Endividamento da câmara de Lisboa aumentou 52,5 milhões de euros em 2024

Executivo de Carlos Moedas anuncia "a maior execução orçamental de sempre" em 2024. Dívida cresceu para 322 milhões de euros. Do lado do PRR, a habitação obrigou a câmara a esforço acrescido.

Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, culpa a oposição pelo crescimento da dívida. FERNANDO VELUDO/LUSAFERNANDO VELUDO/LUSA

A Câmara Municipal de Lisboa terminou o ano de 2024 com mais 52,5 milhões de euros de endividamento em relação a 2023. A 31 de dezembro, a dívida total do município situava-se nos 321,9 milhões de euros, “refletindo os financiamentos contratados para apoiar os investimentos em habitação, infraestrutura escolar, mobilidade e ação climática”, explana a autarquia. O Executivo de Carlos Moedas garante que, no último ano, “alcançou a maior execução orçamental de sempre”.

No que concerne ao resultado líquido de 2024, este mantém-se no vermelho, apesar da melhoria de 8,7 milhões de euros, passando de um resultado negativo de -18,6 milhões de euros para -9,9 milhões de euros. Já em 2023 o município atingiu um resultado líquido negativo de 18,59 milhões de euros, devido a um acréscimo de gastos, designadamente com a Jornada Mundial da Juventude, enquanto em 2022 houve um resultado líquido positivo de 99,8 milhões de euros, de acordo com dados da autarquia.

Este é o último orçamento municipal deste mandato (2021-2025) proposto pela coligação Novos Tempos, que governa Lisboa sem maioria absoluta. O Executivo de Carlos Moedas culpabiliza a oposição pelo aumento do endividamento após ter concluído o Relatório de Gestão e Contas referente ao ano de 2024. “O valor do aumento em relação ao ano anterior (+52,5 milhões de euros) tornou-se inevitável face à inviabilização de receitas de investimento pela oposição, e corresponde a uma pequena parte do investimento realizado neste mesmo ano”, explana o município num comunicado.

Ainda assim, sustenta, o valor mantém-se muito abaixo da média da receita corrente líquida cobrada nos três exercícios anteriores (819,0 milhões de euros), respeitando amplamente os limites definidos no controlo do endividamento municipal”.

De acordo com o Relatório de Gestão e Contas relativo a 2024, “a capacidade absoluta de endividamento no final do exercício económico reflete um reforço da capacidade municipal a este nível, face ao enquadramento existente no início do mandato”.

Já no que concerne ao total das transferências provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estas somaram 62,2 milhões de euros, correspondendo a uma taxa de execução de 44,5%, na qual “mais de metade” foi “concretizada no último trimestre do ano”, aponta o documento divulgado à imprensa nesta segunda-feira.

A este propósito, o município esclarece que a “baixa e tardia taxa de execução, em especial ao nível das receitas do PRR Habitação, não foi acompanhada pelo mesmo nível de desempenho ao nível da execução da despesa — que só na habitação ascendeu a 71,0 milhões de euros — o que evidencia que o desempenho do PRR Habitação acarretou para o município um fator acrescido de exigência, não só ao nível orçamental, mas também em termos de tesouraria”.

Mesmo assim, o Executivo lisboeta anuncia, esta segunda-feira, que “alcançou a maior execução orçamental de sempre” em 2024: “No presente mandato autárquico alcançou-se uma média de execução de 85,1%”.

Estes resultados são a prova de que é possível baixar impostos às pessoas e manter as contas certas.

Carlos Moedas

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

“A despesa executada atingiu 1.069,7 milhões de euros, com uma taxa de execução de 85,9% e uma taxa de pagamento de 98,9%, representando um acréscimo de 53,4 milhões de euros (+5,3%) face a 2023″, contabiliza a autarquia.

“Estes resultados são a prova de que é possível baixar impostos às pessoas e manter as contas certas. Assumimos este compromisso no início de mandato e provámos que era possível. Tudo isto sem nunca deixarmos de investir nas principais prioridades da cidade e no mais importante”, assinala o autarca Carlos Moedas, citado na mesma nota.

Já a receita total cobrada atingiu uma taxa de execução orçamental de 87,5%. A receita aumentou 50,4 milhões de euros (+4,8%) em relação a 2023, totalizando 1.093,3 milhões de euros, dos quais 902,4 milhões de euros reportam-se à atividade operacional. O que demonstra, explana a autarquia, que “a principal fonte de financiamento municipal é de natureza operacional, em consonância com o elevado grau de autonomia orçamental do município”.

Contas feitas, o saldo orçamental fixou-se em 24,6 milhões de euros, a que se soma o saldo das operações de tesouraria, totalizando um saldo de gerência a transitar de 34,2 milhões de euros, contabiliza o Executivo.

Segundo o município, o saldo corrente cifrou-se em 120,9 milhões de euros e o saldo de capital em -187,4 milhões de euros, “revelando que 70,4% da despesa de capital foi financiada com receitas correntes”. O Executivo de Carlos Moedas explica que “este desempenho traduziu-se num equilíbrio total de 102,2% e num equilíbrio orçamental de 114,3%”. A autarquia salienta a redução de receitas de 74,7 milhões de euros, valor referente à redução da taxa de IRS retido aos munícipes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TC recusa recurso do PPM e confirma designação “AD – Coligação PSD/CDS”

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

O Tribunal Constitucional recusou o recurso apresentado pelo PPM e aceitou o acórdão que autoriza o uso da designação "AD - Coligação PSD/CDS".

O Tribunal Constitucional recusou em plenário o recurso apresentado pelo PPM e aceitou o acórdão que autoriza o uso da designação “AD – Coligação PSD/CDS”, argumentando que não há risco de confusão com outras coligações.

De acordo com o acórdão consultado pela Lusa, a decisão foi unânime entre os juízes do Palácio Ratton, que consideraram que o termo “Aliança Democrática” seria o “traço identitário mais forte”.

Os juízes decidiram, assim, que a retira das palavras Aliança Democrática anula o risco de confusão com anteriores coligações, validando o acórdão que tinha concordado com a designação AD — Coligação PSD/CDS-PP.

“Em face do exposto, decide-se negar provimento ao recurso e, consequentemente, confirmar o Acórdão n.º 300/2025”, lê-se no documento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão Europeia propõe aos EUA tarifas zero para bens industriais

Presidente da Comissão Europeia reitera disponibilidade para negociar com os EUA, mas garante que não deixará de retaliar com contramedidas caso não chegue a acordo.

A Comissão Europeia propôs aos EUA tarifas zero para os bens industriais. A informação foi avançada esta segunda-feira pela presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, ao salientar a disponibilidade para negociar com Donald Trump, mas garantindo estar preparada para retaliar contra as novas tarifas recíprocas norte-americanas se não for possível alcançar-se um acordo.

“Este é um grande ponto de viragem para os EUA. No entanto, estamos prontos para negociar com os EUA. De fato, oferecemos tarifas zero para os bens industriais, como fizemos com sucesso com muitos outros parceiros comerciais. Porque a Europa está sempre pronta para um bom acordo”, disse Ursula von de Leyen numa conferência de imprensa após um encontro com o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre.

Embora reitere que mantém a vontade de chegar a acordo em cima da mesa, a presidente da Comissão Europeia avisa que a instituição está preparada para responder com “contramedidas” e defender os seus “interesses”.

Oferecemos tarifas zero para os bens industriais, como fizemos com sucesso com muitos outros parceiros comerciais. A Europa está sempre pronta para um bom acordo.

Presidente da Comissão Europeia

Ursula von der Leyen adianta ainda que a Comissão irá criar uma “task-force de vigilância da importação” e garante que irá trabalhar com a indústria no desenho das medidas a aplicar. “Manteremos contacto próximo para trabalhar juntos e minimizar os efeitos um sobre os outros”, realçou.

A responsável do executivo comunitário reuniu-se esta manhã com representantes da indústria de aço e metais para discutir as implicações das tarifas dos EUA sobre aço, alumínio e produtos derivados relacionados. Segundo a Comissão, os representantes da indústria acolheram com satisfação o Plano de Ação para Aço e Metais da Comissão Europeia e o Acordo Industrial Limpo, e pediram sua rápida implementação.

No entanto, os participantes levantaram “fortes preocupações” sobre o impacto das tarifas dos EUA, como o risco de desvio de comércio, e apelaram à “urgente necessidade de a UE [União Europeia] propor novas medidas de defesa comercial para o aço — além das salvaguardas existentes, que devem expirar em junho de 2026″, incluindo que respondam ao potencial desvio de exportações de outros grandes países produtores de aço para o mercado europeu.

A Comissão Europeia, a quem cabe a competência da política comercial da União Europeia, procura uma resposta para o impacto das tarifas de Donald Trump, embora alguns países defendam uma resposta mais agressiva, enquanto outros uma mais moderada.

Há “grande coesão” para “não escalar mais” a guerra comercial, diz Portugal

Os responsáveis da UE com as pastas do Comércio reuniram-se no Luxemburgo com o tema na agenda. Em declarações aos jornalistas, o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, considerou que a reunião foi “muito produtiva”, tendo existido “grande coesão” e “união dos Estados-membros”.

“Houve um grande sentido de não escalar mais esta situação, que na verdade não foi criada pela UE e, portanto, temos de ter aqui uma paciência estratégica na negociação para não escalar mais o conflito”, disse. Para o governante, o foco europeu deve estar na redução de barreiras no mercado único da UE, para o tornar mais competitivo, e em “continuar a olhar para aquilo que são as suas parcerias comerciais” com outros blocos regionais, como o Mercosul e a Índia.

Houve um grande sentido de não escalar mais esta situação, que na verdade não foi criada pela UE e, portanto, temos de ter aqui uma paciência estratégica na negociação para não escalar mais o conflito.

João Rui Ferreira

Secretário de Estado da Economia

A Comissão Europeia irá votar na quarta-feira a lista, enviada esta quarta-feira aos Estados-Membros, de 27 produtos americanos aos quais prevê aplicar uma taxa adicional, como retaliação às tarifas de 25% dos EUA sobre o aço e o alumínio importados à UE, uma medida em vigor desde março.

No sábado, as taxas aduaneiras mínimas adicionais de 10% sobre todas as importações norte-americanas entraram em vigor, estando previsto que as sobretaxas para países que o presidente norte-americano considera particularmente hostis ao comércio, como por exemplo a União Europeia (20%) e a China (34%), se apliquem a partir de quarta-feira.

(Notícia atualizada às 14h54)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mercados “não alteram foco estratégico” da Fidelidade. Continua a preparar IPO

Fonte oficial diz ao ECO que seguradora continua o processo interno e que nunca viu um IPO em 2025. Evolução dos mercados não altera o foco estratégico, vinca.

A seguradora Fidelidade continua a preparar uma Oferta Inicial Pública (IPO na sigla em inglês), disse fonte oficial ao ECO, sublinhando que as recentes quedas nos mercados não alteram o foco da empresa.

“A Fidelidade prossegue o seu processo interno de preparação, iniciado há vários anos, com o objetivo de reforçar a eficiência operacional, a qualidade do serviço ao cliente e o alinhamento com as melhores práticas internacionais em termos de rácios de eficiência” referiu a fonte.

Nunca foi anunciada qualquer data para um eventual IPO, tendo sempre sido comunicado que tal não ocorreria em 2025“, explicou. “A evolução dos mercados não altera o foco estratégico da companhia, centrado no reforço sustentado da sua operação”.

O analista João Queiroz considera que, perante o atual contexto de instabilidade económica, a “retração no apetite pelo risco e deterioração da confiança” leva a “questionar se estas operações poderão ou deverão avançar como inicialmente planeado”. No entanto, os indicadores da Fidelidade “são indiscutivelmente sólidos.

“A seguradora apresenta uma posição de liderança destacada no mercado português, um portefólio diversificado, e uma ambição clara de crescimento internacional. A notação de risco de crédito atribuído pela Fitch (IFS A+, acima da notação da República Portuguesa) pode reforçar a sua credibilidade junto dos investidores”, assinala o head of Trading do Banco Carregosa, em declarações ao ECO.

Ainda assim, “a estrutura acionista dominada pelo grupo chinês Fosun e pelo Estado português, através da CGD, pode gerar reservas adicionais num ambiente global onde os alinhamentos geopolíticos pesam cada vez mais nas decisões de investimento”. “A par disso, o atual clima de aversão ao risco torna particularmente exigente a tarefa de alcançar uma valorização atrativa para os acionistas vendedores”, acrescenta João Queiroz.

O tema veio a público no início do ano passado, quando esta intenção começou a ser comunicada a a quadros da empresa após o grupo chinês alienar uma posição de 5,6% no BCP por 235,2 milhões de euros. O plano era que o IPO da seguradora ocorresse a seguir ao da Luz Saúde, embora estivesse(m) condicionado(s) às condições do mercado este ano.

Mais tarde, no relatório e contas de 2023, a Fidelidade confirmou que estava a preparar a dispersão do capital em bolsa em 2025, tendo já iniciado “os trabalhos necessários”. Fonte bancária, familiar ao negócio, apontou os três mil milhões de euros como o valor de referência a apresentar aos potenciais candidatos a investir, nomeadamente fundos de pensões e private equities.

Atualmente, o grupo Fosun detém 84,98% da Fidelidade, a Caixa Geral de Depósitos 15% e 0,02%, simbólicos, pertencem a atuais e antigos colaboradores.

Luz Saúde à ‘caça’ de investidores

Paralelamente, a Fidelidade encontra-se a preparar a entrada de novos investidores para a Luz Saúde, após a suspensão do IPO. O grupo liderado por Rogério Campos Henriques conta receber ofertas não vinculativas (non-binding offers) para vender uma participação minoritária na dona dos hospitais da Luz no final deste mês de abril, de acordo com a informação divulgada pela Mergermarket.

Os memorandos informativos – que nos processos de fusões e aquisições servem para dar aos potenciais compradores informações essenciais e elaboradas sobre a empresa à venda – foram enviados esta semana, avançaram fontes familiarizadas com o assunto à plataforma de M&A.

A Fidelidade — que não comenta estas informações — está disposta a vender uma participação de 40%, mas poderá ser superior em alguns pontos percentuais, procurando uma avaliação superior a mil milhões de euros para o grupo hospitalar.

A seguradora já tinha enviado cartas-convite a mais de uma dezena de potenciais investidores, entre os quais estão sociedades de private equity internacionais, como a KKR, a Macquarie Group ou a PureHealth Holding de Abu Dhabi. Os brasileiros da Rede D’Or São Luiz SA, os britânicos da Intermediate Capital Group (ICG) ou os franceses da Ardian também estarão a analisar este ativo, segundo a Bloomberg e a Mergermarket. O ECO sabe que a norte-americana Advent International também recebeu o memorando informativo.

A agência financeira Bloomberg noticiou em fevereiro que a Fidelidade contratou o banco de investimento Natixis para dar início a contactos com eventuais interessados em comprar uma posição minoritária no grupo Luz Saúde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Consumidores já reclamam tanto no online como em lojas físicas

  • + M
  • 7 Abril 2025

Esta realidade "reflete a consolidação das compras digitais no hábito de consumo dos portugueses, bem como alguma fragilidade em fazer valer os direitos dos consumidores nas compras à distância".

As reclamações relativas a compras em lojas online já são “tão predominantes” como as das compras em lojas físicas, indica a Direção-Geral do Consumidor (DGC), na análise que fez ao total de 7.040 pedidos de informação e reclamações que recebeu no ano passado.

Este dado “reflete a consolidação das compras digitais no hábito de consumo dos portugueses, bem como alguma fragilidade em fazer valer os direitos dos consumidores nas compras à distância“, aponta a DGC em comunicado.

Entre os setores com mais exposições encontram-se os serviços de comunicações eletrónicas, seguindo-se os aparelhos de uso doméstico e os serviços bancários e financeiros, embora todos tenham registado um decréscimo em comparação com 2023.

Por outro lado, a DGC registou um aumento significativo nas reclamações relativas à compra e venda de veículos automóveis. Em linha com anos anteriores, destacam-se também os setores do mobiliário e acessórios para casa e jardim, vestuário, calçado e produtos correlacionados, assim como os serviços de manutenção e melhoria da habitação em termos de reclamações.

Já nos setores da energia (eletricidade e gás) e dos transportes verificou-se uma redução das reclamações.

Entre os principais motivos das reclamações apontados pelos consumidores estão o fornecimento de bens ou a prestação dos serviços, a qualidade dos bens ou serviços, os contratos, a faturação e cobrança de dívidas, e as garantias legais e comerciais.

Em termos geográficos, a maioria dos consumidores que recorreram ao apoio da DGC reside na região de Lisboa e Vale do Tejo, com maior incidência nos concelhos de Lisboa, Sintra, Cascais, Oeiras, Loures e Amadora. No centro do país, destacam-se Coimbra, Leiria e Aveiro, enquanto no Norte, os concelhos com maior número de pedidos são Porto, Braga e Maia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ações americanas a uma queda de 3,1% de entrarem em “bear market”

O índice S&P 500 está a um passo de entrar no terreno dos "ursos", com quedas acumuladas acima de 20% desde o pico registado em fevereiro, por conta da política comercial agressiva de Trump.

Os mercados iniciaram a semana sob forte pressão, com os índices asiáticos a caírem a pique, com destaque para o mergulho de 13,2% do índice de Hong Kong, e os índices europeus a negociarem atualmente com perdas acima dos 4%. Os índices norte-americanos vão seguir o mesmo caminho, com os contratos de futuros sobre o S&P 500, Nasdaq e Dow a anteciparem para uma abertura em queda de mais de 2%, acerca de 30 minutos do arranque da sessão.

O dia poderá mesmo ser marcado pela entrada do índice S&P 500 em terreno de “bear market”, bastando para isso que registe uma desvalorização de 3,1% face à cotação de fecho de sexta-feira, contabilizando assim uma queda acumulada de 20% desde o seu pico mais recente, registado a 19 de fevereiro deste ano, nos 6.144,15 pontos.

Atualmente, os futuros do S&P 500 apontam para uma abertura em queda de 2,7%, com o índice a negociar já abaixo dos 5.000 pontos, algo que não acontece desde 19 de abril do ano passado. Os contratos de futuros do Dow estão a negociar com uma queda de 2,6% e os futuros do Nasdaq caem 3%.

Nos EUA, o tecnológico Nasdaq Composite já está em “bear market”, ao acumular na sexta-feira uma queda superior a 22% desde o seu recorde histórico. O S&P 500 segue próximo desse marco psicológico negativo e poderá confirmá-lo caso as quedas previstas para hoje se concretizem.

Entre as empresas em destaque esta segunda-feira em Wall Street está a Tesla, que negoceia com uma queda de 5,3% no pré-mercado após terem derrapado 10% na sexta-feira, e no seguimento de um corte de 43% do preço-alvo para as ações da empresa de Elon Musk por parte da Wedbush Securities, segundo uma nota de research enviada no domingo aos investidores.

Destaque ainda para a queda de quase 7% das ações da Stellantis na bolsa de Nova Iorque, após terem resvalado 4,8% na sessão de sexta-feira, e para o tombo de 7% dos American Depositary Receipt (ADR) da Alibaba, após as ações da empresa chinesa terem mergulhado quase 18% esta segunda-feira na bolsa de Hong Kong.

O cenário atual é marcado por uma elevada volatilidade e incerteza nos mercados de todo o mundo. Historicamente, períodos de “bear market” têm sido seguidos por recuperações no longo prazo, mas, no curto prazo, os investidores enfrentam desafios significativos devido às tensões comerciais e ao impacto económico das tarifas.

Esta segunda-feira, numa nota de research, os analistas do Goldman Sachs reviram em alta a probabilidade dos EUA entrarem em recessão nos próximos 12 meses. Citando a incerteza política, os boicotes de consumidores estrangeiros e condições financeiras mais apertadas, apontam agora para uma probabilidade entre 35% a 45% de a maioria economia do mundo ficar doente.

Também esta manhã, numa nota enviada aos seus clientes, os analistas do Bank of America (BofA) revelam que as tarifas impostas pelos EUA poderão reduzir os lucros deste ano das empresas do S&P 500 em até 10%. Este impacto reflete-se especialmente nas empresas com maior exposição ao comércio internacional ou dependência de cadeias de fornecimento globais. A falta de progresso nas negociações comerciais durante o fim de semana agravou os receios dos investidores.

E caso o S&P 500 confirme hoje a entrada em “bear market” com uma queda adicional superior a 3,1%, será um marco psicológico importante que poderá intensificar ainda mais a aversão ao risco por parte dos investidores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal quer duplicar ritmo de atração de investimento e das exportações para o Japão

Para aumentar esta notoriedade económica de Portugal no Japão, a exposição de Osaka conta com um programa económico. Turismo de Portugal vai alargar rede externa com escritórios em Seul e Austrália.

Portugal quer duplicar o ritmo de atração do investimento direto estrangeiro (IDE) nipónico e das exportações de bens. Este é um dos objetivos traçados pelo presidente da Aicep, alavancado na exposição de Osaka, que abre portas a 13 de abril.

“O objetivo é potenciar o crescimento do IDE, que na última década cresceu a um ritmo de 10% ao ano”, explicou Ricardo Arroja, num encontro com jornalistas para apresentar a Expo de Osaka que teve no domingo a sua pré-inauguração. “Em vez de estar em 20º lugar, esperamos que o Japão possa entrar no top 10, a médio prazo, dos maiores investidores estrangeiros em Portugal”, explicou o responsável.

“Também o comércio internacional de bens teve um crescimento de 10% ao ano, nos últimos dez anos”, acrescentou o presidente da Aicep, sublinhando que o Japão é o 32.º cliente de Portugal. “Se duplicássemos estes ritmos de crescimento seria extraordinário”, diz Ricardo Arroja.

O presidente da Aicep garante que no pipeline dos investimentos em negociação existem projetos nipónicos, mas não quis levantar a ponta do véu sobre os mesmos.

Usando mensagens como a “projeção de energia positiva” e “evidenciar as vantagens compradas da economia nacional”, a Aicep espera obter resultados na sua função dual: promover as exportações e atrair investimento. O objetivo é aproveitar o “posicionamento de Portugal como plataforma de comércio”.

Ricardo Arroja sublinha que “Portugal está no centro geográfico do mundo, com boas relações com vários países e infraestruturas que lhe dão condições ímpares para ser plataforma global e a partir de Portugal os agentes económicos poderem desenvolver a sua atividade”. O presidente da Aicep sublinha ainda que Portugal “tem uma qualidade enquanto povo que é a bonomia”, que ajuda a atrair investidores. “Somos um polo agregador”, afirma.

– Mil empresas exportam para o Japão
– Em 2024, o Japão foi o 31.º cliente de bens de Portugal e o 30.º fornecedor
– Balança comercial é deficitária para Portugal em 210 milhões de euros
– Trocas de bens assentam em mais de 97% em produtos industriais transformados. Destaque para automóveis e metais comuns
– A segunda maior exportação de Portugal para o Japão são tomates em conserva. Foram exportados 62,7 milhões.

Para aumentar esta notoriedade económica de Portugal no Japão, a exposição de Osaka conta com um programa económico no qual serão realizados quatro seminários: a 22 de maio dedicado à transição energética com foco na mobilidade; a 1 de julho dedicado às ciências da vida, um dos setores que tem registado níveis de crescimento significativos nos últimos anos, a 8 de agosto para apresentar as competências nacionais na área da Defesa, nomeadamente da aeronáutica e no espaço, e a 24 de setembro sobre a economia azul, destacando o facto de Portugal ter uma vasta zona económica exclusiva (ZEE), sendo pioneiro na proteção e exploração sustentável dos recursos marinhos.

Haverá ainda uma missão de startups e scaleups portuguesas para aproveitar a visibilidade e as oportunidades da Expo 2025 Osaka para expandir negócios para o mercado japonês e asiático. A missão passará por três cidades estratégicas: Tóquio (18 de junho), Nagoya (19 de junho) e Osaka (20 de junho), onde as startups terão a oportunidade de participar em eventos da Expo 2025 Osaka. As inscrições estão abertas até 13 de abril.

O turismo também quer aproveita a Expo de Osaka para vender o destino Portugal. Cientes que o Japão é o 17.º emissor de turistas para todo o mundo e tem com uma permanência média no estrangeiros de mais de 12 dias por viagem, o presidente do Turismo de Portugal reconhece que a “Expo Osaka é um oportunidade de reforçar a oferta turística e reforçar e fazer novas parcerias com o Japão”.

Carlos Abade revela que Tóquio e Osaka são o 34.º mercado emissor de turistas e que têm “vindo a crescer desde os tempo da Covid”. “Mas ainda estamos abaixo dos valores de 2019”, por isso, há potencial para recuperar.

O responsável avançou que o escritório de Tóquio, que presentemente trata o mercado nipónico e o mercado sul-coreano, vai ser ser dividido em dois, sendo criado um escritório autonomizado em cada mercado, até para aproveitar a linha aérea direta Lisboa-Seul.

Por outro lado, a rede externa será reforçada com um terceiro na Austrália, num esforço para apostar nos mercados asiáticos. E na segunda quinzena de setembro será feito um road-show de empresas e agências de promoção turística em Osaka e Seul para “reforçar a presença de Portugal nos dois países”.

E nada como ver e provar os produtos nacionais para promover um “turismo de autenticidade”. Na loja do pavilhão haverá 243 produtos nacionais de 25 empresas e um espaço de restauração dedicado à promoção da gastronomia nacional. Haverá um chefe português em permanência, mas depois serão convidados chefs portugueses para um programa partilhado com um chef japonês. O primeiro será com Diogo Rocha, o chef da Mesa de Lemos, em Viseu, e que conta com uma estrela Michelin.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresas podem simular apólices com novo comparador da Crédito y Caución

  • ECO Seguros
  • 7 Abril 2025

Após a recolha de dados sobre a empresa, a ferramenta apresenta apólices e serviços personalizados. O potencial cliente pode chegar a esperar “menos de um minuto” para ter as propostas disponíveis.

A seguradora Crédito y Caución anunciou em comunicado o lançamento de um comparador de seguros para fornecer às empresas coberturas que respondam às necessidades de proteção do negócio.

Enrique Díaz, diretor de Marketing e Comunicação da Crédito y Caución:“O nosso objetivo é simplificar o processo de escolha de seguros de crédito e caução para qualquer empresa, através de uma interface intuitiva e fácil de usar”.LinkedIn

Empresários que queiram conhecer a oferta da seguradora indicam o setor de atividade, volume de faturação, percentagem de exportações, atuação como fornecedor de organismos públicos e necessidades de financiamento de faturas.

Após a recolha dos dados, a ferramenta apresenta apólices e serviços personalizados a cada empresa. O potencial cliente pode chegar a esperar “menos de um minuto” para ter as propostas disponíveis.

“O nosso objetivo é simplificar o processo de escolha de seguros de crédito e caução para qualquer empresa, através de uma interface intuitiva e fácil de usar, proporcionando uma experiência otimizada ao utilizador”, afirma Enrique Díaz, diretor de Marketing e Comunicação da Crédito y Caución.

Apesar da contratação do seguro de crédito e ou caução não ser feita diretamente no comparador, a ferramenta permite acelerar o processo ao fornecer informação relevante para uma decisão informada. As empresas interessadas em avançar com o processo são contactadas por um agente da Crédito y Caución, garantindo um acompanhamento personalizado e ajustado às necessidades específicas de cada negócio.

Em causa estão os seguros de crédito e caução. Os primeiros garantem que o segurado é compensado nos termos acordados caso o devedor não cumpra com as suas obrigações financeiras, como proteger contra perdas decorrentes de insolvência ou atraso no pagamento por parte dos clientes.

Já o seguro de caução é uma garantia contratual que assegura o cumprimento das obrigações contratadas entre o seu cliente e terceiros. Ou seja, caso o tomador do seguro não cumpra com as suas obrigações financeiras, a seguradora indemniza os danos patrimoniais ao beneficiário até o limite do capital segurado.

Parte do GCO – Grupo Catalana Occidente – a seguradora Crédito y Caución faz seguro de crédito interno e de exportação em Portugal, detendo uma quota de mercado de 24%. A marca também está presente em Espanha e no Brasil. No resto do mundo opera como Atradius, estando presente em mais de 50 países.

Para consultar o comparador, aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Candidaturas à direção da APROSE terminam em 18 de abril

  • ECO Seguros
  • 7 Abril 2025

Sendo 18 de abril feriado de sexta-feira Santa, o dia 17 de abril será o mais adequado como limite para apresentação das listas candidatas a liderar associação dos mediadores de seguros.

Os corpos sociais da APROSE para o triénio 2025-2027 serão eleitos no próximo dia 8 de maio em assembleia geral ordinária a realizar na Figueira da Foz, confirmou a ECOseguros António Vasconcelos, atual presidente da Assembleia Geral da APROSE.

A apresentação das listas concorrentes para os diferentes cargos associativos deverá concretizada por um mínimo de vinte associados eleitores ou pela direção, e deverá ser entregue ou dirigida ao presidente da Mesa da Assembleia Geral até 18 de abril.

Qualquer apresentação de candidaturas às eleições gerais deverá ser feita por forma a cobrir completa e integralmente todos os cargos a preencher: Mesa da Assembleia Geral, Direção e Conselho Fiscal.

Sendo 18 de abril feriado de sexta-feira Santa, a receção das candidaturas deverá acontecer até ao dia imediatamente anterior, salvo indicação diferente dada pelo presidente da mesa da assembleia geral.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novobanco mantém plano de IPO. “Momento exato depende de condições de mercado”

Ao ECO, o banco liderado por Mark Bourke diz que está a "monitorizar de perto os desenvolvimentos do mercado para avaliar o momento mais apropriado".

O Novobanco mantém o plano de avançar com uma Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês), informou fonte oficial do banco ao ECO, sublinhando que a definição do exato momento continua “a depender das condições de mercado“.

“Independentemente disso, o nosso foco mantém-se em estar totalmente preparado e em cumprir o plano estratégico trimestre a trimestre”, afirmou o banco.

“Como sempre, estamos a monitorizar de perto os desenvolvimentos do mercado para avaliar o momento mais apropriado para qualquer opção estratégica”, adiantou ainda.

Numa mensagem enviada aos trabalhadores a 13 de fevereiro, Mark Bourke diz que a entrada em bolsa do Novobanco poderia ocorrer “no final do segundo trimestre ou no final do terceiro”.

Entretanto, a 21 de março, os acionistas do Novobanco aprovaram em Assembleia Geral a distribuição de 224,6 milhões de euros em dividendos relativos ao exercício de 2024, representando 60% do lucro líquido do segundo semestre do ano, um rácio que o banco pretende aplicar daqui para a frente em relação aos resultados anuais.

Este poderá ser mais um capítulo do processo de venda que poderá concretizar-se em maio através de uma operação em mercado, nomeadamente uma entrada em bolsa poderá avaliar o banco em até 6,2 mil milhões de euros, segundo a última análise da JB Capital.

Não está descartada, porém, a compra do banco por um rival nacional ou estrangeiro, tendo vários CEO do setor comentado a possibilidade durante a época de resultados.

(Notícia atualizada às 14h53)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Facebook e Instagram sem verificação de factos a partir desta segunda-feira nos EUA

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

O programa de verificação de factos da Meta encerra esta segunda. No novo modelo, os utilizadores são responsáveis por adicionar contexto informativo às publicações que consideram erradas ou falsas.

A Meta anunciou que a partir desta segunda-feira vai acabar com o programa de verificação de factos nas suas plataformas nos Estados Unidos, iniciando a integração gradual das notas da comunidade, enquanto nova opção de verificação de conteúdos.

A empresa dona de plataformas como o Facebook, Instagram e Threads, anunciou em janeiro que iria terminar com o seu programa de verificação de factos e passar a utilizar um sistema de notas comunitárias em todas as suas redes, modelo semelhante ao que é atualmente utilizado na rede social X.

Agora, a empresa anunciou que o programa deixará de estar disponível a partir desta segunda-feira nos Estados Unidos, com as redes sociais a começarem a implementar o ‘Community Notes’ como a sua nova opção de verificação de conteúdos.

O diretor de assuntos globais da empresa, Joel Kaplan, citado pela agência de notícias espanhola Europa Press, refere que depois de terminar oficialmente “não haverá novas verificações ou verificadores”, sendo que as sanções impostas pelo programa de verificação quando eram identificados conteúdos enganosos também serão eliminadas.

Lançado em 2016, este programa baseava-se na verificação por organizações especializadas independentes, que forneciam aos utilizadores mais informações sobre o que estavam a ver online, para que tivessem mais contexto e pudessem combater a desinformação nestas plataformas.

O novo modelo começou a ser testado em março e a partir desta segunda-feira começa a substituir gradualmente o programa anterior no Facebook, Instagram e Threads para os utilizadores dos EUA.

Neste novo modelo, os utilizadores são responsáveis por adicionar contexto informativo às publicações que consideram erradas ou falsas, incluindo informações gerais, conselhos ou “uma ideia que as pessoas possam achar útil”, mas para que um nota de torne visível precisa de “um número suficiente de colaboradores” para garantir a sua utilidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump responde aos mercados: “Petróleo, juros e preços dos alimentos estão a cair. Não há inflação”

Donald Trump também comentou a previsão de que a "lenta" Fed deverá cortar os juros. “Os EUA estão a trazer milhares de milhões de dólares por semana dos países abusadores", garante.

O presidente dos Estados Unidos decretou esta segunda-feira que a inflação terminou, argumentando que os preços do cabaz alimentar, as taxas de juros e as cotações do petróleo estão a descer devido ao impacto das taxas aduaneiras no comércio mundial.

“Os preços do petróleo estão em baixa, as taxas de juro estão em baixa (a lenta Fed deve cortar as taxas), os preços dos alimentos estão em baixa, não há inflação”, escreveu Donald Trump na rede social Truth Social, enquanto o mercado começa a antecipar novos cortes da taxa de juro diretora pela Reserva Federal. Os analistas preveem uma hipótese de 48% de uma descida de 25 pontos base na próxima reunião do comité de política monetária.

Apesar da retaliação da China, que atirou as bolsas mundiais para perdas históricas, o chefe de Estado norte-americano reiterou os argumentos para a aplicação de tarifas aos bens importados pelos Estados Unidos de que a maior economia do mundo tem sofrido “abusos” por parte de outras nações.

“Os Estados Unidos, há muito tempo abusados, estão a trazer milhares de milhões de dólares por semana dos países abusadores das tarifas que já estão em vigor”, escreveu Donald Trump na rede social por si criada para fazer frente ao antigo Twitter.

Para Donald Trump, Pequim é “o maior abusador de todos” e vive um “crash dos mercados” após ter aumentado para 34% as tarifas para os produtos norte-americanos. “Ridiculamente elevadas (mais), não reconhecendo o meu aviso para os países abusadores para não retaliarem”, assinalou, na mesma publicação online.

Bolsas em queda “não são do interesse” nem da UE nem dos EUA

Entretanto, a Comissão Europeia assinalou esta manhã não ser “do interesse da economia em geral” nem da União Europeia ver as bolsas de valores, nomeadamente comunitárias, com quedas superiores a 5%, em pânico pela aplicação de tarifas dos Estados Unidos.

“Penso que todos concordam que não queremos ver os mercados e as bolsas a afundarem-se. Não é do interesse da economia em geral, nem da economia europeia, e é tudo o que podemos dizer por agora”, reagiu a porta-voz principal do executivo comunitário, Paula Pinho, na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas, citada pela agência Lusa.

Questionada sobre a ambição europeia de tentar negociar com os Estados Unidos, Paula Pinho insistiu que esta “é a abordagem preferida da União Europeia [UE]”, apontando que, hoje, “as modalidades destas discussões estão a ser discutidas com precisão e debatidas em mais pormenor com todos os Estados-membros” no Conselho de Comércio, no Luxemburgo.

Os ministros do Comércio da UE debatem esta segunda-feira as atuais tensões comerciais, num dia em que as principais bolsas europeias abriram da mesma forma que encerraram na semana passada, com quedas acentuadas pelo receio das consequências da aplicação das tarifas impostas pelo presidente norte-americano.

O mercado continua a ser afetado pela entrada em vigor das tarifas impostas por Donald Trump aos parceiros comerciais dos Estados Unidos e pelas medidas de retaliação anunciadas pela China, que podem ser seguidas pelas de outras grandes economias, como a da UE.

À chegada ao encontro no Luxemburgo, o comissário europeu do Comércio, Maroš Šefčovič, criticou a “mudança de paradigma” no comércio mundial com a nova política dos Estados Unidos, marcada pela imposição de novas tarifas, defendendo preparação na UE para os próximos passos. Portugal está representado na reunião, no Luxemburgo, pelo secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.