Message in a Bottle diversifica negócio com três novos clientes em 2025

  • + M
  • 24 Janeiro 2025

Os três novos clientes, segundo o CEO, permitem diversificar o portfólio e consolidar o posicionamento da Message in a Bottle como agência de comunicação transversal a todos os setores de atividade.

A agência Message in a Bottle começou o ano de 2025 a diversificar o seu negócio, contando com três novos clientes no seu portefólio. São eles Adega de Borba, Coldwell Banker Portugal e Cosentino.

“São três clientes que muito nos orgulham e que nos fazem querer agarrar 2025 com tudo, certos de que a nossa criatividade será ainda mais estimulada. Com clientes que nos desafiam a alcançar novos patamares de criatividade e paixão pelas marcas que trabalhamos, que nos recebem como parceiros alinhados e comprometidos com o sucesso do seu negócio e com a confiança de que aportamos valor, inovação e, acima de tudo, inspiração à forma como comunicam com os seus públicos, diz Ruben Obadia, CEO da Message in Bottle, citado em comunicado.

“Os três novos clientes que se juntam à Message in a Bottle em 2025 confirmam que a nossa estratégia está a dar os seus frutos, permitindo-nos continuar a diversificar o portfólio e consolidar o nosso posicionamento como agência de comunicação transversal a todos os setores de atividade, com um output criativo reconhecido nas diversas áreas em que atuamos, da assessoria de imprensa e consultoria estratégica ao marketing de influência, do marketing digital à produção de conteúdos, sem esquecer o design e o branding”, acrescenta.

Ruben Obadia, CEO da Message in a Bottle.

A Message in a Bottle alarga assim a sua esfera de ação aos setores dos vinhos, do imobiliário e da arquitetura e design, num reforço e diversificação da carteira de clientes que “confirmam a rota de crescimento sustentado da agência, fruto de uma estratégia de new business assente na amplitude da expertise da equipa e das soluções criativas oferecidas, que tem permitido alcançar um posicionamento cada vez mais robusto em áreas de atividade para além do turismo e lifestyle“, refere-se em nota de imprensa.

No caso da Coldwell Banker Portugal, a agência ficou responsável pela assessoria de imprensa e comunicação institucional da rede de agências imobiliárias norte-americana para o mercado português. Além disso, fica também a seu cargo a gestão de redes sociais e marketing digital, abrangendo não só a marca Coldwell Banker Portugal, mas também a sua marca dedicada em exclusivo ao mercado imobiliário de luxo, a Coldwell Banker Global Luxury.

Já nos setores da construção, arquitetura e design, a Message in a Bottle assume a conta de comunicação do Grupo Cosentino, multinacional espanhola. A agência fica responsável pela comunicação, aconselhamento estratégico e assessoria de imprensa da empresa no mercado português.

No que diz respeito ao setor dos vinhos, a Adega de Borba apostou na agência liderada por Ruben Obadia para trabalhar a sua comunicação num ano em que a marca celebrar 70 anos. Entre as incumbências da agência inclui-se a prestação de serviços nas áreas de consultoria de comunicação, aconselhamento estratégico e assessoria de imprensa, marketing de influência e gestão de redes sociais da Adega de Borba, de forma transversal a todas as suas marcas e abrangendo todas as suas áreas de negócio.

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Rangel aguarda “sem dramas” eventual anúncio de tarifas impostas à UE pelos EUA

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2025

O ministro dos Negócios Estrangeiros lembrou que também o 'Inflation Reduction Act' , de Joe Biden "foi muito, muito complicado para a União Europeia e obrigou a negociações grandes".

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, defendeu esta sexta-feira em Roma que se deve lidar “sem dramas” com a possibilidade de a nova administração norte-americana impor tarifas à União Europeia (UE), afirmando-se convicto de que haverá negociações com Washington.

Em declarações à margem de uma visita a Itália, o chefe da diplomacia portuguesa, questionado sobre a ameaça de Donald Trump de impor tarifas comerciais também à UE, reafirmada na sua intervenção na véspera perante o Fórum Económico Mundial de Davos, observou que, por regra, os Estados Unidos são protecionistas da sua economia e o bloco europeu já teve de lidar com esta situação, tanto no primeiro mandato de Trump como no do ex-Presidente Joe Biden.

“A política tarifária é competência exclusiva da União Europeia mesmo, e em particular da Comissão. Mas obviamente que olhamos com preocupação [para esta situação], mas também sem dramas, porque já no primeiro mandato do Presidente Trump houve esta questão e, para dizer a verdade, com o Presidente Biden, o ‘Inflation Reduction Act’ [Lei da Redução da Inflação, promulgada em 2022] foi muito, muito complicado para a União Europeia e obrigou a negociações grandes”, assinalou.

Comentando que “às vezes tem-se a ideia de que as coisas mudam radicalmente”, Paulo Rangel notou que, “na verdade, obviamente que os Estados Unidos têm uma proteção da sua economia”, independentemente das administrações, “embora com políticas diferentes, isto é, mexendo em instrumentos diferentes”, que “não deixam de ter impacto sobre a UE, que é um parceiro comercial fundamental dos EUA, e um impacto grande”.

“Portanto, vamos ter de lidar com isso a nível europeu. Já há muitas soluções em estudo, mas evidentemente que, quando surgir essa medida e com o seu exato recorte, haverá uma reação e uma negociação, não tenho dúvidas sobre isso, porque foi aquilo que aconteceu no passado, nos últimos dois mandatos, com presidentes muito diferentes”, disse, reforçando que espera “uma negociação intensa com os Estados Unidos no sentido de procurar soluções que beneficiem as duas partes e que, portanto, não sejam lesivas apenas para um”.

Na sua intervenção de quinta-feira, por videoconferência, no Fórum de Davos, Trump disse aos líderes empresariais para fabricarem os seus produtos nos Estados Unidos, caso contrário “terão de pagar tarifas”, e dirigiu críticas à União Europeia, queixando-se dos fardos regulatórios de Bruxelas e também do que disse ser o tratamento “muito, muito injusto” que é dado aos Estados Unidos.

Já sobre a pressão de Trump para que o Presidente russo, Vladimir Putin, negoceie um acordo de paz com a Ucrânia para pôr fim à guerra, incluindo a ameaça da véspera de impor sanções a Moscovo caso não se sente à mesa das negociações, Paulo Rangel observou que “o Presidente Trump, ainda enquanto candidato, deu sinais muito claros de que iria ser muito rápido na construção de uma negociação”, mas enfatizou que o desfecho desta tem de respeitar o direito internacional.

O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou que “é positivo” que haja negociações, “desde que elas respeitem os princípios fundamentais, especialmente na solução final”, e “mediadas por quem tem a capacidade para o fazer, mas com a intervenção de todos aqueles que são de uma forma ou outra afetados ou que sofrerão consequências dessas negociações”.

“Agora, é preciso ver qual é o resultado final. Tem de ser um resultado que salvaguarde o direito internacional, isso é muito importante, e nomeadamente que salvaguarde princípios da Carta das Nações Unidas”, sublinhou. Trump, que prometeu acabar com a guerra em 24 horas e está agora a pedir 100 dias para alcançar a paz, ameaçou na terça-feira impor mais sanções à Rússia se Putin se recusar a negociar um cessar-fogo com a Ucrânia.

Trump disse ainda que estava a reconsiderar o envio de armas para a Ucrânia e que tencionava falar “muito em breve” com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com Putin. “Se não chegarmos a um acordo em breve, não terei outra escolha senão impor elevados níveis de impostos, tarifas e sanções a qualquer produto que a Rússia venda aos Estados Unidos, bem como a outros países participantes”, ameaçou Trump.

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Savannah capta interesse de investidores institucionais com “potencial significativo” em bolsa

A empresa mantém o contacto com investidores institucionais, que estão "atentos" ao progresso e a avaliar qual "o melhor momento" para investir.

O CEO da Savannah, Emanuel Proença, salienta que o projeto de exploração de lítio do Barroso tem boas perspetivas de evolução e um “potencial significativo” em bolsa. A empresa mantém o contacto com investidores institucionais, que estão “atentos” ao progresso e a avaliar qual “o melhor momento” para investir. Um já estará mesmo a comprar ações da empresa.

As declarações foram feitas esta sexta-feira numa chamada com investidores, e depois de, no início do mês passado, a empresa ter comunicado que a Euler Hermes, agência de crédito que atua em nome do Governo alemão, pode vir a garantir até 270 milhões de dólares para o projeto em Portugal.

Há pelo menos mais um investidor institucional que começou a comprar ações da empresa“, indica Emanuel Proença, com base numa comunicação feita à Savannah Resources pela instituição em causa. Contudo, este investimento ainda não foi tornado público porque não ultrapassa o limiar legal que assim o obriga.

Estamos a progredir em conversações com outras instituições governamentais e outros financiadores“, continuou o CEO. O mesmo avançou que terá uma reunião, esta sexta-feira, com uma entidade governamental, de um país europeu.

Além disso, esta semana o próprio esteve em Londres, acompanhado do presidente da Savannah, Rick Anthon, a conversar com investidores institucionais especializados em transição energética, materiais críticos e baterias que estão “atentos” e “a olhar para o progresso [da Savannah]”, de forma a perceber “quando é melhor entrar” no projeto.

Esta semana, a empresa revelou que foram identificados “vários novos pegmatitos com lítio que estão além da estimativa inicial”, o que configura “excelentes resultados”. Na chamada desta sexta-feira, afirmou que o “potencial adicional” que está a ser confirmado “significa que estes projetos pode ter um tempo de vida significativamente mais longo, o que é bom para todos“.

Em termos do valor em bolsa, o gestor realçou que o preço da ação “recuperou parcialmente”, valorizando 107% em 2024, mas “mantém-se um potencial significativo”, lê-se na apresentação partilhada esta sexta-feira. “Esperamos que a nossa avaliação reflita as condições de mercado melhoradas”, pontuou o responsável executivo.

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Portuguesa Tryp.com capta 3,1 milhões para ajudar a planear viagens mais baratas

Solução da startup portuguesa permite combinar de forma "intuitiva e económica diferentes meios de transporte, como avião, comboio e autocarro, cobrindo mais de 7.000 destinos globais. Vai recrutar.

André Sousa, cofundador da Trypo

A portuguesa Tryp.com levantou 3,1 milhões de euros, para reforçar desenvolvimento da solução de planeamento de viagens com recurso a IA, no mercado externo e equipa. Querem contratar mais 14 colaboradores até ao final do ano.

Liderada pela Iberis Capital, a ronda contou com o “apoio estratégico” de grandes grupos de media europeus, como a ITV, a maior rede de TV privada do Reino Unido, o canal alemão RTLZWEI, além da participação do fundo vc inglês Edenbase. Com esta injeção de capital eleva-se para 4 milhões o capital já levantado pela startup nacional.

“A colaboração com a ITV e a RTLZWEI é um marco que nos posiciona como uma referência nos mercados britânico e alemão, reforçando a nossa missão de transformar a experiência de viagem”, afirmou André Rangel Sousa, cofundador e CEO da Tryp.com, citado em comunicado.

“Como nova geração queremos viagens autênticas, acessíveis, económicas e sustentáveis — e é isso que estamos a oferecer com a utilização de IA, sem complicações e taxas”, diz ainda.

A solução da startup permite combinar de forma “intuitiva e económica diferentes meios de transporte, como avião, comboio e autocarro, cobrindo mais de 7.000 destinos globais” e conta com mais de 2,5 milhões de utilizadores em todo o mundo, segundo os dados divulgados pela empresa.

As parcerias com os canais de televisão europeus irão permitir à Tryp.com alcançar um “público de mais de 22 milhões de espetadores através de campanhas televisivas e digitais nos dois mercados”, informa comunicado. Permitindo reforçar no mercado inglês e alemão.

Neste momento, com 11 colaboradores a startup tem como objetivo reforçar até ao final do ano com mais 14 colaboradores, na área de programação, em particular no mercado português. O modelo de trabalho é remoto.

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FMI insta Europa a melhorar produtividade e confiança para alcançar EUA

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2025

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional pediu à Europa que invista na melhoria da competitividade e da confiança, alegando que isso faz a diferença em relação aos EUA.

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu à Europa que invista na melhoria da competitividade e da confiança, alegando que isso faz a diferença em relação aos Estados Unidos, com taxas de crescimento muito acima das europeias.

No encerramento do Fórum Económico Mundial de Davos, Kristalina Georgieva participou num debate sobre as perspetivas económicas para 2025, que contou também com a presença do ministro da Economia e Planeamento da Arábia Saudita, Faisal Alibrahim, da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e do presidente executivo da BlackRock, Larry Fink.

Uma das questões em destaque nesta edição do Fórum de Davos foi a diferença da economia norte-americana em relação ao resto do mundo, com taxas de crescimento e de emprego muito acima das de outros países.

Para Georgieva, isso deve-se em grande parte ao fosso de produtividade entre os Estados Unidos e, por exemplo, a União Europeia, com indicadores muito mais baixos, embora longe das taxas negativas da maioria dos países emergentes.

Além de trabalhar para alcançar um mercado de capitais mais eficiente e fazer avançar a união bancária, a Europa deve “sentir-se orgulhosa por ser Europa, uma vez que os Estados Unidos têm uma cultura de confiança e a Europa, por outro lado, a da humildade”, considerou.

No mesmo sentido, Lagarde disse que, se os líderes europeus “começarem a trabalhar e a colaborar”, a Europa tem “um enorme potencial para atingir o nível dos Estados Unidos”.

A presidente do BCE manifestou otimismo, embora tenha apelado à conclusão da união bancária e ao reforço do mercado de capitais.

Larry Fink mostrou-se muito otimista em relação à atual situação da economia dos Estados Unidos, acreditando que ainda há espaço para “angariar mais capital” naquele país.

O líder da BlackRock não afastou totalmente a hipótese de a Reserva Federal norte-americana voltar a subir as taxas de juro num futuro não muito distante, mas sublinhou que isso “é pouco provável”.

Fink criticou ainda a política económica europeia e afirmou que “a Europa é um mito, muito bonito, mas um mito ao fim e ao cabo”, que não funciona, como se pode ver se for comparada à solidez e aos avanços tecnológicos dos Estados Unidos ou da China.

Lagarde reagiu e rejeitou que a Europa seja um mito e “muito menos uma causa perdida”, defendendo que está perante “uma oportunidade de transformação”.

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Governo liberta terreno junto à linha ferroviária para investimento de 2,5 milhões em Aveiro

Sete anos depois, Governo liberta terreno junto à linha ferroviária da linha do Norte que impedia câmara de Aveiro de investir 2,5 milhões num mercado, piscina e parque de estacionamento.

Foram precisos sete anos para o Governo finalmente autorizar construir numa área “non aedificandi”, num troço da linha do Norte, no concelho de Aveiro, que “inviabiliza completamente” a câmara de avançar com a obra de uma piscina, mercado e zona de estacionamento, num investimento de 2,5 milhões de euros, além de uma residência universitária por um privado, avança ao ECO/Local Online o autarca Ribau Esteves.

Este é um exemplo do quão é difícil neste país acabar com a burocracia absurda e daí a minha saudação ao ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, que em pouco tempo conseguiu resolver uma situação que se arrastava há sete ou oito anos”, assinala o autarca social-democrata.

Em causa está um decreto regulamentar de 12 de agosto de 1982 que declarava como área “non aedificandi” um troço da linha do Norte, no concelho de Aveiro, que foi revogado pelo Conselho de Ministros nesta quinta-feira. “Considerando a desnecessidade de manter as condicionantes previstas nesse decreto regulamentar relativas a essa área no concelho, procede-se à revogação do referido decreto regulamentar para a respetiva atualização do Plano Diretor Municipal de Aveiro”, refere a nota do Conselho de Ministros enviada às redações.

Este é um exemplo do quão é difícil neste país acabar com a burocracia absurda e daí a minha saudação ao ministro [das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, que em pouco tempo conseguiu resolver uma situação que se arrastava há sete ou oito anos.

Ribau Esteves

Presidente da Câmara Municipal de Aveiro

Ribau Esteves congratula-se, por isso, com a decisão do Governo que qualifica de “um ato de bom senso”, após ter feito diligências junto do ministro das Infraestruturas. “Lutámos há sete ou oito anos para acabar com a restrição absurda de construção numa faixa de 40 metros, numa boa parte do traçado da Linha do Norte da ferrovia, no concelho de Aveiro. E só agora é que conseguimos que isso acontecesse na sequência de diligências que fiz diretamente com o ministro Miguel Pinto luz, a quem saúdo pela diligência e rapidez com que tratou desse assunto”, nota o presidente da câmara aveirense.

Esta área de servidão, com uma largura de 40 metros do lado direito da Linha do Norte, no sentido Sul-Norte, entre Quintãs e Cacia, foi criada para permitir a possibilidade de melhoria e ampliação da via-férrea.

“Essa restrição era uma reserva para o alargamento da linha do Norte, que há muitos anos, desde que o país decidiu fazer o TGV, tinha perdido sentido; voltou a perder sentido quando o país decidiu usar o corredor do TGV para fazer a tal linha de alta velocidade. A verdade é que nós nunca conseguimos resolver este problema junto do Governo”, apontou, indignado com a situação.

Esta situação impedia o município de avançar com a obra do mercado, piscina e parque de estacionamento, na vila de Cacias, além da residência universitária por parte de um privado.

Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Ribau Esteves.Lusa

Com o fim desta restrição, as empreitadas podem finalmente avançar e após a promulgação pelo Presidente da República e a publicação em Diário da República.

Estamos a ultimar o projeto da piscina, mercado e parque de estacionamento, para depois lançar um único concurso público da obra; o investimento total deve dar a casa dos 2,5 milhões de euros”, detalha em declarações ao ECO/Local Online.

“Também vai permitir que o investidor privado possa retomar esse seu projeto para construir uma residência universitária num terreno localizado entre a Avenida Francisco Sá Carneiro, além de outras operações que venham a desenvolver nesta faixa do terreno que é muito grande”, detalha Ribau Esteves.

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Revisão da lei dos TDVE passa à especialidade no Parlamento

Propostas foram votadas e algumas baixaram à comissão de economia. Em cima da mesa estão projetos que preveem, por exemplo, o fim dos limites à tarifa dinâmica e a instalação de botões de pânico.

A revisão da lei dos veículos TVDE está a fazer o seu caminho no Parlamento. AS propostas dos vários partidos foram votadas esta sexta-feira em plenário e os projetos de lei do PSD e do Iniciativa Liberal baixaram à comissão de economia, pelo que vão ser agora debatidos e negociados em maior detalhe. Em cima da mesa estão projetos que preveem, por exemplo, o fim dos limites às tarifas dinâmicas, a instalação de botões de pânico e a possibilidade de os motoristas avaliarem também os utilizadores.

Foi em 2014 que a Uber chegou a Portugal. Seguiram-se outras plataformas, como a Bolt, e o mercado cresceu. Tanto que haveria de ser criada uma lei especificamente dirigida a esta atividade, no verão de 2018, cujo primeiro balanço foi feito, em 2021, pelo Instituto da Mobilidade dos Transportes (IMT).

Na altura, um dos reparos era a necessidade de melhorar a qualidade do serviço da fiscalização, a par de um apelo a critérios mais exigentes para a certificação dos motoristas. Essa avaliação não resultou em mudanças na lei, mas as regras podem estar prestes a ser alteradas agora.

Vários partidos (PSD, CDS-PP, Chega, Iniciativa Liberal, PCP e Bloco de Esquerda) entregaram propostas nesse sentido no Parlamento, que foram votadas esta sexta-feira no Parlamento. As propostas da esquerda foram ambas rejeitadas, enquanto os projetos de lei do PSD e do Iniciativa Liberal baixaram à comissão sem votação por 30 dias. Também foi aprovada um projeto de resolução do CDS-PP.

No diploma do PSD que baixou à comissão de economia, os deputados defendem que “é necessário adequar a lei atual ao novo contexto e acolher algumas reivindicações, quer da parte de operadores e motoristas de TVDE, quer dos seus utilizadores, que se alinhem com objetivos de bem-estar geral”. E, para isso, apontam dez mudanças à lei.

São elas permitir que veículos registados como táxis estejam habilitados a registo simultâneo em TVDE, entregar a certificação e avaliação dos motoristas ao IMT, dispensar de cursos de formação e certificados de motorista de TVDE os detentores de certificados de motorista de táxi, subir o limite de idade da viatura afeta a TVDE de sete para dez anos (ou 12 anos, no caso dos veículos elétricos) e permitir a publicidade no exterior e interior das viaturas (conforme já é permitido em transportes públicos e táxis).

O PSD quer também eliminar os limites à tarifa dinâmica (hoje o limite é o correspondente a 100% do valor médio cobrado pelos serviços prestados nas 72 horas imediatamente anteriores), considerando que essas restrições “economicamente não são justificáveis”.

Outra das proposta da bancada social-democrata é a obrigatoriedade de todas as plataformas de TVDE adotarem partilha de dados em tempo real na plataforma anunciada pelo IMT, bem como a obrigatoriedade de as plataformas implementarem a possibilidade dos utilizadores selecionarem o português como língua do motorista.

O PSD defende também a instalação de botões de pânico quer para utentes, quer para os motoristas. E o fim da proibição de os motoristas avaliarem os utilizadores, já que Portugal é o único país onde existe esse travão.

Algumas destas propostas ecoam no projeto de lei que baixou à especialidade, o do Iniciativa Liberal. Por exemplo, também esta bancada quer permitir a publicidade nos TVDE e que os motoristas avaliem os utilizadores. Também no que diz respeito aos preços, os liberais convergem, de modo geral, com o grupo social-democrata, considerando que os preços devem ser “verdadeiramente livres”.

Por outro lado, o Iniciativa Liberal propõe a possibilidade de os motoristas se inscreverem diretamente na plataforma sem qualquer intermediação.

Pelo caminho ficaram as propostas do BE e do PCP, que determinavam, nomeadamente, a suspensão da atribuição das licenças até à conclusão do processo de avaliação e revisão deste regime.

Notícia atualizada às 13h44

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Aston Martin celebra 60 anos de ligação a James Bond com edição limitada

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 24 Janeiro 2025

Passaram seis décadas desde que o lendário agente 007 se estreou ao volante do Aston Martin DB5. Para assinalar o feito, a marca lança agora o modelo DB12 Goldfinger Edition.

James Bond e Aston Martin. Trata-se de uma relação cinematográfica inseparável desde 1964, ano em que o mais famoso agente secreto britânico protagonizou “007 contra Goldfinger”. A ligação de James Bond com o mundo automóvel começou antes, quando em “Dr. No” (1962) o espião surgiu ao volante de um Sunbeam Alpine. Seguiu-se um elegante Bentley Mark IV, em “007 – Ordem para Matar”, marca que o autor, Ian Fleming, designou nos livros como sendo a preferida do agente. Na década de 70, o espião conduziu um Lotus Esprit S1, em “007 – O Espião que me Amava”; nos anos 90 trocou os carros britânicos pelos alemães, num namoro curto com a BMW, ao deslocar-se, em “007 – GoldenEye”, nos modelos Z3, 750iL e Z8. Mas seria a Aston Martin a arrebatar o coração de Bond e a tornar-se o seu carro mais icónico. Até hoje.

O Aston Martin DB5, que se estreou em “007 contra Goldfinger”, equipado com dispositivos como metralhadoras escondidas nos faróis, assentos ejetáveis ​​e cortinas de fumo, tornou-se um sinónimo de estilo do espião britânico e fez aparições em vários filmes da saga: “007 – Operação Relâmpago” (1965), “007 – GoldenEye” (1995), “007 – Casino Royale” (2006), “007 – Skyfall” (2012), “007 – Spectre” (2015) e “007 – Sem Tempo para Morrer” (2021). Uma relação de longa data que merece ser homenageada com um novo lançamento: o DB12 Goldfinger Edition. Limitado a apenas 60 unidades, promete agitar os fãs da saga 007 e os colecionadores de automóveis de luxo.

Concebido pelo departamento de personalização Q by Aston Martin (tal como no grande ecrã), o DB12 Goldfinger Edition tem o herói de Ian Fleming estampado em todo o seu ADN. Desde as fibras metálicas douradas integradas nos componentes de fibra de carbono até ao logotipo Oito de Copas (numa referência a uma das cenas mais famosas do filme), o novo modelo representa o topo do design e exclusividade da Aston Martin.

Os detalhes são muitos ao nível dos interiores, com a consola central, os controlos de climatização e o seletor de velocidades adornados a outo de 18 quilates. Os estofos foram feitos à medida e costurados meticulosamente, como se do smoking de 007 se tratasse, e os bancos, em pele perfurada, apresentam o padrão Prince of Wales, numa homenagem aos fatos impecáveis usados por Bond.

Lamentavelmente, o DB12 Goldfinger Edition não vem equipado de série os gadgets característicos dos filmes. Os proprietários desta jóia de quatro rodas não terão metralhadoras a sair dos faróis dianteiros, nem compartimentos secretos para lançar mísseis. Mas, para não deixar a fantasia cair por terra, a marca incluiu um pacote de acessórios exclusivos que melhoram significativamente a experiência: uma pasta em pele, uma capa feita à medida, e uma garrafa comemorativa de champanhe Bollinger, o favorito do espião, a par do vodca Martini, “shaken, not stirred”.

Por fora, a elegância de sempre. As jantes de liga leve de 21 polegadas com raios múltiplos prateados são complementadas por faixas laterais douradas, transmitindo um toque moderno, sem abandonar a sofisticação clássica do DB5. Fiel ao icónico Silver Birch do DB5 original, o design exterior é complementado por detalhes exclusivos, como as pastilhas de travão pretas e os emblemas Aston Martin esmaltados no mesmo tom, acentuando o caráter distinto do veículo.

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Governo saúda “cambalhota monumental” de Pedro Nuno Santos sobre a política migratória

Leitão Amaro saudou mudança de posição do líder do PS em relação à decisão do Governo de acabar com as manifestações de interesse. "Maior partido da oposição atacou e hoje reconheceu que está errado".

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, saudou o que disse ser a mudança de opinião de Pedro Nuno Santos relativamente à política de imigração levada a cabo pelo Governo de Luís Montenegro, nomeadamente o fim das manifestações de interesse, que passaram a ser substituídas por um contrato de trabalho.

Em declarações aos jornalistas esta sexta-feira, transmitidas pela RTP3, António Leitão Amaro falou de uma “cambalhota monumental” do líder do PS e apelou a que as políticas migratórias tenham uma continuação no tempo, independentemente da orientação política do governo no poder. “Saudamos uma das maiores mudanças de opinião de um líder da oposição em Portugal“, ironizou o governante, que tem a seu cargo a tutela da imigração no atual Executivo.

Em causa está a entrevista de Pedro Nuno Santos ao Expresso, divulgada esta sexta-feira, e na qual o líder socialista reconhece os “efeitos negativos” na legislação que vinha do anterior Governo, nomeadamente a criação das manifestações de interesse. Um mecanismo que, segundo Pedro Nuno Santos, acabava “por desincentivar a procura por uma via regular ou legal”.

“Esse instrumento tinha também efeitos negativos, porque, na realidade, não podemos ignorar que tinha um efeito de chamada“, considerou Pedro Nuno Santos na entrevista em causa. “Não fizemos tudo bem nos últimos anos no que diz respeito a imigração”, vincou.

Em reação, António Leitão Amaro recordou que “ainda há poucas semanas o líder do PS contestava o primeiro-ministro” e que agora, ao fim de alguns dias, “dá-lhe razão”, notou.

O maior partido da oposição atacou e hoje reconheceu que está errado e que o Governo está correto“, atirou o ministro da Presidência. “[Pedro Nuno Santos] reconheceu que o PS estava errado e que governou de forma errada na imigração. O líder do PS reconheceu que o primeiro-ministro e a nova política do Governo estão corretos, aceitou a visão e proposta de acabar com a porta escancarada com mais regulação, fiscalização da imigração e integração, feita com direitos e deveres”, referiu Leitão Amaro.

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Eversheds Sutherland reforça a equipa de Propriedade Intelectual

A Eversheds Sutherland anuncia a contratação de Gonçalo da Cunha Ferreira para reforçar a equipa de Propriedade Intelectual.

A Eversheds Sutherland anuncia a contratação de Gonçalo da Cunha Ferreira para reforçar a equipa de Propriedade Intelectual.

O advogado junta-se à equipa como of counsel. Nascido em Lisboa em 1966 é empreendedor, advogado, Agente Oficial da Propriedade Industrial e Árbitro da WIPO| Organização Mundial de Propriedade Industrial. Formado em Direito pela Universidade Moderna e pós-graduado em Mediação e Arbitragem pela Universidade Nova de Lisboa e em Gestão Estratégica pelo INDEG-ISCTE.

“Esta contratação insere-se na aposta contínua da Eversheds Sutherland na excelência e inovação, agora no campo da Propriedade Intelectual, reforçando o compromisso da sociedade de oferecer soluções jurídicas inovadoras e altamente personalizadas, sempre alinhadas com as necessidades específicas de cada cliente”, segundo comunicado do escritório.

“É com grande satisfação que comunicamos a integração do Gonçalo da Cunha Ferreira como of counsel, para a área de Propriedade Intelectual. Com uma vasta experiência e expertise no setor, o Gonçalo irá fortalecer a nossa equipa, oferecendo soluções jurídicas inovadoras e personalizadas, alinhadas às necessidades específicas dos nossos clientes. Estamos confiantes de que a sua contribuição será fundamental para a continuidade da nossa procura pela excelência na prestação de serviços e na entrega de soluções estratégicas na área da Propriedade Intelectual”, conclui o mesmo comunicado.

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Bruxelas junta ‘big tech’ para evitar manipulação eleitoral na Alemanha

Microsoft, Tik Tok, LinkedIn, Google, Snapchat, a dona do Facebook, Instagram e Whatsapp e X (ex-Twitter) vão reunir-se com a Comissão e avaliar potenciais riscos a propósito das eleições na Alemanha.

A Comissão Europeia vai reunir-se com as donas das principais plataformas digitais para avaliar potenciais riscos de desinformação e interferências nas eleições antecipadas na Alemanha, marcadas para 23 de fevereiro. A reunião será presidida pelos coordenadores dos serviços digitais da Comissão esta sexta-feira, em Bruxelas, e contará com representantes da Microsoft, Tik Tok, LinkedIn, Google, Snapchat, Meta (dona do Facebook, Instagram e Whatsapp) e X (ex-Twitter).

Além desta reunião, está agendado para dia 31 de janeiro um teste de stress com as mesmas tecnológicas, momento em que serão criados “potenciais cenários” de risco no sentido de avaliar “como é que as plataformas reagirão”, explicou um porta-voz da Comissão Europeia esta sexta-feira, durante uma conferência de imprensa.

Esta será a segunda vez que um procedimento semelhante será realizado na União Europeia. A primeira vez ocorreu no ano passado, aquando das eleições europeias. Após os resultados, Bruxelas concluiu não terem sido registadas quaisquer interferências capazes de perturbar o ato eleitoral em nenhum dos 27 Estados-membros. “Foi uma experiência bem-sucedida“, assegurou Thomas Regnier.

Queremos garantir que as plataformas estão preparadas para que as eleições [na Alemanha] sejam livres, justas e estão verdadeiramente nas mãos dos eleitores“, continuou o porta-voz, garantindo que o ato eleitoral continua a ser “da competência nacional” e que as autoridades alemãs “pediram” que fossem realizados testes de stress.

A única coisa que vamos fazer é analisar as plataformas e garantir que estão cientes e preparadas de mitigar potenciais riscos nestes atos eleitorais“, nomeadamente, a desinformação, interferência estrangeira, a utilização indevida de tecnologias de inteligência artificial (IA) e os riscos de cibersegurança. Ambas as reuniões serão à porta fechada, mas a Comissão admite publicar conclusões no final.

As reuniões surgem numa altura em que Elon Musk (dono do X) apoiou publicamente o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), tendo gerado polémica a poucas semanas das eleições federais no país.

Num artigo de opinião publicado num jornal alemão, no início deste mês, o magnata subscreveu às posições do partido em relação a matérias como energia e ambiente, recuperação económica e imigração. Ademais, na rede social que detém, o empresário partilhou um vídeo de uma ativista alemã de direita declarando que “só o AfD pode salvar a Alemanha”.

Em resposta, políticos alemães acusaram Musk de tentar influenciar as próximas eleições que sucedem depois de chanceler Olaf Shcholz ter perdido um voto de confiança, em Bundestag. Assim, a Alemanha vai a eleições a 23 de fevereiro e as sondagens sugerem que o AfD poderá obter cerca de 19% dos votos, ficando apenas atrás dos democratas-cristãos (CDU) liderados por Friedrich Merz, que deverão obter cerca de 30%.

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Partidos concordam que é preciso rever lei dos TVDE, mas PS destoa: “Não é o momento”

A maioria dos partidos do Parlamento veem aspetos que é preciso mudar no regime das plataformas eletrónicas, como Bolt e Uber. Só o PS destoou na discussão, defendendo que o melhor é aguardar.

O regime legal em que operam as plataformas como a Bolt e a Uber tem de ser revisto com urgência, concordaram esta sexta-feira a maioria dos partidos representados na Assembleia da República… mas não o Partido Socialista (PS). Num debate no plenário, o principal partido da oposição destoou ao defender que este “não é o momento oportuno para introduzir modificações à lei”.

O diploma que legalizou e regulamentou o transporte através das plataformas eletrónicas, setor conhecido por TVDE, remonta a 2018 e previa uma reavaliação após três anos que nunca chegou a acontecer. Na discussão desta sexta-feira, o deputado João Torres sinalizou a disponibilidade do partido para participar numa eventual revisão na especialidade, mas ressalvou que este “não é o tempo nem o modo mais adequados” para encetar essa discussão.

Em causa, explicou João Torres, está uma portaria publicada pelo Governo em dezembro que “introduziu substantivas modificações” na certificação de motoristas. Os socialistas sugerem “esperar e aguardar” para melhor se compreender “o impacto” dessas mesmas alterações ao nível “infra legal” e para “ouvir mais estruturadamente todos os que participam neste setor”.

O plenário foi marcado por críticas à qualidade do serviço, nomeadamente pelo facto de muitos motoristas estrangeiros não saberem falar português, e alguns nem mesmo inglês.

Este ponto esteve entre os que mais atenção mereceram da parte de partidos como Chega, CDS e também o PSD, o partido do Governo, que tem uma proposta para que os clientes possam escolher nas plataformas o idioma dos motoristas que lhes prestarão o serviço. “Não é incomum encontrarmos motoristas TVDE com dificuldade em comunicar em inglês e português”, apontou o social-democrata Marco Claudino.

Sobre isto, João Torres, que também foi secretário de Estado da Defesa do Consumidor em governos de António Costa, sugeriu que já existe uma lei que obriga as plataformas a prestarem informação em português, nomeadamente a lei de defesa do consumidor, que pediu que fosse distribuída aos deputados.

O deputado Rui Tavares, do Livre, avançou, contudo, com outra ideia: “Porque é que todas as iniciativas apresentadas desperdiçaram a oportunidade de obrigar estas plataformas a pagar formação aos motoristas em português?”

Não é incomum encontrarmos motoristas TVDE com dificuldade em comunicar em inglês e português.

Marco Claudino

Deputado do PSD

Apesar da posição dos socialistas, o Parlamento inclinou-se para uma revisão alargada da lei dos TVDE este ano com enfoque não só na questão do idioma como no próprio funcionamento geral do setor. Marco Claudino, do PSD, aventou várias propostas, incluindo permitir que os táxis também possam prestar serviço através das plataformas, aumentar para 26 o número máximo de lugares nas viaturas e aumentar o limite de idade dos veículos.

O PSD pretende ainda eliminar os limites à tarifa dinâmica, “para que períodos de elevada procura sejam correspondidos por elevada oferta”. Esta proposta também é subscrita pela Iniciativa Liberal, com a deputada Joana Cordeiro a defender que “os utilizadores devem poder escolher quando querem pagar”.

Outro ponto em cima da mesa é permitir que os carros que prestam serviço TVDE tenham publicidade, para “aumentar os rendimentos” dos motoristas, defendeu a deputada liberal. Proposta também subscrita pelo PSD.

À esquerda, as principais preocupações prenderam-se com as questões laborais e não só. O PCP, por exemplo, continua a defender os contingentes municipais, disse António Filipe. Algo que, agora, poderá ser considerado pelo PS, partido para o qual “devem ser considerados outros temas relevantes, como os contingentes”, indicou João Torres.

“A lei não agrada a quase ninguém, nem a motoristas, nem ao setor do táxi, nem às autarquias, nem aos clientes. É uma lei da selva de motoristas e pequenos empresários a competir entre si e a destruir a sua competitividade”, afirmou o deputado comunista António Filipe, criticando a existência de “dois regimes, táxi e TVDE, para a mesma atividade económica”.

Por sua vez, Marisa Matias, deputada do Bloco de Esquerda, denunciou “esquemas” e “modelos de negócio construídos engenhosamente para escapar à lei do trabalho”. A deputada assinalou que é necessário “olhar para estas formas de trabalho e garantir que há segurança neste trabalho”. “Sabemos que a economia é digital, mas depende de trabalho vivo”, rematou.

Tanto o Bloco como o PCP apelaram à suspensão imediata da atribuição de novas licenças TVDE enquanto se procede à revisão do regime legal.

“A lei que temos está muito longe de ser perfeita e está longe de ser aplicada perfeitamente. Há necessidade de corrigir a lei e de que a lei que está em vigor seja cumprida. Estamos disponíveis para debater na especialidade, mas não estaremos disponíveis para restrições”, indicou João Almeida, do CDS.

Enquanto as várias propostas não eram votadas, porque o plenário continuou — nomeadamente para reapreciar as alterações à lei dos solos introduzidas pelo Governo –, a discussão sobre este ponto da ordem de trabalhos terminou com Carlos Barbosa, do Chega, a notar que se o PSD propõe que os táxis possam entrar nas plataformas, então os TVDE terão de poder aceder às praças dos aeroportos.

E rematou: “O debate que nós tivemos agora foi de partidos que sentem que existe algo a mudar. Sabemos que esta lei não está adequada e isso viu-se nas várias propostas aqui apresentadas.” Dirigindo-se à bancada socialista, criticou o PS por, apesar de ter estado na origem da atual lei, o ter feito apenas “por obrigação” e por não ter promovido a revisão no prazo previsto no diploma.

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