O dia em direto nos mercados e na economia – 8 de maio

  • ECO
  • 8 Maio 2025

Ao longo desta quinta-feira, 8 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Plano de recuperação do grupo Vale da Rosa impõe perdas de oito milhões à banca

Espanhóis injetam 3,5 milhões para assegurar campanha deste ano e ficam com 85% da produtora de uva sem grainha. Plano de recuperação prevê haircut ou alongamento das maturidades da dívida bancária.

O plano de recuperação do grupo Vale da Rosa prevê um perdão de dívida de, pelo menos, oito milhões de euros a assumir pelos bancos. É este o esforço para assegurar o futuro da produtora de uva sem grainha fundada pelo comendador António Silvestre Ferreira, com mais de 200 trabalhadores, e que passará para as mãos da Iberian Premium Fruits e a Sanlucar Fruits. Os espanhóis injetaram mais de 3,5 milhões para garantir a campanha da uva de 2025 e podem ficar com 85% do negócio, se houver aval dos credores.

Em causa estão, na verdade, três planos especiais de recuperação (PER): da sociedade Vale da Rosa, da Uval e do próprio empresário em nome individual António Silvestre Ferreira – os dois últimos produzem e fornecem a uva que é comprada, processada e comercializada pela primeira. Estes PER acabaram de ser apresentados em tribunal, e aos quais ECO teve acesso, com a decisão agora nas mãos dos bancos, os maiores credores do grupo.

A exposição da banca ao Vale da Rosa, com sede em Ferreira do Alentejo, supera os 26 milhões de euros, isto sem contar com a dívida comum sob condição (que inclui responsabilidade por avales prestados entre as empresas do grupo e que não serão acionados em caso de aprovação do plano). BPI, Crédito Agrícola e BCP lideram a lista dos maiores bancos credores.

O plano passa por uma reestruturação financeira que dá duas opções aos bancos (e uma terceira, a insolvência, mas com consequências mais gravosas): ou um perdão da dívida que atingirá um valor não inferior a oito milhões de euros, com o remanescente a ser liquidado nos três meses a seguir à homologação do plano; ou um alongamento dos prazos de reembolso por uma década ou mais com o pagamento integral das dívidas.

Em caso de insolvência do grupo, refere-se nos planos, os bancos receberiam substancialmente menos por conta da desvalorização dos ativos imobiliários. No caso dos créditos comuns, por exemplo, recuperariam não mais de 20% da dívida.

Joint-venture espanhola fica com 85%

Além da reestruturação financeira, o plano prevê uma reorganização societária de todo o grupo. Desde logo com a entrada de dois novos acionistas: a Iberian Premium Fruits e a Sanlucar Fruits, dois nomes que o Expresso já tinha avançado no mês passado, tendo dado conta na altura que os bancos viam com bons olhos o facto de serem dois investidores com experiência no setor.

Foi com estas duas empresas espanholas que o Vale da Rosa celebrou, em março, dois contratos de financiamento no valor global de 3,535 milhões de euros, dinheiro fresco que visa “suportar os custos operacionais” até junho e garantir que campanha da uva deste ano decorre sem constrangimentos.

A perspetiva é que a partir de julho, com o arranque das vendas, “a atividade do grupo volte a ser superavitária, deixando de necessitar de apports adicionais de capital”, segundo indica o plano.

Com a aprovação dos PER, esta dívida será convertida em capital, numa operação que fará com que 85% do grupo passe para as mãos da joint-venture espanhola, com os atuais sócios – António Silvestre Ferreira e os quatro filhos – a permanecerem na estrutura acionista com 15% do negócio.

O plano sublinha que desta forma se mitigam os riscos de sucessão (o comendador e fundador do grupo conta com 76 anos de idade), além de facultar ao grupo uma gestão mais profissional e a sua valorização.

Jerónimo Martins e Lidl ‘esmagam’ a uva sem grainha

Para este quadro de enormes dificuldades, o grupo, com mais de 200 trabalhadores, elenca vários fatores “estruturais e conjunturais” que deram origem a esta crise.

Por um lado, reconhece que a estratégia de crescimento e modernização levada a cabo nos últimos anos para a reconversão de vinhas e introdução de novas variedades de uva resultou num “aumento significativo” do endividamento do grupo, o que foi fatal para um negócio sazonal como este.

Mas houve outros fatores “inesperados” que “intensificaram as dificuldades na gestão da tesouraria”, segundo aponta. Designadamente, lamenta a perda de contratos importantes ao longo do ano passado com grandes superfícies comerciais como o “Pingo Doce, o Lidl e a Jerónimo Martins Polska”.

“Estes clientes representavam cerca de 33% do volume de negócios em 2023 e a sua perda contribuiu para um decréscimo na ordem dos oito milhões de euros no volume de negócios em 2024”, explica.

Enquanto perdia estes grandes clientes, o Vale da Rosa também se viu confrontada com a entrada no mercado nacional de produtos concorrentes a preços mais baixos, o que levou a baixar os preços e a reduzir as margens.

“O elevado endividamento, a quebra de receitas, os custos associados aos investimentos recentes e a sazonalidade do setor comprometeram a capacidade de geração de liquidez, essencial para suportar as operações e os compromissos financeiros”, resumem as devedoras.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 8 Maio 2025

Acionistas da Sonaecom reúnem-se em assembleia-geral e CTT, EDP Renováveis, REN e Navigator apresentam resultados. O BdP revela detalhes sobre os sistemas de pagamento mais utilizados pelos cidadãos.

O dia desta quinta-feira fica marcado desde logo pela apresentação de resultados por parte dos CTT, EDP Renováveis, REN e Navigator, enquanto os acionistas da Sonaecom se reúnem em assembleia-geral. Já o Banco de Portugal vai dar a conhecer mais detalhes sobre os sistemas de pagamento mais utilizados pelos cidadãos no ano passado. Entre outras coisas que vão marcar o dia de hoje, prossegue o conclave para tentar eleger um novo Papa e arranca a segunda edição da SIM Conference (Startups & Investment Matching).

Empresas portuguesas apresentam resultados

CTT, EDP Renováveis, REN e Navigator são as empresas portuguesas que apresentam hoje os seus resultados referentes ao primeiro trimestre. No panorama internacional, destaque para a AB InBev (dona de marcas como Corona, Budweiser ou Stella Artois), que também apresenta os resultados do primeiro trimestre de 2025, e para a Nintendo e Toyota que mostram os resultados do ano fiscal de 2024.

Assembleia de acionistas da Sonaecom

Esta quinta-feira reúnem-se em assembleia-geral os acionistas da Sonaecom, sub-holding do Grupo Sonae com ativos nas áreas de tecnologia, media e telecomunicações. A Sonaecom vai propor a distribuição de 8,7 milhões de euros, com um dividendo de cerca de 0,028 euros por ação.

BdP divulga relatório sobre Sistemas de Pagamentos

O relatório do Banco de Portugal (BdP) sobre os Sistemas de Pagamentos em 2024, que vai ser divulgado esta quinta-feira, irá dar a conhecer mais detalhes sobre os sistemas de pagamento mais utilizados pelos cidadãos. Recorde-se que foi no ano passado que as transferências bancárias entre contas portuguesas passaram a ter a confirmação prévia do beneficiário antes de ser dada a ordem final da transferência do dinheiro.

Prossegue o conclave no Vaticano

Depois do fumo negro que saiu da chaminé da Capela Sistina esta quarta-feira, os 133 cardeais reúnem-se hoje novamente em assembleia (conclave) para tentar eleger um novo Papa, estando prevista a divulgação do resultado das votações às 11h00 e às 18h00 (caso não haja eleição na primeira hora). Para ser eleito, um determinado cardeal precisa de recolher pelo menos dois terços dos votos. Participam da votação quatro cardeais portugueses, António Marto, Américo Aguiar, Tolentino Mendonça e Manuel Clemente.

Início da SIM Conference 2025

Promovida pela Startup Portugal, a segunda edição da SIM Conference (Startups & Investment Matching) visa juntar fundadores de startups, investidores e líderes da indústria para dois dias de networking, partilha de conhecimento e novas oportunidades de colaboração. Sacha Michaud, co-fundador da Glovo App, Nick Pickles, ex-vice-presidente da rede social X e atual executivo da Tools for Humanity, Sharon Goldstein, fundadora da Amplify+ e ex-diretora global de experiência da Amazon, e Diogo Mónica, co-fundador da Anchorage Digital, encontram-se entre os oradores confirmados no evento.

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Salário médio líquido ultrapassa 1.200 euros pela primeira vez. Veja as profissões com maiores aumentos

No primeiro trimestre, os trabalhadores dependentes tiveram um aumento de quase 10% no salário médio face há um ano. Descontando o efeito da inflação, a valorização foi menor, de 7,2% ou 79 euros.

O salário médio líquido dos trabalhadores por conta de outrem ultrapassou, pela primeira vez, a fasquia dos 1.200 euros. No primeiro trimestre do ano, subiu 9,86% para 1.203 euros, o que representa mais 108 euros em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o ordenado médio já limpo de impostos e contribuições sociais estava nos 1.095 euros mensais, segundo os cálculos do ECO com base nos novos dados publicados, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), juntamente com as estatísticas do emprego relativas ao período entre janeiro e março de 2025.

Em termos reais, já descontando o impacto da inflação média dos últimos 12 meses registada em março, de 2,42%, o crescimento foi menor, mas ainda significativo: 7,2% ou 78,9 euros. Isto significa que 29,1 euros do aumento nominal de 108 euros foi “comido” pela subida dos preços. Subtraindo então o efeito do custo de vida, o ordenado médio líquido avançou para 1.173,9 euros.

O rendimento médio mensal líquido da população empregada por conta de outrem, já depois da retenção na fonte em sede de IRS e das contribuições sociais, tem estado a crescer consecutivamente. No ano passado, a folha salarial dos trabalhadores subiu 100 euros para 1.142 euros, correspondendo a um aumento de 9,6%, em relação ao vencimento médio de 1.042 euros de 2023. Foi a maior subida da década.

O arranque de 2025 mantém esta trajetória ascendente das remunerações, com destaque para os ordenados dos técnicos de nível intermédio, Forças Armadas, professores e médicos, que tiveram os maiores aumentos salariais neste período.

Na variação em cadeia, do quarto trimestre de 2024 para os primeiros três meses de 2025, o aumento do salário médio líquido foi mais modesto, de 1,6% ou 19 euros em comparação com o ordenado de 1.184 euros calculado pelo INE.

Maiores aumentos para técnicos, militares, professores e médicos

Analisando a variação das remunerações médias líquidas por grupos de profissões, o INE mostra que, no primeiro trimestre do ano, os técnicos e profissões de nível intermédio, as atividades intelectuais e científicas, onde se incluem professores e médicos, e as Forças Armadas foram as classes que registaram um maior aumento dos salários.

No topo do ranking, estão os técnicos de nível intermédio que passaram a ganhar 1.294 euros, ou seja, mais 11,94% ou 138 euros, face ao ordenado de há um ano, que estava nos 1.156 euros. Em segundo lugar, surge o grupo das atividades científicas e intelectuais. A folha de vencimento destes profissionais subiu de 1.499 euros para 1.651 euros, um aumento de 152 euros, o que se traduz num crescimento homólogo de 10,14%, sobretudo à boleia do descongelamento da carreira dos professores e da valorização das carreiras dos médicos.

A completar o pódio das maiores subidas no salário médio líquido estão os militares das Forças Armadas, que tiveram um incremento remuneratório de 9,9% ou de 137 euros, o que elevou o ordenado de 1.384 para 1.521 euros, um resultado influenciado pela atualização das remunerações e por um novo aumento em 50 euros do suplemento de condição militar, que passou de 300 para 350 euros mensais, no início do ano.

Em sentido oposto, entre os grupos profissionais com aumentos salariais menos significativos, em termos homólogos, e que ficaram abaixo do aumento médio (9,86%), estão os representantes do poder legislativo e gestores de topo, os funcionários não qualificados e os trabalhadores da montagem.

Entre janeiro e março, o vencimento dos representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos atingiu os 1.945 euros, uma subida de 5,20% ou de 96 euros face ao ordenado do mesmo período do ano passado, de 1.846 euros. Esta evolução está diretamente relacionada com o fim do corte salarial de 5% no início do ano. A penalização sobre os titulares de cargos políticos e gestores públicos perdurava desde o período da troika e foi eliminada por proposta de PSD e CDS, aprovada no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

Na lista das menores variações, seguem-se os funcionários não qualificados, cujo ordenado médio líquido deu um salto de 6,55% ou 45 euros, evoluindo de 687 para 732 euros. Os trabalhadores da montagem completam o grupo de profissões com incrementos remuneratórios mais modestos: beneficiaram de um aumento de 7,65% ou de 73 euros, o que elevou o ordenado médio líquido de 954 para 1.027 euros.

Forças Armadas e agricultores com perda salarial na variação em cadeia

Na comparação entre o último trimestre de 2024 e os primeiros três meses do ano, os militares, os técnicos de nível intermédio e os agricultores sofreram uma redução no rendimento mensal líquido, o que pode ser explicado eventualmente por efeitos sazonais, uma vez que, em dezembro, os trabalhadores recebem o subsídio de natal.

No caso das Forças Armadas, verificou-se uma redução salarial de 11,26% ou de 193 euros, o que fez o ordenado cair de 1.714 para 1.521 euros, entre o último trimestre de 2024 e o primeiro deste ano. Esta variação decorre fundamentalmente do aumento do subsídio de risco, de 100 para 300 euros mensais, que foi pago em outubro do ano passado com efeitos retroativos a 1 de julho.

Em relação aos técnicos de nível intermédio, os salários encolheram 0,99% ou 13 euros, passando de 1.307 para 1.294 euros, o que poderá dever-se ao pagamento do subsídio de natal, em dezembro. Quanto aos agricultores, a remuneração também caiu de um trimestre para o outro. Estes trabalhadores viram o ordenado minguar 0,71% ou seis euros, o que ditou uma quebra de 847 para 841 euros mensais. De salientar que o trabalho deste grupo profissional é muito sazonal.

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Madrid consolida a sua posição como a região com menor demora nas intervenções cirúrgicas, de acordo com os dados do Sistema de Listas de Espera

  • Servimedia
  • 8 Maio 2025

Com um tempo médio de espera de 48 dias, continua a ser a região com a menor demora nas intervenções cirúrgicas, 78 dias abaixo da média nacional de 126 dias.

De acordo com os dados recentemente publicados do Sistema de Listas de Espera (Sisle), correspondentes ao final de 2024, Madrid, com um tempo médio de espera de 48 dias, continua a ser a região com o menor tempo de espera para operações cirúrgicas, 78 dias abaixo da média nacional de 126 dias.

A seguir à Comunidade de Madrid, as regiões com os tempos de espera mais curtos para uma intervenção cirúrgica são o País Basco, com 59 dias, La Rioja, com 64 dias, e a Galiza, com 67 dias. Madrid e a Galiza também reduziram os seus tempos de espera em relação ao SISLE anterior, de junho, em 4 dias; o País Basco reduziu-os em 2 dias e La Rioja manteve o mesmo valor. A nível nacional, 846 583 pessoas aguardam uma intervenção cirúrgica.

Na Comunidade de Madrid, 73.436 pessoas aguardam uma intervenção cirúrgica e, apesar da elevada pressão sobre os cuidados de saúde, a comunidade apresenta uma das taxas mais baixas de doentes em lista de espera, com 10,41 por 1.000 habitantes, apenas atrás do País Basco, que regista uma taxa de 10,16. Nas regiões com uma procura de cuidados semelhante à de Madrid, como a Catalunha e a Andaluzia, a taxa é de 25,10 e 23,11, respetivamente.

No outro extremo, as regiões com as taxas de cirurgia per capita mais elevadas são a Cantábria, com 29,37 cidadãos em lista de espera por 1 000 habitantes; a Catalunha, com 25,10; a Estremadura, com 24,03, e a Andaluzia, com 23,11. Estas comunidades são também as que registam os tempos de espera mais longos para uma operação:Extremadura, 178 dias; Andaluzia, 176; Catalunha, 145, e Cantábria e Aragão, 151 e 144 dias, respetivamente.

A nível nacional, 22,9% dos pacientes demoram mais de seis meses para serem operados. Neste aspeto, Madrid também apresenta os melhores dados, com apenas 0,3% dos doentes em lista de espera há mais de seis meses, seguida do País Basco com 1,3% e da Galiza com 3,9%.As regiões com maior percentagem de doentes em lista de espera há mais de seis meses são a Andaluzia e a Extremadura, com 33,4% e 33,1%, respetivamente.

Além disso, Madrid também lidera os tempos de espera mais baixos em quase todas as especialidades cirúrgicas: é a melhor em Cirurgia Geral e Digestiva (43 dias); Ginecologia (42); Oftalmologia (43); Otorrinolaringologia (57 dias); Traumatologia (52 dias); Urologia e Cirurgia Maxilofacial (50 dias em ambas); Cirurgia Plástica (54 dias) e Neurocirurgia (56 dias). Também se situa entre os três primeiros em Cirurgia Cardíaca (47 dias), depois da Cantábria (23) e do País Basco (30); em Angiologia e Cirurgia Vascular (54 dias), depois da Galiza e das Baleares (53), e em Cirurgia Torácica (28 dias), depois de La Rioja (23) e das Astúrias (26).

De toda a rede CAM, nenhum centro – tanto de alta complexidade como de média e baixa complexidade – ultrapassa a média nacional em listas de espera para operações de 126 dias. Mesmo o hospital da região com o maior tempo de espera, o Príncipe das Astúrias, com 76,75 dias, está 50 dias abaixo da média nacional, de acordo com os últimos dados oficiais do Serviço de Saúde de Madrid (Sermas), correspondentes ao mês de março.

De todos os hospitais do CAM, os de gestão mista destacam-se como os centros médicos com os prazos mais curtos para as operações. Concretamente, o Hospital Universitário General de Villalba regista uma média de 14,56 dias para a realização de uma cirurgia, seguido do Hospital Universitário Rey Juan Carlos com 15,93 dias, do Hospital Fundación Jiménez Díaz com 20,94 dias e do Hospital Universitário Infanta Elena com 22,85 dias.

Fontes da região de Madrid indicam que a operacionalidade destes hospitais” foi favorecida pelo modelo de parceria público-privada, que permitiu, desde a sua introdução, aliviar a carga dos hospitais públicos. O sistema de livre escolha de médicos nas CAM, para atender os cidadãos que têm outro hospital como centro de referência, permitiu, desde a sua introdução, aliviar a carga dos hospitais públicos e otimizar os recursos de saúde, melhorando a eficiência dos cuidados e reduzindo as listas de espera. Para além da redução dos tempos de espera, estes hospitais distinguem-se pelos seus níveis de satisfação dos doentes, geralmente superiores à média regional. A gestão por objetivos, a flexibilidade organizacional e a utilização intensiva de tecnologias de saúde permitem uma prestação de cuidados mais ágil e personalizada”.

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Trump vai rasgar restrições aos ‘chips’ que afetam Portugal

Departamento do Comércio confirmou esta quarta-feira que a Administração Trump irá refazer por completo os limites às exportações de 'chips' para IA, medida fortemente penalizadora para Portugal.

A Administração Trump planeia rasgar as restrições às exportações de chips para inteligência artificial (IA) que foram criadas em janeiro pelo anterior presidente, Joe Biden. Entre as regras que serão revogadas está uma limitação à compra destes processadores avançados por diversos países, incluindo por Portugal.

A notícia foi dada esta quarta-feira pela Bloomberg, citando fonte oficial do Departamento do Comércio dos EUA, e deverá ser recebida com grande alívio em Lisboa: “A regra de IA de Biden é demasiado complexa, demasiado burocrática, e prejudicaria a inovação. Iremos substituí-la por uma regra muito mais simples que fomentará a inovação americana e assegurará o domínio americano na IA”, confirmou a Agência da Indústria e Segurança (BIS, na sigla em inglês).

Estas restrições às exportações de chips avançados para IA — abrangendo as placas gráficas Nvidia H100, um dos modelos topo de gama da marca –, tinham sido introduzidas por Biden nos últimos dias do seu mandato presidencial. Originalmente, as regras visavam impedir que este tipo de tecnologias caísse nas mãos de países como a Rússia e a China.

O plano, oficialmente designado de Enquadramento para a Difusão da Inteligência Artificial, tem estado em consulta pública, num processo que está previsto terminar no próximo dia 15 de maio. No entanto, avança agora a Bloomberg, o Governo não irá aplicar essa medida após aquela data, ao contrário do que estava previsto até aqui.

Quando foi anunciada em janeiro, a política de Biden apanhou de surpresa o Governo português, na medida em que o país foi discriminado em relação aos seus pares mais próximos: enquanto nações como Espanha, França e Itália foram poupadas das restrições, surgindo numa lista de países considerados “aliados e parceiros chave dos EUA”, Portugal ficou isolado no mapa e sujeito a um limite de aquisições de até 50 mil processadores no espaço de dois anos, equiparado a nações como Israel.

Portugal isolado nas restrições dos EUA:

Ora, no final de abril, o ECO noticiou que o presidente Donald Trump iria rever a decisão de Biden de aplicar restrições a Portugal. Agora, segundo a Bloomberg, o caminho escolhido por Trump, que ainda não está totalmente fechado será o de rasgar a política do seu antecessor e refazer por completo as restrições ao comércio internacional de semicondutores.

Apesar de ainda não ter entrado em vigor, a medida já fez estragos em Portugal. Na semana passada, a Merlin Properties anunciou que decidiu reduzir o seu investimento num data center que está a construir na região de Lisboa, pelo que a infraestrutura irá começar a operar com apenas um terço da capacidade. Pior para Portugal, a empresa de origem espanhola salientou que esse investimento irá ser redirecionado para Madrid, um mercado concorrente.

Mas a política dos EUA também ameaçava colocar Portugal em forte desvantagem face a outros países europeus na corrida que se avizinha à captação das Gigafábricas de IA, que são grandes centros de dados com mais de 100.000 processadores cada um que a Comissão Europeia irá financiar em regime de parcerias público-privadas no ano que vem.

A medida de Biden mereceu, igualmente, forte repúdio das fabricantes de semicondutores. Empresas como a própria Nvidia consideraram que a limitação imposta pelo Governo norte-americano é demasiado apertada e, ao contrário do que pretendia o Governo, prejudica o domínio dos EUA sobre uma tecnologia vista como essencial para a competitividade, e com aplicações civis e militares.

A agência noticiosa escreve também que a intenção de Trump é impor novas restrições a países que, alegadamente, têm desviado estes equipamentos para China, incluindo Malásia e Tailândia. Isto porque, apesar de a venda destes chips a entidades chinesas estar fortemente limitada, ou totalmente proibida na maioria dos casos, Pequim tem conseguido ter acesso aos componentes por vias alternativas, segundo tem noticiado a imprensa internacional.

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Montenegro promete esperança e segurança e lamenta adversários “zangados”

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

"É preciso aparecer todos os dias zangado, todos os dias azedo, todos os dias incomodado com o sucesso do país?", criticou o líder da AD.

O presidente do PSD considerou esta quarta-feira que só a AD apresenta uma candidatura de esperança, segurança e estabilidade para os portugueses e criticou os seus adversários que só falam mal e aparecem “todos os dias zangados”.

Luís Montenegro falava no comício de Évora da AD – coligação PSD/CDS, que foi antecedido por uma ação de rua na zona histórica da cidade, num discurso em que, tal como aconteceu na segunda-feira, voltou a fazer uma alusão ao seu objetivo de continuar a exercer as funções de primeiro-ministro por duas legislaturas, oito anos.

Na rua de João de Deus, no primeiro comício ao ar livre desta campanha, o primeiro-ministro defendeu que só a AD apresenta um projeto de esperança e de segurança para os mais jovens, para os trabalhadores e para os pensionistas.

Depois de invocar as medidas que o seu executivo tomou para as diferentes gerações, atacou em particular quem “procura semear o medo” junto dos reformados, alegando que “não vale a pena esse esforço, porque a realidade está à vista” – aqui, numa alusão ao aumento das pensões no último ano e ao pagamento de um suplemento extraordinário.

Neste ponto, embora afirmando que não pretendia recorrer ao passado para defender-se no atual combate político, apontou que o maior aumento de sempre de rendimentos para os pensionistas foi com os governos de Cavaco Silva, com a atribuição do 14º mês. E, pelo contrário, o congelamento e os maiores cortes aplicados a todas as pensões aconteceram em 2010 com o segundo executivo socialista de José Sócrates.

“Não há como enganar. Podíamos aqui fazer a história, mas esse exercício é para quem está a olhar para trás e para o passado. Nós estamos a olhar para a frente”, contrapôs.

Depois de prometer esperança aos pensionistas, jovens e trabalhadores, falou de segurança, definindo Portugal como um país seguro dos pontos de vista financeiro, económico e social, mas que precisa de estabilidade política. Na questão social, por exemplo, evidenciou dados recentes que apontam para uma redução da taxa de desemprego.

Mas Luís Montenegro abordou igualmente a questão da segurança dos cidadãos, lembrando que foi criticado por ter falado ao país às 20:00 sobre esse tema a partir da residência oficial do primeiro-ministro.

“Naquele dia, em que me quiseram chamar extremista, aconteceu aquilo que tem acontecido quase sempre. Sempre que o Governo faz coisas, mesmo quando faz bem, mesmo quando lá dentro eles sabem que estamos a fazer bem, mesmo quando as pessoas reconhecem, as oposições acham que está sempre tudo mal”, declarou.

Neste contexto, procurou estabelecer uma diferença entre a sua conduta quando foi líder da oposição e os que agora se opõem ao seu Governo. “Há um ano estava aqui a apresentar propostas, não estava a falar mal de ninguém. Como oposição também alertei para o que estava mal. Mas, que diabo, andarem a dizer que está tudo mal”, lamentou, antes de deixar um repto aos seus adversários em forma de pergunta:

“É preciso aparecer todos os dias zangado, todos os dias azedo, todos os dias incomodado com o sucesso do país?”

 

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IL promete “reverter más decisões da esquerda” e “privatizar mesmo” a TAP

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

esquerda decidiu acabar com a PPP do Hospital de Braga, prejudicando a população", disse Rui Rocha, que assumiu "o compromisso" da PPP do Hospital de Braga "voltar".

O líder da IL garantiu esta quarta-feira que, com o seu partido, se irá “finalmente reverter” as “más decisões da esquerda”, prometendo “privatizar mesmo” a TAP, sem “mais atrasos”, e recuperar a parceria público-privada do Hospital de Braga.

“Quero-vos dizer que o único voto verdadeiramente reformista, que assegura que essas más decisões da esquerda são finalmente verdadeiramente revertidas e que trilhamos o caminho do crescimento económico em Portugal (…) é mesmo o voto na IL”, afirmou Rui Rocha num jantar comício em Braga.

O líder da IL frisou que na sua cidade natal, onde concorre como cabeça de lista, se “sofreu bastante com as políticas de esquerda que foram adotadas nos últimos anos, sobretudo com os governos de António Costa”. Entre as várias críticas que deixou, o líder da IL abordou a nacionalização da TAP, em 2020, que considerou ter-se traduzido no “desbaratar” de 3.200 milhões de euros dos portugueses e é “particularmente sentida como injusta” na região de Braga, “envolvente do aeroporto do Porto”.

“Porque, se no aeroporto de Lisboa, a TAP ainda tem uma operação com algum significado e alguma dimensão, no aeroporto do Porto a TAP tem uma presença residual. E, portanto, todos nós aqui sabemos que pagámos do nosso bolso a nacionalização da TAP para, no caso concreto desta região, não termos serviço de transporte aéreo da TAP”, criticou. Perante algumas dezenas de bracarenses, Rui Rocha garantiu que, “com a IL, a TAP será mesmo privatizada”.

“Não vai haver mais atrasos”, assegurou. Outra das decisões tomadas pela esquerda que criticou foi o fim da parceria público-privada (PPP) do Hospital de Braga, que considerou ter sido tomada “por pura ideologia” e ter resultado no fim de uma parceria que “servia à população, era reconhecida pelos profissionais de saúde e pelo Tribunal de Contas como uma boa solução”.

“Pois a esquerda decidiu acabar com a PPP do Hospital de Braga, prejudicando a população. E é por isso que eu quero assumir o compromisso, aqui em Braga, na minha terra, de que, com a IL, a PPP do Hospital de Braga vai voltar a servir as populações”, assegurou.

Rui Rocha acusou ainda a esquerda de ter acabado com as escolas com contratos de associação em cidades como Vila Nova de Famalicão, Guimarães, Riba de Ave ou Braga, que garantiam uma “porta aberta a todos, sobretudo aos mais desfavorecidos, que encontravam nas escolas com contratos de associação um ensino de qualidade”.

“A esquerda não descansou enquanto não as asfixiou”, acusou, frisando que isso teve como consequência que “os alunos com menos recursos, que tinham um ensino de qualidade”, tiveram de ir para escolas com “piores condições”.

“Essa decisão que a esquerda tomou foi contra aqueles que mais precisavam de uma escola a funcionar, de uma escola que fosse o elevador social. (…) Eu quero-vos dizer aqui, também em Braga, que com a IL os contratos de associação vão ser reativos”, garantiu. Depois destas críticas e destes compromissos, o líder da IL disse que todas essas decisões foram tomadas “sempre pelas mesmas entidades: a esquerda”.

Estamos a falar de Pedro Nuno Santos, de Paulo Raimundo, de Mariana Mortágua. Do PCP, do BE e do PS. São os grandes responsáveis por essas decisões que limitaram o crescimento da região, que obrigaram a região a prescindir de soluções que funcionavam. É por isso mesmo que nós queremos mudar Portugal. Queremos olhar em frente”, disse.

Na reta final do seu breve discurso, Rui Rocha deixou um aviso a quem se deixa iludir por apelos a “um voto útil, um voto oportunista”.

“Nós não queremos um voto fraco. Nós não queremos nem pedimos o voto para fazer as mesmas coisas, para deixar passar o tempo, para empurrar com a barriga ou para que continue tudo na mesma. Nós somos o único partido que pede o voto aos portugueses para mudarmos Portugal”, disse.

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Pedro Nuno alerta em Évora que “há votos que não podem ser perdidos”

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

O líder do PS apelou a uma concentração da votação para as legislativas no PS, alertando que há votos que não podem ser perdidos nem dispersados em círculos eleitorais como em Évora.

O secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, apelou esta quarta-feira a uma concentração da votação para as legislativas no PS, alertando que há votos que não podem ser perdidos nem dispersados em círculos eleitorais como em Évora, onde discursava.

“Que ninguém disperse o voto. Está ao nosso alcance derrotarmos a AD, mas para nós derrotarmos a AD, temos de ter todos a consciência que em vários sítios eleitorais do país há votos que não podem ser perdidos”, afirmou o líder do PS, que fez um comício ao final da tarde em Évora, a uma curta distância de uma iniciativa de campanha similar da AD, com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Pedro Nuno Santos alertou que “há votos que não podem ser dispersos”. “E um desses distritos é Évora. Para nós derrotarmos a AD, nós precisamos de concentrar os votos no PS para ganharmos as eleições no dia 18 de maio”, advertiu.

Nas últimas legislativas, o PS elegeu um deputado no distrito de Évora, a AD também um e, o Chega, conquistou o terceiro mandato atribuído ao círculo eleitoral alentejano.

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Trump recusa reduzir tarifas antes de negociações com Pequim

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

Questionado se estaria aberto a reduzir as tarifas em vésperas da reunião entre EUA e China, na Suíça, Donald Trump respondeu com um rotundo "não",

O Presidente norte-americano, Donald Trump, negou esta quarta-feira uma redução das tarifas comerciais de 145% impostas à China como forma de facilitar as negociações de um acordo com Pequim, antes do começo do diálogo das duas partes na Suíça.

Questionado se estaria aberto a reduzir as tarifas em vésperas da reunião, Trump respondeu com um rotundo “não”, durante uma cerimónia para a imprensa na Sala Oval da Casa Branca de juramento do novo embaixador norte-americano em Pequim, David Perdue. “Precisam de impedir a entrada de fentanil [nos Estados unidos]. Essa seria uma condição muito importante”, justificou Trump, referindo-se às exigências que Washington fará no fim de semana em Genebra para um futuro acordo.

Trump negou a afirmação de Pequim de que o início do diálogo em Genebra será realizado a pedido dos EUA. “Disseram que fomos nós que iniciámos [a reaproximação]? Bem, acho que deviam recuar e dar uma vista de olhos aos seus ficheiros”, declarou.

O secretário do Tesouro norte-americano e o vice-primeiro-ministro chinês He Lifeng vão reunir-se na Suíça nos próximos dias, anunciaram na terça-feira ambas as partes, na sequência da imposição recíproca de elevadas tarifas aduaneiras.

“Espero discussões produtivas que visem reequilibrar o sistema económico internacional para melhor servir os interesses dos Estados Unidos”, disse o secretário de Estado norte-americano, Scott Bessent, numa declaração antes da sua viagem.

Desde que Donald Trump iniciou a sua guerra comercial, no início de abril, os Estados Unidos impuseram tarifas de 145% sobre os produtos chineses, e o gigante asiático respondeu com taxas até 125% sobre as importações norte-americanas.

A China anunciou na semana passada que estava a avaliar uma proposta apresentada pelos Estados Unidos para iniciar negociações sobre as tarifas impostas pelos dois países aos seus produtos.

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PAN quer mais restrições aos voos noturnos e critica Vinci

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

Inês de Sousa Real defendeu o alargamento do período de proibição de voos noturnos de modo a garantir que as pessoas têm "direito ao descanso" mínimo de oito horas.

A porta-voz do PAN defendeu esta quarta-feira um alargamento da proibição dos voos noturnos em Lisboa e criticou a Vinci por não implementar medidas de mitigação do ruído, sublinhando que o Estado está a suportar custos que cabem à concessionária.

Em declarações aos jornalistas no âmbito de um encontro com a plataforma cívica “Aeroporto fora, Lisboa melhora”, na zona do Campo Grande, em Lisboa, Inês de Sousa Real argumentou que é “fundamental promover na próxima legislatura medidas que melhorem a qualidade de vida das populações que são afetadas pelos voos do aeroporto Humberto Delgado”.

A porta-voz do PAN alertou para o impacto da passagem constante dos aviões naquela zona da cidade, apontando que há consequências “não apenas no descanso e na qualidade de vida” de quem lá vive, bem como para o ambiente, devido à “emissão das partículas finas” pelos aviões. Inês de Sousa Real defendeu o alargamento do período de proibição de voos noturnos de modo a garantir que as pessoas têm “direito ao descanso” mínimo de oito horas, como é defendido pela plataforma cívica que reuniu com o partido.

A líder do Pessoas-Animais-Natureza alertou também para o facto de não ser a Vinci, empresa concessionária dos aeroportos em Portugal, mas sim o Estado a responsabilizar-se pelas medidas de mitigação de barulho na cidade, como as adaptações das janelas das habitações. “Temos que garantir que não é o erário público, mais uma vez, a pagar a fatura daquilo que é o interesse e o lucro de uma entidade privada”, acrescentou.

Sousa Real apelou ao Governo que exija à Vinci o cumprimento das medidas de mitigação de ruído para limitar a “degradação da qualidade de vida da população” e reduzir o impacto ambiental do aeroporto. A líder do PAN alertou ainda para questões de segurança, afirmando que a cidade corre riscos acrescidos dada a localização do atual aeroporto da capital.

“Para além da degradação da qualidade de vida, também não nos podemos esquecer que há aqui questões de segurança. Se algum dia existe algum acidente em Lisboa com um avião, sabemos que há, evidentemente, danos que não ocorreriam se fosse fora da cidade com outro tipo de infraestruturas”, acrescentou.

Também esta tarde, em declarações após uma visita à associação Crescer, a líder do PAN enfatizou a sua oposição à construção do novo aeroporto em Alcochete, insistindo que essa solução “não vai, de todo, resolver o problema da área metropolitana de Lisboa”.

“Não nos faz sentido que a solução passe por um aeroporto que vai ficar numa zona suscetível a cheias, que poderá vir a ficar inundada, que vai custar também mais de 10 mil milhões de euros aos contribuintes e que também não vai resolver os problemas do ruído da área metropolitana, muito pelo contrário”, afirmou a líder do PAN.

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Macron defende “levantamento gradual das sanções” à Síria

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

O presidente sírio que as sanções europeias “constituem um obstáculo” à reconstrução do seu país e que “não há justificação” para a sua continuação.

O Presidente francês pediu esta quarta-feira ao Presidente interino sírio, Ahmad al-Charaa, que garanta a proteção de todos os sírios, “sem exceção”, recebendo a garantia de que a segurança do povo é a “prioridade máxima” das autoridades sírias.

Emmanuel Macron pediu a al-Charaa para “fazer todo o possível para garantir a proteção de todos os sírios sem exceção, independentemente da sua origem, religião ou opiniões”, numa conferência de imprensa conjunta no Palácio do Eliseu, em Paris.

O líder francês instou al-Charaa para que “garanta que os autores” da recente violência inter-religiosa contra os drusos, uma comunidade esotérica descendente de um ramo do Islão, e dos “massacres” de membros da minoria muçulmana alauita, em março, sejam “processados e julgados”.

A União Europeia deve “punir sistematicamente os autores destes crimes”, disse o chefe de Estado francês, insistindo em sanções europeias contra os responsáveis por massacres. Por outro lado, Macron invocou a continuação do “levantamento gradual das sanções económicas europeias”, e também dos EUA, à Síria se a coligação islamita no poder desde a queda de Bashar al-Assad, em dezembro, estabilizar o país.

Esta primeira visita do novo Presidente sírio a um país ocidental suscitou polémica com a direita e a extrema-direita francesas, devido às ligações passadas de al-Charaa ao terrorismo islâmico. Relativamente ao levantamento das sanções contra a Síria, o Presidente sírio afirmou que a segurança dos sírios é a sua “prioridade máxima” e que as sanções europeias “constituem um obstáculo” à reconstrução do seu país e que “não há justificação” para a sua continuação.

Não há justificação para as manter porque são sanções impostas hoje ao povo e não à pessoa que massacrou este povo”, defendeu Ahmad al-Charaa. Várias dezenas de membros das minorias religiosas da Síria manifestaram-se na quarta-feira na Place de la République, na capital francesa, sob a bandeira síria.

Al-Charaa chegou ao poder em dezembro do ano passado, após o movimento armado que liderava derrubar o regime liderado por Bashar al-Assad. Atualmente, luta pelo levantamento de sanções impostas ao anterior regime, que pesam sobre a economia do país, destruída por 14 anos de guerra civil.

Desde que assumiu o poder, a coligação islamita Hayat Tahrir al-Sham (HTS) liderada por Al-Charaa tem tentado assegurar à comunidade internacional que respeita as liberdades e protege as minorias.

As dúvidas sobre a capacidade das novas autoridades sírias para controlar alguns dos combatentes extremistas a elas afiliados adensaram-se com os massacres no oeste do país em março, que fizeram 1.700 mortos, a maioria da minoria alauita a que pertencia Bashar al-Assad, e conflitos recentes com elementos da minoria drusa e abusos de migrantes indocumentados.

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