Marcas que apostam em realidade virtual e aumentada vendem mais

  • Lusa
  • 6 Março 2025

Apesar de, a longo prazo, as empresas beneficiarem de "mais clientes satisfeitos, mais vendas e menos devoluções", são também apontados obstáculos à implementação destas tecnologias.

As marcas que apostam em tecnologias avançadas, como a realidade aumentada e a realidade virtual, têm mais sucesso nas vendas online, revela um estudo do Instituto Superior Miguel Torga (ISMT), de Coimbra.

Entre os principais resultados sentidos pelas marcas estão “o aumento das vendas online, a redução das devoluções e a maior satisfação e confiança“.

De acordo com o estudo “The Impact of Augmented and Virtual Reality on Consumer Engagement and Experience in E-Commerce”, a realidade aumentada (que permite adicionar elementos virtuais num ambiente real) proporciona aos clientes experiências interativas durante a compra.

“Podem ser provas online – as virtual try-ons – ou simulações espaciais: em ambos os casos, o cliente explora o produto intensamente e de maneira imersiva”, explicou a docente do ISMT Maria Nascimento Cunha.

A investigadora referiu que “a realidade aumentada torna possível aos consumidores testar produtos antes de os comprarem, podendo avaliar se estes têm as medidas certas para um determinado espaço de sua casa“. Ikea, Sephora e Ray-Ban são exemplos de marcas que já adotaram esta tecnologia.

Este estudo, que será oficialmente apresentado na sexta-feira e no sábado, no congresso “International Social, Political and Financial Research”, na Turquia, também aborda o impacto da realidade virtual (que permite criar um mundo virtual na sua totalidade, no retalho online).

Maria Nascimento Cunha disse que a realidade virtual “produz simulações imersivas que replicam as lojas físicas ou introduzem novos espaços virtuais”. “Esta inovação tecnológica simula a experiência de compra física, o que fortalece a ligação emocional entre o cliente e a marca”, acrescentou.

Ainda que haja benefícios a longo prazo para as empresas, como “mais clientes satisfeitos, mais vendas e menos devoluções”, são também apontados os obstáculos colocados pela implementação destas duas tecnologias.

Segundo o ISMT, “custos elevados, barreiras de acessibilidade e limitações técnicas” são exemplos desses obstáculos, principalmente na realidade virtual, o que “dificulta seriamente a adaptação aos diferentes públicos-alvo”.

“O e-commerce emergiu como uma força dominante nos últimos anos, alterando os hábitos de compra de consumidores que passaram das lojas físicas para as plataformas online”, lembrou. Neste âmbito, “a realidade aumentada e a realidade virtual surgem, assim, como as soluções mais viáveis para criar experiências de compra mais ricas e interativas no online“.

Para Maria Nascimento Cunha, “estas tecnologias aumentam a conexão emocional dos clientes e resolvem questões cruciais, como a dos limites na visualização de produtos e a falta de envolvimento sensorial, proporcionando experiências imersivas e interativas“.

“A realidade aumentada e a realidade virtual não são tendências passageiras”, mas sim “ferramentas essenciais para impulsionar a inovação e o crescimento no mercado digital”, defendeu a docente.

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Euronext abre ainda mais as portas aos criptoativos

A Euronext anunciou a expansão dos seus serviços de clearing para produtos negociados em bolsa (ETP) baseados em criptoativos, reforçando com isso a sua liderança no mercado europeu.

Num movimento significativo no mercado financeiro europeu, a Euronext, líder em infraestruturas de mercado de capitais na Europa, anunciou esta quinta-feira uma expansão dos seus serviços de clearing (também conhecido como câmara de compensação) para o universo dos criptoativos.

A partir de agora, a Euronext Clearing irá abranger produtos negociados em bolsa (ETP) baseados em criptoativos, marcando um passo decisivo na integração destes ativos digitais no ecossistema financeiro regulado.

Esta novidade, que entrou em vigor a 3 de março de 2025, representa um avanço crucial para a adoção mais ampla de ETP de criptoativos dentro do sistema financeiro regulamentado porque, a partir de agora, a Euronext passará a atuar como intermediário entre compradores e vendedores na negociação destes produtos nas suas bolsas por via de um processo de compensação e liquidação de transações financeiras, garantindo assim a segurança e a eficiência das negociações.

Com este passo, a Euronext garante que os investidores terão acesso a uma seleção mais vasta de produtos negociados em bolsa tendo por base subjacentes a criptoativos, beneficiando simultaneamente da segurança, eficiência e transparência de um mercado regulamentado.

Esta expansão estratégica reforça também a posição da Euronext Clearing como uma contraparte central (CCP) líder multiativos no continente europeu. É importante notar que, no final de fevereiro de 2025, já existiam 156 ETP de criptoativos de vários emissores listados e negociados nos mercados da Euronext.

Esta nova oferta permitirá que “emissores e investidores aproveitem o dinâmico mercado europeu de ETP da Euronext, beneficiando de uma liquidez profunda e amplo acesso a investidores”, destaca a empresa em comunicado.

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Governo de Milei admite botão silenciador de jornalistas em conferências de imprensa

  • Lusa
  • 6 Março 2025

Um porta-voz do Governo argentino revelou que está em estudo a implementação de um botão silenciador de jornalistas. Youtubers poderão vir a ter acesso às conferências de imprensa.

O porta-voz do presidente argentino Javier Milei, Manuel Adorni, disse na quarta-feira que o Governo está a analisar a instalação um botão silenciador dos jornalistas que participem nas conferências de imprensa na sede do Executivo.

Avançou ainda que os jornalistas presentes nestas conferências de imprensa poderiam ser escolhidos por voto popular.

“O botão silenciador, em caso de vir a ser instalado, seria para quando se tira o microfone da mão de quem trabalha na Casa Rosada (a sede do Governo)”, disse Adorni, durante uma conferência de imprensa, adiantando que a intenção seria a de impedir que os jornalistas continuem a fazer perguntas quando já se cedeu a palavra a outro.

“Tantas perguntas fazem com que os próprios companheiros sintam que se lhes está a retirar espaço, lugar, pelo que me parece um recurso interessante”, disse.

Considerou também que “o importante é a informação, não o diálogo com os jornalistas”.

Por outro lado, adiantou que o Governo vai publicar uma resolução com mudanças na sala de imprensa da sua sede.

“Estamos a pensar em uma forma de permitir às pessoas escolherem os que devem estar e os que não devem estar; estamos a analisar e a pensar uma maneira em que as pessoas se sintam representadas, se sintam informadas e que voes possam sentir também que podem fazer um trabalho melhor para os vossos meios e para as pessoas, porque não estão aqui por outra razão que não seja a que do outro lado há alguém que vos lê ou escuta”, disse.

O diário La Nación adiantou recentemente que a resolução em causa considera a abertura das conferências de imprensa a pessoas das redes sociais, como youtubers e os designados influencers.

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Google começa a testar chatbot de IA integrado no motor de busca

  • Lusa
  • 6 Março 2025

Chatbot surge num separador, como o das imagens e das notícias, mas ainda só está disponível para os subscritores do Google One AI Premium.

A Google anunciou na quarta-feira o lançamento de um “modo de inteligência artificial” no seu motor de busca, um separador, como o das imagens ou das notícias, que é um chatbot.

Esta opção, que é atualmente apenas “uma experiência preliminar” para os subscritores do Google One AI Premium, pode responder a questões mais complexas, de acordo com a empresa.

“Pode perguntar qualquer coisa que tenha em mente e obter uma resposta útil com tecnologia de IA, além da possibilidade de ir mais longe com perguntas complementares e links úteis da web“, explicou a gigante tecnológica, em comunicado citado pela agência Efe.

Com esta ferramenta, a Google procura competir com o Perplexity ou o ChatGPT Search, que oferecem sistemas de pesquisa semelhantes com IA.

“Como acontece com qualquer produto de IA em fase inicial, nem sempre acertamos. Por exemplo, embora o nosso objetivo seja que as respostas de IA no Inquérito apresentem informação com base no que está disponível na web, é possível que algumas respostas possam, involuntariamente, assumir uma personalidade ou refletir uma opinião específica”, alertou a empresa, na sua nota. O maior problema da IA generativa é quando dá uma resposta bem estruturada, mas falsa.

Outra ferramenta de IA que a Google oferece no seu motor de busca é o Overviews, uma funcionalidade que oferece um resumo gerado por IA. A empresa anunciou que a AI Overviews vai começar a utilizar o Gemini 2.0, a sua IA mais poderosa, nos Estados Unidos.

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Emídio Sousa: “Atalhamos caminho, ou os nossos recursos esgotam”

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  • 6 Março 2025

O Secretário de Estado do Ambiente deixou o alerta aos empresários na conferência “Going Sustainable: Oportunidades para Empresas Portuguesas nos EUA e na Europa”, promovida pela AmCham Portugal.

“A sustentabilidade é, e continuará a ser, um fator de competitividade para as empresas”. A frase, de António Martins da Costa, é suportada por dados recentes do World Economic Forum (WEF) que apontam para a importância crescente que os gestores (47% dos inquiridos pela organização) atribuem à identificação e mitigação das mudanças climáticas, que encaram cada vez mais como um fator transformador para os seus negócios.

António Martins da Costa, Presidente da AmCham Portugal

Mas, o presidente da AmCham Portugal revelou ainda, durante a sessão de abertura da conferência “Going Sustainable: Oportunidades para Empresas Portuguesas nos EUA e na Europa”, que os temas ambientais e os riscos climáticos são atualmente referidos como o segundo maior risco global para as empresas, também de acordo com o WEF.

Adicionalmente, salienta o responsável, na perspetiva dos 162 investidores inquiridos por um estudo da Universidade de Yale, e que representam um conjunto de ativos superior a seis mil milhões de euros, “sem informação atempada não será possível atingir as metas da sustentabilidade”. Neste contexto, António Martins da Costa, defende que “Portugal tem capacidade e potencial para ser um pilar da transformação, e transformar este potencial em realidade será um fator crítico de sucesso para o país”.

Uma perspetiva partilhada por Emídio Sousa que acredita que Portugal conta, em matéria de sustentabilidade, com diversas vantagens competitivas face aos seus congéneres europeus. O Secretário de Estado do Ambiente, que participou na sessão de abertura deste encontro, destacou, por exemplo, a capacidade nacional na produção de energia a partir de fontes renováveis, bem como uma “maior sensibilidade dos mercados e das pessoas para as questões da sustentabilidade” como fatores diferenciadores que podem trazer vantagens ao país.

Emídio Sousa, Secretário de Estado do Ambiente

O governante recorda que a Europa enfrenta desafios “muito significativos” e metas ambiciosas face a outros blocos económicos com menor regulação no tema da sustentabilidade. Por isso, alerta, “ou atalhamos caminho, ou os nossos recursos esgotam”.

Transição deve envolver cadeia de valor

Entre os objetivos desta conferência, anunciou ainda António Martins da Costa, está a criação de uma plataforma de diálogo sobre o papel da sustentabilidade nas empresas, e destas no processo de transformação em curso. A partilha de problemas, mas também de experiências bem-sucedidas é, na opinião do presidente da AmCham, fundamental para uma transformação mais eficaz.

A preparação das empresas para o futuro foi precisamente o mote para o primeiro painel de debate que juntou representantes de três organizações de setores e dimensões distintos. Moderado por Carlos Elavai, Managing Director e Partner na Boston Consulting Group, a conversa contou com a participação de Nuno Vieira, Head of Sustainability na BA Glass; Cristina Melo Antunes, responsável de sustentabilidade do Santander; e Ricardo Morgado, cofundador e CSO da The Loop Co.

Começar a medir é, na opinião dos oradores, o primeiro passo para uma estratégia de sustentabilidade nas organizações. “Medir, medir bem, e medir toda a cadeia de valor”, reforça Nuno Vieira. Na BA Glass, exemplifica, “começámos a medir as emissões de CO2 internamente, e depois em toda a cadeia de valor do vidro”. Aliás, a empresa lançou uma plataforma, que inclui organizações que fazem parte desta cadeia de valor, e que promove a circularidade do vidro, cujas metas passam por evitar o recurso à natureza para obter matéria-prima e tentar contribuir para elevar a taxa de reciclagem que, afirma, “está estagnada”. Em 2025 espera-se que esta taxa chegue aos 56% quando o objetivo inicial era de 70% para a mesma data. “Há ventos de mudança, mas desafios contínuos”, reforça.

Da esquerda para a direita: Carlos Elavai, Managing Director e Partner na Boston Consulting Group, Nuno Vieira, Head of Sustainability na BA Glass, Cristina Melo Antunes, Responsável de Sustentabilidade do Santander, e Ricardo Morgado, Cofundador e CSO da The Loop Co.

Do lado da banca que, nas palavras de Cristina Melo Antunes, “tem responsabilidades no financiamento da transição energética”, a inclusão dos riscos climáticos e de outros critérios ESG (sigla em inglês para Ambiente, Social e Governação) nas análises de risco de financiamento e crédito “deverá ser obrigatória”. No entanto, assume, “é também um grande desafio para as instituições financeiras”.

Já Ricardo Morgado, na The Loop Co., cujo modelo de negócio assenta na circularidade – primeiro na venda de livros usados, depois de materiais usados para bebés e, mais recentemente, no segmento B2B no apoio a empresas que pretendam instalar modelos de economia circular internamente -, acredita que há vontade nas empresas para fazer crescer estes modelos de negócio. “Os consumidores estão disponíveis para modelos circulares, painéis solares, e em saber como os produtos são feitos, e não podem ser esquecidos porque são a principal força política nesta matéria”, alerta. Opinião partilhada por Cristina Melo Antunes que acrescenta ainda que “do lado das empresas, saber cooperar é muito importante para garantir uma maior transferência de conhecimento”.

Um desafio de responsabilidade

Garantir que a sustentabilidade possa ser um motor para o crescimento económico é um desafio, mas também uma responsabilidade para as empresas. E, para que esta meta seja uma realidade, o primeiro desafio passa por “ter toda a cadeia de valor alinhada”, como defende Cristina Mira Godinho, diretora de qualidade e de sustentabilidade da EFACEC, que participou no segundo debate do dia. Mas, acrescenta Franco Caruso, “a maturidade do ecossistema empresarial ainda é uma barreira”. O diretor de sustentabilidade e comunicação do Grupo Brisa defende que “a palavra-chave é maturidade nos vários níveis e áreas das empresas”, o que ainda não existe em todas as organizações, nem tão pouco nos países da Europa que se movimentam a diferentes velocidades.

Da esquerda para a direita: Inês dos Santos Costa, Partner da Deloitte, Cristina Mira Godinho, Diretora de Qualidade e de Sustentabilidade da EFACEC, Franco Caruso, Diretor de Sustentabilidade e Comunicação do Grupo Brisa, Inês Mota, Diretora de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Grupo Mota-Engil, e Sofia Lufinha, Administradora da TAP

Deste processo de transformação, acredita, sairão empresas mais eficientes e competitivas e, por isso, mais capazes de contribuir para o crescimento da economia. “Estamos todos no mesmo barco, e não vamos sozinhos”, reforçou Inês Mota. A diretora de sustentabilidade e responsabilidade social do Grupo Mota-Engil assegura que o Green Deal, por exemplo, é positivo para uma homogeneização das empresas, “mas peca porque não vai resolver todos os problemas do mundo”.

Moderada por Inês dos Santos Costa, partner da Deloitte, a conversa contou ainda com a presença de Sofia Lufinha, administradora da TAP, que alertou para a importância de investir na transição, mas com a segurança de que esta aposta terá retorno. “Não pode ser só a Europa a mudar”, afirma.

Já em jeito de recomendação, Cristina Mira Godinho não esquece a importância de não deixar as PME para trás neste processo. “Muitas destas empresas têm dificuldade em perceber se as suas ideias estão de acordo com a regulamentação e, por isso, é fundamental desenvolver plataformas de apoio gratuitas que possam ajudar a ultrapassar estas barreiras”.

Aposta na inovação é essencial para internacionalizar

A fechar o encontro de empresários, Jon Peers, Global Director of Sustainability da Hovione, e Paula Guimarães, diretora de sustentabilidade da The Navigator Company, partilharam a sua experiência de internacionalização no mercado norte-americano, numa conversa moderada por Luís Amado, da Capgemini.

Inovação e certificação são, na opinião dos dois oradores, fatores diferenciadores e de peso para entrar neste mercado. Ambas as organizações contam com grandes departamentos de investigação e desenvolvimento (I&D) que apoiam a inovação e que garantem o registo de patentes, muito valorizadas do outro lado do Atlântico. Aliás, Paula Guimarães revela que o centro de I&D para consultoria florestal da The Navigator Company faz parte do Top 10 das organizações nacionais com maior número de patentes internacionais. “Temos 95 investigadores e 45 patentes registadas”, salienta.

Luís Amado, da Capgemini, Paula Guimarães, Diretora de Sustentabilidade da The Navigator Company, e Jon Peers, Global Director of Sustainability da Hovione

Do lado da Hovione, que abriu a primeira fábrica em território norte-americano em 2002 e que, com esta aposta, viu o seu crescimento triplicar desde 2016, são 240 os cientistas que trabalham em Portugal, “com um grande historial de patentes e de parcerias com empresas tecnológicas”. O objetivo, diz Jon Peers, “é manter elevados níveis de inovação e estar à frente da concorrência”.

Por outro lado, a certificação, apesar de ser um processo muito orientado para o mercado, “ajuda a ir mais longe, a preparar o negócio para ser mais eficiente e resiliente, e é atrativo para atrair as gerações mais jovens”, afirma a responsável da Navigator, que tem presença nos Estados Unidos há mais de duas décadas. “A certificação dá credibilidade e valor ao negócio, e evita ações de green washing”, reforça Jon Peers.

Leslie Rubio, Presidente da Comissão de Sustentabilidade da AmCham

Já em jeito de conclusão, Leslie Rubio, presidente da comissão de sustentabilidade da AmCham, destacou a sustentabilidade como “uma prioridade e uma obrigação”, e como ferramenta de resiliência para empresas e sociedade. O desafio, por agora, será gerir a complexa regulação ao mesmo tempo que se processa a transição e se cumprem as metas do Green Deal. “Portugal tem liderado na inovação sustentável, e as empresas portuguesas podem encabeçar esta transformação”, conclui.

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Ações da Air France-KLM voam 15% com lucro operacional a superar expectativas

A pretendente da TAP superou as expetativas dos analistas com um final de ano forte. CEO salientou que compra minoritária da SAS já rendeu resultados.

As ações da Air France-KLM disparam 15% esta quinta-feira, após o grupo de aviação ter anunciado resultados anuais que superaram as expectativas dos analistas, beneficiando de descidas nos custos reduzidos e um último trimestre forte.

A Air France-KLM está na corrida pela privatização da TAP, a par da alemã Lufthansa e o grupo IAG, composto pela Iberia e a British Airways.

Na semana passada, Ben Smith, CEO do grupo franco-neerlandês afirmou que a Air France-KLM “está pronta para apresentar o seu projeto no âmbito do processo de privatização da TAP, que estamos a acompanhar há bastante tempo”. As declarações foram proferidas durante a vista de estado a Portugal de Emmanuel Macron. O Presidente francês sublinhou desejar “que a Air France e a TAP encontrem uma forma inovadora de casamento”.

Em comunicado, a empresa revelou que no quarto trimestre um lucro operacional foi de 396 milhões de euros, quase o dobro dos 205 milhões de euros esperados pelos analistas sondados pela LSEG, impulsionado pelo aumento do número de passageiros e pelos esforços de contenção de custos.

Para o conjunto dos 12 meses de 2024, a Air France-KLM registou uma queda de 6,4% no lucro operacional, para 1,6 mil milhões de euros, ainda assim acima dos 1,35 mil milhões de euros esperados pelos analistas.

As receitas do grupo atingiram 31,5 mil milhões de euros, um aumento de 4,8% em relação ao ano passado, devido a um aumento da capacidade de 3,6%, uma receita unitária estável e um aumento das receitas de manutenção de terceiros, adiantou.

“No quarto trimestre de 2024, a AirFrance-KLM teve um final de ano particularmente forte, concluindo um ano marcado por desafios operacionais e externos”, afirmou Ben Smith, no comunicado. “Também alargámos o nosso alcance global através da introdução de novas rotas e do reforço de parcerias estratégicas, incluindo a nossa recente aquisição de uma participação minoritária na SAS, que já apresenta resultados prometedores“.

O grupo reafirmou o outlook para 2025, incluindo um aumento da capacidade de 4-5% em relação a 2024, uma subida custo unitário de um dígito baixo em relação a 2024, despesas líquidas de capital entre 3,2 mil milhões de euros e 3,4 mil milhões de euros e alavancagem financeira de entre 1,5 vezes e 2,0 vezes, em linha com o intervalo de objectivos a médio prazo.

KLM admite ano “decepcionante”

No entanto, a unidade holandesa KLM considerou na quinta-feira o seu desempenho anual “dececionante” e avisou que as pressões sobre os custos continuavam.

Os resultados operacionais da KLM diminuíram 234 milhões de euros para 416 milhões de euros em 2024, com uma margem operacional de 3,3%.

“Ainda não estamos a operar a 100% da nossa capacidade de voo e os custos continuam a aumentar acentuadamente. Como resultado, corremos o risco de não ganhar o suficiente para continuar a investir no nosso futuro”, disse o CEO da KLM, Marjan Rintel.

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Correios alemães planeiam eliminar 8.000 empregos na Alemanha

  • Lusa
  • 6 Março 2025

Plano de redução de postos de trabalho deverá ser executado sem despedimentos forçados. A DHL declarou que pretende poupar mil milhões de euros nos custos estruturais.

A Deutsche Post (correios alemães) anunciou esta quinta-feira a intenção de suprimir 8.000 postos de trabalho na Alemanha, a fim de reduzir custos, após uma queda, em 2024, dos resultados líquidos do grupo DHL, de que faz parte.

O plano de redução de postos de trabalho deverá ser executado sem despedimentos forçados, informou o grupo logístico DHL, do qual a Deutsche Post é o nome no mercado alemão, num comunicado de imprensa.

A Deutsche Post emprega 187.000 pessoas na Alemanha, num total de 500.000 trabalhadores da DHL a nível mundial.

A DHL declarou que pretende poupar mil milhões de euros nos custos estruturais.

No ano passado, o lucro líquido da DHL caiu 9,3% para 3,33 mil milhões de euros, apesar de um aumento de 3% nas vendas para 84,2 mil milhões de euros.

A administração e o conselho fiscal vão propor um dividendo de 1,85 euros por ação para o exercício de 2024 na próxima assembleia geral de acionistas e aumentar a recompra de ações até 2026, para 6 mil milhões de euros, 2 mil milhões de euros a mais do que o anunciado anteriormente.

O CEO do grupo DHL, Tobias Meyer, previu “uma situação política e económica mundial volátil” para 2025.

A DHL espera um lucro operacional de, pelo menos, 6 mil milhões de euros em 2025.

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Hoje nas notícias: Habitação, estrangeiros e água

  • ECO
  • 6 Março 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Mais de 70% dos inquilinos que vivem na Área Metropolitana de Lisboa (AML) estarão a gastar mais de 35% do seu rendimento para pagar as despesas com a habitação, segundo um estudo do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. O número de contratos de trabalho com cidadãos estrangeiros em Portugal no ano passado ultrapassou novamente o meio milhão, registando um aumento de 1,1% em relação a 2023. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Maioria dos inquilinos de Lisboa em sobrecarga financeira com custo da casa

74% dos inquilinos que vivem na Área Metropolitana de Lisboa (AML) estão em situação de sobrecarga financeira, visto estarem a gastar mais de 35% do seu rendimento para pagar as despesas com a habitação. Para a maioria (45%), a situação de sobrecarga é considerada “elevada” — isto é, os custos com habitação representavam mais de metade dos seus rendimentos disponíveis –, enquanto os outros 29% se encontram em “situação de sobrecarga moderada”, com as despesas a representarem entre 35% e 50% do rendimento disponível. A conclusão consta de um estudo realizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, em parceria com a associação Habita, que partiu de um inquérito a 959 pessoas, questionadas entre fevereiro e abril de 2023.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Falta de mão-de-obra está a “atrasar economia”. Contratos com estrangeiros aumentaram 1% em Portugal

O número de contratos de trabalho com cidadãos estrangeiros em Portugal aumentou 1,1% em 2024 face ao ano anterior, para um total de 525.844, segundo dados da Segurança Social. Estes números refletem um forte abrandamento do ritmo de contratos com estrangeiros, depois do aumento de 23,7% registado em 2023 em relação a 2022. No entender do presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Armindo Monteiro, embora os dados não reflitam a realidade a cada momento, não deixa de avisar que a falta de mão-de-obra “está a atrasar a economia” como um todo e não apenas a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), cujas metas se aproximam do fim.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Peso das taxas agrava aumento da fatura da água

A generalidade dos concelhos da Área Metropolitana do Porto aumentou o preço da água, mas são as taxas que continuam a fazer escalar os preços cobrados aos consumidores. Gaia, por exemplo, que é o município mais populoso da região, viu as taxas triplicarem o preço da água, enquanto Valongo, Paredes e São João da Madeira também têm uma fatura elevada. No Porto, apesar de o valor da tarifa da água ter baixado ligeiramente, as taxas não deixam que essa descida seja sentida pelos consumidores.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Importação de carros em Portugal quase duplicou em quatro anos

A importação de carros praticamente duplicou em quatro anos, passando de 60 mil para as 106 mil unidades em 2024, depois de a pandemia ter ditado uma escassez de veículos novos no mercado que obrigou, por sua vez, à procura de alternativas. A tendência, segundo o diretor-geral do Standvirtual, veio para ficar. “Os consumidores perderam os medos, estão mais informados e começaram a aderir; ao mesmo tempo, a ‘imagem’ dos carros importados melhorou. Nesse sentido, é de considerar que o mercado português vai ficar muito mais aberto à importação do que estava no passado”, diz Nuno Castel-Branco.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Ministro da Economia convicto de que eleições podem dar “reforço” da maioria ao PSD

O ministro da Economia, Pedro Reis, considera que a Aliança Democrática pode sair das prováveis novas eleições legislativas antecipadas, que deverão ser marcadas para maio, com uma maioria “reforçada”. Em entrevista ao programa Hora da Verdade, Pedro Reis considera que o primeiro-ministro deu todas as explicações necessárias sobre a empresa Spinumviva e não vê qualquer problema de legalidade, tratando-se apenas de um caso político. Quanto a Luís Montenegro, o governante diz que tem a seu favor “a força da perceção das pessoas de que isto era desnecessário”, apontando que cabe agora ao PS e ao Chega explicarem “porque é que precipitaram o país numa crise política”.

Leia a entrevista completa na Renascença (acesso livre).

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O dia em direto nos mercados e na economia – 6 de março

  • ECO
  • 6 Março 2025

Ao longo desta quinta-feira, 6 de março, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Analistas veem um potencial de 15% na Fluidra após a publicação dos seus resultados

  • Servimedia
  • 6 Março 2025

Os analistas destacam a solidez dos resultados do quarto trimestre, a melhoria sequencial das vendas orgânicas e a expansão das margens.

Após a apresentação dos resultados da Fluidra, a 27 de fevereiro, vários analistas continuam a apoiar a empresa, atribuindo-lhe uma revalorização potencial de 15% em relação aos níveis atuais, para 25,7 euros por ação.

Quatro em cada cinco analistas que seguem a empresa recomendam a compra ou a manutenção das suas ações e várias casas emitiram relatórios positivos que refletem a sua confiança no desempenho da empresa e nas suas perspetivas futuras. A entidade mais positiva é a Alantra, que fixou o seu preço-alvo em 31 euros por ação e outras empresas como a Berenberg, Barclays, UBS, Jefferies, Santander, Caixabank e JP Morgan veem as suas ações acima dos 28 euros.

O Barclays considera que as principais incertezas que pesam sobre a empresa “já devem estar refletidas na avaliação”. O Santander considera que “a dinâmica dos ganhos continua forte e aproveitaríamos qualquer potencial volatilidade nos próximos dias para encontrar níveis de entrada atrativos, uma vez que os fundamentos são fortes, a avaliação é favorável e o setor está a entrar num ‘estado de espírito acelerado’ após vários anos de declínio na construção nova”.

Neste contexto, o Barclays confirma a sua recomendação de compra e refere no seu relatório que “a Fluidra termina 2024 com fortes resultados do quarto trimestre, mostrando uma melhoria sequencial contínua nas vendas orgânicas e na expansão da margem. Acreditamos que estas tendências continuarão em 2025, apoiadas por uma procura resiliente no mercado de pós-venda e por uma carga reduzida de novas construções e remodelações, ganhos de quota de mercado, oportunidades de pool comercial e poupanças de custos do Programa de Simplificação.

A UBS destaca “os ganhos contínuos de quota de mercado como um dos principais motores de crescimento. Com uma execução sólida e previsões para 2025 que apoiam o atual consenso, acreditamos que a Fluidra continuará na trajetória de aceleração do crescimento e de melhoria das margens.

A Fluidra está confiante nos seus planos de mitigação para compensar o impacto das tarifas, caso estas sejam aplicadas conforme anunciado (impacto bruto estimado de 50 milhões de euros). Estes planos incluem a diversificação da base de fornecimento, iniciativas de eficiência e ajustamentos de preços”.

A Fluidra atingiu vendas de 2.102 milhões de euros e um resultado líquido de 477 milhões de euros, um aumento de 7%. A empresa anunciou também as suas previsões para o ano e espera vendas entre 2,14 e 2,25 mil milhões de euros, um EBITDA ajustado entre 500 e 540 milhões de euros e um resultado líquido ajustado por ação entre 1,33 e 1,48 euros.

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A Vestige Collection alargará a sua oferta com a abertura de quatro novas propriedades “exclusivas” em 2025 nas Baleares

  • Servimedia
  • 6 Março 2025

A coleção de hotéis e propriedades privadas apresentou os seus novos empreendimentos para este ano, que incluem dois hotéis em Menorca e duas propriedades privadas em Maiorca.

A Vestige Collection, empresa hoteleira e imobiliária de luxo, anunciou a abertura de quatro novas propriedades até 2025: Son Ermità & Binidufà, em Menorca; e Miramar e Son Verí, em Maiorca.

Estas novas adições, afirmou, “reforçam o compromisso da marca com a conservação do património, a excelência do design e um conceito de luxo discreto e tranquilo. Cada uma destas propriedades representa a essência da Coleção Vestige: lugares com alma, reabilitados com um profundo respeito pelo seu património e convertidos em destinos exclusivos para quem procura privacidade, beleza e sofisticação”.

Son Ermità & Binidufà é um conjunto de dois hotéis boutique no coração de Menorca. Situados na parte norte de Menorca, Son Ermità & Binidufà são “dois hotéis irmãos, cada um com o seu estilo e encanto particulares”, partilhando uma propriedade rural de 800 hectares de vegetação e privacidade, “e separados um do outro por um antigo bosque ‘encantado’ que abriga a vida selvagem”.

As duas propriedades, situadas na mesma propriedade de 800 hectares a uma curta distância a pé da praia, datam ambas do século XVIII e foram cuidadosamente restauradas e convertidas em dois hotéis com 11 quartos. “Son Ermità, um refúgio intemporal de tons dourados rodeado de palmeiras, oferece belas vistas panorâmicas sobre as montanhas e a costa mediterrânica; e Binidufà, uma emblemática finca de tons avermelhados no vale, mantém a sua essência tradicional com uma abordagem contemporânea, onde os antigos estábulos foram transformados em quartos luxuosos”, diz a empresa.

Ambas as propriedades têm um restaurante sazonal e o seu próprio bar. Brisa, em Son Ermità, oferece cozinha de marisco com um toque francês para um menu diurno de arroz especial e pratos sazonais, ou jantar à noite. O Mesura, por sua vez, é a oferta gastronómica do Binidufà, que apresenta um menu totalmente vegetariano, com pratos opcionais não vegetarianos, inspirado nos sabores da cozinha do Médio Oriente.

As instalações dos dois hotéis, que incluem uma sala de tratamentos, três piscinas, instalações desportivas, bem como os restaurantes, estão à disposição dos hóspedes de ambas as propriedades, que podem ser transferidos de buggy entre as duas propriedades pelo pessoal do hotel.

MIRAMAR

Situada no coração da capital maiorquina, esta casa do século XVIII foi renovada para albergar oito quartos em suite e pode acolher até 18 pessoas. Situada junto à Catedral de Palma e ao lado do Arcebispado, esta propriedade, que é alugada como uma propriedade privada, goza de vistas panorâmicas sobre a marina e a baía.

Quatro dos quartos têm banheiras independentes, e a suite principal é um espaço de 48 m2 com vista para o mar, sala de estar separada, casa de banho privativa e casa de banho. Além disso, existe um nono quarto com casa de banho privativa e uma casa de banho adicional que pode ser utilizada para o pessoal.

Concebida para reuniões especiais de famílias numerosas e grupos, dispõe de espaços distribuídos por dois pisos: sala de cinema, biblioteca, escritório, terraço-solário, piscina coberta e aquecida de 31 m2 e ginásio interior com equipamento de última geração. Além disso, Miramar dispõe de uma cozinha de estilo profissional que pode ser utilizada de forma autónoma, ou pode ser contratado um chef privado para preparar pratos para um evento especial ou para toda a estadia na propriedade.

SON VERI

Situada no coração da serra de Tramontana, declarada Património Mundial na categoria de Paisagem Cultural pela UNESCO, esta propriedade oferece vistas para a baía de Palma e para a Cartuxa de Valldemossa.

Esta é uma moradia de arquitetura tradicional maiorquina que remonta ao século XIX, localizada muito perto de Valldemossa e apenas a 20 minutos de Palma de Maiorca. A propriedade tem oito quartos, cada um com a sua própria casa de banho, e quartos e áreas comuns que incluem sala de estar, sala de jantar, pátio interior, ginásio, piscina exterior, gazebo com churrasqueira e campo de ténis. Oferece ainda amplas áreas exteriores para relaxar, espaços para partilhar como a piscina, o terraço principal e a zona de chill-out junto ao lago, e espaços para passear entre as várias espécies vegetais.

“Cada propriedade da Coleção Vestige é um testemunho do nosso compromisso com a conservação, o design e a excelência do serviço. Son Ermità, Binideufà, Miramar e Son Verí refletem a nossa visão da hospitalidade: lugares com história, reinventados para o viajante contemporâneo”, afirmou Sebastian Styger, VP de Vendas e Marketing da Vestige Collection.

Estas quatro propriedades vêm complementar a oferta atual da marca, que já abriu o Palacio de Figueras nas Astúrias, a primeira propriedade da coleção a abrir em 2022; Son Vell, o seu primeiro hotel a abrir em Menorca em 2023; e Santa Ana, uma propriedade agroturística de 210 hectares localizada a poucos metros da famosa Cala Macarella, também em Menorca.

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Manuel Pinho recusa comparação com avenças da empresa familiar de Montenegro

O antigo ministro da Economia, Manuel Pinho, lança esta quinta-feira o livro "Erro? Sim, erro", onde revela o que chama de "erros" pelos quais o tribunal o condenou a 10 anos de prisão.

O antigo ministro da Economia, Manuel Pinho, lança esta quinta-feira o livro “Erro? Sim, erro”, onde revela o que chama de “erros” pelos quais o tribunal o condenou a 10 anos de prisão. O lançamento terá lugar na sua casa, nos arredores de Braga, onde se encontra em prisão domiciliária há mais de três anos, no âmbito do processo EDP.

“O objetivo é mostrar de uma forma clara e verificável que, primeiro, não fiz nenhum pacto com Ricardo Salgado, segundo, não recebi pagamentos indevidos quando fui ministro e, terceiro, não favoreci o BES no exercício das minhas funções“, revela em comunicado Manuel Pinho. O antigo ministro considera que o tribunal foi “parcial” ao não considerar como provada a sua interferência em várias importantes decisões contrárias ao interesse do BES, “demonstrando, assim, uma grande falta de isenção”.

Além de esclarecer sobre os “erros judiciários que mancharam uma vida”, o economista refuta também qualquer comparação com as avenças atribuídas à empresa de que a família de Luís Montenegro era titular. “A famosa tese da ‘avença’ alimentada por quem não estudou o processo está totalmente errada. Não recebi nenhuma avença e tudo o que recebi era-me devido contratualmente. Trata-se de uma questão fundamental porque não tendo existido pagamentos indevidos tal implica que não teve lugar nenhum crime de corrupção”, sublinha.

Em junho de 2024, Manuel Pinho foi condenado a dez anos de prisão efetiva por corrupção, fraude fiscal e branqueamento. E Ricardo Salgado condenado a seis anos e três meses por corrupção e branqueamento. Já Alexandra Pinho, mulher de Pinho, foi condenada a quatro anos e oito meses de prisão. A juíza decidiu penas superiores às pedidas pelo Ministério Público — nove anos para Pinho e seis anos para Salgado.

No acórdão de 700 páginas, a magistrada do processo EDP deu como provados “1030 factos” que considerou serem “imensos”, defendendo que o ex-ministro da Economia de Sócrates atuou sempre a favor dos interesses de Ricardo Salgado e não dos interesses públicos, usando “um cargo público, violando a lei (…) e mercadejou com o cargo, pondo em causa a confiança do cidadão no Governo.” Através de um “esquema previamente delineado”, violando deveres funcionais de ministro.

A condenação de Manuel Pinho ficou a dever-se, no essencial, a um pacto corruptivo celebrado com Ricardo Salgado, que presidia ao BES e ao GES. A troco de benefícios ilegítimos, Manuel Pinho teria passado a funcionar como uma espécie de “agente infiltrado” do ex-homem forte do BES – e mais tarde, no âmbito da Federação Portuguesa de Golfe, na comissão executiva
da candidatura de Portugal à Ryder Cup – para conceder vantagens indevidas ao BES e ao GES. “Este foi o cenário criado, mas que não corresponde à realidade”, diz Sá Fernandes.

Ao mesmo tempo, no livro, Manuel Pinho reconhece que também errou ao, “contra o desejo da minha família, ter aceitado ser nomeado por o governo, tendo em conta a prática inaceitável de o BES e os seus acionistas remunerarem os seus administradores e quadros superiores. Coloquei acima de tudo o desejo de retribuir ao meu país o que dele recebi, o que foi um erro. Porém, este erro não constitui um crime”.

Pinho fala ainda sobre o seu percurso de vida, profissional e académico, e sobre a experiência de enfrentar um sistema judicial que parece influenciado por populismos mediáticos, julgando a partir de perceções que se ouvem dizer e não a partir dos factos provados em tribunal.

Há cerca de duas semanas – a 13 de fevereiro – o advogado Ricardo Sá Fernandes lançou o livro “O Caso Manuel Pinho”. Em quase 700 páginas, o advogado (e amigo de infância) do ex-ministro da Economia reúne conteúdo da maior parte das peças processuais do processo EDP e tenta explicar em que é que Pinho errou (pouco) mas também explana a forma como foi “perseguido” pelas autoridades judiciárias portuguesas e pela comunicação social, que terão ajudado a uma “falsa perceção” de um Pinho corrupto. Certo é que o ex-ministro de Economia de José Sócrates – também este arguido mas no âmbito da Operação Marquês – foi o primeiro arguido a ser punido em Portugal por corrupção no exercício das suas funções públicas.

Dois meses depois do acórdão de condenação, a defesa de Pinho apresentou recurso na Relação de Lisboa e espera ainda uma decisão. Alega que o tribunal cometeu “erros crassos” na análise das provas, descrevendo-os como “graves e inaceitáveis”, e refuta todos os crimes pelos quais foi condenado, nomeadamente o pacto corruptivo com Ricardo Salgado ao deixar o Grupo Espírito Santo (GES), em 2005, para entrar para o Governo. “Não existiu o pacto corruptivo imputado a Manuel Pinho e Ricardo Salgado. Esta é a grande questão destes autos e o foco da luta do arguido, que, mesmo para além da questão jurídica, não merece ser conspurcado por condenação tão infamante, que já lhe destruiu boa parte da sua vida”, lê-se no documento, que sustenta que Manuel Pinho não atuou de forma contrária aos deveres do cargo e que não agiu como “agente infiltrado” de Salgado no Governo.

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