5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 21 Maio 2025

Sonae e BCP apresentam resultados no dia em que a IGCP volta ao mercado obrigacionista e o BdP dados da estabilidade financeira. Serão divulgados os resultados da OPS das obrigações da Mota-Engil.

No dia em que a Sonae e o BCP apresentam resultados do primeiro trimestre, a IGCP volta ao mercado obrigacionista. O Banco de Portugal (BdP) vai lançar o relatório de estabilidade financeira e serão conhecidos os resultados da OPS das obrigações da Mota-Engil após o fecho da bolsa.

Sonae apresenta resultados

A Sonae vai apresentar nesta quarta-feira os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre deste ano. No mesmo período no ano passado, a dona do Continente e da Worten registou um resultado líquido de 25 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, o que representa um crescimento de 0,4% face ao mesmo período do ano anterior.

IGCP volta ao mercado obrigacionista

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realiza, pelas 10h30, dois leilões de Bilhetes do Tesouro, a seis meses e a 12 meses, com maturidades a 21 de novembro de 2025 e 22 de maio de 2026, num montante indicativo global entre 1.250 milhões de euros e 1.500 milhões de euros.

Quais os principais riscos económicos que Portugal enfrenta?

O Banco de Portugal (BdP) vai lançar o relatório de estabilidade financeira com dados sobre garantia pública do primeiro trimestre do ano. O estudo será anunciado numa apresentação de imprensa às 12h00. Antes, o governador, Mário Centeno, também vai apresentar as contas da instituição.

BCP apresenta resultados

O BCP apresenta os resultados do primeiro trimestre deste ano numa conferência de imprensa pelas 17 horas, logo, após o fecho da bolsa, nesta quarta-feira. No mesmo período no ano passado, o banco registou lucros de 234,3 milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 8,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Resultados da OPS das obrigações da Mota-Engil

Após o fecho do mercado, a Euronext Lisboa vai realizar uma sessão especial para apresentar os resultados da operação pública de subscrição (OPS) e da oferta de troca das novas obrigações da Mota-Engil “Obrigações Mota-Engil 2030”. A taxa de juro fixa bruta desta emissão é de 4,5%. O novo empréstimo vai até 50 milhões de euros. A oferta destinou-se a particulares, mais precisamente pequenos investidores, sendo que o mínimo de investimento era de 2.500 euros.

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Recuperação de porto nos Açores vai custar 22,75 milhões. Fatura mais do que duplica

Obras no molhe comercial de Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, são financiadas por fundos europeus. O PT2020 suportou 7,06 milhões e o PT2030 vai financiar mais 11,4 milhões.

As obras para reparar o molhe comercial de Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, nos Açores, após o furacão Lorenzo, vão custar mais 11,4 milhões de euros. O prazo para a apresentação de candidaturas a esta obra termina esta quarta-feira.

O porto começou a ser reparado com verbas do Compete 2020 ainda em 2022. O objetivo era “aumentar as condições de operacionalidade e segurança do porto, minimizando as limitações existentes com impactos diretos e indiretos na eficiência e nas operações diárias, devido, sobretudo, às intempéries incorridas no passado, em especial o Furacão Lorenzo, mas também da configuração atual da supraestrutura que se mostra já limitadora e desadequada”, explica a ficha do projeto, atualizada em agosto do ano passado.

A atualização decorre do facto de o projeto ter sido dividido em duas fases. A primeira financiada pelo Compete no âmbito do Portugal 2020 e a segunda pelo Sustentável 2030 no âmbito do Portugal 2030. A primeira teve um apoio de 7,06 milhões de euros do fundo de Coesão, a que se somam 2,28 milhões de apoio financeiro público regional.

A descrição da obra era uma intervenção “na zona da cabeça do cais comercial”: remoção de blocos de betão partidos, regularização da zona e recarga de novos blocos, na zona do tronco do manto do molhe, remoção de tetrápodes que não estavam em condições. Estava também incluída a intervenção de remodelação do armazém existente, e melhorar os acessos para aumentar a eficiência e operacionalidade das atividades diárias.

Mas, no final de março deste ano, a Comissão Interministerial de Coordenação do Portugal 2030, liderada pelo ministro Castro Almeida, decidiu dar luz verde ao lançamento de um novo concurso para uma segunda fase das obras.

O concurso foi lançado um dia depois, a 25 de março e termina esta quarta-feira o prazo para a apresentação de candidaturas. Em causa estão 11,4 milhões de euros do Sustentável 2030.

Com uma taxa de comparticipação de 85%, vão ser financiadas as “intervenções de melhoria das condições de acessibilidades marítimas e portuárias, de reforço das condições de operação em portos incluindo equipamentos, contribuindo para o reforço da coesão territorial, para o alargamento da base económica regional, para a resistência às alterações climáticas”.

Fonte oficial do Compete garante que não há sobreposições, apenas um caso de “faseamento” do projeto entre dois quadros comunitários de apoio, tal como previsto nas regras. “O projeto referido não se encontra concluído e, assim, no encerramento do Compete 2020 (Fase 1), foi decidido que corresponde a uma operação faseada para o Sustentável 2030 (Fase 2). Decisão que tem por base o facto de este reunir as condições estabelecidas no artigo 118.º “Condições aplicáveis às operações sujeitas a execução faseada”, do Regulamento (UE) 2021/1060, de 24 de junho (Regulamento de Disposições Comuns)”, explicou fonte oficial. “Trata-se assim de uma única operação que será executada de forma faseada no Compete 2020 e no Sustentável 2030”, concluiu.

Com estas duas fases, a intervenção neste porto dos Açores vai custar 18,4 milhões de euros só em fundos comunitários. O investimento total ascende a 22,75 milhões.

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“Boas decisões” e previsibilidade põem Europa no top das preferências da JPMorgan

Crise criada pela política comercial norte-americana forçou os líderes europeus a tomar "boas decisões", que incluem grandes pacotes de investimento em infraestruturas, defesa e reindustrialização.

O mundo está a acordar. O dinheiro está a entrar na Europa“. Depois de investimentos de 20,5 mil milhões de dólares em grandes capitalizações europeias este ano, Jon Ingram, gestor de ações europeias da JPMorgan Asset Management (AM), garante que esta é uma “mudança fundamental” que vai trazer mais investidores para o Velho Continente. A previsibilidade de políticas, associada a “boas decisões” em termos de medidas para suportar a economia e taxas de juro mais baixas estão a formar um “cocktail” perfeito que favorece o investimento na região, acredita a gestora do banco norte-americano.

A chegada de Donald Trump à Casa Branca marcou uma viragem na política comercial mundial, com o republicano a ameaçar todos os países com as tarifas mais elevadas dos últimos 100 anos. Uma mudança que abalou a confiança dos investidores mundiais e deixou as empresas em “stand by“, com decisões de investimento congeladas, à espera de terem maior visibilidade sobre a implementação destas medidas.

Apesar destes anúncios terem sido seguidos por recuos e prazos para negociar, a incerteza e a volatilidade criadas pela nova administração norte-americana vão continuar a pressionar a negociação, reconhecem os gestores da JPMorgan, que apresentaram esta semana as suas perspetivas para os mercados, num encontro com jornalistas, em Londres. Embora se afastem de um “sell america” — ainda veem muito valor no maior mercado do mundo — , os responsáveis formam um coro para defender que a Europa é a região que apresenta as melhores condições para brilhar e é a que melhor está a armar-se contra os ataques de Trump.

Quase precisamos de uma crise de vez em quando porque unimo-nos e tomamos boas decisões

Karen Ward.

Chief market strategist, EMEA, JPMorgan Asset Management

Quase precisamos de uma crise de vez em quando porque unimo-nos e tomamos boas decisões”, realça Karen Ward. Para a chief market strategist para a EMEA, “a Europa está a tomar boas decisões e não devemos subestimar como as políticas estão a mudar“.

Confrontados com uma crise iminente, os líderes europeus tomaram a dianteira, anunciando medidas concretas para estimular a economia, com o anúncio de pacotes de investimento de milhares de milhões mantendo uma mensagem clara sobre a estratégia europeia. Isto ao mesmo tempo que o Banco Central Europeu (BCE) continua a ter margem para (mais) descidas de juros e os consumidores europeus têm dinheiro para gastar.

A política orçamental é muito mais forte que a política económica“, defende Karen Ward, argumentando que “subestimamos o impacto que os estímulos orçamentais têm na economia” e, depois de anos focados em reduzir a dívida, os países europeus têm capacidade para investir na economia, destacando o poderio do novo pacote de investimento da Alemanha, que prevê investir até 500 mil milhões de euros para investimentos urgentes em defesa e infraestruturas.

Quanto à política monetária, “as taxas estão a baixar e vão continuar [a baixar] porque o BCE está menos preocupado com a inflação e isso vai ajudar”, acrescenta. Já no que diz respeito aos EUA, a narrativa é outra, uma vez que há maior pressão no lado dos preços devido ao impacto das tarifas.

Mesmo assim, Karen Ward destaca que “há uma resiliência na economia dos EUA que não devemos ignorar“. “Podemos ver a economia abrandar mas não para uma contração significativa”, garante.

Progressos na guerra comercial

John Bilton, head of global Multi-Asset Strategy da gestora, também rejeita a ideia de “vender a América”. “Os EUA são excecionais em inovação, tecnologia. E isso não vai mudar tão cedo”, garante. “Não precisamos vender os nossos vencedores, mas sim diversificar“, atira.

O responsável nota que “começa a haver progressos” na guerra comercial — tarifas vão estabilizar em torno de 15%, acima dos anteriores 2,6% — e este tema vai começar a ter menor impacto, antecipando que, no resto do mundo, os “estímulos orçamentais vão compensar o impacto das tarifas”.

Alexander Whyte, gestor de ações europeias, refere que os estímulos orçamentais na Europa são o principal motivo que justifica o otimismo para a Europa. “Nos últimos anos os governos estiveram focados em reduzir défices, enquanto os EUA continuaram a gastar”, aponta, acrescentando que “vamos ver dinheiro a começar a entrar na defesa, reindustrialização e maior investimento em infraestruturas na Europa, o que vai ser um grande catalisador“.

“Além dos governos estarem a gastar mais, o BCE não está constrangido para não cortar mais juros, porque a inflação está a cair”, reconhece ainda.

Um terceiro ponto é, para o gestor, as poupanças, que continuam a aumentar na região e que poderão sustentar o aumento do consumo.

Bancos foram “incrível oportunidade”

Em termos de oportunidades, Jon Ingram considera que os bancos têm tido um bom desempenho, com o setor a vir de valores muito deprimidos, que se revelaram uma “incrível oportunidade”. “Os bancos tiveram que modernizar-se e tornar-se muito eficientes. Fecharam balcões, digitalizaram-se. A rentabilidade aumentou”, sintetiza.

O setor das tecnologias na Europa é outra área que, para os especialistas, está atrativa, assim como as pequenas e médias capitalizações europeias.

Temos uma visão muito positiva para a Europa, por causa da estabilidade das instituições. O BCE tem uma política monetária muito previsível, os líderes com uma comunicação muito clara”, reforça Patrick Thomson, Chief Executive Officer da JPMorgan AM. O responsável destaca que ter previsibilidade “torna a Europa interessante a longo prazo“, remata.

*A jornalista viajou a Londres a convite da JPMorgan AM

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Novo líder do PS só depois das autárquicas. Socialistas preferem dar a mão ao Governo de Montenegro

Vozes socialistas pedem tempo para escolher o novo secretário-geral, preferindo uma gestão transitória até às eleições locais. Carneiro repete candidatura, Mariana e Medina pressionados a ir a jogo.

Tropas socialistas começam a posicionar-se e querem falar a uma só voz para dar força e união na escolha do sucessor de Pedro Nuno Santos para a liderança do partido. A maioria pede tempo, uma profunda reflexão interna sobre as causas da hecatombe eleitoral de 18 de maio, preferem uma gestão provisória até às autárquicas, que se realizam no final de setembro ou início de outubro, e só depois um novo secretário-geral que, em diálogo, deixe passar o Governo de Luís Montenegro, fazendo uma cerca sanitária ao Chega.

A comissão nacional do PS, liderada pelo presidente do partido, Carlos César, reúne-se este sábado para marcar o calendário da sucessão. Pedro Nuno Santos abandona os comandos socialistas no mesmo dia, a 24 de maio, e César vai assumir interinamente a liderança até às diretas. Entre os potenciais candidatos que se perfilam está desde logo José Luís Carneiro, que já anunciou que vai disputar novamente o trono do Rato. Alexandra Leitão, que está na corrida à Câmara de Lisboa, já afastou uma eventual candidatura, preferindo dedicar-se às eleições locais. Também Duarte Cordeiro, da ala pedronunista colocou-se de fora. Mariana Vieira da Silva e Fernando Medina, delfins de António Costa, estão a ser pressionados para irem a jogo. A primeira não exclui entrar na corrida já o segundo prefere manter-se, por agora, em silêncio.

Aquele que perdeu as eleições internas há um ano para Pedro Nuno Santos, e que volta a candidatar-se, já se mostrou disponível para conversar com a Aliança Democrática (AD) – coligação PSD/CDS e deixar passar o programa de Governo, em nome da “estabilidade”, mas rejeita uma solução de bloco central, porque “seria prejudicial aos dois partidos subsumirem-se”, afirmou, esta segunda-feira, José Luís Carneiro, em entrevista à CNN Portugal.

Os apoiantes da candidatura do ex-ministro da Administração Interna, como Augusto Santos Silva ou João Soares, preferem uma eleição rápida antes das autárquicas, para que o partido possa estar organizado e estável aquando das eleições locais. O antigo presidente da Assembleia da República defende que o PS deve ter “cabeça fria” e uma “direção plenamente legitimada o mais depressa possível”, considerando que o partido deve inviabilizar qualquer tentativa de derrubar um Governo da AD, afirmou em declarações à Lusa, no rescaldo da pesada derrota do PS nas legislativas de domingo.

24º Congresso Nacional do PS - 05JAN24
José Luís Carneiro à chegada ao 24.º Congresso Nacional do PS, em janeiro de 2024Hugo Amaral/ECO

Vitalino Canas também considera que “quem estiver disponível deve apresentar-se o mais rapidamente possível”, porque “os candidatos do PS às autárquicas querem um partido organizado e estável”, justificou em entrevista à Rádio Renascença. “O melhor para o PS é um processo rápido de reestruturação da liderança para procurar ter o partido pronto a funcionar por altura do verão”, defendeu. No entanto, o antigo dirigente socialista alerta que a pressão não deve ser inimiga de uma “reflexão profunda” que o partido deve fazer, para regressar ao seu “código genético, à sua linha tradicional combatente pelo centro”, abandonada com a geringonça de António Costa.

Mas a maioria das vozes usa precisamente esse argumento, da necessidade de “reflexão profunda interna”, para pedir tempo e afastar precipitações na escolha do novo secretário-geral do PS. O próprio José Luís Carneiro admite que “há sempre a possibilidade de fazer a eleição, dando logo legitimidade ao novo secretário-geral e depois realizar o congresso com a eleição dos delegados depois das das eleições autárquicas”.

O ex-ministro das Finanças, Fernando Medina, que não se quer pronunciar ainda se irá ou não entrar na corrida à sucessão de Pedro Nuno Santos, entende que “haverá mais espaço para reflexão” caso as eleições internas se realizem depois das autárquicas. De lembrar que o socialista colocou-se de fora das listas para as legislativas de 18 de maio e foi contra o chumbo da moção de confiança que derrubou o Governo de Luís Montenegro. Divergências à parte, apareceu na campanha do PS a dar apoio a Pedro Nuno Santos, no grande comício da Aula Magna, em Lisboa.

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos e Fernando Medina durante o comício na Aula Magna, em Lisboa, 13 de maio 2025, no âmbito das eleições legislativas 2025Hugo Amaral/ECO

“Temos que ter tempo de reflexão e respeito pelo secretário-geral em funções pela campanha dura e resultado muito doloroso. Não me irei pronunciar nos próximos dias, creio que ainda não é o tempo. No dia a seguir às eleições, ainda há muita coisa a digerir”, disse à Renascença.

Mariana Vieira da Silva, que foi número dois do governo de maioria absoluta socialista de António Costa, também tem sido desafiada para entrar na corrida à liderança do partido e, para já, não afasta essa hipótese. “Nunca excluí. Estou disponível para, das mais diversas formas, ajudar o PS a encontrar um caminho que possa ser de união”, afirmou esta terça-feira, em entrevista à SIC Notícias.

Mas o partido precisa de tempo. “Isto não é uma corrida de 100 metros. Há a necessidade de uma profunda reflexão, o PS precisa de tempo e, para isso, estes primeiros dias serem marcados pela pressa não é útil. A pressa é inimiga de um processo alargado de discussão interna de quem se considera a pessoa mais capaz de fazer o duro trabalho que o partido tem pela frente. É preciso ter consciência da dimensão da derrota”, afirmou. E atirou umas larachas a José Luís Carneiro: “Só porque alguém já se candidatou no último congresso do PS tem um direito reforçado ou prioritário para ser líder do PS”.

Sobre o calendário das eleições internas, Mariana Vieira da Silva apontou que, numa primeira fase, o partido deve “ter eleições ainda antes do verão” e haverá “um congresso depois das autárquicas, porque o PS tem de se concentrar nas autárquicas”. As eleições locais, que se deverão realizar no final de setembro ou início de outubro, devem “ser a prioridade”. “Mas, na comissão nacional, veremos as sensibilidades e os candidatos”, completou.

Mariana Vieira da Silva durante o comício do PS na Aula Magna a propósito da campanha eleitoral para as Legislativas 2025Hugo Amaral/ECO

Também o ex-ministro da Educação e militante do PS, João Costa, advoga que o partido “deve encontrar uma solução interna de gestão que dirija a discussão e adiar eleições e a escolha de alguém para depois das eleições autárquicas, concentrando-se nesta campanha e neste debate”, escreveu num artigo de opinião publicado no Expresso.

“Uns focar-se-ão em personalidades, outros na questão da governabilidade, e ainda outros no ‘esquerdómetro’. É da natureza dos ciclos mediáticos e, em verdade, podem ser pontos importantes para o futuro imediato de um partido que precisa de se reconstruir e voltar a ser atrativo para o português médio. Não podemos, porém, permitir que nos quedemos pelo curto prazo e nos esqueçamos de preparar o futuro”, defende Miguel Matos, num artigo publicado na Sábado. O socialista foi responsável por coordenar os mini-estados-gerais do PS que prepararam o programa eleitoral com que Pedro Nuno Santos concorreu às legislativas.

Independentemente dos timings, todas as tropas socialistas estão unidas num ponto: é preciso estabilidade, deixar passar o Governo de Luís Montenegro e fazer uma cerca sanitária ao Chega. “O PS deve ser aquilo que sempre foi, um fator de estabilidade e de confiança no futuro. Temos de ter a capacidade de, em sede parlamentar, sermos capazes de assentar compromissos, PS e AD. E o PS deve ser claro na garantia de viabilização do Governo, porque é isso que os cidadãos nos pedem”, sublinha o antigo ministro da Administração Interna e atual membro da comissão política nacional do PS, José Luís Carneiro.

Fernando Medina também já acenou com a necessidade de entendimentos ao centro. Se a AD “der sinais de uma vontade de diálogo mais estrutural com o PS, o PS deve ter as portas abertas no sentido de assegurar uma solução de Governo [de Luís Montenegro], desde que exclua a extrema-direita da esfera da governabilidade”, defendeu em declarações ao canal NOW.

Aquele já foi apontado como putativo líder do PS salientou que “Luís Montenegro vai ter de fazer um caminho, vai ter de escolher se prefere ter o PS como seu interlocutor e, se o quiser, vai ter de ser claro em renegar a extrema-direita e as propostas da IL”.

Mariana Vieira da Silva é mais assertiva ao defender que, nesta fase, o PS deve deixar passar o Governo de Luís Montenegro. “Não vejo razões para o PS alterar a sua posição. Não faz sentido votar favoravelmente moções de rejeição, devemos olhar para o processo que temos pela frente. O PS tem tido uma posição que só vota favoravelmente moções de rejeição quando tem uma alternativa, como em 2015, e não vejo que o PS mude essa abordagem”.

Já sobre Orçamentos de Estado “é preciso esperar” para ver. “Temos experiência suficiente com a AD, precisamos de tempo para nos reorganizamos e isso tem de estar presente na cabeça de todos os socialistas”, frisou, não se comprometendo à partida com uma viabilização da proposta orçamental para 2026.

O eurodeputado socialista Francisco Assis, que afastou a hipótese de entrar na corrida às eleições internas, reforça a mesma tese: de que “há momentos em que os grandes partidos do espapo democrático-liberal têm de procurar entendimentos”. “Não estou a preconizar um Governo de bloco central como é o caso alemão. Acho que a haver um entendimento, tem de ser negociado”, acrescentou.

Mas foi mais longe do que Mariana Vieira da Silva ao entender que, à partida, “o PS deve viabilizar os próximos Orçamentos de Estado do Governo da AD”, defendeu esta terça-feira a partir de Bruxelas, em declarações à RTP3.

Para Assis, não há outra alternativa. “Ou é isso ou é a ingovernabilidade ou é atirar a AD para os braços do Chega”. Contudo, deu nota que, “se, em algum momento a AD der sinais de que privilegia a relação com o Chega, aí o PS tem de ter uma posição” diferente.

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PPR do Estado supera a concorrência do privado em 2024 e nos últimos 10 anos

Os ganhos de 5,21% em 2024 do Fundo dos Certificados de Reforma superaram em 1,14 pontos percentuais a concorrência direta dos PPR privados, mas a longo prazo ainda fica aquém das expectativas.

Em 2024, o Fundo dos Certificados de Reforma (FCR), mais conhecido como “PPR do Estado”, conseguiu bater a concorrência privada ao alcançar ganhos de 5,21%, superando os 4,07% obtidos pelos 106 Planos Poupança-Reforma (PPR) de nível de risco 3 disponíveis no mercado, segundo cálculos do ECO.

Este desempenho positivo do fundo gerido pela equipa de José Vidrago do Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS) destaca-se num período de consolidação da recuperação dos mercados, mas esconde fragilidades quando analisado num horizonte mais alargado.

As contas do FCR, publicados recentemente no relatório “Factos & Números 2024” e revelados no início do ano pelo ECO, espelham um fundo em crescimento que ultrapassou os 65 milhões de euros de ativo sob gestão no final do ano passado, mas que enfrenta desafios significativos na geração de retornos consistentes a médio e longo prazo, e até dificuldades em competir com as alternativas privadas em alguns horizontes.

A 10 anos, apesar de não apresentar um desempenho significativo, o PPR do Estado bate largamente a concorrência, alcançando uma rendibilidade anualizada de 1,06% contra apenas 0,27% dos PPR concorrentes diretos.

Segundo cálculos do ECO com base em dados da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), o PPR do Estado não consegue também bater os seus pares nos últimos três anos, apresentando uma rendibilidade anualizada de -1,34% contra perdas de 0,03% nos PPR de risco equivalente.

Também não consegue bater os seus pares num horizonte a cinco anos, com o FCR a registar uma rendibilidade anualizada de 0,11% contra 0,23% dos PPR sob a forma de fundos de investimento, seguros e fundos de pensões com o mesmo grau de volatilidade.

No entanto, num horizonte temporal mais alargado, a 10 anos, apesar de não apresentar um desempenho significativo, o PPR do Estado bate largamente a concorrência, alcançando uma rendibilidade anualizada de 1,06% contra apenas 0,27% dos PPR concorrentes diretos.

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Ações impulsionam ganhos de 2024

O desempenho positivo do FCR em 2024 deveu-se essencialmente ao comportamento das ações que, no final do ano passado, representavam 17,73% da carteira e valorizaram 26,58%. Como revela o relatório “Factos & Números 2024” do FCR, verificou-se um “forte desempenho das ações, em especial das empresas do setor tecnológico associado à Inteligência Artificial”.

Com uma exposição ao mercado acionista feita exclusivamente através de fundos cotados (também conhecidos por exchange-traded funds, ou simplesmente ETF), o FCR privilegiou a exposição a empresas dos EUA, que representavam 77% desta classe de ativos na carteira de ações, seguidos da Zona Euro com 11%.

Já as obrigações, que constituem a maior fatia do portefólio do PPR do Estado (cerca de 75% dos ativos), tiveram um contributo mais modesto para o desempenho de 2024. A carteira de dívida pública portuguesa, com um peso de 25,65% no fundo, valorizou 2,86%, enquanto a dívida OCDE excluindo a portuguesa (48,97% da carteira) apresentou um retorno praticamente nulo de 0,04%. Nesta carteira, a exposição ao mercado dos EUA também dominou com um peso de 52%, seguida por dívida do tesouro francês (14%), Alemanha e Itália (ambas com 13%).

O relatório do IGFSS esclarece que as “valorizações de obrigações foi apenas marginal, não acompanhando a redução das taxas de juro de curto-prazo”, o que explica o modesto contributo desta classe de ativos para o desempenho global.

A equipa de gestão liderada por José Vidrago também foi capaz de baixar o nível de volatilidade do PPR do Estado no último ano, que passou de um nível de 5,24% em 2023 para 3,96% no ano passado

Tal como sucede com o Fundo de Estabilidade Financeira da Segurança Social, também a gestão do PPR do Estado está, legalmente, condicionada na alocação da sua carteira por forma a garantir um “perfil de risco prudente e em conformidade com Regulamento de Gestão.” Entre os vários limites impostos está uma exposição máxima de 25% a ações e um limitem mínimo de 50% em títulos representativos de dívida pública, dos quais metade no mínimo são títulos de dívida pública portuguesa ou garantida pelo Estado português.

Apesar destas amarras, a gestão do FCR conseguiu destacar-se dos seus pares em 2024 — que se traduziu também num ganho de 5,67% para os aderentes com entregas mensais constantes nos últimos 12 meses. Mas não foi apenas no desempenho alcançado que a equipa de José Vidrago se destacou. O FCR foi ainda capaz de manter um custo de gestão reduzido, que em 2024 foi de apenas 0,08% do montante médio sob gestão.

Este valor é significativamente inferior à média dos fundos PPR privados, constituindo uma vantagem competitiva importante num produto financeiro de longo prazo. A contribuir para este nível de custos está a dimensão do fundo e a reduzida equipa que contribui para sua gestão, mas também um nível de rotatividade da carteira que tem baixado significativamente ao longo dos últimos três anos, apresentado no final de 2024 um índice de rotatividade perto de 0,2 (ou 20%). Significa que, em média, o FCR negociou perto de um quinto do seu património líquido. Em 2021, essa percentagem era superior a 100%.

A equipa de gestão liderada por José Vidrago também foi capaz de baixar o nível de volatilidade do FCR no último ano, que passou de um nível de 5,24% em 2023 para 3,96% no ano passado, que coloca o FCR no patamar dos PPR de nível risco 3, segundo os critérios de avaliação de risco da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP).

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Perfil dos aderentes e dos beneficiários do PPR do Estado

Criados em fevereiro de 2008 por iniciativa de Vieira da Silva, então ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, os Certificados de Reforma fazem parte do chamado Regime Público de Capitalização (RPC), um sistema complementar de poupança para a reforma.

Ao aderir ao RPC, os trabalhadores adquirem Certificados de Reforma através de contribuições mensais de 2%, 4% ou 6% da remuneração que serve de referência aos tradicionais descontos para a Segurança Social. Estas contribuições são geridas pelo IGFCSS através do Fundo dos Certificados de Reforma, que investe os montantes em diferentes classes de ativos segundo limites legalmente estabelecidos.

A 31 de dezembro de 2024, o RPC contava com 10.795 adesões totais, representando um aumento de 2,4% face ao ano anterior. Destes, 7.595 eram aderentes ativos, ou seja, realizavam entregas mensais regularmente. Os dados do IGFCSS revelam que o perfil típico do aderente ao RPC é um homem (56%), trabalhador por conta de outrem (74%), com idade entre 35 e 50 anos (59%), que contribui com 4% do seu salário (44%), aufere entre 1 e 3 vezes o Indexante de Apoios Sociais (55%) e reside em Lisboa ou no Porto (50%).

Os dados mais recentes do FCR, datados de 16 de abril de 2025, mostram que o fundo detinha cerca de 64,7 milhões de euros sob gestão, indicando uma queda relativamente ao final de 2024 como resultado de perdas de cerca de 0,8% no primeiro trimestre do ano.

Na componente de beneficiários, o relatório do IGFCSS revela que em 2024 o RPC ultrapassou os 3.400 beneficiários e que “tal como verificado em anos anteriores, a grande maioria dos beneficiários optou pelo resgate do capital acumulado, tendo sido restituídos em 2024 cerca de 3,2 milhões de euros.”

O volume total de capital acumulado restituído aos beneficiários desde o início do programa já atinge cerca de 27 milhões de euros. No final de 2024, existiam 57 beneficiários a receber um complemento mensal vitalício, tendo sido pagas rendas num montante de aproximadamente 53.500 euros durante o ano, para um total acumulado de rendas vitalícias de cerca de 275.000 euros.

Os dados mais recentes do FCR, datados de 16 de abril de 2025, mostram que o fundo detinha cerca de 64,7 milhões de euros sob gestão, indicando uma queda relativamente ao final de 2024. No primeiro trimestre de 2025, o FCR registou perdas de cerca de 0,8%, refletindo um início de ano mais desafiante nos mercados financeiros, particularmente em março, quando o PPR do Estado caiu quase 3%.

A evolução do FCR continuará a depender fortemente do comportamento dos mercados acionistas e obrigacionistas, bem como da capacidade da equipa de gestão para navegar num contexto de “riscos geopolíticos” que, como referido no relatório, continuam a incluir a guerra na Ucrânia, o conflito entre Israel e Hamas e a “instabilidade política na Alemanha e na França.

Apesar dos desafios, o FCR mantém-se como uma alternativa relevante para a poupança de reforma, especialmente para os trabalhadores que procuram um complemento ao sistema público de Segurança Social com custos reduzidos, ainda que os retornos a longo prazo continuem a não convencer e a ficar aquém da concorrência privada.

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Fragilidades na cadeia de minerais críticos ameaçam economia, alerta AIE

A Agência Internacional de Energia vê um forte crescimento na procura e oferta de minerais críticos como o lítio e o cobalto, mas alerta para fragilidades na cadeia de abastecimento.

A procura por minerais críticos tem crescido a olhos vistos, assinala a Agência Internacional de Energia (AIE). Uma “corrida” na qual o lítio se destaca, com um salto de 30% no ano passado. Contudo, com a oferta também em ascensão, os preços têm evoluído no sentido contrário, o que ameaça as decisões de investimento ao dia de hoje, acrescenta a AIE.

Isto, ao mesmo tempo que identifica fragilidades na cadeia de abastecimento e alerta para possíveis impactos nos preços para os consumidores e na competitividade da indústria, o que pede uma diversificação das fontes destes minerais.

Os minerais críticos emergiram como um assunto decisivo na salvaguarda da segurança energética e económica” num mundo marcado pelas tensões geopolíticas, afirma a AIE, ao mesmo tempo que alerta que os riscos para a segurança de abastecimento destes minerais estão a proliferar. Estas conclusões foram divulgadas esta quarta-feira, no âmbito do relatório “Perspetivas Globais para os Minerais Críticos 2025”.

No documento, a agência identifica uma “vulnerabilidade” a choques na cadeia de abastecimento, que podem ser causados por disrupções no comércio ou por falhas técnicas e até fenómenos meteorológicos extremos. “O impacto de um choque nos minerais críticos pode ter efeitos de largo alcance”, sejam eles preços mais elevados para os consumidores ou uma redução da competitividade industrial.

Um choque na cadeia de abastecimento das baterias pode aumentar os preços das mesmas entre 40% a 50% e, tendo em conta os desequilíbrios que já se verificam em termos de custos em diferentes geografias, disrupções nas cadeias de abastecimento podem acentuar a desvantagem de fabricantes de baterias face à China.

A AIE alerta ainda que, apesar de a diversificação ser fulcral para a segurança energética, “o mundo dos minerais críticos está a mover-se na direção oposta nos últimos anos”, em particular na refinação e processamento. Nesta atividade, a concentração geográfica aumentou em quase todos os minerais, em particular no níquel e cobalto, desde 2020.

Registou-se uma concentração de 86% na atividade de refinação em 2024, sendo que a China domina a refinação de 19 dos 20 minerais analisados. A projeção da AIE aponta para que em 2035 esta concentração tenha diminuído apenas para 82%.

O mesmo cenário de elevada concentração verifica-se quanto à atividade mineira, apesar de um pouco abaixo: República Democrática do Congo, Indonésia e China controlam 77% da mineração destes elementos críticos. “O lítio é uma exceção notável”, assinala, contudo, a agência, apontando a Argentina e o Zimbabué como motores do crescimento deste material.

Neste contexto, a agência internacional afirma que o normal funcionamento do mercado não será suficiente para levar a uma diversificação: políticas públicas com este objetivo são essenciais, assim como o investimento em novas tecnologias, com base por exemplo em inteligência artificial.

Lítio com crescimento forte. Mas preços dos minerais afetam investimento

A AIE assinala um “crescimento forte” da procura por minerais críticos relacionados com o setor da energia em 2024, sendo que o lítio aparece em destaque: a procura por este mineral disparou 30% em 2024, muito acima dos 10% que eram previstos em 2010. No entanto, a produção global superou este salto, ao crescer 35% no mesmo período.

O crescimento da procura por lítio, a par com o crescimento de até 8% da procura por cobalto, níquel e grafite, é justificado em grande “por aplicações em veículos elétricos, em baterias, nas renováveis e nas redes elétricas”. O setor da energia contribui para 85% do crescimento da procura por minerais críticos, calcula a AIE.

Apesar do salto na procura destes minerais, os preços evoluíram no sentido contrário, já que a oferta também expandiu significativamente. China, República Democrática do Congo e Indonésia lideraram este alargamento, em particular no que diz respeito aos minerais associados às baterias. Os preços do lítio decresceram 80% desde 2023, depois de multiplicarem por oito entre 2021 e 2022. Os preços do grafite, cobalto e níquel caíram entre 10 a 20% no ano passado.

Apesar das grandes expectativas para o crescimento futuro da procura, as decisões de investimento ao dia de hoje enfrentam incertezas económicas e de mercado significativas”, lê-se no relatório, que identifica um problema: “Os preços dos minerais à data e hoje não estão a dar o sinal de investimento”.

O momentum de investimento no desenvolvimento dos minerais críticos enfraqueceu em 2024, com a despesa a subir 5%, ou 2% em termos reais (ajustado à inflação), abaixo dos 14% registados em 2023. A exploração estagnou no ano passado, terminando a tendência de crescimento que se verificava desde 2020. Isto, embora existam diferenças entre minerais: a despesa na exploração de lítio subiu, a par da de urânio e cobre, embora tenha decrescido no caso do níquel, cobalto e zinco.

Espera-se que o mercado de lítio se mantenha bem fornecido no curto prazo, mas projetos de mineração adicionais serão necessários para responder ao crescimento contínuo da procura nos próximos anos”, lê-se no relatório, que estima a necessidade de novos projetos de mineração para dar resposta à procura prevista a partir de 2030.

A AIE identifica alguns projetos que considera importantes para a diversificação da extração e refinação de lítio, espalhados pela América do Norte, Austrália e Ásia, enquanto na Europa “permanecem limitados”. No Velho Continente, são destacados dois projetos, um na Alemanha e outro na Finlândia, e mencionados os “projetos estratégicos” identificados pela Comissão Europeia, nos quais se incluem os de mineração e refinação em Portugal e Espanha.

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Moody’s revê em alta rating do Novobanco

  • ECO
  • 20 Maio 2025

Moody's justifica a avaliação com “a melhoria significativa dos indicadores de qualidade dos ativos” e os "sólidos indicadores de rentabilidade".

A agência norte-americana Moody’s subiu o rating do Novobanco em “um nível, de baa3 para baa2”, mantendo a perspetiva positiva, segundo um comunicado enviado ao mercado esta terça-feira.

A Moody’s justifica a avaliação com “a melhoria significativa dos indicadores de qualidade dos ativos”, os “sólidos indicadores de rentabilidade” e “a maior capacidade de absorção de perdas, sustentada por níveis elevados de capital”, bem como “a melhoria da sua posição de financiamento e liquidez”.

A notação de depósitos de longo prazo do novobanco foi igualmente revista em alta, de A3 para A2, assim como a notação da dívida sénior unsecured, que passou de Baa2 para Baa1″, indica ainda a nota publicada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A decisão da Moody’s – que na passada sexta-feira não mexeu no rating de Portugal – também representa a subida do rating da dívida subordinada do banco para Baa3.

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Mariana Vieira da Silva admite entrar na corrida à liderança do PS

"Nunca excluí, estou disponível para ajudar o PS a encontrar um caminho de união", afirmou a ex-ministra e membro do núcleo duro socialista que é contra aprovar moções de rejeição ao Governo.

Mariana Vieira da Silva admite entrar na corrida à liderança do PS e suceder a Pedro Nuno Santos. “Nunca excluí. Estou disponível para, das mais diversas formas, ajudar o PS a encontrar um caminho que possa ser de união”, afirmou esta terça-feira a ex-ministra e membro do secretariado nacional do partido, em entrevista à SIC Notícias. A ex-ministra e membro do núcleo duro socialista defende ainda que o partido deve viabilizar o programa do Governo de Luís Montenegro, votando contra moções de rejeição.

Para já, o partido deve estar em profunda reflexão interna e não deve tomar decisões precipitadas. “Não vou dizer coisas contraditórias. Este processo tem de ser refletido, não me parece que tomar decisões numa terça-feira à noite seja útil. Estou disponível para o PS voltar a ter a confiança dos portugueses”, defendeu. Para Mariana Vieira da Silva, “isto não é uma corrida de 100 metros”.

“Há a necessidade de uma profunda reflexão, o PS precisa de tempo e, para isso, estes primeiros dias serem marcados pela pressa não é útil. A pressa é inimiga de um processo alargado de discussão interna de quem se considera a pessoa mais capaz de fazer o duro trabalho que o partido tem pela frente. É preciso ter consciência da dimensão da derrota”, afirmou.

Nesta fase, “não é compatível que cada um se apresente” como candidato à liderança do PS de forma autónoma. Questionado se isso é uma crítica a José Luís Carneiro, que já anunciou que vai voltar a entrar na corrida a secretário-geral, Mariana Vieira da Silva começou por reconhecer que “só porque alguém já se candidatou no último congresso do PS não tem um direito reforçado ou prioritário para ser líder do PS”. Carneiro “tem todo o direito de se candidatar”. “E até agradeço, mas o PS tem de refletir e precisamos de saber que mais pessoas estão disponíveis”, destacou.

A que já foi número dois do último governo de maioria absoluta socialista de António Costa lembrou que “o PS tem uma comissão nacional no sábado” e, “até sexta-feira, haverá “alguma clareza” sobre as candidaturas que se perfilam, revelou. “O que não me parece é que pessoas devam aparecer a dizer individualmente que estão ou não disponíveis. É preciso algum trabalho interno para garantir que o PS esta unido o suficiente”, defendeu numa clara crítica a José Luís Carneiro.

Sobre o calendário das eleições internas, Mariana Vieira da Silva apontou que, numa primeira fase, o partido deve “ter eleições ainda antes do verão” e haverá “um congresso depois das autárquicas, porque o PS tem de se concentrar nas autárquicas”. As eleições locais, que se deverão realizar no final de setembro ou início de outubro, devem “ser a prioridade”. “Mas, na comissão nacional, veremos as sensibilidades e os candidatos”, completou.

Mariana Vieira da Silva defende ainda que o partido deve viabilizar o Governo de Luís Montenegro, votando contra eventuais moções de rejeição, como aquela que já foi anunciada pelo PCP: “Não vejo razões para o PS alterar a sua posição. Não faz sentido votar favoravelmente moções de rejeição, devemos olhar para o processo que temos pela frente. O PS tem tido uma posição que só vota favoravelmente moções de rejeição quando tem uma alternativa, como em 2015, e não vejo que o PS mude essa abordagem”.

“No início do mês de junho”, os trabalhos parlamentares já deverão arrancar, por isso, a orientação do voto em relação ao programa do Governo será feita “nos órgãos do partido com toda a pluralidade, já que, nessa altura, o PS ainda não terá um secretário-geral eleito, esclareceu. De qualquer forma, salientou, “quem costuma dar a orientação de voto é a comissão politica”, mesmo existindo um líder.

Já sobre Orçamentos de Estado “é preciso esperar” para ver. “Temos experiência suficiente com a AD, precisamos de tempo para nos reorganizarmos e isso tem de estar presente na cabeça de todos os socialistas”, frisou, não se comprometendo à partida com uma viabilização da proposta orçamental para 2026.

Mariana Vieira da Silva confirmou ainda que Pedro Nuno Santos abandona os comandos do partido no sábado e que, a partir desse dia 24 de maio, é Carlos César, o presidente do PS, que assume interinamente a liderança.

(Notícia atualizada às 22h37)

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Dona do Jornal de Notícias abre programa para saídas voluntárias de trabalhadores

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

A empresa explica que a "história recente" impõe a "tomada de medidas para otimizar a sua estrutura de custos que permita assegurar condições de sustentabilidade".

A Notícias Ilimitadas, proprietária de títulos como o Jornal de Notícias (JN), a TSF e O Jogo, lançou um programa de rescisões por mútuo acordo para trabalhadores, justificando a medida com necessidade de “ajustar a estrutura de custos”. De acordo com uma comunicação interna, a que a agência Lusa teve acesso esta terça-feira, foi aberto um período para adesão a este programa, que termina em 15 de junho.

A empresa destacou que tem “uma história recente, mas recheada de acontecimentos adversos que somados às dificuldades herdadas e também aos desafios estruturais do setor, impõem a tomada de medidas para otimizar a sua estrutura de custos que permita assegurar condições de sustentabilidade”.

“É nesse quadro que a administração decidiu lançar um programa de rescisões por mútuo acordo com os trabalhadores que a ele desejem aderir, tendo em vista criar condições para ajustar a estrutura de custos, conciliando os interesses da empresa e dos seus trabalhadores”, destacou.

O programa de saídas voluntárias destina-se a trabalhadores com idades até 59 anos (inclusive), com contrato sem termo celebrado exclusivamente com a empresa Notícias Ilimitadas há mais de 12 meses e que estejam ao serviço na presente data, pode ler-se.

“Apenas poderão ser aceites as candidaturas de trabalhadores: que após avaliação da função exercida, mereça o acordo por parte da Empresa, que, deste modo, se reserva o direito de não as considerar; cuja saída não implique a sua substituição ou em que seja possível substituição interna”, refere ainda o email.

Sobre as condições deste programa, a empresa vai assegurar “para além dos chamados acertos de saída, um valor correspondente à indemnização legal em caso de despedimento, de acordo com as regras legais em vigor”, bem como “um prémio adicional correspondente ao valor de dois meses de retribuição mensal líquida (excluindo subsídio de refeição)”.

O negócio da venda do JN e TSF, entre outros títulos da Global Media à Notícias Ilimitadas foi fechado no final de julho de 2024.

 

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Coindu coloca em lay-off cerca de 250 trabalhadores em Famalicão

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

"Depois do encerramento da unidade da Coindu em Arcos de Valdevez, a empresa informa agora que irá levar a cabo mais um processo de lay-off na unidade de Joane", indica o SIMA.

A Coindu, indústria de componentes para o setor automóvel, vai colocar em lay-off cerca de 250 trabalhadores da fábrica de Joane, em Vila Nova de Famalicão, revelou esta terça-feira o sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA).

Em nota publicada na sua página de Facebook, o SIMA sublinha a sua “enorme preocupação” com a decisão da empresa comunicação que a empresa. “Depois do encerramento [em finais de 2024] da unidade da Coindu em Arcos de Valdevez, a empresa informa agora que irá levar a cabo mais um processo de lay-off na unidade de Joane”, refere o comunicado.

O sindicato diz que “tudo fará para que o processo da unidade de Arcos de Valdevez não se repita agora em Joane”. A fábrica da Coindu que estava instalada há 36 anos em Arcos de Valdevez parou a laboração em dezembro, deixando sem emprego 350 trabalhadores.

Na altura, o grupo rejeitou a transferência da produção daquela unidade para a Tunísia, referindo que o encerramento era “consequência do fim de vida do ciclo de produção dos veículos nomeados”. O grupo é especializado na produção de capas para assentos de automóveis e peças decorativas de superfície para interiores.

A Lusa tentou ouvir a administração da Coindu, mas sem sucesso.

 

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OMS aprova orçamento 21% abaixo do previsto devido a saída dos EUA

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

A OMS tinha inicialmente previsto um orçamento de 5,3 mil milhões de dólares para os próximos dois anos, mas foi obrigada a reduzi-lo em 21%, para 4,2 mil milhões de dólares.

Os países membros da Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovaram esta terça-feira o orçamento para o biénio 2026-2027, 21 por cento abaixo do previsto devido a dificuldades financeiras causadas sobretudo pela saída do principal contribuinte da agência, os Estados Unidos.

A OMS tinha inicialmente previsto um orçamento de 5,3 mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros) para os próximos dois anos, mas foi obrigada a reduzi-lo em 21%, para 4,2 mil milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros), devido à perda de contribuições.

O valor é também inferior ao orçamento base para o biénio 2024-2025, que era de mais de 4,9 mil milhões de dólares (4,3 mil milhões de euros), ao qual foram acrescentadas outras rubricas para emergências e programas especiais, elevando o total para 6,8 mil milhões de dólares (6 mil milhões de euros), dos quais os EUA contribuíram com mais de 10 por cento, segundo dados da OMS.

Juntamente com o novo orçamento, os membros da OMS aprovaram um aumento de 20 por cento nas contribuições obrigatórias de cada estado-membro, geralmente proporcionais à sua dimensão e desenvolvimento, de forma a reduzir a dependência das chamadas “contribuições voluntárias” e assim melhorar a previsibilidade das suas contas.

Já em 2022, os Estados membros aprovaram um aumento gradual de contribuições obrigatórias, com o objetivo de garantir que, no ciclo 2030-2031, metade do orçamento seja coberto por estas dotações estatais. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, revelou na segunda-feira, durante a abertura da assembleia, que as dificuldades financeiras da OMS vão obrigar a agência a reduzir para metade o número dos seus departamentos.

Os problemas de financiamento já afetaram os programas da OMS em todo o mundo, incluindo os de combate a doenças como o paludismo e a tuberculose, que matam centenas de milhares de pessoas todos os anos. O executivo do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também se recusou a pagar as quotas acordadas para 2024 e 2025, congelando praticamente toda a ajuda externa norte-americana, incluindo um apoio considerável a projetos de saúde em todo o mundo.

Os Estados Unidos cortaram 83% dos programas da agência de desenvolvimento norte-americana, a USAID, que era responsável por 42% da ajuda humanitária desembolsada em todo o mundo. Vários outros países reduziram igualmente as suas despesas de ajuda ao desenvolvimento. Em 10 de abril a OMS alertou para perturbações nos serviços de saúde em 70% das delegações nacionais inquiridas, “resultado das suspensões e reduções súbitas da ajuda pública ao desenvolvimento para a saúde”.

A OMS fez saber nessa comunicação que as avaliações feitas “suscitam a preocupação de efeitos potencialmente mais profundos e prolongados nos sistemas e serviços de saúde em todo o mundo, especialmente em contextos vulneráveis e frágeis” e apelam a uma “ação urgente”, bem como uma “resposta internacional”.

Nesse balanço realizado entre março e abril deste ano que envolveu 108 representações da OMS em vários países, sobretudo em países de rendimento baixo e médio-baixo, demonstra que os países estão a realocar financiamento proveniente de fontes internas e externas.

Perante esta situação, a OMS começou a refletir sobre a sua nova organização, que o seu diretor-geral apresentou no final de abril ao pessoal e aos Estados-membros. Ghebreyesus não disse quantos postos de trabalho seriam cortados, mas afirmou que o maior impacto seria esperado na sede da Organização em Genebra.

A equipa de gestão da sede deverá passar de 12 para sete membros e o número de departamentos de 76 para 34, afirmou então o diretor da agência da ONU.

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Novos sistemas de controlo de fronteiras já estão operacionais

  • Lusa
  • 20 Maio 2025

Os novos sistemas “estão 100% operacionais”, sem registo de qualquer interrupção ou quebra de serviço, indica o Sistema de Segurança Interna.

O Sistema de Segurança Interna (SSI) anunciou que ficou concluída esta terça-feira, com sucesso, a implementação dos novos sistemas ‘VIS4EES’, ‘Passe+’ e ‘Portal Fronteiras’ nas fronteiras aéreas e marítimas ao nível europeu.

Um comunicado conjunto de todos os organismos que compõem o SSI, anuncia que a “operação decorreu durante a última noite e foi considerada bem-sucedida” e que “todas as tarefas previstas foram executadas com sucesso, tanto do ponto de vista técnico, como operacional”.

A nota esclarece que “a monitorização da operação prosseguirá nos próximos dias, sempre com total articulação entre as entidades nacionais responsáveis pelo controlo de fronteiras e migração”.

Num balanço que considera positivo, o SSI garante que os novos sistemas “estão 100% operacionais”, sem registo de qualquer interrupção ou quebra de serviço durante o dia desta terça, tendo sido executada uma “validação eficaz dos componentes biométricos e da interoperabilidade entre as diferentes plataformas envolvidas”.

Destaca também que decorreu uma “otimização contínua do tempo médio de validação documental, sem comprometer os padrões de segurança, nem com impacto significativo nos tempos de espera face ao habitual”. O SSI explica que, como “próximos passos”, os resultados “serão analisados e ponderados com as instâncias nacionais e europeias competentes”.

“Este marco insere-se na estratégia de preparação de Portugal para o novo quadro europeu de controlo de fronteiras, garantindo maior inovação, maior interoperabilidade no espaço Schengen e maior segurança”, sublinha nota. Segundo o SSI, “o envolvimento coordenado de todas as entidades permitiu testar com sucesso a robustez, eficiência e escalabilidade das soluções implementadas, colocando Portugal num lugar de destaque a nível europeu no cumprimento desta operação”.

O SSI sublinha que estes sistemas “trazem uma gestão mais automatizada, rigorosa e eficiente da entrada e saída de cidadãos nacionais e estrangeiros no espaço Schengen, com impacto direto no controlo de vistos, registo biométrico e histórico de movimentos de cidadãos de países terceiros”.

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