Altice vai mudar marca institucional para Meo

  • Lusa e + M
  • 29 Janeiro 2025

O anúncio surge numa altura em o grupo fundado por Patrick Drahi está a estudar vender ativos em Portugal separadamente, e não a operação como um todo.

A Altice confirmou à Lusa que decidiu alterar a designação das marcas institucionais em Portugal para Meo, à exceção da Altice Labs que, por agora, irá manter-se.

A operadora justificou a alteração com o objetivo de “simplificar a comunicação e unificar a sua presença no mercado sob uma identidade única”, explicou fonte oficial, questionada pela Lusa.

Desta forma, as marcas institucionais assumem a marca Meo, nomeadamente a Fundação Altice que passa a Fundação Meo e a Altice Cuidados de Saúde passa a Meo Cuidados Saúde.

“Este caminho de simplificação de marcas e comunicação iniciou-se em 2023, como é exemplo disso a Meo Empresas”, acrescentou a empresa liderada por Ana Figueiredo, sem revelar, contudo, o custo desta mudança.

Além do segmento empresarial, a marca Meo também endereça os serviços para o mercado residencial.

“O Meo é uma marca profundamente enraizada no coração dos portugueses, símbolo de inovação, confiança e excelência. A decisão de a adotar como marca corporativa reflete o orgulho da empresa no seu legado e a sua visão de futuro para liderar o setor com serviços de ponta e avanços tecnológicos”, justifica entretanto a Altice em comunicado.

O anúncio tinha sido feito pela operadora a todas as organizações representativas dos trabalhadores (ORTs) numa reunião que decorreu na terça-feira, 28 de janeiro, e surge numa altura em o grupo fundado por Patrick Drahi está a estudar vender ativos em Portugal separadamente, e não a operação como um todo, como chegou a estar em cima da mesa.

Os sindicatos e a comissão de trabalhadores “ficaram a saber que irá existir um ‘rebranding’ [mudança de imagem]” e que vai deixar de haver a “marca Altice””, informou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV) em comunicado emitido hoje.

No documento, a entidade sindical detalhou ainda que a Geodesia voltará a ser Meo Serviços Técnicos, mas que no toca à Altice Labs, o quartel-general de inovação do grupo, ainda está por decidir.

“A alteração não teve a nossa oposição, uma vez que se trata de uma marca forte no setor, e com esta mudança estamos em crer que vem contribuir para reforçar e valorizar a marca Meo, isto é, “uma nova cara lavada” ou “limpar a imagem” sobre o que mais de negativo aconteceu nos últimos anos”, lembra o SINTTAV.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministra alerta que transposição da diretiva dos salários mínimos “estava muito atrasada”

"Ainda nem tinha começado os trabalhos". A frase é da ministra do Trabalho e diz respeito ao trabalho que o Governo ainda não tinha feito para transpor a diretiva europeia dos salários mínimos.

A ministra do Trabalho alertou esta quarta-feira que o Governo anterior “ainda nem tinha começado os trabalhos” para a transposição da diretiva europeia sobre os salários mínimos adequados, pelo que o processo estava “muito atrasado“. O Parlamento discutiu esta tarde a proposta de lei que verte essa diretiva para a lei portuguesa e que prevê, nomeadamente, a atualização anual do salário mínimo nacional.

“Não somos livres de transpor ou não transpor uma diretiva. Temos de as transpor, a não ser que o sistema nacional já responda. Esta transposição [diz respeito] a duas ou três normas. Tivemos de o fazer muito rapidamente, porque estava muito atrasada, ainda nem tinham começado os trabalhos, quando chegamos“, explicou Maria do Rosário Palma Ramalho, em resposta aos deputados.

A ministra disse ainda estranhar o agendamento deste debate para esta quarta-feira, visto que o processo de consulta pública ainda decorre até ao início de fevereiro.

Quanto à proposta de lei em discussão, Palma Ramalho sublinhou que, em termos gerais, a lei portuguesa “já é compatível” com a diretiva em causa, mas é preciso fazer alguns ajustes.

Por exemplo, entre os critérios que servem de base à evolução da retribuição mínima garantida, é preciso acrescentar o nível geral de salários e a taxa de crescimento dos vencimentos.

Além disso, de forma a estimular a negociação coletiva, é proposto que, “sempre que a taxa de cobertura da negociação coletiva seja inferior a 80%”, seja desenhado um plano de ação, “mediante consulta prévia aos parceiros sociais”.

Outra alteração prevista nesta proposta de lei é estabelecer que o salário mínimo nacional é atualizado todos os anos, após ter sido ouvida a Concertação Social.

Da oposição, ouviram-se várias críticas ao facto de não terem sido ouvidos previamente os parceiros sociais. “Deveria ter tido uma auscultação aos parceiros sociais. Lamentamos que o Governo não tenha tido essa auscultação“, atirou Patrícia Caixinha, do PS.

A isto, o secretário de Estado do Trabalho, Adriano Rafael Moreira, respondeu, porém, que as confederações empresariais e as centrais sindicais fizeram a sua apreciação por escrito. “Da parte do Governo, consideramos cumpridos os requisitos”, assinalou o responsável.

Já numa audição que se seguiu ao plenário, a ministra do Trabalho explicou que não foi feita discussão com os parceiros sociais (além dos contributos escritos) por não haver tempo para tal. “Enquanto eu estiver à frente do Ministério do Trabalho, não haverá processos de infração na transposição de diretivas“, assegurou.

Apesar das críticas, aos deputados, a ministra do Trabalho sinalizou também que o Governo está disponível para, na especialidade, “acolher propostas de melhoramento desta proposta de lei”.

Notícia atualizada às 20h11

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Operação Marquês. STJ decidiu contra primo de Sócrates e julgamento já pode avançar

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) não deu razão a José Paulo Bernardo Pinto de Sousa, primo do José Sócrates, também arguido na Operação Marquês.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) não deu razão a José Paulo Bernardo Pinto de Sousa, primo do José Sócrates, também arguido na Operação Marquês. Esta decisão pode agora acelerar a marcação do julgamento de Sócrates e restantes arguidos no âmbito da Operação Marquês, já que este recurso tinha efeito suspensivo do processo. E esse mesmo julgamento só poderia ser marcado depois de esta decisão ser proferida.

O STJ decidiu que tendo o julgamento de recurso sido realizado pelas Juízas Desembargadoras a quem o processo tinha sido distribuído, “e num caso em que o exame preliminar e os vistos são anteriores à transferência destas para outros tribunais, não se traduz em qualquer designação arbitrária ou discricionária de juiz, nem na criação contra legem de um tribunal ad hoc, como alegava o recorrente”, diz a decisão do Supremo.

O antigo primeiro-ministro, José Sócrates, fala aos jornalistas à chegada ao Campus de Justiça, para ser ouvido pela juíza Margarida Alves sobre viagens ao Brasil, em Lisboa, 30 de junho de 2022. JOSE SENA GOULAO/LUSAJOSE SENA GOULAO/LUSA

Em causa está um recurso da defesa de José Paulo Pinto de Sousa, também arguido no processo Operação Marquês, que contesta a competência de duas das três juízas desembargadoras do coletivo do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que em janeiro de 2024 deu razão a um recurso do Ministério Público e com isso recuperou quase na íntegra a acusação e os crimes que o juiz Ivo Rosa tinha deixado cair na fase de instrução.

O recurso contestava que as desembargadoras Raquel Lima e Madalena Caldeira pudessem ter integrado o coletivo e proferido a decisão por terem sido colocadas na Relação do Porto e na Relação de Guimarães, respetivamente, no movimento de juízes de anterior, alegando a defesa que já não faziam, por isso, parte do TRL.

Esse recurso foi inicialmente rejeitado pela Relação de Lisboa, mas posteriormente o Supremo Tribunal de Justiça veio decidir que o recurso deve ser apreciado, obrigando o TRL a admiti-lo para que o Supremo se pudesse pronunciar.

Sócrates foi acusado pelo MP, em 2017, de 31 crimes, designadamente corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas na decisão instrutória, em 9 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa decidiu ilibar o antigo governante de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento apenas por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos.

A decisão das juízas da Relação recuperou quase na totalidade a acusação do MP na Operação Marquês e determinou a ida a julgamento de 22 arguidos por 118 crimes económico-financeiros, revogando a decisão instrutória do juiz Ivo Rosa, que remeteu para julgamento apenas José Sócrates, Carlos Santos Silva, o ex-ministro Armando Vara, Ricardo Salgado e o antigo motorista de Sócrates, João Perna.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fed faz uma pausa e mantém taxas de juro inalteradas na primeira decisão da era Trump

A Fed fez uma pausa no ciclo de cortes das taxas de juros, decidindo de forma unânime manter as Fed Funds entre 4,25% - 4,5%, apesar da forte pressão do Presidente de Donald Trump para mais cortes.

A Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) decidiu manter as taxas de juro de referência no intervalo entre 4,25% e 4,50%, uma decisão amplamente antecipada pelos mercados e pelos analistas.

Esta medida surge num contexto de crescente pressão política, nomeadamente do presidente Donald Trump, que tem criticado abertamente a política monetária do banco central americano e pressionado o banco central a cortar as Fed Funds imediatamente.

A decisão, anunciada após a reunião do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC), reflete a cautela da Fed face à incerteza económica atual. Apesar dos sinais de abrandamento da inflação nos últimos meses, a autoridade monetária optou por manter uma postura vigilante, evitando sinais prematuros de relaxamento da política monetária.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

De acordo com o comunicado do FOMC, “os indicadores recentes sugerem que a atividade económica continuou a expandir-se a um ritmo sólido”. Esta afirmação sugere que a Fed vê sinais positivos no desempenho da economia americana, apesar dos desafios enfrentados nos últimos anos.

O mercado de trabalho, um dos pilares fundamentais da economia e mais relevantes nas decisões da Fed, parece manter-se robusto. “A taxa de desemprego estabilizou num nível baixo nos últimos meses, e as condições do mercado de trabalho permanecem sólidas”, lê-se no documento. Esta estabilidade no emprego é um fator crucial para a manutenção do poder de compra das famílias e para a sustentação da procura interna.

No entanto, a inflação continua a ser uma preocupação para os decisores de política monetária dos EUA. O comunicado afirma que “a inflação mantém-se ligeiramente elevada.” Esta constatação sugere que, apesar dos esforços da Fed para controlar a subida dos preços, ainda há caminho a percorrer para atingir a meta de inflação de 2% definida pelo banco central.

Equilíbrio entre emprego máximo e estabilidade de preços

A Fed, liderada por Jerome Powell, reiterou o seu compromisso duplo de alcançar o emprego máximo e a estabilidade de preços. O FOMC declara que “procura alcançar o emprego máximo e uma inflação à taxa de 2% a longo prazo”. Este objetivo duplo reflete o mandato legal da Fed e orienta as suas decisões de política monetária.

Numa avaliação dos riscos, o banco central considera que “os riscos para alcançar os seus objetivos de emprego e inflação estão aproximadamente equilibrados”. Esta perspetiva equilibrada sugere que a Fed não vê, neste momento, uma necessidade premente de alterar significativamente a sua postura de política monetária.

A decisão de manter as taxas de juro inalteradas foi justificada como um apoio aos objetivos da Fed. No entanto, o banco central norte-americano deixa em aberto a possibilidade de ajustes futuros.

Apesar dos sinais positivos, o FOMC reconhece que “as perspetivas económicas são incertas”. Esta admissão de incerteza reflete a complexidade do ambiente económico global e a dificuldade em prever com precisão os desenvolvimentos futuros. Face a esta incerteza, o Comité afirma estar “atento aos riscos para ambos os lados do seu duplo mandato”. Esta vigilância constante permite à Fed ajustar a sua política monetária de forma ágil, caso surjam novos desafios ou oportunidades.

A decisão de manter as taxas de juro inalteradas foi justificada como um apoio aos objetivos da Fed. No entanto, o banco central norte-americano deixa em aberto a possibilidade de ajustes futuros. O comunicado indica que “ao considerar a extensão e o momento de ajustes adicionais ao intervalo-alvo para a taxa dos fundos federais, o Comité avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a evolução das perspetivas e o equilíbrio dos riscos”.

Redução do balanço e compromisso com a estabilidade

A Fed revela também que continua o seu processo de redução do balanço, iniciado após o período de expansão monetária durante a pandemia. O FOMC afirma que “continuará a reduzir as suas participações em títulos do Tesouro e dívida de agências e títulos hipotecários garantidos por agências”.

Reafirmando o seu compromisso com os objetivos de longo prazo, o Comité declara também estar “fortemente empenhado em apoiar o emprego máximo e em fazer regressar a inflação ao seu objetivo de 2%”.

O FOMC sublinha ainda a sua abordagem baseada em dados e a sua disposição para ajustar a política conforme necessário. O comunicado afirma que “ao avaliar a postura apropriada da política monetária, o Comité continuará a monitorizar as implicações da informação recebida para as perspetivas económicas”.

A decisão da Fed de manter as taxas de juro inalteradas reflete uma avaliação cautelosa da economia americana. Enquanto reconhece o progresso na atividade económica e no mercado de trabalho, mantém-se vigilante face aos riscos de inflação e às incertezas económicas globais.

Além disso, a Fed destaca que mantém-se preparada para responder a riscos emergentes. “O Comité estaria preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado se surgirem riscos que possam impedir a prossecução dos objetivos do Comité”.

Para implementar esta linha de política monetária, a Fed anunciou várias decisões operacionais. Entre elas, destaca-se a manutenção da taxa de juro paga sobre os saldos de reserva em 4,4%, decidida por unanimidade, e a continuação das operações de recompra overnight com uma taxa mínima de licitação de 4,5%.

O Comité também votou para “conduzir operações de acordos de recompra reversa overnight permanentes a uma taxa de oferta de 4,25% e com um limite por contraparte de 160 mil milhões de dólares por dia”.

A decisão da Fed de manter as taxas de juro inalteradas reflete uma avaliação cautelosa da economia americana. Enquanto reconhece o progresso na atividade económica e no mercado de trabalho, a entidade liderada por Jerome Powell mantém-se vigilante face aos riscos de inflação e às incertezas económicas globais.

A decisão da Fed sugere uma abordagem equilibrada, pronta para ajustar a política conforme necessário para apoiar a recuperação económica sustentável e a estabilidade de preços a longo prazo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Startup Braga lança programa de aceleração na área da saúde

O Global Health Accelerator é o primeiro passo para a criação de um cluster de BioMedTech na cidade minhota.

A Startup Braga abriu até 28 de fevereiro as candidaturas ao Global Health Accelerator, programa de aceleração dirigido a startups early to mid-stage nas áreas da saúde, biotecnologia e nanotecnologia. Selecionados serão conhecidos em meados de março e programa arranca em setembro. É o primeiro passo para a criação de um cluster de BioMedTech na cidade minhota.

“O Global Health Accelerator é o primeiro passo para a construção de um novo Centro de Valorização e Transferência de Tecnologias (CVTT), com o objetivo de responder à crescente necessidade de espaços de validação laboratorial para startups e consolidar a estratégia de especialização inteligente da região”, informa a Startup Braga.

O projeto, tal como tinha avançado em novembro o ECO em primeira mão, tem um investimento estimado de cinco milhões de euros e tem como objetivo a criação de um cluster para BioMedTech, que distinga Braga dentro e fora de Portugal.

Sword Health, PeekMed, Nutrium e RUBYnanomed, que coletivamente angariaram mais de 320 milhões de euros em financiamento, são algumas das startups que nasceram na Startup Braga.

Agora a Startup Braga, em colaboração com o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) e o Centro Clínico Académico de Braga (2CA-Braga), arranca com Global Health Accelerator, com as candidaturas a decorrer até 28 de fevereiro — as entrevistas realizam-se de 17 de fevereiro a 5 de março — sendo as startups selecionadas conhecidas a 14 de março.

A quem se dirige?

O programa destina-se a empresas em fase de arranque — startups em early ou mid-stage, “de preferência constituídas como empresas até ao início do programa” — que estejam a desenvolver soluções na área da saúde (farmácia, dispositivos médicos, diagnósticos, saúde digital) ou bio/nanotecnologia para o bem-estar humano, incluindo a agricultura celular.

O programa híbrido — com os bootcamps presenciais a ter lugar na Startup Braga, no Forum Braga e no INL, em datas selecionadas, com sessões online complementares — decorre de 10 de abril a 18 de setembro.

Consiste em “três meses de formação personalizada em empreendedorismo para dominar as competências essenciais para a expansão” havendo ainda “seis meses de desenvolvimento de projetos-piloto / POC com líderes do setor” e “acesso a laboratórios de ponta, parcerias estratégicas com a indústria e mentoria especializada”, culminando num Demo Day, a 18 de setembro, onde as startups apresentam os seus projetos, detalha a Startup Braga.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vilamoura mostra que é “destino de excelência” para viver em campanha assinada pela VML

  • + M
  • 29 Janeiro 2025

Assinada pela VML, a campanha "A Arte de Viver" explora o conceito de ‘quiet luxury’ e posiciona Vilamoura como destino residencial ao longo de todo o ano.

Vilamoura apresenta-se como um “destino de excelência” com o lançamento da campanha “A Arte de Viver”, que visa reforçar a reputação de Vilamoura como “refúgio para aqueles que procuram um estilo de vida autêntico, em plena harmonia com a natureza”.

O spot, assinado pela VML, “convida todos a imaginar a vida numa das localizações mais cobiçadas do mundo, onde se alia um estilo de vida sereno a comodidades de excelência”, lê-se em nota de imprensa. A campanha é da Vilamoura Lusotur SIC, Imobiliaria Fechada, gerida pela Norfin SGOIC, em parceria com a Vilamoura Properties.

Com o nosso segundo vídeo da marca, rico em sensações, voltamos a destacar que a construção de ligações emocionais fortes com a marca é fundamental para qualquer estratégia de marketing bem-sucedida. Estamos a apresentar um destino que o nosso público escolhe ativamente e procura, para além dos projetos que desenvolvemos e das casas que vendemos”, diz Magdalena Osmola, diretora de marketing de Vilamoura, citada em comunicado.

“Esta edição do vídeo da marca de Vilamoura foca-se na ‘Arte de Viver’ — aqueles momentos preciosos da vida quotidiana que nos fazem sentir vivos. Captura a alegria encontrada nos prazeres simples da vida, desde a vida ao ar livre sob o sol até às conexões dentro da comunidade, tudo dentro de espaços luminosos e arejados, pensados para viver”, acrescenta.

Pedro Ferreira, diretor criativo da VML e chefe de arte e cultura, explica que o conceito e script “destacam a ligação entre família e natureza”. “Com câmaras Alexa e Sony subaquáticas, a equipa captou, em três dias, a essência da luz e das sombras que definem o local, entre momentos de calma e de diversão, da praia à casa. A confiança e a colaboração entre equipa de filmagem, agência e marketing foram cruciais para a adaptação às condições meteorológicas. O resultado é um filme que retrata a arte de viver em Vilamoura”, refere.

Aquela que é a segunda campanha – que aproveita assim a boleia do “sucesso” da campanha do ano anterior e da identidade renovada da marca Vilamoura – “explora o conceito de ‘quiet luxury’, que combina harmoniosamente bem-estar, conforto e simplicidade com a beleza natural do destino, a arquitetura inovadora e a excecional qualidade de vida que o destino proporciona”.

O filme posiciona Vilamoura como um destino residencial ao longo de todo o ano, retratando um estilo de vida sereno através de momentos íntimos ao ar livre, uma vida comunitária vibrante e interiores espaçosos e repletos de luz. Com a sua arquitetura única e opções habitacionais diversificadas – desde apartamentos a vivendas – a localidade atende a várias preferências, mantendo uma ligação fluida com o ambiente envolvente”, lê-se ainda em nota de imprensa.

“A Arte de Viver” marca presença no site oficial de Vilamoura, nas plataformas digitais, redes sociais e em eventos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nowo passa a vender serviços móveis da Digi

Com a conclusão da compra pela Digi, a antiga Cabovisão deixou de vender serviços móveis próprios, enviando agora os clientes para o site da operadora romena.

A Nowo acaba de entrar numa “nova etapa” da sua vida. A antiga Cabovisão deixou de comercializar ofertas móveis próprias, canalizando as vendas para a Digi, a operadora romena que a adquiriu no ano passado, por 150 milhões de euros.

“Com esta nova fase, a venda do móvel passa a ser realizada diretamente pela Digi. Se queres aderir ao móvel, visita o site da Digi e escolhe o tarifário que melhor se adapta às necessidades”, informa a Nowo numa nota publicada no seu site.

O próprio portal também sofreu alterações, exibindo agora o logótipo da Digi, adotando a designação “Digi | Nowo”. Nesta etapa, a operadora romena, que entrou em novembro no mercado português com uma rede própria fixa e móvel, terá optado, mais uma vez, por manter a marca antiga. Pelo menos por agora.

Captura de ecrã do site da Nowo esta quarta-feira, 29 de janeiro

“A Nowo, agora integrada no grupo Digi, reforça o compromisso de oferecer serviços de telecomunicações de alta qualidade a preços justos”, refere uma nota divulgada na internet. O link do anúncio também está a ser enviado aos clientes por SMS, constatou o ECO.

Em agosto de 2024, a Digi ofereceu ao acionista espanhol da Nowo 150 milhões de euros para ficar com a empresa portuguesa, que então enfrentava sérias dificuldades financeiras. A transação surgiu pouco depois de a Autoridade da Concorrência ter chumbado a venda da Nowo à Vodafone.

A Nowo continua a oferecer no seu site pacotes de telecomunicações com internet fixa e televisão, onde, ao contrário da grelha da Digi, se incluem os canais do universo SIC. Mas o serviço móvel, que até aqui era oferecido com base na rede móvel da Meo, passa agora a ser fornecido através da rede da Digi.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Concessões de autoestradas que terminem devem manter gestão privada, defendem Governo e reguladores

Até ao final da década vai terminar a concessão de várias autoestradas, que revertem para o Estado. Governo, reguladores e IP defendem que devem voltar a ser concessionadas.

Até ao final de 2030 chegam ao fim seis concessões de autoestradas, que revertem para a Infraestruturas de Portugal. Governo, reguladores e concessionárias defendem que devem ser novamente entregues à gestão privada, mas com contratos mais robustos para o Estado.

Concessão do Oeste, em 2028, concessão do Norte, em 2029, Lusoponte, Interior-Norte, Costa de Prata e Algarve, em 2030: são estas a primeiras Parcerias Público-Privadas (PPP) que chegam ao fim nos próximos anos, se os respetivos contratos não forem prolongados em virtude dos pedidos de reequilíbrio financeiro. Nessa altura, passarão para a Infraestruturas de Portugal e há duas hipóteses: ficam no Estado ou voltam a ser concessionadas.

Caberá sempre ao Estado e concedente decidir qual o modelo a seguir. Essa reflexão tem sido feita na IP. A IP não tem estrutura nem capacidade financeira para assegurar a gestão de toda essa rede adicional, além da que tem hoje”, afirmou Maria Amália Almeida, vice-presidente da empresa pública responsável pela gestão da infraestrutura de transportes, durante o VII Congresso da Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Autoestradas ou Pontes com Portagem (APCAP), que decorreu esta quarta-feira no auditório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa.

Maria Amália Almeida salientou que os “privados desenvolveram um know-how e capacidade que o país não deve desperdiçar“. Face aos investimentos muito significativos que serão necessários para a manutenção e reforço da resiliência da rede às alterações climáticas, a vice-presidente da IP defende que “não será possível nem desejável afastar das opções uma segunda geração de concessões“.

Não podemos deitar fora know-how que foi acumulado no sistema por estes atores. Esta mudança tem de ser encarada como um momento de concorrência. E não é entre o Estado e privados, é concorrência entre privados.

Ana Paula Vitorino

Presidente da Autoridade da Mobilidade e Transportes

Uma opinião partilhada pela presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes. “Não podemos deitar fora know-how que foi acumulado no sistema por estes atores. Esta mudança tem de ser encarada como um momento de concorrência. E não é entre o Estado e privados, é concorrência entre privados”, afirmou Ana Paula Vitorino, na mesma conferência. “Não faz sentido estar a transformar a IP naquilo que não deve ser e persistir num modelo em que o Estado faz tudo. Isso é um modelo do passado“, acrescentou.

“Há 2.600 quilómetros de autoestrada que se nada se fizer passam automaticamente para a IP. Não me parece que a IP, com a estrutura que tem, tenha capacidade para gerir mais 2.600 quilómetros com o nível de qualidade de serviço que tem atualmente”, afirmou também João Caetano, presidente do Instituto da Mobilidade e Transportes. O responsável não vê “outro caminho que não seja fazer subconcessões da IP a privados” nas autoestradas cuja concessão termine.

Segunda geração de concessões com novo tipo de contrato

O secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, também defendeu que se mantenha o modelo de concessões, considerando que é preciso “acabar com o dogma das PPP”. O modelo de concessões funcionou extremamente bem no passado”, afirmou, acrescentando que é necessário “meter o ênfase na concorrência, nas concessões iniciais e no final das concessões”.

Os contratos de segunda geração têm de ter maior transparência, promover obrigações de serviço público, maior prestação de informação“, afirmou Ana Paula Vitorino, salientando que nessa altura o “core já não é a construção”.

Os contratos de subconcessão terão de ser desenhados de outra forma. É só operação e manutenção“, salienta também João Caetano. Para o presidente do IMT, os “contratos têm de ter flexibilidade para acolher transformações na mobilidade” e assegurar a capacidade de intervenção do Estado.

“Temos de repensar o modelo de risco e como conseguimos ter modelos mais equilibrados e robustos“, salientou também o secretário de Estado das Infraestruturas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Advogados oficiosos vão ter honorários atualizados. Mas só daqui a seis meses

Portaria do Governo que define as novas regras para os advogados oficiosos atualiza honorários e revê regras do Sistema de Acesso ao Direito. Entra em vigor daqui a seis meses.

Os advogados oficiosos vão passar a ser pagos em função da complexidade e do tempo que se gasta com cada processo, a poder fazer mais atos nos tribunais – incluindo em casos de mediação, arbitragem e em conservatórias – a consulta jurídica passa a ter o valor de 48 euros e estes advogados serão pagos, no imediato, em caso de substituição de mandatário, evitando atrasos e problemas de partilha de honorários entre os advogados nomeados. A unidade de referência que permite o cálculo desses honorários também muda: passa de 25,5 euros para 28 euros.

O Ministério da Justiça já tem pronta a portaria relativa às novas regras para os advogados oficiosos. Mas que apenas entra em vigor no segundo semestre do ano, “após período de adaptação do sistema”, diz o MJ. O Governo atualiza honorários dos advogados oficiosos e revê regras do Sistema de Acesso ao Direito (SADT), aproveitando as conclusões do estudo do Grupo de Trabalho, criado para esse efeito.

Uma das alterações tem a ver com o que é pago ou não pago nos casos em que os advogados interpõem recursos. Estes atos deixam de ser pagos nos casos em que os recursos não sejam aceites em tribunal. #O pagamento de honorários pelo recurso, ordinário, extraordinário, ou para o Tribunal Constitucional é devido ao profissional forense nas situações em que aquele recurso é admitido”, diz a portaria. “No caso de não admissão do recurso ordinário, extraordinário ou para o Tribunal Constitucional, a reclamação do respetivo despacho de não admissão é remunerada nos termos da tabela de honorários em anexo sempre que a reclamação seja procedente”.

Nos casos de especial complexidade – que serão os mais bem pagos pelo Estado – porém, serão apenas reconhecidos por despacho de um juiz, o que leva a que os advogados fiquem, de novo, nas mãos de um juiz para perceber quanto receberão por esses serviços. Quanto à confirmação dos honorários também pouco muda já que o pagamento é feito no mês seguinte à confirmação “pela secretaria do tribunal, ou serviço competente junto do qual corre o processo, até ao termo do mês seguinte”.

O defensor oficioso é o advogado pago pelo Estado para quem não tenha condições económicas para o fazer. Aquando do despacho de acusação, é obrigatoriamente nomeado um defensor, se o arguido não tiver constituído nenhum. São escolhidos pela Ordem dos Advogados, sempre que os tribunais, os serviços do Ministério Público, os órgãos de polícia criminal ou os serviços de segurança social o solicitem. A escolha do advogado a designar faz-se em regra de forma automática, mediante um sistema eletrónico gerido pela OA, do qual constam os nomes de todos os advogados inscritos no sistema de apoio judiciário.

Secretária de Estado Adjunta da Justiça, Maria Clara Figueiredo

Quais as alterações, em concreto?

  • Atualização o valor dos honorários dos advogados oficiosos, calculados em função da complexidade técnica do caso ou da área do Direito. Nas ações de especial complexidade, reconhecida por um juiz, o pagamento de honorários é calculado em função do tempo de trabalho efetivo do advogado oficioso.
  • Revisão da lista de atos que podem ser feitos pelos oficiosos que, além dos atos praticados em todos os processos judiciais, passa a incluir os atos dos meios de resolução alternativa de litígios (Julgados de Paz, Mediação e Arbitragem) e dos atos feitos nas Conservatórias e em Cartórios Notariais.
  • Aumenta o valor pago pela consulta jurídica – passa a 48 euros – para se avaliar melhor se vale mesmo a pena recorrer aos Tribunais.
  • No caso de recurso (ordinário, extraordinário, ou para o Tribunal Constitucional), o pagamento de honorários só é feito se o recurso for admitido. Porém, se a reclamação do despacho de não admissão for aceite, os advogados já serão pagos.
  • A medida de cálculo dos honorários é estabelecida em Unidade de Referência (UR). O valor de uma UR é atualizado em 4,75%, para €28 (era de 25 euros). A nova tabela altera, ainda, o número de UR atribuído a cada ato.

Para Maria Clara Figueiredo, Secretária de Estado Adjunta e da Justiça, “o Ministério da Justiça considera ter adotado uma solução justa, equilibrada e integrada: ponderámos o interesse dos profissionais jurídicos, mas também o dos beneficiários do Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais, bem como o dos contribuintes”.

A nova Tabela de honorários vai aplicar-se apenas às nomeações aceites após a entrada em vigor da nova portaria, o que vai acontecer 180 dias após a sua publicação, daqui a seis meses. “A alteração do montante de cada UR, a revisão do número de UR atribuído a cada ato, a extensão do apoio judiciário a outro tipo de atos e de processos vai obrigar a alterações de caráter técnico. Este período (“vacatio legis”) permite às entidades envolvidas reconfigurar os parâmetros dos sistemas que apoiam a nomeação e pagamento dos honorários dos advogados oficiosos”, segundo comunicado do Ministério da Justiça.

A presente portaria “visa atualizar a tabela de honorários, em vigor desde 2004, de acordo com as alterações legislativas realizadas no direito processual e administrativo, assim como adequá-la à realidade do exercício da advocacia, tendo em consideração a complexidade das áreas do Direito em causa, e das ações em si mesmas, por poderem comportar várias fases, procedimentos e outras exigências que visem a defesa dos direitos e interesses do beneficiário do sistema do acesso ao direito”, diz a portaria, a que o ECO teve acesso.

Exemplos práticos das novas regras

  • Na jurisdição de menores em que é raro a ida a julgamento, o comum é haver regimes provisórios e conferências em cima de conferências. O que, traduzido em tempo e trabalho, acaba por ser mais moroso e trabalhoso. E se antes os advogados eram pagos pelo valor fixo de 21 UR (535,50 euros) houvesse ou não, julgamento, agora o “valor base”, com audiência de julgamento passa a 616 euros e sem audiência de julgamento 308 euros.
  • No caso dos processos de família, a título de exemplo, um caso de divórcio sem consentimento. Dava-se entrada da ação, autor e réu eram notificados para tentativa de conciliação. Se ambos estivessem de acordo com o divórcio, o divórcio era aceite em mútuo consentimento, era homologado o divórcio, um advogado recebia pelo trabalho 21 UR – acrescido de mais €51,80. Ou seja, cerca de 640 euros. Na nova tabela, apenas receberão 10 UR (280 euros) porque a tentativa de conciliação não é uma audiência de julgamento, Caso haja julgamento, receberá 22UR (616 euros).
  • Nos processos comuns instaurados nos tribunais de trabalho, um advogado passa a receber 588 euros;
  • Pela nova tabela, um recurso será pago entre os 252 euros e os 392 euros, e as reclamações a que for dada razão valem 224 euros aos advogados oficiosos;
  • Por um processo cível um advogado pode receber 1.624 euros (correspondente a 58 UR), acontecendo o mesmo para ações no Tribunal de Propriedade Intelectual.
  • Já um processo penal vale 504 euros ou 336 euros se for uma ação num juízo local criminal, uma ação administrativa vale 840 euros e a consulta jurídica tem um valor de 48 euros.
  • Entre os novos atos admitidos, as ações em julgados de paz e centros de arbitragem valem 280 euros e os atos em conservatórias e notários variam entre os 140 e os 420 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IA. Escalada da ASML dá gás às tecnológicas e puxa ações na Europa para recordes

A forte subida das ações do setor tecnológico levou o europeu Stoxx 600 a fixar um novo recorde. Já nos EUA, as big tech seguem no vermelho, com os investidores à espera da Fed e dos resultados.

Depois de um início de semana marcado pelo sell-off nas empresas de Inteligência Artificial (IA), devido ao fenómeno DeepSeek, que apresentou um modelo de IA concorrente ao ChatGPT, as tecnológicas europeias estiveram a recuperar esta quarta-feira, animadas pela escalada das ações da ASML.

A fabricante de semicondutores anunciou resultados acima das estimativas e adiantou que o surgimento de novos modelos de IA apenas vai suportar a procura de chips, impulsionando a subida do setor, que levou as ações na Europa para máximos históricos.

A fabricante de equipamentos semicondutores dos Países Baixos fechou a sessão a subir 5,55%, depois de ter chegado a escalar mais de 11%, a reagir aos resultados divulgados pela empresa e às declarações do seu CEO, Christophe Fouquet.

Em entrevista à CNBC, o líder da companhia antecipou que o aparecimento de novos modelos de IA chineses, como o R1 da DeepSeek, apenas vai impulsionar a procura por chips, favorecendo o negócio das empresas fornecedoras, como a própria ASML.

O otimismo em torno da ASML puxou pelas ações do setor na Europa, com o índice das tecnológicas do Stoxx 600 a subir 2,5% e a suportar a valorização das ações na região, que tocaram um novo recorde.

Tecnológicas recuperam à boleia da ASML

Além das empresas de semicondutores, como a STMicroelectronics e a ASM International, também outras ações expostas à IA, como a Schneider Electric e a Siemens Energy, que foram penalizadas pelo sell-off no início da semana, fecharam com ganhos próximos de 5%.

Esta semana tem sido marcada pelo forte impacto da solução criada pela DeepSeek nas empresas de IA, como a gigante Nvidia, ou a Microsoft e Alphabet, com os investidores a reavaliarem as suas posições nestas empresas, após dois anos marcados pela escalada destes títulos.

Apenas na última segunda-feira, o fenómeno DeepSeek tirou mais de um bilião às capitalizações bolsistas destas empresas, com a Nvidia a protagonizar uma perda histórica, com o seu valor de mercado a encolher perto de 600 mil milhões de dólares na sessão.

Ao contrário do que aconteceu na Europa, nos EUA as big tech, como a Nvidia ou a Apple, continuam a ceder terreno, com os investidores cautelosos a aguardarem o final da reunião da Reserva Federal dos EUA, que deverá manter as taxas inalteradas, e a divulgação das contas da Tesla, Microsoft e Meta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo lança balcões para cidadãos e empresas tirarem dúvidas sobre energia

Para já, contam-se 17 destes espaços, e oito estão em processo de adesão. Mas o objetivo é que sejam 50 até ao final de março.

O Ministério do Ambiente lançou esta quarta-feira a rede de Espaços Energia, balcões físicos para apoiar cidadãos e empresas em dúvidas relacionada com energia – desde a interpretação de faturas até aos apoios disponíveis e criação de comunidades de energia.

São já 17 os Espaços Energia em operação, espalhados pelo país, e cuja localização pode ser consultada no site da iniciativa. Na mesma página online, será possível pesquisar o balcão mais próximo e fazer o agendamento para o atendimento.

“Cada Espaço Energia servirá os interesses da comunidade em que se vai integrar. Mas estamos certos de que, no seu conjunto, todos ajudarão o país a ficar mais próximo dos seus objetivos [de transição energética]“, afirmou, na apresentação da rede, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho. Estes espaços serão “pontos de transformação, onde políticas públicas se tornam soluções práticas”, apontou, na mesma ocasião, o presidente da ADENE, Nelson Lage.

O objetivo é que sejam prestados, gratuitamente, informações e apoio técnico, desde a interpretação das faturas de energia até à utilização sustentável da energia e direitos dos consumidores. Também estará disponível o aconselhamento, nomeadamente em matéria de aquisição de energia e equipamentos e soluções de eficiência energética e de energia renovável.

Nestes espaços vai ser possível também a avaliação energética das habitações e de propostas de investimento com vista a aumentar o conforto térmico e a reduzir o valor das faturas de energia. Além disso, será feito o aconselhamento sobre o acesso a incentivos e instrumentos de financiamento, públicos e privados, nacionais e locais, em matérias de energia.

Por fim, vai ser feita neste âmbito uma recolha de dados sobre os utilizadores, que serão partilhados com o Observatório Nacional da Pobreza Energética.

Para fornecerem estas informações, foram formados, até ao final de 2024 um total de 300 profissionais, que estarão no atendimento nestes balcões. E a formação irá continuar.

Fundo Ambiental apoia com 2,9 milhões

O diretor da ADENE, Paulo Santos, avançou que já estão outros oito espaços em processo de adesão e foram recebidas 202 manifestações de interesse para a abertura de mais espaços. O objetivo é que sejam abertos 50 até ao final do trimestre. À margem, a ministra informou que o objetivo seria chegar aos 308 municípios que existem no país.

Para apoiar a criação das agências, o respetivo equipamento e a operação numa fase inicial, o Fundo Ambiental vai lançar um aviso, no valor de 2,9 milhões de euros, que pode apoiar com até 50.000 cada espaço energia, e até 300.000 cada beneficiário candidato (que pode, portanto, abrir mais que um espaço). O apoio serve para despesas executadas entre 1 de janeiro deste ano e 30 de novembro de 2026, que vão desde o equipamento informático até despesas com pessoal.

O formulário para candidatura já está disponível no site do Fundo Ambiental e pode ser preenchido até ao final do presente trimestre.

Estes espaços devem ser da iniciativa de um órgão de poder local ou regional ou outra entidade local, que se pode candidatar ao apoio inicial do Fundo Ambiental mas, depois, será responsável por assegurar a sustentabilidade destes serviços. No universo de possíveis candidatos contam-se, mais especificamente, municípios, comunidades intermunicipais, juntas freguesia, agências de energia e outras entidades locais ou regionais, assim como outras entidades, desde que em consórcio com entidades promotoras.

Envolvidos nesta iniciativa, através de um protocolo de cooperação, estão a ANAFRE e a RNAE, a ANMP e a CNIS.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Regulador búlgaro tem dois meses para aceitar aplicar regras da UE

  • ECO Seguros
  • 29 Janeiro 2025

A recomendação surge após uma análise da supervisão feita pela FSC considerada insuficiente pela EIOPA. Supervisor tem dois meses para indicar se vai ou não cumprir as orientações do regulador europeu

A Autoridade Europeia de Supervisão de Seguros e Pensões Ocupacionais (EIOPA) emitiu, no passado dia 3 de janeiro, uma recomendação à Comissão de Supervisão Financeira (FSC) da Bulgária “instando a autoridade de supervisão a rever os seus processos de supervisão no que respeita à avaliação das posições de solvência das (res)seguradoras”. A recomendação surge após uma análise da supervisão feita pela FSC considerada insuficiente pela EIOPA.

Uma empresa de resseguros búlgara recebeu quase todos os ativos e passivos de uma empresa de seguros cedente como parte de um acordo de resseguro. Os ativos transferidos incluíam montantes que se espera que sejam recuperados pela empresa de seguros cedente de um agrupamento de empresas de resseguros da UE e de fora da UE – denominado de Reinsurance Pool.

O parecer positivo da FSC quanto à confirmação de conformidade da empresa de resseguros búlgara com o requisito de capital de solvência foi crucial para que o negócio prosseguisse. No entanto, a EIOPA encontrou falhas no processo de verificação dessa solvência.

A situação tornou-se mais complexa quando a FSC recorreu a documentos de notificação enviadas pela empresa de seguros cedente a algumas empresas de resseguros que fazem parte da coligação para validar o impacto positivo dos valores transferidos para a empresa de resseguros. Também teve em consideração uma carta da corretora de seguros enviado à empresa de resseguros búlgara indicando que tinha notificado as restantes empresas de resseguro da coligação e que não tinha recebido qualquer objeção no que diz respeito à transferência.

No entanto, a EIOPA entrou em contacto com outras autoridades de supervisão e descobriu que nem todos os participantes do “Reinsurance Pool” tinham sido devidamente notificados. Alguns não sabiam da transferência, outros tinham sido avisados um dia antes e aguardavam por mais informações o que levantou questões sobre a adequação da verificação realizada pela FSC.

Por isso, a avaliação da solvência supervisor búlgaro foi “considerada demasiado superficial e não refletiu a diligência esperada de um supervisor ao verificar a solvência de uma entidade supervisionada, de forma proporcional à natureza, escala e complexidade da situação.”

O regulador europeu refere que o objetivo da recomendação é instar a FSC a rever o seu processo de revisão de supervisão “para a avaliação da posição de solvência das empresas de seguros e resseguros”. Essa avaliação deve ser baseada em uma abordagem prospetiva e de risco, o que não ocorreu de forma eficaz neste caso.

Nesse sentido, a EIOPA refere que para a FSC deve obter provas de suporte adequadas para avaliar a solvência de uma empresa de seguros e resseguros, não podendo basear-se numa verificação de consistência superficial.

“Quando receber informações de terceiros, a FSC deve realizar uma verificação adequada da exatidão dessas informações, com base numa abordagem baseada no risco, proporcional à natureza, escala e complexidade da empresa.”, lê-se no documento.

A FSC tem dois meses para responder à recomendação da EIOPA, indicando se tenciona cumprir as orientações ou não. Caso não haja resposta, a FSC será considerada como não conforme com a obrigação de reporte da União Europeia. Multas e Penalizações Financeiras são a mais leve das sanções previstas para estes casos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.