Mário Carneiro troca Now por 24Horas. Vai liderar a operação

O pivot do canal de informação da MediaLivre vai integrar a administração do 24 Horas como chief operating officer do título promovido por José Paulo Fafe e relançado no início de junho.

O jornalista Mário Carneiro, um dos principais rostos do canal Now, vai liderar a operação do 24 Horas, título promovido por José Paulo Fafe e relançado no início de junho, numa primeira fase apenas em redes sociais.

O pivot do canal de informação da MediaLivre vai integrar a administração com chief operating officer, ou seja, vai liderar a operação, avança José Paulo Fafe ao +M.

“Mais do que uma contratação, eu vejo a vinda do Mário Carneiro como um regresso. O Mário esteve nos primórdios deste novo 24 Horas, foi com ele que há um ano e meio começámos a esboçar o que iria ser este projeto, e é com ele que nos iremos afirmar a breve trecho como uma multiplataforma de informação e entretenimento“, acrescenta.

Mário Carneiro, numa declaração por escrito, acrescenta que se trata de “um novo desafio que traz consigo funções de maior responsabilidade e uma exigência à qual venho habituado e que, ao longo da minha vida profissional, tem sido, permanentemente, um dos fatores que mais me mobiliza: fazer sempre mais e acreditar que podemos em cada dia fazer melhor”.

O 24 Horas, recorde-se, foi lançando no dia 2 de junho. Ana Cáceres Monteiro, diretora-geral da empresa e diretora da “plataforma de informação e entretenimento” — como se apresenta –detalhava na véspera que o lançamento implicou um investimento de 400 mil euros, que subirá aos dois milhões nos próximos seis meses.

Além de José Paulo Fafe, a título individual e através da Concept & Connected, o promotor é a AI Investments, liderada por Maurício Almeida, brasileiro radicado em Portugal, que assume uma posição maioritária.

A empresa de publicidade exterior DreamMedia, de Ricardo Bastos, e a Prime Energize Holding (António Mira) são os restantes acionistas, tendo Ana Cáceres Monteiro também uma participação.

Pretendemos crescer. Estamos neste momento com uma estrutura acionista fechada, mas que irá crescer nos próximos seis meses. Temos dois grupos de media interessados em participar e estamos em fases de negociação“, garantia a diretora do 24 Horas em entrevista ao +M.

Com Paulo Abreu e Rui Oliveira Marques como editores executivos, o projeto tem como jornalistas seniores Manuel Catarina, Isabel Laranjo e Ana Maria Simões. A estes juntam-se sete juniores. “Orgulhamo-nos de pagar acima da média, embora tenhamos uma equipa com muitos jovens”, dizia Ana Cáceres Monteiro.

Assumidamente com foco nas redes sociais, o projeto conta também com a colaboração de nomes como Francisco Seixas de Costa e Jaime Nogueira, Rui Calafate e Margarida Davim ou Francisco Rodrigues dos Santos. “Nestes primeiros dois anos, para esta estrutura que assumimos, estamos confortáveis”, assegurava em entrevista a diretora.

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Greve dos trabalhadores faz com que revista Caras não chegue as bancas

  • Lusa e + M
  • 25 Junho 2025

A revista Caras é o primeiro título do grupo dono da Visão a não chegar às bancas, devido à greve iniciada pelos trabalhadores na semana passada por falta de pagamento de salários.

A revista Caras não chegou às bancas esta quarta-feira. É o primeiro título da Trust in News (TiN), que detém outros títulos como a Visão ou a Exame, a repercutir os efeitos da greve dos trabalhadores iniciada na semana passada.

De acordo com o Sindicato dos Jornalistas (SJ), a uma semana de ter de pagar os salários de junho, a administração ainda não transferiu 75% dos vencimentos de maio, para além de ter em dívida subsídios de refeição e de férias.

O SJ afirmou ainda que a TiN tem exigido um esforço injusto às redações, que há um ano e meio tentam manter vivas várias revistas, apesar da “sangria contínua de profissionais e da instabilidade financeira a que tem sido votado quem fica”, no decurso de um longo processo de insolvência.

As redações em greve exigem um plano realista para a sustentabilidade da TiN, e a injeção de capital pelo sócio único Luís Delgado para a estabilização das contas.

Os trabalhadores da TiN iniciaram na sexta-feira uma greve por tempo indeterminado devido aos salários e subsídios em atraso. Reunidos em plenário, a 30 de maio, os trabalhadores já tinham aprovado recorrer à greve, caso não recebessem o salário e subsídio de refeição de maio e os 20% que ainda não tinham recebido referentes ao mês de abril. Embora os 20% do vencimento de abril e 25% do ordenado de maio já tenham sido liquidados, mantém-se em dívida 75% do vencimento de maio, o subsídio de alimentação e o subsídio de férias.

A greve dos trabalhadores conta com uma adesão a rondar os 80%, segundo o sindicato na segunda-feira, que garantiu também que a paralisação irá manter-se até ao pagamento dos salários em falta.

O SJ ressalvou também que administração da TiN insiste em “não apresentar respostas” e que com a aproximação do final do mês de junho ainda “só processou um quarto dos ordenados de maio”.

O plano de recuperação da empresa, apresentado por Luís Delgado e aprovado por 77% dos credores em maio, prevê a injeção de até 1,5 milhões de euros pelo acionista único. Segundo o documento, a TiN propôs aos credores um “compromisso de aporte de até 1,5 milhões de euros, faseadamente, e em função das necessidades da empresa para reforçar a tesouraria”, por parte do acionista único.

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Ataque informático à Segurança Social. PJ detém 45 suspeitos de lesar mais de 500 pensionistas

Os detidos são suspeitos de associação criminosa, burla informática, falsidade informática e acesso ilegitimo e indevido. O prejuízo sofrido ascende a 228 mil euros.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta quarta-feira 45 pessoas no âmbito de uma investigação por suspeitas de burla. Em causa o desvio de centenas de pensões que lesou centenas de utentes da Segurança Social Direta, que viram as suas prestações sociais desviadas para contas bancárias dos suspeitos. Em causa estão os crimes de associação criminosa, burla informática, falsidade informática e acesso ilegitimo e indevido e o prejuízo para as 531 vítimas identificadas até ao momento

De acordo com o comunicado divulgado pela PJ, o inquérito corre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e no âmbito da “Operação Constelações”, da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), foram realizadas 51 buscas domiciliárias em Lisboa, Porto, Coimbra, Setúbal e Bragança.

Edifício sede da Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa, 18 de julho de 2014. TIAGO HENRIQUE MARQUES/LUSAHENRIQUE MARQUES/LUSA

“De acordo com a investigação desenvolvida, pelo menos desde junho de 2024, a organização, constituída por vários grupos com ligações entre si, conseguiu aceder ilegitimamente às contas pessoais de centenas de utentes do serviço Segurança Social Direta e proceder à alteração do IBAN que estava registado para recebimento de diferentes prestações sociais (pensão de velhice, subsídio de desemprego, subsídio de doença, rendimento social de inserção e abono de família), que passaram a ser transferidas para contas bancárias controladas pelos suspeitos”, explicou a PJ.

Segundo a PJ, “foram identificadas até ao momento 531 vítimas, muitas delas especialmente vulneráveis, que necessitavam daqueles rendimentos para sua sobrevivência, ascendendo o prejuízo sofrido a cerca de 228 mil euros, apurado até agora“.

Os detidos, 35 homens e 10 mulheres, com idades compreendidas entre os 18 e os 39 anos, serão presentes ao Ministério Público.

A investigação começou com uma denúncia do Instituto da Segurança Social por ter detetado acessos ilegais à plataforma que gere os pagamentos de reformas aos pensionistas. O esquema consistia em acederem às páginas de centenas de cidadãos e alterarem no sistema os números das contas bancárias para as quais o valor das pensões é transferido mensalmente.

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Paulo Portas vai ser administrador da corretora de seguros MDS

José Manuel Dias da Fonseca, CEO global do grupo MDS, anuncia alterações na administração com a entrada do consultor Pierre Debourdeau e do ex-ministro Paulo Portas.

A MDS SGPS, holding do grupo corretor de seguros detido pela britânica Ardonagh, vai ter uma nova estrutura do Conselho de Administração para a sua participada MDS Portugal, que passa a contar com uma comissão executiva e uma equipa não executiva. As mudanças foram anunciadas por José Manuel Dias da Fonseca, CEO Global da MDS e CEO da Brokerslink, uma rede mundial de 56 corretoras independentes que está presente em 133 países.

José Manuel Dias Fonseca, CEO do Grupo MDS, reforçou administração para as atividades em Portugal.Hugo Amaral/ECO

O conselho passou a integrar dois novos membros: Pierre Debourdeau, Managing Partner da Eurogroup Consulting Portugal, que assumiu a presidência do Conselho, e Paulo Portas, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e ex-vice-primeiro-ministro português que será administrador não executivo.

Já a comissão executiva, atualmente composta pelo COO internacional Ricardo Pinto dos Santos, na qualidade de CEO, pelo COO Portugal Mário Vinhas e pela jurista Ana Cristina Borges, passa agora a contar também com Andreia Dias, até agora diretora-geral de Riscos Empresariais, com mais de 20 anos de presença na empresa.

Os atuais administradores José Diogo Silva, CFO do grupo, e João Alvadia, CEO da MDS Africa, passam a não executivos na MDS Portugal, tal como Dias da Fonseca.

O grupo MDS desenvolve os negócios da Ardonagh na Ibéria, África e América Latina, prevendo chegar aos 3 mil milhões de euros de volume de negócios em 2025. A MDS Corretora liderou o ranking das corretoras de seguros no mercado português com cerca de 42 milhões de euros de comissões, segundo dados de 2023 e emprega 350 pessoas.

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Incêndios causaram prejuízos de 67 milhões na floresta em 2024. Despesa do Estado em máximo de seis anos

  • Lusa e ECO
  • 25 Junho 2025

Relatório do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais faz contas aos impactos para a economia e estima que a despesa do Estado chegou aos 638 milhões no ano passado. Leia as principais conclusões.

Os incêndios rurais de 2024 provocaram 16 mortos, dezenas de habitações e indústrias destruídas, um prejuízo de 67 milhões de euros na floresta e a emissão de 0,69 megatoneladas de dióxido de carbono, o mais elevado desde 2017.

Os dados constam do relatório de 2024 do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) que a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) entregou hoje no parlamento e ao Governo.

“Apesar deste conhecimento e da prontidão dos meios materiais e humanos, houve perdas significativas num conjunto de comunidades, que viram ocorrer 16 vítimas mortais, dezenas de habitações e indústrias destruídas ou danificadas, e mais de 135 mil hectares ardidos, com um valor estimado de 67 milhões de perdas, a que acresce, ainda, a emissão de 0,69 megatoneladas de equivalente a dióxido de carbono, o valor mais elevado desde 2017”, destaca o documento.

Os 16 mortos – nove operacionais, quatro vítimas de queimadas e doenças súbitas e três vítimas diretas – registados em 2024 foram o maior número desde 2017, quando morreram nos fogos 119 pessoas.

Segundo o documento, a perda total de valor económico, incluindo materiais (madeira, resina, cortiça), biomassa para energia, frutos e carbono armazenado, atingiu cerca de 67 milhões euros no ano passado, afetando 2,36 milhões de metros cúbicos de madeira.

A AGIF avança que os maiores prejuízos foram em madeira, resina e cortiça (48,5 milhões de euros), seguidos por carbono armazenado (15,8 milhões de euros), biomassa para energia (2,4 milhões de euros) e frutos (357 mil euros).

Aquela entidade refere igualmente que em 2024 os incêndios rurais resultaram na emissão de 686.090 toneladas de carbono, o maior volume do período 2018-2024, mas ainda assim abaixo (-11%) do valor médio do período 2001-2017 com 717.557 toneladas.

No ano passado foram registadas 6.255 ocorrências de fogo, representando uma redução de 17% relativamente a 2023, enquanto a área ardida foi de 137.667 hectares, quatro vezes mais do que no ano anterior.

O relatório indica que 92% da área ardida durante todo o ano de 2024 foi registada no mês de setembro, evidenciando estes valores “a necessidade de reforçar estratégias de mitigação, sobretudo perante cenários meteorológicos extremos, que se verificaram em setembro, e que potenciaram a elevada severidade verificada”.

A AGIF frisa que o total de 137.651 hectares ardidos em 2024, ultrapassou em mais do dobro o limite anual de 60.000 hectares previstos no PNGIFR (Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais).

O mesmo relatório dá também conta que a concentração de área ardida em setembro afetou sobretudo as regiões Norte e Centro, onde 71% e 75% da área ardida, respetivamente, ocorreram em dias de meteorologia severa, contrastando com a menor severidade observada nas restantes regiões.

Para a AGIF, estes dados sublinham a necessidade de estratégias regionais diferenciadas, com foco na prevenção e resposta rápida nas áreas mais críticas do Norte e Centro.

Ao contrário do que vinha acontecendo desde 2018, o incendiarismo destacou-se como o principal responsável pela área ardida, indicando o documento que as investigações permitiram concluir que o fogo posto esteve na origem de 84% da área ardida, ou seja, de uma área de 84.242 hectares.

Nesse sentido, a AGIF sugere medidas para “mudança de comportamentos” e “dar prioridade às medidas de prevenção do alcoolismo, dependências e saúde mental, no controlo e acompanhamento de reincidentes e na vigilância de comportamentos, com visibilidade e capacidade de dissuasão”.

“Na dimensão social, a proporção de danos causados pelo incendiarismo, responsável por 50% da área ardida no Norte e 75% no Centro, vem exigir, mais uma vez, que as entidades públicas se concentrem nas medidas de prevenção e vigilância de comportamentos, com reforço na sua capacidade de dissuasão. Por outro lado, a redução do número de ocorrências estará a alterar em baixa a perceção do risco não apenas junto das populações, mas também dos decisores, o que poderá comprometer a prioridade dada à prevenção dos incêndios rurais”, conclui o relatório.

Despesa do Estado com sistema de fogos rurais chegou aos 638 milhões

A despesa do Estado com o sistema de fogos rurais totalizou 638 milhões de euros no ano passado, o valor mais elevado desde 2018, quando foram introduzidas alterações e dada prioridade à prevenção, segundo apontou o mesmo relatório.

A Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) destaca, no relatório de 2024, que o ano passado foi aquele “em que mais verbas foram despendidas no sistema, com 638 milhões de euros no total, mais 155 milhões de euros face a 2023, dos quais 308 milhões de euros do Orçamento do Estado (48%), foram em muito explicados pelo aumento na prevenção (+92 milhões de euros)”.

O relatório destaca que 2024 foi “o ano de maior investimento” no Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) após os incêndios de 2017, com uma despesa executada 4,5 vezes superior a 2017. A AGIF especifica que a prevenção recebeu igualmente apoio do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Em termos financeiros, a mudança estrutural, entretanto, ocorrida, revela-se também na evolução da despesa desde 2018 com uma completa alteração de paradigma, com a prioridade atribuída à prevenção: 354 milhões de euros em 2024 vs 28 milhões de euros em 2017 o que acabou por representar uma evolução do peso relativo face ao combate de 20% em 2017 para 55% em 2024″, salienta o relatório hoje entregue no parlamento e ao Governo.

No entanto, segundo a AGIF, no ano passado também se registou um crescimento de 63 milhões de euros nas verbas para o combate centrado na constituição de capacidade própria e locação de meios aéreos e no financiamento dos bombeiros.

O documento dá conta que o dispositivo aéreo gerido pela Força Aérea soma 128 milhões de euros em 2024, mais 31% do que em 2023, representando um peso de 18% no total do sistema, e que reflete o reforço ocorrido desde 2017.

De acordo com o relatório, a maior parcela desta despesa, 78 milhões de euros relaciona-se com a aquisição de serviços de locação, operação e manutenção dos meios, pagos via Orçamento do Estado (OE), sendo que os restantes 50 milhões de euros representam o reforço da capacidade permanente de meios aéreos do próprio Estado, financiados maioritariamente pelo RescEU (mecanismo europeu de proteção civil) e PRR.

As despesas reportadas pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), suportadas principalmente através do Orçamento do Estado, representam 16% da despesa do SGIFR, 103 milhões de euros, um acréscimo de 38% (+28 MEuro) face a 2023.

Segundo o relatório, este acréscimo da despesa associada à ANEPC é essencialmente pela aquisição de veículos e equipamentos para os bombeiros (+21 milhões de euros), suportados na maioria pelo PRR, assim como o aumento da despesa associada ao DECIR (+10 milhões) suportada via OE.

Também a participação da GNR nas diferentes fases do SGIFR em 2024, representou também um acréscimo de 15 milhões de euros, suportados pelo OE.

No documento, a AGIF recomenda que esta crescente disponibilidade financeira produziria melhores resultados “se existisse uma articulação integrada dos vários fundos e do Orçamento do Estado”, defendendo também um reforço da capacidade de gestão mais próxima das populações e acesso simplificado, um modelo já ensaiado anteriormente.

Fogos de setembro expuseram “fragilidades crónicas” do sistema

Por outro lado, aponta o mesmo relatório da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) que os incêndios de setembro de 2024 expuseram “fragilidades crónicas” do sistema ao nível da cooperação entre entidades nacionais e regionais e no comando e controlo das operações.

“A resposta apresentou ainda algumas debilidades, nomeadamente na capacidade instalada para gerir com eficácia em simultâneo vários eventos complexos, agravadas pela incompleta gestão dos espaços rurais, necessidade de mais fiscalização, sobretudo nas zonas de interface urbano-rural e também de programas mais eficazes de segurança comunitária”, escreve a AGIF no relatório de 2024 do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) hoje entregue na Assembleia da República e ao Governo.

No documento, a AGIF, liderada por Tiago Oliveira, sublinha que apesar de o alerta de risco extremo ter sido emitido com 72 horas de antecedência, nos incêndios de setembro de 2024 registaram-se “problemas na coordenação estratégica”, que “limitaram a preparação”, e criaram dificuldades “na cooperação entre entidades nacionais e regionais” que “dificultaram a organização dos recursos”.

Aquela entidade considera também que “os eventos extremos de setembro destacaram a vulnerabilidade do sistema a picos de severidade meteorológica, apesar da tendência geral de redução no número de dias de elevado risco”.

“No entanto, os incêndios de setembro expuseram, mais uma vez, fragilidades crónicas, como assegurar capacidade de antecipação, planeamento e comunicação, assegurar comando e controlo das operações, das múltiplas equipas envolvidas, garantindo especialização e o emprego das técnicas perimetrais com ferramentas, fogo e maquinaria e reforçar a qualidade da decisão na gestão dos recursos de vigilância, supressão e logística”, precisa o relatório.

A AGIF destaca os “avanços e resultados positivos” no SGIFR nos últimos cinco anos, mas os incêndios de setembro de 2024 “vieram expor fragilidades crónicas” já identificadas em relatórios anteriores e que “não permitem, ainda, assegurar a visão até 2030 de um Portugal protegido de incêndios rurais graves”.

No documento, a AGIF fala “de um sucesso coletivo na diminuição acentuada de ignições e da frequência de grandes incêndios”, no entanto alerta que em algumas regiões densamente arborizadas, como o Norte e o Centro litoral, o abandono de terras e a insuficiente gestão florestal conduziram “a resultados dramáticos”, sobretudo na sequência de incêndios não extintos no ataque inicial.

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Israel declara banco central iraniano como organização terrorista

  • Lusa
  • 25 Junho 2025

Ministro da Defesa israelita diz que Banco Central do Irão canaliza milhares de milhões de dólares para o terrorismo. Trump rejeita que Teerão consiga voltar a enriquecer urânio a curto prazo.

Israel classificou oficialmente o banco central do Irão como uma organização terrorista, anunciou esta quarta-feira o ministro da Defesa israelita, Israel Katz.

Um dia após o cessar-fogo entre o Irão e Israel, o gabinete de Katz afirmou que o ministro tinha registado o banco central iraniano, juntamente com outros bancos do país, como organização terrorista.

Em comunicado, o gabinete do ministro da Defesa referiu ainda que esta medida sobre o banco central do Irão faz parte de uma campanha mais vasta de Israel contra o regime de Teerão.

Segundo o ministro, o Banco Central do Irão funciona como uma via que canaliza milhares de milhões de dólares para o terrorismo.

Katz indicou que o regime de Teerão financia através da Guarda Revolucionária Iraniana – a força militar de elite -, grupos como o Hezbollah (Partido de Deus) no Líbano, as forças huthis no Iémen, as milícias xiitas no Iraque, o Hamas e fações armadas na Cisjordânia.

“Nenhum elemento do regime que lida com o terrorismo tem imunidade”, afirmou Katz.

A 13 de junho, Israel lançou um ataque sem precedentes contra o Irão, com o objetivo declarado de impedir o país de fabricar armamento nuclear. Teerão sempre negou a existência de um programa nuclear com objetivos bélicos.

As forças de Israel, apoiadas pela aviação dos Estados Unidos, atacaram instalações militares ou ligadas ao programa nuclear iraniano e atingiu o Estado-Maior das Forças Armadas.

Trump rejeita que Teerão consiga voltar a enriquecer urânio a curto prazo

Também esta manhã, o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, considerou que o cessar-fogo entre Israel e o Irão vai continuar e rejeitou que Teerão consiga para já reconstruir o seu programa nuclear.

“A última coisa que [os iranianos] querem fazer agora é enriquecer [urânio], agora querem recuperar” dos bombardeamentos dos EUA e de Israel a instalações nucleares iranianas, disse Donald Trump, à entrada para a cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Haia, nos Países Baixos.

Donald Trump acrescentou que os Estados Unidos da América não vão permitir que Teerão volte a enriquecer urânio para utilizar no programa nuclear.

“Podem tentar fazê-lo no futuro, não sei, mas agora não vão fazê-lo […], sabem que vamos lá, acho que foi uma tremenda vitória para todos, até para o Irão”, comentou.

Sobre o cessar-fogo entre Israel e o Irão que o próprio Presidente dos Estados Unidos da América anunciou na segunda-feira nas redes sociais, Donald Trump disse que “está a ir muito bem”.

“Israel avançou porque sentiu que havia uma violação [de segurança]. Tecnicamente, Israel tinha razão, mas não ia correr muito bem para eles”, acrescentou.

Esta quarta-feira, citado pela agência AP, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do regime de Teerão reconheceu, pela primeira vez, que as instalações nucleares do Irão foram “muito danificadas” pelos bombardeamentos conduzidos pelas forças norte-americanas.

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PJ e polícia espanhola desmantelam um dos maiores laboratórios de cocaína de Badajoz

  • Lusa
  • 25 Junho 2025

Investigação começou com alerta da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária às autoridades espanholas. Detidas sete pessoas ligadas ao tráfico de droga.

A Polícia Judiciária e a Polícia Nacional de Espanha desmantelaram em Badajoz um dos maiores laboratórios de extração, transformação e empacotamento de cocaína daquela região, tendo detido também sete pessoas ligadas ao tráfico de droga.

A detenção ocorreu na semana passada, em 19 de junho, depois de uma investigação que começou com o alerta dado pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ às autoridades espanholas, avança o gabinete de comunicação da polícia portuguesa.

A PJ alertou as autoridades espanholas para “a possibilidade de um camião carregado com produtos químicos poder entrar em território espanhol através de Badajoz“, tendo as duas polícias dado início a uma “discreta operação de vigilância na rodovia A-5”, onde localizaram o camião a entrar no complexo industrial “El Nevero”, em Badajoz.

Ali, o camião descarregou uma “grande quantidade de bidões, com produtos químicos”, acrescenta a PJ, revelando que os suspeitos adotaram “medidas extremas de segurança”, utilizando diferentes dispositivos para evitar a sua geolocalização.

No entanto, os investigadores conseguiram localizar o local onde funcionava o laboratório de extração, transformação e empacotamento de cocaína.

Nas buscas domiciliárias, as polícias encontraram cerca de 46 quilos de cocaína embalada e pronta para vender, assim como 20 quilos de cocaína em processo de decantação e mais de cem bidões com substâncias químicas (acetonas).

Foram também encontrados bloqueadores de frequência, detetores de rastreadores e vários telemóveis, assim como nove veículos de gama alta.

“Os sete detidos, todos homens, com idades compreendidas entre os 25 e os 47 anos, alguns com antecedentes criminais, foram entregues à autoridade judiciária competente, tendo ficado em prisão preventiva”, acrescenta o gabinete de imprensa da PJ.

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Euribor desce a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 25 Junho 2025

Com as alterações desta quarta-feira, a taxa a três meses, que baixou para 1,993%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,036%) e a 12 meses (2,084%).

A Euribor desceu esta quarta-feira a três, a seis e a 12 meses, no prazo mais curto para menos de 2%, em relação a terça-feira. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 1,993%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,036%) e a 12 meses (2,084%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou esta quarta-feira, ao ser fixada em 2,036%, menos 0,005 pontos. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril indicam que a Euribor a seis meses representava 37,61% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,46% e 25,60%, respetivamente.

  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também caiu, ao ser fixada em 2,084%, menos 0,026 pontos do que na terça-feira.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que esteve abaixo de 2% entre 30 de maio e 12 de junho, baixou esta quarta-feira, para 1,993%, menos 0,004 pontos que na terça-feira e menos de 2% pela segunda sessão consecutiva.

Em maio, as médias mensais da Euribor voltaram a cair nos três prazos, menos intensamente do que nos meses anteriores e mais fortemente no prazo mais curto (três meses).

A média da Euribor em maio desceu 0,162 pontos para 2,087% a três meses, 0,086 pontos para 2,116% a seis meses e 0,062 pontos para 2,081% a 12 meses.

Na última reunião de política monetária em 04 e 05 de junho em Frankfurt, o Banco Central Europeu (BCE) desceu as taxas de juro em 0,25 pontos base, tendo a principal taxa diretora caído para 2%.

Esta descida foi a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, deverá ser a última deste ano.

A próxima reunião de política monetária do BCE está marcada para 23 e 24 de julho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Nos 40 anos do BCP, Miguel Maya promete “remunerar regularmente” os mais de 120 mil acionistas do BCP

Atual CEO lembra percurso de quatro décadas que também teve momentos “menos positivos” e em que o banco soube “sempre transformar experiência em conhecimento”, o que o tornou “mais ágil e forte”.

No dia em que passam exatamente 40 anos desde a constituição do Banco Comercial Português (BCP), o atual presidente da comissão executiva, Miguel Maya, enviou uma carta aos colaboradores da instituição que “por mérito próprio se afirmou em Portugal e nas geografias em que opera” e que, mesmo nos momentos “menos positivos”, diz ter sabido “transformar experiência em conhecimento” tornando o banco “mais ágil e forte”.

Nesta nota, a que o ECO teve acesso, o presidente do BCP lembrou o grupo inicial de promotores, comandado por Américo Amorim, e de gestores e executivos liderados por Jardim Gonçalves, prometendo para futuro “ambição e determinação em servir mais e ainda melhor os clientes, em atrair e valorizar mais os trabalhadores que se destacam pelo seu talento e compromisso com o banco e em remunerar adequadamente e regularmente o investimento dos acionistas”.

Leia na íntegra a carta enviada aos colaboradores do banco.

Rumo ao Futuro, 40 anos a Evoluir.

Bom dia!

Há quarenta anos, no dia de 25 de junho de 1985, um grupo de promotores, liderados pelo presciente empresário Américo Amorim, e um grupo de gestores e executivos de referência no setor financeiro, liderados pelo Eng.º Jorge Jardim Gonçalves, fundavam o Banco Comercial Português.

Mário Soares, primeiro-ministro (demissionário) à data, salientou na sua intervenção realizada na cerimónia da constituição do Banco, cito: “é com alegria que vejo um grupo de empresários abalançarem-se num projeto de tão grande importância para o futuro de Portugal”. A importância do BCP para a economia portuguesa confirmou-se. Assim foi, assim está a ser, assim continuará a ser, pois estamos determinados em dar continuidade ao legado que milhares de profissionais edificaram ao longo destas quatro décadas.

Celebramos hoje o 40º aniversário do lançamento de um Banco que por mérito próprio se afirmou em Portugal e nas geografias em que opera, com especial destaque para a Polónia e Moçambique, como uma referência indelével em matéria de inovação e de qualidade nos serviços que presta aos Clientes através de uma combinação simbiótica de enorme sucesso entre o atendimento humano e a tecnologia.

Ao longo destas quatro décadas crescemos por via orgânica e através de aquisições de prestigiadas marcas. Vivemos momentos bons e outros menos positivos, alguns mesmo muito desafiantes, como sucede com todas as organizações que perduram no tempo, atravessam múltiplos ciclos económicos e atuam em setores críticos para o desenvolvimento económico e social. Ao longo destes 40 anos muito aprendemos. Soubemos sempre transformar experiência em conhecimento, o que nos tornou mais ágeis, mais fortes e nos faz evoluir.

Construímos juntos um percurso notável, demonstrando resiliência perante os desafios e adaptando-nos com agilidade aos novos tempos com que nos fomos deparando, conseguindo com assinalável sucesso criar, manter e reforçar o compromisso com os Clientes que servimos e que nos distinguem com a sua preferência.

Alimentámos sempre a paixão pela inovação, a qual se assume como o elixir da vitalidade do BCP desde a primeira hora, e alcançámos uma robusta posição de capital, a qual nos permite afirmar com satisfação sermos o Banco Comercial de referência das famílias e das Empresas, ao que acresce sermos o único Banco em Portugal com uma estrutura de capital aberta; o único Banco cotado em Bolsa em Portugal.

Uma palavra de especial apreço para os acionistas que investiram e investem em nós, desde logo aos 205 acionistas fundadores e aos mais de 120.000 acionistas que o BCP atualmente tem, com destaque para a Fosun e para a Sonangol. A todos eles agradecemos por acreditarem na nossa capacidade para criar valor, gerar e partilhar prosperidade, respeitando os sólidos valores que pautam a nossa cultura empresarial e enquadram as nossas atuações. Permito-me destacar também o relevante contributo do Dr. Nuno Amado no âmbito do processo de recuperação, normalização e agora de crescimento do Banco, quer na qualidade de CEO quer posteriormente como Chairman, pois teve um papel central em diversos momentos muito marcantes da vida do Banco, dos quais todos temos memória.

O caminho percorrido foi bem-sucedido por contarmos com Equipas que integram profissionais de excelência, em termos de talento, atitude e capacidade de concretização, por contarmos com pessoas que conjugam qualidades profissionais e valores pessoais que permitem que a vasta maioria dos trabalhadores pautem as suas atuações, programadas ou espontâneas, respeitando a cultura e os valores do BCP.

Em 2025, com o Plano Estratégico ‘Valorizar’, iniciámos um novo capítulo da vida do BCP, no qual fica expressa a nossa ambição e determinação em servir mais e ainda melhor os Clientes, em atrair e valorizar mais os Trabalhadores que se destacam pelo seu talento e compromisso com o Banco, em remunerar adequadamente e regularmente o investimento dos nossos Acionistas.

Felicito nesta data especial todos os que contribuíram ativamente para a notável evolução do Banco ao longo destes 40 anos, convicto que se continuarmos a desenhar o futuro tendo sempre como pedra angular o valor que criamos para e com os Clientes, se soubermos continuar a atrair e desenvolver profissionais de excelência, se continuarmos a saber utilizar a tecnologia ao serviço das pessoas, seremos sempre capazes de superar os desafios com que nos depararmos e permaneceremos promotores (palavra tão bem escolhida pelos fundadores: aqueles que promovem, fomentam, impulsionam) relevantes do desenvolvimento económico de Portugal e dos países e comunidades em que o Millennium está presente.

É para mim e para todos os meus colegas da Comissão Executiva, seguro que também o é para os membros do Conselho de Administração e demais Órgãos Sociais, um enorme orgulho servir convosco no Millennium. É um gosto ter a oportunidade de contribuir para se honrar o legado de todos os que com a sua visão, com o seu investimento, com o seu talento e intenso trabalho contribuíram e contribuem de forma decisiva para o sucesso desta nossa casa, desta notável empresa que é o Banco Comercial Português.

Parabéns!

Miguel Maya
Presidente da Comissão Executiva
Banco Comercial Português, S.A.

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Tesouro corta desconto no crédito bonificado para compra de casa

Taxa de juro de referência vai baixar 0,612 pontos, de 3,175% para 2,563%, no segundo semestre do ano, para os empréstimos dos regimes bonificados que se destinam a pessoas portadoras de deficiência.

O Estado decidiu cortar em 0,612 pontos percentuais o desconto nos juros dos créditos bonificados para compra de casa que se destinam a pessoas portadoras de deficiência.

A taxa de referência para o segundo semestre de 2025 baixou de 3,175% para 2,563%, refletindo a trajetória de descida da taxa Euribor a seis meses, segundo um aviso assinado pela diretora-geral da Entidade do Tesouro e Finanças, José Manuel de Matos Passos, e publicado esta quarta-feira em Diário da República.

“A taxa de referência para o cálculo das bonificações” (TRCB) a vigorar entre 1 de julho e 31 de dezembro de 2025 é de 2,563%”, lê-se no diploma. Este valor é inferior ao do semestre anterior, que se situava em situava em 3,175%. Na prática, a TRCB é um “desconto” que é aplicado sobre a taxa de juro de mercado que está associada aos empréstimos bancários que beneficiam deste regime.

Desde janeiro de 2024 que este desconto tem vindo a baixar. No primeiro semestre do ano passado estava nos 4,504%, mas, em 2023, a taxa estava apenas em 2,906%.

A TRCB é definida semestralmente pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças, agora Entidade do Tesouro e Finanças, que absorveu aquele organismo, e tem por base a Euribor a seis meses no primeiro dia útil do mês anterior ao início do semestre acrescida de um spread de 50 pontos base.

O crédito com juros bonificados para compra de habitação própria e permanente ou para obras de conservação ou de beneficiação do imóvel aplica-se a pessoas portadoras de deficiência, com um grau de incapacidade superior a 60%. Desde 2002, os bancos não estão obrigados a conceder empréstimos ao abrigo deste regime. No entanto, é possível pedir a conversão mais tarde.

A mudança do regime geral para o regime de crédito bonificado só é realizada até ao montante máximo de 190 mil euros, valor que é atualizado, desde 2015, com base na taxa de inflação e desde que o rácio entre o capital em dívida e o valor do imóvel não seja superior a 90%.

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Finangeste reabilita dois edifícios no Parque das Nações por 25 milhões de euros

Constituído por dois imóveis em Lisboa, o projeto Verde Parque contará com um bloco residencial com 67 apartamentos e um edifício dedicado exclusivamente a escritórios.

A Finangeste, em conjunto com um investidor internacional, está a reabilitar dois edifícios localizados no Parque das Nações, Lisboa, num investimento global de cerca de 25 milhões de euros. O projeto denominado “Verde Parque” é composto por dois edifícios.

Atualmente devoluto e anteriormente afeto a escritórios, um dos edifícios, com uma área bruta de construção de 3.772 metros quadrados, vai ser reconvertido para uso residencial. O projeto, que está em fase de licenciamento, prevê a construção de 67 apartamentos (tipologias T0, T1 e T2), 67 lugares de estacionamento e 67 arrecadações privativas.

Destinado exclusivamente a escritórios, o segundo edifício é composto por dois blocos. O bloco A com 2.930 metros quadrados e 76 lugares de estacionamento, encontra-se totalmente arrendado à Mapei (piso 1), à Casais (pisos 2 e 3 – em fase final de negociação), à Manty (piso 4) e à Novanor (piso 5).

o bloco B com uma área bruta locável de 3.758 metros quadrados e 104 lugares de estacionamento, foi recentemente requalificado. O piso 1 acolhe a clínica ginecológica Sintesoblíqua e a loja Skechers, enquanto o piso 2 é ocupado pela Kerakoll. Os pisos 3, 4 e 5, com áreas de 757, 756 e 682 metros quadrados, respetivamente, encontram-se disponíveis. O edifício conta ainda com um sistema completo de segurança e videovigilância.

“Está atualmente em curso o processo de comercialização e arrendamento dos espaços disponíveis, com escritórios entregues em padrão CAT-A e uma renda de referência na ordem dos 15 euros por metros quadrado“, adianta a Finangeste em comunicado.

Em março deste ano, a Finangeste anunciou que está a desenvolver um megaempreendimento no Algarve com 1.461 casas a “preços razoáveis”.

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Teresa Paixão e Nuno Galopim fora das direções. Gonçalo Madail assume RTP2

No total, são 11 os diretores que deixam os seus cargos. Teresa Paixão e Nuno Galopim estão entre os profissionais de saída. Confira todas as alterações.

Teresa Paixão, até agora diretora da RTP2, Nuno Galopim, diretor da Antena 1, RDP África e RDP Internacional, e Isabel Marques (comercial, digital e rádio) são três dos diretores que deixam o cargo na nova estrutura orgânica da RTP.

Na noite de terça-feira, horas após se conhecer a demissão de António José Teixeira e a nomeação de Vítor Gonçalves, o conselho de administração do operador público enviou um comunicado interno com todas as alterações.

No total, são 11 os diretores que deixam os seus cargos, tal como o +M avançou na terça-feira. Isabel Costa (Cooperação e RTP África) e José Rodrigues (Relações Institucionais e Arquivos) saem por motivo de reforma. João Almeida (Antena 2) ou Maria Alice Milheiro (Institucionais e Obrigações de Serviço Público) são outros dos profissionais que deixam funções.

Cessam ainda nos seus cargos Carlos Barrocas (Formação) e Isabel Carvalho (Planeamento e Controlo de Gestão) e Augusto Bastos (Financeira), estes dois últimos por motivo de reforma.

Nas nomeações, e além de Vítor Gonçalves, que assume a direção de informação da RTP e a RTP3, destaque para Gonçalo Madail, que passa a liderar a RTP2 e Memória, e para José Fragoso, que acumula a RTP1, RTP Internacional e RTP África. Já Nuno Jorge Reis Silva será agora o responsável por dirigir a Antena 1, Antena 2, Antena 3, RDP África e RDP Internacional.

São ainda nomeados João Paulo Pereira (Auditoria Interna), Hugo Rosado (Financeira, Planeamento e Controlo de Gestão, que acumula com a direção de Recursos Humanos), Carlos Barrocas (Relações institucionais) e Pedro Braumann (Núcleo Museológico e Apoio ao Serviço Público). Além de Vítor Loureiro, que acumula a direção da Informação Televisão Linear e Digital com a Televisão RTP3, são também nomeadas Maria Ribeiro Ferreira (Música e Artes de Palco Linear e Digital) e Maria Teresa Paixão (Programas Estrangeiros, Documentários e Institucionais Linear e Digital).

A administração liderada por Nicolau Santos confirmou também Mário Galego no cargo de diretor de Informação Rádio Linear e Digital e Marina Ramos no de diretora de Marketing e Comunicação. São ainda confirmados nos cargos de direção Paulo Resende (Produção), Miguel Barroso (Desporto Linear e Digital), João Pedro Galveias (Conteúdos para Público Jovem, que acumula com Serviços Digitais), Carlos Daniel (Centro de Produção do Norte), Rui Goulart (Centro Regional dos Açores — RTP Açores e Antena 1), Martim Santos (Centro Regional da Madeira — RTP Madeira, Antena 1 e Antena 3) e Luís Filipe Silveira (Emissão e Arquivo).

Com Mónica Palomo, confirmada no cargo de diretora de Engenharia e Sistemas Tecnológicos, mantêm-se também Cristina Viegas (Comercial), Pedro Manuel Reis (Gestão do Património) e Cidália Neves (Jurídica e Compliance).

Nesta nova organização, a RTP passa a ter 23 diretores (com cinco direções em acumulação), que comparam com os atuais 30 diretores e diretores adjuntos a reportar ao conselho de administração.

Os novos responsáveis das diferentes direções irão propor a melhor abordagem e organograma das respetivas áreas, tendo em vista os objetivos definidos no Projeto Estratégico, e as necessidades de recursos humanos a contratar ou a formar”, prosseguia outro comunicado interno, enviado ontem durante a tarde.

Serão ainda criados três comités de apoio ao conselho de administração, “formados por pessoas com visões e funções diferentes dentro da RTP, que permitam uma resposta estratégica a temas transversais”, prossegue o comunicado. A reorganização será implementada a partir de 1 de julho.

Entretanto, também na noite de terça-feira, o conselho de administração deu a conhecer o novo organograma geral da empresa, que passa a estar organizada em quatro estruturas: Corporativa, Operações, Conteúdos Temáticos e Conteúdos Programáticos.

No comunicado enviado na tarde de terça-feira aos trabalhadores, o conselho de administração liderado por Nicolau Santos começa por explicar que a reorganização vem na sequência dos objetivos inscritos no novo Projeto Estratégico para o triénio 2024-2026 e aos enormes desafios que os media enfrentam. “A urgente transição digital e a cada vez mais necessária otimização de processos exige um aumento da capacidade de resposta aos novos desafios na gestão do Serviço Público de Media”, afirma.

Assim, “com a concretização do Plano de Saídas Voluntárias e a saída de cerca de 97 trabalhadores, onde se incluem quatro diretores, o CA decidiu avançar com uma alteração do organograma da RTP, com o objetivo de tornar a empresa mais eficiente, rejuvenescida e mais preparada para as transformações no setor dos Media, acelerando a mudança com vista à implementação das medidas inscritas no projeto estratégico, particularmente no que se refere à transição digital e tendo igualmente em consideração o recente Plano dos Media criado pelo Governo”, justifica.

O plano estratégico aprovado para o triénio 2024-2026 prevê que sejam simplificadas as estruturas de direção da RTP, “conferindo assim às primeiras linhas de direção uma maior capacidade de coordenação e implementação dos projetos de desenvolvimento e eficiência”.

 

(Notícia atualizada pela última vez às 11h40)

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