Veja o calendário do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior para o próximo ano letivo

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Maio 2025

A primeira fase de candidaturas ao Ensino Superior arranca no dia 21 de julho. Conheça os procedimentos do concurso nacional de acesso para o ano letivo de 2025/2026.

O Governo aprovou o calendário do processo para a candidatura ao Ensino Superior público para o ano letivo de 2025/2026. De acordo com um despacho publicado esta segunda-feira em Diário da República, a apresentação da candidatura à primeira fase do concurso nacional de acesso arranca a 21 de julho.

A candidatura à primeira fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior relativo ao próximo ano letivo decorre entre 21 de julho e 4 de agosto. No caso dos candidatos ao contingente prioritário para emigrantes, familiares que com eles residam e lusodescendentes e candidatos com pedido de substituição de provas de ingresso por exames estrangeiros, o prazo termina a 28 de julho.

No dia 23 de agosto será disponibilizada às instituições de Ensino Superior, por via eletrónica, as listas de colocação na primeira fase do concurso nacional, sendo que os resultados da primeira fase do concurso serão divulgados a 24 de agosto.

Entre 25 e 28 de agosto decorre o período de matrícula e inscrição nas instituições de Ensino Superior dos candidatos colocados na primeira fase do concurso nacional. Já a apresentação das reclamações aos resultados desta fase pode ser feita entre 25 e 29 de agosto.

As candidaturas à segunda fase decorrem de 25 de agosto a 3 de setembro, sendo os resultados divulgados a 14 de setembro, no mesmo dia que as instituições de ensino superior recebem, por via eletrónica, as listas de colocação nesta fase do concurso nacional.

A matrícula e inscrição nas instituições de ensino superior dos candidatos colocados na segunda fase do concurso nacional podem ser feitas de 15 a 17 de setembro. A apresentação das reclamações aos resultados desta fase do concurso nacional decorre de 15 a 19 de setembro.

O prazo de candidaturas à terceira fase decorre entre os dias 23 e 25 de setembro e os resultados vão ser conhecidos a 1 de outubro. A matrícula e inscrição nas instituições de ensino superior dos candidatos colocados nesta última fase do concurso nacional pode ser feita entre 1 e 3 de outubro, enquanto a apresentação das reclamações aos resultados está agendada para o mesmo período.

Em 6 de outubro, as instituições de Ensino Superior comunicam à Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) a informação sobre os candidatos colocados na terceira fase do concurso nacional que efetivamente se matricularam.

No caso dos regimes especiais, a apresentação das candidaturas está prevista ter início a 4 de agosto e termina no dia 11, com os resultados a serem divulgados um mês depois, quando forem disponibilizadas as listas de colocação às instituições de Ensino Superior.

O período de matrícula e inscrição decorre entre os dias 12 e 19 de setembro, bem como a apresentação de reclamações dos resultados.

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TTR: Morais Leitão lidera valor de operações de M&A com 166 milhões de euros

A Morais Leitão lidera por valor total das operações, cerca de 166,29 milhões de euros. Já a Cuatrecasas lidera o ranking de assessores jurídicos por número de transações, com 13.

Entre 1 de janeiro e 30 de abril a Morais Leitão foi o escritório de advogados que liderou as principais operações de M&A, Venture Capital, Private Equity e Asset Acquisition por valor total, cerca de 166,29 milhões de euros, revela dados da TTR Data. Já a Cuatrecasas lidera o ranking de assessores jurídicos por número de transações, com 13.

Segundo o relatório da TTR Data, nos primeiros quatro meses do ano foram realizadas 155 transações que se traduziram num valor total de 1.461 milhões de euros. Das quatro áreas, M&A destacou-se com 68 transações (801 milhões de euros), seguida por Asset Acquisition com 38 transações (371 milhões de euros), Venture Capital com 32 transações (176 milhões de euros), e Private Equity com 13 transações (113 milhões de euros).

Estes números representam uma queda de 30% no número de transações em comparação ao mesmo período de 2024. Também o capital mobilizado registou uma quebra de 62%. O setor de Real Estate foi o mais ativo, com 27 transações, seguido de Internet, Software & IT Services, com 21.

O TTR selecionou como transação do primeiro trimestre a conclusão pela CTT da Cacesa. Uma operação no valor de cerca 106 milhões de euros e que contou com a assessoria jurídica da Cuatrecasas.

Veja aqui todos os rankings.

M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions

As sociedades em destaque são a Morais Leitão, com um valor de 166,29 milhões de euros, seguida pela Uría Menéndez, com 152 milhões, e a fechar o top 3 a Garrigues com um valor total de 125,63 milhões de euros.

No que concerne ao número de transações em M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions a liderar a tabela ficou a Cuatrecasas, com 13 transações, seguida da CCA Law Firm e PLMJ, com 10 transações cada.

Já relativamente aos “dealmakers, advogados que centram a sua prática na área de M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions, oito sociedades de advogados estão representadas na tabela, face ao valor de transações. O sócio da Morais Leitão Jorge Simões Cortez ocupa o lugar cimeiro da tabela com duas transações que se traduzem em 152 milhões de euros.

O advogado dealmaker que somou um maior número de transações nestas áreas foi André Matias de Almeida, sócio da Proença de Carvalho, com seis. No top 3 ficou ainda Domingos Cruz, managing partner da CCA Law Firm, e Vasco Bivar de Azevedo, sócio da Cuatrecasas.

Os “rising star dealmakers” na área de M&A, Private Equity, Venture Capital e Asset Acquisitions, por valor de transações, pertencem a sete firmas: Morais Leitão e Garrigues, com três destacados cada, SRS Legal, DLA Piper e Cuatrecasas, com dois cada, e a Uría e Linklaters, com um destacado cada. Ana Isabel Seabra, consultora da Morais Leitão, Inês Magalhães Correia, associada principal da Morais Leitão, Maria Cortes Martins, associada principal da Morais Leitão, e Marta Sampaio Pinto, associada da Uría Menéndez, ocupam o primeiro lugar com um valor total de transações de 152 milhões de euros.

Constatando o número de transações, o advogado rising star pertence à CCA Law Firm: Joana Bugia, associada principal, com seis transações.

Private Equity

Na área de Private Equity as sociedades em destaque são a Garrigues, Linklatres e DLA Piper, sendo que a primeira destaca-se com duas operações que se traduziu no valor de 78,83 milhões de euros.

No que concerne ao número de transações, o lugar cimeiro da tabela é ocupado pela CS’Associados, com quatro, seguida pela Garrigues, Cuatrecasas, PLMJ, Proença de Carvalho e Vieira de Almeida (VdA), cada uma com duas operações.

Venture Capital

Na área de Venture Capital as sociedades em destaque são a SRS Legal, com um valor de 31 milhões de euros, a CCA Law Firm, com 21,97 milhões, e a Cuatrecasas, com 19,54 milhões.

Já relativamente ao número de transações, o lugar cimeiro da tabela é ocupado pela CCA Law Firm, com oito transações.

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Fusões e aquisições em Portugal caem 30% até abril

Registaram-se 155 negócios no valor acumulado de 1,4 mil milhões de euros, o que representa uma queda de 30% no número de transações. Imobiliário e tecnologia foram os setores mais movimentados.

O mercado de fusões e aquisições (M&A – Mergers & Acquisitions) mantém-se no vermelho. O contexto de incerteza na economia nos mercados esfriou os negócios de consolidação, compra e venda, que voltaram a cair significativamente em comparação com o ano passado.

Entre janeiro e abril, registaram-se 155 operações em Portugal, no valor acumulado de 1,4 mil milhões de euros, o que representa uma queda de 30% no número de transações e uma diminuição de 62% no capital movimentado, em termos homólogos, de acordo com o relatório mais recente da TTR Data divulgado esta segunda-feira. Importa mencionar que apenas 41% das transações de M&A tiveram os valores publicados.

Analisando apenas o mês de abril, o número de negócios caiu 40%, de 52 para 31. O valor fixou-se nos 461,9 milhões de euros, 3% abaixo de abril de 2024. “Em termos setoriais, o setor de imobiliário foi o mais ativo em 2025, com 27 transações, seguido pelo setor de Internet, software & serviços de TI com 21 operações”, lê-se no relatório da base de dados.

No âmbito transfronteiriço (cross-border), Espanha e Estados Unidos foram os países que fizeram o maior número de investimentos externos de M&A em Portugal nestes quatro meses: 21 e oito transações, respetivamente. Curiosamente, as empresas portuguesas também escolheram Espanha e Estados Unidos como principal destino de investimento: oito e cinco transações, pela mesma ordem.

No que diz respeito aos segmentos de privados (private equity), capital de risco (venture capital) e compra de ativos (asset acquisitions), este trio de categorias de investimento também caiu a dois dígitos. De private equity, registaram-se 17 transações (-29%), de venture capital realizaram-se 32 rondas com startups (-38%) no valor de 176 milhões de euros e 38 transações de asset acquisitions (-32%) no valor de 371 milhões de euros.

O negócio do mês foi a conclusão da aquisição da espanhola Cacesa, por 106,8 milhões de euros, por parte dos CTT. A operação destacada pelos analistas da TTR Data contou com a assessoria da Cuatrecasas Portugal, Lazard e Deloitte. No ranking de advisors jurídicos, o escritório de advogados ibérico lidera em número de transações com 13, enquanto a Morais Leitão encabeça a lista em valor (166,29 milhões de euros). Por sua vez, o Banco Bradesco BBI destaca-se nos assessores financeiros, embora o ranking esteja incompleto com apenas uma operação no radar.

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“Devemos olhar para o Rock in Rio da mesma forma que para o Europeu ou Mundial”. Luís Soares, na primeira pessoa

Apaixonado por música "desde que se lembra", Luís Soares sempre se envolveu na promoção de concertos e eventos. Começou com bandas de garagem no liceu e é agora head of marketing do Rock in Rio.

O Rock in Rio não foi pensado para ser um evento que acontece todos os anos. Foi pensado como um evento que acontece no tempo e que é capaz de gerar um impacto absolutamente avassalador. Devemos olhar para o Rock in Rio da mesma forma que olhamos, por exemplo, para o Europeu ou para o Mundial de futebol, que também não acontecem todos os anos“, entende Luís Soares, head of marketing do Rock in Rio, festival que decorre em Portugal de dois em dois anos.

Se acontecesse todos os anos, deixava de conseguir criar o efeito de saudade e de novidade e, sempre que regressa, regressa com um novo storytelling, com novidades, com novos palcos e com diferentes conteúdos“, acrescenta em conversa com o +M.

O desafio de comunicar um festival bianual passa assim por “pensar no que se vai falar, quando não existe festival“. “Posso dizer que nunca tive tanto trabalho como este ano [em que não se realiza o festival], não só a planear o que é que vem para a frente como o que será diferente na próxima edição. Parte do nosso trabalho no ano off passa por trabalhar aquilo que será a relevância dos conteúdos, sendo que começamos a comunicação do festival 12 meses antes”, diz Luís Soares.

“E esse é sempre o desafio. O que é que vamos criar de novo e trazer de diferente? Na última edição foi a mudança do recinto, foram os 20 anos. Para a próxima edição temos assim de trabalhar em quais serão as novidades, os novos palcos, os novos conteúdos, as novas atrações, o storytelling”, acrescenta o head of marketing de 38 anos.

Isto tendo em conta que o Rock in Rio não se posiciona apenas como um festival de música, mas sim como um “festival de música e entretenimento”. “Ou seja, nós temos no nosso ADN a parte da comunicação como visceral. O que quer dizer que tudo o que fazemos em torno do Rock in Rio está envolto numa proposta e num cronograma de comunicação, porque o nosso intuito é gerar buzz, notícias e engagement com aquilo que é o nosso público e os nossos parceiros, as marcas, os patrocinadores e os stakeholders“, aponta.

Os desafios enfrentados pelo Rock in Rio em Portugal são vários, mas passam, fundamentalmente, por questões relacionadas com o mercado e a sua dimensão, com as mudanças de comportamento do público e com os desafios das novas tecnologias. “A nossa ambição enquanto marca e comunicação do nosso festival é que este consiga ser sempre o mais relevante possível no mercado, trazendo matérias e territórios que as pessoas se relacionem“, diz Luís Soares.

“E os desafios da comunicação são também os desafios do mundo atual, o que passa por conseguir trazer as pessoas de trás do ecrã para viver uma experiência ao vivo, para se poderem conectar e relacionar. E mais do que nunca esse é o nosso propósito enquanto festival e a nossa comunicação tem de ser direcionada para ajudar nessa solução, transformando o mundo num bocadinho melhor”, acrescenta o responsável.

Para Luís Soares, a sua responsabilidade e dos media em geral, passa também por “conseguir inspirar as pessoas, tornar o mundo um bocadinho mais humano e atingir e tocar a alma das pessoas“, entende Luís Soares.

O que sinto hoje, infelizmente, é que as pessoas estão muito sozinhas no meio da multidão. Ou seja, estão mais conectadas que nunca, vivem o hype brutal da internet, mas depois faltam as conexões reais. Aquela coisa de ir a um concerto e cantar em uníssono, é aquilo que acho que faz com que se acredite numa sociedade melhor. O nosso papel, enquanto intervenientes culturais, profissionais de media e marketing, e as próprias marcas, não pode ser só de querer vender um produto e apostar em algoritmos e segmentação, sem ter propósito, mensagem ou conexão. Os festivais, a música e as marcas também devem ser capazes de irem além daquilo que é o algoritmo e a segmentação“, acrescenta.

Fazendo uma análise à evolução e ao atual panorama dos festivais em Portugal — numa altura em que o Meo Sudoeste e o Super Bock Super Rock não se realizam este ano –, Luís Soares entende que o setor “nunca esteve tão bem na vida”. “O que acho é que há uma reconfiguração do mercado em função dos novos tempos e do comportamento das pessoas“, defende.

Nunca vi tanta potência na área dos eventos ao vivo, nunca vi tanta coisa a surgir nova como vejo hoje. O que acontece é que os conceitos evoluem, os conceitos modernizam-se e os festivais não são diferentes“, diz.

“Mas estamos a voltar àquilo que é a essência daquilo que os festivais sempre foram, que é o festival não ser só um show de artistas. Os festivais não surgiram enquanto contratação de artistas e venda de bilhetes — que é também o que as pessoas procuram –, mas sim enquanto fenómenos sociais do coletivo, agregadores de um fenómeno de socialização. O que torna os festivais tão especiais, é que eles não são um conjunto de shows, são uma experiência“, acrescenta o diretor de marketing.

No caso do Rock in Rio, o trabalho é assim feito para que este não seja apenas um festival de música, mas antes para ser “uma experiência coletiva e agregadora”. “A ideia é que as pessoas venham ver o seu show favorito mas tenham uma excelente experiência em família, amigos e familiares. Eu quase que diria que se houvesse uma fusão entre o Glastonbury e a Disneyland, daria o Rock in Rio“, afirma Luís Soares.

Em relação à sua equipa, Luís Soares explica que a sua “base e non-stop” é composta por dez pessoas, que vai começando a aumentar a partir de 12 meses antes de do festival até chegar às 150 pessoas a trabalhar na operação de comunicação e marketing durante os dias do evento.

Já em termos de agências, a equipa de marketing do Rock in Rio conta com a criatividade da Rockers e com a Dentsu Creative, assim como com o apoio da Dentsu Media e da iProspect (em termos de planeamento de meios) e da Lift (PR).

Apaixonado por música “desde que se lembra”, Luís Soares, que se considera um melómano, sempre se envolveu no mundo da música, das bandas e dos artistas. Ainda durante os tempos de liceu, acompanhava artistas e bandas de garagem, tendo começado a organizar festas na escola de Marco de Canaveses, de onde é natural, promovendo concertos com bandas locais e emergentes da região do Grande Porto.

Entretanto foi para a universidade de Coimbra, onde se formou em Turismo, Lazer e Património, tendo-se desde logo envolvido no associativismo da Associação Académica de Coimbra, pelo que se viu, passados uns anos, a organizar e a ser o responsável pela produção da Queima das Fitas, “muito por conta de ser um apaixonado por música e pela organização de eventos, numa altura onde a comunicação também já era muito importante”.

Em 2009 esteve à frente deste evento, produzindo aquela que ainda hoje acha que foi a mais bem-sucedida edição até agora, que registou um lucro de mais de um milhão de euros e que contou um “line-up muito interessante”, observa.

Foi a partir desse momento que Luís Soares soube o que queria fazer: trabalhar na área do entretenimento e da indústria dos eventos e festivais. Mas pensando que gostaria muito de trabalhar nesta área, considerou que não seria em Portugal que conseguiria fazer carreira, pelo que decidiu ir para Inglaterra. Primeiro, ao abrigo do programa Erasmus, estudou “Tourism and Management” no St. Mary’s University College, tendo depois feito o mestrado “Events Marketing and Management”, na London Metropolitan University.

Paralelamente, trabalhou como marketing consultant na China Business Network, integrando depois a Sony enquanto marketing & business development manager, até que assumiu a função de assistant talent agent no The Agency Group. Tem assim algumas experiências profissionais no Reino Unido sempre com o objetivo de trabalhar na área do agenciamento e da comunicação.

Após cinco anos em terras britânicas decide voltar para Portugal, passando a trabalhar na MBX Agency (que depois passou a RedMojo Agency), onde se dedicou mais à parte de management, direção de marketing e lançamento de artistas. Mas o seu sonho era trabalhar na área da música e dos grandes festivais, o qual conseguiu cumprir com a oportunidade de ir trabalhar para o Rock in Rio.

É no final de 2015 que ingressa então na equipa de marketing do Rock in Rio, onde trabalhou sobretudo no “desenvolvimento das atrações do festival, em torno daquilo que é o seu retorno para a geração mediática e para as marcas, mas também para o próprio festival, numa lógica de chegar a mais pessoas, com conteúdos diferenciados, tendo sempre esta perspetiva da comunicação, do marketing e da estratégia, em torno daquilo que é o território da música“.

Assume em 2022 a direção de marketing, passando a fazer “um pouco o mesmo, mas com um olhar um bocadinho mais macro”. O desafio passa por “atrair o maior número de pessoas, comunicar de uma forma regular, criar comunidades, falar para vários públicos, de todas as idades e de diversos géneros musicais“.

Luís Soares é assim diretor de marketing do Rock in Rio Portugal e head de marketing internacional, o que significa que trata do marketing internacional dos projetos da Rock World (organizadora do festival) e que lidera a direção do marketing do Rock in Rio a nível nacional.

Amante de música, Luís Soares elege The Doors como a sua banda favorita de sempre, considerando-se, inclusive, um “verdadeiro aficionado” que sabe tudo sobre a banda e a sua história. Mas gosta também muito de bandas dos anos 60, como Rolling Stones ou Beatles, dos anos 80, como Guns N’ Roses, ACDC ou Metallica, ou dos anos 90 como Nirvana, Pearl Jam, Oasis.

A sua adolescência foi vivida “fundamentalmente” a “curtir bandas de nu metal”, com bandas como Limp Bizkit, Korn ou System of a Down. Já nos tempos de faculdade “curtia” muito indie rock, com bandas como Arcade Fire, The Strokes ou Arctic Monkeys e hoje até se considera fã de algum tipo de hip hop, “coisa que não imaginava possível há uns anos atrás”.

Mas eu sou um tipo do rock and roll. Gosto de atitude, de show, de espetáculo. E quando olhamos para bandas como os Stones, os Led Zeppelin ou a minha referência que são os The Doors, é porque eles, mais ou menos, têm um pouco disso: o lado da música e o lado da arte, que é muito importante, porque não basta fazer música porque sim”, diz Luís Soares.

O que é bom nessas bandas é que aquilo são poemas autênticos, falam de temas relevantes, são absolutamente apaixonantes, mas ao mesmo tempo aquilo é um grande show. Aquilo é performance, é teatro, e não é por acaso que 60 anos depois ainda se está a falar deles“, acrescenta o diretor de marketing.

A grande paixão de Luís Soares é mesmo a música, mas adora também muitas outras formas de cultura, desde cinema à ida a museus, além de ser “absolutamente fascinado” por história, não só portuguesa mas mundial. Por outro lado, é também um grande fã de bricolage.

“Não tem nada a ver, mas eu gosto muito de fazer bricolage, coisas que envolvam a construção de algo. Seja em casa, seja no exterior, dedico também uma grande parte do meu tempo livre a isso. Desde consertos básicos e pintura de móveis antigos até outras coisas de maior dimensão, a bricolage acaba por se tornar para mim um bocadinho libertador“, diz.

Este passatempo advém, talvez, do facto de o seu pai ser professor de trabalhos manuais, pelo que Luís Soares se recorda de, desde miúdo, fazer esse tipo de trabalhos, como pintar a óleo ou mexer em barro e madeiras. “E embora não tendo competências para essa área, eu sou uma pessoa que não diz que não a nada. Sou alguém que se rege pela máxima ‘do it yourself“, diz.

Com uma filha de oito anos e um filho de três anos, e depois de ter vivido em Marco de Canaveses, no Porto, em Coimbra e em Londres, Luís Soares vive atualmente em Cascais, mas a pronúncia do Norte mantém-se e “nunca vai sair”. “É quase uma marca. Eu não faço o mínimo para a alterar. Eu não me importo verdadeiramente se a minha pronúncia está muito ou pouco carregada. A minha pronúncia é assim e tenho muito orgulho nela”, refere.

“Considero-me, fundamentalmente, um português de coração. Portugal é um território muito pequeno e muito mais parecido do que as pessoas pensam, é muito diverso e muito mais parecido do que se possa imaginar. Somos muito parecidos, mas com características diferentes. É engraçado pensar como um país tão pequenino tem tantas pronúncias, tantos regionalismos e tantas diferenças. Mas pegando num alfacinha de gema e em alguém que venha do centro do Porto, eles têm mais coisas que os unem do que os separam. E nós só reparamos nisso quando estamos lá fora”, conclui.

Luís Soares em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

Há campanhas que marcaram o imaginário coletivo, como o Gervásio da Sociedade Ponto Verde, o icónico “Tou xim?” da Telecel, ou o irreverente “Estou que nem posso” da Frize, com o Pedro Tochas. O que todas têm em comum? Humor, disrupção, uma certa “portugalidade” inteligente e uma criatividade que não joga pelo seguro. São referências que, décadas depois, ainda vivem na cabeça das pessoas — e isso é ouro para qualquer marca.

Já a nível internacional, gosto de campanhas que revelam o melhor da condição humana. Que não vendem apenas um produto, mas uma visão, um legado. Desde o “Just Do It” da Nike ao “Think Different” da Apple, são ideias que moldam gerações.
Mas tenho uma guilty pleasure: o gorila da Cadbury a tocar bateria ao som de Phil Collins. Aquilo é arte pura. Divertido, surpreendente, memorável. Vejo esse anúncio com os meus filhos e rimos todos. É esse poder emocional e intemporal que torna uma marca eterna.
Mas se tivesse que escolher uma como a “campanha das campanhas”: Hilltop, da Coca-Cola “I’d like to buy the world a Coke”. Em 1971, antes da marca sequer existir em Portugal, já mostrava ao mundo uma ideia de união global através da música. Um momento icónico que mudou a publicidade para sempre — e que ainda hoje nos inspira a criar mais do que apenas anúncios. Nenhuma ferramenta ou território é tão poderoso a criar ligação emocional como a música. Ela é a banda sonora das nossas vidas — e, quando bem usada, também é a da história de uma marca.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

É quando tens de dizer que não e abdicar de uma ideia potencialmente brilhante — daquelas que nos fazem saltar da cadeira — porque não serve o objetivo, o timing ou o budget.
O marketing vive entre a paixão e o pragmatismo. Entre o “isto é incrível” e o “isto vai funcionar e traz resultado imediato”. A decisão mais difícil é, muitas vezes, entre alimentar o ego ou servir a estratégia.
E, como marketers, temos de ser maestros dessa orquestra emocional. Criar sinfonias de impacto com o tempo contado, com KPIs, à espreita e com pouco espaço para errar. Às vezes queremos fazer um solo de guitarra à Jimi Hendrix… mas o que o projeto precisa é de um piano bem afinado. E temos de saber reconhecer isso.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

As pessoas. Sempre.
Não os algoritmos, os targets ou as personas artificiais desenhadas em PowerPoint. Penso em pessoas reais, autênticas, que não vivem obcecadas pelas trends nem seguem todas as modinhas — e que, na verdade, representam a grande maioria. Se nos esquecermos de quem está do outro lado, e nos deixamos levar apenas pelo hype estamos apenas a fazer ruído — e eu não estou aqui para fazer ruído. Quero provocar impacto, tocar corações, arrancar sorrisos, criar memórias. Quero ser relevante.
E quero — através da criatividade, da emoção da música e dos eventos ao vivo — ajudar a tornar o mundo um bocadinho mais bonito, honesto, mais leve, mais humano.

4 – O briefing ideal deve…

Ser claro no problema, mas ambicioso na visão. Corajoso no desafio e inspirador na forma como nos convida a pensar diferente.
O briefing ideal não é um guião fechado. É um convite à criação. Deve trazer contexto, provocação e, acima de tudo, uma faísca.
Aquela vontade de dizer: “larga tudo, vamos já começar a fazer isto!”

5 – E a agência ideal é aquela que…

…me provoca e faz pensar em algo que não havia pensado antes. Tem de ser proativa, e que arregaça as mangas, que não tem medo de discordar. A que me diz “isso é seguro demais”. A que me apresenta ideias que me fazem rir, pensar ou até duvidar.
A agência ideal é cúmplice no risco, mas rigorosa na execução. É uma parceira de palco, onde há química no caos e alinhamento no propósito.
É como uma boa banda: não precisa de pensar igual, mas tem de tocar em sintonia.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Arriscar, sempre.
Jogar pelo seguro é como levar um guarda-chuva para um concerto: parece sensato, mas só atrapalha.
Estamos a disputar atenção com tudo: memes, gatinhos, escândalos políticos e realities. Se não formos ousados, desaparecemos no scroll.
Arriscar não é vaidade — é sobrevivência criativa.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Criava um festival sem tempo nem lugar. Um festival contínuo 24/7, híbrido, sempre ligado. Ao vivo num lugar do mundo, digital em todos os outros. Com artistas, criadores, cientistas, líderes culturais e marcas a colaborar num ecossistema de experiências. Um palco que nunca fecha, onde cada dia é único, cada país tem voz e cada marca tem propósito. Um novo tipo de comunidade global, onde a cultura não tem fronteiras.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

É o fado da criatividade: tem talento, tem alma, tem emoção — só precisa de largar o medo e tocar mais alto, arriscar mais.

9 – Construção de marca é?

É como escrever uma canção que fica na cabeça e no coração. Uma marca não é um logo, nem um claim bonito, com um filme para Cannes. É uma emoção. É memória. É aquilo que fica depois do anúncio acabar, que perdura no tempo.
E quanto mais autêntica e humana for, mais longe vai. Porque no fim do dia, marcas são como pessoas: lembramo-nos daquelas que nos fizeram sentir alguma coisa.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Seguramente algo ligado à música ou ao showbiz, aos eventos ou à gestão de artistas. Gosto de ligar pessoas a emoções — de criar experiências que ficam, que perduram no tempo e se inscrevem na história. Se não estivesse no marketing, estaria a lançar talentos, a dar palco a quem tem voz, ou a construir momentos capazes de provocar aquilo que só uma boa música ou um concerto ao vivo conseguem: arrepiar a pele e a alma.

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CMVM avalia OPA obrigatória sobre a Martifer

  • ECO
  • 12 Maio 2025

Chairman da Martifer diz que negócio de venda de 24% do capital à Visabeira não se concretiza se a CMVM obrigar ao lançamento de operação pública de aquisição.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) está a analisar a necessidade de a Visabeira e a I’M, dos irmãos Carlos e Jorge Martins, terem de lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Martifer, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago). Em causa está o negócio, anunciado no início de outubro do ano passado, da compra por parte do grupo de Viseu de 24% da Martifer à holding dos irmãos Martins – que hoje detém cerca de 48% do capital.

Na altura, a I’M SGPS revelou que fez um acordo parassocial com a Visabeira, tendo a operação ficado condicionada a que nenhuma das partes incorresse no dever de lançamento de uma OPA obrigatória. Só que, com a CMVM ainda a analisar os contornos da reconfiguração da estrutura acionista, a venda dos 24% à Visabeira ainda não se concretizou.

Segundo Carlos Martins, se o regulador obrigar a lançar uma OPA, “o negócio cai”. “Temos respondido a tudo o que a CMVM nos tem perguntado, mas ainda não se pronunciou. Se a CMVM disser que temos que lançar uma OPA, não há negócio”, insistiu o chairman da Martifer.

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Exportações de calçado crescem 5,4% até março mesmo com recuo de 12,7% nos EUA

  • Lusa
  • 12 Maio 2025

Portugal vendeu 20 milhões de pares por 453 milhões de euros no primeiro trimestre, um crescimento de 5,4% em valor e 4,9% em volume. No entanto, as vendas para os EUA recuaram 12,7%.

As exportações portuguesas de calçado aumentaram 5,4% em valor e 4,9% em volume no primeiro trimestre, em termos homólogos, com 20 milhões de pares vendidos por 453 milhões de euros, divulgou esta segunda-feira a associação setorial Apicapps.

Citado num comunicado, o presidente da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (Apicapps) considera tratar-se de “um início do ano muito promissor, num contexto internacional particularmente difícil”, assumindo “maior preocupação” com a situação nos EUA, para as onde as vendas recuaram 12,7%.

“Ainda que já exportemos mais de 90% da produção para 170 países, consideramos o mercado norte-americano estratégico e a grande aposta da indústria portuguesa de calçado para a próxima década”, afirma Luís Onofre.

Ainda que já exportemos mais de 90% da produção para 170 países, consideramos o mercado norte-americano estratégico e a grande aposta da indústria portuguesa de calçado para a próxima década.

Luís Onofre

Presidente da Apiccaps

Salientando o “momento de grande indefinição” atualmente vivido na sequência das novas taxas alfandegárias anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o dirigente associativo considera que “o momento atual é preocupante”, mas reitera que o setor “não vai abandonar o mercado”.

A Apicapps destaca que os Estados Unidos “são o maior mercado mundial de calçado”, importando anualmente quase 2.000 milhões de pares num valor próximo dos 26.000 milhões de dólares (24.900 milhões de euros).

Para Portugal, o mercado norte-americano é o sexto destino das exportações de calçado, que, na última década, duplicaram para aproximadamente 100 milhões de euros no ano passado.

De janeiro a março, a Europa voltou a ser o mercado de referência para o calçado português, absorvendo um total de 18 milhões de pares (crescimento de 6,6%) no valor de 382 milhões de euros (mais 8,3%).

A Apicapps destaca o “bom desempenho” registado na Alemanha (mais 18,8% para 114 milhões de euros), França (mais 1,3% para 96 milhões de euros) e Espanha (mais 31% para 46 milhões de euros).

Em contrapartida, assume “preocupação” com o recuo nos Países Baixos, para onde as vendas caíram 5,6% para 49 milhões de euros.

Fora da União Europeia, o calçado português continuou, até março, a crescer no Reino Unido (mais 9% para 27 milhões de euros). Já nos EUA e Canadá, registou um recuo de 12,7% e 14%, respetivamente, para 18 e quatro milhões de euros.

Nos primeiros três meses do ano a indústria portuguesa de calçado português exportou 90% da produção para 170 mercados nos cinco continentes.

Para o presidente da Apicapps, “ainda que haja muitas variáveis a contaminar o comércio mundial”, a expectativa é que 2025 seja “um ano de consolidação do calçado português no exterior”.

 

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Sabadell explora fusão com Abanca para travar OPA do BBVA

  • ECO
  • 12 Maio 2025

Sabadell está em negociações preliminares com o Abanca com vista a uma eventual fusão. Operação poderia travar OPA hostil lançada há um ano pelo BBVA.

O Sabadell está a explorar uma possível fusão com o Abanca num esforço para travar a oferta pública de aquisição (OPA) hostil lançada pelo BBVA, avança o jornal espanhol Expansión (acesso pago, conteúdo em espanhol).

O banco liderado por Josep Oliu tem mantido conversações preliminares com os acionistas do banco galego – que acabou de fechar a aquisição do português Eurobic – que é liderado por Juan Carlos Escotet.

Ainda assim, apesar do interesse do Sabadell num potencial negócio, fontes próximas do Abanca afirmaram ao jornal espanhol que o banco com sede na Galiza não tem interesse nesta operação.

O BBVA lançou uma OPA hostil há exatamente um ano e desde então o Sabadell tem procurado contrariar as intenções do banco concorrente e é neste contexto que surge uma potencial fusão com um banco local.

Caso a fusão avance, o Abanca daria um grande salto no mercado espanhol. No final de 2024, a entidade com sede na Galiza tinha 97 mil milhões de euros em ativos. O banco que resultasse da fusão passaria a controlar perto de 281 mil milhões de euros em ativos, tornando-se no quarto banco do sistema espanhol, atrás do Caixabank, Santander e BBVA.

O Expansión destaca que uma possível operação entre Sabadell e Abanca teria aprovação do Banco Central Europeu (BCE) na medida em que resultaria num banco que estaria cotado na bolsa – algo que não acontece atualmente com o Abanca, controlado por Juan Carlo Escotet e a sua família, com 84,75% do capital do banco galego.

Também o Governo de Pedro Sanchéz veria com bons olhos este negócio dado que sempre se mostrou crítico em relação à OPA lançada pelo BBVA, porque seria prejudicial para a concorrência do mercado. O Executivo espanhol lançou na semana passada uma consulta pública sobre a OPA do BBVA que estará a receber opiniões até ao final desta semana.

Atualmente, Juan Carlos Escotet e a sua família controlam 84,75% do capital do Abanca. Poderia ficar com um quarto do capital da nova entidade que resultasse de fusão com o Sabadell, a larga distância dos outros acionistas.

Do lado do Sabadell, cujas ações estão a subir mais de 2% esta segunda-feira, a BlackRock detém 6,62% do capital da instituição, seguido da Zurich (4,1%) e do mexicano David Martínez (3,49%)

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Nos foi a empresa que mais investiu em inovação em 2023

  • Lusa
  • 12 Maio 2025

De 2020 a 2023, o investimento acumulado em I&D excedeu os 310 milhões de euros. Uma parte substancial do investimento tem sido alocada a áreas como 5G e inteligência artificial.

A Nos foi a empresa que mais investiu em inovação em 2023, segundo a Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), um total de 96,6 milhões de euros, mais quase 22% em termos homólogos, segundo a operadora.

“Em 2024, mantivemos o mesmo nível de investimento, acima dos 95 milhões de euros, adiantou à Lusa o diretor da NOS Inovação, João Ferreira.

Desde 2018, a NOS “figura no top 3 das empresas nacionais que mais investem em I&D [Investigação & Desenvolvimento], tendo liderado o ranking em três destes anos”, segundo a empresa.

“O facto de sermos a empresa portuguesa que mais investe no país espelha bem o compromisso que a NOS tem com Portugal, assumimo-nos como um motor de transformação da sociedade e temos o compromisso de usar a tecnologia ao serviço das pessoas”, referiu o responsável.

A empresa tem trabalhado “ativamente para criar um ecossistema de inovação aberto, que inclui a colaboração com universidades, centros de investigação, startups e outras organizações para criar novos produtos e tecnologias com impacto significativo na vida das pessoas”, disse.

Desde soluções como aplicações para apicultores que lhes permitam avaliar da saúde de uma colmeia, soluções de telemonitorização de idosos isolados; ou formas mais inclusivas de experienciar um jogo de futebol, para cegos, elencou.

Paralelamente, “estamos a trabalhar com vários parceiros, autarquias, instituições públicas e empresas em novas soluções que permitam aproveitar o máximo potencial do 5G e conectar tudo e todos de maneiras extraordinárias”, acrescentou João Ferreira.

Uma parte substancial do investimento tem sido alocada a áreas como 5G, inteligência artificial generativa (Gen AI) e em áreas de aplicação como mobilidade, sustentabilidade, processos industriais, saúde ou entretenimento, referiu o diretor da NOS Inovação.

Entre estes projetos estão o Test Bed 5G & Digital Transformation; Be.Neutral (descarbonização das cidades através de uma mobilidade mais inteligente e conectada, centrada no 5G); 5G Healthcare (cuidados de saúde na região Norte); e NewSpace (estuda o potencial da integração da rede 5G com as comunicações não terrestres para cobrir localizações mais isoladas).

De 2020 a 2023, o investimento acumulado em I&D excedeu os 310 milhões de euros

A Nos contava em 2023 com 330 profissionais ligados às áreas de inovação, mais 52 do que um ano antes.

O ranking de empresas faz parte dos dados do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional 2023 (IPCTN23), publicado pela DGEEC.

Segundo o relatório oficial, a despesa em I&D do setor empresas, em Portugal, cresceu 10% face ao ano anterior, tendo atingido os 2.844 milhões de euros e representado 1,06% do Produto Interno Bruto (PIB), refere a empresa.

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Suprimidos mais de 70% dos comboios até às 08:00 devido a greve parcial na CP

  • Lusa
  • 12 Maio 2025

A greve parcial mantém-se até terça-feira, sendo que ainda vai ter reflexos na quarta-feira dia 14 de maio.

A greve parcial dos revisores e dos trabalhadores das bilheteiras levou esta segunda-feira à supressão de 175 comboios dos 249 programados (70,3%) entre as 00:00 e as 08:00, segundo dados da CP — Comboios de Portugal enviados à Lusa.

Nas ligações urbanas de Lisboa, dos 109 comboios previstos foram suprimidos 71, e nos de longo curso estavam programados 13 e foram suprimidos 12.

Nos urbanos do Porto, estavam programadas 52 ligações e foram canceladas 30.

Quanto aos comboios regionais, dos 68 programados, foram suprimidos 56, segundo a transportadora.

Contactada pela Lusa esta segunda-feira de manhã, fonte do SFRCI – Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, que convocou a greve parcial, adiantou que a adesão à paralisação dos revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP, que começou às 05:00 de hoje e que termina às 08:30, é de 100%, estando a ser cumpridos os 25% de serviços mínimos.

“A greve parcial teve início às 05:00 e termina às 08:30, mas os efeitos devem fazer-se sentir durante a manhã. A adesão à greve é de 100%, estando apenas a ser cumpridos os 25% respeitantes aos serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral”, disse à Lusa Luís Bravo, do SFRCI.

O sindicalista disse que a greve visa reivindicar melhores condições salariais para todos os trabalhadores da empresa.

“A greve parcial mantém-se até terça-feira, sendo que ainda vai ter reflexos na quarta-feira dia 14″, adiantou.

De acordo com Luís Bravo, a greve “mostra bem o descontentamento dos trabalhadores” em luta contra os salários baixos desde 2010.

“Em 2025, o Governo dá continuidade à sua política de baixos salários, tendo aplicado um aumento salarial no valor de 34 euros no salário base, valor mais uma vez abaixo do aumento salarial verificado no salário mínimo, considerado muito insuficiente por parte dos trabalhadores”, segundo o sindicato.

De quarta-feira a sexta-feira, vários sindicatos estiveram em greve, sendo que até sexta-feira não houve serviços mínimos, o que resultou na paragem total da circulação.

Os trabalhadores exigem o cumprimento do acordo alcançado em 24 de abril entre a administração da CP e os sindicatos, considerando que “o Governo não pode querer os méritos da negociação e depois fugir às suas responsabilidades na aplicação”.

A paralisação, que começou na quarta-feira e se prolonga até 14 de maio, foi convocada contra a imposição de aumentos salariais “que não repõem o poder de compra“, pela “negociação coletiva de aumentos salariais dignos” e pela “implementação do acordo de reestruturação das tabelas salariais, nos termos em que foi negociado e acordado”, disseram os sindicatos.

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AD e PS em queda no arranque da semana. IL e Chega recuperam

  • ECO
  • 12 Maio 2025

Coligação entre PSD e CDS mantém-se, ainda assim, mais de sete pontos percentuais à frente dos socialistas. À esquerda, a CDU ultrapassa o Bloco de Esquerda.

No arranque da derradeira semana, as duas maiores forças políticas estão em queda na sondagem diária da Pitagórica para a TSF, o Jornal de Notícias, a TVI e a CNN Portugal. A Aliança Democrática (AD) tem vindo a cair desde 5 de maio e regista agora 33,1% das intenções de voto, o pior resultado desde o início desta tracking poll, mas mantém-se à frente do PS, que caiu para os 25,7%. Os indecisos rondam os 16%.

Em sentido inverso, o Chega recuperou um ponto percentual e está com 16% das intenções de voto, enquanto a Iniciativa Liberal (IL) subiu para 6,8%. No entanto, a soma entre o partido liderado por Rui Rocha e a coligação formada por PSD e CDS não chega aos 40%. À esquerda, o Livre desceu para os 4,9% e a CDU (3,2%) recuperou o sexto lugar, acima do Bloco de Esquerda (2,8%). O PAN mantém-se acima da linha de água, com 1,5%, ainda com expectativa de reeleição.

Para esta sondagem foram recolhidas, pelo menos, 202 a 203 entrevistas entre os dias 7 e 10 de maio, tendo como critérios amostrais o género, três faixas etárias e 20 cortes geográficos (distritos + Madeira e Açores), o que resultou numa amostra de 810 entrevistas que, para um grau de confiança de 95,5%, corresponde a uma margem de erro máxima de mais ou menos 3,51%. A taxa de resposta foi de 51,76%.

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Fisco está a cobrar IMI a senhorios de imóveis com rendas congeladas

  • ECO
  • 12 Maio 2025

Há senhorios com rendas congeladas que estão a ser confrontados com notas de liquidação de IMI, do qual a lei os isenta.

Há senhorios com rendas congeladas que estão a receber notas de liquidação de IMI, quando o Orçamento de Estado para 2024 (OE2024) prevê a isenção do pagamento deste imposto para proprietários de imóveis com arrendamentos habitacionais anteriores a 1990, avança o Diário de Notícias (acesso pago). Outros ainda não conseguiram obter deferimento dessa isenção por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), estando apreensivos pelo facto de se estar a entrar no período de liquidação do IMI.

Alguns dos proprietários nestas circunstâncias, ao contactarem o Fisco para notar que a nota de liquidação não reflete a isenção a que têm direito, são aconselhados a pagar e depois reclamar, enquanto a AT aguarda por “instruções superiores”.

No entanto, a isenção não só está prevista no OE2024, como a AT está há quase um ano a receber pedidos de isenção dos proprietários abrangidos, já que o comprovativo desse mesmo pedido é um dos documentos exigidos aos proprietários que queiram receber a compensação a quem tem rendas congeladas.

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Antarte materializa peças de mobiliário para o Pavilhão de Portugal Expo Mundial de Osaka

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  • 12 Maio 2025

A Antarte participa em mais um projeto à escala planetária, ao materializar peças de mobiliário desenhadas pelo arquiteto Kengo Kuma.

No dia 13 de abril arrancou a Expo Mundial de Osaka, um dos maiores eventos globais dedicados à inovação, cultura e desenvolvimento sustentável, e a Antarte, marca portuguesa de mobiliário, está presente ao materializar mais de 40 peças de mobiliário.

Mário Rocha, fundador e CEO da Antarte

O arquiteto japonês Kengo Kuma desenhou o Pavilhão de Portugal e contou com a Antarte como parceiro para fabricar mais de quatro dezenas de peças de mobiliário para o pavilhão português.

Entre as várias tipologias de peças que podem ser vistas no espaço que representa Portugal, encontram-se bancos, bancos altos e mesas para o restaurante e cafetaria, assim como sofás e a mesa onde será colocado o Livro de Honra, no VIP lounge. Os materiais foram escolhidos tendo em conta a sustentabilidade, como é o caso da madeira de freixo nacional, algodão e linho para o revestimento dos sofás, ou aglomerado de cortiça nacional, torneado manualmente. As técnicas de produção respeitam o saber ancestral da marcenaria portuguesa.

 

O destaque vai para a mesa onde será colocado o livro de honra do Pavilhão de Portugal. Composta por 177 peças de madeira de freixo nacional, com diferentes diâmetros e comprimentos, todas elas torneadas manualmente ao longo de mais de 200 horas de trabalho manual.

Mário Rocha, fundador e CEO da Antarte, realça o orgulho em “participar em mais um projeto de visibilidade internacional como o Pavilhão de Portugal na Expo 2025 Osaka. Materializarmos peças desenhadas por um grande vulto da arquitetura mundial como Kengo Kuma, consolida a Antarte como um embaixador da marcenaria portuguesa a nível mundial”.

Exemplares destas peças podem ser vistos no Antarte Museum, o único museu na Europa dedicado à história da marcenaria, localizado no Antarte Center, pólo industrial da empresa em Rebordosa – Paredes.

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