até ao final do mandato, que termina no próximo ano.

A Galp anuncia a decisão unânime do seu conselho de administração de nomear Maria João Carioca e João Diogo Marques da Silva como copresidentes da comissão executiva (CEOs) para o restante do atual mandato”, lê-se num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A dupla de CEO da Galp vai manter as suas outras funções de CFO e vice-presidente executivo comercial, segundo a mesma nota divulgada pelo regulador dos mercados.

Paula Amorim garante que, “neste momento decisivo”, a administração da Galp está “totalmente” alinhada na “convicção de que esta coliderança representa um passo significativo na execução” da estratégia da empresa. “Reflete o nosso compromisso com a excelência operacional, o crescimento sustentável e a criação de valor a longo prazo para todas as partes interessadas, num contexto geopolítico e económico global complexo e em evolução”, acrescenta a chairwoman da Galp.

“Maria João e João Diogo demonstraram claramente a sua capacidade de liderar a Galp com excelência, combinando uma liderança forte e complementar, visão estratégica e um profundo conhecimento das operações da empresa”, afirma a presidente do conselho de administração da Galp.

Neste momento decisivo, o conselho da administração da Galp está totalmente alinhado na convicção de que esta coliderança representa um passo significativo na execução da nossa estratégia. Reflete o nosso compromisso com a excelência operacional, o crescimento sustentável e a criação de valor a longo prazo para todos os stakeholders.

Paula Amorim

Presidente do conselho de administração da Galp

Ambos foram nomeados CEO interinos da Galp a 10 de janeiro. Maria João Carioca, que encabeçava a pasta das finanças da empresa desde maio de 2023, e João Diogo Marques da Silva, então vice-presidente executivo para a área comercial, foram escolhidos para coliderar a petrolífera na sequência da saída de Filipe Silva, que apresentou a demissão após uma investigação interna do comité de ética sobre um relacionamento com uma diretora de topo da empresa, noticiada pelo ECO.

A Galp vai apresentar resultados trimestrais na próxima segunda-feira. No ano passado, a empresa teve o segundo maior lucro de sempre, no valor de 961 milhões de euros, menos 4% do que em 2023. A administração propôs subir em 15% o dividendo aos acionistas, para 62 cêntimos por ação, e executar ao longo deste ano um programa de recompra de ações no valor de 250 milhões de euros.

Em 2024, Filipe Silva foi o membro mais bem pago da comissão executiva, num total de 1,7 milhões de euros brutos, dos quais 980 mil euros de remuneração fixa e o remanescente dividido entre remuneração variável e PPR – Plano Poupança Reforma (PPR).

Notícia atualizada às 18h06

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‘Cartel da banca’ segue para o Constitucional após Relação rejeitar apelo do MP

  • Lusa
  • 24 Abril 2025

O processo chamado 'cartel da banca' vai ser analisado pelo Tribunal Constitucional, depois da Relação de Lisboa ter rejeitado revisitar o acórdão que em fevereiro declarou a prescrição do caso.

O processo chamado ‘cartel da banca’ vai ser analisado pelo Tribunal Constitucional, depois de os juízes desembargadores da Relação de Lisboa terem rejeitado revisitar o acórdão que em fevereiro declarou a prescrição do caso.

Esta decisão foi assinada a 9 de abril pelos juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) Bernardino Tavares, Armando Cordeiro e Paulo Registo.

O processo passa para o Tribunal Constitucional, dando seguimento ao recurso mobilizado pela Autoridade da Concorrência (AdC).

Segundo fonte oficial da entidade, a AdC “apresentou um requerimento de interposição de recurso do acórdão do TRL de 10.02.2025 para o Tribunal Constitucional por entender que o acórdão do TRL padece de duas questões de inconstitucionalidades normativa”, nomeadamente uma contabilização errada do prazo para a prescrição.

A Concorrência defende ainda que “as inconstitucionalidades em causa prendem-se com a violação do princípio do Primado e do princípio da Efetividade do Direito da União Europeia” e com “a violação do princípio da tutela jurisdicional efetiva”.

Em fevereiro, o Tribunal da Relação de Lisboa referiu que a sua Secção da Propriedade Intelectual, Concorrência, Regulação e Supervisão decidiu, por maioria de dois contra um, “declarar prescrito o procedimento contraordenacional pendente contra as sociedades arguidas relativamente à prática da referida contraordenação e determinou o oportuno arquivamento dos autos”.

Na sua decisão, o tribunal de segunda instância considerou que os factos ocorreram entre 2002 e março de 2013, entendendo por isso que se aplica a lei da concorrência de 2012, que prevê o prazo máximo de prescrição do procedimento contraordenacional de 10 anos e 6 meses (5 anos + 2 anos e 6 meses + 3 anos de suspensão), não sendo aplicável a lei da concorrência de 2022, “que prevê um prazo maior de suspensão da prescrição do procedimento contraordenacional”.

A decisão da Relação de Lisboa surgiu poucos meses depois de, em setembro de 2024, o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão ter confirmado as coimas de 225 milhões de euros a 11 bancos, decidindo que ficou provado que, entre 2002 e 2013, houve “conluio” entre os bancos quando trocaram informações sobre créditos (‘spreads’ e montantes concedidos) e que “alinharam práticas comerciais” falseando a concorrência.

O Ministério Público reclamou a nulidade do acórdão de fevereiro, dizendo que o período de contabilização para a prescrição deveria ter sido suspenso aquando da análise pelo Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE).

No documento de 09 de abril, disponibilizado no portal da AdC, os três juízes da Relação de Lisboa apontaram que, “depois de consideradas normas EU […] foi decidido que o reenvio prejudicial [para o TJUE] não constitui causa autónoma de suspensão da prescrição do procedimento contraordenacional”.

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IP passa de prejuízos a lucros de 124 milhões em 2024

Investimento nas redes ferroviária e rodoviária subiu 25% para 776 milhões de euros, o que representa o valor mais elevado desde 2010.

A Infraestruturas de Portugal (IP) fechou o ano de 2024 com um resultado líquido de 124 milhões de euros, o que compara com um prejuízo de 19 milhões de euros no ano anterior, revelou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Empresa justifica melhoria dos resultados com o aumento dos rendimentos e com o facto de “o resultado de 2023 ter sido fortemente impactado ao nível do gasto com imposto por via de alterações fiscais introduzidas nesse ano”.

A empresa responsável pela gestão da infraestrutura rodoviária e ferroviária nacional registou rendimentos operacionais de 1.554 milhões de euros, mais 199 milhões que o valor apresentado um ano antes.

Segundo o mesmo comunicado, “as variações com impacto no resultado estão ligadas ao aumento do rendimento com as principais receitas, designadamente, da Consignação do Serviço Rodoviário (49 milhões de euros) e da Tarifa de Utilização da Infraestrutura Ferroviária (+15 milhões de euros), parcialmente compensadas pela redução do rendimento com as Portagens das Vias IP (-14 milhões de euros)“.

Os gastos operacionais fixaram-se em 1.223 milhões de euros, o que representa um crescimento de 6% face ao ano anterior, “essencialmente justificado pelo crescimento dos custos sem impacto no resultado por serem compensados por variação de idêntico montante nos rendimentos operacionais”.

2024 ficou ainda marcado por “um forte crescimento do investimento nas redes ferroviária e rodoviária”, que ascendeu a 776 milhões de euros. Trata-se de um crescimento de 25% face a 2023 e o valor mais alto realizado desde 2010. Deste montante, 625 milhões foram dirigidos ao investimento na requalificação e modernização da Rede Ferroviária Nacional, dos quais 472 milhões estão enquadrados no Programa de Investimentos Ferrovia 2020.

Já a Rede Rodoviária Nacional captou um investimento total de 108 milhões de euros, destacando-se a execução de 93 milhões de projetos enquadrados na componente C7 do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O stock de dívida financeira da IP diminuiu 573 milhões de euros, para 3.284 milhões, sendo que as amortizações realizadas dizem respeito ao Eurobond 09/24, no valor de 500 milhões de euros, e de empréstimos contraídos junto do BEI, no montante de 73 milhões.

(Notícia atualizada às 17h37)

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Luís Montenegro é o político com mais exposição televisiva em mês de queda do Governo

  • + M
  • 24 Abril 2025

Recorde-se que foi em março que a rejeição de uma moção de confiança levou à queda do Governo, após a polémica em torno da empresa Spinumviva.

Luís Montenegro reconquistou a liderança da exposição mediática no mês de março, a qual tinha perdido em novembro. Ao protagonizar 250 notícias com um total de 13 horas e 19 minutos de duração, o primeiro-ministro e líder da AD conquistou, por uma margem significativa, a posição cimeira do ranking, que foi ocupada por Pedro Nuno Santos no mês anterior. Recorde-se que foi em março que a rejeição de uma moção de confiança levou à queda do Governo, após a polémica à volta da empresa Spinumviva.

Caído para a segunda posição, o secretário-geral do PS protagonizou 162 notícias de 8 horas e 25 minutos de duração, enquanto André Ventura, líder do Chega, registou a terceira posição, depois de intervir na primeira pessoa em 110 notícias de 5 horas e 34 minutos de duração. Os dados são do serviço Telenews, da MediaMonitor (Grupo Marktest).

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manteve a quarta posição, com 84 notícias de 4 horas e 8 minutos de duração. Já a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, ocupou a quinta posição, ao intervir na primeira pessoa em 82 notícias com 3 horas e 37 minutos de duração.

Entre os dez nomes que mais figuraram nas notícias televisivas em março, segue-se Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP (3 horas e 31 minutos), Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira (2 horas e 59 minutos), Rui Tavares, líder do Livre (2 horas e 31 minutos), Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal (2 horas e 30 minutos) e Inês Sousa Real, porta-voz do PAN (2 horas e 26 minutos).

A análise foi feita, de acordo com dados da Telenews, aos principais noticiários dos canais generalistas e excluiu programas, debates ou entrevistas. A contabilização do tempo refere-se ao tempo total de duração da notícia em causa.

Também segundo a Marktest, durante o mês de março, os três principais canais da televisão portuguesa — RTP1, SIC e TVI — emitiram 234 horas de informação regular, o que representa uma subida mensal de 11,8% mas uma quebra homóloga de 3,5%.

No terceiro mês do ano foram para o ar 6.608 peças, mais 12% do que no mês anterior e menos 7,3% em relação a março de 2024. A duração média das reportagens emitidas foi de 2 minutos e 8 segundos, precisamente a mesma duração que a registada em fevereiro.

A RTP1 voltou a ser a estação que emitiu mais notícias, com 2.521 peças, bem como a que dedicou mais tempo em grelha à informação regular, com um total de 90 horas de duração (mais sete horas que no mês anterior).

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Ações de cooperação do Banco de Portugal aumentam para 157 em 2024

  • Lusa
  • 24 Abril 2025

Nas iniciativas bilaterais, o destaque foi para Cabo Verde (25 ações), Angola (23 ações) e São Tomé e Príncipe (10 ações).

O número de ações de cooperação do Banco de Portugal (BdP) subiu em 2024 para 157, mais sete que no ano anterior, tendo os países de língua portuguesa voltado a ser os mais abrangidos por estas iniciativas.

Os dados constam do relatório anual da atividade de cooperação referente a 2024, divulgado esta quinta-feira, e abordam um “ganho de eficiência”, uma vez que, apesar do aumento do número de ações, o número de dias afetos à atividade desceu – de 1.591 para 1.536.

A percentagem de ações multilaterais subiu quatro pontos percentuais, representando 40% das ações de cooperação em 2024. Também o número de ações presenciais aumentou para 62%, contra 53% em 2023.

Os bancos centrais de língua portuguesa foram os principais parceiros das ações, com 76% das ações, seguindo-se países vizinhos da União Europeia, com 23 ações, África subsaariana sem países de língua portuguesa (sete), América Latina e Caraíbas sem Brasil (cinco) e Ásia e Pacífico sem Timor Leste (duas).

Nas iniciativas bilaterais, o destaque foi para Cabo Verde (25 ações), Angola (23 ações) e São Tomé e Príncipe (10 ações). Uma grande parte das ações (44%) são referentes a assistência técnica, quase o dobro dos estágios e visitas de trabalho (35 ações), e o triplo dos encontros e conferências (23).

Governação e suporte (45 ações) foi o tema mais abordado, seguindo-se supervisão e estabilidade financeira (31), análise económica e estatística (29), representação e relações internacionais (27) e operações de mercado, sistemas de pagamentos e emissão de tesouraria (25).

As iniciativas de cooperação em 2024 envolveram 45 entidades parceiras, 25 departamentos estruturais, 1.452 participantes e 751 trabalhadores.

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Cerca de 80,6 mil pessoas assistiram ao frente a frente entre Paulo Raimundo e Inês Sousa Real

  • + M
  • 24 Abril 2025

Na noite desta quinta-feira, Luís Montenegro regressa aos debates, tendo agendado o frente a frente com André Ventura às 21h, na SIC.

O frente a frente entre Paulo Raimundo e e Inês Sousa Real, mais uma vez o único debate do dia, foi acompanhado esta quarta-feira por cerca de 71,2 mil telespectadores na CNN Portugal. Aos espectadores que assistiram em direto às 18h30, juntam-se cerca de 8,9 mil, em diferido, na RTP3.

Na noite desta quinta-feira, Luís Montenegro regressa aos debates, tendo agendado o frente a frente com André Ventura às 21h, na SIC.

O debate mais visto destas duas semanas, recorde-se, continua a ser o que colocou frente a frente Pedro Nuno Santos e André Ventura, seguido por quase 1,094 milhões de telespectadores, mais cerca de 36 mil do que os que assistiram ao frente a frente entre Mariana Mortágua e Pedro Nuno Santos.

Veja aqui o calendário de todos os debates.

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CNA alerta para crise no vinho no Douro devido a baixos preços

  • Lusa
  • 24 Abril 2025

"Adensam-se as preocupações dos agricultores quanto à sua capacidade de resistir a mais um ano de dificuldades, com falta de escoamento e baixos preços pagos pelas uvas", avisa a confederação.

Os agricultores do Douro estão preocupados quanto à sua capacidade de resistir a mais um ano de dificuldades, com baixos preços pagos à produção e dificuldades no escoamento, alertou a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Depois de um ano em que muitas uvas ficaram por vindimar por não haver a quem as vender, adensam-se as preocupações dos agricultores quanto à sua capacidade de resistir a mais um ano de dificuldades, com falta de escoamento e baixos preços pagos pelas uvas (preços que se mantêm nos mesmos valores de há 25 anos e até inferiores), aumentos brutais dos custos de produção e, sobretudo, um forte desequilíbrio do poder entre a produção, a transformação e o grande comércio exportador”, indicou, em comunicado, a CNA.

Por outro lado, sublinhou que, perante a aplicação de tarifas sobre as exportações de vinho, nomeadamente para os EUA, “é imperioso” pôr fim às exportações desnecessárias. A CNA denunciou ainda a insuficiência de medidas de apoio, criticando o que disse ser a propaganda do Governo.

“O Ministério da Agricultura não adotou uma única medida para acudir, diretamente, à situação desesperada dos pequenos viticultores durienses que os pudesse compensar pelas enormes perdas de rendimento”, apontou.

De acordo com os agricultores, as regiões vitivinícolas, em particular o Douro, precisam de atenção por parte do Governo, com medidas imediatas e estruturantes, nomeadamente “o fim da liberalização dos direitos de plantação da vinha na União Europeia” e a promoção das exportações.

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