Hotelaria faz balanço positivo do verão, com ocupação de 81% e maior preço médio

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

O preço médio por quarto fixou-se nos 172 euros a nível nacional, surgindo o Algarve na liderança, com 227 euros, seguido do Alentejo e da Grande Lisboa, com 195 euros e 193 euros.

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) fez esta terça-feira um balanço positivo do verão, quando a taxa de ocupação foi de 81% e preço médio por quarto subiu para 172 euros, “consolidando a posição mesmo junto do mercado interno”. Os resultados do inquérito “Balanço verão 2024” da AHP (relativos ao período entre junho e setembro) contrariam, segundo o presidente da associação, a ideia de que os preços elevados tinham levado a um afastamento dos portugueses do Algarve.

“Os portugueses contribuíram para os números do Algarve, assim como contribuíram, também, os ingleses, os alemães e, agora, os americanos”, afirmou Bernardo Trindade. A este propósito, o dirigente associativo destacou a importância do crescimento a sul do mercado americano, dado o seu grande “poder aquisitivo” e ao facto de, historicamente, se relacionar diretamente com as cadeias hoteleiras, removendo intermediários e permitindo maiores ganhos aos estabelecimentos.

“Há uma conjugação de fatores que nos obriga a olhar para estes números com satisfação. O Algarve teve um bom verão, que foi sentido um pouco por todo o país, e isso, obviamente, deixa-nos satisfeitos”, resumiu Bernardo Trindade. Segundo os dados da AHP, entre junho e setembro a taxa de ocupação da hotelaria nacional foi de 81%, destacando-se as regiões dos Açores e da Madeira, com uma ocupação de 91%.

Seguiram-se o Algarve, com 85%, e a Grande Lisboa e Península de Setúbal, com 84%, enquanto a região Norte registou uma taxa de ocupação de 76% e o Alentejo fechou o verão com 72% Já as regiões com as taxas de ocupação mais baixas foram o Oeste e Vale do Tejo e o Centro, com 62% e 70%, respetivamente.

No que se refere ao preço médio por quarto, fixou-se nos 172 euros a nível nacional, surgindo o Algarve na liderança, com 227 euros, seguido do Alentejo e da Grande Lisboa, com 195 euros e 193 euros, respetivamente. Relativamente à estada média dos turistas, foi de 3,1 noites a nível nacional, tendo as regiões da Madeira e do Algarve liderado ao registar 5,4 noites e 4,8 noites, respetivamente.

Os Açores, com 3,4 noites, também ficaram acima da média, enquanto noutras regiões, como a Grande Lisboa e o Centro, a estada média foi de 2,7 noites, e no Alentejo e Península de Setúbal foi de 2,6 e 2,5 noites, respetivamente. Já o Oeste e Vale do Tejo apresentou a estada média mais baixa, de duas noites.

Questionados sobre os proveitos totais no período do verão, 75% dos inquiridos pela AHP reportaram resultados melhores ou muito melhores do que no ano passado, enquanto 17% apontaram resultados piores ou muito piores. Especificamente no mês de setembro, a AHP destacou a performance registada pela hotelaria na segunda quinzena, impulsionada pela realização de “grandes eventos internacionais que ajudaram a impulsionar os resultados de ocupação e preço”.

Quanto aos mercados emissores, a associação nota que o mercado interno foi apontado com um dos três primeiros por 73% dos inquiridos, ocupando o Reino Unido (53%) e os Estados Unidos (51%) os segundo e terceiro lugares, “consolidando o mercado americano como um dos mais relevantes para o setor hoteleiro nacional”.

O mercado espanhol foi referido por 44% dos inquiridos, seguido da Alemanha, mencionada por 25%, tendo o mercado francês perdido força, sendo incluído no ‘top 3’ por apenas 19% dos inquiridos. No que se refere aos canais de reserva, a associação apontou a “dominância das plataformas ‘online’”, com a Booking a ser mencionada por 96% dos inquiridos, seguindo-se os ‘websites’ próprios (78%) e as agências de viagens (43%).

Com um intervalo de confiança de 95% e uma margem de erro de 4,89%, o inquérito da AHP foi realizado entre 01 e 14 de outubro junto de 343 empreendimentos turísticos associados, localizados no Norte (11%), Centro (7%), Oeste e Vale do Tejo (8%), Grande Lisboa (38%), Península de Setúbal (3%), Alentejo (7%), Algarve (11%), Açores (7%) e Madeira (8%).

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“Segundo mandato é uma questão natural”, assume governador do Banco de Portugal, Mário Centeno

  • ECO
  • 22 Outubro 2024

Governador continua sem abrir o jogo em relação a uma candidatura a Belém e considera que é "natural" um segundo mandato no Banco de Portugal.

Mário Centeno considerou que um segundo mandato como governador do Banco de Portugal é uma “questão natural” e manteve o tabu em relação a uma candidatura às presidenciais do próximo ano. “Não é o foco do meu pensamento. Não é uma questão que eu tenha sequer de abordar”, disse em entrevista à RTP esta segunda-feira.

Questionado sobre um novo mandato à frente do supervisor, o ex-ministro das Finanças do Governo de António Costa foi mais claro: “Trabalho para que a função de governador seja desempenhada de forma positiva. Um segundo mandato é uma questão natural quando temos dois mandatos que estão previstos na lei orgânica do Banco de Portugal.”

O mandato de Mário Centeno no Banco de Portugal termina em junho do próximo ano. Recentemente, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que sabe “seguramente” o que irá fazer no próximo verão em relação ao nome do próximo governador, mas não quis adiantar quais os planos. “Ninguém toma uma posição dessas a meio ano de distância”, frisou Montenegro em entrevista à SIC.

Medidas que aumentem procura “só vão agravar problema” da habitação

Mário Centeno disse ainda que sem um aumento da construção de casas novas não se irá “conseguir resolver o problema da falta de habitação” no país. E nesse sentido frisou que “as medidas do lado da procura, aquelas que ou através de impostos ou de facilitação do crédito aumentem a procura, só vão agravar o problema”.

O governador tem sido um dos principais críticos da medida da garantia pública para os jovens que queiram comprar casa.

Em relação à descida do IRC, destacou que a decisão do Governo “tem legitimidade”, mas espera que não coloque em causa as contas públicas. “Se existir uma decisão de ajustar taxas de impostos, nomeadamente do IRC, essa decisão tem legitimidade e só tem que olhar para a frente, dar dois passos adiante e perceber se não coloca a tal capacidade de financiamento em causa e é esse equilíbrio que estou certo sairá do Parlamento”, referiu.

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Intelcia quer contratar 300 trabalhadores para novos projetos em energia e comércio eletrónico

Empresa já tem 7.000 trabalhadores em Portugal. Quer somar 300 novos profissionais até ao fim do ano para novos projetos na área da energia e do comércio eletrónico.

A empresa de outsourcing Intelcia quer recrutar mais 300 trabalhadores até ao fim do ano para novos projetos em Portugal nos setores da energia e do comércio eletrónico. Há vagas abertas em várias cidades do país, como Fafe e Viana do Castelo.

“Como parte da sua estratégia de expansão contínua, a Intelcia Portugal está a acelerar o seu crescimento com a contratação de 300 novos profissionais até ao final do ano”, informa a empresa esta terça-feira num comunicado.

Na nota, acrescenta que “este reforço de equipa irá apoiar o lançamento de projetos estratégicos nos setores da energia e e-commerce, áreas-chave em desenvolvimento”.

A operar em Portugal desde 2018, a Intelcia tem atualmente cerca de 7.000 trabalhadores em várias regiões do país. Sinaliza agora que quer continuar a investir nas suas operações por terras lusitanas, sendo que as candidaturas às referidas novas vagas podem ser feitas online.

A CEO, Carla Marques, realça que “a contratação de novos profissionais é um reflexo do nosso contínuo crescimento e da necessidade de acompanhar a evolução dos setores” nos quais a Intelcia está inserida.

“Estamos focados em fortalecer a nossa capacidade operacional e em desenvolver competências que nos permitam continuar a liderar o mercado de customer experience e BPO, oferecendo soluções inovadoras e diferenciadoras de transformação digital aos nossos clientes”, salienta a responsável.

No comunicado, a empresa frisa também que, além do reforço da equipa, está a “investir numa unidade estratégica de inovação” dedicada à robotização e à inteligência artificial.

“Este reforço será determinante para potenciar o impacto destas tecnologias e otimizar as operações dos clientes, assegurando uma experiência diferenciada e eficiente, alinhada com a missão da empresa, que pretende ser uma referência na entrega de soluções inovadoras, que elevem a qualidade dos serviços que presta”, assinala a empresa.

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FMI alerta bancos centrais para serem claros sobre rumo das taxas de juro

Fundo avisa que incerteza económica é elevada e que surpresas adversas podem provocar turbulência nas bolsas. Por isso, bancos centrais devem comunicar com clareza sobre o rumo da política monetária.

Os investidores estão a apostar em múltiplos cortes nas taxas diretores por parte dos principais bancos centrais, mas a “incerteza económica é elevada” e podem surgir “surpresas adversas” na economia e inflação com impacto nas bolsas. Por isso, recomenda o Fundo Monetário Internacional (FMI), os bancos centrais devem comunicar com clareza sobre o rumo a política monetária para mitigar riscos para estabilidade financeira.

“Embora a política monetária deva sempre depender dos dados, comunicações claras por parte dos bancos centrais de que a trajetória das taxas diretoras não deve reagir excessivamente a qualquer dado individual ajudaria a atenuar a incerteza, sustentando o seu compromisso em alcançar os seus objetivos”, consideram os analistas do FMI no Relatório de Estabilidade Financeira Global divulgado esta terça-feira.

Para o Fundo, nos países ou regiões onde a economia e a inflação continuem a abrandar, “os bancos centrais devem flexibilizar gradualmente a política monetária no sentido de uma postura mais neutra”.

Mas, nas situações em que a inflação persiste acima do objetivo, “os bancos centrais devem reagir contra as expectativas excessivamente otimistas dos investidores quanto à flexibilização da política monetária”, acrescenta.

De acordo com o FMI, os mercados estão a apostar em cortes de 125 pontos base por parte do Banco Central Europeu (BCE) e de 150 pontos base por parte da Reserva Federal americana (Fed) até final do próximo ano.

Embora se espere um alívio geral da política monetária a nível global, o ritmo e a dimensão dos cortes vão variar de banco central para banco central, diz o Fundo, lembrando o recente o episódio de crash na bolsa japonesa em agosto: não causou dano à estabilidade financeira global, mas mostra como o otimismo dos mercados podem facilmente mudar.

Cuidado para a redução do balanço não secar o mercado

Ainda segundo o mesmo relatório, os bancos centrais têm conseguido reduzir os seus balanços de dívida de “forma ordenada até ao momento”. Ainda assim, uma vez que mais bancos centrais estão simultaneamente em situação de desalavancagem, exige-se que façam “uma monitorização cuidadosa e preparação para o impacto nos mercados de financiamento”.

“Os bancos centrais devem monitorizar um amplo espetro de indicadores que abranjam tanto as condições de liquidez como as taxas de financiamento nos mercados monetários, e permanecer atentos à potencial distribuição desigual da liquidez e das reservas do banco central entre os bancos, estando simultaneamente preparados para fazer face às tensões do mercado”, frisa o Fundo.

Nesse sentido, os bancos centrais devem “comunicar claramente os objetivos e as medidas para eliminar a liquidez”.

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Powerdot vence prémio de empreendedor do ano da Fábrica de Unicórnios

  • Joana Abrantes Gomes
  • 22 Outubro 2024

Prémio atribuído pela Fábrica de Unicórnios distingue, desde 2019, a startup ou empreendedor com maior destaque no ano. Vencedora opera segunda maior rede de postos de carregamento elétrico no país.

A Powerdot, startup portuguesa de operação de postos de carregamento elétricos, venceu a edição deste ano do Prémio João Vasconcelos – Empreendedor do Ano, atribuído pela Fábrica de Unicórnios de Lisboa. Este galardão garante à empresa a oportunidade de apresentar o seu projeto no palco da próxima Web Summit, que decorre entre 11 e 14 de novembro.

A startup, cofundada em 2018 por José Sacadura, Luís Santiago Pinto e Thomas Monteiro, conta com 8.400 postos de carregamento normal, rápido e ultrarrápido de viaturas elétricas na Europa, dos quais 1.800 em Portugal, onde opera a segunda maior rede do país, apenas atrás da Galp.

José Sacadura, General Manager da Powerdot em Portugal

Esta foi a sexta edição de um prémio que nasceu em 2019 como homenagem ao ex-secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, que foi o diretor fundador da Fábrica de Unicórnios de Lisboa — na altura denominada Startup Lisboa.

Além do Prémio João Vasconcelos, foram entregues o Prémio Ecossistema a Virgílio Bento, fundador e CEO da Sword Health; o Prémio Startup Mais Promissora à Framedrop; o Prémio Melhor Startup de Impacto à Goparity; e o Prémio Melhor Startup Universitária à Lampsy.

Foram ainda anunciados os nove finalistas do Prémio de Inovação Social — “Lisboa Innovation for All” –, que incluem seis projetos portugueses e três internacionais (do Reino Unido, Coreia do Sul e Finlândia). Trata-se de uma iniciativa da Câmara de Lisboa, organizada pela Fábrica de Unicórnios e apoiada pelo Conselho Europeu de Inovação.

Os nove finalistas, que se distribuem por três categorias (Qualidade da Educação, Acesso a Cuidados de Saúde e Integração de Migrantes), vão agora desenvolver um piloto nos próximos seis meses, cujo propósito é aperfeiçoar e testar os projetos em Lisboa. Findo esse período, com a ajuda de especialistas, o projeto vencedor de cada área será escolhido pelos lisboetas, ganhando um prémio financeiro de 120 mil euros e o apoio contínuo da cidade para implementar a solução que desenvolveram.

“Os Entrepreneurship Awards são um grande momento da Fábrica de Unicórnios, em que reconhecemos os melhores entre os melhores. Mas este ano decidimos ir mais além, com o maior prémio de inovação social da Europa. É o momento em que colocamos a criatividade e as competências do setor tecnológico ao serviço das pessoas”, disse o autarca de Lisboa, Carlos Moedas, citado em comunicado.

Já o diretor executivo da Fábrica de Unicórnios, Gil Azevedo, realça que os prémios de empreendedorismo “celebram o trabalho realizado no desenvolvimento de inovação em Portugal pelos empreendedores, crítico para o crescimento da economia, através da captação de investimento e criação de postos de trabalho, objetivos-chave da UnicornFactory Lisboa”.

Acerca dos prémios Lisboa Innovation For All, Gil Azevedo acrescenta que, “como idealizado pelo presidente da Câmara de Lisboa, a inovação tem a capacidade de ser um forte pilar de inovação social e de trazer soluções e impacto” para a cidade, uma vez que “permite usar o empreendedorismo para responder aos desafios enfrentados pelas cidades modernas”.

(Notícia atualizada às 15h41 para corrigir a legenda da foto)

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Distribuidora de eletrodomésticos investe 13,5 milhões de euros para duplicar capacidade de armazenamento em Condeixa-a-Nova

Prome antecipa faturar 75 milhões de euros este ano e expandir para novos mercados internacionais, afirmando-se como player no setor do comércio por grosso e distribuição de eletrodomésticos.

Prome, em Condeixa-a-Nova22 outubro, 2024

A empresa Prome, especializada no comércio por grosso e distribuição de eletrodomésticos em Portugal, vai investir 13,5 milhões de euros na remodelação das atuais instalações em Condeixa-a-Nova e na ampliação do espaço de armazenamento num terreno contíguo que entretanto adquiriu. A empresa antecipa faturar 75 milhões de euros este ano e expandir para novos mercados internacionais.

Face à crescente procura dos seus produtos pelos setores da construção, promoção imobiliária e hotelaria, a empresa aumenta agora a capacidade de armazenamento para “consolidar-se como o maior player no setor, com 34.000 m² de área logística nos próximos dois a três anos”, explana a Prome, pertencente ao Grupo Testa.

Este investimento representa um marco decisivo para a Prome, permitindo-nos não só duplicar a nossa capacidade de armazenamento, como também fortalecer o nosso compromisso com os setores em crescimento da construção, imobiliário e hotelaria, tanto a nível nacional como internacional”, começa por afirmar Ezequiel Ferreira, CEO da Prome, citado num comunicado.

Ezequiel Ferreira, CEO da Prome22 outubro, 2024

Além do investimento na expansão do espaço de armazenamento num terreno contíguo, cerca de 1,5 milhões de euros do total da verba aplicada destinam-se à remodelação e adaptação das atuais instalações da empresa, que emprega mais de 40 funcionários. Projetadas pelo arquiteto Licínio Faim, as novas instalações da Prome vão incluir ainda um showroom inovador que “será uma referência a nível nacional e internacional”, sublinha a empresa. A expetativa dos seus responsáveis é de expansão para o mercado externo, assim como integração de algumas novas marcas ao seu portefólio, no qual já se incluem AEG, Bosch, Haier, LG, Samsung, Siemens, Teka, Vulcano, Whirlpool.

Com quase 30 anos de experiência, “a Prome detém atualmente um armazém de 17.000 m² e gere um stock de 16 milhões de euros e uma oferta de 14.000 referências de produtos“, detalha o gestor.

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PSD quer “botão de pânico” nos TVDE e filtro a motoristas pela língua

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

Projeto de resolução do PSD recomenda ainda ao Governo que limite os exames de certificação de motoristas TVDE ao Instituto da Mobilidade e Transportes (IMT).

O PSD recomenda ao Governo que limite os exames de certificação de motoristas TVDE ao Instituto da Mobilidade e Transportes (IMT) e garanta a possibilidade dos utilizadores destas plataformas selecionarem as línguas faladas pelos motoristas.

Num projeto de resolução apresentado em conferência de imprensa na Assembleia da República pelo deputado João Vale e Azevedo, o partido propõe – entre oito recomendações – que o Governo avance com o fim da certificação de motoristas TVDE nas escolas de condução, limitando-a ao IMT.

Com esta medida, explicou o deputado, não se pretende criar “uma nova barreira” à emissão destes certificados, uma vez que deverá também ser garantida pelo Governo a celeridade destes processos.

João Vale e Azevedo, deputado do PSDLusa

Os social-democratas pedem também que o Governo garanta que os utilizadores destas plataformas digitais de transporte de passageiros possam escolher a língua falada pelo condutor, “através de um filtro que mostra quais são as línguas faladas pelos motoristas”.

“Nós não estamos a exigir que os condutores de TVDE dominem o português, achamos que seria desproporcional nesta altura e injustificável do ponto de vista económico e da atividade, mas percebemos que há pessoas que o exigem, pessoas que querem falar português”, frisou Vale e Azevedo.

O partido recomenda ainda o Governo a instar os operadores de TVDE a criarem medidas de promoção de segurança destas plataformas como, exemplificou o deputado, um “botão de pânico para efeitos de segurança que permita a partilha da localização ou um telefonema à esquadra mais próxima”.

O partido apela também ao executivo que acelere a implementação da plataforma de dados já anunciada pelo IMT para combater a falsificação de documentos dos TVDE e defende que o curso de renovação TVDE seja dispensado para os detentores do curso de táxi.

O deputado social-democrata lamentou o que diz serem “dificuldades de fiscalização e regulação da atividade por parte das autoridades no terreno”, mas sublinhou que não é intenção do PSD criar “barreiras adicionais que impeçam a entrada de novos veículos e novos condutores”.

“Quem cumpra a lei deve ter a mesma facilidade que tem hoje em dia. Apenas queremos maior rigor. E, portanto, recomendamos ao Governo que fiscalize o setor com rigor”, acrescentou.

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Mais otimista do que o Governo, FMI prevê economia portuguesa a crescer 1,9% em 2024 e 2,3% em 2025

Fundo Monetário Internacional prevê um crescimento da economia portuguesa de 1,9% em 2024 e 2,3% em 2025, acima das estimativas do Ministério das Finanças e da média da zona euro.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais otimista do que o Governo sobre o desempenho da economia portuguesa este ano e no próximo. Na atualização das projeções económicas mundiais, divulgadas esta terça-feira, a instituição liderada por Kristalina Georgieva prevê uma taxa de 1,9% em 2024 e de 2,3% em 2025, uma décima e duas décimas, respetivamente, a mais do que o estimado pelo Ministério das Finanças.

As previsões da instituição de Bretton Woods estão em linha com o relatório divulgado, em 2 de outubro, na sequência da visita ao país em setembro para avaliar a economia nacional ao abrigo do Artigo IV. Os técnicos reviram em baixa de uma décima a previsão de crescimento da economia portuguesa deste ano, para 1,9%, face à análise divulgada em julho, refletindo “a fraca procura externa, enquanto a procura interna seria apoiada por um mercado de trabalho restritivo e políticas orçamentais expansionistas”, prevendo um acelerar para 2,3% em 2025.

O FMI prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) português irá crescer acima da zona euro, para a qual espera uma subida de 0,8% em 2024 e de 1,2% em 2025, como também mais do estimado pelo Governo português no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025): 1,8% em 2024 e 2,1% em 2025.

As projeções para 2024 comparam com os 1,8% esperados pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP), de 1,7% pela Comissão Europeia e de 1,6% pelo Banco de Portugal (BdP) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Para 2025, o CFP aponta para 2,4%, o BdP para 2,1%, a OCDE para 2% e a Comissão Europeia para 1,9%.

No que toca à inflação, o FMI também mantém as previsões face a setembro e prevê que o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português recue para 2,5% em 2024 e 2,1% e 2025. O Ministério das Finanças aponta para uma inflação de 2,6% este ano e de 2,3% no próximo.

A instituição com sede em Washington aponta ainda para uma taxa de desemprego em Portugal de 6,5% este ano e de 6,4% em 2025.

No relatório divulgado esta terça-feira, no âmbito das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial em Washington, a instituição liderada por Kristalina Georgieva destaca que o crescimento económico mundial deverá manter-se estável, mas face a perspetivas fracas e ao aumento de ameaças, o mundo precisa de alterações de políticas.

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FMI corta crescimento da Zona Euro para 0,8% este ano

Fundo Monetário Internacional reviu em baixa as projeções de crescimento dos países do euro em 2024 e 2025 e prevê que inflação global caia para 3,5% até ao final de 2025.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais pessimista sobre a economia da zona euro. No World Economic Outlook (WEO), divulgado esta terça-feira, a instituição com sede em Washington reviu em baixa o crescimento da Zona Euro para 0,8% este ano e 1,2% em 2025, menos uma décima e menos três décimas, respetivamente, do que no relatório de julho.

Depois de uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,4% em 2023, ainda do que o previsto anteriormente, o FMI espera uma ligeira recuperação dos países do euro este ano, suportado por um melhor desempenho das exportações, em particular dos bens. Para 2025, as previsões assentam num crescimento da procura interna.

Espera-se que o aumento dos salários reais aumente o consumo e um relaxamento gradual da política monetária apoie o investimento“, considera. No entanto, aponta que a “persistente” fraqueza na indústria pesa sobre o crescimento para países como Alemanha e Itália, ainda que assinale que a procura interna italiana deve beneficiar do Plano de Recuperação e Resiliência. Por outro lado, a Alemanha está a enfrentar a pressão da consolidação orçamental e uma forte queda nos preços do imobiliário.

O FMI prevê, assim, que o Produto Interno Bruto (PIB) alemão passe de uma contração de 0,3% em 2023 para 0% em 2024 e 0,8% em 2025 (menos duas décimas e cinco décimas, respetivamente, face a julho), enquanto o italiano avance 0,7% este ano e 0,8% em 2025.

Para França estima uma estabilização de 1,1% nos dois anos, enquanto para Espanha projeta um avanço de 2,9% este ano (mais cinco décimas), desacelerando para 2,1% em 2025.

Fonte: World Economic Outlook, outubro de 2024

O corte das projeções para os principais países europeus é, em parte, compensado por uma melhoria para os Estados Unidos, para o qual prevê um crescimento de 1,8% em 2024 e 2025, contribuindo para um crescimento global estimado em 3,2% em ambos os anos.

A última previsão para o crescimento global daqui a cinco anos – de 3,1% – continua medíocre em comparação com a média pré-pandemia. Persistentes ventos contrários estruturais – como o envelhecimento da população e a fraca produtividade – estão a travar o crescimento potencial em muitas economias”, alerta.

Inflação da Zona Euro atinge meta do BCE em 2025

O FMI mostra-se confiante na desaceleração da inflação nos países do euro, prevendo que passe de uma taxa de 5,4% em 2023 para 2,4% em 2024 e para 2% em 2025, ano para o qual prevê que atinja a meta do Banco Central Europeu (BCE).

A instituição destaca que a batalha global contra a inflação está a ser ganha em grande parte, embora as pressões sobre os preços persistam em alguns países. Depois de atingir o pico de 9,4%, na comparação homóloga, no terceiro trimestre de 2022, a taxa de inflação global está agora projetada para atingir 3,5% até ao final de 2025, abaixo do nível médio de 3,6% entre 2000 e 2019.

Apesar de um aperto acentuado e sincronizado da política monetária a nível mundial, a economia global continuou extraordinariamente resiliente ao longo do processo desinflacionista, evitando uma recessão global“, realça.

No entanto alerta que, embora a descida global da inflação seja “um marco importante”, os riscos descendentes estão a aumentar e dominam agora as perspetivas. Entre estes elencam: uma escalada nos conflitos regionais, política restritiva durante demasiado tempo, um eventual ressurgimento da volatilidade dos mercados financeiros com efeitos adversos nos mercados de dívida soberana, uma desaceleração mais profunda do crescimento na China e o contínuo aumento das políticas protecionistas.

“Os governos recentemente eleitos (cerca de metade da população mundial foi ou irá às urnas em 2024) poderão introduzir mudanças significativas no comércio e na política orçamental”, aponta.

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Aumento das tarifas entre EUA, Zona Euro e China afetaria um quarto do comércio mundial

Fundo Monetário Internacional estima que tarifas comerciais de 10% entre EUA, a Zona Euro e a China afetaria o correspondente a 6% do PIB mundial. Atividade seria afetada em todas as regiões.

Um aumento das tensões comerciais que leve a uma subida permanente das tarifas comerciais a partir de meados de 2025 irá afetar de forma considerável o comércio mundial. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que se os Estados Unidos, a Zona Euro e a China impusessem tarifas de 10% sobre os fluxos comerciais entre as três regiões – e os norte-americanos sobre as restantes regiões também -, o impacto abrangeria cerca de um quarto do comércio mundial de mercadorias.

No World Economic Outlook (WEO), publicado esta terça-feira no âmbito das reuniões anuais entre o FMI e o Banco Mundial, a instituição liderada por Kristalina Georgieva faz uma simulação sobre o impacto de medidas protecionistas e conclui que afetaria “cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial“.

“O aumento das tarifas afeta a atividade em todas as regiões. A imposição de tarifas sobre as importações aumenta os custos internos dos fatores de produção e tarifas mais altas sobre as exportações reduzem a procura externa. O efeito líquido sobre a inflação depende na força relativa desses dois canais, mas é pequeno”, considera.

Estima, contudo, que o impacto negativo no investimento é pequeno, uma vez que a receita das tarifas é transferida de volta para as famílias, contribuindo para o consumo. Entre regiões, prevê que o impacto é maior nos Estados Unidos, porque os fluxos comerciais dos norte-americanos estão inteiramente sujeitos a novas tarifas: o PIB contrai-se 0,4% em 2025 e em 0,6% em 2026.

O impacto noutras regiões e no mundo atingirá -0,3% do PIB até 2026, e as importações e exportações globais também caem cerca 4%, em relação ao cenário base. “Os efeitos no PIB são, no entanto, permanentes”, adverte.

Aliado ao aumento das tarifas, se a incerteza geopolítica também se agravar, o impacto também se fará sentir no investimento. Os técnicos de Washington estimam ainda que o efeito mais imediato será na atividade global. O investimento global cai perto de 2% até 2026, reduzindo o PIB em 0,4% mesmo período, enquanto a inflação global cai em 10 pontos base.

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CA Vida cria mascote que apela ao rastreio do cancro da mama

  • ECO Seguros
  • 22 Outubro 2024

A campanha de sensibilização da CA Vida 'Levante os Braços por uma boa causa' desafia as mulheres a levantar os braços na luta contra a doença e apela à realização do autoexame e rastreio regular.

A seguradora do Grupo Crédito Agrícola renovou o seu apoio à Corrida Sempre Mulher como Patrocinador Oficial do Boné e, desta vez, criou uma mascote para apelar ao rastreio do cancro da mama e aproximar a sua marca dos participantes.

A iniciativa solidária decorreu nesta segunda-feira na zona do Parque das Nações, em Lisboa, contou com mais de 12.000 participantes e angariou mais de 132 mil euros a favor da Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama – organização sem fins lucrativos que se dedica ao diagnóstico precoce da doença e se foca em prestar cuidados de medicina preventiva, curativa e reabilitação de utentes com doença oncológica, avança a CA Vida em comunicado.

À boleia do trocadilho, a campanha de sensibilização da CA Vida ‘Levante os Braços por uma boa causa’ desafia as mulheres a levantar os braços na luta contra a doença e apela à realização do autoexame e rastreio regular – “um ato simples que poderá ajudar a identificar de forma precoce o cancro da mama, aumentando as hipóteses de um tratamento eficaz”.

O desafio foi lançado através da mascote de um telemóvel mimo que tinha nas traseiras o mote “CA Vida vai consigo para todo o lado” com um código para aceder aos novos canais digitais através de um smartphone – site CA Vida, MyVida Clientes – Área Clientes e APP. Através desta ‘estratégia de proximidade’, a CA Vida procurou apresentar-se “como uma seguradora mais ligada, humana e próxima” dos seus clientes. É a terceira vez que a marca apoia a Corrida Sempre Mulher.

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AAMTLEGAL tem três novos associados

Fernando Bergantino Sosa e João Sawaya foram promovidos a associados. Já Zuzanna Maria Sadlowska foi contratada par reforçar o departamento de laboral da AAMTLEGAL.

A AAMTLEGAL tem três novos associados: Fernando Bergantino Sosa e João Sawaya, que foram promovidos, e Zuzanna Maria Sadlowska, que integra o escritório depois de passar pela Caiado Guerreiro.

Fernando Bergantino Sosa integra o departamento de Corporate da AAMTLEGAL. Já João Sawaya encontra-se inserido no departamento de Contencioso e Resolução de Litígios da firma.

A sociedade de advogados fundada por Inês Azevedo e João Ascenso contratou ainda uma nova associada, Zuzanna Maria Sadlowska. Transitando da Caiado Guerreiro, a advogada vai reforçar o departamento de laboral da AAMTLEGAL.

“Com as novas aquisições e promoções, a AAMTLEGAL reforça o seu estatuto de sociedade focada na prestação de um serviço de excelência, aliando o conhecimento e prática profissional à história de vida dos seus recursos humanos, que são ferramentas transversais e especializadas de forma a garantir o acompanhamento personalizado de quem procura Portugal para viver, trabalhar e investir”, referem em comunicado.

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