Putin suspende ataques à infraestrutura energética ucraniana por 30 dias

Depois da conversa telefónica de uma hora e meia com Trump, o presidente russo aceitou a proposta de suspender os ataques a infraestruturas energéticas ucranianas durante 30 dias.

O presidente russo Vladimir Putin aceitou a proposta de Donald Trump e suspendeu durante 30 dias os ataques militares às infraestruturas energéticas ucranianas. O acordo surge na sequência da conversa por telefone entre os dois líderes mundiais, esta terça-feira, que durou mais de uma hora e meia.

“Hoje, o presidente Trump e o presidente Putin falaram sobre a necessidade de paz e de um cessar-fogo na guerra da Ucrânia. Ambos os dirigentes concordaram que este conflito tem de terminar com uma paz duradoura“, refere a Casa Branca em comunicado.

Os presidentes sublinharam também a necessidade de melhorar as relações bilaterais entre os Estados Unidos e a Rússia que podem trazer enormes vantagens, como negócios económicos e estabilidade geopolítica. “O sangue e o tesouro que tanto a Ucrânia como a Rússia têm gasto nesta guerra seriam mais bem empregues nas necessidades dos seus povos”, lê-se.

Assim, os dois líderes concordaram que o caminho para a paz começará com um cessar-fogo em relação às infraestruturas energéticas e com negociações técnicas sobre a implementação de um cessar-fogo marítimo no Mar Negro, “de um cessar-fogo total e paz permanente”.

Este conflito nunca deveria ter começado e deveria ter terminado há muito tempo com esforços de paz sinceros e de boa-fé“, sublinha a Casa Branca em comunicado.

Após a conversa entre os dois líderes, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que a Ucrânia apoiaria uma proposta dos EUA para interromper os ataques à infraestrutura energética russa e que esperava falar com o presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a conversa que teve com o presidente russo.

Vamos apoiar estas propostas, mas é muito interessante saber os detalhes e o que está realmente a ser proposto“, afirmou o líder ucraniano numa conferência de imprensa. Zelensky advertiu, por outro lado, que as condições estabelecidas por Putin para uma trégua alargada com Kiev visam enfraquecer a Ucrânia e mostram que não está pronto para acabar com a guerra.

Todo o seu jogo é enfraquecer-nos o mais possível“, declarou o presidente ucraniano, no seguimento das condições divulgadas pelo Kremlin, que incluem o fim do rearmamento da Ucrânia e a interrupção do apoio militar ocidental a Kiev, bem como a partilha de dados dos serviços de informações.

Acho que será correto termos uma conversa com o presidente Trump e saberemos em detalhe o que os russos ofereceram aos americanos ou o que os americanos ofereceram aos russos“, disse Zelensky aos jornalistas. No entanto, voltou a salientar que conversas sobre a Ucrânia sem a própria não levará a resultados.

Na plataforma Truth Social, o presidente dos Estados Unidos descreveu a conversa com Putin como “muito boa” e “produtiva” e que estão a trabalhar para um rápido entendimento para conseguirem alcançar um cessar-fogo “completo” e o fim da “guerra horrível” entre a Rússia e a Ucrânia.

Esta guerra nunca teria começado se eu fosse presidente! Foram debatidos muitos aspetos de um contrato para a paz, incluindo o facto de milhares de soldados estarem a ser mortos e, tanto o presidente Putin como o presidente Zelensky gostariam de ver o fim da guerra. Esse processo está agora em pleno vigor e efeito, e esperemos que, para bem da Humanidade, consigamos levar a tarefa a bom porto [get the job done]”, lê-se na publicação.

Entre os assuntos abordados, Trump e Putin discutiram, em “termos gerais”, sobre o Médio Oriente como uma região de potencial cooperação para evitar futuros conflitos e a necessidade de pôr termo à proliferação de armas estratégicas. Segundo a Casa Branca, os líderes partilham da opinião de que o Irão “nunca deverá estar em condições de destruir Israel”.

Moscovo anunciou ainda que chegou a acordo para uma troca de 175 prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia, que deverá acontecer já na quarta-feira. Em comunicado, revelou que existe uma “condição essencial” para a paz que poderá motivar resistência não só da Ucrânia, mas também da Europa.

“Foi enfatizado que a condição essencial para prevenir uma escalada do conflito e um trabalho em prol da sua resolução política e diplomática é a de que deve existir uma cessação total do apoio militar estrangeiro a Kiev”, refere o comunicado do Kremlin revelado pela Reuters.

A semana passada, a Ucrânia aceitou a proposta dos EUA para um cessar-fogo imediato de 30 dias.

(Notícia atualizada às 20h27)

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Von der Leyen propõe compras conjuntas de armas

  • Lusa
  • 18 Março 2025

Depois do plano "Rearmar a Europa", a presidente da Comissão defende o programa "Prontidão 2030" que abre a porta à compra conjunta de armas da UE.

A Comissão Europeia quer que os países da União Europeia (UE) comecem a trabalhar já para que a base industrial de defesa esteja pronta até 2030 e seja reforçada a segurança do bloco comunitário, disse esta terça-feira a presidente.

“Em 2030, a UE tem de ter uma atitude defensiva forte. O ‘Prontidão 2030’ [nome da estratégia] significa o rearmamento e o desenvolvimento das capacidades para ter uma dissuasão credível. O ‘Prontidão 2030’ significa ter a base industrial de defesa que é uma vantagem estratégia”, disse Ursula von der Leyen, em Copenhaga (Dinamarca).

A presidente do executivo comunitário considerou que a “resposta é clara” e que “não há outra escolha”.

“A União Europeia tem de estar pronta para se chegar à frente. Precisamos de tomar o controlo de uma alteração que é inevitável”, comentou a antiga ministra da Defesa da Alemanha de Angela Merkel.

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Coimbra posiciona-se como “destino de elite” do triatlo internacional

Município de Coimbra espera ter um retorno económico significativo com as provas de triatlo a partir de 2026. O Campeonato Europeu de 2024 gerou 3,8 milhões de euros e atraiu 4.000 atletas.

Coimbra na elite mundial do triatlo a partir de 2026Câmara Municipal de Coimbra/| João Pedro Lopes 18 março, 2025

A cidade de Coimbra reforçou, esta terça-feira, a sua posição como “destino de elite” do triatlo internacional, ao assinar com a Multisport Portugal e a Federação de Triatlo de Portugal “um compromisso histórico”, como o designa a autarquia. O acordo prevê a realização anual, a partir de 2026, de um grande evento desta modalidade desportiva na cidade. É esperado um significativo impacto económico na região.

“Os benefícios são claros para a economia local, turismo e [ao nível da] projeção internacional” da cidade, assinala Carlos Lopes, vereador do desporto. E os números falam por si: o Campeonato Europeu de Triatlo Multisport, que se realizou em 2024, gerou um retorno económico na ordem dos 3,8 milhões de euros e atraiu mais de 4.000 atletas a Coimbra, contabiliza.

Esta terça-feira, o vereador do desporto da autarquia, o presidente da Federação de Triatlo de Portugal, Fernando Feijão, e os representantes da Multisport Portugal, Ricardo Lacerda, Mauro Azevedo e Rui Silva, assinaram um compromisso que visa colocar Coimbra na rota do triatlo internacional.

As três entidades antecipam uma prova europeia em 2026 e um evento mundial em 2027. “O compromisso do município em termos mais e melhores provas de triatlo em Coimbra, com um grande evento internacional já em 2026, mantém-se”, assegurou o vereador do desporto.

Os benefícios são claros para a economia local, turismo e [ao nível da] projeção internacional.

Carlos Lopes

Vereador do Desporto da Câmara Municipal de Coimbra

As intervenções em curso no âmbito do projeto do Sistema de Mobilidade do Mondego, com percursos não preparados, assim como a indisponibilidade de datas no calendário da Federação de Triatlo são os fatores que fazem com que o evento não se realize no presente ano. No entanto, a aposta no futuro é clara”, ressalvou Carlos Lopes.

Enquanto os eventos não arrancam, a cidade já tem um plano B para este ano: a realização de provas de atletismo e de ciclismo, nos dias 14 e 15 de junho, no canal do Sistema de Mobilidade do Mondego.

Ricardo Lacerda anunciou, por sua vez, que o Campeonato Europeu de Coimbra é um dos três finalistas para a distinção de “Melhor Prova de Triatlo da Europa do Ano”. O vencedor será anunciado, esta sexta-feira, no Jantar de Gala da União Europeia de Triatlo, em Istambul.

“Para nós e para Coimbra, estarmos nomeados é já uma vitória”, frisou o representante da Multisport Portugal. “Vamos aproveitar esta presença na Turquia para negociar com a Federação Europeia e a Federação Mundial de Triatlo a organização de uma grande prova europeia, em 2026, e possivelmente uma grande prova mundial, em 2027. É essa a nossa intenção”, prosseguiu.

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PS/Açores acusa governo regional de querer esconder prejuízos recorde na SATA

  • Lusa
  • 18 Março 2025

Nos últimos quatro anos, segundo PS/Açores foram injetados 453 milhões de euros na companhia aérea que originaram “200 milhões de prejuízo”.

O PS/Açores acusou esta terça-feira o governo regional de criticar o presidente dos socialistas açorianos para “esconder prejuízos recorde” na SATA e lamentou que se anunciem privatizações sem explicar como vão ser assegurados os serviços públicos.

Em comunicado, o maior partido da oposição nos Açores condenou as declarações do secretário das Finanças do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), Duarte Freitas, que criticou os “buracos” deixados nas finanças da região pelos executivos do PS (1996 a 2020).

“As mais recentes declarações de Duarte Freitas são reveladoras de quem vive num mundo paralelo e de quem, para além de não conseguir distinguir entre as funções de governante e de dirigente partidário é, também, responsável por dívidas e atrasos recorde nos pagamentos às empresas e famílias”, lê-se na nota de imprensa.

O secretário das Finanças do Governo dos Açores acusou o PS de radicalismo e de ter deixado “buracos” nas finanças da região, defendendo que as privatizações anunciadas pelo executivo servem para dar “impulso” à economia privada. Para o PS/Açores, as declarações do secretário regional têm o intuito de “esconder prejuízos da SATA” e os “atrasos nos pagamentos”, alertando que nos últimos quatro anos foram injetados 453 milhões de euros na companhia aérea que originaram “200 milhões de prejuízo”.

“O importante era que o secretário regional das Finanças tivesse aproveitado a oportunidade para dar a conhecer os resultados do grupo SATA em 2024, com prejuízos recorde e com desvios significativos face ao plano de reestruturação”, defendeu. O partido visa a atitude do governo açoriano ao anunciar privatizações sem explicar “como ficarão assegurados os serviços públicos prestados por essas entidades, em setores que enfrentam grandes dificuldades”.

“O que temos assistido, infelizmente, é à falsa narrativa de poupança em órgãos sociais de entidades do setor público empresarial regional com grande instabilidade na rotação dos mesmos, para depois gastar o dobro ou triplo em nomeações de técnicos especialistas e em consultorias”, acusou o PS/Açores.

Esta terça, o secretário regional Duarte Freitas criticou a “herança” deixada pelo PS, que governou a região de 1996 a 2020, rejeitando que o plano de privatizações do Governo Regional seja motivado pela situação financeira da região. “Se fosse para pagar buracos já tinham sido feitas [as privatizações], porque os buracos nós herdamos das governações socialistas”, afirmou o governante.

No domingo, o presidente do PS/Açores, Francisco César, acusou o Governo Regional de querer privatizar empresas públicas para “conseguir ter algum dinheirinho para pagar os buracos nas contas” e para privilegiar um “conjunto de grupos económicos” que pretendem ser “dominantes a nível do mercado”.

O Governo dos Açores anunciou em 12 de março que encomendou um estudo sobre a melhor forma de privatizar várias entidades públicas, como o Teatro Micaelense, a Atlânticoline, o IROA, o IAMA, a Portos dos Açores ou a Lotaçor.

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+M

Mais de uma dúzia de instituições unidas na promoção da consignação do IRS

  • + M
  • 18 Março 2025

A agência Cupido é a responsável pela campanha que aposta num forte apelo à ação para "sensibilizar a população para a facilidade com que pode fazer a diferença na vida de milhares de pessoas".

Foram 13 as instituições que se uniram na promoção da consignação do IRS, através da campanha “Assino de Cruz”. O principal objetivo passa por “desmistificar conceitos errados e reforçar a mensagem de que a consignação do IRS não implica qualquer custo para o contribuinte“.

A Acreditar, a Aldeias de Crianças SOS, a APAV, a Associação Salvador, a Cáritas Portuguesa, a Cruz Vermelha Portuguesa, a Fundação Gil, a Fundação Rui Osório de Castro, a Just a Change, a Make-A-Wish, o Novo Futuro, a Operação Nariz Vermelho e a SIC Esperança são as instituições que resolveram unir esforços para levar esta mensagem a diversos grupos da sociedade e garantir que mais portugueses aderem à consignação do IRS.

Em conjunto, as 13 instituições envolvidas “alcançam diretamente mais de 410 mil beneficiários anualmente, gerando um impacto social profundo e contribuindo para a sustentabilidade das respostas de apoio a quem mais necessita”, refere-se em nota de imprensa.

Para simplificar a ideia e o processo, foi criada a plataforma assinodecruz.org, onde os contribuintes podem “encontrar informações detalhadas sobre como a consignação do IRS funciona”. No site, é ainda possível ler histórias e testemunhos de beneficiários apoiados e consultar um tutorial passo a passo sobre como preencher a secção de consignação aquando da entrega da declaração de IRS.

A agência criativa Cupido é a responsável pela campanha de sensibilização. “É imperativo que todos compreendam que a consignação do IRS é um gesto simples, sem custos, que pode ter um impacto significativo na vida de milhares de pessoas. A nossa missão foi criar uma campanha que transmitisse essa mensagem de forma clara, de forma a aumentar a consciencialização e incentivar os cidadãos a apoiar as causas que mais lhes tocam, sem qualquer custo adicional“, diz João Goulão, diretor-geral, citado em comunicado.

A campanha “Assino de Cruz. Sem custos para si com vantagem para todos”, conta com o apoio de Rui Bairrada, charmain do Doutor Finanças, e estará no ar até maio. Com um forte apelo à ação, a iniciativa pretende “sensibilizar a população para a facilidade com que pode fazer a diferença na vida de milhares de pessoas”.

A partir deste ano, a percentagem do IRS que pode ser consignada duplica para 1%, permitindo que os contribuintes reforcem o apoio às causas que escolhem, sem qualquer custo.

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Startup de Elon Musk compra empresa de IA Hotshot

  • Lusa
  • 18 Março 2025

A xAI, divisão de inteligência artificial do X, comprou uma empresa de geração de vídeos com recurso a IA e que rivaliza com a Sora da OpenAI.

A xAI, divisão de inteligência artificial (IA) do X, comprou a Hotshot, uma startup de geração de vídeos com recurso a IA e que rivaliza com a Sora da OpenAI.

O presidente executivo e cofundador da Hotshot, Aakash Sastry, e o diretor de tecnologia John Mullan anunciaram a aquisição em comunicado, referindo que, nos últimos dois anos, desenvolveram três modelos básicos de vídeo.

Estes são o Hotshot-XL, o Hotshot Act One e o Hotshot, cuja formação lhes permitiu “compreender como a educação, o entretenimento, a comunicação e a produtividade irão mudar globalmente nos próximos anos”.

“Estamos entusiasmados por continuar a expandir os nossos esforços no Colossus, o maior cluster do mundo, como parte da xAI”, afirmaram os executivos em comunicado, agradecendo aos programadores, investidores e clientes por se juntarem a eles.

O Colossus é um dos maiores supercomputadores do mundo construído pela startup xAI de Elon Musk e que é utilizado para treinar modelos de inteligência artificial.

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Designação do novo presidente do INEM interrompida devido às eleições

  • Lusa
  • 18 Março 2025

A designação para cargos de direção superior não pode ocorrer entre a convocação de eleições para a Assembleia da República e a investidura parlamentar do novo Governo.

O processo de nomeação do novo presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi interrompido devido à marcação das eleições antecipadas de maio, mantendo-se em funções Sérgio Janeiro, que foi nomeado em julho por 60 dias.

A informação foi avançada esta terça-feira à Lusa pelo Ministério da Saúde, que adianta que, nos termos do Estatuto do Pessoal Dirigente, a designação para cargos de direção superior não pode ocorrer entre a convocação de eleições para a Assembleia da República e a investidura parlamentar do novo Governo.

O Ministério de Ana Paula Martins já tinha recebido as propostas da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) sobre os candidatos que se apresentaram para o cargo e teria, de acordo com o prazo de 45 dias a contar a partir da receção desses pareceres, de nomear o novo presidente do Conselho Diretivo do INEM até 23 de abril.

Este prazo de 45 dias é suspenso na data da convocação das eleições para a Assembleia da República, sendo retomado com a investidura do próximo executivo, adiantou ainda o gabinete da ministra, referindo que se mantém em funções Sérgio Janeiro, como também está previsto no Estatuto do Pessoal Dirigente dos Serviços e Organismos da Administração Pública.

O concurso abriu em 6 de janeiro e terminou no dia 19 do mesmo mês, depois de um primeiro concurso que não teve candidatos suficientes. Sérgio Dias Janeiro, então diretor do Serviço de Medicina Interna do Hospital das Forças Armadas, foi nomeado em 12 de julho em regime de substituição por 60 dias, depois de o anterior nomeado, Vítor Almeida, ter recuado na decisão de aceitar o cargo.

Vítor Almeida fora nomeado no dia 4 de julho para a presidência do INEM, após Luís Meira se ter demitido do cargo, na sequência de uma polémica com o concurso dos helicópteros de emergência médica. Na última semana, o Governo publicou um despacho a determinar que a comissão técnica independente para avaliar o funcionamento do INEM tem nove meses para apresentar uma proposta de modelo de organização para o instituto.

Esta comissão independente foi nomeada com o objetivo de estudar e enquadrar as competências legais do instituto, que está na dependência direta da ministra da Saúde e que tem defendido a sua refundação, na sequência da falta de recursos humanos e de alegadas falhas no socorro à população.

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Despedimentos na agência atmosférica dos EUA pode inflacionar preços dos seguros

  • ECO Seguros
  • 18 Março 2025

O custo de comprar dados a fornecedores privados e outros equipamentos de monitorização poderá ser passado para os consumidores, aumentando o preço dos seguros, dizem especialistas da Munich RE.

Os seguradores americanos alertam que os despedimentos em massa na Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) podem ameaçar as informações meteorológicas e geoespaciais utilizadas pela indústria para gerir os riscos de desastres naturais, o que pode levar a um aumento dos preços dos seguros, avançou o Financial Times (acesso pago).

Após o departamento do Comércio dos EUA anunciar despedimento mais de mil funcionários da NOAA, a Associação de Resseguros da América começou a pressionar o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, para preservar a recolha de dados da agência.

A NOAA supervisiona o Serviço Nacional de Meteorologia e monitoriza as condições oceânicas e atmosféricas do país, incluindo dados sobre tornados, furações e tempestades de granizo em tempo real, essenciais para as previsões precisas de riscos.

As seguradoras também mostraram preocupações com a monitorização das condições da terra, recorrendo a satélites e modelos no terreno, que podem ajudar os alertas para os incêndios florestais, indicou o presidente da associação de resseguros americana, Frank Nutter, ao Financial Times.

“O que a NOAA fornece é uma infraestrutura de instalações que produzem os dados – satélites, navios, bóias meteorológicas – que o setor dos seguros não tem”, disse Nutter.

A indústria seguradora recorre amplamente aos dados fornecidos pela agência para produzir modelos precisos de riscos de desastres naturais: “Isso beneficia particularmente os segurados, porque quanto mais precisos os dados, mais precisas as avaliações podem ser feitas”, disse a Munich Re.

A resseguradora indicou que se for forçada recorrer a dados de fornecedores privados, a sua equipa pode vir a ter problemas a avaliar a precisão dos produtos, bem como a consistência dos dados e métodos de todos os mercados.

O custo de comprar dados e outros equipamentos de monitorização poderá ser passado para os consumidores, aumentando o preço dos seguros, dizem especialistas.

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Euronext quer rever critérios para atrair capital para a indústria do armamento

  • Lusa
  • 18 Março 2025

A sigla “ESG” tem que acrescentar as prioridades relativas ao aprovisionamento energético, à segurança e à geoestratégia.

O operador de mercados Euronext está a trabalhar com intervenientes do setor do armamento para estabelecer novos critérios ambientais e sociais para atrair capital para a indústria das armas.

O presidente da rede europeia de bolsas Euronext, Stéphane Boujnah, explicou esta terça-feira que as atuais prioridades ambientais, sociais e de governação que regem os critérios de investimento, conhecidos pela sigla “ESG”, têm que acrescentar as prioridades relativas ao aprovisionamento energético, à segurança e à geoestratégia.

“Vamos organizar uma transição entre os ESG de hoje e os ESG do futuro”, sublinhou Boujnah num encontro com os meios de comunicação social, no qual insistiu que estas prioridades são uma condição para que as democracias europeias sobrevivam no contexto atual, especialmente tendo em conta as ameaças colocadas pela Rússia.

Nas próximas semanas, serão estabelecidas as “condições de coexistência” entre o ESG tradicional (um guia para investimentos em setores social e ecologicamente responsáveis) e o novo ESG, que incluirá a energia, a segurança e a geoestratégia.

Na opinião do presidente, esta questão “está madura” no mercado para ser levantada e deverá ser abordada na reunião convocada para esta quinta-feira pelos ministros franceses da Economia, Éric Lombard, e da Defesa, Sébastien Lecornu, com a indústria de armamento francesa e os investidores para analisar as necessidades de investimento e a forma de angariar capital.

Lombard sublinhou que, para reforçar a indústria da defesa, é necessário “mobilizar todos os investidores privados, eliminando os vários obstáculos ao seu financiamento”.

“As políticas ESG não podem ser um obstáculo ao financiamento das nossas empresas do setor da defesa”, afirmou o ministro, que justificou as alterações ao sistema para garantir “liberdade”.

Boujnah disse estar convencido de que a Euronext é “um importante contribuinte” para o reforço da defesa europeia, porque os mercados têm algo a contribuir, convicto de que “o rearmamento da Europa não será feito apenas com mais despesas públicas”.

França é o segundo maior exportador de armas do mundo, a seguir aos Estados Unidos, e pretende retirar benefícios económicos da convicção dos europeus, após a chegada de Donald Trump à Casa Branca, o país europeu acredita que se deve construir um sistema de defesa próprio que não seja tão dependente dos Estados Unidos.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, apela aos outros países europeus para que substituam as compras de equipamento militar norte-americano por compras de equipamento europeu, o que irá necessariamente beneficiar em grande medida as empresas francesas.

A Federação Francesa de Bancos (FBF) afirmou, em comunicado, que os seis principais bancos franceses (BNP Paribas, Crédit Agricole, Société Générale, BCPE, Crédit Mutuel e Banque Postale) apoiam as empresas de armamento com 37 mil milhões de euros, um valor que aumentou “significativamente” desde 2021.

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Compra de totalidade do capital “dá independência” à Via Verde, diz António Pires de Lima

Brisa vai adquirir a participação de 25% da Ascendi na Via Verde. Operação tem de ser aprovada pela Autoridade da Concorrência e pelo Banco de Portugal. Pires de Lima não antecipa dificuldades.

A Brisa vai adquirir os 25% da Ascendi na Via Verde, passando a controlar a maioria do capital. O CEO do Grupo Brisa, António Pires de Lima, afirma que o negócio vai dar independência à empresa de cobrança eletrónica de portagens e serviços de mobilidade urbana para concorrer a concursos internacionais. Para a transação se concretizar falta a autorização dos reguladores, que o gestor espera ter ainda este ano.

A aquisição dá independência grande para a Via Verde poder participar de forma independente nos concursos, sem haver um desalinhamento de interesses com a Ascendi, que tem operações noutros países, tal como o seu acionista”, afirma António Pires de Lima em declarações ao ECO sobre o negócio.

A Ascendi, que gere concessões de autoestradas e ativos rodoviários em Portugal, Espanha e França, é detida pela gestora de capital de risco francesa Ardian, que tem outros investimentos no setor. “A Via Verde e a Ascendi poderiam ter interesses não totalmente alinhados em projetos internacionais a que viessem a concorrer. Esta unidade do controlo acionista reforça a consistência da Via Verde”, sublinha o gestor.

A Via Verde não é uma empresa meramente instrumental para o Grupo Brisa; faz parte do nosso plano de desenvolvimento nacional e internacional. É um ativo estratégico.

António Pires de Lima

Presidente executivo do Grupo Brisa

O CEO do Grupo Brisa afirma que a aquisição resulta de dois fatores: “Em primeiro lugar, é a Brisa e a Ascendi entenderem que o valor da operação, que não será revelado publicamente, é ‘win-win’ para as duas entidades. Em segundo lugar, esta compra resulta de uma visão estratégica. A Via Verde não é uma empresa meramente instrumental para o Grupo Brisa; faz parte do nosso plano de desenvolvimento nacional e internacional. É um ativo estratégico”.

Apesar da ‘separação’ acionista, António Pires de Lima assegura que “nada muda nas operações comerciais em Portugal, onde a Ascendi tem sido um importante parceiro, nem nos projetos internacionais“.

A Ascendi tem 25% da joint venture criada pela Via Verde e a alemã Yunex para implementar o novo sistema de cobrança eletrónica de portagens para pesados nos Países Baixos, que funcionará via satélite. O consórcio ganhou em outubro o concurso lançado pela autoridade holandesa dos transportes (RDW).

O CEO da Brisa dá também a garantia aos clientes da Via Verde que “tudo continuará a funcionar como até aqui. Não tem nenhuma implicação comercial”, sublinha.

Para que o negócio se concretize é necessária a aprovação da Autoridade da Concorrência e do Banco de Portugal, este último por causa da Via Verde Pay. Ambos já foram notificados.

Não antecipamos nenhum problema. Temos a expectativa que seja este ano, mas temos de respeitar os timings das entidades regulatórias”, diz António Pires de Lima.

“A nossa aposta estratégica é de crescimento e desenvolvimento internacional com a Via Verde, a Controlauto e a A-to-Be”, refere o CEO do Grupo Brisa, seja de forma orgânica, ganhando novos contratos, seja “uma operação de aquisição que esteja alinhada com a estratégia do Grupo Brisa”.

A BCR – Brisa Concessão Rodoviária fechou o ano passado com lucros de 325,9 milhões de euros, o que representa uma subida de 17,8% face a 2023, de acordo com a informação comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Os resultados beneficiaram do “crescimento do PIB português [que] continuou a impactar positivamente o tráfego” rodoviário.

O Grupo Brisa é detido pela Rubicone BidCo, que por sua vez é propriedade da holandesa APG e do Grupo José de Mello (16,7%). Em janeiro, a empresa liderada por António Pires de Lima incorporou a Rubicone, por fusão, uma operação que triplicou os capitais próprios da concessionária e abre portas ao investimento em novas geografias e áreas de negócio.

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Distribuidores com recompensa extra pelas vendas em campanha da Metlife

  • ECO Seguros
  • 18 Março 2025

Clientes que subscrevam a novas apólices vão receber um vale eletrónico de até 125 euros para gastar em cerca de 25 empresas. Para terem acesso, devem subscrever ao seguro através de distribuidores.

Nas celebrações de 40 anos a operar em Portugal, a Metlife lança uma campanha promocional onde os clientes que subscrevem a novas apólices vão receber um vale eletrónico. O objetivo da seguradora é “agradecer a confiança dos portugueses” e contribuir para “contribuir para o crescimento do negócio dos agentes e mediadores”.

Ana Araújo, Diretora de Distribuição Face-to-Face da MetLife em Portugal: “É uma forma de reafirmarmos o nosso compromisso com a oferta de soluções flexíveis de proteção financeira para as famílias e, paralelamente, contribuir para o crescimento do negócio dos agentes e mediadores”.

A campanha decorre até ao final de maio. Para terem acesso, os clientes devem subscrever ao seguro através de um agente exclusivo ou um mediador multimarca e corretores. Os profissionais serão recompensados com valores de comissão extra, dependente do prémio anual da apólice vendida.

O valor do vale aumenta consoante o montante do prémio anual contratado: chega aos 125 euros por apólice para prémios superiores a 2 mil euros anuais. A campanha é válida para novas apólices dos seguros MetLife Vida Completa, V&P e Acidentes Pessoais (Acidentes Pessoais, Doenças Graves e Proteção Sénior).

O cliente que beneficiar da campanha receberá um link por SMS ou e-mail, após a devida ativação na aplicação “CashBack by MetLife”, e dispõe de uma seleção de aproximadamente 25 empresas (Pingo Doce, Agências Abreu, Ikea, NETFLIX, Zara, Fnac, entre outras) onde poderá usufruir do seu vale eletrónico.

“Estamos a lançar esta campanha promocional com o objetivo de agradecer a confiança dos portugueses e reconhecer o compromisso com os nossos parceiros de distribuição, ao longo dos últimos 40 anos”, disse Ana Araújo, Diretora de Distribuição Face-to-Face da MetLife em Portugal. “É uma forma de reafirmarmos o nosso compromisso com a oferta de soluções flexíveis de proteção financeira para as famílias e, paralelamente, contribuir para o crescimento do negócio dos agentes e mediadores”, concluiu.

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Siemens vai cortar 6 mil postos de trabalho em todo o mundo

  • Lusa
  • 18 Março 2025

“A queda na procura, principalmente nos mercados chinês e alemão, associada a um aumento de pressão da concorrência, reduziu significativamente as encomendas", explica o grupo.

O grupo tecnológico e industrial alemão Siemens pretende cortar 6.000 postos de trabalho em todo o mundo, dos quais quase metade (2.850) na Alemanha, sobretudo na divisão de digitalização das fábricas.

O corte de postos de trabalho é justificado pela necessidade de ajustamento da capacidade de produção do grupo à queda da procura. “A queda na procura, principalmente nos mercados chinês e alemão, associada a um aumento de pressão da concorrência, reduziu significativamente as encomendas e as receitas do setor da automatização industrial”, referiu o grupo, em comunicado, esta terça-feira.

Segundo a mesma informação, a área de negócio de soluções de transporte de mercadorias poderá também ser afetada neste processo de redução de postos de trabalho. A redução do número de trabalhadores na Alemanha deverá ser feita com recurso a saídas voluntárias e não a despedimentos.

Em 2024, o diretor executivo da Siemens, Roland Busch, anunciou que iriam ser feitas reduções de postos de trabalho na casa dos quatro dígitos, tendo esta terça a empresa avançado com o número concreto.

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