Local Summit junta autarcas para discutir o país

  • ECO
  • 14 Novembro 2024

O Local Summit, grande cimeira do território, vai acontecer no dia 19. Estão abertas as inscrições para este encontro das autarquias, academia e empresas de todas as regiões do continente.

É já no próximo dia 19, terça-feira, que autarquias, academia e empresas de todas as regiões de Portugal continental, desde o Algarve e Alentejo até ao Minho e Trás-os-Montes, levam à primeira edição do Local Summit a experiência do país descentralizado. São 14 autarcas de todo o país, para discutirem talento, smart cities, casos de sucesso, empresas, turismo e interioridade.

As inscrições para assistir ao grande encontro já decorrem. Este evento promovido pelo ECO/Local Online no Centro Cultural de Belém (CCB) desenrola-se a partir das 09h30.

Para assistir à Local Summit, basta seguir este link.

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Lucro da REN cai 12,5% para 84 milhões de euros até setembro

O lucro da REN foi impactado negativamente pelos resultados da atividade doméstica e internacional, assim como pelos custos mais elevados da dívida.

A REN – Redes Energéticas Nacionais lucrou 84,2 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, uma redução de 12,5% face ao conseguido no período homólogo do ano passado. Estes números foram divulgados pela empresa esta quinta-feira, através de um comunicado publicado na página do regulador dos mercados, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os lucros, de acordo com o documento partilhado, foram impactados negativamente pela redução no EBITDA e nos resultados financeiros. O EBITDA da REN atingiu 388,5 milhões de euros, uma diminuição de 1,8% face ao mesmo período do ano anterior, fruto de uma redução tanto da da atividade doméstica, em 2,5 milhões de euros, como da atividade internacional, em 4,4 milhões de euros.

Os resultados financeiros caíram em 10,9 milhões para os -46,4 milhões, “principalmente devido a um maior custo com a dívida”, explica o comunicado. O custo médio da dívida foi de 2,8%, refletindo um aumento face aos 2,4% registados nos primeiros nove meses de 2023.

Em paralelo, a gestora das redes a nível nacional aumentou o investimento em 20,2% para 212,9 milhões de euros, um incremento que é dado sobretudo pela aposta na rede elétrica em Portugal, “para possibilitar a integração de novos centros de produção elétrica através de fontes renováveis”, justifica a REN, numa nota enviada às redações, a propósito da apresentação de resultados.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h24, com mais informação)

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FC Porto financia-se em 115 milhões junto de investidores americanos

Portistas realizaram emissão de obrigações através de uma sociedade recém-criada, a Dragon Notes. Operação foi organizada pelo banco JPMorgan, que colocou dívida junto de grandes investidores.

André Villas-Boas tomou posse em maio.Fernando Veludo/Lusa

O FC Porto acabou de obter um financiamento de 115 milhões de euros junto de grandes investidores americanos no âmbito do processo de reestruturação financeira que está a ser levado a cabo pelo novo presidente dos portistas, André Villas-Boas. A operação financeira envolveu a recém-criada sociedade Dragon Notes, que foi constituída em setembro para gerir a participação na StadCo, também criada há pouco tempo para gerir os direitos comerciais do Estádio do Dragão após o processo de cisão da Porto Comercial, como o ECO avançou em julho.

De acordo com a informação enviada ao mercado, o FC Porto pagará uma taxa de juro anual de 5,62% por estas obrigações com o prazo de 25 anos. A operação foi organizada pelo banco norte-americano JPMorgan Chase.

Segundo a SAD dos dragões, esta emissão “destina-se a refinanciar o passivo existente e a financiar a atividade global do FC Porto e representa um passo decisivo na concretização da estratégia de financiamento do FC Porto, permitindo a extensão da maturidade média da dívida; e a redução do custo médio da dívida, em linha com objetivos oportunamente comunicados”.

Dividendos do estádio garantem obrigações

A SAD portista congratula-se com a elevada procura registada nesta emissão, cerca de 170 milhões de euros, “bem como com a elevada qualidade dos investidores institucionais que participaram na operação, como resultado da qualidade de crédito da Dragon Notes, evidenciada pela notação de investment grade atribuída pela agência de rating DBRS (rating de crédito de longo prazo de BBB Low) em resultado de um modelo de negócio resiliente e com perspetivas de crescimento por parte da Porto Stadco.

Os dragões adiantam que “não foram atribuídas aos obrigacionistas garantias reais, nomeadamente a hipoteca sobre o Estádio do Dragão ou passes de jogadores”. Ainda assim, as obrigações serão garantidas em primeira linha pelos dividendos a pagar pela Porto StadCo à Dragon Notes, “sendo que o eventual excesso, após serviço da dívida, será distribuído para o FC Porto após cumprimento de determinadas condições”.

A SAD do FC Porto atravessa uma crise financeira sem precedentes e avançou para um processo de reestruturação da sua dívida que ascende a 500 milhões de euros, que se encontra a ser renegociada com os credores para baixar os custos financeiros.

As últimas contas mostram uma situação de falência técnica, com os capitais próprios negativos de 113,7 milhões de euros no final do exercício da temporada transata, apesar de ter registado uma melhoria da sua situação líquida por conta da valorização do estádio.

Ithaka nomeia cofundadores para a Porto StadCo

No âmbito da reestruturação, a SAD portista vendeu 30% dos direitos comerciais relacionados com o estádio aos espanhóis da Ithaka, através da Porto StadCo, e num negócio do qual já recebeu 50 milhões de euros, que ajudou a aliviar a pressão sobre a tesouraria. Mas está ainda previsto que receba mais 15 milhões fixos e outros 35 milhões em caso de cumprimento de determinadas métricas de negócio.

A Porto StadCo ficará com a gestão dos direitos de naming relacionados com a infraestrutura do Estádio do Dragão, museu do clube, concertos e espetáculos entre outros negócios relacionados com o recinto desportivo. No final do mês passado, os espanhóis Esther Perez e Alejandro Barragan para a Porto StadCo, ambos co-fundadores da Ithaka, sediada em Madrid.

Do lado portista, a participação de 70% na StadCo é controlada através da sociedade Dragon Notes, que já se encontra registada na lista de emitentes da Euronext e através da qual o FC Porto já contava emitir dívida junto de investidores institucionais, segundo revelou aquando do negócio com a Ithaka.

André Villas-Boas, que tomou posse em maio após a presidência de Pinto da Costa durante mais de 40 anos e que chegou a fazer um empréstimo de 500 mil euros à SAD a título pessoal face à situação de emergência dos portistas, tem como grande prioridade a reestruturação financeira do FC Porto.

A SAD fechou a temporada de 2023-2024 com prejuízos de 21 milhões de euros e um passivo de 520 milhões de euros. A equipa principal de futebol está no segundo lugar da Liga Portugal, com 27 pontos, menos cinco que os campeões em título Sporting e mais dois que o Benfica (embora os encarnados tenham menos um jogo).

(Notícia atualizada às 16h52)

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Bruxelas aprova pagamento de 4 mil milhões quando se aproxima milésimo dia da guerra na Ucrânia

  • Lusa
  • 14 Novembro 2024

Se o Conselho Europeu aprovar este cheque, o apoio ao Plano para a Ucrânia atingirá os 16,1 mil milhões de euros em 2024.

A Comissão Europeia aprovou esta quinta-feira um novo pagamento de quatro mil milhões de euros no âmbito do Mecanismo de Apoio à Ucrânia, após o país ter cumprido nove indicadores de reforma, quando se aproxima o milésimo dia da guerra.

“A Comissão emitiu hoje uma avaliação positiva do segundo pagamento regular de cerca de 4,1 mil milhões de euros ao abrigo do Mecanismo de Apoio à Ucrânia da União Europeia (UE), destinado a apoiar a estabilidade macrofinanceira da Ucrânia e o funcionamento da sua administração pública”, indica a instituição em comunicado.

De acordo com Bruxelas, quando a decisão for adotada pelo Conselho da UE (ao nível dos 27 Estados-membros do bloco europeu), “elevará para 16,1 mil milhões de euros o total de fundos desembolsados em 2024 em apoio ao Plano para a Ucrânia”. O apoio surge a poucos dias de se assinalarem 1.000 dias da guerra da Ucrânia causada pela invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.

A marca dos 1.000 dias é atingida na terça-feira e nesse dia ocorre em Bruxelas uma sessão extraordinária do Parlamento Europeu a propósito da data. Através da rede social X (antigo Twitter), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vincou: “Ao aproximar-se o milésimo dia da guerra atroz da Rússia, ajudaremos a manter o Estado ucraniano a funcionar enquanto o país luta pela sobrevivência”.

“A nossa ação é a longo prazo”, adiantou a líder do executivo comunitário.

O aval acontece após uma avaliação da instituição do segundo pedido de pagamento apresentado pela Ucrânia em outubro, na qual se concluiu que o país “cumpriu satisfatoriamente os nove indicadores de reforma acordados para este pagamento, em domínios como a luta contra a corrupção, o ambiente empresarial, o mercado de trabalho, a política regional, o mercado da energia e a proteção do ambiente”, segunda elenca o executivo comunitário na nota de imprensa.

Para as verbas chegarem a solo ucraniano, falta agora o aval do Conselho da UE do cumprimento satisfatório pelo país dos indicadores qualitativos e quantitativos estabelecidos no Plano para a Ucrânia, sendo que a transferência ocorre logo após a adoção da decisão.

O Mecanismo de Apoio à Ucrânia da UE, no valor de 50 mil milhões de euros concedidos sob a forma de subvenções e empréstimos para o período 2024-2027, apoia os esforços de Kiev para manter a estabilidade macrofinanceira, promover a recuperação a curto prazo, bem como reconstruir e modernizar o país, implementando simultaneamente reformas estruturais fundamentais para avançar no caminho de adesão à UE.

O país tem estatuto de candidato à UE desde junho de 2022. A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país. Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

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Governo rejeita atualização extraordinária das pensões em 2025

Apesar dos alertas do Conselho Económico e Social sobre a perda do poder de compra dos reformados, o Executivo afasta um aumento permanente das prestações, como propõem PS e Chega.

O Governo rejeita dar uma atualização extraordinária e permanente aos pensionistas no próximo ano, como propõe PS e Chega, apesar dos alertas do Conselho Económico e Social (CES) sobre a perda do poder de compra dos reformados. O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, defendeu antes o modelo de bónus, idêntico ao que foi atribuído em outubro, que não terá efeito no cálculo dos aumentos futuros, que decorrem da lei, “porque é financeiramente mais sustentável”, afirmou esta quinta-feira, durante o briefing do Conselho de Ministros.

O CES foi ouvido esta quinta-feira de manhã, no Parlamento, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), e defendeu a “valorização de todas as pensões” e avisou que o atual sistema atualização penaliza alguns pensionistas, “nomeadamente os que têm maiores valores de pensão e que geralmente têm maior carreira contributiva”.

Leitão Amaro começou por garantir que o Governo vai aplicar a “atualização das pensões de acordo com a lei”. E, havendo disponibilidade orçamental, o Executivo “tem disponibilidade para aumentar mais através de um suplemento extraordinário”, sublinhou. “Foi sempre essa a nossa posição. Havendo recursos, porque são limitados, devemos voltar a reforçar o poder de compra dos pensionistas e o Governo quer fazê-lo”, insistiu. Mas através de um bónus, entre 100 e 200 euros, de pagamento único e sem efeito na base de cálculo das futuras prestações, recusando assim um aumento suplementar e permanente como defendem PS e Chega.

De lembrar que o líder do PS, Pedro Nuno Santos, propôs ao Governo uma atualização extraordinária de 1,25% para pensões até 1.565 euros, no âmbito das negociações para um acordo de viabilização do Orçamento do Estado para 2025, mas o Governo descartou logo a medida. O Chega deu entrada de uma proposta de alteração ao Orçamento que determina um aumento suplementar de 1,5% para prestações até 1.018,52 euros mensais brutos.

O governante salienta que o modelo de bónus “é uma solução que até teve um volume financeiro superior, de 400 milhões de euros” comparativamente com a proposta do PS de aumento extra de 1,25 pontos, que tem um custo de 270 milhões. A questão é que a medida do Governo é pontual e não releva para os orçamentos de anos seguintes, enquanto que a medida dos socialistas iria ter sempre impacto no futuro. Daí que Leitão Amaro acabe por reconhecer que “a solução do Governo é financeiramente mais sustentável”.

“Governamos para todos os portugueses. É preciso complementar o esforço orçamental e fiscal de todos os portugueses”, frisou. Por isso, o ministro considera que o modelo de bónus “é o mais adequado justo e sustentável”.

Ministro garante que “há uma contenção da despesa pública” no OE

Confrontado com os alertas da presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP), Nazaré Costa Cabral, que espera que “o comportamento da despesa este ano seja excecional, anómalo e não se torne um padrão de crescimento”, o ministro da Presidência garantiu que, no OE2025, “há uma contenção da despesa pública”.

O país não suportaria termos uma taxa de crescimento na casa de dois dígitos”, sublinhou Costa Cabral, no Parlamento, no âmbito da apreciação na especialidade do OE.

“A despesa corrente e total do Estado sem PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] cresce menos do que a inflação, há uma contenção da despesa pública”, esclareceu. Por isso, argumentou, “é possível ter um Orçamento que baixa impostos e não aumenta nenhum imposto, ao mesmo tempo que paga as valorizações da Função Pública e das carreiras especiais”.

“Há uma contenção geral da despesa, porque cresce menos do que a economia. Estamos convencidos que a estratégia deste Governo é ter um equilíbrio virtuoso, que vai chegar ao final de 2025 e ver isso provado”, defendeu.

(Notícia atualizada às 16h41)

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Startup portuguesa Intuitivo vence melhor pitch na Web Summit

  • ECO e Lusa
  • 14 Novembro 2024

A Intuitivo venceu o concurso de melhor pitch. A ferramenta pretende a digitalização da educação em Portugal e espera ajudar alunos e professores.

A startup portuguesa Intuitivo foi o melhor pitch desta edição da Web Summit. A plataforma de digitalização dos exames nacionais era finalista com duas startups dos Estados Unidos da América, a Gov GPT e a Scoutz,.

“É um grande, grande orgulho, acho que é um grande reconhecimento que recebemos” e um “grande orgulho por toda a equipa, apesar de ser eu a pessoa que está falar”, referiu João Guimarães, durante o pitch, segundo a agência Lusa. “Os exames nacionais portugueses já estão a ser digitalizados e o Governo escolheu esta plataforma“, acrescentou.

Esta plataforma visa ajudar as escolas na avaliação dos trabalhos dos alunos e também pretende ajudar professores disponibilizando conteúdos prontos a utilizar, através de um plano de subscrição.

A portuguesa Intituivo competiu neste concurso com outras duas startups dos Estados Unidos da América, a Gov GPT, que liga inteligência artificial nos coletes policiais e a Scoutz, plataforma que é descrita como um “agente desportivo virtual e um olheiro virtual” pela empresa.

A Intuitivo garante que a plataforma educacional já conta com 40 mil professores utilizadores.

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“Pacotão” para acelerar a economia só tem 20% das medidas concluídas

Pedro Reis sublinhou aposta na diplomacia económica e programa de qualificação de PME que está a ser preparado.

O ministro da Economia revelou que o programa “Acelerar a economia”, lançado em junho, com 60 medidas, que ficou conhecido como o ‘Pacotão,’ só tem 12 medidas “avançadas ou implementadas”.

“Lançado em junho, já percorremos 20% deste caminho. Há cerca de 12 avançadas ou implementadas entre as quais o aumento da elegibilidade do regime de IVA de caixa e a transposição da diretiva europeia que estipula a tributação mínima de 15% em IRC para multinacionais e grandes grupos nacionais”, enumerou Pedro Reis, na Comissão de Orçamento e Finanças, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado na especialidade.

Já está entregue no Parlamento a proposta para a redução gradual do IRC e que aguarda a votação, bem como a dedução fiscal para mais-valias e dividendos obtidos por pessoas singulares na capitalização de empresa. Concluímos ainda o regime de participation exemption, mas que foi reprovada na Assembleia da República”, recordou o responsável. Este pacote visa “dinamizar a economia nacional como potência exportadora e internacionalizada com base no talento e na inovação”, frisou Pedro Reis, acabou por reconhecer horas mais tarde que, na verdade, só 11 medida do “Pacotão” estão no terreno porque uma foi rejeitada pelo Parlamento.

“Estamos a preparar um programa para a qualificação das PME em áreas relevantes para a sua competitividade”, disse Pedro Reis, a que se somam os apoios para contratar doutorados.

Pedro Reis prometeu ainda maior celeridade no acompanhamento do Portugal 2030, o quadro comunitário de apoio em vigor, por parte da Aicep, que teve um reforço de dotação de 350 milhões de euros, “valor dos incentivos a pagar e atribuir em 2025”, e terá um reforço da rede externa. Já no IAPMEI, a promessa foi de “maior proximidade”. No âmbito da ANI, Pedro Reis revelou que foram captados 1.062 milhões de euros no Horizonte Europa, no período de 2021 a 2024. Ou seja, em 1766 projetos com participação nacional e uma taxa de “retorno interessante”, nas palavras do responsável pela pasta da Economia.

Aos receios levantados pelo PS, Pedro Reis garante que o Executivo está “muito focado na execução, até porque aprendeu com os erros do passado”. E deu como exemplo a linha Invest EU operacionalizada pelo Banco de Fomento. “A linha existia? Sim. Estava operacionalizada? Não”, frisou o ministro da Economia, lembrando que vai fazer chegar às empresas garantias de 210 milhões de euros que permitirá desbloquear 3,6 mil milhões em investimentos em Portugal. De acordo com o último balanço do Banco de Fomento, foram contratados 575 operações de financiamento, através das linhas de garantia BPF InvestEU, num montante próximo de 140 milhões de euros, para apoiar mais de 530 empresas.

“Enchemos a boca com intenções e depois quando se apresentam as medidas chumbamos”, atirou ainda Pedro Reis à banca socialista, dando como exemplo o chumbo do participation exemption. “Por mim avançava muito mais medidas, assim o país deve avançar a estratégia de crescimento”, acrescentou.

Não quero ser o ministro do crescimento económico. Quero que as empresas sejam o motor do crescimento económico. Temos a obrigação de libertar as condições para crescerem. Não tenho essa visão dirigista”, frisou.

“Temos de ter muita atenção em relação aos nossos principais mercados de exportação”, disse, nomeadamente França e Alemanha e o impacto que pode ter e, indústrias estruturais do tecido económico nacional, do têxtil ao automóvel. Abrandamento que “pode obrigar a revisitar” o impacto das exportações no crescimento, admitiu.

“Não podemos reequilibrar a economia pondo uma mão”, no sentido de travar, “sobre o crescimento virtuoso do turismo. Temos de estimular os outros setores”, disse em resposta às acusações de que Portugal tem turismo em excesso. Pedro Reis fez questão de sublinhar que não está de costas voltas para o ministro das Finanças nesta matéria. Joaquim Miranda Sarmento, participou esta quinta-feira, num painel na Web Summit, no qual considerou que a economia portuguesa deve deixar de estar tão dependente do setor do turismo como está atualmente, argumentando que a aposta deve recair sobre ao aumento da aposta na tecnologia e inovação.

Pedro Reis defendeu que Portugal precisa de mais grandes empresas e de grupos económicos maiores porque os grandes beneficiários são as PME e as startups via arrastamento, acrescentou. “As grandes empresas são o mercado de exportação das PME”, disse Pedro Reis, acrescentando que é “interessante criar uma dinâmica de coinvestimento” entre ambas.

É também numa estratégia de coinvestimento, fundos de fundos, que a Portugal Ventures deve trabalhar cada vez mais, defendeu o ministro. Apesar de ter admitido a possibilidade de privatizar a Portugal Ventures, em resposta ao deputado Carlos Guimarães Pinto, mais à frente Pedro Reis reiterou que o Governo deve “ponderar um cenário” de se desfazer das “participações que não façam sentido” e “colocar a PV cada vez mais numa estratégia de coinvestimento, fundos de fundos, reciclá-la, revitalizá-la, repensá-la”.

Agendas mobilizadoras com 1.900 pedidos de pagamento

Outra das áreas na qual o Governo se propõe fazer alterações é ao nível dos fundos europeus. “No Compete 2030 queremos aumentar a eficiência do sistema de incentivos, garantindo que os fundos chegam mais rápido às empresas e possam ter impacto na economia”, disse o secretário de Estado da Economia.

“O objetivo é privilegiar os avisos em contínuo, para que as empresas não planeiem os investimentos ao ritmo dos avisos, mas que os avisos permitam responder às necessidades das empresas”, acrescentou João Rui Ferreira.

Reconhecendo que o PRR é o principal instrumento sob a alçada do Ministério — 4,7 mil milhões da bazuca —, o responsável revelou que se tem assistido a uma “evolução positiva em termos de execução” financeira e de “resultados concretos no terreno, com “mais de 90% da dotação já contratualizada e 35% transferida para as empresas”.

João Rui Ferreira revelou ainda que, “desde abril, foram analisados e decididos 1.900 pedidos de pagamento” o âmbito das agendas mobilizadoras, “que, em média foram analisados em 40 dias úteis”. “Estamos a monitorizar e acelerar as agendas mobilizadoras”, garantiu.

Perante as críticas dos deputados garantiu que o Governo está atento ao comércio, continuou a desfiar marcos do Ministério. “A criação de uma indústria ecológica em Portugal. Um programa lançado em junho que tem já sete projetos industriais que totalizam um investimento de 40 milhões de euros e permitem a criação de 150 novos postos de trabalho“, afirmou. Ou ainda os “1.600 projetos contratados na descarbonização da indústria, 550 pedidos de pagamento analisados e, desde abril, 15% da dotação já executada, concluiu.

(Notícia atualizada com mais informação)

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João de Mello reeleito para associação europeia da indústria química

  • ECO
  • 14 Novembro 2024

Presidente da Bondalti vai cumprir novo mandato no conselho de administração do European Chemical Industry Council.

O chairman e presidente executivo da Bondalti, João de Mello, foi reeleito para um novo mandato como administrador do European Chemical Industry Council (Cefic), considerada a mais importante associação da indústria química europeia.

Numa altura em que a indústria química atravessa um momento delicado devido aos conflitos internacionais e ao surgimento de mercados não europeus com peso significativo no setor, a Cefic continuará a dar todo o apoio necessário para a transformação da economia da União Europeia com soluções inovadoras e sustentáveis”, afirma João de Mello, citado em comunicado.

Fundado em 1972 e sediado em Bruxelas, o Cefic conta atualmente com cerca de 650 membros, que empregam 1,2 milhões de trabalhadores na União Europeia e representam 14% da indústria química global.

O Cefic subscreveu a “Declaração de Antuérpia para um Pacto Industrial Europeu”, em fevereiro de 2024, “um documento que sublinha o compromisso da indústria para com a Europa e a sua transformação, e que elenca um conjunto de necessidades urgentes, no quadro dos desafios económicos, geopolíticos e de competitividade à escala global”, assinala a nota enviada às redações.

Ilham Kadri, CEO da belga Syensqo, é a nova presidente da Cefic, substituindo Martin Brudermuelle.

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OE2025. IL propõe criação de programa de donativos anónimos a serviços públicos

  • Lusa
  • 14 Novembro 2024

O objetivo dos liberais, com esta medida, é "reforçar a solidariedade civil e o voluntarismo financeiro, incluindo contribuições de cidadãos estrangeiros interessados em apoiar o setor público”.

A IL vai propor em sede orçamental a criação de um programa de donativos anónimos ao Estado, que permitiria que cidadãos apoiassem financeiramente entidades da administração pública e serviria “como indicador de satisfação” em relação aos serviços públicos.

Esta medida consta num documento, a que a agência Lusa teve acesso, que elenca as principais propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 apresentadas pela Iniciativa Liberal (IL). Para o partido, esse programa de donativos ao Estado permitiria “que cidadãos apoiem financeiramente entidades da administração pública de forma voluntária e anónima, através de um portal seguro”.

Este programa visa reforçar a solidariedade civil e o voluntarismo financeiro, incluindo contribuições de cidadãos estrangeiros interessados em apoiar o setor público”, refere-se. A IL considera ainda que, “além de aumentar a cooperação, este mecanismo funcionará como indicador de satisfação e prioridades dos cidadãos em relação aos serviços públicos, preservando a independência e liberdade individual através do anonimato”.

Entre as restantes propostas que constam no documento, a maioria das quais já foi apresentada publicamente pela IL, como a redução do IRS para os 12%, uma taxa única de IRS de 15% para o segundo emprego e horas extra ou a criação de um cheque-creche. Entre as novidades, consta também uma proposta para a criação de contas poupança isentas de impostos, com vista a “incentivar a poupança e o investimento em Portugal”.

A IL refere que esta proposta é inspirada nas individual savings accounts do Reino Unido e permitiria aos cidadãos portugueses “depositar até 20.000 euros anuais em contas com isenção de impostos sobre os ganhos”. “A medida visa elevar a taxa de poupança, atualmente inferior à média da zona euro, promover a literacia financeira e dinamizar os mercados capitais, contribuindo para a segurança financeira dos cidadãos e o crescimento económico do país”, lê-se.

A Iniciativa Liberal votou na generalidade contra a proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Governo, considerando que “poderia ter sido apresentada pelo PS”, e o líder do partido, Rui Rocha, manifestou “enormíssimas dúvidas” de que venha a haver uma mudança de sentido de voto na votação final global.

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Têxtil sanjoanense produz quase meio milhão de fitas para Web Summit

Têxtil de São João da Madeira, que emprega 120 pessoas, fatura 6,2 milhões de euros e exporta quase 45% da produção, produz pulseiras e fitas para as edições da Web Summit.

É em São João da Madeira, na têxtil Heliotextil, que são produzidas as pulseiras que permitem aceder ao recinto da conferência tecnológica que reúne 71 mil participantes de 153 países na Feira Internacional de Lisboa (FIL). Fundada em 1964, a sanjoanense já produziu 255 mil pulseiras e 200 mil fitas de pescoço para as edições da Web Summit em Lisboa, Qatar, Rio e Canadá. Para a edição deste ano na capital, a têxtil entregou 70 mil pulseiras.

“Habitualmente somos fornecedores dos lanyards (fita de pescoço) e das wristbands (pulseiras tecidas invioláveis de pulso), mas na edição de 2024 acrescentamos seis mil unidades de seat covers (capas de cadeira), um produto tailor made”, explica ao ECO André Catalão, head of marketing da têxtil.

André Catalão conta que começaram a trabalhar com a empresa fundada por Paddy Cosgrave em outubro do ano passado “proveniente do trabalho de prospeção de mercado”.

A têxtil sanjoanense, liderada por Miguel Pacheco, que pertence à segunda geração da empresa familiar, é também o heating printing partner do Sporting Clube de Portugal (SCP), ou seja, é a empresa que produz e aplica todos os elementos decorativos de equipamentos desportivos, de treino e de saída para todas as modalidades e escalões do Sporting.

André Catalão explica ao ECO que o desporto é “um dos segmentos de mercado mais importantes para a Heliotextil” e que “estão bem enraizados neste mercado, tanto na Europa como na América Latina”.

A Heliotextil produz pulseiras brace-in (incorpora tecnologia que permite fazer a gestão de bilhética, acreditação, controle de acesso e capacidade, cashless, entre outros) para festivais de verão como o Primavera Sound, MED, Sol da Caparica, Paredes de Coura, entre outros.

Fundada por Alberto Pacheco, a têxtil emprega 120 pessoas, fatura 6,2 milhões de euros e exporta quase 45% da produção, de acordo com os dados do ano passado consultados pelo ECO na plataforma Informa D&B.

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Catarina Furtado será o rosto da Cofidis durante dois anos. Marca explica os objetivos da parceria

"O investimento traduz-se no compromisso estratégico de continuar a construir uma marca que apoia as pessoas", resume Martta Oliveira, diretora de inovação e criação de valor da Cofidis.

Martta Oliveira, diretora de inovação e criação de valor da Cofidis Portugal

“De pessoas para pessoas” é o mote da campanha que dá o pontapé de saída para a parceria da Cofidis com Catarina Furtado. Durante dois anos, a apresentadora será o rosto da marca, que pretende reforçar o seu compromisso com o aconselhamento responsável, a educação financeira e a responsabilidade social em Portugal.

“Queremos continuar a construir relações de confiança, promovendo temas essenciais como a educação financeira, o compromisso social e o aconselhamento financeiro responsável. A Catarina Furtado, pelo seu histórico de envolvimento em causas sociais e humanas, é a pessoa ideal para representar esta visão, trazendo credibilidade e autenticidade à nossa mensagem. Esta campanha é apenas o início de uma colaboração que reflete os valores que partilhamos enquanto marca e que será desenvolvida ao longo dos próximos dois anos”, explica ao +M Martta Oliveira, diretora de inovação e criação de valor da Cofidis Portugal.

“A escolha da Catarina Furtado não foi apenas uma decisão estratégica, mas também natural, dado o alinhamento entre os valores da marca e o seu trabalho em prol de causas sociais e da proximidade com as pessoas”, prossegue a responsável.

Mantendo a assinatura “De pessoas para pessoas”, a ideia é então “transformá-la numa mensagem mais tangível e relevante“. “A campanha e a parceria refletem um desejo de passar uma mensagem de confiança mútua – a confiança que os nossos clientes e parceiros têm na Cofidis e a confiança que depositamos neles para concretizarem os seus projetos”, prossegue.

A campanha que marca a associação da embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População, aborda os três pilares nos quais a marca centra o seu compromisso: aconselhamento responsável, educação financeira e responsabilidade social.

Assinada pela Judas, com produção da Krypton, realização de Fred Oliveira e fotografia de Pedro Ferreira, e planeamento de meios da Initiative, na produção dos filmes foram utilizadas três câmaras a filmar em simultâneo, incluindo uma câmara de alta velocidade e uma grua para suspensão da protagonista, procurando criar “uma experiência visual imersiva e autêntica”. A campanha arranca esta quinta-feira e estará presente em televisão, digital, redes sociais e mupis.

Martta Oliveira não revela o investimento associado, frisando que se trata de “um projeto de longo prazo, que combina uma mensagem forte com uma execução abrangente em televisão, mupis e plataformas digitais, criando impacto e proximidade com o público“.

“Mais do que números, o investimento traduz-se no compromisso estratégico de continuar a construir uma marca que apoia as pessoas nos seus projetos de vida, sempre com transparência e confiança. Esta campanha é um exemplo do equilíbrio entre relevância e propósito que define a nossa abordagem”, conclui.

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Governo aprova dispensa de revisão dos projetos para acelerar fundos europeus

O Governo seguiu o apelo da ANMP e vai dispensar de revisão obrigatória os projetos financiados por fundos europeus, do Portugal 2030 ou do PRR, que possam estar em risco de não cumprir prazos.

O Governo aprovou esta quinta-feira um decreto-lei que permite a dispensa da fase de revisão de projeto de execução na fase da contratação. Uma medida que visa acelerar a execução dos fundos europeus, num momento em que “há muitos investimentos parados à espera de decisões de licenciamento”, disse o ministro da presidência, António Leitão Amaro.

A revisão do projeto não é dispensada na totalidade, mas “aplica-se a investimentos de mais de 400 mil euros e que obriga à contratação de uma nova entidade terceira, tempo de interação, muito mais tempo de burocracia que em vários casos leva a que as empreitadas de obras públicas se atrasem para além do prazo previsto inicialmente e podem colocar em causa os fundos europeus”, explicou Leitão Amaro, na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros.

“Por muito importantes que as regras da contratação pública sejam”, sublinhou o ministro da presidência, “não podemos assistir a que a forma como as regras são aplicadas acaba por ter como consequência a perda de fundos europeus, um atraso fatal em projetos de investimento público”.

O responsável recordou que desde o início da legislatura o Executivo tem tomado várias medidas para acelerar a execução dos fundos europeus como a dispensa de visto prévio do Tribunal de Contas a possibilidade de levantamento da suspensão de eficácia das providências cautelares ou o termo de responsabilidade a emitir pelos municípios para acelerar o investimento em habitação pública ou o reforço de recursos humanos nas agências do PRR.

“É preciso reduzir a burocracia que está a atrasar o investimento público e privado em Portugal”, afirmou Leitão Amaro.

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial já tinha anunciado no Parlamento que o Governo seguiu o apelo da ANMP e ia dispensar a revisão obrigatória dos projetos. “Sou muito entusiasta que se faça a revisão dos projetos. Mas não será por isso que não serão cumpridos”, disse Manuel Castro Almeida, na Comissão de Orçamento e Finanças, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado na especialidade.

A dispensa de revisão não é para todos, mas “apenas quando os municípios comprovem que, se fizerem a revisão de projeto, o tempo que aí se vai perder os impede de executar o projeto dentro do prazo previsto do PRR e do PT2030”, explicou o ministro. Só nesse caso o município fundamenta a dispensa da revisão obrigatória do projeto.

Já esta semana, no evento de encerramento do Lisboa 2020, Castro Almeida desabafou confessando os constrangimentos que a aplicação das regras da contração pública implica na tentativa de acelerar a execução dos fundos. O ministro Adjunto apelou que as diversas forças políticas unam esforços para proceder a uma revisão da mesma.

(Notícia atualizada com mais informação)

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