Mais de meio milhão de famílias já entregou a declaração de IRS

Ao fim do segundo dia de campanha, o número de formulários submetidos no portal das Finanças já atingiu quase 655,4 mil. Prazo termina a 30 de junho e quem falhar a data limite terá de pagar multa.

Mais de meio milhão de famílias já entregou a declaração de IRS, ao fim do segundo dia de campanha. As estatísticas do portal da Finanças mostram que à 1h30 de quinta-feira, 655.383 contribuintes já tinham submetido os formulários.

Das quase 656 mil declarações entregues, a maior parte (537.624) diz respeito a famílias que apenas tiveram rendimentos de trabalho dependente ou de pensões. As restantes 117.759 são de contribuintes que auferiram outras tipologias de rendimentos, como prediais, de capitais ou ou de trabalho independente.

Fonte: Portal das Finanças

Estes números incluem as que já tinham sido submetidas desde o início do ano relativas declarações de substituição ou as primeiras entregas de rendimentos de anos anteriores, não integrando, por isso, a atual campanha de IRS.

No ano passado, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) liquidou 6,6 milhões de declarações de IRS, relativas a rendimentos de 2023, uma subida de 4,6% em termos homólogos.

Fisco não cobra valores inferiores a 25 euros e não reembolsa menos de 10 euros

O prazo para a entrega da declaração anual do IRS termina em 30 de junho. Quem falhar esta data, fica sujeito a uma multa que começa nos 25 euros, e que vai aumentado quanto mais tarde o contribuinte cumpra com a obrigação declarativa.

A lei determina que as liquidações têm de estar concluídas até 31 de julho e os reembolsos pagos até 31 de agosto. Valores a devolver pelo Fisco inferiores a 10 euros não são transferidos para a conta do contribuinte. “Não há lugar a reembolso quando em virtude de liquidação, ainda que adicional, reforma ou liquidação, a importância a restituir seja inferior a 10 euros”, segundo um conjunto de perguntas e respostas do portal Finanças.

De salientar que se o contribuinte tiver dívidas, o reembolso será usado para saldar esses compromissos. “Se, no momento da emissão do crédito existirem processos de execução fiscal ativos, isto é, existência de dívidas, o reembolso será aplicado no pagamento das mesmas. Se o montante a reembolsar for superior ao valor da dívida, será devolvido ao contribuinte o valor remanescente”, de acordo com a AT.

O último dia de agosto também é a data limite para os contribuintes que não fizeram retenção na fonte ou a fizeram em valor insuficiente pagarem o imposto. Se o montante apurado pela AT for menor do que 25 euros, não há lugar à cobrança do imposto.

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Susana Gonçalves é a nova Diretora do Departamento de Pessoas e Cultura da SRS Legal

A SRS Legal anuncia a integração de Susana Gonçalves como Diretora do Departamento de Pessoas e Cultura.

A SRS Legal anuncia a integração de Susana Gonçalves como Diretora do Departamento de Pessoas e Cultura. Com uma carreira na área de Recursos Humanos, Susana Gonçalves foi Diretora de Recursos Humanos noutras sociedades de advogados de primeira linha, onde liderou iniciativas nas áreas de gestão de talento, recrutamento, formação e desenvolvimento de carreiras. Distinguida pela implementação de programas estratégicos de gestão de pessoas, tem um forte enfoque no desenvolvimento organizacional e na criação de ambientes de trabalho dinâmicos e inclusivos.

Licenciada em Gestão de Recursos Humanos, Susana Gonçalves complementou a sua formação académica com uma Pós-Graduação em Gestão de Pessoas e Talento e um Mestrado Executivo em Liderança, ambos pela Nova SBE.

Rodrigo Ascensão, Diretor-geral da SRS Legal, afirma: “Acreditamos que a experiência e visão da Susana serão muito úteis para continuarmos a desenvolver talento, mantendo a SRS Legal na vanguarda da gestão de pessoas no setor da advocacia. Este é um pilar fundamental da nossa estratégia, e a Susana vem reforçar a nossa capacidade de manter um ambiente profissional de excelência, no qual as nossas equipas possam crescer e prosperar.”

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Sara Molina Pérez-Tomé é a nova sócia da Pérez-Llorca

A nova sócia, juntamente com uma equipa de advogados e engenheiros acompanhará os clientes da sociedade nas transformações digitais das suas empresas.

A Pérez-Llorca anunciou a nomeação de Sara Molina Pérez-Tomé como sócia, uma profissional com duas décadas de experiência na área da transformação digital no setor jurídico. Com esta nomeação, “a sociedade dá mais um passo no desenvolvimento da sua área de Legal Tech e Transformação Digital, em linha com a aposta estratégica na inovação, na tecnologia aplicada ao exercício da advocacia e na transformação e desenvolvimento da prática jurídica”, segundo comunicado do escritório.

A nova sócia, juntamente com uma equipa de advogados e engenheiros acompanhará os clientes da sociedade nas transformações digitais das suas empresas, tanto do ponto de vista jurídico como na implementação dos processos e ferramentas necessários para as concretizar.

Sara Molina Pérez-Tomé trabalhará ainda em colaboração com as equipas internas da sociedade para promover a utilização de ferramentas de Inteligência Artificial e de novas tecnologias.

Sara Molina Pérez-Tomé, licenciada em Direito e especializada em Direito Digital, ocupou cargos de direção em sociedade de advogados internacionais e empresas de consultoria. Antes de se juntar à Pérez-Llorca, liderou projetos de transformação tecnológica e de conceção de soluções jurídicas inovadoras para grandes empresas. Concomitantemente com o seu trabalho de assessoria jurídica, assume ainda a co-presidência da secção de Inovação e Direito da Ordem dos Advogados de Madrid e participa na direção de várias associações ligadas à inovação jurídica.

Julio Lujambio, sócio executivo da Pérez-Llorca, afirmou: “A incorporação da Sara responde à nossa vontade de acompanhar os nossos clientes nos seus processos de transformação tecnológica e digital, oferecendo-lhes um aconselhamento transversal alinhado com os novos desafios colocados pela digitalização. A sua experiência será fundamental para reforçar ainda mais a nossa proposta de valor e também para continuarmos a avançar na transformação dos nossos próprios processos internos, centrando-nos na na inovação”.

Com esta incorporação, a Pérez-Llorca consolida a sua posição de vanguarda no desenvolvimento de soluções jurídicas inovadoras.

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Euribor desce e a seis meses para um novo mínimo desde novembro de 2022

  • Lusa
  • 3 Abril 2025

Esta quinta-feira, a Euribor a três meses caiu para 2,349%, a seis meses desceu para 2,303% e a 12 meses recuou para 2,311%.

A Euribor desceu esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira, no prazo intermédio para um novo mínimo desde novembro de 2022. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,349%, ficou acima da taxa a seis meses (2,303%) e da taxa a 12 meses (2,311%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, caiu, ao ser fixada em 2,303%, menos 0,017 pontos e um novo mínimo desde 17 de novembro de 2022.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou, para 2,311%, menos 0,015 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março, baixou, ao ser fixada em 2,349%, menos 0,007 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,52% e 25,57%, respetivamente.

Em termos mensais, a média da Euribor em março voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas menos intensamente do que nos meses anteriores. A média da Euribor a três, seis e a 12 meses em março desceu 0,083 pontos para 2,442% a três meses, 0,075 pontos para 2,385% a seis meses e 0,009 pontos para 2,398% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%. A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Cheques para veículos elétricos e bicicletas já esgotaram. Governo avalia reforço do financiamento

Das 4500 candidaturas recebidas nas primeiras 24 horas do concurso para apoiar a compra de veículos verdes, 90% já foram aprovadas.

A ministra do ambiente, Maria da Graça Carvalho, indica que já estão esgotadas as verbas que estavam destinadas a veículos elétricos e bicicletas no âmbito do concurso para apoio à compra de veículos verdes. O Governo vai avaliar a capacidade para reforçar este programa.

Só nas primeiras 24 horas do concurso, foram recebidas cerca de 4.500 candidaturas e, dessas, foram aprovadas cerca de 90% em menos de duas horas graças a um novo processo mais simples e eficiente, indicou a ministra, à margem de uma cerimónia para a contratualização da compra de autocarros de baixas emissões, no âmbito de outro aviso.

O concurso para a compra de veículos verdes cujas verbas destinadas à compra de veículos elétricos e bicicletas já esgotaram abriu esta segunda-feira.

O aviso contava uma dotação total de 13,5 milhões de euros, dos quais 5,7 milhões se destinavam à compra de ligeiros de passageiros 100% elétricos por particulares e 3 milhões se destinavam à compra dos mesmos por instituições de cariz social.

Em paralelo, para compra de bicicletas convencionais estavam destinados 200.000 euros, acessíveis a particulares ou empresas.

A ministra afirma que, na avaliação de um eventual reforço de verbas para a compra de veículos verdes, vai ter em conta o interesse manifestado por estas categorias já esgotadas.

(Notícia atualizada às 12:03 com mais informação)

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Pinto Luz de “consciência tranquila”, diz que buscas em Cascais são justiça a funcionar

  • Lusa
  • 3 Abril 2025

A Polícia Judiciária (PJ) fez buscas na quarta-feira em Lisboa e Cascais por suspeitas de favorecimento no processo de venda de um terreno municipal destinado à construção de um hotel de luxo.

O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, afirmou hoje ter “a consciência absolutamente tranquila” em relação às suas decisões enquanto vice-presidente na Câmara de Cascais e considerou que buscas feitas pela PJ na autarquia são a justiça a funcionar.

“Eu tenho a consciência absolutamente tranquila de que aquela equipa, a equipa de que fiz parte durante 20 anos no município de Cascais, teve como premissa principal o compromisso com os superiores interesses dos cascalenses e das populações de Cascais”, disse o ministro, que até há cerca de um ano era vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais (PSD).

O governante destacou que as buscas são o escrutínio e a justiça a funcionar e “uma oportunidade para esclarecer tudo”.

“São queixas que acontecem, é normal. Eu não sou apologista de cabalas ou de conluios. É normal que existam queixas. A justiça funciona assim e é normal que a justiça investigue a pura verdade até ao mais ínfimo pormenor, que nos dê oportunidade também de falarmos e que esclareça tudo o que houver para esclarecer”, afirmou.

O ministro afirmou ainda que não foi contactado nem teve buscas, mas está “convicto que a verdade virá à tona”.

Pinto Luz destacou que, pelo que soube pela comunicação social, trata-se de um terreno de 800 metros quadrados alienado pela Câmara de Cascais “por um valor muito superior às avaliações que existiam”, que é reserva ecológica nacional, onde não se pode construir. “O hotel que hoje está lá construído não tem um metro quadrado construído nesse terreno, e isso que fique muito claro”, disse. Segundo o governante, o terreno era um enclave dentro do terreno grande “que faz parte do jardim do hotel”.

“Era natural que a Câmara não tivesse interesse em ficar com um terreno no meio de um jardim do hotel e era natural que quem está a investir num hotel quisesse adquirir esse terreno”, explicou.

A Polícia Judiciária (PJ) fez buscas na quarta-feira em Lisboa e Cascais por suspeitas de favorecimento no processo de venda de um terreno municipal destinado à construção de um hotel de luxo.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, confirmou as buscas da PJ na autarquia, visando dois processos de urbanismo sobre os quais não foram mencionados suspeitos, mas em relação aos quais admitiu a intervenção do ex-vice-presidente Miguel Pinto Luz.

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Acionista da Inapa pede indemnização de 5 milhões a administradores

  • ECO
  • 3 Abril 2025

Nova Expressão justifica pedido de indemnização com a "apresentação prematura da insolvência" da Inapa, por considerar que "prejudicou objetivamente os interesses dos credores e acionistas”.

A Nova Expressão, o segundo maior acionista da Inapa, com 10,85% do capital, vai pedir uma indemnização “mais ou menos à volta de cinco milhões de euros” por “danos do que valeria a [sua] participação acionista e também por danos morais”, revelou o líder da empresa em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago). O pedido decorre da ação movida pela Nova Expressão, que deu entrada no Juízo Central Cível de Sintra a 7 de março, juntando-se a outra da sociedade Carisvalor, que detinha 4,99% do grupo, que tinha dado entrado no mesmo tribunal.

Segundo Pedro Baltazar, os 5 milhões pedidos correspondem ao “investimento da Inapa desde 2010, sem os juros”, embora o investimento da Nova Expressão SGPS ao longo do tempo seja “muito maior do que aquilo que está a solicitar”. O líder da Nova Expressão justifica o pedido de indemnização com a “apresentação prematura da insolvência” da Inapa que “prejudicou objetivamente os interesses dos credores e acionistas”, os quais “o conselho de administração tinha como missão defender”.

“Embora nas declarações da comissão de inquérito recente na Assembleia da República quer o ex-presidente da Parpública, quer o atual secretário do Tesouro tenham referido em uníssono a perda de apenas 8,5 milhões de euros do erário público com o fim da companhia, a nossa estimativa aponta para mais de 55 milhões de euros sem aplicar custos monetários desde o início da Inapa“, aponta ainda Pedro Baltazar sobre a insolvência da empresa estatal.

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Mais 389 autocarros sem emissões vão ser financiados com 120 milhões do PRR

No conjunto de 2024 e 2025, Lisboa e Porto arrecadam 65 milhões de euros de financiamento e os restantes municípios captam 145 milhões de euros, num total de cerca de 210 milhões de euros.

O Governo assinou novos contratos para o financiamento da compra de autocarros sem emissões, tanto 100% elétricos como movidos a hidrogénio. Os novos acordos permitem a compra de 389 autocarros, que se juntam a 413 que foram financiados em 2024.

Os contratos agora celebrados contam com o financiamento de mais de 120 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência, que se somam aos quase 90 milhões que haviam sido destinados ao mesmo fim no âmbito de um aviso em 2024.

No total, nos dois anos são financiados 802 autocarros, dos quais 321 são destinados às zonas metropolitanas de Lisboa e do Porto, e os restantes 481 se dividem por municípios do resto do país. No total, Lisboa e Porto arrecadam 65 milhões de euros de financiamento e os restantes municípios captam 145 milhões de euros. Os autocarros são financiados a 100%, e deverão ser adquiridos até 2026.

Na cerimónia de assinatura dos contratos estiveram presentes a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz e o secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional, Hélder Reis.

O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, considerou o número de autocarros financiados “impactante”, assim como os 72 municípios abrangidos. “Portugal não é só a área metropolitana de Lisboa e do Porto”, destacou o governante.

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Gestão do luxo, uma escola de paciência, visão e coragem

  • Mónica Seabra-Mendes
  • 3 Abril 2025

O luxo aprende-se. Mónica Seabra-Mendes, Diretora do Programa Executivo de Gestão do Luxo na Católica Lisbon Business & Economics explica a importância da formação para a excelência.

A gestão de marcas e empresas de luxo requer profissionais com perfis muito específicos, ao exigir que se equilibre negócio e arte, gestores e criativos e ao pressupor uma gestão contraintuitiva, muito diferente da tradicional lógica económica.

A importância de ensinar o luxo e a sua forma particular de gestão vai muito para além do mercado do luxo. No luxo transmite-se conceitos de excelência, criatividade, exclusividade e liderança num contexto de longo prazo. Na realidade, as ferramentas da gestão do luxo poderão, e deverão, servir para acrescentar valor a qualquer produto ou serviço, independentemente do setor e segmento em que atue. Marcas como a Apple, a Nespresso e a Tesla, são exemplos de marcas que não sendo do luxo, se apropriaram de muitas das suas ferramentas de gestão, o que muito contribuiu para o seu sucesso global.

Na formação de profissionais de luxo exige-se, num primeiro momento, uma contextualização nos domínios da psicologia e da sociologia, bem como uma compreensão dos conceitos de beleza, de arte e da estética em geral, elementos-chave na criação do desejo. Antes de se falar de luxo no contexto de negócio, é importante perceber que o luxo é uma necessidade humana. Num segundo momento, e porque os setores de atividade que o luxo compreende são muitos e variados, é necessário trabalhar os conceitos chave e os intangíveis transversais a todos os setores. No segmento do luxo, tanto podemos estar a falar do mercado da perfumaria que vende milhões de produtos, como do mercado da aviação privada em que os clientes se contam pelos dedos. É importante ainda salientar o papel fundamental da liderança, da capacidade de dizer frequentemente “não” e da coragem de assumir que nem sempre o objetivo de uma marca é vender mais ou, pelo menos, de servir na totalidade as necessidades do seu mercado. É importante perceber, por outro lado, que os negócios do luxo são de muito longo prazo, com retornos financeiros longos e que exigem, por isso, recursos económicos e capacidade de liderança para saber esperar, sem nunca comprometer a qualidade, a estratégia e os valores da marca.

Depois de estudadas as especificidades da gestão do luxo, de uma forma mais transversal, é importante compreender as particularidades dos seus diversos setores e as tendências particulares de cada mercado, quer se trate da moda, da joalharia, da relojoaria, da marroquinaria, dos vinhos e das bebidas espirituosas, da art de la table, da gastronomia, da hotelaria, dos automóveis, dos iates e da aviação privada, entre outros.

E em qualquer parte do percurso da formação é importante ouvir testemunhos inspiradores e conhecer os rostros por detrás das marcas, bem como os bastidores onde a magia acontece. É preciso viver o luxo na primeira pessoa, muito para além de o viver como eventual cliente. É preciso sentir a transcendência que os objetos de exceção e as experiências memoráveis trazem ao ser humano. É aqui que se sai da sala de aula. É aqui que os profissionais se envolvem e melhor entendem este mundo de privilégio e de privilegiados. Há executivos que afirmam que há um antes e um depois do Programa de Gestão do luxo, nas suas vidas. Eu acredito que sim. O luxo tem essa prerrogativa, a de nos levar por caminhos sem retorno.

A gestão do luxo ensina, em última instância, que o exercício do luxo é um ato de respeito máximo pelo “outro”, no sentido em que cada um dá o melhor de si, na esperança de provocar o melhor do outro.

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Empresas de informática e negócios de 17 milhões na mira da mega operação judicial. “Buscas não visam decisores políticos”, diz PGR

Em causa participação económica em negócio, abuso de poder, corrupção, fraude na obtenção de subsídio, falsidade informática, fraude fiscal qualificada, tráfico de influência e associação criminosa.

O Banco de Portugal foi alvo de buscas da Polícia Judiciária, que lançou esta quinta-feira uma operação que também envolveu ações na Secretaria-Geral do Ministério da Justiça e Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ).

Na ‘Operação Pactum’, estão em causa condutas relacionadas com aquisições de serviços na área da Tecnologia de Informação, por várias entidades públicas e por uma entidade privada, entre os anos de 2017 e 2025. “No centro da investigação encontra-se um conjunto de indivíduos que, em conjugação de esforços e de forma premeditada, viciaram dezenas de procedimentos de contratação pública e privada, num valor total global não inferior a 17 milhões de euros)”, confirma o gabinete de Amadeu Guerra.

“A operação da Unidade Nacional Contra a Corrupção conta com cerca de 200 inspetores no terreno a realizar centenas de buscas a organismos público e empresas, acrescenta. Em causa estão suspeitas de conluio na compra de material informático, hardware e software”, explica comunicado do gabinete da Procuradoria-Geral da República.

As diligências decorrem na área da grande Lisboa, Porto e Braga, designadamente em domicílios, escritórios de contabilidade, sedes de sociedades, Institutos Públicos e outros serviços do Estado. “Estas buscas destinam-se à recolha de informação relacionada com funcionários desses serviços e não visavam decisores políticos”, acrescenta o comunicado.

“A Ministra da Justiça, surpreendida com as notícias desta manhã sobre buscas a organismos do Ministério, pediu às eventuais entidades visadas um reporte factual sobre as operações inspetivas, determinando que seja prestado todo o apoio necessário aos inspetores”, disse a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice.

Bem como o Banco de Portugal que confirma que está em curso uma operação da Polícia Judiciária nas suas instalações, “que conta com a sua total colaboração”.

Os factos investigados são suscetíveis de, em abstrato, integrar os crimes de participação económica em negócio, acesso ilegítimo com violação de confidencialidade, de abuso de poder, corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos, falsidade informática, fraude na obtenção de subsídio, fraude fiscal qualificada, tráfico de influência, associação criminosa e ainda do crime de branqueamento.

Nas buscas estão presentes dois juízes de instrução, três magistrados do Ministério Público e cerca de 250 inspetores da Polícia Judiciária e 50 especialistas da polícia científica.

A investigação prossegue sob direção do DCIAP, com a coadjuvação da Polícia Judiciária, estando o inquérito sujeito a segredo de justiça.

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WARC revê em baixa crescimento do mercado publicitário. Estima perda de quase 20 mil milhões

O risco de estagflação nas principais economias, agravado pela incerteza provocada pelos EUA, justificam a reavaliação mais pessimista, ainda que positiva, da WARC.

A WARC (World Advertising Research Center) reviu em baixa as suas previsões em relação à evolução do investimento publicitário a nível global para este ano. Espera agora que o crescimento global do investimento este ano seja de 6,7%, um recuo de quase um ponto percentual em relação às previsões que tinha avançado em novembro de 2024 (7,6%).

A nova análise, que ainda não acomoda as tarifas anunciadas na quarta-feira por Trump, evidencia que o mercado publicitário global possa crescer 6,7% este ano, — atingindo os 1,15 biliões — e 6,3% até 2026, o que representa, respetivamente, uma queda de 0,9 e 0,7 pontos percentuais em comparação com as previsões de há cinco meses e se traduz numa perda de quase 20 mil milhões de dólares em dois anos.

Em termos absolutos, o mercado global de publicidade vai assim assistir a um aumento de investimento na ordem dos 72,9 mil milhões de dólares este ano em comparação com o ano anterior, estima a WARC.

A justificação para uma reavaliação mais pessimista (ainda que positiva) do investimento em publicidade prende-se com o risco crescente de estagflação — ou mesmo de recessão — nas principais economias, agravado pela incerteza económica provocada pela imposição de tarifas por parte dos EUA, cujas consequências se antecipa que sejam sentidas a partir do segundo semestre deste ano e se tornem mais pronunciadas no próximo ano.

Também o aperto na regulamentação não incentiva o investimento publicitário, numa altura em que a União Europeia está a endurecer a sua posição em relação a players como a Google ou a Apple. A espera por decisões dos EUA em relação a processos de concorrência desleal contra plataformas como a Google ou o TikTok também aumentam o clima de incerteza.

O mercado publicitário global enfrenta uma incerteza crescente à medida que as tarifas comerciais, a estagnação económica e as regulamentações mais rigorosas afetam setores importantes, o que nos leva a cortar as perspetivas de crescimento em 20 mil milhões de dólares nos próximos dois anos”, diz James McDonald, diretor de dados, inteligência e previsão da WARC, citado em comunicado.

Os setores que poderão ser mais afetados pelas políticas de Donald Trump são também aqueles onde o recuo no investimento publicitário é mais evidente. A WARC prevê, por exemplo, que o investimento publicitário no setor automóvel sofra uma queda de 7,4% este ano, enquanto o retalho deve recuar 5,3%. Já a indústria de tecnologia deve registar um crescimento de 6,2% no investimento em publicidade este ano, o que representa uma queda significativa em comparação com a previsão de 13,9% avançada em novembro.

Em termos de meios, as novas previsões da WARC apontam para que o investimento em imprensa mantenha a queda de 4,5%, mas agravou a queda das receitas em premium video para 2,4% (que compara com a queda de 1,4% antecipada em novembro). Espera ainda agora que o investimento em áudio cresça 1,7% (quando antecipava um crescimento de 2,1% nas previsões de novembro), que em outdoor e cinema avance 5,9% (antes era 6,1%) e que em pure play internet cresça 10,1% (face aos 11,2% anteriores).

Além do cenário baseado nas suas próprias previsões, a WARC antecipa ainda outros dois cenários mais negativos, um baseado nas previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que assume tarifas comerciais universais de 10%, cortes de 0,5 pontos percentuais no PIB das principais economias ao longo de três anos e um aumento de 0,4 pontos percentuais na taxa de inflação, e outro “severo”, que subtrai um ponto ao crescimento global e acrescenta 0,4 pontos percentuais à inflação nos próximos três anos.

Enquanto o cenário WARC antecipa um recuo 0,9 pontos percentuais no crescimento do investimento neste ano, o cenário da OCDE prevê um declínio de 1,2 pontos percentuais e o cenário severo implicaria uma queda de 1,7 pontos percentuais.

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PJ realiza buscas no Banco de Portugal. Mega operação com 250 inspetores no terreno

  • ECO
  • 3 Abril 2025

Além do Banco de Portugal, Unidade Nacional Contra a Corrupção também fez buscas no Ministério da Justiça. Em causa suspeitas de conluio na compra de material informático.

Banco de Portugal, Secretaria-Geral do Ministério da Justiça e outros organismos públicos e uma empresa privada na área da informática foram alvos de buscas da Polícia Judiciária, que lançou esta quinta-feira uma mega operação com 250 inspetores que investiga suspeitas crime na na compra de material informático.

No centro da investigação encontra-se um “conjunto de indivíduos que, em conjugação de esforços e de forma premeditada, viciaram dezenas de procedimentos de contratação pública e privada, num valor total global não inferior a 17 milhões de euros“, de acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) em comunicado enviado às redações.

Os factos investigados ocorreram entre 2017 e 2025 e são suscetíveis de integrar os crimes de participação económica em negócio, acesso ilegítimo com violação de confidencialidade, de abuso de poder, corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos, falsidade informática, fraude na obtenção de subsídio, fraude fiscal qualificada, tráfico de influência, associação criminosa e ainda do crime de branqueamento.

A operação da Unidade Nacional Contra a Corrupção conta dois juízes de instrução, três magistrados do Ministério Público e cerca de 250 inspetores da PJ e 50 especialistas da polícia científica que estão a realizar diligências na área da grande Lisboa, Porto e Braga, designadamente em domicílios, escritórios de contabilidade, sedes de sociedades, Institutos Públicos e outros serviços do Estado.

“Estas buscas destinam-se à recolha de informação relacionada com funcionários desses serviços e não visavam decisores políticos“, esclarece a PGR.

De acordo com o Jornal de Notícias, inquérito incide sobre o desvio de subsídios europeus que poderão ter beneficiado empresas da área informática que também estão a ser alvo de buscas.

O Banco de Portugal já confirmou “que está em curso uma operação da Polícia Judiciária nas suas instalações” e assegura “total colaboração” com as autoridades.

O processo corre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal, estando o inquérito sujeito a segredo de justiça.

(Notícia atualizada às 11h29 com comunicado do Banco de Portugal)

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