Comissário europeu do Comércio recusa “desistir” de negociar tarifas com EUA

  • Lusa
  • 14 Julho 2025

Maros Sefcovic vai continuar a negociar esta segunda-feira com os seus homólogos norte-americanos, mesmo depois de os EUA terem anunciado que vão aplicar tarifas de 30% às importações da UE.

O comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, disse que vai continuar a negociar esta segunda-feira com os seus homólogos dos Estados Unidos, apesar do anúncio norte-americano de aplicar tarifas de 30% à União Europeia (UE), recusando-se a desistir sem “esforço genuíno”.

Continuamos convencidos de que as nossas relações transatlânticas merecem uma solução negociada, uma solução que crie as bases para uma nova estabilidade e cooperação e é por isso que continuamos a colaborar com a Administração dos Estados Unidos e a dar prioridade a uma solução negociada até ao novo prazo do dia 1 de agosto”, declarou Maros Sefcovic.

Falando à chegada à reunião dos ministros do Comércio da UE, em Bruxelas, o responsável aludiu ao anúncio do Presidente norte-americano, Donald Trump, de impor tarifas recíprocas de 30% ao bloco comunitário dentro de cerca de duas semanas, vincando: “Não consigo imaginar-me a desistir [de negociar] sem um esforço genuíno“.

Destacando o “contexto cada vez mais difícil do comércio internacional”, Maros Sefcovic descreveu estes direitos aduaneiros adicionais de 30% como “efetivamente proibitivos para o comércio mútuo” entre UE e Estados Unidos.

Se estivermos a falar de 30% ou 30% mais [de tarifas], haverá um enorme impacto no comércio. Será quase impossível continuar o comércio como estamos habituados numa relação transatlântica […] e as cadeias de abastecimento transatlânticas serão fortemente afetadas em ambos os lados do Atlântico”, elencou.

O comissário europeu da tutela vincou ainda que o Executivo comunitário está a preparar-se “para todos os resultados, incluindo, se necessário, contramedidas proporcionais bem ponderadas para restabelecer o equilíbrio”. “Farei definitivamente tudo o que estiver ao meu alcance para evitar um cenário muito negativo”, prometeu.

No sábado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que vai impor tarifas de 30% sobre produtos da UE a partir de 1 de agosto, numa carta endereçada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Reagindo a tal anúncio, a líder do Executivo comunitário afirmou que Bruxelas continua disposta a negociar com os EUA para chegar a um acordo antes de 1 de agosto.

Donald Trump justificou a decisão com o excedente comercial da UE com os Estados Unidos, que atingiu 50 mil milhões de euros em 2024.

As tensões comerciais entre Bruxelas e Washington devem-se aos anúncios do Presidente Donald Trump de imposição de taxas à UE, que começaram por ser de 25% para o aço, o alumínio e os automóveis europeus e depois se tornaram em tarifas recíprocas ao bloco comunitário, suspensas e agora fixadas em 30% após um período de negociações.

Bruxelas prefere uma solução negociada com Washington, tendo já proposto tarifas zero para bens industriais nas trocas comerciais entre ambos os blocos.

A Comissão Europeia detém a competência da política comercial da UE.

Atualmente, 379 mil milhões de euros em exportações da UE para os Estados Unidos, o equivalente a 70% do total, estão sujeitos às novas tarifas (incluindo as suspensas temporariamente) desde que a nova Administração dos Estados Unidos tomou posse, em janeiro passado.

Segundo a Comissão Europeia, está em causa uma taxa média de direitos aduaneiros dos Estados Unidos mais elevada do que na década de 1930.

A UE e os Estados Unidos têm o maior volume de comércio entre parceiros, de 1,5 biliões de euros.

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PS desafia Montenegro para acordo estratégico sobre Defesa

  • Lusa
  • 14 Julho 2025

Carneiro propõe a constituição de um grupo de trabalho parlamentar conjunto PSD/PS para apresentar, no prazo de três meses, uma proposta de acordo estratégico para a Defesa.

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, desafiou o primeiro-ministro a negociar com os socialistas uma proposta de “Acordo Estratégico para um Plano de Desenvolvimento Nacional e de Capacitação da Defesa” com um prazo definido de três meses.

Segundo escreve o jornal Público, que cita uma carta enviada na sexta-feira a Luís Montenegro, o socialista pede uma audiência formal para dar início a esse entendimento e critica o anúncio surpresa de Portugal na Cimeira da NATO sobre o aumento do investimento em Defesa para 2% do PIB este ano e 5% até 2035.

Carneiro defende que decisões desta dimensão exigem consenso político alargado e apela à criação de um grupo de trabalho PS/PSD “Venho propor formalmente a abertura de um diálogo institucional entre o PSD e o PS, com vista à definição de uma plataforma de convergência parlamentar em matéria de Defesa Nacional, em particular no que respeita ao investimento estratégico”, escreve José Luís Carneiro.

Na carta, o secretário-geral do PS escreve que tal consenso “deverá assentar em princípios estruturantes, orientações estratégicas partilhadas e num conjunto de medidas concretas”, que envolvam os setores da indústria, da ciência, da inovação, da educação e da administração pública.

José Luís Carneiro, propõe a constituição de um grupo de trabalho parlamentar conjunto PSD/PS que, em articulação com o Governo e com representantes “dos setores com relevância para a matéria em apreço”, possa apresentar, no prazo de três meses, uma proposta de Acordo Estratégico para um Plano de Desenvolvimento Nacional e de Capacitação da Defesa. Esta proposta será depois submetida à apreciação da Assembleia da República, segundo José Luís Carneiro.

O PS considera que os compromissos assumidos por Portugal na Cimeira da NATO, na Haia, “não são suscetíveis de ser cumpridos sem um alargado apoio social e político, para a obtenção do qual o Governo nada tem feito”.

O primeiro-ministro chamou a São Bento tanto o PS como o Chega, que agora é o segundo maior partido com representação parlamentar, no dia 18 de junho, para discutir a necessidade de reforço do investimento em Defesa.

Contudo, segundo o PS revela nesta carta, nessa reunião foi prestada “pouca informação sobre o modo como seriam empregues os recursos desse incremento significativo da despesa pública em Defesa”, tendo os socialistas sido apanhados de surpresa com o anúncio de 5% do PIB até 2035 feito dias depois.

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Depois de Lisboa, Tumo abre em outubro em Matosinhos num investimento até 8 milhões

O Tumo Porto tem a capacidade para 1.000 estudantes no primeiro ano de atividade, esperando que esse número aumente para 1.500 no segundo ano. As candidaturas decorrem até 14 de setembro.

Depois de Coimbra e Lisboa, a Tumo abre o seu terceiro centro em Matosinhos. O edifício URBO, mesmo ao lado do Norte Shopping, recebe a partir de 6 de outubro o Tumo Porto, num investimento a cinco anos até oito milhões de euros. As inscrições decorrem até 14 de setembro.

“O Tumo Porto é o terceiro centro do Tumo Portugal e vai beber de toda a nossa intensa experiência até agora, que prova a confiança que temos no modelo pedagógico que defendemos com este projeto. Este terceiro centro no norte, como os restantes, combina os três fatores que procuramos (localização útil, financiamento com compromisso de vários stakeholders e equipa motivada e alinhada com a missão)”, diz Filipa Cunha, diretora do centro.

A responsável não adianta quais as próximas localizações. Braga, Évora e Algarve eram outras localizações que, aquando da abertura do centro de Lisboa no ano passado, os promotores admitiam estar a negociar.

Estamos continuamente em conversas com vários potenciais parceiros nos locais que referiu e em muitos outros para estudar a implementação de projetos com capacidade de transformação e impacto social. O Tumo é um projeto que envolve um investimento considerável, por isso estamos muito disponíveis e interessados em implementá-lo pelo país, mas precisaremos sempre de encontrar financiamento para o fazer — esse financiamento poderá ser público a um nível nacional, público a um nível local ou privado”, diz.

Não desistimos e acreditamos que vamos certamente continuar a fazê-lo, mas reunir este financiamento tem-se revelado difícil. No entanto, como a vontade e a procura por desenvolver programas em algumas regiões tem crescido, estamos ativamente a desenvolver programas que procurem dar resposta a esta necessidade”, afirma.

Até oito milhões de investimento

Oferecendo um programa de formação em oito áreas, totalmente gratuito, o Tumo do Porto, à semelhança dos anteriores, tem “um investimento inicial de cerca de um milhão de euros, que inclui elementos como a obra de adaptação do espaço, todo o equipamento e tecnologia necessários ao programa ou a formação da equipa”, detalha Filipa Cunha.

“Por ano, com o centro a funcionar em capacidade, o investimento em causa é entre 1,3 e 1,5 milhões de euros, pelo que estamos a falar de um valor de investimento total de set-up, de mais de cinco anos de operação, de cerca de oito milhões de euros”, destaca.

O Tumo Porto tem a capacidade para 1.000 estudantes no primeiro ano de atividade. “A expetativa é de aumentar para 1.500 no segundo ano. Teremos as mesmas áreas de aprendizagem que os restantes dois centros em Portugal: Animação, Programação, Desenvolvimento de Jogos, Robótica, Produção Musical, Design Gráfico, Fotografia e Cinema”, informa a responsável.

O programa é presencial, em horário pós-escolar, com duas sessões de duas horas por semana ou uma sessão de três horas e meia, para jovens entre os 12 e 18 anos.

No ano letivo de 2024/25, os centros de Lisboa e Coimbra acolheram um total de 2.354 estudantes, com uma idade média de 15 anos, de 52 nacionalidades. Destes, 59% são rapazes e 40% raparigas, provenientes de 280 escolas diferentes, maioritariamente públicas.

No conjunto, mais de um terço dos estudantes (37%) apresentam algum tipo de vulnerabilidade, incluindo jovens integrados em contextos TEIP, institucionalizados ou referenciados por instituições de solidariedade social, com Necessidades Educativas Específicas, abrangidos pela Ação Social Escolar ou com mães com baixa escolaridade, destaca a Tumo.

A Câmara Municipal de Matosinhos, Câmara Municipal do Porto, Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Fundação Belmiro de Azevedo, Teak Capital e BPI Fundação “la Caixa” são os parceiros de arranque do Tumo Porto.

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Holding pública da Defesa quer construir fábrica de munições em Alcochete

  • ECO
  • 14 Julho 2025

Holding pública das empresas de Defesa vai apresentar ao Governo um projeto para a construção de uma fábrica com capacidade para produzir 50 milhões de munições por ano e criar 70 postos de trabalho.

A idD Portugal Defence, holding pública para a área da Defesa, quer criar uma fábrica de munições de pequeno calibre, em Alcochete, num investimento que rondará os 40 milhões de euros, avança o Jornal de Notícias (acesso pago). O objetivo do projeto, que já está concluído e vai ser apresentado ao Governo nos próximos meses, passa por capacitar as Forças Armadas Portuguesas com este tipo de projéteis e exportar para países da NATO.

Segundo o presidente do Conselho de Administração da empresa pública, Ricardo Alves, a fábrica terá capacidade para produzir 50 milhões de munições por ano e vai criar 70 postos de trabalho, marcando o regresso de Portugal à produção destes explosivos. O investimento, junto da unidade de desmilitarização da idD, deverá contar com uma participação do Estado entre 35% e 60%.

Em causa estão munições de pequeno calibre, de 5,56 e 7,62 milímetros, utilizadas por todas as forças nacionais destacadas e pelos exércitos da NATO nas suas armas ligeiras. O dirigente da idD justifica que “há uma procura crescente muito grande por estas munições porque houve uma série de décadas seguidas em que não houve investimento e muitos países estão sem stocks“. É no âmbito dessa procura “que existe a intenção de montar a fábrica munições”, acrescentou.

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Governo ajusta preços para tentar atrair promotores para casas acessíveis

  • ECO
  • 14 Julho 2025

Governo reviu fórmula que determina qual deve ser o custo de promoção e como é que o mesmo é calculado para tornar mais rentável o investimento em habitação a custos controlados.

O Governo alterou as variáveis usadas para determinar se a construção de um prédio para habitação encaixa no conceito de custos controlados, avança esta segunda-feira o Jornal de Negócios. O objetivo é conseguir adaptá-las à nova realidade em matéria de custos de construção, preço do terreno ou exigências em matéria de eficiência energética, na expectativa de tornar este regime mais atrativo para os construtores.

Esta alteração dá-se numa altura em que os concursos públicos lançados pelas autarquias não têm recolhido o interesse necessário por parte das construtoras, devido à margem de lucro potencial ser muito reduzida. Mesmo os investidores privados pouco ou nenhum interesse revelam por este tipo de projetos, apesar dos benefícios que têm associados, nomeadamente o IVA à taxa reduzida de 6%, sujeitos depois a um preço tabelado na venda ou no arrendamento.

O que está em causa é uma alteração cirúrgica à portaria que regula o regime da habitação de custos controlados (HCC), ou seja, habitação que é construída a custos máximos, definidos por lei, e que depois também só pode ser arrendada ou vendida a preços acessíveis e dentro de condições igualmente definidas na lei. No que toca à construção, há uma fórmula que determina qual deve ser o custo de promoção e como é que o mesmo é calculado, sendo que o Governo reviu “algumas variáveis, atualizando-as aos valores reais”, uma vez que se encontravam “totalmente deslocados da realidade”, justificou a secretária de Estado da Habitação, Patrícia Gonçalves Costa.

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Operadora da Altice em França pode vir a ser ‘desmantelada’

Concorrentes Orange, Bouygues e Free (detida pelo grupo Iliad) estão a discutir a compra dos ativos da SFR. Drahi acredita que a venda em separado maximiza o valor e alivia receios de concorrência.

As operadoras de telecomunicações francesas Orange, Bouygues e Free encontram-se a estudar a possibilidade de ‘desmantelar’ a operadora SFR, num processo de carve-up que levaria a que os ativos da empresa detida pela Altice France fossem divididos pelas empresas concorrentes, noticia esta segunda-feira o Financial Times.

Segundo o jornal britânico, o multimilionário Patrick Drahi, dono da Altice, acredita agora que a venda separada dos ativos da SFR pode ser a melhor opção para a empresa, quer do ponto de vista de maximização do valor, quer do ponto de vista de alívio dos receios de concorrência que uma fusão entre a SFR e outra grande operadora suscitaria às autoridades.

A Orange, a Bouygues e a Free, esta última detida pelo grupo Iliad, têm estado a discutir diferentes cenários, incluindo que ativos da SFR cada uma estaria disponível para comprar. Nomes como Blackstone, KKR e Ardian estão entre os grupos que já foram envolvidos em negociações preliminares para financiamento de algumas dessas transações, refere a publicação.

A SFR, principal ativo da Altice France — um dos três ramos do conglomerado Altice, em conjunto com a Altice International e a Altice USA — pode valer 21 mil milhões de euros no seu conjunto, de acordo com analistas da New Street Research, citados pelo FT.

Um desfecho como aquele que está a ser discutido resultaria numa importante consolidação no setor telco em França, que ficaria reduzido de quatro a três operadoras.

Atualmente, a Altice France está em reestruturação, pelo que um eventual negócio só deverá acontecer depois desse processo, cuja conclusão está prevista para outubro. Estes processos acontecem numa altura em que Drahi continua a reformular o grupo perante a montanha de dívida que foi acumulando ao longo dos anos.

Importa recordar que em fevereiro a Altice France chegou a um acordo com os credores para reduzir a sua dívida de 24 mil milhões para 15,5 mil milhões de euros.

Contactada pelo jornal, a Altice France respondeu que está “focada em implementar o acordo de dívida, a considerar a venda de ativos não-core, a continuar a relançar as operações comerciais da SFR e a melhorar a qualidade do serviço”. As restantes empresas não quiseram comentar as discussões em curso.

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Bolt Food tem nova liderança em Portugal e quer chegar a 15 novas cidades

Unidade de entrega de comida ao domicílio da Bolt quer terminar o ano com um crescimento de 25% e chegar a 15 novas cidades.

Daniel Glusman é o novo responsável da Bolt Food em Portugal, substituindo Manuel Castel-Branco no cargo, confirmou o ECO junto da empresa. A unidade de entrega de comida ao domicílio da Bolt quer terminar o ano com um crescimento de 25% e chegar a 15 novas cidades.

“Acima de tudo, quero continuar a construir sobre o bom trabalho que tem vindo a ser feito pela equipa, assente numa estratégia de crescimento sustentado. O objetivo é conseguirmos crescer à volta de 25% até ao final do ano. Chegámos recentemente aos Açores, por exemplo, e temos planos para estar em pelo menos mais cinco cidades até dezembro. O objetivo é continuar a focar no melhor serviço possível para os portugueses que nos escolhem para simplificar a sua vida”, afirma Daniel Glusman, o novo responsável da Bolt Food em Portugal.

A Bolt registou um crescimento de 20% no primeiro trimestre, tendo já passado a operar em dez novas cidades desde o início o ano. Até ao final do ano, tem como objetivo um crescimento de 25% e chegar a 15 novas cidades. Atualmente, a operação de entrega de comida ao domicílio da Bolt está presente em mais de 20 cidades. Neste segmento, a Bolt concorre com a Uber Eats e com a Glovo.

“A Bolt tem crescido a um ritmo impressionante, e acho que a minha experiência, não só em vários países mas também em empresas de várias dimensões, me preparou para este entusiasmante desafio de impulsionar a Bolt Food no país. Numa altura em que as pessoas precisam cada vez mais de soluções talhadas à medida, é essencial focar na praticidade da oferta – e queremos ser sinónimo disso mesmo. Este objetivo só é possível de alcançar através da construção de uma relação longa e sustentável com os restaurantes parceiros”, diz.

Formado pela IMD Business School, com mais de 20 anos de experiência internacional na Europa e América Latina, em empresas como a Procter & Gamble (Peru, Colômbia e Venezuela), Gloria (Peru), BRF, Kraft Heinz (Reino Unido), a unicórnio de entregas Getir (Reino Unido) ou MyRest, o argentino Daniel Glusman substituí Manuel Castel-Branco no cargo, profissional que transitou para o OLX.

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Hoje nas notícias: Banco de Portugal, Defesa e habitação acessível

  • ECO
  • 14 Julho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O diretor do departamento de sistemas e tecnologias de informação do Banco de Portugal, Carlos Moura, que foi constituído arguido no caso que investiga suspeitas de irregularidades na contratação pública, concretizou um procedimento mesmo após as suspeitas das autoridades criminais. O líder do PS enviou uma carta ao primeiro-ministro a pedir uma audiência formal para negociar uma “proposta de Acordo Estratégico para um Plano de Desenvolvimento Nacional e de Capacitação da Defesa”, definindo, para tal, um prazo de três meses. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Banco de Portugal deixa diretor assinar contrato apesar de já ser arguido

O diretor de informática do Banco de Portugal, Carlos Moura, foi o alvo das buscas realizadas pela Polícia Judiciária no início de abril, no âmbito da Operação Pactum, devido a irregularidades detetadas nas aquisições de serviços na área de tecnologias de informação entre 2017 e 2025. No dia 18 desse mês, o Observador noticiou que Carlos Moura foi constituído arguido no processo em causa. Mesmo assim, enquanto número um da informática do banco central, o nome de Carlos Moura surge a assinar um contrato para a aquisição dos serviços da Warpom Services para manutenção e suporte técnico a equipamentos, que tem efeitos a 1 de abril, mas cuja assinatura digital só foi feita a 22 de abril, já após ter sido constituído arguido.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

PS desafia Montenegro para “acordo estratégico” sobre Defesa em três meses

Numa carta enviada na sexta-feira ao primeiro-ministro, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, desafiou Luís Montenegro a negociar com os socialistas, num prazo de três meses, uma “proposta de Acordo Estratégico para um Plano de Desenvolvimento Nacional e de Capacitação da Defesa”. Para esse entendimento, o líder socialista pediu uma audiência formal ao chefe de Governo, por considerar que “os momentos de redefinição estratégica exigem unidade de propósitos, visão de longo prazo e sentido patriótico” e que é importante “um consenso político alargado e duradouro que assegure previsibilidade estratégica, continuidade de investimentos e eficácia na execução”. Este pedido surge após o anúncio do Governo de que irá cumprir a meta de 2% do PIB em Defesa até ao final do ano e do compromisso assumido na Cimeira da NATO de junho de atingir os 5% até 2035.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Governo ajusta preços para atrair promotores para casas acessíveis

O Governo alterou as variáveis usadas para determinar se a construção de um prédio para habitação encaixa no conceito de custos controlados. O objetivo é conseguir adaptá-las à nova realidade em matéria de custos de construção, preço do terreno ou exigências em matéria de eficiência energética, tornando-os mais atrativos para os construtores. Isto porque os concursos públicos lançados pelas autarquias não têm recolhido o interesse necessário por parte das construtoras, devido à margem de lucro potencial ser muito reduzida. Mesmo os investidores privados pouco ou nenhum interesse revelam por este tipo de projetos, apesar dos benefícios que têm associados, nomeadamente o IVA à taxa reduzida de 6%, mas depois têm um preço tabelado na venda ou no arrendamento.

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Holding do Estado quer produzir 50 milhões de munições por ano

A idD Portugal Defence, holding do Estado para a área da Defesa, quer criar uma fábrica de munições de pequeno calibre, em Alcochete, num investimento que rondará os 40 milhões de euros. O objetivo do projeto, que já está concluído e vai ser apresentado ao Governo nos próximos meses, passa por capacitar as Forças Armadas Portuguesas com este tipo de projéteis e exportar para países da NATO. Segundo o presidente do Conselho de Administração da empresa pública, Ricardo Alves, a fábrica terá capacidade para produzir 50 milhões de munições por ano e vai criar 70 postos de trabalho, marcando o regresso de Portugal à produção destes explosivos.

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Créditos fiscais ajudam a atrair compradores para a TAP

Dado o “pontapé de saída” para a reprivatização da TAP, e sem serem conhecidas as avaliações feitas à companhia aérea, o Governo procura valorizar a empresa, pretendendo maximizar o encaixe com a sua venda, depois da injeção de 3,2 mil milhões de euros nos últimos anos. Às sinergias, um fator que vale 300 milhões de euros para os “muitos interessados” na compra da transportadora, acrescem ainda quase 500 milhões de euros em créditos fiscais. É um argumento que a Lone Star, por exemplo, também utilizou para fechar a venda do Novobanco aos franceses do BPCE.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Falta apenas uma semana para fechar candidaturas ao Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros

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  • 14 Julho 2025

As inscrições para a 6.ª edição do Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros terminam a 20 de julho. Ainda tem tempo para destacar o impacto positivo da sua autarquia.

Faltam um pouco mais de sete dias para o encerramento das candidaturas à 6.ª edição do Prémio Autarquia do Ano – Grupo Mosqueteiros ─ um momento decisivo para autarquias que querem ver reconhecidos os seus projetos inovadores e transformadores nas comunidades.

Com o encerramento a aproximar-se — dia 20 de julho — todas as câmaras municipais e juntas de freguesia de Portugal Continental e ilhas ainda estão a tempo de submeter iniciativas que já estão “em fase de conclusão ou implementadas no atual mandato”.

O que torna este prémio especial?

Critério de excelência e impacto local: O prémio destaca projetos que demonstrem uma “gestão eficiente e criativa, focada no bem‑estar das comunidades” gestpub.pt, indo muito além da lógica administrativa tradicional.

Destaque relevante: As candidaturas selecionadas são divulgadas e valorizadas num canal de relevo como o ECO, promovendo a visibilidade nacional dos vencedores.

Diversidade alargada: Esta edição inclui 12 categorias principais e mais de 100 subcategorias, refletindo a abrangência e inovação do poder local em áreas tão diversas como educação, saúde, digitalização ou sustentabilidade.

Quem pode candidatar-se?

  • Qualquer autarquia (municípios ou juntas de freguesia) de Portugal Continental, Açores e Madeira.
  • São elegíveis projetos que tenham sido iniciados e/ou concluídos no atual mandato — com resultados já visíveis nas comunidades. Saiba mais aqui.

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Sustentabilidade e Um Mar de Oportunidades

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  • 14 Julho 2025

Promovida pela Smurfit Westrock, a conferência ‘Um Mar de Oportunidades’ debateu inovação e sustentabilidade no setor das embalagens e abordou os desafios e oportunidades da atualidade e o futuro.

Inovação e sustentabilidade no setor das embalagens, os desafios e oportunidades da atualidade e o futuro da indústria estiveram em destaque na conferência “Um Mar de Oportunidades”, promovida pela Smurfit Westrock no emblemático e premiado Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, num encontro que reuniu profissionais, empresas e parceiros do ecossistema Better Planet Packaging (BPP), uma aposta da Smurfit Westrock para acelerar a transição para embalagens mais sustentáveis.

Na sessão de abertura, Ignacio Sevillano, CEO da empresa para Espanha, Portugal e Marrocos, após reforçar a presença global da Smurfit Westrock – multinacional líder mundial em embalagens sustentáveis à base de papel, que resulta da fusão, há precisamente um ano, entre o grupo Smurfit Kappa (Irlanda) e a WestRock Company (EUA) – sublinhou que a sustentabilidade “faz parte do ADN da empresa” e “felizmente, não é uma moda”. “Isto quer dizer que vamos precisar de muito trabalho, dedicação, recursos e esforço. Mas, para isso, estamos aqui”, acrescentou o CEO.

Ignacio Sevillano, CEO Smurfit Westrock Spain | Portugal | Morocco

Ignacio Sevillano apontou ainda à BPP, iniciativa que nasceu em 2018 e é, segundo o próprio, “um passo à frente da sustentabilidade”. “Quando alguém pensa em sustentabilidade, pensa numa forma de minimizar o impacto no mundo. A BPP não é apenas minimizar o impacto no mundo. Trata-se de eliminar o impacto no mundo“, garantiu.

Raúl André, regional manager da Smurfit Westrock Portugal, na introdução à conferência, aludiu ao tema central para afirmar que “a sustentabilidade e a inovação não são apenas desafios, são oportunidades reais que podemos e devemos aproveitar juntos”. No entanto, reforçou que “no centro da transformação não está o papel, o cartão ou a eficiência energética. Estão as pessoas“.

Muitos dos avanços que aqui apresentamos não teriam sido possíveis sem a vossa colaboração, impulso e visão”, afirmou Raúl André, antes de garantir que a Smurfit Westrock irá “continuar a investir no talento local”.

Ainda na abertura, Jesús Rivas, innovation manager do grupo em Espanha, Portugal e Marrocos, apresentou as sete categorias em que se baseia a inovação e sustentabilidade: materiais, retail ready packaging (embalagem pronta para exposição do produto), embalagem de consumo, displays, embalagens industriais, e-commerce e realidade virtual.

Refira-se que a Smurfit Westrock tem presença industrial em Portugal através de duas unidades, em S. Paio de Oleiros e Vila do Conde.

Demonstração de casos concretos

Esta conferência foi também uma reunião com clientes, centrada na sustentabilidade, inovação e tendências do setor. Por isso, nada melhor do que dar a conhecer alguns casos práticos destas sinergias.

Pedro Mascarenhas, diretor de marketing da Alves Bandeira, grupo do setor da energia que completa 50 anos, e Rui Ferreira, diretor comercial da Smurfit Westrock, apresentaram um desses exemplos: a premiada Lamp Box, uma caixa para vinhos que serviu de oferta natalícia aos clientes da Alves Bandeira e que se transforma num candeeiro. Uma segunda vida para as embalagens de cartão de suporte a vinhos, que demonstra “a partilha de valores na área da sustentabilidade” entre as duas empresas, como sublinhou Rui Ferreira.

Um alinhamento que encontra paralelo na relação da Smurfit Westrock com a Lactogal, empresa especializada em laticínios e derivados. Através de Carlos Silva, gestor de compras e marketing, e Miguel Barbosa, diretor-geral de displays da Smurfit Westrock Sorpel, foi apresentada a iniciativa A força de uma relação sustentável. “Com esta parceria conseguimos maior presença, com materiais mais sustentáveis”, referiu Carlos Silva.

Marta Mendes, senior sustainability manager da Symington, apresentou a Gestão sustentável da cadeia de fornecimento, através do exemplo da empresa ligada ao setor vinícola. “A sustentabilidade abarca tantos temas que nos podemos perder em iniciativas avulsas e não conseguimos identificar onde devemos dar prioridade. Nesse sentido, é importante olhar para os impactos mais prementes, riscos e oportunidades do nosso negócio”, explicou.

Ainda da parte da manhã, Jurgita Girzadiene, responsável pela BPP da Smurfit Westrock na Europa, contextualizou a iniciativa sob o mote Navegando no mar da sustentabilidade, com a ambição ambiental de “não deixar rasto algum para as gerações futuras“.

No regresso após pausa para o almoço, Arco Berkenbosch, chief innovation officer da Smurfit Westrock na Europa, sublinhou a importância de sustentabilidade e inovação caminharem lado a lado, e aportou que “o desafio da atualidade não é gerar ideias, mas sim selecionar e focarmo-nos nas ideias certas”, referindo-se à importância das “soluções locais, adaptáveis a cada realidade”.

Sustentabilidade à mesa e Dar ao Pedal

A parte da tarde contou com mais três intervenções. O chef Rui Paula trouxe a sustentabilidade para a mesa, o professor catedrático da Universidade do Porto e investigador no INESC Porto, Américo Azevedo, falou sobre a transformação digital das empresas e Jorge Sequeira, keynote speaker do evento, abordou temas como a liderança e a motivação de equipas, com base no seu livro Dar ao Pedal.

Rui Paula sublinhou que, à mesa, “a tradição não é inimiga da inovação”, dando exemplos de pratos com “zero desperdício” e destacando a importância das pessoas e das equipas. “Cozinhar é um ato de amor“, afirmou.

Américo Azevedo apresentou a indústria X.0 e a importância da latência e da capacidade de reação das empresas. “Quando se fala em digitalização, as empresas precisam de avaliar a sua maturidade”, disse, lembrando que “o futuro das empresas será cada vez mais digital e sustentável”.

Jorge Sequeira, com a sua reconhecida capacidade de contar histórias, reforçou a importância, para pessoas e organizações, de “ser positivo, trabalhar em equipa, não apresentar desculpas, ter autonomia e capacidade de liderança”.

A conferência contou ainda com um momento de animação protagonizado pelos desenhadores da Smurfit Westrock, num Box Master.

No encerramento da sessão, Teo Pastor, diretor de vendas e marketing da Smurfit Westrock para Espanha, Portugal e Marrocos, garantiu que “Portugal é um mercado estratégico para a empresa“, enquanto Raúl André reforçou a vontade de “construirmos juntos um futuro mais sustentável”.

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Iscte Executive Education lança pós-graduação que aproxima Gestão e Direito

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  • 14 Julho 2025

Pedro Esteves, Diretor da nova Pós-Graduação em Gestão e Direito do Iscte Executive Education, fala sobre esta nova formação, cujo objetivo é colmatar a separação da área de gestão da jurídica.

Esta nova Pós-Graduação em Gestão e Direito é uma iniciativa que resulta da convicção de que hoje, mais do que nunca, é essencial que profissionais compreendam e articulem eficazmente estas duas áreas. Sendo uma formação online permite ter um alcance nacional e dar resposta às expectativas de Juristas, advogados, solicitadores, diretores de recursos humanos e todas as profissões que procurem estruturar as suas intervenções individuais e empresarias por via da simbiose entre a gestão e o direito empresarial.

Num programa aplicado e direcionado à gestão, o foco é apreender e desenvolver os principais conceitos e linguagem de gestão a aplicar na prática em regime próprio, em escritórios de advogados, sociedades de consultoria jurídica, sociedades de solicitadoria e outras de consultoria e em todas as empresas e direções de recursos humanos dessas empresas onde a preponderância seja efetivamente a integração da área de gestão com a de direito.

Neste domínio, importa a todos, mesmo não licenciados nestas áreas, que estejam ou pretendam integrar posições de gestão e direito e, por sua vez, ajudar a organização a gerir-se com fundo legal. Público vasto e multifacetado que preste serviços jurídicos, para-jurídicos e/ou de consultadoria jurídica. Empresas com direções e técnicos de recursos humanos. Individuais, gestores, advogados e solicitadores, que exerçam por conta própria e todos os demais interessados que pretendam um composto integrado destas áreas e dimensões.

Pedro Esteves, Diretor da Pós-Graduação em Gestão e Direito do Iscte Executive Education

O que motivou o lançamento desta nova Pós-Graduação em Gestão e Direito?

Vivemos um tempo em que as decisões de gestão não podem ser dissociadas das suas implicações jurídicas. E, por outro lado, a atuação jurídica não pode ignorar os objetivos estratégicos e operacionais das organizações. Esta pós-graduação nasce precisamente da perceção dessa lacuna: há uma ausência clara de ofertas formativas que combinem, de forma prática e integrada, o Direito e a Gestão. Pretendemos preencher esse vazio com um programa curto, ágil e de aplicação direta.

Qual é o principal objetivo do programa e que lacuna pretende colmatar no mercado?

O principal objetivo é capacitar os participantes para compreenderem os desafios da gestão com um olhar jurídico e, em simultâneo, interpretarem os enquadramentos legais com sensibilidade para a realidade empresarial. A lacuna que queremos colmatar é essa separação, ainda muito presente, entre dois mundos que deveriam dialogar continuamente. Este curso promove essa simbiose — e fá-lo de forma prática, orientada para casos concretos e reais.

Para quem é esta formação? Que perfis profissionais se pretende atrair?

Este programa é aberto e inclusivo. Destina-se a profissionais com formação ou experiência em gestão ou em direito, mas também a quem, não vindo diretamente destas áreas, pretenda adquirir uma visão cruzada e estratégica. Advogados, gestores, juristas, consultores, empreendedores, quadros de PME e de grandes empresas — todos têm aqui um espaço para crescer e fortalecer competências. Especificamente como foi enunciado na introdução – Juristas, advogados, solicitadores, diretores de recursos humanos e todas as profissões que procurem estruturar as suas intervenções individuais e empresarias, em escritórios de advogados, sociedades de consultoria jurídica, sociedades de solicitadoria e outras de consultoria e em todas as empresas e direções de recursos humanos dessas empresas onde a preponderância seja efetivamente a integração da área de gestão com a de direito.

Que novas competências são potenciadas?

A pós-graduação potencia competências em áreas como:

  • Estratégia empresarial com enquadramento legal;
  • Finanças e fiscalidade individual e empresarial;
  • Relato ESG e sua relevância jurídica e reputacional;
  • Contratação, negociação e gestão de conflitos;
  • Comunicação eficaz em ambientes regulados;
  • Direito do trabalho e comercial com aplicação prática.

Além disso, destaca-se a capacidade de integrar todas estas áreas num pensamento sistémico e numa abordagem resolutiva, culminando num desafio final imersivo, onde os participantes enfrentam um caso empresarial completo.

A Pós-graduação em Gestão e Direito é diferenciadora em que medida?

É diferenciadora porque não é meramente interdisciplinar — é transdisciplinar. Aqui, os temas não são tratados em paralelo, mas em diálogo. Os docentes trazem experiências reais do mercado, promovem discussão crítica e desafiam os participantes a sair do papel tradicional. E o modelo é intensivo, focado, com impacto imediato nas práticas profissionais com uma metodologia de análise de casos reais.

Quais são os temas mais inovadores ou inesperados que os participantes vão explorar ao longo do curso?

Diria que o módulo de relato ESG com implicações jurídicas, assim como a abordagem prática à fiscalidade empresarial e à negociação e resolução de conflitos, surpreenderão muitos participantes. A combinação entre marketing digital e comunicação institucional, analisada sob a lente do compliance e da reputação jurídica, é também bastante inovadora. E o desafio final é, sem dúvida, o momento de maior integração e surpresa: é realista, multidimensional e feito em equipa.

E o corpo docente?

O corpo docente é composto por profissionais experientes, com sólidos percursos tanto académicos como empresariais. Temos professores universitários, juristas, gestores, consultores, líderes empresariais — todos escolhidos pela sua capacidade de transmitir conhecimento útil, atualizado e com aplicação imediata. Cada docente foi convidado por trazer não apenas saber, mas também saber-fazer.

Se pudesse resumir esta pós-graduação numa frase, qual seria a promessa que deixaria?

“Uma formação intensiva para quem quer decidir com segurança jurídica e agir com visão estratégica — num programa prático, atual e transformador.”

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Inovação é investimento estratégico que as empresas não podem descurar

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  • 14 Julho 2025

Na 2.ª edição do Prémio Inovação na Internacionalização, distinguiram-se negócios com ambição global e um percurso de sucesso além-fronteiras. Conheça os cinco grandes vencedores.

“Normalmente, as empresas que mais crescem são as que mais investem em inovação”. As palavras de Amílcar Lourenço, administrador executivo do Banco Santander, marcaram o tom da 2.ª edição do Prémio Inovação na Internacionalização, uma iniciativa conjunta da COTEC Portugal, do Santander Portugal e do World Trade Center Lisboa. Mais do que apenas uma cerimónia de entrega de prémios, o evento celebrou o espírito empreendedor e resiliente do tecido empresarial português.

Desde fabricantes de cola a tecnológicas, passando por industriais altamente qualificados, as empresas distinguidas têm em comum uma cultura de inovação, visão global e, acima de tudo, a coragem de arriscar. “Este prémio tem muito mais valor do que à primeira vista nos parece”, sublinha o administrador, que lembrou que “inovar é, muitas vezes, visto como um custo elevado” quando, na realidade, “é um investimento estratégico.”

Numa conversa moderada pelo subdiretor do ECO, Tiago Freire, a receita para o sucesso na internacionalização foi o tema central. “O mercado português é demasiado pequeno, tanto em dimensão como em recursos”, lembra Sandra Santos, CEO da Logoplaste, que acredita que “as empresas que triunfam lá fora são as que nascem com ambição”.

Sandra Santos, CEO da Logoplaste

Essa ambição, porém, exige mais do que vontade. Implica preparação, adaptabilidade e, sobretudo, uma cultura organizacional aberta ao risco e à aprendizagem. Helena Bento, CEO do Oceanário de Lisboa e antiga vice-presidente da Gallo, recorda que a internacionalização é, acima de tudo, um processo de autoconhecimento. “Temos de perceber o que fazemos bem, onde podemos ser os melhores, e onde há consumidores dispostos a pagar por isso”, sugere a empresária com ampla experiência em desbravar o mundo.

Helena Bento, CEO do Oceanário de Lisboa

A capacidade de adaptar produtos, modelos de negócio e estruturas às realidades de cada mercado foi outro tema recorrente. Sandra Santos não acredita “em grandes planos detalhados”, mas antes em “estudar bem os mercados, ouvir quem está no terreno e aprender com outras indústrias, mesmo que pareçam não ter nada a ver connosco”.

“A ideia do empreendedor super-herói não funciona. A internacionalização é uma jornada feita com outros, dentro e fora da empresa”, reitera.

Inovar é um ato de coragem

O grande vencedor desta segunda edição do prémio foi a OLI, nome conhecido do setor industrial português, com sete décadas de vida, que se destacou pela capacidade de ajustar a sua abordagem a cada novo mercado. “Nos países onde entrámos, fizemo-lo sempre de forma diferente. Cometemos erros, claro, mas aprendemos com eles”, partilha o CEO António Ricardo Oliveira, que além do primeiro lugar leva para casa o troféu na categoria Small Mid Cap. “A nossa presença em oito países, com equipas multiculturais, é reflexo disso”.

Outro caso inspirador foi o da Colquímica Adhesives, vencedora da edição anterior e convidada para partilhar a sua experiência. “Exportamos 94% do que produzimos para mais de 60 mercados”, revela Luís Bento, CFO da empresa sediada em Valongo. O CFO da empresa sediada em Valongo não tem dúvidas de que a cultura organizacional faz toda a diferença no sucesso que tem vivido. “Somos uma empresa familiar, mas com três pilares muito claros: agilidade, proximidade e inovação. E isso dá-nos vantagem”, diz.

Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC, não encerrou a cerimónia sem antes deixar um rasgado elogio às empresas finalistas e às histórias que representam. “Este país não é fácil para quem quer empreender. Mas estas empresas mostram que é possível conquistar mercados internacionais com talento, resiliência e persistência”, realçou.

Para o líder da instituição que há mais de duas décadas apoia o tecido empresarial português, há quatro características comuns às empresas com ADN de internacionalização: capacidade de aprender e selecionar o conhecimento relevante, clareza sobre as vantagens de internacionalizar, gestão dinâmica da vantagem competitiva, e uma cultura empresarial adaptável sem perda da identidade. “Uma empresa bem-sucedida é aquela que se camufla no novo mercado sem perder o que a distingue”, considera.

Empresas distinguidas

Além da OLI, que venceu esta edição e acumulou o título de melhor Small Mid Cap, foram premiadas outras quatro organizações que têm dado cartas além-fronteiras. Na categoria Pequena Empresa Europa, a RCN Aluminium arrecadou o primeiro lugar do pódio, um feito também alcançado pela Skypro como Pequena Empresa Global.

Já para Média Empresa Europa, o prémio foi entregue à Palbit, dedicada à produção de ferramentas em metal duro há mais de 100 anos, enquanto o troféu de Média Empresa Global distinguiu a Controlar, especializada no desenvolvimento de hardware e software para a indústria.

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