Barcelona acolhe a partir deste domingo a cimeira do setor do luxo

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  • 16 Maio 2025

A capital catalã tornou-se uma referência para o sector e um destino para turistas com elevado poder de compra.

Barcelona acolhe, a partir deste domingo, a cimeira do setor do luxo organizada anualmente pelo ‘Financial Times’, a chamada ‘Business of Luxury Summit’, um ponto de encontro de empresas e marcas líderes para refletir sobre tendências, perspetivas e desafios globais.

Até terça-feira, marcas de renome e executivos da indústria do luxo vão reunir-se no Arts Hotel para analisar a situação do mercado de luxo e responder a questões como o possível impacto das tarifas de Donald Trump no comércio global, o perfil e a evolução da procura dos consumidores mais exclusivos e como as marcas de luxo podem manter-se resilientes num contexto de elevada volatilidade, inflação e incerteza.

A última edição, realizada em 2024 em Veneza, contou com a presença de mais de 400 participantes. Agora, Barcelona assume o testemunho e acolhe pela primeira vez este evento empresarial de referência.

A agenda inclui oradores como Damien Bertrand, CEO da Loro Piana; Marc Puig, presidente e CEO da Puig; Kristina Blahnik, CEO da Manolo Blahnik; Kristian Teär, da Bang & Olufsen; Tina Edmundson, presidente da Luxury Marriott International; Evarist March, fundador da Naturalwalks; Fanny Moizant, co-fundadora da Vestiaire Collective, e Giovanna Vitelli, presidente do Grupo Azimut/ Benetti, entre outros.

As mais de trinta sessões, moderadas por jornalistas seniores do Financial Times, abordarão também questões mais atuais da indústria, como a atividade de fusões e aquisições no setor face ao interesse de compradores estratégicos, a tendência dos consumidores para o setor do luxo usado e a utilização da tecnologia para criar designs e promover coleções.

BARCELONA E PASEO DE GRACIA, EPICENTRO DO LUXO

A escolha de Barcelona como anfitriã desta cimeira está ligada à sua posição como cidade de grande tradição e oferta comercial de marcas de luxo – locais e internacionais – e como destino que tem vindo a ganhar interesse entre compradores de luxo e turistas. A capital catalã ocupou recentemente o segundo lugar no top 10 das melhores cidades do mundo para o turismo de luxo, de acordo com a rede mundial de agências de viagens de luxo, Virtuoso, apenas atrás de Paris.

Os compradores podem visitar os estabelecimentos da artéria comercial mais apreciada de Barcelona e a mais cara de Espanha, o Paseo de Gracia, onde se encontram as melhores marcas de moda, jóias, acessórios e perfumaria. Marcas consolidadas do grupo Inditex e empresas do conglomerado LVMH estão presentes ao lado de outras com tradição e prestígio, como a alta joalharia e relojoaria Rabat, Loewe, Carolina Herrera, Lladró e Santa Eulalia, entre outras.

Esta rua, com 200 anos de história, afirmou-se como uma montra para o setor do luxo, onde as principais empresas colocaram a tónica para expor as suas propostas.

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Expo FoodTech 2025 traz 8.527 profissionais a Bilbau e reforça o seu papel como centro de inovação alimentar

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  • 16 Maio 2025

Food 4 Future - Expo FoodTech 2025 encerrou as suas portas reafirmando a posição de Bilbau como centro internacional de inovação alimentar, reunindo 8.527 gestores e profissionais do setor.

Food 4 Future – Expo FoodTech 2025 encerrou as suas portas reafirmando a posição de Bilbau como centro internacional de inovação alimentar, reunindo 8.527 gestores e profissionais do setor.

Desde a passada terça-feira até hoje, o evento deu a conhecer as últimas soluções tecnológicas que estão a revolucionar as unidades de produção do setor alimentar e das bebidas. Apresentou também as novas propostas em ingredientes e I&D que estão a conduzir o mercado para uma aposta na saúde, funcionalidade e qualidade dos produtos.

A principal feira de foodtech da Europa reuniu 247 empresas expositoras como AgroBank, AZTI, GOe Tech Center, Beckhoff Automation, Basque Food Cluster, Christeyns, CNTA, Cocuus, Eurecat, Ibernova, IFR, Leitat e Tecnalia, que mostraram os desenvolvimentos que realizaram para orientar a indústria alimentar para um modelo mais eficiente, produtivo, sustentável e inteligente. A Expo FoodTech 2025 também recebeu uma delegação da Alemanha, como país convidado, e do Japão, entre outros países, que vieram explorar oportunidades de negócio e descobrir inovações no setor foodtech.

Em simultâneo, o evento acolheu o Food 4 Future World Summit, o maior congresso europeu de inovação alimentar, que contou com a presença de 379 especialistas internacionais de empresas de renome como a PepsiCo, Campofrío, Hijos de Rivera, Delaviuda, Covap, Tutti Food Group, McCain, Angulas Aguinaga, Grupo Nueva Pescanova, Bodegas Eguren Ugarte e Familia Torres. Os líderes traçaram o roteiro para o sector, delineando os principais desafios e oportunidades num contexto marcado pela inflação, a situação geopolítica e as mudanças nos hábitos de um consumidor comprometido com a sustentabilidade, a saúde e a contenção de custos.

Entre os temas mais abordados, a tecnologia foi responsável por grande parte das 125 sessões realizadas no congresso. Neste sentido, foi dada ênfase ao potencial das iniciativas digitais em todos os elos da cadeia agroalimentar, desde o cultivo no campo, à distribuição, à logística e ao usufruto do consumidor. Um ciclo de vida em que os gémeos digitais, a aplicação de IA, a robótica, a automação, a impressão 3D, a análise de dados e outras soluções IoT estão a conduzir a avanços, como se ouviu no fórum.

No domínio da sustentabilidade, as sessões destacaram os esforços e as histórias de sucesso das empresas e cooperativas agro-alimentares na abordagem da descarbonização a partir do interior.

A Expo FoodTech 2025 também abordou outro dos desafios do setor: a retenção e a atração de talentos. A feira acolheu um encontro com responsáveis de recursos humanos de empresas do âmbito tecnológico e agroalimentar, que avaliaram estratégias para fazer deste setor uma área de emprego atrativa.

Paralelamente à feira, a Pick&Pack for Food Industry 2025, a única feira em Espanha sobre embalagem e logística para a indústria alimentar, apresentou as inovações e os casos de sucesso que estão a mudar a embalagem e o mundo da logística.

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Geoalcali nomeia Carles Alemán como novo diretor executivo para liderar o esforço final para a Mina Muga

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  • 16 Maio 2025

Trata-se de um momento-chave para a empresa no seu objetivo de lançar uma iniciativa que considera ser “um dos grandes motores industriais do norte de Espanha e o principal projeto extrativo do país”.

Geoalcali, a filial espanhola da australiana Highfield Resources, nomeou Carles Alemán como seu novo CEO para reativar o arranque do projeto da Mina de Muga.

Com um investimento acumulado que já ultrapassa os 150 milhões de euros e uma previsão total de cerca de 700 milhões, a Mina Muga representa “uma oportunidade estratégica não só para Navarra e Aragão, mas também para a economia espanhola e europeia”.

Segundo um comunicado, a recente entrada da Qinghai Salt Lake Industry, filial do gigante China Minmetals, com uma intenção de investimento de 300 milhões de dólares no desenvolvimento do projeto, confirma a “atratividade internacional” de uma infraestrutura extrativa que poderia produzir até um milhão de toneladas de potássio por ano.

A empresa afirmou que a nomeação de Alemán marca “um ponto de viragem”, uma vez que possui mais de 30 anos de experiência em liderança industrial em empresas como a BASF, a CIBA-GEIGY e a ICL Iberia. Assume agora o desafio de transformar o potencial da Mina Muga numa realidade tangível.

Além disso, a reconfiguração da equipa fica completa com Olivier Vadillo, até agora responsável pelas relações com os investidores, que passa a liderar a estratégia empresarial e o desenvolvimento do negócio.

“É um desafio empolgante que resulta de uma visão partilhada que admiro profundamente e que estou convencido de que tem um enorme potencial para ter um impacto real”, afirmou Alemán após a sua nomeação. O novo CEO elogiou a força do projeto e a equipa que o apoia, destacando o papel da Highfield e dos investidores na criação das condições necessárias para avançar.

PROJETO CONTRA O DESPOVOAMENTO

Mina Muga não é apenas um investimento industrial, mas também um projeto sustentável com uma clara vocação social. Situada entre Sangüesa e Javier (Navarra) e Undués de Lerda (Aragão), a mina contribuirá para o enraizamento da população nas zonas rurais, gerando mais de 800 empregos diretos e milhares de empregos indiretos.

No atual contexto de despovoamento, a sua capacidade para atrair talento, gerar serviços auxiliares e consolidar a indústria é “inquestionável”, como sublinha a empresa.

Além disso, a sua produção de potássio – um nutriente essencial para a agricultura – reforçará a autonomia estratégica da Europa num contexto de tensões geopolíticas e de aumento dos preços das matérias-primas. Devido à sua natureza não localizável, estando diretamente ligada à geologia do ambiente, Mina Muga será uma garantia de estabilidade a longo prazo.

A ativação definitiva da Mina Muga pretende também ser “um exemplo de colaboração público-privada e de utilização inteligente dos recursos naturais”. A missão da nova equipa de gestão é desbloquear os últimos passos e tornar realidade um projeto que já conta com os apoios financeiros, técnicos e humanos necessários.

 

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Trabalhadores não olham só para o salário ao escolher emprego, mas ordenado é o que mais pesa

Além do salário, trabalhadores valorizam equilíbrio entre vida pessoal e profissional, ambiente de trabalho positivo, segurança no emprego e oportunidades de progressão, quando escolhem emprego.

Na hora de escolher um emprego, os trabalhadores portugueses não olham apenas para o salário, mas o vencimento continua a ser o fator que mais pesa nessa decisão. A conclusão consta de um novo estudo da empresa de recursos humanos Randstad, que indica que os trabalhadores valorizam também, nomeadamente, o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, o ambiente de trabalho positivo e a segurança no emprego.

De acordo com essa nova análise, 74% dos trabalhadores ouvidos em Portugal identificam o salário e outros benefícios como o fator que torna uma empresa mais atrativa para se trabalhar.

Segue-se o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, com 64% dos trabalhadores a valorizar este fator. E, depois, o ambiente de trabalho positivo (também com 64% dos trabalhadores ouvidos).

A completar o top cinco estão a segurança no emprego (58% dos trabalhadores) e as oportunidades de progressão na carreira (também com 58% dos trabalhadores ouvidos).

Este ranking está estável face aos últimos três anos, o que reflete “uma consistência clara nas prioridades dos profissionais portugueses“, sublinha a Randstad, que ouviu mais de quatro mil trabalhadores em Portugal.

Se olharmos para a forma como os diferentes perfis de profissionais priorizam estes estes cinco fatores, vemos que embora o salário e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional sejam prioridades comuns a todas as especializações, os restantes critérios variam.

Randstad Employer Brand Research 2025

Há a destacar, contudo, que há diferenças relevantes entre os vários setores de atividade. “Embora o salário e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional sejam prioridades comuns a todas as especializações, os restantes critérios variam”, observa a Randstad.

Por exemplo, no caso dos profissionais da área digital, o ambiente de trabalho não consta entre os cinco fatores mais valorizados. Em vez disso, os profissionais valorizam a possibilidade de trabalhar remotamente.

Locais de trabalho abraçam IA

De acordo com a nova edição do “Randstad Employer Brand Research”, mais de metade dos trabalhadores em Portugal dizem-se motivados no seu emprego atual e 41% afirmam mesmo estar mais empenhados do que no ano anterior. “Reflete uma tendência positiva no compromisso profissional”, salienta a Randstad, que aponta uma ligação direta entre a motivação e a retenção dos trabalhadores.

Por outro lado, a análise agora conhecida revela “uma evolução significativa na adoção da inteligência artificial (IA) nos locais de trabalho em Portugal, com a percentagem de profissionais que utilizam esta tecnologia de forma regular a subir de 11% para 17% num ano”.

Este crescimento é liderado pelos profissionais da área digital (registam a maior taxa de utilização), enquanto “os talentos operacionais apresentam os níveis mais baixos de adoção“.

De notar também que, entre a Geração Z, 27% dos profissionais afirmam utilizar IA com regularidade, uma subida expressiva face aos 17% registados no ano anterior. “Esta geração mostra-se, assim, não só mais recetiva como também mais preparada para integrar novas ferramentas tecnológicas no seu dia a dia“, assinala a consultora de recursos humanos.

A Geração Z assume um papel de destaque neste avanço, com 27% dos jovens profissionais a afirmar utilizar IA com regularidade, uma subida expressiva face aos 17% registados no ano anterior.

Randstad Employer Brand Research

Por outro lado, a percentagem de pessoas que nunca usaram IA diminuiu em todas as gerações: a Geração X registou o maior recuo, passando de 61% para 49%, “o que revela uma maior familiarização intergeracional com estas ferramentas”.

“Paralelamente, o impacto esperado da IA no trabalho também aumentou: 37% dos profissionais preveem um efeito considerável nas suas funções nos próximos anos, face aos 31% do ano anterior”, acrescenta a Randstad, que detalha que a perceção é predominantemente positiva ou neutra em relação a esta tecnologia. Só uma minoria dos trabalhadores ouvidos antecipa efeitos negativos.

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Grupo Griñó promove a recuperação de recursos e a sustentabilidade com mais de 1,8 milhões de toneladas tratadas por ano

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  • 16 Maio 2025

O Grupo Griñó, uma referência na gestão e valorização de resíduos, destacou o seu compromisso com a economia circular e a preservação do planeta por ocasião do Dia Mundial da Reciclagem.

A empresa trata mais de 1,8 milhões de toneladas de resíduos por ano, apostando na maximização da recuperação de recursos reutilizáveis e de energia verde.

Em 2024, a produção de biogás do Grupo Griñó gerou cerca de 62 milhões de kWh de energia renovável, evitando a emissão de 273 200 toneladas de CO₂ e contribuindo para reduzir a utilização de combustíveis fósseis. Cerca de 38% desta energia foi utilizada para consumo interno em processos industriais, enquanto 62% foi exportada para a rede. Além disso, 99% da eletricidade adquirida pelo grupo em Espanha é garantidamente de origem renovável.

De acordo com um comunicado, a empresa reutilizou 124 400 m³ de água tratada e pluvial para processos industriais e irrigação de espaços verdes, minimizando a utilização de água potável. Também descontaminou 2 milhões de m² de terrenos pertencentes a terceiros, reforçando o seu compromisso com a recuperação ambiental e a proteção dos ecossistemas.

Através da sua participação em projetos estratégicos de inovação, como o CARMA-H2, Refilpet, AluCSR, Humara e Greyparrot, o Grupo Griñó está empenhado em transformar resíduos em hidrogénio renovável, reciclar fibras de poliéster, otimizar a gaseificação de combustíveis sólidos, conceber instalações de tratamento de resíduos e utilizar a inteligência artificial para maximizar a recuperação de materiais.

O presidente do Griñó Group, Joan Griñó, destacou o compromisso da empresa: “A nossa estratégia não só otimiza a recuperação e a valorização dos materiais, como também minimiza o impacto ambiental global, favorecendo um modelo de produção mais limpo e um desenvolvimento sustentável e circular que coloca a preservação do planeta no centro”.

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Iberdrola e Telefónica lideram os resultados operacionais do IBEX no primeiro trimestre

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  • 16 Maio 2025

Confirmam-se como líderes na bolsa espanhola entre as empresas que já apresentaram os seus resultados trimestrais, tendo atingido 4.636 milhões e e 3.014 milhões de euros, respetivamente.

Com a Solaria e a Inditex ainda sem apresentar os seus números, a companhia elétrica repete-se como a empresa com maior lucro operacional do índice espanhol, depois de acumular um Ebitda de 4.643 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que representa um aumento de 12% em relação ao ano anterior, excluindo os desinvestimentos na geração térmica no ano anterior.

Além disso, a Iberdrola continuou com a sua política de investimento, depois de alcançar um investimento recorde de 17.300 milhões de euros nos últimos doze meses, o que lhe permitiu impulsionar os seus resultados nos primeiros três meses do ano.

“O nosso investimento recorde neste trimestre, juntamente com os investimentos futuros previstos nas redes, demonstra como estamos focados em acelerar a eletrificação para reduzir a dependência energética externa, melhorar a competitividade, impulsionar a indústria local e o emprego, e garantir a estabilidade dos preços”, explicou o presidente da companhia elétrica, Ignacio Sánchez Galán, na apresentação dos resultados.

Telefónica consolida o seu segundo lugar nesta métrica. A teleco alcançou um Ebitda de 3.014 milhões de euros, o que representa um crescimento orgânico de 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, nos primeiros resultados com Marc Murtra à frente da companhia.

Este resultado Ebitda foi suportado pelo aumento orgânico das receitas, que cresceram 1,3% no trimestre para 9.221 milhões de euros. A empresa também ratificou os seus objetivos financeiros para o ano, antecipando um crescimento orgânico anual das receitas e do EBITDA em 2025. Também estabeleceu um objetivo de menos de 12,5% de capex, uma geração de caixa semelhante a 2024 e uma redução da alavancagem.

“Os resultados do primeiro trimestre estão em linha com as nossas expectativas, enquanto o fluxo de caixa livre reflete a sazonalidade habitual. Os resultados do Grupo irão melhorar ao longo do ano, em linha com a nossa orientação para 2025. Durante o segundo semestre do ano, apresentaremos as conclusões da revisão estratégica que estamos a realizar”, afirmou o CEO da Telefónica, Emilio Gayo.

A empresa tem estado imersa num processo de revisão estratégica desde a chegada de Marc Murtra à presidência, uma vez que o executivo tem defendido um processo de consolidação no setor. Esta mensagem foi inicialmente bem recebida pelo mercado e levou as ações da empresa a atingirem recentemente máximos não vistos desde 2022.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 16 de maio

Ao longo desta sexta-feira, 16 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Tecnológica americana Bitsight corta mais de 50 empregos em Portugal e troca funções por IA

A empresa de Boston, que tem base EMEA em Lisboa, diz ao ECO que fez “ajustes estratégicos” para “impulsionar a eficiência operacional", mas garante compromisso com Portugal, “hub-chave de talento”.

A tecnológica norte-americana Bitsight fez uma reestruturação na equipa em Portugal, onde se localiza a sede europeia, e rescindiu contratos com mais de cinco dezenas de trabalhadores para substituir algumas das suas funções na área de cibersegurança por uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA).

Pelo menos 54 pessoas que faziam parte da equipa nacional viram-se obrigadas a sair, sabe o ECO. A decisão foi tomada a nível internacional – a partir da sede global em Boston – e alguns coordenadores de equipas desconheciam o processo até ter sido agendada uma reunião de urgência, onde os motivos foram apresentados: a integração de um sistema moderno, à base de IA, que faz o trabalho de analistas de investigação e outros técnicos.

Fonte oficial da Bitsight disse ao ECO que a multinacional dos Estados Unidos fez “ajustes estratégicos para agilizar as suas operações, incluindo uma redução de funções, que teve algum impacto em Portugal”, mas continua “totalmente comprometida com Portugal enquanto sede para a EMEA [Europa, África e Médio Oriente] e um hub-chave para talento”.

“Esta decisão fez parte dos nossos esforços contínuos para impulsionar a eficiência operacional e posicionar a empresa para o crescimento futuro. Estamos a contratar ativamente para funções especializadas em áreas essenciais para a nossa inovação e sucesso contínuo”, explicou ainda a Bitsight, sem apresentar detalhes sobre os cargos em questão.

O processo de saídas começou ainda no ano passado e ocorreu pouco tempo antes de a empresa anunciar publicamente que havia chegado a acordo para a aquisição da Cybersixgill, uma fornecedora de dados sobre ameaças cibernéticas especializada em navegar pela deep web e dark web à procura de riscos para a segurança informática das empresas.

“A Bitsight planeia aplicar os modelos de IA generativa da Cybersixgill à sua vasta e altamente selecionada coleção de dados de exposição à cibersegurança, mapeados para milhões de empresas em todo o mundo, para oferecer valor adicional aos clientes”, informava a empresa à data, num comunicado. O negócio de 155 milhões de dólares (cerca de 139 milhões de euros) acabou por ficar concluído em meados de dezembro, seguindo-se a habitual integração das operações nos meses seguintes.

Esta é uma tecnologia na qual a empresa de cibersegurança tem vindo a investir internamente e para os clientes. Já este ano, a Bitsight apresentou o programa “Instant Insights” do seu pacote ‘Bitsight IQ’ com recursos de IA generativa para analisar e resumir questionários e relatórios de segurança, dando às equipas de segurança e de compliance das organizações ferramentas para tomada de decisões de risco mais rápidas e informadas.

A Bitsight possui a sede europeia, africana e do Médio Oriente em Lisboa, mas também tem escritórios em Raleigh (Carolina do Norte) em Israel e Singapura. No verão de 2022, a alta liderança da Bitsight optou por controlar mais de perto a base da EMEA, o que levou o cofundador da empresa e Chief Technology Officer, Stephen Boyer, a mudar-se para a capital portuguesa para supervisionar a expansão da BitSight nesta região do globo, onde tem mais de 600 clientes.

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Mercadão fecha operações após fim da parceria com Pingo Doce

Plataforma de entregas detida pela Glovo tinha como principal parceiro a cadeia de supermercados da Jerónimo Martins, que avançou esta semana com um canal de e-commerce próprio.

O Mercadão vai encerrar portas “gradualmente até finais de junho”. A decisão do encerramento da plataforma detida pela Glovo é conhecida depois de o Pingo Doce, principal parceiro do marketplace que assegurava serviço de entregas em casa da cadeia, ter avançado com o seu próprio canal de e-commerce.

“A incerteza da escalabilidade do negócio do Mercadão e rentabilidade para ser sustentável e viável a longo prazo levou à difícil decisão de encerrar a atividade do Mercadão em Portugal”, adianta fonte oficial da Glovo quando questionada pelo ECO sobre o impacto do fim da parceria com a cadeia de supermercados do grupo Jerónimo Martins.

“Todos os colaboradores e parceiros impactados já foram notificados e estamos dedicados a apoiá-los nesta fase. O Mercadão vai encerrar as suas operações gradualmente até meados de junho”, adianta.

Lançado em 2018 por empresários portugueses, tendo logo como parceiro âncora o Pingo Doce, o Mercadão foi comprado em 2021 pela espanhola Glovo após a plataforma de entregas ter fechado uma ronda de investimento de 450 milhões. A operação coincidiu com a compra da Lola Market, em Espanha, que encerrou portas em novembro de 2022.

O fecho do Mercadão não significa, no entanto, o fim da presença do Pingo Doce na aplicação da Glovo. “As operações do Mercadão e da Glovo sempre foram independentes uma da outra, pelo que a parceria da Glovo com o Pingo Doce, numa vertente de negócio distinta, mantém-se forte e sólida“, diz fonte oficial da empresa.

“A Glovo é líder de mercado neste segmento — quick-commerce — tendo sido pioneira em Portugal, e a presença do Pingo Doce na aplicação é crucial para esta estratégia, visão e crescimento”, reforça.

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Prescrição de dívidas fiscais dispara 25% em 2024 para 24,5 milhões de euros

Aumento reflete em grande medida o aumento de 35% do valor prescrito com dívidas relacionadas com IVA. Dívida incobrável cai 6,3% em 2023, mas ainda representa 35% da carteira de dívida.

O valor das dívidas fiscais consideradas prescritas pelo Fisco subiu 25,1% em 2024, para 24,5 milhões de euros. Os dados constam da Conta Geral do Estado (CGE) de 2024, entregue na quinta-feira ao Parlamento pelo Ministério das Finanças, e na qual o IVA representa a maior fatia deste bolo.

O aumento de 4,9 milhões de euros em 2024 face ao ano anterior de dívidas fiscais prescritas reflete em grande medida o aumento de 35% do valor prescrito com o IVA. No total, prescreveram 11,4 milhões de euros de dívidas com IVA em 2024, com este imposto a representar 46,6% do total.

A este valor somam-se 5,4 milhões de euros de dívidas prescritas relacionadas com o IRS, o correspondente a uma subida de 43,2% face a 2023, e 2,1 milhões de euros de dívidas relacionadas com juros compensatórios, um aumento de 132,1%. Por outro lado, o valor das dívidas com IRC caiu 6,3% para 5,4 milhões de euros.

A prescrição de uma dívida ocorre, regra geral, oito anos após o ano em que se produziu o facto gerador da obrigação de imposto.

Dívida incobrável cai 6,3%

A dívida considerada incobrável pela Autoridade Tributária (AT) caiu 6,3% no ano passado face a 2023, para 9.763,5 milhões de euros, correspondendo a 35% da carteira de dívida.

A CGE de 2024 revela que a receita por cobrar pelo Fisco – passado o prazo de cobrança voluntária – subiu no ano passado 1,8% face a 2023, para 27.241,5 milhões de euros.

Para esta evolução contribuiu o aumento de 14,1% da dívida ativa, que se situou em 8.994,3 milhões de euros. No final de 2024, 33% da carteira correspondia assim a dívida ativa, 31,1% a suspensa.

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Fisco recupera 1,3 mil milhões em cobrança coerciva. Subida é de 4,2%

A Autoridade Tributária arrecadou mais 4,2% para os cofres do Estado no passado de forma coerciva. Dívidas fiscais recuperadas subiram sobretudo no IVA e no Imposto de Selo.

O valor da cobrança coerciva de dívidas fiscais pelo Estado subiu 4,2% em 2024, ascendendo a 1,349 mil milhões de euros, de acordo com a Conta Geral do Estado (CGE) do ano passado, entregue pelo Ministério das Finanças ao Parlamento na quinta-feira.

A Conta Geral do Estado de 2024 revela que entraram para os cofres do Estado, decorrentes da cobrança coerciva, mais 54 milhões de euros em 2024 do que em 2023. Esta evolução resultou sobretudo do aumento de 33,7% das dívidas fiscais recuperadas com o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), cujo valor se fixou em 402,9 milhões de euros. Em termos percentuais, as dívidas recuperadas relacionadas com o Imposto de Selo registaram o segundo maior crescimento (23%), mas em termos absolutos representaram apenas 15,9 milhões de euros.

Porém, esta subida foi contrariada pelo decréscimo de 56,8 milhões de euros nos outros impostos indiretos, “essencialmente decorrente da diminuição da cobrança coerciva respeitante a contribuição extraordinária sobre o setor energético”.

Fonte: Conta Geral do Estado 2024

Depois do IVA, as dívidas fiscais recuperadas relacionadas com o Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) representaram a principal fatia do montante arrecadado: 402,1 milhões de euros, com um peso de 29,8% no total de 2024.

Segue-se a cobrança coerciva relacionada com o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), com um peso de 13,3%. No entanto, o valor arrecadado com este imposto caiu 6% face a 2023, para 179,7 milhões de euros.

Destaque ainda para as taxas, multas e outras penalidades recuperadas, cujo valor subiu 3%, para 131,5 milhões de euros, com um peso de 9,7%.

Anulações de dívidas fiscais cai 94%

De acordo com a CGE2024, o valor de anulações de dívidas fiscais registados em receitas do Estado caiu 94,2% face a 2023, para 609,1 milhões de euros.

Para esta queda contribuíram principalmente o Imposto de Selo (IS) e os juros compensatórios, com uma diminuição de 99,8% e de 97,6%, respetivamente, o correspondente a menos 9.867,1 milhões de euros, no seu conjunto, quando comparado com o ano de 2023.

“Este decréscimo decorre essencialmente de se ter verificado em 2023, a anulação de uma autoliquidação de IS respeitante à verba 2 – contratos de arrendamento, no valor de 9.796,9 milhões de euros (nove mil milhões de euros de imposto e 796,9 milhões de euros de juros compensatórios), em resultado da anulação do respetivo contrato, o que conduziu à extinção do processo de execução fiscal”, explica o documento.

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De Harvard ao basebol, quem são os novos acionistas da Benfica SAD?

Investidores americanos já controlam 5,24% da Benfica SAD e prometem potenciar receitas. Mas a legalidade da transação já está a ser contestada pelo clube, deixando sócios e rivais a ferver.

A empresa de investimento norte-americana Lenore Sports Partners (LSP), co-gerida por Jean-Marc Chapus e Elliot Holton Hayes, estreou-se no futebol português há poucos dias ao comunicar à CMVM o controlo de 5,24% do capital da Benfica SAD, tornando-se assim no terceiro principal acionista da SAD benfiquista — apenas superado pela posição de 67% do clube e dos 16,4% detidos direta e indiretamente por José António dos Santos, dono do grupo Valouro.

A construção desta posição acionista foi feita através da compra, em leilão, das 753.615 ações penhoradas ao ex-presidente Luís Filipe Vieira (cerca de 3,28% do capital da SAD benfiquista) por 7,07 euros, num investimento total de 5,33 milhões de euros, e ainda pela aquisição de cerca de 450 mil ações em bolsa até essa data.

A operação de entrada no capital da Benfica SAD foi concretizada através da LSP Lisbon (Scotland) Limited, uma sociedade criada em julho de 2024 na Escócia, com sede em Edimburgo, e controlada a 100% pela LSP Lisbon LLC, sediada em Delaware, nos EUA.

Os documentos oficiais da constituição desta empresa consultados pelo ECO revelam que Jean-Marc Chapus e Elliot Holton Hayes, ambos de nacionalidade norte-americana, detêm cada um entre 25% e 50% do capital e dos direitos de voto da LSP Lisbon (Scotland) Limited. Além disso, são também sócios do clube da Luz desde o final do ano passado com os números de sócio 378.435 e 375.730, respetivamente.

O histórico dos investimentos realizados pelos sócios da LSP na área do desporto mostra que tanto Chapus como Hayes têm procurado promover o crescimento das receitas e a internacionalização das marcas desportivas em que investem.

Jean-Marc Chapus, de 66 anos, é cofundador e managing partner da Crescent Capital, uma das maiores gestoras de crédito privado e público dos EUA, com presença global e ativos sob gestão de mais de 40 mil milhões de dólares. Formado em Economia e detentor de um MBA pela Universidade de Harvard, Chapus tem uma carreira na banca de investimento e no grupo TCW antes de criar a Crescent Capital. No seu percurso, destaca-se o envolvimento em operações de private equity, financiamento estruturado e investimento em empresas de vários setores, incluindo desporto.

Elliot Holton Hayes, de 54 anos, também formado em Harvard, tem experiência em investimentos desportivos, tendo integrado o consórcio que adquiriu o OGC Nice, em França, em 2016, e participado em operações de private equity na Europa.

O norte-americnao Jean-Marc Chapus é um dos sócios da Lenore Sports Partners que recentemente passou a controlar mais de 5% do capital da Benfica SAD.

O portefólio de investimentos dos sócios americanos

A Lenore Sports Partners apresenta-se como uma empresa especializada em ativos desportivos, com uma abordagem que cruza experiência em finanças, imobiliário, media e marketing, procurando ser “um parceiro produtivo” dos clubes onde investe, sem interferir na gestão desportiva. É assim que também encara o investimento na Benfica SAD, segundo um comunicado enviado à CMVM.

“O único objetivo da LSP é apoiar a comunidade benfiquista, com profundo respeito pelos valores fundadores do clube”, refere a empresa, sublinhando ainda que “não temos qualquer intenção de nos envolvermos nas decisões desportivas da Benfica SAD.”

O histórico dos investimentos realizados pelos sócios da LSP na área do desporto mostra que tanto Chapus como Hayes têm procurado promover o crescimento das receitas e a internacionalização das marcas desportivas em que investem, aproveitando a sua rede de contactos e know-how em mercados competitivos.

  • Futebol: Hayes fez parte do consórcio que em 2016 comprou 80% do clube francês OGC Nice, numa operação pioneira de entrada de capital estrangeiro no futebol gaulês. O clube foi posteriormente vendido à INEOS, do milionário Jim Ratcliffe, que também detém participações no Manchester United e na Fórmula 1, patrocinando a equipa da Mercedes-AMG Petronas. A LSP tem também ligações indiretas ao Norwich City, clube inglês onde Mark Attanasio, cofundador da Crescent Capital, detém uma posição relevante. Esta ligação demonstra o interesse da rede da LSP em clubes com potencial de valorização e internacionalização.
  • Basebol: Chapus, através da Crescent Capital, esteve envolvido em operações financeiras com a equipa de basebol norte-americana Milwaukee Brewers Baseball, nomeadamente no financiamento de infraestruturas e na gestão de ativos ligados ao clube. Mark Attanasio, cofundador da Crescent Capital com Chapus, é desde 2005 presidente e principal proprietário do Milwaukee Brewers Baseball, após um investimento superior a 220 milhões de dólares.

No núcleo de investidores da LSP surgem ainda dois nomes menos conhecidos, mas com trajetórias relevantes no setor financeiro e de investimentos internacionais: Omar Imtiaz e Alex Pomeroy.

Omar Imtiaz é um empresário britânico, com mais de duas décadas de experiência internacional em gestão de investimentos e imobiliário. Atualmente, lidera a Imtiaz Holdings, um conglomerado privado focado em investimentos alternativos, com operações em setores como imobiliário, private equity, turismo media e desporto com mais de 3 mil milhões de dólares em ativos de clientes, incluindo famílias de elevado património e entidades soberanas.

Os novos acionistas da Benfica SAD garantem não pretender envolver-se nas decisões desportivas, mas sim apoiar a liderança da empresa e do clube na expansão das receitas e na exploração de novas oportunidades de negócio.

No setor do desporto, foi acionista e membro do conselho consultivo do clube francês OGC Nice, experiência que partilha com outros sócios da LSP. Foi ainda managing director da Abu Dhabi Capital Partners, uma boutique de investimento associada a entidades soberanas dos Emirados Árabes Unidos, e tem experiência em operações de investimento em Cuba, nomeadamente no setor do turismo e imobiliário, onde liderou projetos de investimento estrangeiro direto superiores a mil milhões de dólares.

Alex Pomeroy é um investidor norte-americano, atualmente managing partner da Quail Hill Holdings, uma sociedade de investimento sediada em Dallas e West Hollywood, nos EUA, com enfoque em investimentos com impacto social e sustentabilidade.

Pomeroy tem uma carreira marcada pelo envolvimento em private equity e pela aposta em setores como imobiliário, desporto, turismo e impacto social. É também cofundador e sócio da AGO Partners, um fundo com presença em múltiplos investimentos internacionais, e um dos principais investidores da Aspiration, uma das primeiras instituições financeiras centradas na gestão e investimento em numerário socialmente responsável.

Capital estrangeiro, promessas e polémicas

A entrada da LSP no capital da Benfica SAD surge após tentativas de aquisição de uma posição maior junto do empresário José António dos Santos, o “rei dos frangos”, que em conjunto com a sua empresa, o grupo Valouro, controla 16,4% do capital da SAD.

Recentemente, em entrevista ao Negócios, José António dos Santos revelou que a última vez que foi abordado para vender a sua participação foi no final do ano passado por investidores norte-americanos (mas que não chegaram a acordo) e que só está disponível para vender a sua posição se lhe comprarem todas as ações por pelo menos 12 euros — cerca de 70% acima do preço que a LSP adquiriu o bloco de ações de Luís Filipe Vieira que estava penhorado.

A LSP não divulga publicamente contas consolidadas nem resultados financeiros detalhados, sendo o seu modelo de negócio focado na valorização de ativos desportivos e na captação de investidores institucionais. No entanto, a ligação à Crescent Capital, onde Chapus é figura central, garante acesso a financiamento e a uma rede de investidores internacionais de grande dimensão.

Os novos acionistas da Benfica SAD garantem não pretender envolver-se nas decisões desportivas, mas sim apoiar a liderança da empresa e do clube na expansão das receitas e na exploração de novas oportunidades de negócio, nomeadamente em mercados internacionais e setores adjacentes ao futebol.

A aposta passa por potenciar o valor da marca Benfica, reforçar a sustentabilidade financeira e criar sinergias com outros ativos e parceiros do universo LSP. Contudo, a entrada destes investidores no capital da Benfica SAD não está isenta de polémica.

O Sport Lisboa e Benfica, acionista maioritário da SAD, requereu cautelarmente a nulidade da venda das ações de Vieira, alegando não ter sido notificado do seu direito de preferência, e procura ainda esclarecer se a entrada da LSP viola as disposições estatutárias relativas à aquisição de ações por entidades concorrentes.

Entre promessas de respeito pelos valores encarnados e polémicas judiciais que ainda pairam sobre a legalidade da transação, uma certeza emerge: o futuro do Benfica joga-se agora também nos bastidores da alta finança, onde cada decisão poderá ditar não só o rumo das contas, mas também o prestígio e a sustentabilidade de um dos maiores emblemas do desporto português.

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