Comissão de inquérito à Santa Casa de Lisboa adiada para depois de discussão do OE

  • Lusa
  • 2 Outubro 2024

O início dos trabalhos da comissão de inquérito, e as respetivas audições, só comecem depois da discussão sobre o Orçamento do Estado para 2025. Só hega não votou a favor do adiamento.

O início dos trabalhos da comissão parlamentar de inquérito à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) foi adiado para depois da discussão do Orçamento do Estado para 2025, decidiu a maioria dos grupos parlamentares.

A comissão parlamentar de inquérito à SCML reuniu-se esta quarta-feira para apreciação e votação de regulamentos, a designação de um relator e para deliberar sobre várias diligências, tendo sido aprovado por quase todos os partidos, com exceção do Chega, que o início dos trabalhos, e as respetivas audições, só comecem depois da discussão sobre o Orçamento do Estado para 2025.

A escolha do relator ficou igualmente adiada, apesar de estar decidido que será do Partido Social Democrata (PSD), porque o partido adiantou não estar ainda em condições de indicar um nome. A comissão parlamentar de inquérito à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai investigar as decisões de gestão estratégica e financeira da instituição nos últimos 13 anos, começando com a provedoria de Santana Lopes, e procurar “apurar responsabilidades políticas”.

Estes objetivos constam do texto final consensualizado entre os partidos proponentes, após a aprovação em junho, pela Assembleia da República, das propostas do Chega, Iniciativa Liberal e Bloco de Esquerda para a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à gestão da SCML.

De acordo com o texto, composto por nove objetivos, um dos intuitos desta comissão de inquérito é “inquirir as decisões de gestão estratégica e financeira efetuadas por parte da SCML, associadas ou subsidiárias, desde 2011, que possam ter contribuído para o desequilíbrio financeiro da SCML”.

O órgão parlamentar vai procurar em particular “avaliar e esclarecer as decisões efetuadas pelas mesas da SCML em funções, os respetivos provedores e os membros das administrações das empresas subsidiárias quanto à diversificação das fontes de financiamento, avaliação de risco, apoio jurídico e financeiro aos negócios efetuados nesse contexto, nomeadamente relacionados com a internacionalização, novas áreas de negócio no âmbito do jogo ou compra de novos equipamentos”.

No entanto, quer também procurar “apurar as responsabilidades políticas, contratuais, legais e financeiras” que levaram a SCML à atual situação e “avaliar a definição das orientações gerais de gestão e de fiscalização da atividade de gestão” da instituição por parte da tutela governativa entre 2011 e 2024.

A Assembleia da República aprovou, em 21 de junho, a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à gestão da SCML após o Chega, Iniciativa Liberal e Bloco de Esquerda terem apresentado individualmente três propostas nesse sentido. As propostas da IL e BE foram aprovadas por unanimidade, enquanto a do Chega teve votos contra do PS e abstenções de PCP e Livre.

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Minalea lança ferramentas de estudo de mercado para seguradoras

  • ECO Seguros
  • 2 Outubro 2024

Com a Market Vision as equipas podem conhecer melhor os produtos de seguros disponíveis no mercado e através da Market Position têm visão panorâmica do posicionamento de cada produto no mercado.

A insurtech Minalea anunciou o lançamento de duas ferramentas, a Market Vision e a Market Position, que atuam sobre a forma como as seguradoras analisam o mercado e posicionam os seus produtos.

Stéphane Favaretto, co-fundador da Minalea, em entrevista ao ECO Seguros - 04JUL24
Stéphane Favaretto, co-fundador da Minalea, retrata o produto como sendo uma ferramenta que permite que as equipas otimizem o seu tempo. Ao simplificar e agilizar o processo de “pesquisa e exploração da informação” do mercado, os profissionais “podem concentrar-se na análise”, conclui.Hugo Amaral/ECO

A Market Vision funciona como um raio-x do mercado de seguros, permitindo às equipas de marketing e design de produto “aceder às condições gerais das ofertas de seguro analisadas, efetuar pesquisas sobre os aspetos que lhes interessam (…) nos produtos de uma ou mais seguradoras” e comparar os produtos de concorrentes, descreve a companhia. Com alguns cliques, é possível comparar diferentes ofertas nos produtos de seguro existentes no mercado.

Já a Market Position oferece uma visão panorâmica do posicionamento de cada produto no mercado. Através de gráficos, as equipas podem visualizar como os produtos se destacam ou se diferenciam da concorrência. “É uma solução que poupa um tempo considerável às equipas de marketing”, conta em comunicado.

“O conhecimento profundo das ofertas disponíveis no mercado e a comparação com as mesmas é algo que todos os intervenientes no setor dos seguros já fazem”, afirma Stéphane Favaretto, Diretor Geral da Minalea e responsável pelo negócio em Portugal. Segundo ele, as novas ferramentas da empresa simplificam e agilizam esse processo que é “moroso e complicado”, permitindo que as equipas de marketing e produto se concentrem em analisar os dados e desenvolver estratégias mais eficazes. “As equipas que as utilizam podem concentrar-se na análise, em vez de se esforçarem na pesquisa e na exploração da informação. Isto permite poupar tempo e aumentar a eficácia.”, completa Favaretto.

A Minalea analisa mais de 600 ofertas de seguros em seis ramos no mercado português: auto, casa, acidentes pessoais, saúde individual, saúde empresas, multirriscos comércio. A insurtech tem planos de expandir até ao final do ano a sua análise para três áreas, planos de saúde, seguros de vida e seguros para animais, atendendo à demanda de seus clientes.

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APS lança curso sobre regulamentação e data compliance da IA no setor segurador

  • ECO Seguros
  • 2 Outubro 2024

O curso tem como objetivo desmistificar os conceitos jurídicos fundamentais da IA e apresentar as principais tendências que moldam o futuro do setor segurador.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) anunciou a realização do curso Inteligência Artificial (IA): regulamentação e data compliance no setor segurador das 9h00 às 12h45 nos dias 4 e 11 de outubro na sede da APS em Lisboa.

O curso tem como objetivo desmistificar os conceitos jurídicos fundamentais da IA e apresentar as principais tendências que moldam o futuro do setor segurador. Ao longo das duas sessões, os participantes terão a oportunidade de explorar temas como o IA Act, compliance de dados, governança de IA e casos práticos.

O primeiro encontro é dedicado à legal governance da inteligência artificial no setor segurador. Começa com uma introdução à IA, segue-se a análise sobre a importância da IA no setor segurador e as tendências futuras com recurso a casos de uso. Depois serão abordados os conceitos e síntese da regulação europeia para a IA, os desafios na implementação da IA no setor segurador, realização de um caso prático e termina com “IA governance“.

Já na semana seguinte a formação é sobre a conformidade dos dados em Inteligência Artificial no setor dos seguros. Começa por “introdução aos dados na era digital”, segue-se a “importância estratégica dos dados no contexto da IA”, “dados pessoais e não pessoais: compliance no contexto da IA”, “Data Act e o impacto na estratégia de IA”, apresentando um caso prático e o curso finaliza em”IA Data Governance”

No final do curso os formandos devem “conhecer o enquadramento legal e regulamentar IA e os seus impactos para o setor segurador; dominar os principais conceitos jurídicos em matéria de IA; entender a importância estratégica dos dados no desenvolvimento e utilização de produtos e serviços baseados em IA – o valor dos dados do setor segurador; saber analisar e implementar e gerir práticas de compliance que garantam o alinhamento com o quadro legal e regulatório de IA e do setor segurador em geral”, refere a associação.

Mais informações, aqui.

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Mudanças ao IBAN na Segurança Social Direta passam a ter de ser feitas presencialmente

  • Lusa
  • 2 Outubro 2024

O instituto adianta que "tem tido conhecimento de um crescente número de situações de IBAN alterados na Segurança Social Direta sem intervenção dos beneficiários titulares das contas bancárias".

A Segurança Social informou esta quarta-feira que “qualquer alteração ou inclusão de um novo IBAN” só é possível mediante comprovativo, que terá que ser entregue presencialmente, na sequência de burlas na Segurança Social Direta.

Em comunicado, o instituto liderado por Octávio de Oliveira adianta que “tem tido conhecimento de um crescente número de situações de IBAN alterados na Segurança Social Direta sem intervenção dos beneficiários titulares das contas bancárias”, pelo que “procedeu de imediato à inibição e bloqueio da inserção/alteração de IBAN nesta plataforma”.

Como tal, “a partir de agora, qualquer alteração ou inclusão de um novo IBAN no Sistema de Informação da Segurança Social só será possível mediante a entrega de um documento comprovativo da titularidade da conta bancária nos serviços de atendimento presenciais da Segurança Social”, acrescenta.

Paralelamente, a Segurança Social e o Instituto de Informática “estão a desenvolver soluções”, de modo a “reforçar a segurança no processo de inserção ou alteração de IBAN de forma a garantir a vinculação correta entre o titular da conta e os dados inseridos”.

O instituto já reportou estas situações à Segurança Social e aconselha os cidadãos visados “a apresentar queixa junto das autoridades policiais, assim como a manter a segurança digital atualizada em todos os seus equipamentos, prevenindo a sua utilização abusiva”.

Além disso, está a tomar medidas para mitigar a situação dos beneficiários lesados, “através da atribuição de um apoio pecuniário, mediante o cumprimento de procedimentos e em função da tipologia e do valor da prestação que não tenha sido recebida, devendo estes contactar os Serviços da Segurança Social”, remata.

Nos últimos tempos, as burlas em nome de institutos públicos como a Segurança Social ou a Autoridade Tributária têm sido recorrentes. A 12 de setembro, o instituto tinha confirmado à Lusa que se tem deparado com mensagens fraudulentas em seu nome e aconselhava os cidadãos a apresentarem “queixa junto dos órgãos de polícia criminal ou do Ministério Público”.

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Banco polaco do BCP fez provisões de 120 milhões de euros no terceiro trimestre

  • ECO
  • 2 Outubro 2024

O Bank Millennium anunciou novas provisões de cerca de 120 milhões de euros no terceiro trimestre do ano. Impacto das credit holidays será reduzido.

O Bank Millennium, o banco polaco do BCP, estima constituir provisões relacionadas com empréstimos hipotecários em moeda estrangeira de 470 milhões de zlótis (cerca de 109,4 milhões de euros) no terceiro trimestre do ano, segundo um comunicado enviado esta quarta-feira ao mercado.

A somar a este valor, o banco anuncia ainda provisões de 62 milhões de zlótis, cerca de 14,4 milhões de euros, para riscos legais relacionados com a carteira de crédito originada pelo Euro Bank, “contudo sem impacto nos resultados líquidos”.

Por outro lado, o banco liderado por João Bras Jorge, chairman do Bank Millennium – detido em 50,01% pelo BCP – avança que o custo das “credit holidays foi reduzidos em 44 milhões de zlótis para 157 milhões”, lê-se na nota publicada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Assim, o impacto desta suspensão temporária dos pagamentos dos empréstimos (credit holidays) – uma figura em vigor na Polónia – será “positivo na margem financeira neste período” e nos resultados financeiros do banco e do grupo.

O valor final das provisões para riscos legais será divulgado a 29 de outubro de 2024, data para a qual está prevista a apresentação dos resultados do terceiro trimestre de 2024.

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Instituto da Segurança Social faz averiguação interna à transferência de 34 milhões para a Santa Casa

Ordem da averiguação interna foi dada pelo atual presidente do Instituto da Segurança Social, Octávio Félix de Oliveira, em agosto deste ano.

O Instituto de Segurança Social está a fazer uma averiguação sobre a transferência do Estado de 34 milhões de euros para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), para pagamento de despesas extraordinárias com estruturas residenciais para idosos durante a pandemia e que não estavam previstas no protocolo de cooperação. A indicação é dada no parecer do Tribunal de Contas (TdC) à conta geral do Estado de 2023, entregue esta quarta-feira no Parlamento.

A ordem da averiguação interna foi dada pelo atual presidente do Instituto da Segurança Social, Octávio Félix de Oliveira, em agosto deste ano, após a divulgação dos resultados de 2023, mas ainda não terá sido concluída.

No parecer à conta geral do Estado 2023, a instituição liderada por José Tavares mostra dúvidas sobre a transferência de 34 milhões de euros, assinalando no relatório que “não foi possível confirmar” toda a informação. Em causa está a injeção realizada pelo Instituto de Segurança Social, em agosto de 2022, e que ajudou a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa a fechar 2023 com um resultado líquido positivo de 2,4 milhões de euros.

No contraditório ao parecer, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) informou o Tribunal que foi remetido ao inspetor-geral do MTSSS o relatório de gestão e contas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa relativo a 2023, datado de maio deste ano. Posteriormente, a 06 de agosto deste ano, o presidente do Instituto da Segurança Social “determinou uma averiguação interna sobre a transferência de 34 milhões de euros para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”, indicando que irá informar o Tribunal de Contas dos resultados.

O Tribunal de Contas dá conta que, segundo o Instituto de Segurança Social, os valores foram apurados pela SCML (que remeteu uma lista nominativa), mas os juízes não conseguiram confirmar “se os valores foram validados” pelo instituto.

Também não conseguiram confirmar se decorreu de necessidades e solicitações da segurança social, ou seja, se o aumento de pessoas acolhidas na resposta social Estrutura Residencial para Pessoas Idosas e dos inerentes custos (suportados pela SCML) “resultou das suas atribuições e do normal funcionamento das atividades sociais daquela entidade (incluindo protocolos com outras entidades)”, uma vez que a SCML sempre teve estruturas destas não protocoladas, ou “se foi em resposta a necessidades e solicitações” não contempladas em protocolo, como por exemplo através da utilização de vagas de emergência).

Entre as informações não confirmadas inclui-se ainda “as razões pelas quais tais compromissos não foram satisfeitos em tempo oportuno, mas apenas decorridos mais de três anos“.

O Tribunal de Contas assinala que “estes montantes não se encontravam relevados contabilisticamente” nas contas do Instituto de Segurança Social nos anos referidos. “Acresce que os termos da cooperação entre ambas as instituições, em vigor ao tempo dos factos, não abrangia a área de intervenção em causa, sendo que, com exceção da adenda extraordinária, continua a não prever para o futuro”, acrescenta.

O Parlamento aprovou uma comissão parlamentar de inquérito à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que vai investigar as decisões de gestão estratégica e financeira da instituição nos últimos 13 anos, para “apurar responsabilidades políticas”. A comissão será presidida pelo deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro e terá como vice-presidentes a deputada do Chega Felicidade Vital e o deputado do PSD Maurício Marques.

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Municípios rejeitam acusação do Governo e dizem que já apresentaram proposta de aumento para bombeiros

Associação Nacional de Municípios diz ser “com estranheza e estupefação” que ouviu a ministra da Administração Interna responsabilizar as autarquias pelo mau estar que provocou o protesto desta tarde.

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) reagiu com “estranheza e estupefação”, ao final da tarde desta quarta-feira, às palavras da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, que no Palácio de São Bento afirmou que “os Bombeiros Sapadores que estão a manifestar-se junto à Assembleia da República não têm como patrão o Estado e dependem das autarquias locais”.

Para a entidade liderada por Luísa Salgueiro, “é com estranheza e estupefação que ouvimos as declarações da Ministra da Administração Interna, pretendendo responsabilizar os municípios pelo protesto dos bombeiros sapadores”.

Afirma a ANMP que “desde a reunião realizada, no dia 12 de junho, com o secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias e o secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, que se encontra nas mãos do governo uma proposta da ANMP, incluindo a revisão da carreira e remunerações destes bombeiros”.

É ainda sublinhado no comunicado que, considerando a reivindicação de “revisão da carreira profissional e respetiva remuneração” que levou os bombeiros a um protesto durante o dia, é ao Governo que cabe agir. “A ANMP apresentou uma proposta, que foi amplamente consensualizada, a que o Governo ainda não deu seguimento. O que se impõe é que a Ministra da Administração Interna assuma politicamente a necessidade de resolver estas questões que preocupam os bombeiros e os municípios”.

Também esta quarta, o ministro da Presidência secundou as palavras da colega de Governo. Falando de “instrumentalização política” do protesto dos bombeiros sapadores, Leitão Amaro afirmou que aquilo que o Governo tem pela frente é “um problema com décadas”, que tenta resolver, e reiterou que os bombeiros “são trabalhadores das autarquias”.

Abordando o que considera ser o papel do Governo nesta matéria, o ministro da Presidência disse que “é de legislador”. Já as autarquias, “verdadeiramente é que decidem os recursos que têm, que decidem a gestão e a organização das condições de trabalho”.

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IA pode ajudar no combate à desigualdade de género nas tech

Este ano mais de mil fundadoras de startups vão marcar presença na cimeira tecnológica, a decorrer de 11 a 14 de novembro, em Lisboa. É o maior número de sempre, diz a organização.

As mulheres no setor tecnológico continuam a sentir-se mal remuneradas e sub-representadas, mas 68% olha com otimismo para a Inteligência Artificial e da automação como ‘ferramenta’ de combate à desigualdade de género na indústria, aponta o “Woman in Tech Survey”, da Web Summit. Este ano mais de mil fundadoras de startups vão marcar presença na cimeira tecnológica, a decorrer de 11 a 14 de novembro, em Lisboa.

Das mil mulheres do setor inquiridas, uma maioria (50,8%) relata ter experienciado sexismo no local de trabalho e 56% considera que a indústria não está a fazer o suficiente para combater a desigualdade de género no setor, mas também se mostram insatisfeitas com as ações do seu governo: 69% dá nota negativa. Quase metade (49,1%) sente-se pressionada a escolher entre a família e a carreira, mais 7% em relação ao ano passado.

Apesar disso, mais de 68% das participantes veem o impacto da IA e da automação como uma arma positiva no combate à desigualdade de género na indústria. A maioria das mulheres inquiridas (76%) sente-se capacitada para procurar e/ou ocupar cargos de liderança e 80% relata que há uma mulher na gestão de topo na sua empresa.

Maiores desafios para as mulheres no setor? Preconceitos de género inconscientes (63,8%), equilibrar exigências familiares e carreira (61,2%), falta de mulheres em lugares de liderança (53,2%), síndroma do impostor (49,5%) e criar uma rede de apoio (33,8%) estão no top 5 dos maiores desafios apontados pelas mulheres em 2024.

Mas cerca de um terço (29,9%) aponta o tema de assegurar financiamento para os projetos como um desafio e 10% trabalhar a partir de casa, indica o inquérito.

Os resultados do inquérito espelham dados mais globais. Uma análise do World Economic Forum, com base em dados da Pitchbook, revela que as startups fundadas por mulheres na Europa receberam apenas 1,8% do investimento venture capital e 2% nos Estados Unidos no ano passado. Em grandes empresas, as mulheres ocupam entre 26-29% dos cargos de liderança, aponta o Banco Mundial, destaca a cimeira.

Este ano, mais de mil fundadoras de startups mulheres participam na Web Summit em Lisboa – de um total de 3.000 startups participantes –, o maior número de sempre, destaca a organização da cimeira. Na edição deste ano no Rio de Janeiro, 45% das mil startups participantes tinham uma mulher entre os fundadores.

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Três soluções para baixar já a fatura com despesas bancárias

  • ECO
  • 2 Outubro 2024

As contas de serviços mínimos bancários é apenas uma solução para baixar a fatura bancária. Há vários bancos que não cobram para guardar o seu dinheiro, por transferências e cartões de débito.

Na primeira metade do ano, os lucros dos maiores bancos em Portugal, aumentaram 31% para 2,6 mil milhões de euros, em comparação com o período homólogo. Grande parte deste resultado foi potenciado pela margem financeira, como resultado da política monetária do Banco Central Europeu dos últimos anos.

No entanto, não tem sido só do diferencial das taxas de juro ativas (cobradas nos empréstimos) e passivas (pagas pelos depósitos) que os bancos têm faturado. Parte significativa dos lucros da banca tem também sido alavancada pelas comissões bancárias.

Para os clientes bancários essas não são boas notícias. Significa que estão a pagar cada vez mais pelos serviços bancários contratados. Mas não tem de ser assim.

Há cada vez mais portugueses a procurarem soluções mais económicas e até gratuitas para “guardar” o seu dinheiro. Isso é visível pelo crescimento das contas de serviços mínimos que, segundo o Banco de Portugal, registou um aumento de 6% no primeiro semestre deste ano, contando-se mais de 235 mil contas deste tipo no final de junho.

As contas de serviços mínimos têm atualmente um custo anual que não excede os 5,09 euros (correspondente a 1% do indexante dos apoios sociais que se encontra nos 509,26 euros) — se bem que, em alguns casos, os bancos até nem chegam a cobrar esta comissão aos seus clientes.

Estas contas fornecem serviços “básicos”, incluindo depósitos, levantamentos, pagamentos de bens e serviços, débitos diretos e transferências e podem ser solicitadas junto de qualquer instituição financeira. Bastando pedir a sua conversão de conta à ordem para uma conta de serviços mínimos bancários.

Mas estas contas têm algumas limitações, nomeadamente quanto ao número de transferências passíveis de serem realizados pelo homebanking, apps dos bancos e pelas transferências feitas por MBWay; e não permitirem que o titular de uma conta de serviços mínimos não detenha mais nenhuma outra conta bancária.

Apesar das vantagens financeiras das contas de serviços mínimos, estão longe de serem uma solução para todos os clientes. Mas isso não significa que estes clientes não consigam baixar significativamente a sua fatura de custos bancários.

Como baixar já as comissões bancárias

Além da conversão da conta à ordem para uma conta de serviços mínimos bancários, há sempre a possibilidade de mudar de banco. Desde logo porque há várias instituições que, por exemplo, não cobram qualquer comissão para guardarem o dinheiro dos seus clientes. É exemplo disso o ActivoBank, o Banco Big e os bancos digitais como o Openbank (do Santander), o Moey!, a Revolut ou o N26, que não cobram comissões de manutenção de conta.

Algumas instituições financeiras isentam também o pagamento de comissões com transferências interbancárias por homebanking e a anuidade do cartão de débito. É o caso do ActivoBank, Openbank e o Moey!.

Além destas situações, é também possível reduzir ou até eliminar algumas comissões bancárias recorrendo a determinados serviços, como a domiciliação do ordenado ou através da transformação de uma conta à ordem numa conta ordenado. No entanto, neste último caso, é preciso ter algum cuidado com a sua utilização para não evitar o descoberto bancário e entrar numa bola de neve de despesas e encargos.

Num mercado repleto de bancos e soluções bancárias, as contas de serviços mínimos são uma solução eficaz para baixar ou mesmo eliminar as comissões bancárias, mas face às suas limitações, há também uma série de outras soluções no mercado quer permitem poupar centenas de euros ao final do ano.

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Presidente do Vila Galé contra “baixa generalizada” do IRC

  • Lusa
  • 2 Outubro 2024

Jorge Rebelo de Almeida referiu que o Estado não terá ganho nenhum numa baixa generalizada do IRC e manifestou-se também cético sobre o efeito do IRS Jovem.

O presidente do Grupo Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, criticou esta quarta-feira uma descida generalizada do IRC, considerando que a redução do imposto deve ser atribuída como contrapartida por algo que as empresas façam pelo país.

Num almoço-debate do International Club of Portugal, em Lisboa, sobre o tema “A Grande Reforma”, Jorge Rebelo de Almeida referiu que o Estado não terá ganho nenhum numa baixa generalizada do IRC e manifestou-se também cético sobre o efeito do IRS Jovem como medida para travar a saída do país dos mais novos. “O IRC só devia baixar como contrapartida das empresas fazerem algo pelo país. Não deve ser uma baixa generalizada, porque os grandes pagadores do IRC vão beneficiar sem fazerem nada”, disse o empresário.

A medida, que tem sido um dos fatores de afastamento entre o Governo e o PS nas negociações para o Orçamento do Estado para 2025, devia, assim, ser direcionada para empresas que reinvistam lucros ou invistam no país, defendeu.

Jorge Rebelo de Almeida admite que o único ganho para o país com uma descida generalizada da taxa nominal do IRC será atrair mais investimento estrangeiro, mas, mesmo a este nível, referiu, será mais fácil atrair este investimento com uma administração pública “mais ágil” e menos “complicativa” do que com menos dois ou três pontos no imposto que incide sobre o lucro das empresas.

Sobre o IRS Jovem – que tem também afastado Governo e PS – manifestou-se convicto de que nenhum jovem deixará de sair do país por causa desta medida. Mais do que mudanças nestes dois impostos, o que o país precisa, defendeu, é de uma “reforma das mentalidades” e de que os dois partidos do centro se aproximem, deixando de lado a “estratégia” e a “partidarite” para se unirem em torno dos grandes problemas que o país precisa de resolver.

Durante a sua intervenção, o presidente do Vila Galé referiu-se também ao alojamento local, apontando os benefícios que este teve na reabilitação das cidades, nomeadamente de Lisboa, e considerou que não compete com a hotelaria, antes complementa a atividade desenvolvida pelos hotéis.

Questionado sobre a taxa turística e nomeadamente a subida do seu valor que está a ser promovida em várias cidades (Lisboa decidiu aumentá-la de dois para quatro euros), Jorge Rebelo de Almeida considerou-a “indecente”, lamentando que esteja a transformar-se num complemento dos orçamentos camarários.

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Centeno apela a descida de juros pelo BCE face ao estado atual da economia

  • Lusa
  • 2 Outubro 2024

Mário Centeno reitera que "uma política monetária que permaneça restritiva durante demasiado tempo corre o risco de fazer com que a inflação fique abaixo do seu objetivo".

O governador do Banco de Portugal (BdP) defendeu esta quarta-feira que o Banco Central Europeu (BCE) deve reduzir as taxas de juro, tendo em conta o “estado atual da economia da área do euro”.

Numa análise à evolução da inflação na área do euro, publicada no site do BdP, Mário Centeno reitera que “uma política monetária que permaneça restritiva durante demasiado tempo corre o risco de fazer com que a inflação fique abaixo do seu objetivo”, que é de 2% no médio prazo.

Para o governador, a velocidade “é essencial”, sendo que “o estado atual da economia da área do euro, juntamente com as condições prevalecentes em termos de preços e do mercado de trabalho, exigem uma resposta do BCE: uma redução nas taxas de juro”.

Mário Centeno considera que “alcançar um melhor equilíbrio com uma trajetória de transição estável requer uma redução gradual, constante e previsível das taxas de juro para o seu nível neutro, juntamente com melhorias no panorama institucional e nas condições fiscais”.

“Todos estes elementos são essenciais para promover a confiança entre investidores e consumidores”, conclui, alertando que “na sinfonia de reuniões e dados, cada decisão ressoa, moldando o futuro que criamos para a Europa”.

Na reunião de setembro, o BCE baixou a taxa de juro de referência em 25 pontos base para 3,5%, o segundo corte do ano, num contexto de moderação da inflação e de abrandamento da atividade económica a curto prazo.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou na conferência de imprensa após essa reunião que a decisão de baixar os juros foi “unânime” e “perfeitamente apropriada” face aos indicadores disponíveis, mas recusou comprometer-se com uma trajetória descendente. A próxima reunião do BCE realiza-se em 17 de outubro e é ainda incerto se será determinado um novo corte nas taxas de juro.

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Conta Geral do Estado. Mais de 40% da verba para imprevistos foi usada para outros fins em 2023

Tribunal de Contas considera que utilização de verbas para pagar despesas com pessoal e corrente, em 2023, é sintomático de "insuficiências" na orçamentação.

Cerca de 45% da verba prevista para o Governo fazer face a despesas imprevistas e inadiáveis foi utilizada, em 2023, para encargos com pessoal ou a área da educação. A conclusão é do Tribunal de Contas (TdC) no parecer à conta geral do Estado relativa ao ano passado, entregue esta quarta-feira no Parlamento, e que alerta que esta situação reflete as insuficiências no processo de orçamentação.

O Tribunal de Contas assinala que à semelhança de anos anteriores, o Governo de António Costa utilizou “instrumentos de gestão orçamental” para responder a rubricas não especificamente previstas aquando da aprovação do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

No caso dos 814 milhões de euros para despesas imprevistas, ou seja, a dotação provisional, 98,8% foi utilizada. Contudo, “cerca de 45% não foram utilizados em despesas “imprevisíveis e inadiáveis”, como determina a lei, mas em reforço de dotações para despesas de caráter recorrente, designadamente as despesas com o pessoal e outras na área da educação e ensino superior“, alerta a instituição liderada por José Tavares, que será substituído a 12 de outubro por Filipa Urbano de Sousa.

Tribunal de Contas alerta que utilização da dotação provisional para despesas de caráter permanente é “evidência de insuficiências no processo de orçamentação”.

Para o Tribunal de Contas, “este procedimento é, mais uma vez, evidência de insuficiências no processo de orçamentação“.

Em causa estão despesas como 223 milhões de euros com pessoal: 87 milhões de euros para estabelecimentos de educação, 86 milhões de euros para a PSP e GNR e 50 milhões de euros para o ensino superior. Contam-se ainda outros encargos considerados pelo Tribunal como não sendo imprevisível como 50 milhões de euros para reforço do Fundo de Financiamento para a Descentralização no domínio da educação.

Fonte: Parecer do Tribunal de Contas à Conta Geral do Estado de 2023

A instituição destaca ainda que a dotação provisional, à exceção de 2021, “tem vindo a aumentar significativamente nos últimos anos”. Em 2023 representou duas vezes e meia mais do que em 2019.

O parecer refere que, em contraditório, o Ministério das Finanças e a Direção-Geral do Orçamento (DGO) referiram que a utilização da dotação provisional se afigura como o último recurso, visando “assegurar a realização de despesas não previstas e inadiáveis, para as quais não será possível solução alternativa de financiamento, evitando que o Estado entre em incumprimento perante terceiros”.

Contudo, o Tribunal de Contas entende que “parte significativa das despesas reforçadas por esta via respeitou a encargos que, pela sua natureza, deveriam ser conhecidos e devidamente orçamentados“.

Parte significativa das despesas reforçadas por esta via respeitou a encargos que, pela sua natureza, deveriam ser conhecidos e devidamente orçamentados.

Tribunal de Contas

Por outro lado, a utilização das dotações centralizadas no Ministério das Finanças (678 milhões de euros em 2023) tem vindo a diminuir desde 2021, tendo sido maioritariamente usada em despesas dos Ministérios da Saúde (473 milhões de euros) e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (115 milhões de euros).

No final do ano de 2023, encontravam-se ainda 593 milhões de euros, muito embora o valor inicial previsto fosse de 1.239 milhões de euros. “Em 2023, as cativações, no início e no final do ano, registaram um valor superior ao de 2022 (em 225 milhões de euros e
148 milhões de euros, respetivamente), acentuando a subida registada nesse ano e que contrariou a tendência decrescente que se verificava desde 2019″, refere.

Revisão da despesa ainda fica a desejar

A revisão da despesa é um exercício orçamental, no qual se faz um escrutínio detalhado e sistemático da despesa pública de modo a identificar despesa ineficiente e ineficaz e ponderar opções de poupança. Desde 2013 foram executados três exercícios de revisão de despesa: um durante a troika (2013-2014), um entre 2016 e 2023, e um com início em 2023.

No entanto, os seus objetivos têm ficado aquém do objetivo, segundo o parecer à CGE 2023, que recorda a auditoria que fez a este exercício. “O Tribunal concluiu que, após mais de dez anos após a primeira experiência com revisão da despesa, este tipo de exercício não registou um nível de desenvolvimento que permita utilizá-lo como um instrumento significativo de apoio à gestão financeira pública“, pode ler-se no relatório.

Para o Tribunal, as duas primeiras experiências não conduziram a uma “lógica de aprendizagem que se consolidasse ao longo do tempo, impedindo que o processo se encontre num estádio de maturidade mais avançado“. Segundo a instituição:

  • Não foram desenvolvidas as fontes de informação necessárias, nem os sistemas de informação, métodos de recolha e tratamento, que seriam úteis aos processos de revisão da despesa;
  • Não se criou e preservou conhecimento especializado, nem se desenvolveram os recursos humanos e técnicos necessários à execução dos estudos, análises e formulação de propostas de política;
  • Não se desenvolveu, nem se fomentou a criação de uma cultura de monitorização, medição do impacto e avaliação do desempenho das medidas com origem na revisão da despesa.

No entanto, considera que em 2023 começaram-se “a criar relações efetivas, enquadradas em referenciais técnicos sólidos, com as entidades que se pretende que venham a desempenhar papéis relevantes nos processos de revisão da despesa”.

“O Tribunal conclui que, na base desta fragilidade, se encontram três fatores: a falta de institucionalização do exercício, a reduzida transparência na sua condução e o insuficiente envolvimento político“, aponta.

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