Pedro Duarte assume “tentação íntima gigantesca” de concorrer à Câmara do Porto

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

Apesar de assumir "uma tentação íntima gigantesca" de se candidatar à Câmara Municipal do Porto, Pedro Duarte continua a adiar decisão para a primavera.

O ministro Pedro Duarte assumiu, esta terça-feira, ter “uma tentação íntima gigantesca” de se candidatar à Câmara Municipal do Porto, mas não anunciou ainda qualquer decisão, dizendo existir “um calendário” e “um plano de como e quando” deve ser feito.

“Nós definimos – e quando digo nós, é basicamente eu e o primeiro-ministro, mas também as estruturas partidárias, e não só do meu partido, e outras personalidades do Porto – um calendário para haver decisões a este respeito”, afirmou o ministro dos Assuntos Parlamentares, respondendo a uma pergunta da audiência num almoço-debate organizado pelo International Club of Portugal e subordinado ao tema “Desafios políticos para 2025”.

Pedro Duarte admitiu que “há uma certa ansiedade crescente” quer em eventos como o desta terça-feira, quer “na própria cidade do Porto”, mas defendeu não poder “vacilar quando existe um plano e uma ideia muito concreta de como e quando” se quer apresentar uma candidatura autárquica à segunda maior cidade do país.

Tem que haver sentido de responsabilidade. Eu não sou hoje em dia um cidadão absolutamente livre, porque estou no exercício de umas funções públicas, que decidi voluntariamente assumir, e portanto eu não sou só o Pedro Duarte potencial candidato, sou um ministro e enquanto ministro tenho que perceber que tenho responsabilidades e não posso abandonar de um dia para o outro, quando me apetecer”, afirmou.

Ainda assim, admitiu que “é mais ou menos evidente” a sua “afinidade sentimental quase inexplicável” com a cidade do Porto.

Qualquer apelo que venha da cidade do Porto para mim é muito relevante.

Pedro Duarte

Ministro dos Assuntos Parlamentares

Qualquer apelo que venha da cidade do Porto para mim é muito relevante. Eu não ignoro, não consigo ignorar, por muito que quisesse, não posso ser indiferente. O máximo que posso dizer é que há de facto uma tentação íntima que é gigantesca”, afirmou.

Quanto ao tempo da decisão, já em declarações aos jornalistas no final do almoço, voltou a remetê-la para a primavera.

Não sou indiferente a um conjunto de vozes e de apelos e de pedidos e de manifestações que tenho tido junto da minha pessoa, de pessoas do meu partido, mas essencialmente pessoas de fora do partido e pessoas independentes ou até de outros partidos”, reiterou.

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Empresa de arquivos EAD investe 1,5 milhões em Vila do Conde

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

A empresa vai comprar "dois novos armazéns no Porto, elevando para cinco o número total de unidades na região".

A Empresa de Arquivo de Documentação (EAD) vai investir 1,5 milhões de euros em Vila do Conde, no distrito do Porto, criando 44 novos empregos com vista a fortalecer a sua posição também na Galiza, foi divulgado esta terça-feira

De acordo com a empresa, em causa está uma expansão que “inclui a aquisição de dois novos armazéns no Porto, elevando para cinco o número total de unidades na região, além da contratação de 44 novos colaboradores”. Em causa estão instalações em Vilar do Pinheiro, no concelho de Vila do Conde, distrito do Porto.

O investimento de 1,5 milhões de euros permite “um acréscimo de 1.600m² [metros quadrados] de espaço de armazenamento, com capacidade para 120 mil contentores e 400m² de escritórios dedicados à expansão dos serviços de Backoffice Documental”.

“Esta iniciativa responde à crescente digitalização e modernização das empresas, alinhando-se às metas de inovação do setor, e visa reforçar o negócio no Norte e Centro do país, endereçar as necessidades das empresas públicas e privadas desta geografia e ainda explorar zona da Galiza”, refere a empresa em comunicado.

Assim, esta operação posiciona a Galiza como “um mercado crucial na sua entrada no mercado espanhol”, tendo o grupo EAD adquirido recentemente “100% da DID Confidencial, uma empresa galega especializada na área da destruição confidencial, segura e certificada de papel”, estando também presente em Barcelona através da sua participada Delete.

Para Paulo Veiga, presidente executivo do grupo, “o norte do país, que tem demonstrado um dinamismo assinalável nos últimos anos, será o epicentro de um novo ciclo de expansão, sustentado pela (…) aposta estratégica no mercado espanhol”. Em 2025, o grupo EAD perspetiva um crescimento de 15% no volume de negócios e de 18 milhões de euros em faturação.

A EAD está há 32 anos no mercado de gestão documental e pertence à Hectómetro, grupo empresarial familiar especializado em soluções de gestão documental ao qual pertencem, ainda, a tecnológica Fin-Prisma, a EAD Digital Romania, a Papiro e a Delete. O grupo fatura mais de 14 milhões de euros e tem cerca de 400 pessoas.

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Ucrânia. Mais de 10 milhões de deslocados nos três anos de guerra

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

Há "mais de 2 milhões de casas na Ucrânia – 10% do parque habitacional – danificadas ou destruídas" pela guerra, segundo a agência da ONU para os refugiados.

Cerca de 10,6 milhões de pessoas foram forçadas a deixar as suas casas na sequência da guerra na Ucrânia, iniciada há três anos com a invasão da Rússia, disse esta terça-feira um representante da agência da ONU para os refugiados.

O valor representa quase um quarto da população ucraniana pré-guerra, avançou Philippe Leclerc, diretor para a Europa do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), numa conferência de imprensa realizada esta terça-feira em Genebra, Suíça, para assinalar três anos da invasão da Rússia do país vizinho, a 24 de fevereiro de 2022.

“Só nos últimos seis meses, mais de 200.000 pessoas fugiram das suas casas no leste da Ucrânia devido ao aumento dos ataques”, acrescentou o responsável, sublinhando que “o sofrimento humano continua” e é cada vez mais necessário “prestar assistência imediata”.

Lembrando que três anos depois, “a guerra em grande escala na Ucrânia ceifou milhares de vidas, causou uma destruição incalculável, separou famílias, infligiu traumas psicológicos significativos e devastou a economia e as infraestruturas do país”, Philippe Leclerc destacou que o conflito provocou milhões de refugiados e deslocados que precisam de ajuda. No entanto, frisou, “o financiamento tem sido um desafio há muito tempo” e “agora, é mais incerto do que nunca”, tendo em conta os cortes decididos pela nova administração dos Estados Unidos.

“Os recém-deslocados são cada vez mais vulneráveis – idosos e pessoas com deficiência – e enfrentam frequentemente desafios adicionais no acesso aos serviços de que mais necessitam”, lamentou Philippe Leclerc, adiantando que muitos continuam a procurar segurança em abrigos coletivos.

Para os 3,7 milhões de desalojados e 6,9 milhões de refugiados que continuam a receber proteção no estrangeiro, o regresso a casa enfrenta dificuldades muito além das bombas.

Há “mais de 2 milhões de casas na Ucrânia – 10% do parque habitacional – danificadas ou destruídas”, além de que “os repetidos ataques às infraestruturas energéticas continuam a mergulhar as pessoas no frio e na escuridão, ao mesmo tempo que interrompem ainda mais os serviços locais deficientes”, explicou o responsável do ACNUR.

A juntar a isto, lembrou ainda o representante, há que contar que “até um terço do território da Ucrânia terá sido exposto à contaminação por minas terrestres e munições” e que “os centros agrícolas e industriais no leste foram devastados” o que significa que cerca de 30% dos empregos pré-guerra foram perdidos.

“Enfrentar estes desafios – referidos pelos refugiados como impedimentos ao regresso – deve ser uma prioridade coletiva”, alertou o ACNUR. Um outro desafio provocado por três anos de guerra intensa é o estado da saúde mental. “O impacto na saúde mental também foi profundo no meio da ameaça incessante de mísseis e ‘drones’, longos períodos de separação familiar e traumas cumulativos”, referiu Philippe Leclerc.

As crianças são particularmente vulneráveis a estas dificuldades, pelo que se estima que 1,5 milhões estejam em risco de ter problemas de saúde mental a longo prazo.

Nos últimos três anos, o ACNUR levou assistência vital a milhões de pessoas afetadas” e continua a responder a novos ataques e novas deslocações, garantiu a agência da ONU, acrescentando que proporciona, entre outras coisas, locais quentes para dormir imediatamente após um ataque, primeiros socorros psicológicos e dinheiro para as necessidades básicas.

Juntamente com outros agentes humanitários da ONU, o ACNUR também entregou ajuda a 800.000 pessoas que vivem em comunidades de difícil acesso na linha da frente. Mas a ajuda e a recuperação do país estão mais incertas e as vítimas “correm o risco de perder ajuda vital quando mais precisam”, alertou a agência.

Por isso, sublinhou a organização, “o apoio de uma série de doadores é crucial para garantir que o ACNUR possa continuar a prestar ajuda de emergência, abrigo e segurança a quem deles necessita”.

“Agora não é altura de desistir do povo da Ucrânia”, concluiu a agência da ONU.

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Logoplaste muda gestão. Sandra Santos é a nova CEO

A fabricante de embalagens de plástico rígido, uma das maiores no mercado americano e na Europa, contratou a antiga líder executiva da BA Glass. Sandra Santos já entrou em funções.

Reportagem na Fábrica da BA Glass em Avintes - 17JAN24
Sandra Santos, CEO da BA GlassRicardo Castelo/ECO

A Logoplaste mudou de liderança: A fabricante global de embalagens de plástico rígido contratou a gestora Sandra Santos para Chief Executive Officer (CEO) e já iniciou funções, revelou ao ECO uma fonte conhecedora do processo. A companhia, com cerca de 70 fábricas em 17 países, faturou cerca de mil milhões de euros em 2024 e, como empresa de raiz familiar, tem como acionistas de referência Filipe de Botton e Alexandre Relvas, e também o Ontario Teachers’ Pension Plan (OTPP), com 60% do capital.

Sandra Santos foi durante uma década a líder da BA Glass e desde o início do ano passado, acumulava um conjunto de cargos não executivos, e entrou em funções esta terça-feira, sucedendo a Gerardo Chiaia.

Nós sonhamos pouco. Queremos pouco. A maior culpa dos empresários é não sonharem. E depois há empresários que não querem ter complexidade, quando as atividades com mais valor acrescentado são também mais complexas. Gerir indústria é mais complexo do que gerir empresas de serviços”, afirmou em entrevista ao ECO, há pouco mais de um ano, quando estava a concluir o mandato na BA Glass, empresa que produz embalagens de vidro. O desafio dos acionistas a Sandra Santos foi prosseguir o desenvolvimento de escala e inovação da Logoplaste no mercado internacional, particularmente nos EUA e Europa.

Gestora com experiência internacional — a BA Glass também é uma empresa internacionalizada –, Sandra Santos lamenta a forma como as grandes empresas são avaliadas em Portugal “Os jornais publicam todos os dias o mau que é ter lucros, quando são bons para se poder fazer investimento. Se não tivemos lucros e não fizermos investimento, somos e seremos pobres. O preconceito com o investimento e os lucros vem de há muito tempo e, obviamente, os nossos políticos, sejam lá de que cor forem, têm feito um trabalho péssimo naquilo que é a promoção da criação de riqueza para todos“.

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Vinho ‘manda abaixo’ exportações de cortiça. Guerra comercial vai travar “recuperação rápida”

Indústria da cortiça perdeu 5,2% das vendas ao estrangeiro em 2024, equivalente a 63 milhões de euros. França e EUA reduziram procura por rolhas e “conjuntura internacional” vai atrapalhar a retoma.

Depois de terem aberto o champanhe para festejar um novo recorde nas exportações em 2023, os industriais portugueses da cortiça são agora obrigados a manter a garrafa no congelador devido à quebra de 5,2% nas vendas ao exterior registada em 2024 e pressionada pelo “impacto das dificuldades no setor vitivinícola a nível mundial”.

Segundo dados da associação do setor (APCOR), as vendas internacionais baixaram para 1.148 milhões de euros no ano passado, influenciadas pela redução na procura por rolhas de cortiça – valem mais de 70% do valor exportado – em “mercados-chave” como EUA e França. Ainda assim, a reta final do ano foi de recuperação parcial, dado que até setembro estava a perder 7% em termos homólogos.

“Fatores como o contexto económico e respetiva inflação, que afetou o poder de compra dos consumidores, assim como algumas tendências associadas a hábitos de consumo, explicam a quebra de consumo de vinho em vários mercados representativos”, justifica a associação patronal de um setor composto por mais de 800 empresas e que assegura cerca de 8.500 empregos diretos.

Por outro lado, para a redução do volume de rolhas exportadas contribuiu a “menor competitividade da indústria” provocada pelo aumento do preço da matéria-prima: o preço médio pago à produção subiu à volta de 20% na campanha de 2023. Um efeito que não se fará sentir este ano, uma vez que, como o ECO noticiou, na última campanha já baixou 15% e até deixou por extrair parte da cortiça disponível na árvore.

É em França, o maior produtor mundial de vinho, que estão os principais compradores de cortiça portuguesa. Espanha, EUA, Itália e Alemanha completam o top 5 de destinos para as fábricas nacionais. A balança comercial mantém-se “sólida”, com um saldo positivo de 929 milhões de euros e as exportações a cobrirem 5,2 vezes as importações deste produto em que Portugal lidera a nível mundial.

A conjuntura internacional, nomeadamente de guerras comerciais entre blocos económicos, não nos permite antecipar uma recuperação rápida, mas o setor está a responder com medidas de adaptação.

Paulo Américo de Oliveira

Presidente da APCOR

Em declarações ao ECO, na véspera da eleição de Donald Trump, o presidente da APCOR, Paulo Américo de Oliveira, lembrou que os EUA são o maior importador e consumidor de vinho, avisando que a subida nas tarifas poderá ter “implicações significativas nas exportações diretas, assim como impacto indireto através da redução de exportações de vinho de mercados clientes de produtos de cortiça”, notando igualmente os efeitos diretos sobre os materiais de construção.

Paulo Américo Oliveira, presidente da APCOR – Associação Portuguesa da Cortiça

Com o novo ocupante republicano da Casa Branca a começar a cumprir as ameaças que tinha feito durante a campanha, o também CEO da Amorim Florestal atesta agora que “a conjuntura internacional, nomeadamente de guerras comerciais entre blocos económicos, não permite antecipar uma recuperação rápida”.

Paulo Américo de Oliveira garante, porém, que o setor “está a responder com medidas de adaptação e [continuará] a apostar na inovação, na diversificação de mercados e na promoção internacional da cortiça como forma de relançar as exportações do setor e voltar a uma linha de crescimento alinhada com os anos precedentes”.

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Município do Porto constrói 291 casas de arrendamento acessível

Município do Porto tem em execução um projeto urbanístico de habitação acessível, em Lordelo do Ouro, num investimento global de 60 milhões de euros.

Construção de habitação acessível em Lordelo do Ouro (Porto)18 fevereiro, 2025

A Câmara Municipal do Porto iniciou a construção de mais um dos cinco blocos para habitação acessível em Lordelo do Ouro, o Edifício C, que envolve um investimento de 4,5 milhões de euros e soma às 91 habitações já em construção. Ao todo, serão construídas 291 casas, envolvendo mais de 60 milhões de euros nas imediações dos bairros Pinheiro Torres, Mouteira e Condominhas.

Depois da primeira fase da operação de Lordelo do Ouro ter iniciado, no final de janeiro, com o Edifício E (91 fogos), arrancou agora a obra do bloco habitacional C que irá agregar 18 fogos para renda acessível.

Este neste edifício C prevê a construção de 12 habitações municipais de tipologia T1, três de tipologia T2 e três de tipologia T3, além de cinco espaços para fins comerciais. O projeto contempla um logradouro privado ajardinado e cinco pisos de construção – quatro dos quais acima da cota da soleira e um piso de estacionamento.

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Deputado Miguel Arruda é suspeito de oito crimes de furto qualificado

  • ADVOCATUS
  • 18 Fevereiro 2025

O deputado não inscrito Miguel Arruda, ex-Chega, é suspeito de oito crimes de furto qualificado, avança a SIC Notícias. Em causa está o furto de malas no aeroporto de Lisboa.

O deputado não inscrito Miguel Arruda é suspeito de oito crimes de furto qualificado, avança a SIC Notícias. Em causa está o furto de malas no aeroporto de Lisboa pelo ex-deputado do Chega.

O Tribunal Central de Instrução Criminal já informou o Parlamento que considera que existem “fortes indícios da prática de crime” contra Miguel Arruda, puníveis com pena de prisão até cinco anos. Segundo revela a SIC Notícias, a informação está no parecer que formaliza o pedido de levantamento da imunidade parlamentar, que será apresentado esta quarta-feira.

Em 21 de janeiro, deputado não inscrito Miguel Arruda foi constituído arguido por suspeita do furto de malas no aeroporto de Lisboa, e nesse mesmo dia a PSP realizou buscas nas casas do deputado em São Miguel e em Lisboa.

Em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Miguel Arruda terá furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas do aeroporto de Lisboa quando viajava vindo dos Açores no início das semanas de trabalhos parlamentares.

Dois dias depois, Miguel Arruda reuniu-se com o líder do Chega, André Ventura, e anunciou que ia desfiliar-se do partido e passaria a deputado não inscrito.

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Mais um candidato à Ordem dos Advogados que suspende a campanha eleitoral

Maria de Lurdes Évora, candidata ao Conselho Regional de Évora da Ordem dos Advogados junta-se assim ao candidato ao Conselho Regional de Lisboa, Pedro Rocha, na suspensão da campanha eleitoral.

“Atendendo a todo o ruído e todas as polémicas que envolvem estas eleições, a que temos assistido com grande preocupação, entendemos suspender toda e qualquer ação de campanha, até que se saiba se o processo eleitoral vai ou não prosseguir e de acordo com as instruções que recebemos da Comissão Eleitoral”. A explicação é dada por Maria de Lurdes Évora, candidata ao Conselho Regional de Évora da Ordem dos Advogados que se junta assim ao candidato ao Conselho Regional de Lisboa, Pedro Rocha, na suspensão da campanha eleitoral.

No domingo, Pedro Rocha suspendeu a campanha eleitoral da sua lista (Lista D), relativa às eleições antecipadas para a Ordem dos Advogados (OA), marcadas para 18 e 19 de março. “A Lista D informa que suspende, com efeitos imediatos, todos os atos de campanha eleitoral”, disse Pedro Carrilho da Rocha.

O ECO/Advocatus contactou todos os candidatos a bastonário da Ordem dos Advogados, ao Conselho Superior da OA e ainda ao CR de Lisboa e todos responderam que não pretendem suspender a campanha porque não foram notificados de nenhuma decisão judicial, apesar de receberem mail do presidente da Comissão Eleitoral da OA nesse sentido. Já a bastonária da OA, Fernanda de Almeida Pinheiro, também ela recandidata, e que foi formalmente notificada a 11 de fevereiro pelo tribunal, não respondeu ao ECO/Advocatus. Tal como o presidente da Comissão Eleitoral da OA.

O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa decidiu, no final de janeiro, que as eleições antecipadas marcadas pela atual bastonária da OA têm se ser suspensas. A citação chegou na terça-feira, dia 11, à Ordem dos Advogados (OA). Porém, Fernanda de Almeida Pinheiro pode elaborar uma “resolução fundamentada”, no prazo de 15 dias, alegando que a suspensão ou adiamento do ato eleitoral seja “gravemente prejudicial para o interesse público”.

Em causa um pedido para impugnar as eleições antecipadas entregue por um grupo de sete advogados que alegam que esta medida da bastonária é “ilegal e inconstitucional”. O tribunal decidiu que a Ordem dos Advogados pode deduzir oposição no prazo de dez dias, mas “com expressa advertência de que não pode, após a citação, iniciar ou prosseguir a execução do ato suspendendo (ou seja, o ato de convocação de eleições), atento o disposto no artigo 128º, nº 1 do CPTA”, diz a decisão da magistrada. E é este argumento da juíza que este grupo de advogados sugere que a bastonária ignorou.

A bastonária, a 11 de fevereiro, respondeu a esta decisão através de uma resolução fundamentada, apelando ao interesse público. A bastonária dos mais de 37 mil advogados – também recandidata nas eleições por si antecipadas e marcadas para os dias 18 e 19 de março – defende assim que “a tramitação procedimental de qualquer ato eleitoral não pode, atenta à sua natureza de urgência qualificada, compadecer-se com situações indefinidas no tempo e por isso não poderá o ato eleitoral, por maioria de razão, ser compaginado com a provisoriedade do decretamento de qualquer medida cautelar”, explica. Admitindo ainda que caso a OA não prossiga com o ato eleitoral haverá uma paralisação das atividades da instituição e que a suspensão da campanha eleitoral não permite que o eleitorado fique esclarecido.

Como segundo fundamento, a bastonária refere ainda os “graves prejuízos financeiros para a OA, em virtude do protelamento da execução do ato eleitoral. Referimo-nos aos encargos assumidos com a OA com a celebração de contratos necessários à realização das eleições”. E concretiza: o contrato de aquisição de plataforma informática para o voto eletrónico – celebrado a 10 de janeiro pelo valor de 85 mil euros e o de aquisição de serviços de auditoria do voto eletrónico, no valor de 25 mil euros. Assumindo que, caso as eleições sejam adiadas, não haverá possibilidade financeira para celebrações de um futuro ato eleitoral.

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Repsol tem até 120 mil euros para acelerar transição energética

As candidaturas para a 14.ª edição do Fundo Empreendedores da Fundação Repsol decorrem até 24 de março.

A Fundação Repsol tem até 120 mil para apoiar startups na área da transição energética. As candidaturas para a 14.ª edição do Fundo Empreendedores decorrem até 24 de março.

“Na Repsol, acreditamos que a inovação e o empreendedorismo são pilares fundamentais para impulsionar uma transição energética sustentável. O Fundo de Empreendedores permite-nos apoiar projetos promissores que desafiam o status quo e criam soluções concretas para os desafios energéticos do futuro”, afirma Joaquim Reis, diretor da Fundação Repsol em Portugal, citado em comunicado.

A decorrer há mais de uma década, esta iniciativa dirige-se a projetos “em fase pré-comercial nas áreas da economia circular, captura de CO2, combustíveis e materiais renováveis, eficiência energética, gestão de água, energia renovável, mobilidade avançada e digitalização aplicada à transição energética”, elenca a Repsol.

Anualmente, cinco a sete startups são selecionadas para integrar o programa, recebendo um financiamento até 120 mil euros em forma de empréstimo convertível. As empresas recebem ainda mentoria — de profissionais do Repsol Technology Lab e de especialistas de diversas áreas do setor — e podem testar protótipos em condições reais de operação, tanto nas instalações industriais da Repsol como de terceiros.

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Jacquemus entra no universo da beleza com a L’Oréal Luxe

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 18 Fevereiro 2025

O Grupo L’Oréal acaba de anunciar uma parceria exclusiva e de longo prazo com a JACQUEMUS, marcando a entrada da icónica marca francesa no setor da beleza.

O acordo, reforçado por uma participação minoritária da L’Oréal, permitirá que a Jacquemus mantenha a sua independência criativa, ao mesmo tempo que beneficia da expertise e do alcance global da gigante da cosmética.

Desde a sua fundação, em 2009, Simon Porte Jacquemus tem vindo a redefinir os códigos da moda com uma abordagem singular e altamente visual. A sua marca tornou-se sinónimo de inovação e desejo, marcada por desfiles memoráveis que transformam paisagens idílicas e locais históricos em cenários de arte. Agora, essa mesma criatividade promete ser traduzida para o universo da beleza de luxo, consolidando a identidade contemporânea da Jacquemus numa nova categoria de produtos.

Cyril Chapuy, Diretor-Geral da L’Oréal Luxe, expressou entusiasmo com a colaboração: “Estamos entusiasmados por dar as boas-vindas à Jacquemus e por, em conjunto, dar largas ao seu extraordinário potencial agora no universo da beleza de luxo. Com a sua identidade de marca única, impulsionada por uma criatividade e expressão excecionais, a Jacquemus complementará na perfeição o portefólio de marcas da L’Oréal Luxe e reforçará a nossa liderança global”.

Por seu lado, Simon Porte Jacquemus vê a parceria como a realização de um sonho: “Há quinze anos, comecei a sonhar e a criar a Jacquemus, sempre com a fragrância e a beleza presentes na minha visão da marca. Hoje, tenho orgulho em concretizar este sonho com o líder mundial da beleza, L’Oréal. Mal posso esperar para ver o que o futuro nos reserva”.

A expansão da Jacquemus para o setor da beleza surge num momento em que a marca já consolidou a sua presença no universo do luxo, expandindo-se para o retalho físico e construindo uma comunidade global de seguidores leais. Com este novo capítulo, a marca promete trazer uma abordagem diferenciadora para a cosmética e perfumaria, inspirada no espírito leve, sensual e sofisticado que define o ADN da Jacquemus.

Ainda não há detalhes sobre os primeiros produtos a serem lançados, mas a expectativa é elevada. Se a moda da Jacquemus é uma fusão de modernidade e nostalgia mediterrânica, é provável que as suas criações no universo da beleza sigam a mesma linha – frescas, inovadoras e irresistivelmente desejáveis.

Com esta aliança, a L’Oréal reforça a sua estratégia de parceria com marcas emergentes de luxo, enquanto a Jacquemus escreve um novo capítulo na sua história. Resta aguardar para ver como esta união redefinirá os padrões da beleza de luxo nos próximos anos.

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Governo acredita que mudança à “lei dos solos” será aprovada esta quarta-feira com os votos do PS

Ministro das Infraestruturas e Habitação considera que voto favorável do PS “é o desiderato mais provável de acontecer”. Socialista Alexandra Leitão não é tão taxativa.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, assinalou nesta terça-feira, numa conferência da CNN, a confiança de que os deputados do Partido Socialista irão aprovar, juntamente com os sociais-democratas, as alterações à designada “lei dos solos”, com a qual se permite a passagem de terrenos rústicos para urbanos.

Esta votação na especialidade das propostas de alteração ao Decreto-Lei 117/2024, que veio introduzir mudanças no Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, acontecerá esta quarta-feira na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação.

No dia 24 de janeiro, quando o Parlamento votou a medida do Bloco de Esquerda, PCP, Livre e PAN que pretendia revogar a “lei dos solos”, o PS absteve-se, permitindo que o decreto-lei publicado no final de dezembro entrasse em vigor – o PSD, CDS, IL, Chega e Miguel Arruda votaram contra a iniciativa da esquerda. Nesse momento, os ministros da Coesão Territorial e das Infraestrutura e Habitação, Manuel Castro Almeida e Miguel Pinto Luz, asseguraram, em nome do Governo, a aceitação das exigências socialistas.

O Governo humilde, minoritário, tem de estar disponível para esse diálogo parlamentar. Qualquer soberba, qualquer atitude de alguma arrogância, era prejudicial ao que todos queremos, mais terrenos disponíveis para construção. O diálogo estabeleceu-se desde a primeira hora e o PS sinalizou as suas linhas vermelhas sobre a lei dos solos

Miguel Pinto Luz

Ministro das Infraestruturas e Habitação

Agora, nesta terça-feira, véspera da votação do decreto-lei na especialidade, Pinto Luz manifestou confiança no voto favorável do PS. Falando à margem desta conferência, Alexandra Leitão, líder da bancada parlamentar socialista, descreveu as palavras de Pinto Luz como “uma forma de colocação que o senhor ministro optou”.

A não viabilização pelo PS da tentativa dos partidos à sua esquerda para revogar a lei foi feita “com a condição de algumas alterações serem introduzidas”, explicou Alexandra Leitão. E justificou a necessidade de alterar a proposta do Governo, perante a qual o PS tem como uma das principais objeções a possibilidade de comercializar as habitações ali construídas por preços acima da mediana nacional e municipal.

Assim, o PS pretende “mitigar alguns aspetos da versão original da lei” que “pareciam perigosos”. Agora, “temos votação na comissão e estamos na expectativa de que essa aceitação se materialize numa votação a favor da AD relativamente às propostas de alteração do PS”, acrescenta.

Antes, Pinto Luz já tinha deixado nota da vontade do Governo de adaptar o decreto-lei às exigências do partido liderado por Pedro Nuno Santos. “O Governo humilde, minoritário, tem de estar disponível para esse diálogo parlamentar. Qualquer soberba, qualquer atitude de alguma arrogância, era prejudicial ao que todos queremos, mais terrenos disponíveis para construção. O diálogo estabeleceu-se desde a primeira hora e o PS sinalizou as suas linhas vermelhas sobre a lei dos solos. A mais importante, emblemática, estabeleceu como limite o preço do HCC [habitação a custos controlados]”, disse.

Esta bitola, notou o ministro, difere entre municípios, e nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto poderá ficar aquém da rentabilidade exigida pelos privados, resultando, ali, na inviabilização da utilização de solos atualmente rústicos para habitação.

Pretendemos mitigar alguns aspetos da versão original da lei que nos pareciam perigosos. Agora, temos votação na comissão e estamos na expetativa de que essa aceitação se materialize numa votação a favor da AD relativamente às propostas de alteração do PS.

Alexandra Leitão

Líder parlamentar do Partido Socialista

“Se o PS perseguir com que foi a sua intenção no debate [de dia 24 de janeiro]”, a aprovação nesta quarta-feira “é o desiderato mais provável de acontecer”, considera Pinto uz.

A aceitação do Executivo de Luís Montenegro para alterar o teto dos preços das novas casas do conceito de “preço moderado” (125% da mediana do concelho onde está o imóvel ou 225% da mediana nacional) para habitação a custos controlados “é a grande cedência política” do Governo, diz o ministro.

Já no caso da inserção da palavra contiguidade na lei – formulação que, defende o PS, assegura que a conversão de solos rústicos para habitação só poderá acontecer junto aos aglomerados populacionais –, “o Governo tem total abertura para o estabelecer”. Entre PS e PSD “é muito mais o que nos une que o que nos separa”, assegura Pinto Luz.

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Festival da Comida Continente regressa ao Porto a 12 e 13 de julho

  • + M
  • 18 Fevereiro 2025

De entrada livre, o Festival da Comida Continente junta nomes da música portuguesa e internacional às "mais recentes tendências da gastronomia".

O Festival da Comida Continente regressa ao Parque da Cidade no Porto. Com o objetivo de “democratizar o acesso à cultura e ao entretenimento“, o evento decorre a 12 e 13 de julho.

De entrada livre, o Festival da Comida Continente junta nomes da música portuguesa e internacional às “mais recentes tendências da gastronomia”, com dois dias “repletos de concertos, receitas preparadas por chefs de renome, experiências gastronómicas e provas de vinhos”.

Com um recinto de cerca de 250 mil m2 onde se juntam chefs de cozinha e produtores durante dois dias, o Festival da Comida Continente — premiado pelos BEA Word Awards — estará aberto das 10h30 à 01h00 no sábado, dia 12 de julho, e das 10h30 às 23h00 no domingo, dia 13 de julho.

O festival é também pet friendly e reconhecido pela Sociedade Ponto Verde com a certificação 3R6. O programa completo, incluindo a experiência gastronómica e o cartaz de música do festival, serão “anunciados brevemente”, avança o Continente.

No ano em que celebra 40 anos, a marca promete uma festa “ainda maior”, com mais bandas e artistas, assim como uma programação infantil alargada.

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