Governo autoriza fábrica da Navigator a trabalhar sem interrupções em Cacia

A nova unidade de produção de embalagens começou a funcionar no final de outubro e tem capacidade para produzir 100 milhões de embalagens de papel por ano.

O Governo autorizou esta quarta-feira a Navigator Tissue Aveiro a laborar sem interrupções no complexo industrial de Cacia. O grupo liderado por António Redondo justificou que a “necessidade de laboração contínua resulta do volume de vendas anual, o qual seria comprometido com a paragem dos equipamentos”.

A empresa fundamentou o pedido por “motivos de ordem técnica e operacionais, uma vez que a atividade de produção de papel Tissue em Aveiro (nas áreas de máquina de papel e transformação), com a existência de uma máquina de papel e cinco linhas de transformação, obriga a um regime de laboração contínua“, lê-se no despacho publicado esta quarta-feira em Diário da República.

O grupo liderado por António Redondo justificou que a “necessidade de laboração contínua resulta do volume de vendas anual, o qual seria comprometido com a paragem dos equipamentos e a gestão técnica e de manutenção dos equipamentos, em que o regime não contínuo culminaria, alegadamente, com a corrosão e degradação dos equipamentos de trabalho instalados, comprometendo as operações e os ativos da organização”.

Os trabalhadores envolvidos no regime da laboração contínua celebraram contratos de trabalho que prevê a expressa concordância dos trabalhadores com a prestação de trabalho em regime de turnos (nomeadamente, regime de laboração contínua.

A nova unidade de produção de embalagens começou a funcionar no final de outubro e tem capacidade para produzir cerca de 100 milhões de embalagens por ano, divididas em três linhas de produtos, como pratos, recipientes para take-away ou cuvetes para carne. É neste complexo industrial que a Navigator produz anualmente 320 mil toneladas de pasta branqueada de eucalipto, direcionadas para a transformação em papéis especiais como décor, filtros, cigarros e tissues.

Beneficiando do bom desempenho dos negócios de papel, tissue e packaging, assim como da redução nos custos, no primeiro semestre deste ano, os lucros da Navigator aumentaram 16% para 159 milhões de euros.

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Eurostat revê em ligeira baixa inflação de novembro na Zona Euro. Afinal, acelerou 2,2%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 18 Dezembro 2024

Em novembro, a inflação homóloga dos preços na área do euro acelerou para 2,2% e não para 2,3%. Taxa avançou 0,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

O Eurostat reviu em baixa a taxa de inflação homóloga da Zona Euro em novembro. Em vez dos 2,3% avançados na estimativa rápida, o ritmo de crescimento dos preços na área da moeda única acelerou para 2,2% no penúltimo mês do ano.

Face a outubro, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) aumentou duas décimas, o que se deve, sobretudo, aos preços dos serviços, que tiveram a maior subida homóloga (3,9%) dos quatro componentes, mesmo tendo desacelerado 0,1 pontos percentuais na variação em cadeia.

Evolução da taxa de inflação homóloga na Zona Euro e na UE

Fonte: Eurostat

Esta aceleração, que ficou em linha com as previsões dos analistas, apoia a postura do Banco Central Europeu (BCE) de baixar os juros mais depressa, face a um maior controlo da taxa de inflação. Na semana passada, na última reunião do ano, a instituição liderada por Christine Lagarde voltou a reduzir as taxas diretoras em 0,25 pontos percentuais, fixando-as nos 3%.

Os bens industriais não energéticos foram o único grande componente do IHPC a registar uma aceleração dos preços em novembro, de 0,5% para 0,6% — ou seja, mais uma décima de ponto percentual –, em relação ao mês anterior. O indicador relativo à energia mantém-se em valores negativos, mas passou de -4,6% em outubro para -2% em novembro.

Já a inflação subjacente, que exclui os preços da energia e dos alimentos não processados, estabilizou pelo terceiro mês consecutivo, em novembro, nos 2,7%. Este indicador é dos mais relevantes para o BCE, visto que reflete as pressões inflacionistas mais persistentes na economia.

De acordo com o gabinete estatístico, o maior contributo para a taxa de inflação homóloga da área do euro veio dos serviços (+1,74 pontos percentuais), seguindo-se os produtos alimentares, álcool e tabaco (+0,53 pontos percentuais), dos produtos industriais não energéticos (+0,17 pontos percentuais) e da energia (-0,19 pontos percentuais).

No conjunto dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE), a taxa de inflação a 12 meses também acelerou em novembro, para 2,5%, mais duas décimas do que no mês anterior, mas 1,1 pontos percentuais abaixo do valor registado um ano antes.

A variação homóloga do IHPC de novembro aumentou em 20 dos 27 países da UE, tendo diminuído em quatro (Estónia, Grécia, Malta e Polónia) e estabilizado noutros três (Alemanha, Bulgária e Dinamarca). No caso de Portugal, o IHPC acelerou de 2,6% em outubro para 2,7% em novembro.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h10)

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Suplemento dos delegados de saúde sobe para 400 euros em 2025

  • Joana Abrantes Gomes
  • 18 Dezembro 2024

Desde 2021 que o valor deste suplemento estava fixado nos 200 euros. Governo procedeu à atualização do montante, para 300 euros com retroativos a outubro deste ano e para 400 euros a partir de 2025.

O decreto-lei que aumenta o suplemento remuneratório dos delegados de saúde pública foi publicado esta quarta-feira em Diário da República. Conforme aprovado em Conselho de Ministros no início de novembro, quem exerce funções em autoridades de saúde vai ter um aumento deste suplemento de 200 para 300 euros, com efeitos retroativos a 1 de outubro deste ano, ficando o montante estabilizado em 400 euros a partir de janeiro.

O Governo recorda, na redação do decreto, que o valor do suplemento de autoridade de saúde foi fixado, pela primeira vez, no Orçamento do Estado para 2021, no montante de 200 euros, “valor este que tem vindo a ser replicado, anualmente, consoante o caso, na lei do orçamento do Estado ou no correspondente decreto-lei de execução orçamental”.

Mas, por considerar que “importa conferir a necessária estabilidade, mediante a adoção de uma medida legislativa que não deixe de vigorar no final de cada ano económico”, e “tendo em conta a responsabilidade e as particulares condições de exercício” das funções das autoridades de saúde, o Executivo procedeu à atualização do montante do suplemento.

No final de outubro, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que participou nas negociações com a ministra da tutela, Ana Paula Martins, disse que o aumento do suplemento para 400 euros está ainda “longe do ideal”, mas constitui “um passo positivo e concreto” no reconhecimento do papel das autoridades de saúde no país.

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Formação de imigrantes para trabalhar no turismo arranca em janeiro

Escolas do Turismo de Portugal vão dar formação a imigrantes que queiram trabalhar no setor, num programa que arranca em janeiro. Formandos receberão bolsa mensal de 522,5 euros e apoio à deslocação.

O programa de formação dos imigrantes que queiram trabalhar no setor turismo – que o Governo anunciou como uma das medidas para “acelerar a economia” – vai arrancar já em janeiro, indicou ao ECO fonte do Governo. Serão abrangidos cerca de mil trabalhadores, sendo que o protocolo entre o Turismo de Portugal, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) será assinado esta quarta-feira, dia 18 de dezembro, em Belém.

Entre as 60 medidas desenhadas pelo Governo no verão para impulsionar a economia nacional, estava já prevista a criação de um programa de integração e formação de migrantes e refugiados no setor do turismo, com vista a “melhorar as condições de integração” destas pessoas no país.

Segundo explicou o Executivo em julho, o programa implicará um investimento de 2,5 milhões de euros do orçamento do Turismo de Portugal, tendo, entretanto, o Ministério da Economia avançado ao Público que a formação estará a cargo das escolas do Turismo de Portugal.

Ao ECO, fonte do Governo explica agora que a formação – que terá a duração total de cerca de três meses, a que se soma um mês de estágio – não será apenas técnica e prática, mas incluirá também conhecimentos de línguas e formação sociocultural.

Os formandos terão direito a uma bolsa mensal com um valor correspondente ao Indexante dos Apoios Sociais, ou seja, 522,50 euros pagos pelo Turismo de Portugal. Terão também um apoio para os custos de deslocação, aponta a mesma fonte.

Os imigrantes interessantes sinalizarão junto da AIMA a sua disponibilidade, cabendo, depois, a esta agência transmitir essa informação ao Turismo de Portugal.

Já a CTP ficará com a responsabilidade de identificar as empresas do setor que estão abertas a promover estágios destinados a estes trabalhadores. Importa notar que em causa estão estágios remunerados, mas, neste caso, os custos ficarão a cargo das próprias empresas.

No verão, a secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares (AHRESP) tinha defendido, em declarações ao ECO, que as escolas profissionais (além das escolas do Turismo de Portugal) também deveriam fazer parte deste programa, para que pudesse “haver maior cobertura geográfica”.

Na altura, Ana Jacinto sublinhou também que os mil imigrantes abrangidos representam “um bom começo”, mas um número insuficiente face aos milhares de mãos que estão em falta no setor turístico.

“A necessidade de trabalhadores para as nossas atividades é de várias dezenas de milhares, e, por isso mesmo, mil trabalhadores são muito importantes, mas não são, de todo, suficientes”, afirmou a responsável. A AHRESP referiu estarem em falta 40 mil trabalhadores na restauração e hotelaria, ainda na primavera deste ano.

A falta de mãos tem sido transversal a toda a economia portuguesa nos últimos anos, mas o turismo tem sido um dos setores mais afetados. Por ter sido um dos mais afetados pela pandemia (e pelas restrições que lhe ficaram associadas), este setor viu partir muito talento para outras atividades, queixando-se agora de sérias dificuldades no recrutamento. O acolhimento de mão-de-obra imigrante tem sido uma das soluções adotadas. Mas há desafios, como a formação e a barreira linguística.

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Rendimento das famílias sobe mais no Algarve, Madeira e Lisboa

Ganho anual por agregado aumentou na região algarvia para um intervalo entre 18 mil e 19 mil euros, na Madeira ultrapassou os 15 mil euros e na zona da capital atingiu cerca de 19 mil euros.

Os rendimentos por família subiram mais no Algarve, Madeira e Grande Lisboa, conclui o relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as contas regionais de 2022, que foi publicado esta terça-feira. Mas há ligeiras variações se analisarmos o ganho primário bruto e as retribuições com transferências sociais e já deduzidas de impostos. Este último indicador tem um efeito na redução das assimetrias por via da redistribuição do rendimento, explica o INE.

O Rendimento Primário Bruto (RPB) per capita, que corresponde às retribuições diretas das famílias geradas pela sua participação no processo produtivo e aos ganhos de propriedade, atingiu, no conjunto do Continente, os 15.649 euros por família, em 2022, uma subida de 9% face ao ano anterior. Se aplicarmos a ação redistributiva pelos impostos e adicionarmos outras transferências do Estado, obtemos o Rendimento Disponível Bruto (RDB) anual por família, que foi ligeiramente inferior: 15.539 euros. E corresponde a uma evolução positiva de 8,1%.

Tendo em conta o rendimento primário bruto per capita, verifica-se que os ganhos cresceram acima da média nacional no Algarve (16,4%), na região autónoma da Madeira (13,6%), e na Grande Lisboa (10,3%), segundo o INE. Na região algarvia, os ganhos brutos anuais por família totalizaram, em 2022, os 18.115 euros, na Madeira, fixaram-se em 15.247 euros, e, na zona da capital, chegaram aos 19.694 euros.

Tendo em conta o impacto fiscal e das prestações sociais, estas três regiões são também aquelas que registam um maior crescimento dos rendimentos das famílias mas com algumas nuances. O Algarve continua a liderar o ranking mas com uma variação menor, de 12%, e o rendimento disponível sobe ligeiramente para 19.086 euros face ao ganho bruto total per capita de 18.115 euros.

Fonte: INE

Em segundo lugar, a Madeira regista uma evolução do rendimento disponível acima da média nacional mas em menor grau, de 10,9%. No entanto, o ganho disponível por agregado familiar é de 15.408 euros.

Na Grande Lisboa, o indicador do rendimento disponível por agregado familiar também continua a ser o terceiro que mais avança: 8,1%, fixando-se o ganho médio anual em 18.638, abaixo da remuneração primária bruta (19.694 euros).

Abaixo da média nacional e entre as regiões que registaram menores ganhos anuais por família, o INE destaca a evolução do rendimento bruto e disponível per capita da zona do Oeste e Vale do Tejo, em que as retribuições subiram 6,3% para 14.682 euros e 6,1% para 14.731 euros, respetivamente. Nos Açores, o ganho bruto por agregado registou a segunda variação mais baixa (6,6%), fixando-se em 15.190 euros e o rendimento disponível, que conta com o efeito redistributivo e as transferências sociais, subiu um pouco mais (7,4%) para 15.409 euros. Segue-se a região Centro cujas retribuições brutas por agregado avançaram 7,4% para 14.067 euros e os ganhos disponíveis subiram ligeiramente mais (7,5%) para 14.760 euros.

Impostos e prestações sociais aumentam salário disponível

“É de assinalar que a Grande Lisboa e a Península de Setúbal foram as regiões que, com a ação redistributiva dos rendimentos e das outras transferências correntes, apresentaram um índice de rendimento disponível per capita inferior (cerca de 6 p.p.) ao rendimento bruto” por agregado familiar, sinaliza o INE.

“Com a exceção do Norte, as restantes regiões beneficiaram, em termos relativos, das transferências sociais, aumentando o rendimento disponível face ao bruto, sobretudo o Algarve e o Centro (com 7 p.p. e 5 p.p., respetivamente), seguidos do Alentejo e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira (todas com 2 p.p.) e do Oeste e Vale do Tejo (1 p.p.)”, analisa o gabinete de estatísticas.

O INE conclui, então, “que a redistribuição dos rendimentos reduziu as diferenças entre as regiões, havendo uma diminuição da disparidade na passagem do RPB per capita ao RDB per capita”. E destaca que, “na passagem ao RDB per capita, o Algarve”, com um ganho disponível por família de 19.086 euros, superou a Grande Lisboa”, que registou um ganho anual disponível, de 18.638 euros, “em larga medida devido às prestações sociais recebidas do resto do mundo, o que é indissociável do afluxo de população aposentada a residir na região”.

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Esquema pirâmide com criptomoedas lesou centenas de pessoas em Portugal

  • ECO
  • 18 Dezembro 2024

Em 2018, homem e mulher criaram um modelo de negócio piramidal em que usavam o investimento em criptoativos para aliciar vítimas. Centenas de pessoas saíram lesadas em mais de 2,1 milhões de euros.

O Ministério Público, através do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), acusou um casal de ter montado, em 2018, um esquema em pirâmide em que usava o investimento em criptomoedas para aliciar vítimas, tendo lesado centenas de pessoas em mais de 2,1 milhões de euros, segundo avança o Jornal de Notícias (acesso pago).

O produto chamado Optionsknight, criado pelos arguidos, e que atualmente tem alerta vermelho pelo Banco de Portugal, chegou a ser publicitado nas redes sociais e em apresentações públicas em Aveiras de Cima, Coimbra e Alenquer. De acordo com a acusação, as vítimas eram aliciadas a integrar uma rede em que figurariam como peça central, à qual se juntariam os investidores que aquelas viessem a angariar.

Depois, as entradas nas contas registadas nas entidades de pagamento portuguesas eram reconduzidas para contas detidas pelo casal arguido em plataformas de negociação (exchanges) de criptoativos. Assim, os pagamentos efetuados aos investidores resultavam dos fundos dos novos investimentos angariados, gerando o que se designa de esquema Ponzi ou pirâmide.

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Senhorios queixam-se à provedora de Justiça sobre compensação às rendas antigas

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2024

Queixa formal apresentada pela Associação Lisbonense de Proprietários aponta "arbitrariedades e injustiças flagrantes" no âmbito das candidaturas e pagamento da compensação por rendas antigas.

A Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) apresentou uma queixa formal na Provedoria de Justiça, acusando o Estado de bloquear o acesso dos senhorios à compensação por rendas antigas e de usar o valor tributário sem atualização para calcular o apoio.

Na queixa, a ALP pede a intervenção urgente da provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, indicando que estão em causa os direitos de mais de 124 mil senhorios com rendas antigas — ou seja, contratos celebrados antes de 1990 e cujo valor se tem mantido congelado.

A motivar esta queixa está a compensação a estes senhorios, um processo que arrancou em julho do ano passado, com a ALP a apontar “arbitrariedades e injustiças flagrantes” no âmbito das candidaturas e pagamento desta compensação pela não transição daqueles contratos para o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU).

Na queixa remetida à provedora de Justiça, a associação presidida por Menezes Leitão acusa o Estado de estar “deliberadamente a bloquear o acesso à compensação pelos senhorios, a sua maioria idosos ou muito idosos”, ao introduzir um circuito “burocrático impraticável”, exigindo que a atribuição do apoio se torne automática.

Outro dos motivos de queixa, adianta a ALP em comunicado, é a obrigatoriedade da instrução do processo de candidatura à compensação (atribuída pela Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana — IHRU) ocorrer numa plataforma online “extremamente complexa”, sem alternativa, quando estão em causa muitas pessoas idosas.

“Este é um dos pontos mais penosos e perversos quando em causa estão senhorios muito idosos, que face às barreiras apresentadas desistem sequer de iniciar o processo”, lê-se no comunicado.

A ALP contesta ainda o facto de o cálculo da compensação aos senhorios ter como base o valor patrimonial tributário do imóvel arrendado sem a correção monetária da última década, apesar de, em termos de pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), o imposto ser calculado sobre o valor mais elevado — já com a correção monetária.

A juntar a estas denúncias, a associação aponta os atrasos no tratamento e análise das candidaturas e a não existência de um prazo máximo de resposta aos cidadãos, questionando ainda o facto de não estar previsto o pagamento de juros de mora.

Criticando a manutenção do congelamento das rendas, a ALP promoveu uma petição pública a exigir o fim desta situação, acentuando que já reuniu 5.000 assinaturas, tendo o objetivo de atingir as 7.500 para impor a discussão do tema pelo Parlamento.

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Hoje nas notícias: Criptomoedas, ADSE e Força Aérea

  • ECO
  • 18 Dezembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Ministério Público acusa um casal de ter montado um esquema em pirâmide aproveitando-se de centenas de investidores interessados em criptomoedas, que lesou em mais de dois milhões de euros. O Conselho Geral e de Supervisão da ADSE prevê um saldo positivo de 153,5 milhões de euros para este ano, em boa parte graças aos aumentos anuais nos salários e nas pensões dos beneficiários. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Fraude com criptomoedas lesou centenas de pessoas em Portugal

O Ministério Público, através do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), acusou um casal de ter montado, em 2018, um esquema em pirâmide em que usava o investimento em criptomoedas para aliciar vítimas, tendo lesado centenas de pessoas em mais de 2,1 milhões de euros. O produto chamado Optionsknight, criado pelos arguidos, e que atualmente tem alerta vermelho pelo Banco de Portugal, chegou a ser publicitado nas redes sociais e em apresentações públicas em Aveiras de Cima, Coimbra e Alenquer.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

ADSE vai terminar ano com lucro de 153 milhões

O parecer do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE acerca do Orçamento para o próximo ano prevê que a ADSE feche 2024 com um lucro na ordem dos 153,5 milhões de euros, inferior ao do ano anterior, de 160,6 milhões de euros, mas melhor do que em 2022. Para 2025, antecipa um saldo positivo de 110,4 milhões de euros. Esta tendência lucrativa, segundo o economista e ex-membro do Conselho Diretivo da ADSE, Eugénio Rosa, está diretamente relacionada com os aumentos anuais nos salários e nas pensões dos beneficiários, os quais pagam à cabeça 3,5% da remuneração base. Aliás, as previsões para o próximo ano apontam para que a contribuição dos beneficiários atinja os 846,3 milhões de euros, sendo que, em 2024, foi de 804,9 milhões, em 2023 de 746 milhões, em 2022 de 702,5 milhões, e em 2021 foi de 667,9 milhões.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Mais de 100 militares pagaram para sair da Força Aérea este ano

Com o seu mandato como Chefe do Estado-Maior da Força Aérea perto do fim, o general Cartaxo Alves relata, em entrevista ao Público, que a Força Aérea “não tem grandes problemas de recrutamento”, numa altura em que este ramo das Forças Armadas conta com 6.700 efetivos, “sendo que 700 são civis”. No entanto, o responsável conta que tem vindo a aumentar o número de efetivos que pedem para sair antes de terminar o período de contrato: de 17 rescisões em 2021, este ano já leva 108 militares que pediram o abate ao quadro. Deste número, 35 foram pilotos, mas também têm saído engenheiros, controladores aéreos e médicos.

Leia a entrevista completa no Público (acesso pago)

Exportações farmacêuticas já superam os 3.000 milhões de euros e totais de 2023

Os primeiros nove meses do ano chegaram para as exportações da indústria farmacêutica baterem o recorde de 2,7 mil milhões de euros em vendas ao exterior fixado em 2023. Mas, à entrada do terceiro trimestre, o setor atingiu um novo marco: incluindo produtos farmacêuticos e matérias-primas, os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que exportações no valor de 3.168 milhões de euros até outubro, mais 48% do que em igual período do ano passado. Mantendo-se esta taxa de variação até ao final de 2024 (ou até mesmo o crescimento de 43,9% registado em 2023), a indústria farmacêutica poderá mesmo ultrapassar os 4.000 milhões de euros em vendas ao exterior este ano.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Ministro da Educação admite que falta de professores vai continuar

No dia em que terminou o primeiro período letivo, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, fez um balanço do problema da falta de professores, admitindo que vai perdurar. “Vamos ter durante muito tempo milhares de alunos sem aulas, isso foi dito desde o início. Temos noção do problema que temos pela frente, com o número de alunos a aumentar e um problema estrutural para trás de falta de professores e alunos sem aulas que não se resolve de um ano para o outro”, afirmou. Segundo o governante, “foram tomadas 17 medidas” desde setembro, “umas mais eficazes, outras menos, mas que garantiram aulas a dezenas de milhares de alunos”.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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“It’s the Economy” com Paulo Caiado, Presidente da APEMIP

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  • 18 Dezembro 2024

Paulo Caiado, Presidente da APEMIP é o quinto convidado do videocast Leadership Bites by KW.

No quinto episódio de “Leadership Bites” – videocast sobre liderança, pessoas, empresas, empreendedorismo e inovação – Marco Tairum recebe o Presidente da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária, Paulo Caiado. Produzido pela Keller Williams para celebrar os 10 anos em Portugal, “Leadership Bites” fala de vários temas e setores de atividade com o objetivo de descobrir e partilhar, através de testemunhos de alguns thought leaders nacionais, fórmulas e caminhos para o sucesso, em diferentes áreas da vida. No ar todas as quartas-feiras, a condução deste videocast cabe a Marco Tairum, CEO da Keller Williams Portugal.

Para Paulo Caiado, a liderança deve ser genuína e assentar em princípios e valores. Neste episódio, o Presidente da APEMIP fala sobre a importância de uma boa liderança, da formação e sobre a necessidade de uma base legislativa que estabeleça metas e requisitos para operar em áreas como o setor imobiliário.

Paulo Caiado, Presidente da APEMIP e Marco Tairum, CEO da Keller Williams Portugal

Segundo o Presidente da APEMIP, o mundo já não é o lugar estável e previsível a que nos habituámos e por isso devemos estar preparados para os desafios que caracterizam os tempos atuais. Acredita que fatores de teor sociológico como casamentos, divórcios, trabalho, entre outros, estão na base das principais transações imobiliárias, um ciclo de teor autónomo ligado às vidas individuais que, apesar de poder ser acelerado ou refreado mediante a conjetura, tem a sua própria autonomia.

Para Paulo Caiado, o setor imobiliário contribui, inclusivamente, para a retenção de talento e para o crescimento do País. Por um lado, é uma área cada vez mais interessante para quem deseja desenvolver o seu lado empreendedor. Por outro, quanto mais expressiva for a atividade imobiliária, mais significativos serão os benefícios e o crescimento da nossa economia.

Assista ao episódio completo aqui:

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Os dois lados da IFRS 17

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  • 18 Dezembro 2024

José Gonçalves, Chief Financial Officer da PRÉVOIR, aborda a IFRS 17, realçando não só as vantagens desta norma contabilística, mas também os potenciais riscos decorrentes da sua implementação.

A IFRS 17 (International Financial Reporting Standard 17) foi emitida pelo IASB (International Accounting Standards Board) e publicada pela UE através do Regulamento n.º 2021/2036, de 19 de novembro de 2021, com efeitos a 1 de janeiro de 2023. Foi aprovada em Portugal através da atual redação da Norma Regulamentar n.º 10/2016 da ASF, correntemente denominada por Plano de Contas para as Empresas de Seguros (PCES).

A IFRS 17 é uma norma contabilística que se aplica especificamente a contratos de seguros, tendo substituído a IFRS 4. Os seus principais propósitos passaram por trazer uma maior consistência, transparência e comparabilidade na contabilização de contratos de seguro.

Eis os objetivos da IFRS 17:

  • Transparência: tornar mais claros e evidentes os principais drivers de rentabilidade e dos fluxos financeiros subjacentes aos contratos de seguro. Com isto, pretende-se que os investidores e outros stakeholders das seguradoras entendam melhor os seus resultados técnicos e financeiros;
  • Comparabilidade: através do estabelecimento de princípios comuns na contabilização de contratos de seguro, visa reduzir-se algumas diferenças relevantes no reconhecimento e contabilização existentes, anteriormente, em diferentes empresas e países.
  • Consistência: compatibilizar e eliminar alguns mismatchs entre ativos e passivos, nomeadamente com a IFRS 9 (Instrumentos Financeiros);
  • Reconhecimento temporal: reconhecer os proveitos inerentes a contratos de seguro de forma a refletirem o seu real desempenho, em cada período contabilístico, permitindo que os lucros dos contratos de seguro sejam reportados ao longo do período de cobertura dos mesmos.
  • Gestão de riscos: incentivar as companhias de seguros a alinharem as suas práticas contabilísticas com princípios de gestão de riscos financeiros e operacionais coerentes com a realidade económica.
José Gonçalves, Chief Financial Officer da PRÉVOIR

Aspetos Positivos da IFRS 17:

  • Foco na economia real: os princípios da norma implicam o reconhecimento, nas demonstrações financeiras, do desempenho económico real de cada contrato de seguro, proporcionando, assim, uma visão mais precisa sobre os resultados das seguradoras;
  • Melhoria na tomada de decisão: dada a granularidade da análise do desempenho dos contratos de seguro, quer os gestores, quer os investidores, poderão tomar decisões mais informadas;
  • Incentivo à eficiência operacional: a necessidade de adequação, adaptação e obtenção de novos dados para cumprimento dos requisitos da IFRS 17 pode levar as seguradoras a reverem os seus processos internos, promovendo melhorias na sua gestão económica e financeira.

Aspetos Negativos da IFRS 17:

  • Custos de implementação: a adaptação dos sistemas, processos intensivos de formação sobre a IFRS 17 e, acima de tudo, a necessidade de implementação de software específico para o efeito e a concomitante consultoria subjacente à sua implementação foi, e continua a ser, muito dispendiosa;
  • Complexidade: a norma é tecnicamente densa e de difícil de interpretação para quem não tem conhecimentos atuariais, implicando que o objetivo inicial de transparência da norma seja, para já, muito relativo;
  • Comparabilidade: pelo que sabe até à presente data, dando o exemplo da comparabilidade geográfica, é algo que está muito longe de se ter conseguido. Dois exemplos: Em França, apenas as seguradoras cotadas em bolsa estão a aplicá-la, não se sabendo se as demais serão ou não obrigadas a fazê-lo. Em Espanha, ainda existe uma fase de transição em curso;
  • Desafios tecnológicos: a necessidade de sistemas avançados para o cálculo e reporte contabilístico de informação inerente à IFRS 17, assim como de equipas especializadas e exclusivamente dedicadas à mesma, sobrecarregam as seguradoras com necessidade de readaptação dos seus RH e das suas infraestruturas tecnológicas.

Pelo que acima foi exposto, a IFRS 17 é bastante desafiadora, sendo de assinalar que Portugal foi dos primeiros países a adotar esta norma integralmente.

No entanto, há um risco elevado de que este seja mais um fator que propicie a ocorrência de fusões entre seguradoras, quer devido à imperiosa necessidade de incrementos de escala para se conseguir absorver todos os custos de contexto exigíveis à atividade, quer quanto aos requisitos de capital que possam vir a ser necessários.

Veremos se, no futuro, isto virá a acontecer e quais serão as consequências para os consumidores, uma vez que, menos concorrência normalmente significa preços mais elevados.

José Gonçalves, Chief Financial Officer da PRÉVOIR

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Os benefícios tangíveis e intangíveis da transformação tecnológica

  • Conteúdo Patrocinado
  • 18 Dezembro 2024

Sofia Amorim, Sales & Marketing Director da Cleva, reflete sobre as vantagens da transformação tecnológica, considerando a mesma como uma oportunidade para estabelecer novas práticas.

Num mundo em acelerada mudança, a tecnologia é um meio incontornável em qualquer setor de atividade mas não é nunca um fim em si mesma. Quando a tecnologia não evolui para acompanhar a mudança no contexto do negócio, em particular na indústria seguradora, o tempo poderá ditar que esta se torne um fim, pela criticidade que os riscos operacionais, não tratados no momento certo, poderão representar.

Quando adiamos a modernização tecnológica pela potencial complexidade, impactos e investimento que a mesma pode representar num futuro imediato, estamos a comprometer o crescimento e inovação no negócio a mais longo prazo. Mas mais do que uma ameaça, a modernização tecnológica é uma oportunidade.

É uma oportunidade de simplificação, racionalização e mitigação de riscos. É uma oportunidade de estabelecer novas práticas e melhores instrumentos para a resposta aos desafios de digitalização da companhia de seguros. É uma oportunidade para renovar equipas e talento, combinando experiência e inovação.

E essa oportunidade traz benefícios tangíveis e intangíveis.

Dentro dos benefícios tangíveis, que podem ir desde a melhoria e eficiência operacional até à experiência do cliente, destaco este último por ser um imperativo. Os clientes são os mais beneficiados (e ávidos) por tudo o que a evolução tecnológica pode trazer, desde ter informação à distância de um click até à contratualização e obtenção de proteção sem ter de sair de casa ou numa experiência integrada com outras compras de bens e serviços.

Sofia Amorim, Sales & Marketing Director da Cleva

Entramos assim nos benefícios intangíveis em que a reputação de uma companhia, a sua imagem enquanto parceiro inovador, presente e colaborativo, antecipando necessidades dos clientes e proporcionando uma experiência cómoda e de confiança, pode fazer toda a diferença relegando para 2º plano o critério preço.

A fidelização dos clientes, por um serviço de excelência na rapidez, comunicação e respostas que a transformação tecnológica permite oferecer, é também um dos benefícios a realçar.

Adicionando os temas de compliance com cada vez mais regulamentação, sejam de segurança de informação, resiliência operacional ou mesmo de ESG (Environment, Social and Governance), é indispensável garantir a evolução tecnológica para uma adequada resposta às exigências impostas.

As Companhias de Seguros têm assim de se apoiar nos seus parceiros tecnológicos, esperando deles a preparação e antecipação necessárias para estes desafios.

Na Cleva, a modernização é um tema continuo na linha da evolução do produto e na prestação dos serviços pelo que a relação longa que tem com todos os clientes, permite uma abordagem colaborativa na evolução que cada Companhia tem de fazer, dentro do que são os seus contextos de investimento, crescimento, capacidade e arquitetura de IT.

É sempre um caminho conjunto, das Seguradoras e dos parceiros tecnológicos, que quanto mais em parceria e colaboração, se percorre com menos percalços e com mais firmeza.

Sofia Amorim, Sales & Marketing Director

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Alex Muzio, presidente da União dos Clubes Europeus (UEC): “A reforma da Superliga está tão mal feita que parece o projeto de uma criança de 10 anos”

  • Servimedia
  • 18 Dezembro 2024

O presidente da UEC não está convencido da atratividade do novo formato da chamada Liga Unify.

O presidente da União dos Clubes Europeus (UEC) e também presidente do Union St Gilloise, que joga na Jupiter Pro League belga, Alex Muzio, disse numa entrevista ao meio de comunicação belga “DH Les Sports” que “a reforma da Superliga está tão mal feita que parece o projeto de uma criança de 10 anos”.

Muzio salientou que “a A22 criticou as competições da UEFA no passado por terem demasiados jogos sem sentido, mas propõe uma fase de grupos com 14 jogos garantidos, o que provavelmente levará a muitos mais jogos sem sentido, e algumas equipas terão em breve muito pouco para jogar”. O eurodeputado referiu ainda que a A22 “se queixou da falta de novidade da UEFA, que retratou como um modelo antiquado… mas não está a propor nada de verdadeiramente inovador a nenhum nível”.

Na mesma entrevista, Muzio disse ainda que esta nova versão da Superliga se deve ao facto de a A22 poder ser sancionada se não apresentar um projeto de competição. A este respeito, Muzio comentou que “doze clubes assinaram um acordo com a A22 para lançar o projeto da Superliga, e é mais do que provável que esse acordo preveja uma compensação financeira se o projeto não for apresentado. Para mim, a A22 tem de lhes provar que propôs efetivamente um projeto, ou arrisca-se a ter de pagar multas coercivas. Ficaria surpreendido se algum clube se interessasse por um projeto tão vago e pouco detalhado”.

A UEC é um dos principais intervenientes no atual ecossistema de governação do futebol a nível europeu. Fundada em abril de 2023 para melhorar o apoio e a defesa dos clubes profissionais de não elite em toda a Europa, representa mais de 140 clubes de 25 associações nacionais diferentes.

Em Espanha, a LALIGA também reagiu com um comunicado em X, que descreve como “um novo modelo da falhada Superliga”. A associação espanhola de futebol considera que esta nova versão da A22 “ameaça a governação do futebol europeu ao pretender ser dirigida por alguns dos grandes clubes em seu próprio benefício, promovendo um modelo de exploração audiovisual que beneficiaria um número muito reduzido de clubes de elite e destruiria a economia das ligas nacionais. Um projeto que continua a não ter o apoio de clubes, federações, jogadores, adeptos e instituições”.

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