Mais de 60 países assinam acordo global para IA ética e inclusiva. EUA e Reino Unido ficam de fora

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2025

Lista dos primeiros 61 signatários inclui a China, a França e a Índia. Pelo contrário, EUA e Reino Unido são as ausências mais notórias. Declaração resulta da cimeira global que decorre em Paris.

Líderes estiveram reunidos em Paris numa cimeira global sobre inteligência artificial (IA)

Mais de seis dezenas de países, sem Estados Unidos e Reino Unido, assinaram uma declaração para uma inteligência artificial aberta, inclusiva e ética, divulgada esta terça-feira na Cimeira de Ação sobre a IA, em Paris.

Ao contrário dos Estados Unidos e do Reino Unido, a lista dos primeiros 61 signatários inclui a China, a França e a Índia, segundo a agência francesa AFP.

Os signatários apelaram a uma maior coordenação da governação da IA, exigindo um “diálogo global”, e pediram que se evite a “concentração do mercado” para tornar a tecnologia mais acessível.

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Prescrição do ‘cartel da banca’ não impede que clientes sejam indemnizados, diz associação

A associação de consumidores Ius Omnibus defende que, apesar da prescrição das coimas, os clientes mantêm o direito a serem indemnizados pelos bancos no caso do 'cartel'.

Para a associação de consumidores Ius Omnibus, a prescrição do caso do ‘cartel da banca’ não impede que os clientes lesados sejam indemnizados, segundo afirmou esta terça-feira em reação à decisão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), que mandou arquivar o processo porque as infrações prescreveram há um ano.

“O acórdão de ontem do TRL poderá vir a significar que os bancos não tenham de pagar 225 milhões de euros em multas. Mas a prescrição destas multas não afeta o direito de indemnização dos consumidores”, refere a Ius, lembrando que o Tribunal da Concorrência e o Tribunal de Justiça da União Europeia “concluíram estarmos perante uma violação da lei da concorrência”.

A Ius considera que a decisão do TRL “poderá até permitir uma justiça mais rápida para os consumidores” e que estão representados pela associação em várias ações populares que fez entrar no Tribunal da Concorrência no ano passado.

“Tendo em conta o historial e intenção anunciada dos bancos de usarem todas as opções de recurso ao seu dispor, se os bancos tivessem perdido o recurso no Tribunal da Relação de Lisboa, o desfecho das ações populares teria, provavelmente, sido adiado por vários anos”, explica.

Nessas ações populares, a Ius reclama que os consumidores têm o direito a uma indemnização até seis mil milhões de euros.

A associação sublinha que a decisão do TRL “alimenta a indignação pública e sublinha a importância de responsabilizar estas instituições” e que as ações populares “tornar-se-ão, provavelmente, a única via viável para se fazer Justiça nestes casos”.

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Juíza do caso BES perguntou a Passos se será candidato a Belém. “Não”, respondeu

de microfone desligado, a juíza responsável pelo caso BES, que julga Ricardo Salgado por corrupção e associação criminosa, perguntou a Passos Coelho se vai concorrer a Presidente da República.

Num momento inusitado, a juíza responsável pelo caso BES – que tem como principal arguido Ricardo Salgado – perguntou ao ex-primeiro ministro, Pedro Passos Coelho, se pretende candidatar-se a Chefe de Estado nas eleições de janeiro de 2026. A questão foi feita com o microfone desligado. A resposta do antigo governante foi clara e perentória: “não”.

O antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho regressou esta terça-feira a tribunal para testemunhar no julgamento do colapso do BES/GES, depois de, em 15 de janeiro, o depoimento ter sido adiado devido à greve dos oficiais de justiça.

Pedro Passos Coelho era chefe de Governo à data da resolução do Banco Espírito Santo (BES), no verão de 2014, e esta é a terceira vez que a inquirição é agendada. Em 15 de janeiro, o antigo primeiro-ministro considerou, à entrada do Tribunal Central Criminal de Lisboa, que em causa está uma matéria “mais do que requentada” e que a sua intervenção no caso está “razoavelmente esclarecida”.

O processo conta atualmente com 18 arguidos, incluindo o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, de 80 anos e diagnosticado com a doença de Alzheimer.

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Politécnico de Leiria terá mais 190 camas para estudantes num investimento de 11 milhões

A futura residência "Nova Leiria" terá capacidade para 165 camas, a que se juntam mais 25 na cidade a partir de junho de 2026. Em fase de concurso público estão outras 101 camas.

Futura residência de estudantes “Nova Leiria”11 fevereiro, 2025

O Instituto Politécnico de Leiria vai disponibilizar, a partir de junho de 2026, mais 190 camas para estudantes universitários, num investimento de 11,25 milhões de euros, mediante a construção da residência “Nova Leiria” e a renovação do atual complexo de residências da cidade.

Durante a cerimónia da consignação das duas empreitadas, que aconteceu esta segunda-feira, em Leiria, o presidente do politécnico, Carlos Rabadão, referiu que, “com o aumento do alojamento disponível, será possível minimizar os custos diretos dos estudantes e das suas famílias, com especial ênfase para os alunos em situação de vulnerabilidade social e económica”.

As duas empreitadas são financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito de uma candidatura ao Programa Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES).

Com o aumento do alojamento disponível, será possível minimizar os custos diretos dos estudantes e das suas famílias, com especial ênfase para os alunos em situação de vulnerabilidade social e económica.

Carlos Rabadão

Presidente do Instituto Politécnico de Leiria

Carlos Rabadão apontou para junho de 2026 a conclusão da futura residência “Nova Leiria” com capacidade para 165 camas. “Além do alojamento, o complexo irá contemplar zonas de refeição, áreas de estudo e de convívio, um pequeno ginásio, lavandaria e espaços de apoio ao funcionamento da residência”, detalhou.

Já a renovação do complexo de residências prevê a recuperação de quatro edifícios para readaptação de espaços e otimização da eficiência energética. Dentro de um ano serão disponibilizadas mais 25 camas que se somam às atuais 433, num total de 458.

Projeto da renovação do Complexo de Residências de Leiria11 fevereiro, 2025

Além destas duas empreitadas, o Instituto Politécnico de Leiria tem em mãos a reabilitação e reconversão do antigo Edifício de Santo Estêvão para uma nova residência de estudantes, com capacidade para 101 camas, estando a obra em fase de concurso público.

O Politécnico é ainda copromotor de mais três residências de estudantes, numa parceria com os municípios da Batalha e Torres Vedras, cujas residências já se encontram em funcionamento, e com a câmara da Marinha Grande, cuja obra foi recentemente adjudicada.

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Governo “não cria falsas expectativas nos pensionistas”, responde ministra ao PS

PS chamou ministra para esclarecer diferença entre estimativa e aumento efetivo das pensões mais baixas. Palma Ramalho garante que não houve "erro especial" e que não foi criada "falsa expectativa".

A ministra do Trabalho negou esta terça-feira ter havido qualquer “erro especial” na diferença entre a estimativa anunciada a meio de novembro para o aumento das pensões mais baixas e as atualizações que viriam a ser confirmadas no final desse mês, com a publicação dos dados da inflação. Numa audição parlamentar pedida pelo PS, Maria do Rosário Palma Ramalho explicou que se tratou apenas de uma estimativa “que se veio a verificar que não estava correta“.

Por lei, há dois indicadores que ditam as atualizações que são aplicadas em janeiro de cada ano ao Indexante dos Apoios Sociais (IAS) e às pensões: a média do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos últimos dois anos e a variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor (IPC) sem habitação.

Ora, com base nas estimativas para esses dois indicadores, os técnicos do Ministério do Trabalho projetaram um aumento de 3,1%, previsão que Palma Ramalho anunciou no Parlamento a 15 de novembro, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2025.

Já no final de novembro, o Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou os dados efetivamente usados para esses cálculos, que determinaram, afinal, uma atualização normal de 2,6% do IAS e das pensões mais baixas. Ou seja, 0,5 pontos percentuais abaixo da estimativa anunciada pelo Governo.

Perante essa diferença, o PS chamou a ministra do Trabalho ao Parlamento, que atirou esta terça-feira: “Não há um erro, há uma estimativa que se veio verificar que não estava correta. Quando estive na Assembleia, ainda não tinha sido feita a correção da estimativa. Não houve nenhum erro especial”.

Não é este Governo que cria falsas expectativas nos pensionistas. Tem adotado um conjunto de medidas diretas para os pensionistas, designadamente aqueles que têm pensões mais baixas.

Maria do Rosário Palma Ramalho

Ministra do Trabalho

Em resposta aos socialistas, Palma Ramalho sublinhou que “não é este Governo que cria falsas expectativas nos pensionistas“. Aliás, “tem adotado um conjunto de medidas diretas para os pensionistas, designadamente aqueles que têm pensões mais baixas“, afirmou.

“Este Governo tem a noção das dificuldades pelas quais os pensionistas passam e a necessidade de os proteger”, assinalou ainda a governante.

As pensões mais baixas (até 1.045 euros) tiveram aumentos, pela via regular, de 2,6% em janeiro. As pensões intermédias (entre 1.045 euros e 3.135 euros) tiveram direito a uma subida regular de 2,1%. Já as pensões mais altas (acima de 3.135 euros) tiveram uma atualização de 1,85%.

Mas esses não foram os únicos aumentos a que os pensionistas receberam no arranque do próximo ano. O PS propôs e o Parlamento aprovou (contra a vontade do Governo e do PSD) que as reformas até três vezes o Indexante dos Apoios Sociais tivessem um reforço extraordinário de 1,25 pontos percentuais.

Quer isto dizer que as pensões mais baixas subiram 3,85%. Já as pensões acima de 1.045 euros, mas abaixo de 1.567 euros subiram 3,35%. Às demais reformas, aplicaram-se apenas os referidos aumentos regulares decorrentes da inflação e do crescimento económico.

Na audição desta terça-feira, a ministra do Trabalho reconheceu também que a Segurança Social tem, neste momento, “as contas equilibradas”, não havendo “razão para alarme”. “A nossa preocupação também decorre da inversão da pirâmide em que vamos ter”, alertou a governante, sublinhando que, apesar do equilíbrio das contas, faz sentido refletir sobre a sustentabilidade do sistema.

Notícia atualizada às 13h04

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Polícia Judiciária faz buscas na Câmara de Valongo por suspeitas de corrupção na McDonald’s

  • ADVOCATUS
  • 11 Fevereiro 2025

A Polícia Judiciária do Porto está a realizar buscas na Câmara de Valongo, na sede da empresa da McDonald's em Oeiras e em várias residências, por suspeitas de corrupção.

A Polícia Judiciária do Porto está a realizar buscas na Câmara de Valongo, na sede da empresa da McDonald’s em Oeiras e em várias residências, avança o JN. Em causa estão suspeitas de corrupção envolvendo o vereador Paulo Ferreira, o diretor de expansão da McDonald’s Portugal e um empresário do ramo imobiliário.

Segundo o JN, o dono da Imopartener, Carlos Moura Guedes, terá alegadamente comprado, através de doações ao Clube de Propaganda de Natação de Valongo, favores do vereador para obter facilidades no licenciamento de um restaurante da McDonald’s no concelho. Em contrapartida. o vereador terá pedido ao empresário que entregasse, entre 2020 e 2022, um donativo ao clube desportivo.

Em cima da mesa estão suspeitas de crimes de corrupção ativa, prevaricação e corrupção no setor privado. O promotor imobiliário Carlos Moura Guedes, que tinha como principal cliente a McDonald’s Portugal, terá corrompido o diretor da área de expansão da multinacional, Pedro Salvador

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JD Vance adverte contra “regulamentação excessiva” da inteligência artificial

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2025

Numa cimeira mundial sobre o setor em Paris, o número 2 da Casa Branca apelou a "regimes regulamentares internacionais que incentivem a criação de tecnologias de IA em vez de a sufocar”.

O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, alertou esta terça-feira na Cimeira de Inteligência Artificial (IA) de Paris, contra as parcerias no setor com “regimes autoritários” e contra uma “regulamentação excessiva” que “poderá matar uma indústria em expansão”.

Os Estados Unidos querem estabelecer parcerias com todos vocês, mas precisamos de regimes regulamentares internacionais que incentivem a criação de tecnologias de IA em vez de a sufocar“, disse Vance numa reunião de chefes de Estado e de tecnologia no Grand Palais, no âmbito de uma reunião internacional destinada a encontrar um terreno comum sobre a governação global da Inteligência Artificial.

“Faremos todos os esforços para incentivar políticas de IA pró-crescimento. Implementar regulamentos internacionais que possam restringir as empresas norte-americanas é um erro terrível, não apenas para os Estados Unidos, mas para o vosso próprio país”, advertiu Vance.

O vice-presidente norte-americano, que fez a sua carreira em Silicon Valley, também sublinhou que os Estados Unidos são “líderes em IA” e que a atual Administração “tenciona manter esse estatuto”, garantindo que a inteligência artificial norte-americana “não será utilizada para se tornar um instrumento de censura”.

J.D. Vance também apontou o dedo aos Estados que estabelecem parcerias com “regimes autoritários” que “nunca são benéficas a longo prazo”, referindo-se às exportações “fortemente subsidiadas” da China da sua tecnologia 5G. “Fazer parceria com eles significa acorrentar a sua nação a um mestre autoritário que procura infiltrar-se, instalar e assumir o controlo da sua infraestrutura de informação”, alertou.

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Bruxelas prepara revolução na estrutura do orçamento comunitário

  • ECO
  • 11 Fevereiro 2025

Comissão Europeia quer um orçamento de longo prazo "mais ambicioso" em tamanho e estrutura e quer substituir programas por três fundos principais.

A Comissão Europeia está a preparar uma revisão radical do próximo orçamento comunitário de um bilião de euros, substituindo dezenas de programas de despesa por três ‘fundos-chapéu’ que permitam maior flexibilidade para lidar com desafios inesperados, noticia esta terça-feira o Financial Times (acesso pago).

De acordo com o documento a que o jornal britânico teve acesso, o objetivo passa por um orçamento de longo prazo “mais ambicioso” em tamanho e estrutura, de modo a responder aos crescentes desafios de aumento da despesa com a defesa e com pagamentos de dívida.

O Financial Times adianta que ainda não existe um valor total para o próximo Quadro Financeiro Plurianual (QFP), que arranca em 2028, mas que Bruxelas defende a maior reformulação de sempre na forma como os fundos são distribuídos, argumentando que “o status quo não é uma opção”.

Neste sentido, destaca que só a necessidade de reembolsar os encargos com as obrigações emitidas durante a pandemia ascenderá a 30 mil milhões de euros por ano, o correspondente a 20% da despesa anual do bloco.

O orçamento comunitário é financiado por contribuições nacionais que representam cerca de 1% do Rendimento Nacional Bruto da União Europeia, sendo cerca de um terço atribuído a subsídios agrícolas, outro terço às políticas de “coesão”, com o resto a cobrir todas as restantes despesas.

No âmbito desta reforma, Bruxelas acordaria um único “plano para cada país com reformas e investimentos importantes”, incluindo fundos regionais e subsídios agrícolas. Um segundo “fundo europeu de competitividade” seria destinado ao investimento em sectores-chave e projetos comuns e um fundo “renovado” para a política externa.

Segundo o Financial Times, estes dois fundos poderiam permitir à UE dedicar uma parte maior do orçamento a projetos de defesa transfronteiriços.

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Reino Unido acredita em acordo com EUA nas tarifas sobre o aço e alumínio

A ministra das Finanças britânica "acredita firmemente que um acordo pode ser feito” para evitar que Donald Trump imponha tarifas sobre as exportações do país, afastando ainda a hipótese de retaliar.

O Reino Unido está confiante que vai conseguir negociar um acordo com os Estados Unidos para evitar a imposição de taxas aduaneiras sobre as suas exportações de aço e alumínio. Ao contrário da União Europeia, que já assumiu que vai retaliar as novas tarifas, a ministra das Finanças britânica Rachel Reeves afastou a imposição de mais tarifas em resposta aos EUA.

Acredito firmemente que um acordo pode ser feito”, disse Reeves no podcast The Political Party, de Matt Forde, esta segunda-feira, ainda antes de Donald Trump assinar as ordens executivas que impõem tarifas de 25% sobre todas as importações dos dois metais para os EUA a partir de 12 de março. Questionada sobre potenciais medidas retaliatórias, a responsável foi perentória: “Não acredito em tarifas. Não quero ver mais tarifas.”

O governo britânico espera que a relação comercial que tem com os EUA pese a seu favor nas negociações para tentar evitar estas taxas aduaneiras, que, segundo a indústria siderúrgica, a concretizarem-se, seriam um “golpe devastador” para a indústria.

“O Reino Unido e os EUA têm um comércio bastante equilibrado, não há excedente ou défice. Não há realmente um problema que precise de ser resolvido através de tarifas ou qualquer outro tipo de barreiras”, argumentou Reeves na mesma entrevista, citada pela agência Bloomberg.

Segundo a ministra das Finanças britânica, cerca de 10% do aço fabricado na Grã-Bretanha é exportado para os EUA e a Grã-Bretanha também importa aço dos EUA. Ao contrário da União Europeia, que já afirmou que vai responder às taxas aduaneiras de Trump, a governante adiantou que retaliar as tarifas não vai ajudar a economia britânica.

“Se tributarmos as coisas que vêm da América, os maiores perdedores serão as pessoas no nosso país que as compram e [pagarão] mais por elas do que antes”, disse Reeves. “É pior para a América também porque os produtos lá vão ficar mais caros. Isso aumenta a inflação: estamos a tentar reduzir a inflação”, alertou.

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Exportações de componentes automóveis travaram 4,5% em 2024 e “o futuro próximo não é animador”

Apesar da queda abaixo do esperado em dezembro, fábricas portuguesas perderam 560 milhões de euros durante o ano passado. Líder do setor diz que terão de “ajustar atividade e capacidade de produção".

As exportações de componentes automóveis atingiram os 11.785 milhões de euros durante o ano passado, o que significa uma quebra de 4,5% relativamente a 2023. Apesar da perda de 560 milhões face ao valor recorde no ano anterior, ressalva a associação do setor (AFIA) que continuam a representar quase 15% das vendas portuguesas de bens transacionáveis ao exterior.

Unidade: milhões de euros | Fonte: INE (dados provisórios)

A sofrer com a travagem brusca das encomendas sobretudo por parte das construtoras automóveis alemãs, francesas e espanholas – as vendas para o mercado europeu recuaram 5,1% em termos homólogos em 2024 –, as fornecedoras nacionais salientam, ainda assim, que a queda no último mês do ano (-4,5%) abaixo do projetado poderá indicar uma “alteração do mix de produção na Europa e o reforço de outros destinos”.

No total do ano passado, a Europa absorveu 88,5% das exportações do setor, figurando Espanha (quota de 28,3%), Alemanha (23,4%) e França (8,4%) no pódio dos destinos. Todos estes países encolheram as compras a Portugal, contribuindo para o primeiro recuo desde a pandemia neste indicador.

Fora do Velho Continente, a associação setorial destaca os EUA (4,9% do total) e Marrocos, que ainda ocupa a 11.ª posição na lista de clientes (quota de 2,1%), mas que em 2024 aumentou em 26,1% as compras às fábricas nacionais.

José Couto, presidente da AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel

Perspetivando 2025, José Couto, presidente da AFIA, reconhece que “os dados para o futuro próximo não são animadores”. “A redução das vendas de veículos no mercado europeu, juntamente com os sinais de queda, informados pelos clientes, que temos vindo a registar, deixam antever tempos ainda mais conturbados para o setor automóvel, o que fará com que, provavelmente, as empresas tenham de ajustar a atividade e a capacidade de produção que existe neste momento no nosso país”, acrescenta.

Em comunicado, a associação sediada em Matosinhos defende que, apesar da contração verificada no ano passado e de os dados para este ano anteciparem uma nova recessão, este setor “continua a ser estratégico para a economia portuguesa”. A evolução dos próximos meses, assinala ainda, dependerá da recuperação da indústria automóvel europeia, da estabilização das cadeias de abastecimento e das políticas comerciais globais, como as tarifas que estão a ser impostas pelos EUA.

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Tupai ganha batalha judicial de 1,2 milhões à Autoridade Tributária

A decisão judicial já não admite recurso e anula integralmente a liquidação de IVA com base numa interpretação errada daquela regra que havia custado 1,2 milhões de impostos à empresa de Águeda.

A Tupai, empresa histórica de Águeda com atividade na área das ferragens de luxo, venceu o processo fiscal em que a Autoridade Tributária reclamava o pagamento de 1,2 milhões de euros.

Em causa estava uma decisão da Autoridade Tributária relativa a uma correção, em sede de IRC, referente ao método de valorização dos inventários, agora anulada. Na decisão, o Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Aveiro concluiu que o Fisco tinha errado na forma como tinha apurado o valor dos inventários registados pela empresa na sua contabilidade, interpretando e aplicando erradamente a regra prevista no artigo 86.º do CIVA.

A decisão judicial, que já não admite recurso, anulou integralmente a liquidação de IVA com base numa interpretação errada daquela regra que havia liquidado 1,2 milhões de impostos à empresa de Águeda.

Pedro Marinho Falcão, sócio fundador da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, o advogado que representou a Tupai, referiu “que se tratou de um processo altamente complexo e técnico que convocou a realização de duas perícias, mas que foi possível demonstrar o equívoco da AT na forma como aplicou a presunção do art.º 86 do CIVA”.

Salientou ainda que “a decisão judicial tomada pelo TAF de Aveiro e que já transitou em julgado representa uma vitória expressiva para as empresas que têm sido objeto de fiscalização sob o tema da fixação dos inventários, mais declarando que este precedente vai exigir por parte da Inspeção Fiscal maior rigor na aplicação de normas que podem penalizar os empresários”.

Em novembro, o Banco Português de Investimento e a Flexdeal investiram quatro milhões de euros na recapitalização da Tupai.

O investimento na Tupai foi realizado no âmbito do Programa de Recapitalização Estratégica, que apoia empresas economicamente viáveis, e inclui 2,8 milhões de euros financiados pelo Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), financiado pelo PRR, e 1,2 milhões de euros da Flexdeal SIMFE (Sociedade de Investimento Mobiliário para Fomento do Mercado), informa o BPF em comunicado.

“Acreditamos que esta parceria marca o início de uma nova etapa no crescimento da Tupai. Reforçaremos as nossas valências internas e consolidaremos a marca como referência europeia e mundial na indústria de ferragens”, afirma o administrador financeiro, Vítor Camarneiro, citado na nota enviada às redações.

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Antiga fábrica Covina em Santa Iria de Azóia transformada em parque logístico pela Panattoni Ibéria

Panattoni Ibéria adquiriu a antiga fábrica de vidro nos arredores de Lisboa e inicia já em fevereiro obras de transformação num parque logístico com cinco edifícios e 21 hectares.

A antiga fábrica vidreira da Saint-Gobain Sekurit vai dar lugar a um parque logístico erguido pela Panattoni Ibéria. A empresa pertencente ao promotor logístico e industrial Panatoni fechou contrato com a Saint-Gobain, promovendo uma nova utilização para o espaço ocupado durante décadas pela Covina (Companhia Vidreira Nacional), em Santa Iria da Azóia – inaugurada em 1940 e berço do vidro de dezenas de modelos automóveis montados em Portugal na segunda metade do século passado, bem como de modelos da Autoeuropa, o seu mais importante cliente aquando do encerramento em 2021, devido a problemas financeiros.

O parque logístico Panattoni Park Lisbon-City atingirá uma área total de 212 mil metros quadrados, com cinco armazéns e 85 mil metros quadrados de área bruta locável. A reconversão da antiga fábrica de vidro Covina, privatizada no início dos anos 1990 e reconvertida em Saint-Gobain Sekurit, ocorrerá por fases, com a inicial, a desenvolver já a partir de fevereiro, a consistir em três edifícios logísticos com 11 metros de pé direito, painéis fotovoltaicos na cobertura, cais de carga e descarga e carregadores para veículos elétricos. Estes espaços, multi-inquilinos, serão fracionados em áreas entre seis mil e 52 mil metros quadrados, e deverão estar prontos para arrendamento em 2026.

A segunda fase avançará em meados deste ano, com início de arrendamento após a primeira fase, e consistirá em dois edifícios com frações entre os cinco mil metros quadrados e a globalidade do espaço, de 33 mil metros quadrados.

Gustavo Cardozo, Managing Director/Partner da Panattoni Ibéria, afirma, em comunicado, que o Panattoni Park Lisbon-City “reafirma” o “compromisso” da empresa “com o mercado imobiliário logístico de Portugal, oferecendo a empresas de qualquer setor uma infraestrutura moderna e eficiente, concebida para impulsionar o seu crescimento e competitividade”.

O parque logístico está localizado no concelho de Loures, perto do nó da autoestrada do Norte e a cerca de dez quilómetros do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

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