Luís Delgado vai recorrer da sentença que determina fim da dona da Visão

A informação foi avançada ao ECO/+M pelo acionista único da empresa. A aprovação do plano por 77% dos credores será um dos argumentos. Juíza diz que plano contém "violação não negligenciável".

Luís Delgado vai recorrer da sentença que determina o encerramento da Trust in News (TiN), dona da Visão. A informação foi avançada ao ECO/+M pelo próprio, acionista único da empresa. A aprovação do plano de insolvência por 77% dos credores será um dos argumentos.

O plano de insolvência apresentado pela Trust in News (TiN), dona da revista Visão e de outros títulos, não foi homologado pela justiça, de acordo com decisão do tribunal a que a Lusa teve acesso, tendo sido determinado o encerramento da sua atividade.

Nestes termos, decido não homologar o plano de insolvência apresentado pela Trustin News”, refere a juíza no documento do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, datado desta sexta-feira.

Por conseguinte, “ponho termo à administração da massa insolvente pela devedora, assumida desde 09/06/2025 como resulta do requerimento junto aos autos em 04/06/2025, nos termos previstos no art.º 228.º, n.º 1, al. e), do CIRE” e “declaro cessada a suspensão da liquidação determinada pela assembleia de credores realizada em 29/01/2025”.

Além disso, “determino [que] seja comunicado oficiosamente às Finanças o encerramento da atividade da devedora”, bem como “o prosseguimento dos autos com a imediata apreensão dos bens da devedora e respetiva liquidação”, segundo a decisão sobre a empresa que tem como acionista Luís Delgado.

O plano, recorde-se, foi aprovado a 27 de maio, com 77% dos credores a votar favoravelmente e 23% contra. Segundo o documento, a TiN propõe aos credores um “compromisso de aporte de até 1,5 milhões de euros, faseadamente, e em função das necessidades da empresa para reforçar a tesouraria”, por parte do acionista único, Luís Delgado.

A juíza, no entanto, entende que o plano não é equilibrado para os credores.

 

“Analisado o plano, em particular a última condição de pagamento supra reproduzida, suscita-se-nos a questão de saber se é lícito que as garantias prestadas pelos avalistas possam ficar suspensas enquanto o plano for cumprido pela devedora principal, isto é, se os credores não podem acionar os avalistas por qualquer das dívidas inseridas no plano e, no fundo, se a moratória que o plano prevê quanto ao cumprimento das obrigações vencidas e em incumprimento por parte da devedora principal, enquanto o plano se encontrar em cumprimento, também aproveita aos garante“, lê-se no acórdão de não homologação ao qual o +M/ECO teve acesso.

Temos forçosamente de concluir que o plano em análise, ao prever a afetação do montante dos direitos dos credores da insolvência e ao suspender a sua eficácia junto dos garantes, enquanto o plano de insolvência for cumprido pela devedora principal (…) viola o regime jurídico das garantias pessoais (avais) composto por normas de natureza imperativa consagradas na Lei Uniforme relativa a Letras e Livranças“, prossegue o acórdão.

Na decisão de não homologação, a magistrada diz ainda que “o afastamento, sem mais, do regime jurídico do aval, no contexto de um plano que prevê, por um lado, o pagamento dos créditos da insolvência no espaço de 10 a 15 anos, o perdão parcial de juros vencidos e vincendos e de outros encargos e períodos de carência que se situam entre o décimo terceiro e o vigésimo quinto meses seguintes ao trânsito em julgado da sentença homologatória do plano” e que e que estabelece, “o “compromisso de Injeção financeira pelo acionista único até um máximo de 1.5M euros, faseadamente e à medida das necessidades da empresa”, como medida de reestruturação, “sem que na realidade se perceba em que moldes e em que timing esse aporte financeiro seria concretizado na prática“, torna “difícil imputar à devedora o incumprimento do plano de insolvência“.

Ou seja, “torna mais flagrante a desproporcionalidade do sacrifício que é exigido aos credores, situação manifestamente comprometedora de uma solução justa e equitativa para os vários interesses em jogo“, lê-se na decisão. A juíza conclui assim que existe “uma violação não negligenciável do conteúdo do plano, determinante da sua não homologação“.

Recorde-se que, para além da injeção, faseada, de capital, o plano mantinha a intenção de suspender, licenciar ou vender publicações deficitárias como TV Mais, Telenovelas, Caras Decoração, Prima, Visão Saúde, Visão Surf e This is Portugal, sendo que, “com exceção da Telenovelas, todas as outras publicações já estão suspensas”. Previa ainda um ajuste na periodicidade, se necessário, de algumas revistas, mantendo apenas as mais rentáveis, além da redução de 70% do espaço físico (50% já foi reduzido) e o encerramento da delegação no Porto.

Seria ainda reduzido “o quadro de funcionários, proporcional à suspensão de publicações, com reestruturação interna”. Quanto ao pagamento das dívidas proposto, será faseado, no caso da AT e ISS em 150 prestações, além de um “plano de pagamento de 12 a 15 anos para credores comuns e garantidos” e da “possibilidade de permuta de publicidade para pagamento de parte das dívidas”.

Para aumentar receitas, o plano previa o “aumento de assinaturas digitais e melhoria da plataforma de e-commerce, parcerias estratégicas com outros grupos editoriais”, a “exploração de novos formatos de conteúdo, como podcasts e vídeos”, e o “licenciamento de marcas para gerar receita adicional”.

Quanto ao impacto desta reestruturação, a empresa apontava uma “melhoria gradual da rentabilidade, com um retorno a resultados positivos esperado a médio prazo”, evitando a liquidação da empresa e “preservando postos de trabalho e ativos”. Ficará, segundo o plano, ajustado “o modelo de negócio para um formato mais sustentável, alinhado às tendências digitais”, garantindo ainda o “pagamento aos credores, comparativamente a um cenário de liquidação, onde muitos não receberiam os seus créditos”.

O plano previa também a “criação imediata de uma task force com dois diretores editoriais, diretora comercial, diretora financeira e diretor de recursos humanos, com a tarefa de reanalisar todos os custos e contratos passíveis de serem renegociados ou cessados, sem qualquer penalização para a empresa, e apresentar medidas e sugestões para aumentar as receitas, tendo em conta os recursos existentes” e os melhores exemplos nacionais e internacionais.

(Notícia atualizada às 15h10)

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Orçamento comunitário. Bruxelas propõe alocar 33,5 mil milhões de euros a Portugal

Deste montante, 31,6 mil milhões são destinados à agricultura, coesão e pescas, 900 milhões de euros para a migração e segurança e mais 900 milhões para o Fundo Social para o Clima.

A Comissão Europeia propõe que o novo plano de parceria regional e nacional de Portugal, previsto no orçamento de longo prazo, disponha de uma verba de 33,5 mil milhões de euros, a preços correntes. Deste montante, 31,6 mil milhões são destinados à agricultura, coesão e pescas, de acordo com um documento divulgado pela Comissão Europeia. No entanto, o valor pode vir a ser menor no decorrer das negociações.

Por outro lado, este envelope é apenas parcial. Com a revolução introduzida pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o total de fundos destinado a Portugal poderá ser superior, uma vez que o país pode ir buscar mais verbas a outras áreas, como ao novo Fundo da Competitividade.

A informação sobre as verbas alocadas a cada Estado-membro ainda é escassa. O executivo comunitário disponibilizou apenas uma tabela com os montantes que pretende alocar a cada país nos novos planos de parcerias nacionais e regionais no quadro financeiro plurianual para o período entre 2028 e 2034. Uma proposta que ainda será negociada, pelo que poderá haverá cortes nos valores propostos.

Portugal é o nono país da União Europeia (UE) com o maior envelope total previsto para os planos de parceria. Dos 33,5 mil milhões, a preços correntes, 94% é destinado à alocação geral, onde se inclui as verbas para a agricultura, coesão e pescas. A comparação com o atual quadro é complexa pela alteração à estrutura do orçamento. A agricultura e a coesão fazem agora parte de um mega-fundo, quando anteriormente eram áreas autónomas.

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Isso mesmo foi recordado pelo ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, no dia em que a Comissão Europeia divulgou a proposta (e antes de ser conhecido o envelope de 33,5 mil milhões de euros). “Esta comparação dos envelopes é muito difícil, para não dizer que é impossível, porque o conteúdo dos envelopes é diferente. As designações de cada envelope são diferentes. Não se pode saber quanto dinheiro está dentro de cada envelope porque os conteúdos são diferentes. Vai ser muito difícil fazer essa comparação“, disse em declarações aos jornalistas em Bruxelas.

Contudo, deixou claro que a posição de Portugal é que “tem de haver uma diferenciação entre os fundos da política da agricultura e da coesão”.

“Estão metidos numa gaveta comum, mas depois há uma gaveta específica que garante mínimos para a política agrícola”, explicou.

Bruxelas propõe ainda 900 milhões de euros para as migrações e segurança e mais 900 milhões para o fundo social para o clima. Não esclarecido está o destino de 100 milhões de euros que permite atingir o bolo total de 33,5 mil milhões de euros.

O restante montante que Portugal poderá arrecadar em fundos europeus apenas deverá ser conhecido aquando da publicação dos regulamentos dos restantes fundos. Na proposta para o próximo orçamento comunitário no valor de dois biliões de euros (0,11% para o pagamento do Next Generation EU e 1,15% para o QFP), Ursula von der Leyen propõe 865 mil milhões de euros para financiar as políticas previstas nos planos dos Estados-membros e 410 mil milhões de euros para o novo Fundo Europeu para a Competitividade, que inclui o Horizonte Europa e o Fundo de Inovação.

Os planos passam, assim, a ser o principal garante da implementação da estratégia de políticas da União Europeia, com a Comissão Europeia a argumentar que permite maximizar o impacto dos fundos e serão mais simples e adaptados. Irão abranger as verbas da política de coesão, a política social, a Política Agrícola Comum (PAC), a política marítima e das pescas, a migração, a gestão das fronteiras e a segurança interna. É precisamente esta verba que Bruxelas agora dá a conhecer.

Ursula von der LeyenEuropean Union, 2025

Na prática, o objetivo dos planos é que a libertação das verbas esteja associada ao cumprimento de metas de reformas, num modelo inspirado nos Planos de Recuperação e Resiliência e que tem sido criticado por diversas capitais.

Para garantir o alinhamento com os objetivos da União Europeia, Bruxelas irá emitir recomendações a cada Estado-membro sobre as áreas prioritárias necessárias. A Comissão Europeia garante ainda que cada Estado-membro poderá aceder ao mesmo montante de fundos que dispõe atualmente e haverá um montante mínimo obrigatório para as regiões menos desenvolvidas, bem como uma salvaguarda que garanta que estas receberão globalmente, pelo menos, tanto financiamento como no âmbito da atual dotação de coesão.

Segundo Bruxelas, os Estados-membros terão flexibilidade para estruturar os planos de modo a refletir as suas próprias estruturas e preferências constitucionais e administrativas. Por exemplo, podem optar por estruturar os planos com capítulos nacionais, regionais ou setoriais.

Castro Almeida alertou que a organização do orçamento é bastante diferente do que era até aqui. “Vai haver maior concentração de fundos para permitir também maior flexibilidade. Vai haver maior orientação para resultados. Isso parece-nos positivo. O que é preciso não é gastar dinheiro, é apresentar resultados e os fundos vêm em função dos resultados que se apresentam. E há uma aposta forte no lado da competitividade e uma novidade que é a aposta na habitação”, sublinhou o ministro da Economia.

Porém, o governante sublinhou que a nova orientação de Bruxelas “também traduz um certo centralismo no critério da decisão“. Ou seja, mais fundos geridos a partir de Bruxelas e também maior concentração nos governos dos países. “Isto coloca em risco, não dá garantias de financiamento às regiões mais desfavorecidas, sobretudo às regiões mais pobres, designadamente também às regiões ultraperiféricas, no nosso caso os Açores e a Madeira“, considerou.

Castro Almeida destacou ainda que a nova estrutura, sobretudo nos fundos ligados à competitividade traz um desafio acrescido. “Aquilo que parece evidente é que vai haver maior competição. Portugal vai ter de se preparar, sobretudo na área da competitividade. As empresas portuguesas vão ter de se preparar para concorrer a fundos europeus em concorrência com demais empresas europeias. Isso é o trabalho sério que temos de fazer a partir de agora”, argumentou.

(Notícia atualizada às 15h12)

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Tribunal determina encerramento da dona da Visão

  • Lusa e + M
  • 18 Julho 2025

"Decido não homologar o plano de insolvência apresentado pela Trust in News", refere a juíza no documento do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste.

O plano de insolvência apresentado pela Trust in News (TiN), dona da revista Visão e de outros títulos, não foi homologado pela justiça, de acordo com decisão do tribunal a que a Lusa teve acesso, tendo sido determinado o encerramento da sua atividade.

“Nestes termos, decido não homologar o plano de insolvência apresentado pela Trustin News”, refere a juíza no documento do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, datado desta sexta-feira.

Por conseguinte, “ponho termo à administração da massa insolvente pela devedora, assumida desde 09/06/2025 como resulta do requerimento junto aos autos em 04/06/2025, nos termos previstos no art.º 228.º, n.º 1, al. e), do CIRE” e “declaro cessada a suspensão da liquidação determinada pela assembleia de credores realizada em 29/01/2025”.

Além disso, “determino [que] seja comunicado oficiosamente às Finanças o encerramento da atividade da devedora“, bem como “o prosseguimento dos autos com a imediata apreensão dos bens da devedora e respetiva liquidação“, segundo a decisão sobre a empresa que tem como acionista Luís Delgado.

O plano, recorde-se, foi aprovado a 27 de maio, com 77% dos credores a votar favoravelmente e 23% contra. Segundo o documento, a TiN propõe aos credores um “compromisso de aporte de até 1,5 milhões de euros, faseadamente, e em função das necessidades da empresa para reforçar a tesouraria”, por parte do acionista único, Luís Delgado.

Entretanto, a greve, em curso desde dia 20 de junho mantinha-se, prometendo assim continuar até que sejam pagos as remunerações em atraso. O mês de maio já está pago, faltando os subsídios de refeição de maio e junho e os salários de junho.

Além da injeção, faseada, de capital, o plano mantinha a intenção de suspender, licenciar ou vender publicações deficitárias como TV Mais, Telenovelas, Caras Decoração, Prima, Visão Saúde, Visão Surf e This is Portugal, sendo que, “com exceção da Telenovelas, todas as outras publicações já estão suspensas”. Prevê ainda um ajuste na periodicidade, se necessário, de algumas revistas, mantendo apenas as mais rentáveis, além da redução de 70% do espaço físico (50% já foi reduzido) e o encerramento da delegação no Porto.

Seria ainda reduzido “o quadro de funcionários, proporcional à suspensão de publicações, com reestruturação interna”. Quanto ao pagamento das dívidas proposto, será faseado, no caso da AT e ISS em 150 prestações, além de um “plano de pagamento de 12 a 15 anos para credores comuns e garantidos” e da “possibilidade de permuta de publicidade para pagamento de parte das dívidas”.

Para aumentar receitas, o plano previa o “aumento de assinaturas digitais e melhoria da plataforma de e-commerce, parcerias estratégicas com outros grupos editoriais”, a “exploração de novos formatos de conteúdo, como podcasts e vídeos”, e o “licenciamento de marcas para gerar receita adicional”.

Quanto ao impacto desta reestruturação, a empresa apontava uma “melhoria gradual da rentabilidade, com um retorno a resultados positivos esperado a médio prazo”, evitando a liquidação da empresa e “preservando postos de trabalho e ativos”. Ficará, segundo o plano, ajustado “o modelo de negócio para um formato mais sustentável, alinhado às tendências digitais”, garantindo ainda o “pagamento aos credores, comparativamente a um cenário de liquidação, onde muitos não receberiam os seus créditos”.

O plano previa também a “criação imediata de uma task force com dois diretores editoriais, diretora comercial, diretora financeira e diretor de recursos humanos, com a tarefa de reanalisar todos os custos e contratos passíveis de serem renegociados ou cessados, sem qualquer penalização para a empresa, e apresentar medidas e sugestões para aumentar as receitas, tendo em conta os recursos existentes” e os melhores exemplos nacionais e internacionais.

Entretanto, Luís Delgado vai recorrer da sentença que determina o encerramento da Trust in News (TiN). A informação foi avançada ao ECO/+M pelo próprio, acionista único da empresa. A aprovação do plano de insolvência por 77% dos credores será um dos argumentos.

 

(notícia atualizada às 14h40)

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Reclamações de clientes a seguradoras diminuem 6,5% em 2024

  • Lusa
  • 18 Julho 2025

Para a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), a redução das reclamações reflete as "melhores práticas de mercado e maior eficácia preventiva da supervisão".

As reclamações de clientes a seguradoras diminuíram 6,5% em 2024 para 28.939, segundo o Relatório de Regulação e Supervisão da Conduta de Mercado divulgado esta sexta-feira.

Para a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), a redução das reclamações reflete as “melhores práticas de mercado e maior eficácia preventiva da supervisão”.

Quanto às respostas das seguradoras às reclamações, em 2024, 39% dos reclamantes tiveram resposta favorável, um valor que fica acima dos 37,5% de 2023.

Quanto à atividade de supervisão da ASF, realizou 2.860 ações e analisou 835 anúncios publicitários em 2024.

Refere ainda o relatório que foram realizadas 80 ações inspetivas de supervisão comportamental nas instalações dos supervisionados (acima das 74 em 2023).

Na atividade sancionatória, a ASF aplicou 40 decisões de condenação e instaurou 22 processos de contraordenação.

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Bolsonaro alvo de buscas da Polícia Federal do Brasil e sujeito a pulseira eletrónica

  • Lusa
  • 18 Julho 2025

O ex-presidente brasileiro vai usar pulseira eletrónica, ficando ainda proibido de aceder às redes sociais, de falar com o filho Eduardo Bolsonaro e de se aproximar de embaixadas estrangeiras.

A Polícia Federal do Brasil realizou esta sexta-feira buscas e apreensões em domicílios ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, processado no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta de tentativa de golpe de Estado, informou a corporação em comunicado.

Também esta sexta-feira, a imprensa brasileira avança que o ex-presidente brasileiro vai usar pulseira eletrónica, ficando ainda proibido de aceder às redes sociais, de falar com o filho Eduardo Bolsonaro e de se aproximar de embaixadas estrangeiras, segundo a Folha de S.Paulo. A decisão foi tomada pelo juiz Alexandre de Moraes, do STF.

Imagens divulgadas pela GloboNews mostraram veículos da Polícia Federal na residência do ex-presidente (2019-2022), na capital brasileira, e a imprensa avançou que outra ordem de busca e apreensão ocorreu na sede do Partido Liberal (PL), por ele liderado.

No comunicado, a Polícia Federal brasileira anunciou que, para além destes dois mandados de busca, está a proceder a outras medidas, que não divulgou, cumprindo um mandado expedido pelo STF.

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BacanaPlay aposta em espaço imersivo no Vodafone Paredes de Coura

  • + M
  • 18 Julho 2025

A ativação “Hey! BacanaPlay!” será aberta a todos os festivaleiros, mas apenas os utilizadores registados na plataforma BacanaPlay poderão aceder a alguns prémios, como hoodies, chapéus ou leques.

O universo dos jogos BacanaPlay vai ganhar vida no Vodafone Paredes de Coura, através de um espaço imersivo onde se poderão encontrar os mundos Floating Dragon World e Wild West Saloon.

Esta ativação irá proporcionar aos festivaleiros que se deslocarem a Paredes de Coura entre 14 e 17 de agosto uma experiência “visual, sensorial e cheia de prémios exclusivos”.

Tendo por base a identidade criativa desenvolvida por dois artistas nacionais, Kruella D’Enfer e Gonçalo Mar, o espaço BacanaPlay no festival vai recriar “elementos icónicos dos seus mundos de slots, desde dragões flutuantes até saloons do velho oeste, passando por personagens e objetos que só existiam na imaginação, pelo menos até agora”, descreve-se em nota de imprensa.

“Esta ativação é a continuidade de uma estratégia que une a emoção do jogo ao espírito dos grandes festivais. No Vodafone Paredes de Coura, temos o desafio de condensar dois mundos num só espaço, criando uma experiência intensa, divertida e memorável, sempre com a mecânica ‘Play & Win’ que tanto sucesso teve no Primavera Sound Porto“, diz Pedro Garcia, country manager da BacanaPlay em Portugal e Brasil, citado em comunicado.

A ativação “Hey! BacanaPlay!” será aberta a todos os festivaleiros, mas apenas os utilizadores registados na plataforma BacanaPlay poderão aceder a alguns prémios, como hoodies, chapéus, leques, baralhos de cartas ou lanyards.

O espaço contará também com máquinas de slots temáticas, zonas instagramáveis com elementos decorativos dos dois mundos, e a presença de personagens como cowboys e dragões.

A ativação foi desenvolvida pela D*vagar, estando a estratégia de assessoria de imprensa e de influencer marketing entregue à Public‘.

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Alexandra Leitão acusa Moedas de “radicalismo disfarçado de moderação” e de só anunciar e nada fazer

Durante a assinatura do acordo da coligação PS, BE, Livre e PAN à Câmara de Lisboa, Alexandra Leitão diz que "com Moedas há propaganda, mas não substância. Há imagem, mas não ação".

A candidata socialista, Alexandra Leitão à Câmara Municipal de Lisboa, durante a apresentação da sua candidatura do Partido Socialista, no pavilhão Carlos Lopes em Lisboa, 08 de março de 2025. TIAGO PETINGA/LUSATIAGO PETINGA/LUSA

Alexandra Leitão, que encabeça a coligação de esquerda, respondeu esta sexta-feira à letra a Carlos Moedas, o seu principal adversário na corrida à Câmara de Lisboa, acusando-o de ter uma estratégia política de “radicalismo disfarçado de moderação”, e de enveredar pela “propaganda” sem “substância”, e pela “imagem” sem “ação”. A socialista promete que a sua coligação vai fazer em vez de só anunciar, e devolver a cidade aos lisboetas, a começar pela promessa de “pelo menos 20% das casas em Lisboa serem públicas“.

É contra esse radicalismo disfarçado de moderação que esta coligação se levanta. Mas não se trata de escolher entre radicalismo e moderação, trata-se de escolher entre quem adia e quem decide, entre quem fala e quem faz“, afirmou Alexandra Leitão em resposta às últimas críticas desferidas por Moedas que acusava a candidatura de esquerda de radicalismo e extremismo.

No discurso de formalização do acordo com o Bloco de Esquerda, Livre e PAN no miradouro de São Pedro de Alcântara, no centro da cidade, a candidata socialista foi a única a discursar e não foi branda com as palavras escolhidas para devolver as acusações a Carlos Moedas.

Alexandra Leitão apontou o dedo ao recandidato à Câmara de Lisboa por ter um “discurso vazio de ideias e de esperança”, devolvendo as críticas: “Dizem-se moderados numa cruzada contra radicais“, mas “radical é não ter uma política de habitação. Radical é assistir passivamente a uma cidade onde os trabalhadores da própria câmara, das escolas, dos hospitais, das forças de segurança já não conseguem viver; onde os jovens não têm casa, onde as famílias da classe media se veem forçadas a sair.”

Prosseguindo com as farpas a Moedas, Alexandra Leitão não poupou palavras: “Ao fim de quatro anos de mandato, Carlos Moedas deixa uma cidade mais suja, mais desigual, mais cara, mais caótica e difícil de viver”.

Dizem-se moderados numa cruzada contra radicais, mas radical é não ter uma política de habitação.

Alexandra Leitão

Cabeça de lista coligação de esquerda à Câmara de Lisboa

Na intervenção, a candidata socialista referiu que a coligação foi inspirada pela candidatura de Jorge Sampaio à Câmara de Lisboa há 35 anos que formou uma coligação para devolver Lisboa aos lisboetas, tendo como grande prioridade a habitação pública”. Por isso, os partidos desta coligação voltam a “unir forças para construir uma cidade mais justa, próxima e humana e onde todas e todos possam viver Lisboa, em que morar não seja um privilégio, mas um direito”.

Se ganhar, Alexandra Leitão promete que “pelo menos 20% das casas em Lisboa sejam públicas, reabilitar edifícios devolutos, construir nova habitação com regras claras, usar o património municipal com critério social, investir em cooperativas, penalizar imóveis devolutos e criar um grande programa de requalificação dos bairros municipais”.

A candidata socialista também pretende “usar terrenos municipais para soluções inovadoras, casas modulares, construções rápidas que não comprometam a qualidade”. Até porque, justificou em tom de crítica a Moedas, “quem precisa de casa não pode esperar por quatro anos de anúncios“.

Alexandra Leitão contou com a participação do líder do PS, José Luís Carneiro, que deixou rasgados elogios ao seu trabalho no partido como líder parlamentar e ministra da Administração Pública. Considerou que foi uma escolha “acertadíssima”. Refira-se que foi o antigo líder do partido Nuno Pedro Santos quem indicou Alexandra Leitão para a corrida à capital.

José Luís Carneiro afirmou ainda que o objetivo do partido para as próximas autárquicas de 12 de outubro é ganhar Lisboa, Porto e Braga.

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IGAS investiga contratos milionários entre hospital de Braga e empresa do diretor de Oftalmologia

  • ECO e Lusa
  • 18 Julho 2025

O diretor do IGAS, Carlos Carapeto, disse ao ECO que as diligências se iniciaram “há pouco tempo” e devem-se às “recentes notícias” sobre os contratos no valor de mais de 27 milhões de euros.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu uma investigação aos contratos milionários entre o Hospital de Braga e uma empresa do diretor do serviço de Oftalmologia, avançou esta sexta-feira a rádio Renascença e confirmou o ECO.

O diretor do IGAS, Carlos Carapeto, disse ao ECO que as diligências se iniciaram “há pouco tempo” e devem-se às “recentes notícias” sobre os contratos no valor de mais de 27 milhões de euros ao longo de 15 anos.

Na quinta-feira, a CNN Portugal noticiou que, desde 2010, o Hospital de Braga fez contratos sem concurso de serviços médicos de oftalmologia à Iberoftal, empresa privada do próprio diretor daquele serviço na unidade pública, Fernando Vaz. Dois dias antes de a notícia vir a público, o médico apresentou um pedido de demissão.

Só desde 2019, quando deixou de ser uma parceria público-privada (PPP) e passou para as mãos do Estado, foram feitos contratos no valor de 27,7 milhões de euros, e nos últimos dois anos, em três ajustes diretos, foram entregues mais de nove milhões de euros para consultas, cirurgias e injeções, entre outros, à empresa em causa até 2027.

Entre 2019 e 2023, os valores implicados na prestação de serviços foram superiores a 18,1 milhões de euros. No início de 2024, foi promovido um concurso público internacional para a prestação de serviços de oftalmologia, a vigorar durante todo esse ano, que “teve publicação internacional e foi totalmente aberto à concorrência, tendo sido devidamente visado pelo Tribunal de Contas em sede de processo de fiscalização prévia”.

Além destas irregularidades, Fernando Vaz assume ainda funções de coordenador de Oftalmologia no Instituto CUF Porto e no Hospital CUF Porto, o que contraria o que está previsto na lei para os médicos que exercem direções de serviço no Serviço Nacional de Saúde (SNS), de acordo com a estação televisiva.

A Ordem dos Médicos já pediu hoje esclarecimentos à Unidade Local de Saúde de Braga sobre o diretor de serviço proprietário de uma empresa que fez contratos com a unidade hospitalar e que terá acumulado funções de coordenação no privado.

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CBS cancela The Late Show com Stephen Colbert

  • + M
  • 18 Julho 2025

O final foi anunciado na noite de quinta-feira por Stephen Colbert. "Soube ontem à noite que o próximo ano será a nossa última temporada. É o fim do 'Late Show' na CBS, vai acabar", afirmou.

A CBS cancelou o “The Late Show with Stephen Colbert”, um dos programas mais vistos dos EUA. A decisão terá sido justificada pela companhia por questões “financeiras”, num momento em que Paramount, dona da CBS, aguarda luz verde da Administração para a compra da Skydance.

Palco frequente de críticas a Donald Trump, o formato vai chegar ao fim em maio de 2026. Está no ar há 10 anos e o final foi anunciado na noite de quinta-feira por Stephen Colbert. “Soube ontem à noite que o próximo ano será a nossa última temporada. É o fim do ‘Late Show’ na CBS, vai acabar”, afirmou no início do programa.

Já no início do mês a Paramount, a dona da CBS, concordou pagar 16 milhões de dólares (quase 13,6 milhões de euros) para sanar uma ação judicial movida por Donald Trump, por causa de uma entrevista transmitida em outubro no programa “60 Minutes”.

O presidente norte-americano tinha movido um processo de 20 mil milhões de dólares contra a CBS, acusando a estação de ter editado uma entrevista a Kamala Harris no ano passado, para favorecer a candidata democrata.

Embora Kamala Harris tenha perdido as eleições, Trump não retirou o processo. A CBS e os seus advogados diziam que o caso não tinha fundamento, mas responsáveis da Paramount eram da opinião de que o grupo devia chegar a um acordo com Donald Trump, para encerrar a questão.

Recorde-se que alguns dirigentes do grupo, como Wendy McMahon, CEO da CBS News, apresentaram a demissão em divergência com a Paramount por esta querer chegar a acordo com Donald Trump. Nessa altura, também Bill Owens, produtor executivo do programa “60 Minutes” já tinha saído do grupo.

Esta tinha sido a mais recente concessão feita por uma empresa de media ao presidente norte-americano, que tem tido uma relação hostil e controversa com os meios de comunicação, que acusa recorrentemente de fazerem coberturas falsas e enganosas.

O acordo surge na altura em que a Paramount aguarda a aprovação do governo de Donald Trump para uma fusão com o estúdio Skydance, negócio que está a ser analisado há vários meses.

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Descida do IRC do Governo garantida pelo voto a favor do Chega

Partido de André Ventura que ir mais longe e, por isso, deverá pedir uma reunião para propor a redução gradual da derrama estadual, um compromisso também plasmado no programa eleitoral da AD.

A descida do IRC em um ponto, de 20% para 19%, em 2026, proposta pelo Governo de Luís Montenegro, está garantida com a ajuda do Chega. O partido de André Ventura revelou ao ECO que irá votar favoravelmente a iniciativa, mas quer ir mais longe e, por isso, deverá pedir uma reunião ao Executivo para propor a redução gradual da derrama estadual, um compromisso que também está plasmado no programa eleitoral com que a Aliança Democrática (AD) – coligação PSD/CDS ganhou as legislativas de 18 de maio.

O Executivo aprova esta sexta-feira, em Conselho de Ministros, uma proposta de lei a submeter à Assembleia da República que visa reduzir a taxa nominal do IRC em ponto percentual, de 20% para 19%, em 2026, com o objetivo de chegar a 17%, no final da legislatura, em 2029. Para os primeiros 50 mil euros de lucro tributável das micro, pequenas e médias empresas (PME), o imposto baixa igualmente um ponto, dos atuais 16% para 15%.

Apesar da “maioria maior” de 91 deputados, a AD precisa do apoio ou do Chega, com 60 parlamentares, ou do PS, com 58 lugares, para poder passar iniciativas legislativas, uma vez que não tem uma maioria absoluta de 116 cadeiras das 230 do hemiciclo. Tendo em conta que o PS se tem mostrado contra reduções transversais do IRC sem qualquer contrapartida do ponto de vista do reinvestimento ou da criação de postos de trabalho, resta o Chega para viabilizar o alívio fiscal.

O agora líder da oposição já sinalizou ao ECO que irá garantir a aprovação da iniciativa. “Viabilizaremos. O Chega apoia todas as medidas que impliquem a redução de impostos sobre as empresas e sobre as famílias”, segundo fonte oficial do partido.

Viabilizaremos. O Chega apoia todas as medidas que impliquem a redução de impostos sobre as empresas e sobre as famílias.

Partido Chega

Mas o Chega é mais ambicioso e, tal como no IRS, vai defender uma nova descida do imposto: “Iremos apresentar uma proposta que comprometa o Governo a reduzir de forma gradual a derrama estadual”. Neste sentido, “o Chega deverá propor uma reunião bilateral ao Governo em matéria de IRC, logo no início de setembro, para se definir logo o conteúdo da nova legislação”, sublinhou.

Ainda assim, esta não será uma “condição” para a aprovação da descida do IRC do Executivo, alertou. “Não condicionaremos a viabilização pela nossa proposta”, reforçou.

Para este ano, a redução de um ponto da taxa de IRC, de 21% para 20%, foi viabilizada com a abstenção de PS e Chega, cuja posição foi determinante para que a medida obtivesse luz verde. Na altura, o partido de André Ventura queria que o imposto baixasse dois pontos em vez de um, pelo que decidiu não votar favoravelmente.

Desta vez, e pese embora o seu programa seja mais audaz ao defender um alívio da taxa mais significativo até 15% em 2028 em vez dos 17% até 2029, proposto pelo Governo, o Chega vai aprovar a iniciativa do Executivo, votando a favor, o que garante logo a sua viabilização, dispensando entendimento algum com o PS.

Iremos apresentar uma proposta que comprometa o Governo a reduzir de forma gradual a derrama estadual. O Chega deverá propor uma reunião bilateral ao Governo em matéria de IRC, logo no início de setembro, para se definir logo o conteúdo da nova legislação.

Partido Chega

A proposta da AD – coligação PSD/CDS de redução transversal do IRC em três pontos percentuais, de 20% para 17%, e de descida da taxa de 16% para 15% nos primeiros 50 mil euros de lucro tributável, até ao final da legislatura, deverá custar cerca de mil milhões de euros, uma perda de receita que será suportada pelo crescimento económico e pela contenção da despesa corrente primária, segundo as contas do Governo.

Em entrevista ao ECO, Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças, estimou que a descida de IRC concretizada através de uma redução de um ponto percentual ao ano terá um custo estimado entre 200 e 250 milhões de euros a cada ano.

O Chega vai insistir ainda na redução faseada da derrama estadual, que varia entre 3% e 9%, quando o lucro tributável é superior a 1,5 milhões de euros. A AD também tem proposta semelhante no programa, mas o ministro das Finanças já afastou esta medida em declarações ao ECO. “Diria que é muito difícil nos próximos anos isso acontecer, porque o nosso foco é reduzir a taxa de IRC”, afirmou na altura o governante.

Resta saber se, tal como no IRS, o Governo está disposto agora a ceder e a inscrever para mais tarde uma descida daquele tributo adicional ao IRC. De lembrar que, nas negociações para a viabilização da descida do IRS, a AD comprometeu-se a reduzir em mais 0,3 pontos percentuais as taxas entre o 2.º e 5.º escalões, como exigia o Chega.

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Tráfego de passageiros nos aeroportos nacionais cresce 4,8% no primeiro semestre

  • Lusa
  • 18 Julho 2025

No acumulado dos primeiros seis meses do ano os aeroportos nacionais registaram um tráfego de 33,930 milhões de passageiros. Lisboa foi responsável por metade.

O tráfego de passageiros nos aeroportos nacionais aumentou 4,8% e os movimentos comerciais subiram 3,7% no primeiro semestre, abaixo dos crescimentos de 6,4% e 6,5%, respetivamente, em toda a rede da multinacional francesa Vinci.

Segundo dados avançados hoje pela Vinci, que em Portugal detém a ANA, no acumulado dos primeiros seis meses do ano os aeroportos nacionais registaram um tráfego de 33,93 milhões de passageiros, mais 4,8% do que no mesmo período de 2024.

O aeroporto de Lisboa registou o movimento de 17,23 milhões de passageiros no primeiro semestre (50,7% do total), uma subida homóloga de 3%, seguindo-se o do Porto (7,897 milhões; +5,5%) e o de Faro (4,620 milhões; +7%).

O maior crescimento face aos primeiros seis meses do ano passado observou-se no aeroporto da Madeira, com uma subida de 12% para 2,687 milhões de passageiros movimentados, e, por fim, nos Açores a ANA reportou um crescimento de 4,5% no tráfego de passageiros, para 1,499 milhões.

Já em termos de movimentos comerciais, os aeroportos geridos pela ANA registaram um aumento de 3,7% até final de junho, para 227.360, com o aeroporto de Lisboa também a liderar, mas com o aumento menos expressivo (+0,9% para 109.929 voos).

No Porto os voos comerciais aumentaram 4,5% para 51.502, em Faro a subida foi de 7,6% para 30.210, na Madeira mais 13% para 18.452 e nos Açores o crescimento foi de 3,6% para 17.116.

Em toda a rede Vinci — que gere também aeroportos no Reino Unido, França, Sérvia, Hungria, México, Estados Unidos (EUA), República Dominicana, Costa Rica, Chile, Brasil, Japão, Camboja e Cabo Verde — o tráfego de passageiros cresceu 6,4% no primeiro semestre, para um total de 159,229 milhões de passageiros movimentados.

Já o número de voos comerciais aumentou 6,5% em toda a rede, para um total de 1,258 milhões até ao final de junho.

“Este crescimento foi alimentado pelo aumento da capacidade das companhias aéreas, em particular das ‘low cost’ [baixo custo], enquanto as taxas de ocupação se mantiveram elevadas, refletindo a forte procura”, realçou a Vinci Airports, em comunicado.

A gestora de concessões aeroportuárias salientou também que as rotas de longo curso registaram o maior crescimento, “resultado da boa dinâmica no Japão, mas também da diversificação da rede de ‘hubs’ europeus (Lisboa, Edimburgo, Londres Gatwick)”.

“Registaram-se também boas tendências de tráfego em Portugal, onde muitas companhias aéreas aumentaram a sua oferta, enquanto os fatores de carga se mantiveram em níveis elevados (87%)”, apontou a Vinci.

Já o “abrandamento do tráfego aéreo nos Estados Unidos, devido ao clima económico mais incerto, está a ter um impacto negativo nos ‘hubs’ que dependem do tráfego americano de afinidade (VFR — ‘Visiting Friends and Relatives’) e de lazer”, como a Costa Rica e a República Dominicana, que estão a sofrer uma redução da oferta de voos da American Airlines, United e JetBlue, sublinhou.

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José Manuel Silva pede mais quatro anos para continuar a “acelerar” economia de Coimbra

José Manuel Silva, pela coligação "Juntos Somos Coimbra", recandidata-se a mais quatro anos à frente do município e conta com eurodeputada Lídia Pereira como candidata à Assembleia Municipal.

Coligação “Juntos Somos Coimbra”18 julho, 2025

O atual presidente da Câmara Municipal de Coimbra apela ao eleitorado que o reeleja por mais quatro anos de modo a dar continuidade ao trabalho feito até então numa cidade que, garante, “se está a transformar aceleradamente”. E de tal forma que, vinca José Manuel Silva, “está a caminho de se tornar o concelho com o maior ritmo de desenvolvimento sustentado e sustentável do país”. Se ganhar, o candidato promete mais habitação habitação social e de arrendamento acessível, fixar novas multinacionais, criando mais emprego, além de atrair mais talento jovem.

Eleito com maioria absoluta nas eleições de 2021 — o médico conta com a eurodeputada Lídia Pereira como candidata à presidência da Assembleia Municipal (AM) nas próximas autárquicas de 12 de outubro. Tem ainda como mandatário da candidatura, Paulo Mota Pinto, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra; além da mandatária da juventude, a médica e influenciadora digital, Débora Monteiro.

Durante a apresentação da recandidatura pela coligação “Juntos Somos Coimbra” (PSD, CDS-PP, IL, Nós Cidadãos, PPM, Volt, MPT – Partido da Terra) às próximas autárquicas de 12 de outubro, nesta quinta-feira, José Manuel Silva comprometeu-se a construir 268 casas camarárias na Quinta das Bicas e a comprar o icónico edifício do Sousa Bastos para arrendamento acessível.

Porque estamos numa espiral positiva de desenvolvimento e de crescimento demográfico, não temos dúvidas que o povo de Coimbra nos irá conceder […] um novo mandato, para continuarmos o nosso trabalho por mais quatro anos”, apelou

José Manuel Silva

O cabeça de lista da coligação “Juntos Somos Coimbra” apontou ainda baterias para a “recuperação demográfica, sobretudo na faixa etária mais impactante para o futuro de Coimbra, entre os 25 e os 34 anos”, mediante a captação de mais talento e a criação de emprego com a fixação de mais multinacionais no concelho. Desde o início do atual mandato, instalaram-se em Coimbra seis grandes empresas internacionais: Airbus, Deloitte, PricewaterhouseCoopers (PwC), Constellation, Accenture e Génération. “A meio de 2025 já criaram 500 postos de trabalho qualificados, planeiam criar mais 200 até ao final do ano e no final de 2026 deverão atingir 1.000 postos de trabalho”, avança a coligação ao ECO/Local Online.

Durante a apresentação da coligação, o antigo bastonário da Ordem dos Médicos elencou mais algumas promessas: a aposta na linha de alta velocidade, “o investimento nas freguesias, a digitalização e aceleração dos processos da autarquia, a plantação de árvores em todas as caldeiras da cidade”. Este é “um programa que exige um período de oito anos de governação para os frutos serem fortemente visíveis para todos”, assinalou o atual autarca, apelando ao voto.

“Coimbra está a transformar-se aceleradamente, o que implica alguma dor, é verdade, mas a razão é investir num futuro muito melhor, numa cidade mais moderna e cosmopolita, com mais qualidade de vida, mais empresas e mais oportunidades para todos e todas”, frisou o candidato, convicto de que será reeleito para mais um mandato.

“Porque estamos numa espiral positiva de desenvolvimento e de crescimento demográfico, não temos dúvidas que o povo de Coimbra nos irá conceder aquilo que merecemos, mas, sobretudo, aquilo que Coimbra necessita, um novo mandato, para continuarmos o nosso trabalho por mais quatro anos”, apelou José Manuel Silva.

Em 2021, a coligação “Juntos Somos Coimbra” ganhou as eleições autárquicas com cerca de 44% dos votos, contra 32,6% do PS. Na altura, a nova configuração da coligação que foi a votos incluía os partidos RIR e Aliança – este último já extinto.

O atual autarca tem como adversária política do PS na corrida ao município a ex-ministra Ana Abrunhosa, pela coligação Avançar Coimbra. Também entram na corrida o vereador Francisco Queirós, pela CDU, o ex-deputado José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda, e Maria Lencastre Portugal, pelo Chega.

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