Consumidores portugueses estão mais confiantes, mas clima económico diminui

Indicador de confiança dos consumidores aumentou em janeiro e ligeiramente em fevereiro, enquanto o indicador de clima económico tenha diminuído, quebrando a tendência verificada desde setembro.

Os consumidores portugueses mostraram-se ligeiramente mais confiantes em fevereiro, embora o indicador de clima económico tenha diminuído, quebrando a tendência verificada desde setembro, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados esta quinta-feira.

O indicador de confiança dos consumidores aumentou em janeiro e ligeiramente em fevereiro. “A evolução observada no último mês foi determinada pelos contributos positivos das opiniões sobre a evolução passada e as perspetivas de evolução futura da situação financeira do agregado familiar”, explica o organismo de estatística.

No balanço das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços verificou-se uma diminuição em fevereiro, invertendo o aumento registado no mês precedente, enquanto o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços aumentou, após a diminuição observada em janeiro, atingindo o máximo desde dezembro de 2022.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Já o indicador de clima económico diminuiu em janeiro e fevereiro, quebrando a tendência crescente que se verificava desde setembro do ano passado. Enquanto os indicadores de confiança aumentaram no comércio, na indústria transformadora e na construção e obras públicas, diminuíram “expressivamente” nos serviços, devido ao “contributo negativo de todas as componentes, opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, apreciações sobre a atividade da empresa e perspetivas relativas à evolução da procura”.

O saldo de respostas das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu em fevereiro nos setores do comércio, dos serviços e da construção, tendo aumentado pelo terceiro mês consecutivo na indústria.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

 

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Universidade da Beira Interior e World Talents querem atrair investimento estrangeiro

A plataforma World Talents já "atraiu cerca de 80 empreendedores e empresas para o país, com um investimento total de aproximadamente 2,8 milhões de euros".

A Universidade da Beira Interior (UBI) e a plataforma World Talents (WT) estabeleceram uma parceria com o propósito de atrair investimento estrangeiro para o país, contribuindo ainda para a dinamização da economia local. A World Talents já “atraiu cerca de 80 empreendedores e empresas para o país, com um investimento total de aproximadamente 2,8 milhões de euros”, adianta esta empresa.

Depois das universidades de Coimbra, de Évora e do Algarve, a instituição de ensino superior da Beira Interior é a primeira do interior mais a Norte do país a estabelecer uma parceria com esta empresa. “A nossa primeira expansão para a região Norte, através da parceria com a UBI, representa um passo importante nessa missão que — não temos dúvidas — terá um impacto duradouro no desenvolvimento e crescimento económico da região,” começa por afirmar Bernardo Saraiva, cofundador e diretor da WT.

Esta parceria vai permitir à universidade ampliar a rede de contactos e estabelecer ligações estratégicas com empreendedores e empresas internacionais, abrindo a porta a novas oportunidades de investimento.

Mário Raposo

Reitor da Universidade da Beira Interior (UBI)

Já o reitor da UBI, Mário Raposo, considera, por sua vez, que “esta parceria vai permitir à universidade ampliar a rede de contactos e estabelecer ligações estratégicas com empreendedores e empresas internacionais, abrindo a porta a novas oportunidades de investimento”.

A UBI “orgulha-se”, aliás, “das suas fortes ligações ao mundo empresarial, promovendo a inovação e o desenvolvimento através da colaboração com o setor”, sublinha o reitor desta universidade, onde estudam mais de 8.000 alunos.

Através do seu programa Global Talent Portugal, a WT faz a ponte entre empreendedores, investidores e os ecossistemas de startups e universidades nacionais. “Fortalecer as relações com o ecossistema universitário em todo o país é essencial para atrair empreendedores internacionais e impulsionar a inovação local”, explana Bernardo Saraiva.

Mediante este programa, as instituições de ensino podem ter acesso a novas oportunidades de financiamento e recursos para reforçar projetos de pesquisa e desenvolvimento e alargar a rede de contactos internacionais.

Fortalecer as relações com o ecossistema universitário em todo o país é essencial para atrair empreendedores internacionais e impulsionar a inovação local.

Bernardo Saraiva

Cofundador e diretor da World Talents

Já os empreendedores que invistam no país passam a contribuir diretamente para os ecossistemas locais com know-how, projetos de pesquisa e desenvolvimento.

Além de Portugal, a WT disponibiliza programas no Canadá, Emirados Árabes Unidos, Espanha, EUA e Reino Unido.

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Vem aí a 4.ª edição da Scale Talks, a summit do setor comercial

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  • 27 Fevereiro 2025

Durante o evento, a Scale Labs irá partilhar as principais aprendizagens após ajudar mais de 150 departamentos comerciais e passar os 7 dígitos de faturação em pouco mais de 1 ano.

Cansado de ir a eventos empresariais e sair de lá exausto sem nenhum valor ou insight concreto para aplicar ao próprio negócio?” Com a promessa de gerar o máximo valor possível para os negócios dos participantes, a Scale Labs leva até ao Centro Cultural de Belém, no dia 29 de março, a quarta edição do Scale Talks.

Scale Talks 4 será uma oportunidade única para aprender, conectar-se com profissionais do setor e acompanhar as últimas tendências do mercado. A maioria dos palestrantes pertence à equipa da Scale Labs, anfitriã do evento, que já escalou mais de 150 departamentos comerciais em Portugal e no exterior, tendo ultrapassado, em pouco mais de um ano de existência, a marca de um milhão de euros de faturação recorrente.

Dois empreendedores e clientes da Scale Labs estarão também presentes para partilharem a sua experiência: Fábio Igor, CEO do Grupo Brasfone, abordará a modernização de processos comerciais; Maria Costa e Maia, CEO do Maria Maia Academy, White Deer e ÈME discutirá a criação de uma marca pessoal para potenciar um ecossistema empresarial.

A Scale Talks 4 oferecerá oportunidades exclusivas de networking, permitindo a troca de experiências e a criação de novas sinergias entre os participantes

Além das palestras, o evento contará com sessões dedicadas a temas fundamentais do setor, como técnicas avançadas de liderança, estratégias eficazes para a atração e retenção de talento, gestão eficiente de operações comerciais e métodos comprovados para otimizar vendas. Todas as estratégias e ferramentas apresentadas foram testadas no “laboratório” da Scale Labs, sendo responsáveis pelo crescimento exponencial da empresa e dos seus parceiros. Os bilhetes já estão disponíveis e podem ser adquiridos no site oficial do evento.

Este evento representa uma oportunidade imperdível para quem deseja aprofundar conhecimentos, estabelecer contactos estratégicos, contribuir para o crescimento do ecossistema empreendedor em Portugal e acima de tudo munir-se das estratégias necessárias para quebrar as barreiras que podem estar a impedir o seu negócio de alcançar os objetivos em 2025.

Para mais informações sobre o programa, oradores confirmados e detalhes logísticos, visite o site oficial da Scale Talks 4.

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Regiões do Porto e Lisboa vão ter 176 novos hotéis nos próximos anos

  • ECO
  • 27 Fevereiro 2025

Dados da Associação de Turismo de Lisboa e da Câmara Municipal do Porto mostram que irá disparar o número de novas unidades hoteleiras. Número de projetos é superior na região da Invicta.

A Área Metropolitana de Lisboa deverá receber pelo menos mais 82 unidades hoteleiras nos próximos anos, 15 das quais deverão entrar em funcionamento já em 2025. De acordo com o Público (acesso pago), só na capital estão previstos ser inaugurados 54 novos hotéis, o que representará um acréscimo de 16% ao parque hoteleiro da cidade, que conta já com 334 unidades.

Mas é no Porto que o aumento será ainda mais expressivo. Neste momento, estão em curso 122 processos relativos a novos hotéis, o que significa um crescimento de 64,2% face aos atuais 190 hotéis, segundo os dados do mais recente Boletim Estatístico de Licenciamento de Empreendimentos Turísticos da Câmara Municipal do Porto (CMP). Desse total, 63 estão já em fase de construção.

Enquanto em Lisboa os projetos que estão na calha deverão representar um acréscimo de, para já, cerca de cinco mil novos quartos — somando os sinalizados para o resto da região metropolitana da capital, traduzir-se-á num aumento de quase oito mil quartos à oferta já existente na região –, o número de novos quartos no Porto será de 6.268, deixando a cidade com 34.509 camas disponíveis.

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Empresas da Feira entram em projeto de 80 milhões em Angola para criar complexo industrial de saúde

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2025

As portuguesas Medika e a Gazcorp vão construir, equipar e ficar o gerir o complexo industrial de 80 milhões de euros em Luanda para a produção de medicamentos, soros e gases medicinais.

Duas empresas de Santa Maria da Feira começam esta sexta-feira a construir em Luanda um complexo industrial de 80 milhões de euros para produção de medicamentos, soros e gases medicinais, revelaram as entidades envolvidas no projeto.

Em causa estão a Medika e a Gazcorp, que, a partir do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, aceitaram o convite da angolana VitalFlow para construir e equipar o referido complexo farmacêutico e gerir a sua posterior operação.

O projeto prevê quatro unidades distintas no mesmo terreno de 60.000 metros quadrados: uma fábrica com capacidade para produzir anualmente 1,7 mil milhões de comprimidos em forma de pastilha ou cápsula, outra apta a criar no mesmo período 50 milhões de envases para medicamentos injetáveis, uma terceira para assegurar em cada ano 17,5 milhões de litros de soro e uma última para fabricar no mesmo prazo 4.745 toneladas de gases como oxigénio e azoto.

“O Complexo Farmacêutico da VitalFlow vai ter a primeira fábrica de Angola de soro hospitalar e aumentar drasticamente a capacidade nacional de produção de medicamentos, reduzindo de forma significativa a dependência do país face ao mercado estrangeiro, já que, neste momento, uns 99% dos produtos de saúde angolanos são importados”, declara Nuno Andrade à Lusa, diretor-geral da Medika e da Gazcorp.

Injetando na VitalFlow cerca de 20 milhões de euros a título pessoal, o empresário defende que é pela “relevância estratégica” do projeto que esse conta com uma “comparticipação significativa” do Fundo Soberano de Angola. Diz que, ao suportar parte do custo total da obra, o Governo angolano quer “aumentar a mão-de-obra especializada no país e reforçar as suas exportações” para territórios como o Congo e São Tomé e Príncipe.

Com esse objetivo em vista, os promotores do projeto vão apostar em “tecnologia de ponta, ao nível do que de melhor existe na Europa e nos Estados Unidos”, e recorrer a profissionais com “alta qualificação” em domínios especializados – procurando corresponder aos elevados padrões da oferta hospitalar do país, já que, para Nuno Andrade, “atualmente Angola tem hospitais equiparados aos de Portugal”.

A estrutura a construir na Zona Económica Especial de Luanda, junto ao Aeroporto Internacional António Agostinho Neto, vai assim criar 160 postos de trabalho diretos, entre os quais apenas 10 afetos a profissionais portugueses.

Nuno Andrade realça que essa equipa beneficiará de formação contínua e usufruirá ainda de “condições particularmente agradáveis de trabalho”, já que, em paralelo a mais de 17.000 metros quadrados de produção coberta e a uma estação própria para tratamento de água, o complexo VitalFlow também vai integrar auditório, cantina, ginásio, campo de futebol e um consultório médico apto a realizar ecografias e eletrocardiogramas – tudo entre 4.500 metros quadrados de jardins.

A atividade das quatro fábricas deverá arrancar em novembro de 2026 e o diretor da Medika e da Gazcorp prevê atingir nos primeiros cinco anos da operação conjunta um “volume de negócios acumulado de 560 milhões de euros”.

Criada em 2016, a Medika – Tecnologia Medicinal registou um grande aumento de produção no período da Covid-19, sofreu uma quebra de procura na fase posterior e fechou 2024 com uma faturação de 8,4 milhões de euros, 98% dos quais em vendas para o mercado externo.

Já a Gazcorp, por sua vez, foi fundada em 2023 e no final de 2024 somava um volume de negócios de 5,5 milhões, no que as exportações representaram 70%.

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Depois de três anos a subir, greves diminuem. Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" traz-lhe as notícias que estão a marcar o mercado de trabalho, dos salários às novas tendências, todas as quintas-feiras.

No primeiro ano do Governo de Luís Montenegro, o número de avisos prévios de greve recuou quase 27%. Há três anos consecutivos que estava a aumentar. Este é um dos temas do novo episódio do podcast “Ao trabalho!”, que lhe leva todas as quintas-feiras os principais destaques do mundo laboral em menos de cinco minutos. Falamos também sobre a falta de professores nas escolas portuguesas e ainda sobre os aumentos salariais em cima da mesa para os funcionários públicos.

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De França a Singapura, IA generativa ajuda a cobrar impostos

Fundo Monetário Internacional (FMI) destaca que os últimos avanços na IA generativa vão facilitar a relação do fisco com os respetivos contribuintes e facilitar a cobrança de impostos.

A inteligência artificial (IA) generativa vai ter “implicações profundas” no trabalho das autoridades fiscais e na relação com os contribuintes, defende o Fundo Monetário Internacional (FMI). Estas tecnologias podem ajudar a interpretar leis “complexas”, “identificar deduções” e até preencher formulários automaticamente. Para as economias mais pobres, significa mesmo um salto na modernização do sistema fiscal.

O FMI dá alguns exemplos. É o caso de Singapura, onde um assistente virtual capaz de esclarecer dúvidas fiscais em vários idiomas “reduziu para metade as chamadas para o call center, de acordo com o FMI. “Em França, a IA consegue analisar emails recebidos e propor rascunhos de respostas para os funcionários públicos validarem”, conta também.

Em Madagáscar, o fisco local pretende usar IA generativa para “melhorar a gestão de risco, combater a fraude e aumentar a receita, usando dados acumulados ao longo de dez anos para treinar o seu sistema”. Já na Coreia do Sul as autoridades lançaram um guia com IA para “ajudar os cidadãos a declararem e pagarem os impostos”.

Apesar de não ser referida no artigo do FMI, a Autoridade Tributária portuguesa também tem um assistente virtual, chamado Cátia, capaz de “prestar esclarecimentos de menor complexidade e destinados, preferencialmente, a contribuintes singulares sem contabilidade organizada”, explica o próprio chatbot. Esta funcionalidade foi inicialmente disponibilizada em 2021.

“Ao treinarem agentes de IA generativa com diplomas legais, códigos fiscais, procedimentos operacionais e linhas orientadoras internas, as administrações podem adaptá-los às suas necessidades específicas. O resultado é um sistema dinâmico capaz de compreender e de produzir conteúdo com o qual tanto os funcionários públicos como os contribuintes podem interagir”, refere o artigo publicado esta terça-feira no blogue do FMI.

Mas o uso de IA generativa na cobrança de impostos também acarreta desafios, explica o fundo, destacando questões relacionados com a “qualidade dos dados, ética, receios de privacidade e alucinações” (o nome dado à informação errada, falsa ou totalmente disparatada produzida pelos modelos de IA generativa).

O fundo sublinha que estas questões não devem ser escondidas, mas sim endereçadas diretamente pelas autoridades fiscais “para reforçar e não erodir a confiança” nos sistemas. Para exemplificar, o FMI indica que, no caso da Coreia do Sul, as “questões mais sensíveis” colocadas por contribuintes são “encaminhadas para agentes humanos”.

“Ao fornecerem capacidades semelhantes às dos humanos para ajudar os contribuintes e as autoridades fiscais, a IA generativa pode atuar como fiscal e assistente do contribuinte, automatizando tarefas rotineiras, clarificando problemas complexos e fomentando uma relação mais transparente e colaborativa”, refere o FMI.

A introdução de ferramentas de IA de uma forma mais geral na administração fiscal já vem de trás. Segundo o FMI, tecnologias deste género já hoje ajudam o fisco, por exemplo, substituindo tarefas que antigamente eram feitas de forma manual. Só que isso “não mudou fundamentalmente a forma como as autoridades trabalham ou se relacionam com os cidadãos”. Algo que a IA generativa tem potencial para mudar.

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Grupo Cegid vai contratar mais 50 pessoas para reforçar aposta na IA

Centro de excelência em IA da Cegid situa-se em Portugal e a diretora de recursos humanos adianta ao ECO que a intenção é contratar mais 50 pessoas este ano.

O grupo Cegid — líder europeu de soluções empresariais na cloud para finanças, recursos humanos, retalho e setores empresariais — tenciona contratar mais 50 profissionais este ano em Portugal, com um “foco especial” na equipa dedicada à inteligência artificial (IA). O plano foi revelado ao ECO pela diretora de recursos humanos para Portugal e África, Rita Cadillon, que adianta que o objetivo é criar uma “equipa que combine perfis experientes e jovens talentos“.

Rita Cadillon, diretora de recursos humanos na Cegid em Portugal e África

“No total, prevemos contratar cerca de 50 pessoas, com um foco especial no reforço da nossa equipa de IA. O nosso centro de excelência em inteligência artificial situa-se em Portugal, com equipas em Braga e Lisboa”, sublinha a responsável, em declarações enviadas ao ECO.

O referido centro foi criado há cerca de um ano e visa desenvolver soluções de gestão empresarial com base em IA, exportando-as, depois, para os vários países onde a Cegid atua.

A meta anunciada, nessa altura, era a de chegar aos 150 engenheiros de software especializados em IA, total para o qual vai contribuir agora o recrutamento de 50 profissionais anunciado para este ano.

A nossa marca empregadora, enquanto Cegid, ainda é recente no mercado de trabalho, pelo que estamos a apostar mais em employer branding.

Rita Cadillon

Diretora de recursos humanos na Cegid em Portugal e África

Importa notar, porém, que o setor tecnológico tem sido afetado por uma elevada escassez de talento, com as empresas a reportarem sérias dificuldades de recrutamento. Questionada sobre essas dificuldades, Rita Cadillon reconhece que a marca empregadora da Cegid é “ainda recente no mercado de trabalho” português, pelo que o grupo vai continuar a apostar nessa área.

“Continuaremos a construir uma equipa que combine perfis experientes com jovens talentos, dotados de uma sólida formação técnica e elevado potencial de aprendizagem“, acrescenta a responsável.

“Num processo de conhecimento mútuo”

Ricardo Parreira, CEO da PHC Software, em entrevista ao Podcast 38,4 - 26MAR24
Ricardo Parreira, CEO da PHC Software, em entrevista ao podcast “Trinta e oito vírgula quatro” do Trabalho by ECOHugo Amaral/ECO

A Cegid foi motivo de notícia no arranque deste ano por ter adquirido a tecnológica portuguesa PHC Software, liderada até então por Ricardo Parreira (foto acima).

A equipa da portuguesa — composta por mais de 260 profissionais — está agora a ser integrada no mencionado grupo europeu, num “processo de conhecimento mútuo, assente num espírito construtivo e numa forte colaboração“, descreve a diretora de recursos humanos da Cegid Portugal.

O nosso maior desafio é integrar uma empresa de grande dimensão, mantendo simultaneamente o foco no crescimento do negócio“, reconhece Rita Cadillon. Ainda assim, atira: “Estamos confiantes na nossa capacidade, vontade e talento para alcançar este objetivo”.

Em declarações ao ECO, a responsável realça que a Cegid é hoje resultado de várias aquisições, pelo que já há diversidade de culturas. “Essa diversidade e o respeito pelas diferentes culturas fazem parte do nosso ADN e procuramos sempre incorporar as boas práticas das várias empresas que se vão juntado a nós“, garante Rita Cadillon.

Já questionada sobre o potencial impacto dessa transição na retenção do talento, a diretora de recursos humanos destaca as “grandes oportunidades de crescimento” dos profissionais e afirma que “uma boa gestão da mudança é fundamental para apoiar as pessoas” no processo de integração.

IA ajuda a recrutar talento?

Em fevereiro de 2023, a PHC Software anunciou estar a usar inteligência artificial para acelerar o recrutamento de novos talentos. E Ricardo Parreira veio, depois, ao podcast “Trinta e oito vírgula quatro” do ECO explicar como usar essa tecnologia para encontrar os profissionais certos para as vagas disponíveis.

Agora que a PHC Software foi comprada pela Cegid, Rita Cadillon adianta que a tecnológica portuguesa e o grupo europeu irão partilhar as “melhores práticas e experiências”. “Na Cegid, já demos passos importantes na adoção da IA em recursos humanos, e estou certa de que a PHC acrescentará valor neste campo e também noutras áreas“, enfatiza a responsável.

Confiar na inteligência artificial para resolver questões de gestão de pessoas pode levar-nos a negligenciar o desenvolvimento das lideranças e a desresponsabilizá-las.

Rita Cadillon

Diretora de recursos humanos da Cegid em Portugal e África

Por outro lado, quanto à utilização de IA para avaliar o desempenho dos empregados e, consequentemente, ponderar as progressões na carreira, Rita Cadillon afirma que a tecnologia “pode ser útil na análise objetiva de dados, como o cumprimento de metas, que integra o processo de avaliação de desempenho, ou na sugestão de planos de desenvolvimento individual”.

“No entanto, o feedback continua a ser a componente mais importante da avaliação de desempenho, e aí a inteligência emocional supera a artificial, especialmente em processos que dependem da interação humana“, ressalva a a responsável.

“Confiar na inteligência artificial para resolver questões de gestão de pessoas pode levar-nos a negligenciar o desenvolvimento das lideranças e a desresponsabilizá-las“, remata a diretora de recursos humanos, que entende que a gestão de pessoas vive de “zona cinzentas” que exigem o discernimento humano e a intuição que ainda falta às máquinas.

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Prosegur Cash aumenta o seu lucro líquido em 45% em 2024 para 91 milhões de euros

  • Servimedia
  • 27 Fevereiro 2025

A Prosegur Cash fechou o exercício de 2024 com um lucro líquido de 91 milhões de euros, o que representa um aumento de 45% em relação ao ano anterior, conforme comunicado da empresa.

As receitas da multinacional de numerário em trânsito e gestão de tesouraria atingiram 2.090 milhões de euros, o que representa um crescimento de 12,3% e assinala, pela primeira vez, o marco de ultrapassar os 2.000 milhões de euros de faturação. O EBITA situou-se em 251 milhões de euros, um aumento de quase 14%, com uma melhoria da margem de vendas de 20 pontos base para 12%.

A empresa destacou a evolução positiva dos Produtos de Transformação, que cresceram 18,8% para 673 milhões de euros, representando 32,2% do volume de negócios total.

Em termos de geração de caixa, o Free Cash Flow ascendeu a 148 milhões de euros, mais 24% do que em 2023. Além disso, a empresa reduziu seu índice de alavancagem para 2,3 vezes a Dívida Líquida Total sobre o EBITDA.

Por regiões, a América Latina continua a ser o principal mercado da Prosegur Cash, com 1.294 milhões de euros de receitas e um crescimento de 15%. Na Europa, as vendas cresceram 7% para 653 milhões de euros, enquanto na Ásia-Pacífico atingiram 143 milhões de euros, um aumento de 15%.

No plano financeiro, a empresa propôs um aumento dos dividendos para 63 milhões de euros e assinou um contrato de financiamento sindicado a cinco anos, prorrogável até sete anos, num montante máximo de 300 milhões de euros.

Em termos de sustentabilidade, a empresa implementou um novo Plano Diretor e reduziu as suas emissões em 5,55% e a sua taxa de impacto laboral em 6,9%.

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Entidades e especialistas reforçam a luta contra o envelhecimento com iniciativas académicas e laborais

  • Servimedia
  • 27 Fevereiro 2025

Várias organizações lançaram iniciativas em Espanha destinadas a promover a igualdade de oportunidades e a inclusão intergeracional.

No dia 1 de março assinala-se o Dia da Zero Discriminação, promovido pelas Nações Unidas para eliminar todas as formas de exclusão, incluindo o idadismo, um fenómeno que afeta os mais velhos e os mais novos, limitando o seu acesso ao emprego, à educação e à participação na sociedade.

Vânia de la Fuente-Núñez, especialista em envelhecimento saudável e antiga diretora da campanha da OMS contra o envelhecimento, salienta que esta discriminação ameaça a coesão social e o desenvolvimento económico. No seu livro “A armadilha da idade”, a autora analisa a forma como o envelhecimento afeta as diferentes gerações e limita as oportunidades, incluindo as oportunidades académicas e de emprego. A autora salienta que a discriminação em razão da idade pode determinar se uma pessoa consegue um emprego ou como é tratada no seu ambiente profissional.

Na mesma linha, a gerontóloga Pilar Rodríguez Rodríguez, presidente da Fundação Pilares, salienta que “embora tenham sido dados pequenos passos, as respostas são ainda individuais e insuficientes face a um fenómeno que está a transformar radicalmente a nossa sociedade”. “O impacto da longevidade tem repercussões no emprego, na saúde, na educação, na economia, no consumo, nos papéis de género, na imigração, na habitação e nos serviços sociais”, afirma.

Para combater este problema, várias organizações lançaram iniciativas em Espanha destinadas a promover a igualdade de oportunidades e a inclusão intergeracional. A Fundación Diversidad está a promover a campanha “Zero discriminação no local de trabalho”, em vigor de 21 de fevereiro a 21 de março de 2025, centrada na sensibilização das empresas e organizações signatárias da “Carta da Diversidade em Espanha” para a discriminação em razão da idade no local de trabalho.

A Fundação DomusVi, em colaboração com o Instituto de Educação Contínua IL3 da Universidade de Barcelona, tem a “Universidade Sénior”, um programa de extensão universitária para os utilizadores da DomusVi, cujo objetivo não é apenas adquirir conhecimentos, mas também ajudar a melhorar as capacidades cognitivas e a manter-se ativo. Em março, realizará uma nova cerimónia de graduação em que os idosos das suas residências serão homenageados por terem concluído com êxito os seus estudos universitários.

A Associação Estatal de Programas Universitários para Adultos Idosos (AEPUM) reúne várias universidades espanholas com programas de formação destinados a pessoas idosas, promovendo o seu desenvolvimento cultural e social.

O Dr. Javier López Martínez, professor de Psicologia na Universidade de San Pablo-CEU, mantém um blogue académico intitulado “Ayuda a la docencia”, onde partilha recursos e materiais relacionados com as suas disciplinas, incluindo tópicos sobre o desenvolvimento psicológico na velhice e a avaliação de pessoas idosas.

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ALCER promove campanha de rastreio “Aja pelos seus rins” para contribuir para o diagnóstico precoce da doença renal crónica

  • Servimedia
  • 27 Fevereiro 2025

Barcelona, Madrid e Sevilha terão pontos diferentes onde as pessoas com factores de risco poderão fazer os dois testes.

A ALCER, com o objetivo de promover o diagnóstico precoce da Doença Renal Crónica (DRC) entre a população, lançou a campanha de rastreio “Actúa por tus riñones”, graças à qual os utentes poderão realizar uma análise de sangue e urina, essencial para a deteção precoce desta patologia.

Com a colaboração da Boehringer Ingelheim e da Ailin Health, o apoio das associações de doentes Cardioalianza e da Federação Espanhola de Diabetes (FEDE) e o aval científico da Sociedade Espanhola de Médicos de Cuidados Primários (Semergen) e da Sociedade Espanhola de Médicos Gerais e de Família (SEMG), os centros comerciais de Madrid, Barcelona e Sevilha terão um espaço para realizar estas análises às pessoas que tenham apresentado algum dos factores de risco relacionados com a doença num rastreio anterior.

Em Espanha, 1 em cada 7 adultos sofre de DRC, um importante problema de saúde pública global que afecta mais de 850 milhões de pessoas em todo o mundo. Trata-se de uma doença assintomática nas suas fases iniciais, pelo que a sua deteção precoce é fundamental para evitar que se torne um problema grave. A DRC é uma doença que indica que os rins estão danificados e não estão a funcionar ao ritmo adequado, impedindo-os de manter a saúde do organismo.

Apesar de ser uma doença silenciosa, a deteção precoce da DRC pode ser conseguida através de dois exames: uma análise ao sangue para calcular a taxa de filtração glomerular estimada (TFGe), que avalia a capacidade dos rins para filtrar os resíduos, e uma análise à urina para medir a presença de albumina, uma proteína que, quando aparece em quantidades anormais na urina (albuminúria), pode indicar danos nos rins.

“Através da deteção precoce e de check-ups anuais, queremos que as pessoas com factores de risco se tornem activas e ouçam os seus rins. Com duas simples análises médicas ao sangue e à urina, é possível detetar a doença precocemente”, afirmou Daniel Gallego, presidente da ALCER. Acrescentou ainda que ‘Actue pelos seus rins’ nasce “com um objetivo ambicioso e claro: aproximar o rastreio da população em geral e das potenciais pessoas com doença renal e, assim, reduzir o número de pessoas que ainda hoje nos procuram em fases muito avançadas, provocando a diminuição da sua qualidade de vida”.

“A doença renal crónica (DRC) é um inimigo silencioso que progride sem dar sinais óbvios nas suas fases iniciais. Não causa dor, nem sintomas no início, o que a torna especialmente perigosa. Se não for detectada e tratada a tempo, pode levar a complicações graves, como a insuficiência renal irreversível ou a morte por causas cardiovasculares”, explica a Dra. Noemí Pérez León, coordenadora do Grupo de Trabalho de Nefrourologia da Semergen. “Felizmente, uma simples análise ao sangue e à urina pode identificá-la nas suas fases iniciais, o que facilita a intervenção precoce para retardar a sua progressão e melhorar a qualidade de vida do doente.

“A doença renal crónica é um grave problema de saúde em que convergem várias patologias. A doença em si e as várias patologias que a originam são condicionadas por uma série de factores determinantes, alguns dos quais podemos influenciar para evitar a progressão da doença. Estes processos potencialmente modificáveis sobre os quais podemos intervir fazem parte da nossa missão, acrescentou o Dr. Pedro García Ramos, chefe do Grupo de Nefrourologia da SEMG, que indicou que, por este motivo, a Sociedade Espanhola de Médicos Gerais e de Família se juntou à iniciativa ALCER para dar a conhecer a doença, fomentar o diagnóstico precoce e sensibilizar para os autocuidados que nos permitem aproveitar ao máximo os anos cuidando dos nossos rins”.

CAMPANHA

Em Barcelona, os pontos de rastreio estão instalados no centro comercial Montigalà (Badalona) de hoje até amanhã (27 e 28 de fevereiro); em Madrid, estarão na Gran Vía de Hortaleza nos dias 6 e 7 de março; e em Sevilha, no dia 11 de março, no Centro Comercial Macarena.

Para além de poderem realizar os testes nos espaços, a ação tem também como objetivo a sensibilização. Os utilizadores terão a oportunidade de se colocar na pele de um doente ou familiar com DRC através de uma experiência com óculos de realidade virtual. Poderão experimentar de forma imersiva o impacto da DRC e compreender a interligação das doenças cardio-renais-metabólicas, melhorar a sensibilização do público para a importância da deteção precoce e das medidas preventivas e proporcionar uma visão clara e compreensível da forma como estas doenças estão ligadas e podem ser geridas de forma eficaz.

A DRC representa um desafio significativo para os sistemas de saúde, não só devido à sua elevada prevalência, mas também devido ao impacto económico do seu tratamento em fases avançadas. Em Espanha, o custo associado ao tratamento dos doentes com DRC avançada representa cerca de 3% das despesas de saúde do sistema público de saúde e 4% do orçamento destinado aos cuidados hospitalares especializados.

As regiões com mais doentes submetidos a terapia de substituição renal são a Comunidade Valenciana, as Ilhas Canárias, a Catalunha e a Galiza, com mais de 1 500 doentes por milhão de habitantes, enquanto em regiões como Melilla, as Ilhas Baleares, Madrid, Cantábria e La Rioja, este número é inferior a 1 200 doentes por milhão de habitantes.

A DRC está intimamente relacionada com outras doenças crónicas, dando o seu nome à conhecida interconexão cardio-renal-metabólica. Entre 40% e 50% das pessoas com insuficiência cardíaca têm também DRC e até 40% dos doentes com diabetes tipo 2 desenvolvem algum grau de doença renal.

Esta interligação entre a diabetes, as doenças cardiovasculares e a DRC torna essencial uma abordagem global da saúde para prevenir a sua progressão e reduzir o risco de complicações graves, como eventos cardiovasculares ou insuficiência renal terminal. De facto, os doentes com DRC avançada têm um risco cardiovascular significativamente elevado, sendo a mortalidade por doença cardíaca responsável por 40% a 50% das mortes nos estádios 4 e 5 da doença.

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EDP corta 22% ao investimento em 2025 e 2026

A empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade espera reforçar o investimento em redes e dá preferência aos mercados europeus e Estados Unidos. Lucros da elétrica caíram 16% no ano passado.

A EDP vai moderar o ritmo do investimento até 2026. A elétrica liderada por Miguel Stilwell de Andrade põe um teto de 4,4 mil milhões de euros anuais nos volumes de investimento, 22% abaixo daquilo que estimava em maio do ano passado, quando colocou a fasquia nos 5,7 mil milhões de euros.

Os números constam da apresentação publicada na página da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e que prepara o encontro telefónico com analistas que decorrerá esta manhã, na sequência da apresentação dos resultados da empresa. A EDP obteve um resultado líquido de 801 milhões de euros, 16% abaixo dos 952 milhões de euros registados no ano anterior.

Na mesma apresentação lê-se que a EDP vai seguir uma “abordagem seletiva e disciplinada” em termos de investimento. Em termos de geográficos, a cotada mostra preferência por “mercados de baixo risco”, a Europa e os Estados Unidos apesar de, ainda esta quarta-feira, ter reconhecido junto dos analistas a “incerteza” que se vive neste último território.

A par de projetos cancelados na Colômbia, as imparidades constituídas para acautelar eventuais desenvolvimentos negativos nos projetos de energia eólica offshore nos Estados Unidos foram a justificação para os prejuízos de 556 milhões de euros que a EDPR contabilizou em 2024.

No que diz respeito às tecnologias nas quais pretende investir, a EDP decidiu aumentar a fatia prevista para as redes, que ascende agora a 25%, quando em maio de 2024 estava previsto que as redes arrecadassem apenas 20% do total. Em 2024, a aposta neste segmento ficou pelos 17%, mas é destacada na apresentação de resultados como tendo um “desempenho resiliente” que ajudou a mitigar a descida dos lucros do ano passado. A apresentação mostra que as redes sustentaram 33% do EBITDA da empresa, no ano passado, contribuindo com 1,6 mil milhões de euros.

No documento disponibilizado aos investidores, a EDP aponta que vai abrir-se um novo período regulatório no que diz respeito às redes elétricas na Península Ibérica a partir de 2026, “com melhorias no retorno requeridas para suportar as necessidades de investimento“.

Esta tendência de reduzir o investimento segue em linha com o que havia sido comunicado aos analistas esta quarta-feira, numa chamada a propósito da divulgação de resultados da subsidiária de energias limpas. Nessa ocasião, o responsável pela pasta das Finanças na empresa, Rui Teixeira, revelou que o investimento da Renováveis deverá rondar os 3 mil milhões de euros em 2025 e situar-se abaixo desta fasquia em 2026. O investimento bruto totalizou 4,1 mil milhões de euros em 2024, com mais de 80% do seu Capex investido na Europa e América do Norte.

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