EUA ameaçam UE com tarifas de 17% sobre exportações de alimentos

  • ECO
  • 4 Julho 2025

Os EUA ameaçaram impor tarifas de 17% às exportações agrícolas da União Europeia numa escalada do conflito comercial com Bruxelas. Prazo final das negociações está previsto para a próxima semana.

Os EUA ameaçaram impor tarifas de 17% às exportações agrícolas da União Europeia, numa escalada do conflito comercial com Bruxelas, avança o Financial Times (acesso pago), citando três fontes próximas.

A notícia sobre a ameaça de tarifas de 17% às exportações agrícolas e de alimentos chega dias antes do prazo final de 9 de julho para fechar um acordo comercial, após o qual o presidente americano, Donald Trump, prometeu que irão avançar com tarifas de 20% sobre todos os produtos da UE se nenhum acordo for alcançado.

Os negociadores da União Europeia não conseguiram, até o momento, obter um avanço nas negociações comerciais com o governo Trump e procuram agora continuar a negociar, segundo a Reuters. Uma fonte descreveu a situação à agência noticiosa após as negociações em Washington como “ainda muito instável e difícil de prever”, enquanto outra fonte descreveu a perspetiva como “sombria”.

No entanto, de acordo com um porta-voz da Comissão Europeia, citado pela Reuters, “houve progresso em direção a um acordo em princípio durante a última ronda de negociações, que ocorreu esta semana”.

“Após discutir a situação atual com nossos Estados-membros, a Comissão agora irá retomar as negociações com os EUA sobre o conteúdo durante o fim de semana”, disse.

O presidente Donald Trump quer que Bruxelas conceda às empresas americanas amplas isenções de regulamentações e reduza o excedente comercial com os EUA. Maroš Šefčovič, comissário de comércio da UE, terá tido conhecimento da questão na quinta-feira em reuniões em Washington, tendo passado a mensagem aos embaixadores dos 27 Estados-membros esta sexta-feira.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, disse na quinta-feira que esperava um “acordo de princípio” que permitisse às partes continuarem a conversar até um acordo final. Contudo, os EUA estão a pressionar os países a fecharem acordos vinculativos dentro do prazo estabelecido por Trump.

Atualmente, os Estados Unidos aplicam tarifas de 10% a todos os produtos da UE e de mais 25% às importações de aço, alumínio e veículos, mas o Presidente norte-americano ameaçou aumentar estas sobretaxas para 50%. Tendo em conta a possibilidade de as negociações com os Estados Unidos não resultarem num acordo, a Comissão lançou uma consulta sobre uma lista de reequilíbrio com produtos norte-americanos que podem ser tarifados.

(Notícia atualizada às 17h56)

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UEFA multa FC Porto em 750 mil euros por incumprimento de regra financeira

Clube liderado por André Villas-Boas arrisca multa de 4,25 milhões caso não cumpra o indicador de estabilidade financeira.

O FC Porto foi multado pela UEFA em 750 mil euros por incumprimento de um indicador de estabilidade financeira, com os portistas a arriscarem uma coima de 4,25 milhões caso não corrijam a falha, segundo anunciou a SAD dos dragões esta sexta-feira.

Em causa está o facto de o FC Porto ter apresentado um desvio negativo acumulado de 50 milhões de euros no que toca ao “football earnings” face ao limite regulamentar, nos últimos dois exercícios completos, terminados em junho de 2024.

Esta situação levou o Comité de Controlo Financeiro da UEFA a abrir um procedimento ao clube liderado por André Villas-Boas, no âmbito do qual os portistas apresentaram medidas de correção e um plano de sustentabilidade financeira a médio prazo que “possibilite o cumprimento deste indicador de forma consistente já a partir do exercício 2024/25”, conta a SAD no comunicado enviado ao mercado.

A SAD realça que já conseguiu demonstrar à UEFA que vai reduzir “de forma substancial o desvio negativo dos dois exercícios anteriores”, citando os resultados positivos no primeiro semestre do exercício 2024/25 – terminado em dezembro, a melhoria dos resultados operacionais e ainda a venda de passes dos jogadores.

Neste contexto, a SAD lembra que o incumprimento das regras de fair-play financeiro poderia dar lugar a sanções desportivas ou restrições de gastos por um período relativamente longo.

Não foi esse o caso, com a UEFA a aplicar “apenas” uma multa efetiva de 750 mil euros e uma multa condicional de 4,25 milhões, “a qual nunca será devida caso o FC Porto cumpra o indicador de estabilidade no período de monitorização de 2025/2026, correspondendo aos exercícios 2022/2023, 2023/2024 e 2024/2025”.

“O FC Porto reitera a sua determinação para que as regras e regulamentos a que o clube está sujeito, em particular as que dizem respeito ao regulamento Financial Sustainability da UEFA, sejam sempre rigorosamente cumpridas”, adianta ainda.

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Governo procura consensos na imigração

Diplomas da nacionalidade e imigração desceram à fase de especialidade sem serem votados no parlamento. "Queremos fazer a nossa parte, esperando que façam a vossa", diz Leitão Amaro aos partidos.

“Queremos fazer a nossa parte, esperando que façam a vossa parte”. É desta forma que o ministro da Presidência resume o que pretende do arco da governação para a imigração, o que se pode sintetizar em consensos políticos. As propostas do Governo de alteração às leis da nacionalidade, imigração e reagrupamento familiar baixaram esta sexta-feira à especialidade sem votação.

António Leitão Amaro explica que é uma oportunidade para aqueles que, “de alguma maneira parecem querer melhorar a lei da nacionalidade”, possam contribuir e haja “uma discussão em que possamos encontrar aquilo que una o país” rapidamente.

O ministro da Presidência afirma que o Governo cumpre os limites da União Europeia para o reagrupamento familiar e está a cumprir com a Constituição da República Portuguesa. “Ajustamos prazos e procedimentos e fixamos um prazo mínimo de dois anos quando se trata de reagrupar maiores. Os menores refugiados e os altamente qualificados preservam a possibilidade de reagrupamento imediato”, elencou.

São “medidas equilibradas, constitucionais e preservam o essencial“, classificou, horas depois de o semanário Expresso revelar que principais mudanças na lei da nacionalidade são inconstitucionais, de acordo com um parecer de Jorge Miranda, considerado o ‘pai’ da Constituição.

O ministro da Presidência indicou que o número de pedidos de nacionalização de estrangeiros triplicou face a 2021, sendo que em 2022 houve 362 mil pedidos de nacionalidade, dos quais apenas 160 mil filhos de portugueses. “Cresceram os pedidos de nacionalidade especialmente por naturalização. O aumento seria maior se não apertássemos as regras”, antecipou, acabando de seguida por ser contrariado pelo deputado Paulo Muacho, deputado e membro fundador do partido Livre.

Mas o momento de maior tensão parlamentar durante as mais de cinco horas no plenário aconteceu após André Ventura ter apresentado uma lista de nomes de crianças estrangeiras de uma escola em Lisboa. Apesar de o líder do Chega não as ter identificado concretamente, o gesto foi suficiente para provocar vários protestos nas bancadas e inclusive levou a deputada do Livre Isabel Mendes Lopes a emocionar-se, pedindo, em lágrimas, para não o fazer.

Mini-SEF aprovado com OK do Chega

Com ‘luz verde’ no parlamento saiu a proposta de criação da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras na Polícia de Segurança Pública (PSP) graças ao Chega, que mudou o sentido de voto. PSD, Iniciativa Liberal (IL) e CDS também votaram a favor do chamado “mini-SEF”, o PS, PCP e JPP abstiveram-se e o Livre, o Bloco de Esquerda (BE) e o PAN votaram contra.

“A criação desta unidade é absolutamente necessária para que os portugueses possam recuperar do descalabro trazido pelas políticas do PS”, assinalou o deputado Rui Rocha, ex-líder da IL e anunciado candidato à Câmara de Braga.

A oposição de esquerda considera que o PSD estendeu o tapete ao Chega ao avançar com estas propostas. “Deviam ter vergonha da lei que aqui apresentam. Venderam a alma. Já perderam só que ainda não sabem”, referiu a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, para quem o “humanismo” é incompatível com estas restrições no acesso à cidadania, que restringe o reagrupamento familiar.

Tanto que a deputada única do Pessoas–Animais–Natureza (PAN) acusou o Governo de Luís Montenegro de “ir atrás” da “agenda da extrema-direita” e de ignorar que, em 2024, as contribuições dos imigrantes para a Segurança Social ultrapassaram os 3,6 mil milhões de euros, o que representou um aumento de 65% em três anos. “Ainda assim continuamos a discriminar estas pessoas no acesso às prestações sociais”, lamentou Inês de Sousa Real.

O deputado socialista Pedro Delgado Alves advertiu que Governo “confunde” imigração com segurança e interrogou-se sobre o motivo pelo qual Portugal não seguiu o exemplo de outros países que optaram por com fazer um “estudo comparado” antes de propor mudanças desta natureza. “Comece a maioria por dar um exemplo: apresente uma proposta que não viole a Constituição, esforce-se por fazer melhor e não vá atrás dos que querem acabar com a República”, atirou.

Já a deputada comunista Paula Santos denotou que o PSD, o CDS, a IL e o Chega são as “forças políticas responsáveis pela venda da nacionalidade” por quem não tem ligações a Portugal, nomeadamente “milionários dos vistos gold”. Sobre a nova polícia de fronteiras, questionou: “Se não dispõe hoje de meios, a atribuição de competências vai introduzir ainda mais dificuldades. Como é que a PSP vai assumir estas responsabilidades sem que haja um aumento dos recursos?”.

Mas o Chega acredita que é possível ir mais além no tópico das penas criminais, “independentemente do tempo que [o imigrante] cá esteja [em Portugal], quem comete crimes deve perder a nacionalidade”.

Por outro lado, o líder do grupo parlamentar do CDS-PP garantiu que “apoia convictamente as restrições” criadas pela reforma na lei da nacionalidade proposta pelo Governo de Luís Montenegro. “É uma causa do CDS há 20 anos. Nessa altura estávamos sozinhos neste parlamento. Tivemos razão antes do tempo”, afirmou o deputado Paulo Núncio.

Uma posição intermédia pediu o deputado único do Juntos pelo Povo (JPP). Filipe Sousa diz que o seu partido “tenderá a valorizar uma abordagem ponderada”, até porque a cidadania portuguesa “não pode ser trampolim ou passaporte para fixação noutros países”. O deputado madeirense, que se estreou este ano na Assembleia da República, pede clareza nos requisitos de residência, evitando mudanças abruptas para quem está em processo de integração, proteção das crianças e aposta no idioma. Ou seja, “integração com critério, tolerância e respeito”.

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Polónia “fecha” fronteiras com Alemanha e Lituânia a partir de segunda

  • Lusa
  • 4 Julho 2025

Até 5 de agosto, regressam os controlos fronteiriços na Polónia. Na fronteira com a Alemanha foram selecionados 52 postos de controlo, somando-se a 12 com a Lituânia, dois permanentes.

A Polónia vai destacar cinco mil militares para os controlos fronteiriços com a Alemanha e a Lituânia, a partir de segunda-feira até pelo menos até 5 de agosto, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Do contingente militar, quatro mil militares serão destacados para a fronteira com a Alemanha e os restantes para as passagens com a Lituânia, como parte do restabelecimento temporário dos controlos fronteiriços para impedir a entrada de migrantes irregulares, segundo disse esta sexta-feira o porta-voz da diplomacia de Varsóvia, Jacek Dobrzyński.

Na fronteira com a Alemanha foram selecionados 52 postos de controlo, 16 dos quais permanentes, somando-se a 12 com a Lituânia, dois permanentes. Para atravessar a fronteira polaca será obrigatória a apresentação de um documento de identidade de um país da União Europeia ou de um passaporte, sendo que a entrada só será permitida nos locais descritos nos regulamentos.

A travessia por caminhos ou trilhos florestais, ciclovias e rios é expressamente proibida. Os postos de controlo serão realizados sobretudo por agentes da Guarda de Fronteira, que serão apoiados por militares das Forças de Defesa Territorial e da Polícia Militar em postos de controlo permanentes.

Estes postos utilizarão contentores especiais e os chamados “autocarros Schengen”, veículos adaptados para o trabalho administrativo móvel. Nas estradas, será implementada uma organização especial, reduzindo as vias para uma única faixa e encaminhando o tráfego para áreas de serviço designadas para verificações seletivas de veículos.

Segundo as autoridades, o objetivo é “minimizar os inconvenientes para os polacos, sobretudo os que trabalham na fronteira ocidental”, uma vez que “o Espaço Schengen é uma grande comodidade conquistada nos últimos anos”, segundo Dobrzyński. A decisão de restabelecer os controlos fronteiriços foi anunciada por Varsóvia esta semana.

O primeiro-ministro, Donald Tusk, explicou na quinta-feira que, há cerca de um mês, “o lado alemão, ao contrário dos últimos dez anos, recusa-se a permitir a entrada no seu território de migrantes, em busca por exemplo de asilo”, e nestes casos, os são expulsos “a todo o vapor” para a Polónia.

De acordo com dados da Guarda de Fronteira, a Polónia registou 15.022 tentativas de travessia irregular na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia entre 1 de janeiro e 29 de junho de 2025, com 412 detenções este ano até junho, um número semelhante ao de todo o ano passado.

A pressão também aumentou significativamente na Lituânia e na Letónia, com aumentos de mais de três e duas vezes, respetivamente, no número de tentativas de entrada. Mais de seis mil militares foram destacados para a fronteira leste com a Bielorrússia durante mais de um ano, além de 4.000 polícias e guardas de fronteira adicionais.

Esta medida foi justificada por Varsóvia com uma vaga migratória proveniente de países orientais orquestrada deliberadamente por Minsk e Moscovo com o objetivo de desestabilizar o leste europeu.

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Alegro Montijo passa a Fórum Montijo com rebranding desenvolvido em parceria com o estúdio Labdesign

  • + M
  • 4 Julho 2025

A nova identidade visual será gradualmente implementada no centro comercial até ao final de agosto, estando o relançamento oficial agendado para o início de setembro.

O centro comercial Alegro Montijo alterou o seu nome para Fórum Montijo, através de um rebranding desenvolvido em parceria com o estúdio Labdesign. A mudança acontece na sequência da aquisição do ativo pela Lighthouse Properties.

A Nhood, que gere o ativo desde 2019, vai continuar a assegurar a sua gestão e comercialização, liderando agora o processo de rebranding, desde o desenvolvimento da marca à sua gestão estratégica, com o objetivo de garantir a “uniformização de todos os pontos de comunicação com clientes e lojistas, englobando quer a experiência física como o ecossistema digital”.

A nova identidade visual será agora gradualmente implementada no centro até ao final de agosto, estando o relançamento oficial agendado para o início de setembro. O novo logótipo, é “inspirado pela tradição local” e reinterpreta o moinho de vento, com elementos que evocam também as flores, o rio, o sol e o sal. Comunidade, inovação e autenticidade são “alguns dos valores que reforçam o posicionamento próximo e orientado para o futuro” do espaço, aponta-se em nota de imprensa.

Este rebranding representa muito mais do que uma mudança de nome ou imagem, é uma tomada de posição estratégica sobre o papel que o centro desempenha na vida da comunidade e no ecossistema comercial da região. O Forum Montijo regressa com uma identidade renovada, alinhada com as raízes locais e com a ambição de reforçar o seu posicionamento enquanto espaço de encontro, partilha e experiência“, diz Maura Teixeira, marketing & innovation Iberian director da Nhood, citada em comunicado.

“Na Nhood, acreditamos no poder das marcas para transformar espaços em destinos com alma. Liderar este processo, no qual alinhámos visão estratégica, identidade de marca e experiência do consumidor é para nós uma oportunidade de reforçar o compromisso com a inovação, a proximidade e o desenvolvimento sustentável das comunidades onde atuamos”, acrescenta.

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Zelensky diz que concordou com Trump “reforçar a proteção” dos céus ucranianos

  • Lusa
  • 4 Julho 2025

"Discutimos as opções de defesa aérea e concordámos em trabalhar em conjunto para reforçar a proteção do nosso espaço aéreo", afirmou Zelensky, após mais um ataque com drones russos.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta sexta-feira, depois de conversar com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, que concordaram em “reforçar a proteção” dos céus ucranianos após mais um ataque de drones e mísseis russos.

“Discutimos as opções de defesa aérea e concordámos em trabalhar em conjunto para reforçar a proteção do nosso espaço aéreo”, afirmou Zelensky na rede social Telegram, detalhando que teve com Trump uma “conversa aprofundada sobre as capacidades da indústria da defesa e a produção conjunta”.

Trump fez também uma chamada telefónica com o Presidente russo, Vladimir Putin, na quarta-feira, e admitiu que “não fez progresso algum” no sentido de um cessar-fogo na Ucrânia. “Não, não fiz qualquer progresso” durante a conversa, disse Trump aos jornalistas, acrescentando não estar “satisfeito” com o conflito, iniciado com a invasão russa da Ucrânia há quase três anos e meio.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse também na quarta-feira que Washington e Kiev estão a esclarecer a ajuda militar norte-americana, após o anúncio de que os Estados Unidos deixaram de fornecer determinadas armas. Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andriy Sybiga, referiu que a Ucrânia está pronta para “comprar ou alugar” defesas antiaéreas para fazer face ao “grande número de drones, bombas e mísseis” lançados pela Rússia contra o país.

O secretário de Estado da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, autorizou uma pausa nos fornecimentos à Ucrânia “para dar prioridade aos interesses dos Estados Unidos”, confirmaram à CNN altos responsáveis da Casa Branca.

Os fornecimentos suspensos, que tinham sido prometidos pela anterior administração norte-americana, liderada pelo democrata Joe Biden, incluem intercetores para os sistemas de defesa aérea Patriot, projéteis de artilharia guiados com precisão e mísseis que a força aérea ucraniana dispara a partir de aviões F-16 fabricados nos Estados Unidos.

Já Trump pronunciou-se pela primeira vez na quarta-feira sobre a suspensão, justificando a medida como necessária, acusando o ex-presidente Joe Biden de “esvaziar todo o país dando-lhes armas [à Ucrânia]”.

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Vigor assinala 30 anos de Toy Story com edição limitada, passatempo e campanha

  • + M
  • 4 Julho 2025

A iniciativa da Vigor é amplificada através de uma campanha assinada pela McCann, que marca presença em televisão, digital, outdoors e brand experience. O planeamento de meios é da Mindshare.

Para celebrar as três décadas da saga de filmes de animação Toy Story, a Vigor apostou numa edição limitada de embalagens temáticas, num passatempo e numa campanha multimeios.

As personagens Woody, Jessy, Aliens e Buzz Lightyear ganham assim destaque nas embalagens de leite da marca até ao final do verão. Mas, além de colecionar as embalagens especiais, os consumidores são também convidados a participar no passatempo “Rumo à frescura e diversão”.

Esta parceria permite conectar gerações, unindo memórias e emoções à frescura e sabor do leite fresco Vigor. A nostalgia é por definição um território da marca Vigor, e pode ser abordado de forma positiva e bem humorada, recuperando as memórias que se prolongam no tempo até aos dias de hoje, transversais às várias gerações“, diz Catarina Cruz, gestora da marca Vigor, citada em comunicado.

Paralelamente, a Vigor dá ainda voz a esta iniciativa através de uma campanha assinada pela McCann, que marca presença em televisão, digital, outdoors e brand experience. A campanha conta ainda com o apoio da Mindshare como agência de meios e da Burson como agência de PR.

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Comissão Europeia avança no outono com plano para reforço de interconexões energéticas na UE

  • Lusa
  • 4 Julho 2025

A Comissão Europeia defende a necessidade de construir mais interconexões energéticas na União Europeia (UE), nomeadamente entre a Península Ibérica.

A Comissão Europeia defende a necessidade de construir mais interconexões energéticas na União Europeia (UE), nomeadamente entre a Península Ibérica e o resto do bloco, avançando com um plano de ação no outono enquanto também tenta dialogar com França.

Precisamos de estar melhor interligados. […] O facto de não dispormos de infraestruturas físicas suficientes e de não estarmos suficientemente ligados é, na minha opinião, provavelmente a maior ameaça que temos em termos de estrangulamentos e outros obstáculos à transição ecológica e, por isso, vamos apresentar este outono um plano ação relativo à rede, que deveria ser apresentada no próximo ano, mas que eu adiantei”, disse o comissário europeu da Energia, Dan Jørgensen.

O responsável falava à imprensa europeia, incluindo a Lusa, na cidade dinamarquesa de Arhus, durante a viagem para a imprensa europeia da presidência do Conselho da União Europeia (UE) assumida pela Dinamarca entre 1 de julho e 31 de dezembro deste ano.

Fazendo uma analogia, o político dinamarquês comentou que a situação atual da UE “é como se fossem necessárias 200 estradas para serem ligadas na Europa, mas só houvesse 100 e só se permitisse que os carros circulassem em 50 delas e, por isso, é preciso utilizar melhor o que já existe e duplicar a capacidade atual”.

Questionado na ocasião pela Lusa sobre a falta de interconectores entre a Península Ibérica e o resto da UE devido ao bloqueio francês, Dan Jørgensen admitiu: “Não é como se não tivéssemos feito interligações, […] mas também é verdade que é uma abordagem muito dependente do resultado final que os países precisam de acordar entre si”.

“O problema é que, hoje em dia, é frequente termos uma situação em que é necessário ligar o país A ao país C, mas a ligação passa pelo país B. Então, como é que isso se torna economicamente interessante para o país B? É algo em que estamos a trabalhar e que fará parte do grande plano que apresentarei mais tarde” no ano, indicou.

Dan Jørgensen destacou que cada valor investido em interconexões acaba por triplicar. E, além disso, “França evitou 40 dias de apagões no ano passado por causa da interconexão”, exemplificou ainda.

Em maio passado, governos de Portugal e Espanha pediram à Comissão Europeia um “compromisso político e financeiro firme” para avançar com interconexões entre a Península Ibérica e o resto da União Europeia, após o apagão de abril.

Numa carta ao comissário da Energia, foi ainda proposta a realização, ainda este ano, de uma reunião ministerial, na qual Portugal, Espanha, França e a Comissão Europeia possam acordar um roteiro com marcos e passos concretos a seguir para alcançar os objetivos europeus para 2030 e 2040.

O apagão na Península Ibérica em 28 de abril mostrou a importância de aumentar a resiliência da rede energética da UE, numa altura em que o território tem uma conectividade abaixo dos 3% com o resto da União.

O Governo português tem vindo a defender um aumento da interligação energética de Portugal com o resto da UE para 15% até 2030, através da construção de mais interligações.

A UE estabeleceu precisamente um objetivo de interconexão de, pelo menos, 15% até 2030.

O reforço das interligações energéticas entre Portugal e Espanha e a UE tem vindo a ser discutido há vários anos, mas devido ao ceticismo de França isso nunca avançou totalmente, apesar de ser importante para aumentar a segurança energética, reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, diminuir os custos e facilitar a transição para as energias renováveis.

De acordo com dados da Comissão Europeia, são necessários mais de 500 mil milhões de euros para alocar à reforma das redes de eletricidade nesta década, montante que inclui interconexões transfronteiriças e a adaptação das redes de distribuição à transição energética.

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Governo disponibiliza seis milhões de euros para obras urgentes em 28 escolas

  • Lusa
  • 4 Julho 2025

Governo assinou esta sexta-feira acordos com 13 municípios, no valor de 3,1 milhões de euros, para obras urgentes em escolas do país. Falta assinar com mais oito autarquias.

O Governo vai transferir para as autarquias cerca de seis milhões de euros para obras de requalificação urgentes em 28 escolas, anunciou esta sexta-feira o ministro da Educação, que sublinhou que as intervenções são responsabilidade das câmaras municipais.

É preciso fazer esta clarificação, porque nós sabemos que os melhores projetos educativos são aqueles em que há uma boa articulação entre as autarquias e as escolas“, sublinhou Fernando Alexandre, que defendeu a necessidade de os municípios fazerem “o que tem de ser feito para melhorar o sistema educativo.

O ministro da Educação, Ciência e Inovação falava aos jornalistas no final da sessão em que foram assinados os acordos de colaboração com 13 dos 21 municípios que vão receber, no total, 6.008.487,76 euros para a realização de obras urgentes em 28 escolas.

As necessidades foram identificadas pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) e as intervenções vão desde isolamento de paredes exteriores e pinturas e remoção de fibrocimento, à substituição de caixilharia ou de pavimento e instalação de elevadores.

É preciso fazer esta clarificação, porque nós sabemos que os melhores projetos educativos são aqueles em que há uma boa articulação entre as autarquias e as escolas.

Fernando Alexandre

Ministro da Educação, Ciência e Inovação

Esta sexta-feira foram assinados 14 acordos com 13 autarquias, no valor de 3,1 milhões de euros, sendo que os restantes oito municípios vão receber as verbas necessárias após a assinatura dos respetivos acordos de colaboração.

Durante a sessão, Fernando Alexandre insistiu na necessidade de clarificar as diferentes responsabilidades no âmbito do processo de descentralização e sublinhou que cabe ao Governo garantir os recursos necessários, mas a execução das obras está nas mãos das câmaras municipais.

Os trabalhos deverão arrancar em breve e o ministro espera que estejam concluídos entre este ano e o próximo.

Para além destas 28 escolas, com necessidades identificadas como urgentes, a DGEstE identificou 600 escolas a precisar de obras, um aumento face às 451 identificadas em 2023, quando o governo então liderado por António Costa assinou um acordo com a Associação Nacional de Municípios Portugueses.

De acordo com o ministro Fernando Alexandre, cerca de 100 escolas já estão a ser intervencionadas, mas o governante reconhece que dificilmente será possível concluir o trabalho nas cerca de 600 escolas até ao final da década.

“Qual é a prioridade até 2029? É executar o PT 2030 e os mil milhões (de euros) do Banco Europeu de Investimento”, disse, referindo ao empréstimo concedido para a reabilitação e construção de escolas em Portugal.

É muito investimento, vai permitir recuperar centenas de escolas, mas não a totalidade. Não têm todas o mesmo nível de urgência e nós vamos priorizar aquelas mais urgentes”, acrescentou, afirmando que a conservação do parque escolar, com cerca de 5.400 escolas, implica um investimento contínuo.

“Não podemos deixar acontecer o que aconteceu nas últimas décadas, em que durante décadas não houve investimento e isso levou a uma degradação do parque escolar de uma forma muito significativa”, advertiu.

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Descida de IRS do Governo passa primeiro teste no Parlamento e segue para a especialidade. PSD cede a pedido do Chega

Proposta do Governo para redução do IRS foi aprovada, descendo à especialidade. Após entendimento com Chega, PSD vai propor norma que acautele no OE2026 descida pedida de mais 0,3 pontos.

A proposta de redução do IRS apresentada pelo Governo passou o primeiro teste no Parlamento, ao ser aprovada na generalidade, seguindo agora para a especialidade. O PSD sinalizou a disponibilidade para acolher a moeda de troca pedida pelo Chega, enquanto o PS pede que Governo não termine com a devolução das propinas para jovens que beneficiem do IRS Jovem.

O Governo propôs um desagravamento das taxas do primeiro ao oitavo escalão, apenas não alterando a taxa do último. A medida foi aprovada esta sexta-feira na generalidade com os votos a favor de PSD, CDS-PP, Chega, IL e JPP, a abstenção do PS e contra do PCP, BE e Livre.

O Governo propõe que a taxa do primeiro escalão desce de 13% para 12,5%, a do segundo de 16,5% para 16%, a do terceiro de 22% para 21,5%, a do quarto de 25% para 24,4%, a do quinto de 32% para 31,4%, a do sexto de 35,5% para 34,9%, a do sétimo de 43,5% para 43,1% e, por último, a do oitavo de 45% para 44,6%. A taxa do último escalão de rendimentos continua nos 48%.

No entanto, a proposta segue agora para a fase de especialidade. Durante o debate sobre a proposta, que antecedeu a votação, o líder do Chega, André Ventura, adiantou que o partido “votará favoravelmente a proposta de descida do Governo se o Governo se comprometer com a uma descida de mais 0,3 pontos do 2º ao 5º escalão” face à proposta do Governo com efeitos em 2026. Em troca, retirou as próprias propostas.

A proposta do partido de Ventura apontava para uma redução mais acentuada das taxas do segundo ao quinto escalão, mantendo as taxas propostas pelo Governo no primeiro, sexto, sétimo, oitavo e nono escalões.

Uma posição que o PSD se mostrou disposto a acolher, sinalizou o líder parlamentar social-democrata, Hugo Soares. “Esta foi uma manha importante para os portugueses. Quando as propostas são boas para os portugueses, o Parlamento está unido e conseguimos encontrar soluções”, disse.

Neste sentido, revelou que “o PSD vai propor na especialidade uma norma que acautele no próximo Orçamento do Estado a redução do IRS nos escalões que o Chega propôs“.

Por sua vez, o PS pede como moeda de troca que o Governo mantenha a possibilidade de que quem beneficia do IRS Jovem possa continuar a ser abrangido pela devolução de propinas. “O PS, em sede de especialidade, apenas fará uma proposta: cumprir a lei e garantir que os jovens médicos, advogados, enfermeiros possam continuar a ter, juntamente com o IRS Jovem, o prémio salarial da devolução das suas propinas”, adiantou.

Redução de impostos vai beneficiar três milhões de famílias, defende Miranda Sarmento

O ministro das Finanças adiantou que a redução de IRS proposta pelo Governo vai beneficiar três milhões de famílias. “Cerca de três milhões de famílias ficarão melhor do que estão hoje beneficiando deste alívio fiscal. Queremos aproximar o máximo possível o imposto retido” ao pago no total do ano, disse durante a intervenção no plenário na qual defendeu a proposta.

Joaquim Miranda Sarmento defendeu que “esta reforma fiscal dá continuidade ao processo iniciado no ano passado”, para que a “devolução de impostos para que as famílias não tenham de esperar pelo ano seguinte para a sua liquidação”.

“Continuamos a diminuir a tributação sobre rendimento de trabalho e consequente aumento do rendimento líquido”, disse. Segundo o governante, a redução fiscal proposta é “feita com total responsabilidade orçamental como demonstra a execução orçamental”.

“É esse o compromisso: continuar a reduzir o IRS mantendo o equilíbrio das contas públicas”, vincou.

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Rendibilidade das empresas recua no 1.º trimestre para 9,3%

  • Lusa
  • 4 Julho 2025

Uma análise setorial assinala que a rendibilidade do ativo teve descidas mais expressivas na eletricidade, gás e água (-1,8 p.p.) e nas sedes sociais (-1,5 p.p.), para 8,6% e 6,8%.

A rendibilidade das empresas portuguesas recuou 0,2 pontos percentuais no primeiro trimestre, em termos homólogos, para 9,3%, enquanto a autonomia financeira cresceu 1,5 pontos e manteve um máximo de 18 anos, divulgou esta sexta-feira o Banco de Portugal (BdP).

“No primeiro trimestre de 2025, a rendibilidade das empresas – medida pelo rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) e o total do ativo – foi de 9,3% (9,4% no quarto trimestre de 2024 e 9,5% no período homólogo)”, referem as estatísticas das empresas da central de balanços.

Face a estas reduções ligeiras, o BdP considera, em comunicado, que não foram registadas “variações significativas nos últimos seis trimestres”. Uma análise setorial assinala que a rendibilidade do ativo teve descidas mais expressivas na eletricidade, gás e água (-1,8 p.p.) e nas sedes sociais (-1,5 p.p.), para 8,6% e 6,8%.

Nas sedes sociais, o BdP atribui esta diminuição a menores resultados das subsidiárias e na eletricidade, gás e água ao aumento dos custos de produção (gás e eletricidade). Também as indústrias tiveram uma descida de 0,9 p.p. em termos homólogos, para 10,2%.

Em sentido inverso, as empresas dos transportes e armazenagem (1,4 p.p. para 14,7%) e construção (1,0 p.p. para 8,7%) apresentaram os maiores aumentos homólogos, em parte devido ao aumento dos resultados brutos. O comércio subiu 0,2 p.p. e os outros serviços 0,1 p.p., para 10,0% e 8,9%, respetivamente.

No total entre as empresas privadas, a rendibilidade foi positiva, mas recuou 0,3 p.p. em termos homólogos, para 9,3%. Por sua vez, nas empresas públicas, a rendibilidade cresceu 0,4 p.p. em termos homólogos, para 7,1%.

No capítulo da autonomia financeira, medida pelo peso do capital próprio no total do ativo, esta não se alterou em cadeia, mas subiu 1,5 p.p. face ao 1.º trimestre do ano passado, mantendo o máximo desde o início da série, em 2006 e prolongando a série de subidas que se iniciou no terceiro trimestre de 2020.

Dentro do setor privado, face ao trimestre homólogo, a autonomia financeira, que reflete a retenção de resultados pelas empresas, subiu em todos os setores – com exceção das sedes sociais (em que se manteve nos 60,8%) –, para um valor global de 45,8%. Em relação ao ano anterior, destacaram-se as subidas na eletricidade e água (2,3 p.p., para 43,7%), outros serviços (1,8 p.p. para 46,1%) e nas indústrias (1,7 p.p., para 50,0%).

Entre as empresas públicas, a autonomia financeira cresceu de 37,1% até março de 2024, para 37,7% nos primeiros três meses deste ano. A autonomia financeira das pequenas e médias empresas subiu 1,9 p.p., para 46,3% e nas grandes empresas 1,1 p.p., para 40,9%. O peso dos financiamentos obtidos no total do ativo recuou de 27,6% para 26,8% em termos homólogos durante o primeiro trimestre deste ano, enquanto os custos dos financiamentos obtidos aumentaram de recuaram para 4,7% em termos homólogos.

A cobertura dos gastos de financiamento das empresas, uma “medida de pressão financeira que quantifica o número de vezes que o EBITDA gerado pelas empresas é superior aos seus gastos de financiamento” aumentou de 7,1 vezes para 7,2 vezes.

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Fundação Repsol premeia escolas de Ponte de Lima, Lourinhã e Sardoal com 45 mil euros

A Fundação Repsol entrega 45 mil euros a nove escolas básicas portuguesas, no âmbito dos Prémios Zinkers, que distinguem projetos nas áreas da transição ecológica e sustentabilidade.

As escolas básicas da Lourinhã e do Freixo (Ponte de Lima), e a Escola Básica e Secundária Dr.ª Judite Andrade (Sardoal) venceram a 1.ª edição dos Prémios Zinkers, com 10.000 euros cada. Esta iniciativa da Fundação Repsol distingue os melhores projetos escolares nas áreas da transição energética, alterações climáticas e sustentabilidade. Foram ainda reconhecidas mais seis escolas, com um prémio de 2.500 euros, cada.

Educar para a energia é formar hoje os líderes que tomarão as decisões no futuro, sobre o mundo que lhes deixaremos”, assinalou o diretor-geral da Fundação Repsol, António Calçada, durante a entrega dos prémios decorrida nesta quinta-feira, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.

O responsável destacou ainda o “compromisso da Fundação Repsol com a promoção da educação para a energia e sustentabilidade através dos programas Zinkers, que fomentam uma cidadania crítica, responsável e comprometida”.

A 1ª edição dos Prémios Zinkers 2025 contou também com um espaço de reflexão e debate, sobre os impactos da Inteligência Artificial (IA) e da digitalização, e a propósito dos desafios de educar para o futuro. Segundo a Fundação Repsol, esta é “uma iniciativa educativa de referência em Espanha”.

Em Portugal, prossegue esta fundação, “os programas educativos Zinkers são ferramentas curriculares digitais destinadas ao Ensino Básico” e visam “preparar os jovens para os desafios futuros com conhecimento e rigor académico, incentivando a melhoria do seu meio envolvente, a preservação do planeta e a preparação dos futuros profissionais para a transição ecológica“.

Em Portugal, este programa educativo ‘Zinkers’ está a dar os primeiros passos, “com o objetivo de se tornar uma referência no ensino da sustentabilidade ambiental”, segundo a Fundação.

Já há 1.200 escolas do país registadas neste programa, com 30.000 alunos a terem acesso gratuito, em sala de aula, a uma plataforma que inclui uma variada panóplia de recursos e atividades que ajudam a abordar conteúdos, como a transição ecológica e a sustentabilidade.

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