Fundo de business angels Angels Way volta a apostar em IA em dois novos investimentos

Com estas duas novas apostas, eleva-se para 150 mil euros o montante já investido pelos 436 pequenos investidores que compõem o fundo gerido de forma coletiva.

Da esquerda para a direita, Tocha, Luís Gutman e José Serra.

Depois de fechar em março o primeiro investimento na Granter IA, o fundo gerido em comunidade Angels Way volta a apostar em startups com soluções de inteligência artificial (IA) para reforçar o seu portefólio. A Medgical e a Dojo AI são as duas novas investidas, irão receber cada uma 50 mil euros.

Com estas duas novas apostas, eleva-se para 150 mil euros o montante investido pelos 436 pequenos investidores que, coletivamente, decidem aplicar o milhão de capital levantado para, ao longo de dez anos, injetar em 20 startups.

Totalmente dedicado a startups nacionais em fase inicial, visando dar resposta à carência de investimento pré-seed, o Angels Way tem mais de 400 investidores que investiram no mínimo 1.200 euros para participar no fundo que iniciou atividade este ano, tendo já analisado mais de 40 startups.

A Granter IA, startup que usa a IA para reduzir a burocracia e custos associadas aos métodos de consultoria tradicionais nas candidaturas aos fundos europeus, foi a primeira investida, tal como avançou em março o ECO.

Seguem-se duas outras startups que têm como base a IA. A startup Medgical desenvolveu um software de IA treinado para português clínico, que “permite ao médico estar só a falar com o doente durante a consulta enquanto a plataforma está, em background, a tomar notas e a transcrever”, pode ler-se em comunicado.

No SNS são cerca de 30 milhões de horas médicas por ano gastas em frente a um computador, segundo dados partilhados em comunicado. “Com mais de 10 mil consultas testadas, a startup já conseguiu reduzir em duas horas esta carga de trabalho diário.”

A solução criada pela startup de Águeda permite ainda a partilha de “explicações de condições e medicação aos pacientes”, mitigando com isso outro problema: “Em média, os pacientes esquecem até 80% da informação médica mencionada em consulta e 50% do que recordam está incorreto”.

Outra das investidas, a Dojo AI, promete dar às PME “acesso a capacidades de marketing sofisticadas que apenas podiam ser garantidas com equipas dedicadas e investimentos significativos”, integrando “dados e campanhas num único dashboard, proporcionando uma visão de 360°”.

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Siresp recebe indemnização compensatória até 19,5 milhões

Executivo explica que a solução enquadra a manutenção e o funcionamento até à conclusão da reestruturação desta entidade.

O Governo aprovou, em Conselho de Ministros, uma indemnização compensatória até ao montante máximo de 19,5 milhões de euros à empresa que gere o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal Siresp) pelo cumprimento das obrigações de serviço público, no ano de 2025.

“Esta solução enquadra a manutenção e o funcionamento até à conclusão da reestruturação desta entidade“, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

O Governo tinha como propósito para 2024 extinguir a empresa que gere o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (Siresp), passando as atribuições para a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), mas este processo de transformação institucional foi suspenso devido à realização das eleições legislativas antecipadas.

O ano passado, a Siresp recebeu uma indemnização compensatória de cerca de 26 milhões de euros pelo cumprimento das obrigações de serviço público.

(Notícia atualizada às 19h39 com mais informação)

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Governo prolonga mercado regulado da luz até ao fim de 2027

  • ECO
  • 10 Abril 2025

A decisão é explicada pela existência de "800 mil consumidores que ainda estão no mercado regulado, muitos dos quais são economicamente mais vulneráveis".

O Governo aprovou, esta quinta-feira, o prolongamento do mercado regulado da luz até ao fim de 2027. O decreto-lei “prolonga as tarifas reguladas de eletricidade até 31 de dezembro de 2027”, indica o comunicado do Conselho de Ministros.

O executivo de Luís Montenegro justifica a decisão com “os cerca de 800 mil consumidores que ainda estão no mercado regulado, muitos dos quais são economicamente mais vulneráveis”.

Tanto no mercado de eletricidade como no mercado do gás, o fim das tarifas reguladas estava previsto para 31 de dezembro de 2025 na legislação nacional. O mercado regulado da luz é da responsabilidade do regulador da energia, que define os preços anualmente.

Em janeiro, após decisão da ERSE, as tarifas médias para as famílias eram para aumentar 2,1%, mas o efeito combinado das mudanças no IVA da luz e o agravamento tarifário aliviaram a factura final das famílias em 85 cêntimos mensais consumos nauis de 1900 kWh e de 91 cêntimos para consumos de 5000 kWh.

A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, já tinha antecipado no final do ano passado que iria estender o funcionamento deste mercado. Mas na altura apontava para o fim de 2026. “Vamos dar mais um ano”, disse a governante na altura.

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Programa eleitoral. PCP propõe “choque salarial” com aumento geral de 15% e 1% do PIB para habitação

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

Paulo Raimundo defende “um plano de promoção da construção, manutenção e remodelação de habitações públicas, a partir de um financiamento anual correspondente a 1% do PIB.

O PCP propõe um “choque salarial” com um aumento geral de 15% e com um mínimo de 150 euros e pretende que 1% do PIB (Produto Interno Bruto) seja destinado a construção ou remodelação de habitações públicas.

Estas são duas medidas que constam do programa do PCP, que concorre coligado com o PEV e associação Intervenção Democrática (Coligação Democrática Unitária) às eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, apresentadas pelo secretário-geral comunista, Paulo Raimundo, no ISCTE, em Lisboa.

Perante os ex-líderes do partido Jerónimo de Sousa e Carlos Carvalhas, o atual secretário-geral do PCP defendeu que “o país precisa de um choque salarial”, medida que considerou mesmo de “emergência nacional”.

“É respondendo a essa exigência que propomos o aumento do salário mínimo, já em julho de 2025, para mil euros e o aumento geral dos salários em 15%, com 150 euros no mínimo para todos os trabalhadores”, declarou. Tal como no programa eleitoral de 2024, o PCP volta a propor a fixação de 35 horas semanais de trabalho em todos os setores de atividade e 5% do PIB dedicado a investimento público.

Em relação aos pensionistas, o secretário-geral do PCP avançou com um aumento de 5%, com efeitos retroativos a janeiro, com uma subida mínima de 70 euros para todas as reformas.

Já em matéria de habitação, Paulo Raimundo advogou “um plano de promoção da construção, manutenção e remodelação de habitações públicas, a partir de um financiamento anual correspondente a 1% do PIB, visando aumentar significativamente o parque habitacional público, seja para arrendamento de caráter social, seja para criação de um programa de arrendamento a custos acessíveis”.

“A situação é dramática, as medidas têm de ser urgentes”, advertiu o líder do PCP, numa intervenção em que definiu o programa eleitoral como sendo de “rutura com a política do atual Governo e dos anteriores”.

Nesta sessão de apresentação do programa para as próximas legislativas, o secretário-geral do PCP acentuou que o seu partido se vai bater pelo controlo de preços, “fixando em 20 euros o custo da botija do gás, garantindo o controlo dos bens alimentares essenciais e baixando para 6% a taxa de IVA para a eletricidade, gás e comunicações”.

Na saúde, Paulo Raimundo, defendeu medidas de contratação de mais profissionais para o SNS, “com um aumento significativo das suas remunerações e a valorização das suas carreiras”.

“Não aceitamos a privatização crescente da prestação de cuidados de saúde, seja em PPP (parcerias público-privadas), em USF (unidades de saúde familiar) modelo C ou em qualquer outra modalidade. Esse é o caminho da destruição do SNS e da negação do direito universal de todos à saúde”, declarou – um ponto que antes já tinha sido salientado pela líder parlamentar do PCP, Paula Santos, que fez a primeira intervenção da sessão.

Ainda na área da saúde, uma das propostas do PCP passa por assegurar a gratuitidade de medicamentos para doentes crónicos, maiores de 65 anos. Na questão das creches, Paulo Raimundo colocou em contraponto a projetada descida do IRC pelo Governo PSD/CDS e o programa do PCP.

“É preciso uma rede pública de creches integrada no sistema educativo que garanta 100 mil vagas. Entre as creches públicas para as nossas crianças e a baixa do IRC que PSD, CDS, PS, Chega e IL entregam às grandes empresas em quatro anos, no PCP e na CDU não temos dúvidas qual deve ser a opção”, disse.

O secretário-geral do PCP prometeu lutar pela “eliminação das propinas” no Ensino Superior e, no domínio da habitação, afirmou pretender “dar estabilidade aos contratos de arrendamento, garantindo um período de 10 anos de duração”. Em paralelo, advogou uma regulação dos aumentos das rendas e a revogação da “lei dos despejos”.

No plano, fiscal, tal como no programa de 2024, o PCP volta a defender o aumento da progressividade do IRS e a obrigatoriedade do englobamento de todos os rendimentos superiores a 80 mil euros, “reduzindo os impostos indiretos, em particular relativamente a bens essenciais em sede de IVA”.

Já no plano económico, a prioridade dos comunistas é garantir o controlo dos setores estratégicos, caso da TAP. “Garantir a gestão pública e sustentável da água, proteger os solos e a sua qualidade são algumas das medidas que não deixaremos de defender”, acrescentou.

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Livre escolhe Isabel Mendes Lopes para debate com Nuno Melo

  • ECO
  • 10 Abril 2025

AD e Livre têm frente-a-frente marcado para esta sexta-feira, na TVI. Mas Rui Tavares só comparece para um frente a frente com Montenegro. Caso contrário, far-se-á representar pela sua porta-voz.

Caso Luís Montenegro (PSD) mantenha a decisão de não comparecer no frente-a-frente desta sexta-feira na TVI, o líder do Livre, Rui Tavares, far-se-á representar pela sua porta-voz e líder parlamentar, Isabel Mendes Lopes, informa esta quinta-feira a Sic Notícias.

A decisão foi avançada esta quinta-feira por Isabel Mendes Lopes, durante uma conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa: “Se Luís Montenegro continuar a fugir a este debate, não estará o nosso candidato a primeiro-ministro, que é o Rui Tavares, estarei eu. Esperamos que Luís Montenegro caia em si e perceba que o que está a fazer não é leal”.

A número dois do Livre acusa Montenegro de continuar a “fugir destes debates” e a “contornar mais uma vez as regras do jogo“, defendendo que “a obrigação mínima de Luís Montenegro é apresentar-se a debate”.

Em causa está a decisão da AD Coligação PSD/CDS-PP de se fazer representar nos debates nas televisões contra Livre, BE e PAN pelo presidente do CDS-PP, Nuno Melo.

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BPI antecipa corte de 25 pontos base nas taxas de juro pelo BCE na reunião da próxima semana

Inflação em queda e sinais de fraqueza da economia europeia levarão o BCE a fazer mais um corte das taxas de juro na reunião da próxima semana, antecipam os analistas do BPI.

Os analistas do BPI preveem que o Banco Central Europeu (BCE) volte reduzir as taxas de juro em 25 pontos base na reunião agendada para 17 de abril, passando a taxa de depósitos dos atuais 2,5% para 2,25%, renovando assim mínimos de fevereiro de 2023.

Esta medida daria continuidade ao ciclo de flexibilização monetária iniciado em 2024 e que conta já com seis cortes, num contexto marcado pela desaceleração económica e pela elevada incerteza global.

Esperamos que o BCE baixe as taxas de juro em 25 pontos base […] tanto porque a inflação parece ter acelerado o seu regresso aos 2% como porque a atividade continua a dar sinais de fraqueza num ambiente de incerteza muito elevada e de numerosos riscos”, escrevem os analistas do BPI.

A inflação na Zona Euro tem mostrado sinais de moderação. Em março, a inflação global caiu para 2,2% em termos homólogos (face aos 2,3% registados em fevereiro), enquanto a inflação subjacente recuou para 2,4% (de 2,6% no mês anterior).

Além disso, os analistas do BPI referem que os swaps de inflação caíram acentuadamente desde a divulgação do valor da inflação de março e após o anúncio das tarifas por Trump. “Os swaps passaram a cotar a inflação em cerca de 1,3% em termos anuais no próximo ano e 1,5% em dois anos em 9 de abril.”

Segundo o BPI, esta descida foi impulsionada pelo abrandamento dos preços dos serviços, um indicador que reflete uma dinâmica mais contida nos preços. “Uma parte significativa desta descida foi explicada pelo abrandamento do ritmo de crescimento dos preços dos serviços […] em conformidade com as expectativas do BCE”, refere o documento.

No entanto, os sinais de fraqueza da economia europeia persistem. Apesar de uma ligeira melhoria nos índices PMI da Zona Euro em março – impulsionada pelos setores de serviços em França e Alemanha – o setor industrial mantém-se fraco.

O BCE deverá adotar uma abordagem cautelosa quanto às orientações futuras, vaticinam os analistas do BPI. “No atual contexto de elevada incerteza […], é improvável que este se comprometa com qualquer decisão futura”.

Adicionalmente, os mercados financeiros têm registado uma elevada volatilidade desde a última reunião do BCE, por conta das incertezas geradas pelas tensões comerciais entre os EUA e a União Europeia. Isso tem sido visível pelas quedas acentuadas dos índices acionistas, pela forte apreciação do euro face ao dólar e pelas descidas dos preços da energia.

O recente anúncio de tarifas por parte da administração Trump (seguido dias depois de uma pausa de 90 dias) aumentou os riscos para o crescimento económico na Zona Euro e da economia mundial.

Este contexto de incerteza levou vários membros do Conselho do BCE a apoiar cortes adicionais nas taxas de juro e os mercados a atribuírem uma probabilidade de mais de 90% a uma redução das taxas de juro do BCE, “embora estas expectativas tenham flutuado acentuadamente com os numerosos acontecimentos ocorridos desde a última reunião, em 6 de março.”

Ainda assim, o BCE deverá adotar uma abordagem cautelosa quanto às orientações futuras, vaticinam os analistas do BPI. “No atual contexto de elevada incerteza […], é improvável que este se comprometa com qualquer decisão futura”, sublinha o relatório, com os analistas do BPI A anteciparem que, no médio prazo, “as taxas se aproximem do limite inferior da taxa neutra estimada pelo BCE (1,75%) até ao final do ano.”

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Livre alerta para necessidade de eventual orçamento retificativo

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

Rui Tavares acusou ainda o primeiro-ministro de "propaganda", por anunciar "um pacote de medidas de 10 mil milhões de euros em que na verdade não há dinheiro novo”.

O Livre criticou esta quinta-feira as medidas anunciadas pelo Governo para responder às tarifas aduaneiras impostas pelos EUA, acusando o primeiro-ministro de fazer propaganda e alertando para a eventual necessidade de um Orçamento retificativo.

“Luís Montenegro tem muito jeito para a propaganda e foi isso que foi esta declaração após o Conselho de Ministros, porque anuncia um pacote de medidas de 10 mil milhões de euros em que na verdade não há dinheiro novo”, criticou Rui Tavares, em declarações aos jornalistas na sede nacional do partido, em Lisboa.

Na opinião do Livre, um primeiro-ministro que “levasse a sério o seu cargo e que não utilizasse os Conselhos de Ministros para operações de propaganda”, estaria neste momento a dizer ao país que uma das primeiras tarefas, possivelmente, do próximo parlamento será a “negociação de um orçamento retificativo, precisamente no período em que acabam estes 90 dias de suspensão temporária das tarifas de Donald Trump”.

O partido manifestou-se disponível para um “debate nacional” sobre este tema, e salientou que o país pode vir estar “em face de uma recessão equivalente” à da pandemia covid-19. Rui Tavares defendeu que este eventual orçamento retificativo pode vir a ser necessário para introduzir mecanismos como um lay-off para empresas que face às taxas aduaneiras se vejam obrigados a despedir funcionários.

“Se conseguem documentar que é por causa dessa guerra tarifária que estão a correr o risco de ter de despedir trabalhadores e se apresentarem um plano alternativo para as suas exportações, pois bem, o Estado deve apoiar essas empresas para que os trabalhadores não sejam despedidos, para que não se perca aquela capacidade e aquela qualificação de gente”, acrescentou.

O líder do Livre criticou o Governo por defender que a prioridade deve ser a negociação com os Estados Unidos da América, contrapondo que o objetivo da União Europeia deveria ser a “resiliência e a autonomia estratégica da economia europeia”.

Rui Tavares disse que tanto o primeiro-ministro como o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, “não conseguiram” escolher entre Trump e Kamala Harris ou entre Trump e Hillary Clinton em recentes eleições norte-americanas e que o Livre avisou que um segundo mandato de Trump “ia ser uma presidência muito mais imprevisível, muito mais autoritária e muito mais inimiga da Europa”.

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Será que Trump manipulou os mercados na guerra das tarifas? Democratas pedem investigação

Mensagem de Trump a apelar à compra de ações pouco antes de anunciar a suspensão das tarifas está a suscitar suspeitas no Congresso. Senadora democrata pede investigação.

Horas depois de terem entrado em vigor as novas “tarifas recíprocas” dos EUA, Donald Trump anunciou a suspensão da medida por 90 dias para dar espaço a negociações. Em reação, Wall Street viveu uma das melhores sessões deste milénio, com o Nasdaq a somar mais de 12%, a sua maior subida desde 2001.

O anúncio apanhou a generalidade dos investidores de surpresa, o que explica a forte reação dos mercados. Mas terá sido uma surpresa para todos?

Dias antes, um rumor semelhante fez as bolsas dispararem por breves instantes, mas foi rapidamente desmentido pela Casa Branca. Publicamente, vários membros da Administração Trump vieram garantir, depois, que o Presidente não iria recuar nas tarifas. Que a nova política protecionista dos EUA veio para ficar.

Agora, em retrospetiva, estão a surgir acusações de que o Presidente dos EUA poderá ter manipulado os mercados em benefício próprio ou dos seus apoiantes, recorrendo à sua rede social.

“THIS IS A GREAT TIME TO BUY!!! DJT” é a mensagem no centro das suspeitas. Foi publicada na quarta-feira à tarde na Truth Social e, traduzindo para português, significa “é um excelente momento para comprar”:

Esta mensagem foi publicada numa altura em que Wall Street estava a sofrer mais um dia de perdas pesadas. No mercado da dívida, os juros das obrigações norte-americanas a 30 anos chegaram, inclusivamente, a superar os 5%, um desempenho particularmente preocupante, dado que a dívida dos EUA é vista como o ativo financeiro mais seguro do mundo (no mercado secundário, os juros das obrigações movem-se no sentido inverso ao dos preços).

Neste contexto, a mensagem de Trump foi interpretada como um apelo à compra de ações. Mas não uma ação qualquer. A sigla DJT identifica e corresponde ao ticker do Trump Media & Technology Group, uma empresa cotada no Nasdaq de que o próprio Donald Trump é o maior acionista. Minutos depois da mensagem do Presidente, as ações desta empresa estavam a disparar mais de 6%, em forte contraste com o resto do mercado.

Algumas horas depois, surgiu outro post de Trump a anunciar a suspensão das tarifas aduaneiras por 90 dias, bem como o agravamento das taxas sobre as importações de bens da China, causando um autêntico alvoroço nos mercados. É esta cronologia que pode vir agora a ser alvo de escrutínio no Congresso dos EUA.

Para a senadora democrata Elizabeth Warren, o apelo à compra foi “uma mensagem” de Trump para os seus “amigos multimilionários”. Uma espécie de aviso do que estava aí para vir. “Terá sido manipulação do mercado? Terá sido corrupção à vista de todos?”, questionou a democrata.

“Precisamos de uma investigação independente sobre manipulação de mercado, porque os americanos têm de saber se o Presidente Trump ou alguém da sua Administração manipulou o mercado em benefício dos seus apoiantes”, rematou a senadora, numa declaração partilhada pela própria na rede social X.

 

Na câmara baixa do Congresso surgiram outros apelos vindos da oposição. Também numa publicação no X, a congressista democrata Alexandria Ocasio-Cortez disse ser “tempo de banir o insider trading no Congresso”, uma alusão ao crime de negociação nos mercados financeiros com informação privilegiada.

“Qualquer membro do Congresso que tenha comprado ações nas últimas 24 horas deve provavelmente tornar isso público agora. Tenho ouvido algumas conversas interessantes no terreno. O prazo para a divulgação é 15 de maio. Estamos prestes a descobrir algumas coisas”, escreveu a congressista.

A acompanhar a publicação da congressista estava um tweet de Spencer Hakimian, fundador de uma empresa de gestão de ativos, notando que a escalada do Nasdaq nesse dia começou “minutos antes” do anúncio da suspensão de 90 dias. “Não tem bom aspeto de todo”, apontou o investidor.

Já passava da meia-noite em Washington quando surgiu a última mensagem do Presidente na Truth Social: “Que dia, mas mais dias excelentes a caminho!!!”.

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Associações de consumidores pedem mais fiscalização a comissões e juros cobrados pelos bancos

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

A Deco diz ser "muito positiva" a intervenção do Banco de Portugal quando detecta práticas lesivas, mas diz que a "situação deveria ter sido identificada mais cedo, evitando prejuízos prolongados".

As associações de defesa dos consumidores Deco e Ius Omnibus pedem mais fiscalização do Banco de Portugal a comissões e juros cobrados pelos bancos, considerando que o caso conhecido esta semana revela fragilidades na atuação do supervisor bancário.

O Banco de Portugal (BdP) divulgou, na quarta-feira, que os bancos devolveram 22 milhões de euros aos clientes bancários em 2024 por comissões e juros indevidamente cobrados, sendo que 15,5 milhões de euros são referentes à devolução por um banco. Em causa está o facto de o banco ter determinado a perda indevida de bonificação do valor do spread a clientes com crédito em mora.

O banco central não identificou o banco e, questionado posteriormente pela Lusa, também não indicou quantos clientes foram prejudicados e depois ressarcidos. Fonte oficial apenas explicou que a situação de cobrança indevida se prolongou entre 2018 e 2022.

À Lusa, a associação de defesa dos consumidores Deco diz ser “muito positiva” a intervenção do Banco de Portugal quando deteta práticas lesivas dos direitos dos consumidores, mas também considera que o facto de este caso acontecer “revela fragilidades significativas na supervisão preventiva do mercado”.

Esta situação deveria ter sido identificada mais cedo, evitando prejuízos prolongados para milhares de consumidores. A gravidade da situação é ainda maior, pois ocorre num contexto de mora por parte do consumidor, o que por si só já configura uma situação de vulnerabilidade e desigualdade, dada a assimetria de poder entre o banco e o cliente”, refere a Deco.

Para a Deco, é essencial que o BdP “reforce a sua atuação enquanto regulador e supervisor, não apenas de forma reativa, mas também preventiva”. Por seu lado, a associação de defesa do consumidor Ius Omnibus considera “essencial que exista uma supervisão efetiva, independente e rigorosa das práticas comerciais dos bancos, em especial no que respeita à cobrança de comissões e outros encargos aos consumidores”.

Para a associação – que tem em tribunal vários processos contra os principais bancos por considerar que, entre 2002 e 2013, os clientes foram lesados nos juros dos créditos – é essencial o “reforço da fiscalização e da transparência no setor bancário”.

“Têm vindo a ser detetadas práticas abusivas que, frequentemente, passam despercebidas à generalidade dos clientes, quer pela sua complexidade, quer pela forma como são comunicadas”, diz a Ius Omnibus.

Também a Deco diz que frequentemente os clientes não têm conhecimento técnico ou jurídico necessário para identificar cobranças ilegítimas ao mesmo tempo que confiam nos bancos “para garantir que as condições contratuais sejam justas”.

Para prevenir mais situações destas, a Deco defende o reforço da fiscalização periódica das práticas bancárias pelo BdP, com “maior rigor na supervisão”, que seja divulgado publicamente o nome dos bancos infratores e ainda que haja mais investimento na educação financeira dos consumidores, com informação clara e acessível sobre os seus direitos e deveres no âmbito dos contratos bancários.

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Dstgroup à procura de estagiários para o verão. Paga 870 euros mensais brutos

Dstgroup tem 25 vagas para estágios de verão, que decorrerão entre julho e setembro. Paga 870 euros mensais brutos.

O dstgroup anunciou esta quinta-feira que está à procura de 25 estagiários para o verão, aos quais garantirá a remuneração mensal de 870 euros brutos. Há oportunidades em diversas áreas, da engenharia civil às telecomunicações, passando pelo desenho técnico.

“Queremos aproximar os estagiários das realidades e dos desafios do mundo do trabalho, em particular nas áreas em que atuamos”, sublinha o diretor de recursos humanos, José Machado, citado numa nota enviada às redações esta tarde.

Os estágios em causa vão decorrer entre junho e setembro, e dirigem-se aos jovens que estejam a frequentar “qualquer tipo de ensino, seja profissional ou superior“.

“Os estágios estão direcionados para as seguintes áreas: Engenharias Civil, Eletrotécnica, Eletrónica Industrial e Computadores, Mecânica, Energias Renováveis, Telecomunicações e Informática; Gestão e Sistemas de Informação; Mas também Mecânica Automóvel; Desenho Técnico e Maquinação; Preparação e Gestão de Obra; Soldadura Avançada e Técnico de Manutenção Industrial”, detalha o dstgroup, que indica que as candidaturas devem ser feitas online.

No último ano, o grupo recebeu mais de 700 candidaturas paras as 48 vagas de estágio de que dispunha. “Dos candidatos que já tinham o seu percurso escolar concluído, dois alunos transitaram para contrato de trabalho e um para estágio profissional. Dos que ainda estavam no decurso do ano académico, admitimos nove para estágio curricular“, detalha o grupo.

O dstgroup desenvolve a sua atividade na área da engenharia e construção, ambiente, energias renováveis, telecomunicações, e imobiliário.

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Supremo contraria Allianz: Desvios no regresso a casa não invalidam seguro de acidentes de trabalho

  • ECO Seguros
  • 10 Abril 2025

Allianz foi condenada a pagar pensão vitalícia, indemnização e despesas a mulher que caiu dentro de um autocarro ao não ir diretamente do trabalho para casa. STJ considerou acidente de trabalho.

A Companhia de Seguros Allianz foi condenada a indemnizar uma trabalhadora da Santa Casa da Misericórdia que sofreu um acidente no regresso a casa. A mulher caiu dentro de um autocarro, o que acabou por levar à remoção de um rim. Os tribunais consideraram que o acidente estava coberto pelo seguro de acidentes de trabalho. Apesar do recurso apresentado pela seguradora ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), este confirmou a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), avançou a CNN Portugal (acesso gratuito).

A seguradora tentou afastar a sua responsabilidade argumentando que o acidente ocorreu fora do tempo razoável para o percurso entre o trabalho e casa, dado que a funcionária teria feito desvios para compras pessoais. Alegou ainda que tal comportamento se tratava de um “capricho” que quebrou a ligação direta entre o trabalho e o trajeto de regresso. No entanto, os tribunais entenderam que essas interrupções não descaracterizam a natureza do acidente como sendo de trabalho.

Segundo o TRL, a caminhada e as paragens feitas pela trabalhadora podem ser consideradas meios alternativos de locomoção e necessidades legítimas. O STJ reforçou esta ideia, afirmando que o acidente se insere no conceito de acidente de trabalho, já que resulta do risco associado à deslocação entre o local de trabalho e a residência. ”Tanto a doutrina como a jurisprudência têm vindo a ampliar as situações que cabem nas interrupções ou desvios que não obstam à consideração do acidente como de trabalho, numa interpretação alargada do conceito que, sem ultrapassar a letra da lei, radica no sentido teleológico das pertinentes normas”, lê-se no acórdão do supremo citado pela CNN Portugal.

Assim, a Allianz foi condenada a pagar uma pensão vitalícia anual de 9.323,66 euros desde novembro de 2022, uma indemnização de 40.942,24 euros pelo período de incapacidade temporária absoluta para o trabalho, e 6.528,66 euros em despesas médicas. A seguradora terá ainda de suportar os custos futuros de psicoterapia semanal e medicação diária.

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Antecipar a meta dos 2% do PIB em Defesa era “inevitável”, diz Marcelo

  • Lusa
  • 10 Abril 2025

Marcelo Rebelo de Sousa afirma que um maior gasto em Defesa era "o segredo mais mal guardado no mundo porque já todos tinham percebido que Portugal andava a arrastar isso”.

O Presidente da República considerou esta quinta-feira que antecipar a meta de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) investimento em Defesa era “inevitável e o segredo mais mal guardado do mundo”.

“Eu vejo como inevitável, é o segredo mais mal guardado no mundo porque já todos tinham percebido que Portugal andava a arrastar isso”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa à entrada para a Universidade Fernando Pessoa, no Porto, onde está a dar uma aula. “Eu quando falei com o senhor Trump [Presidente dos EUA] no primeiro mandato já ele me perguntou como é que estávamos e nós estávamos em 1,48%, agora estamos melhor do que isso, mas não estamos em 2%”, recordou.

Segundo o chefe de Estado, a diferença é que no primeiro mandato Donald Trump foi simpático e achou que para Portugal isso valia 2%, agora está menos simpático porque está com mais força e quer jogar mais forte. “Esse espírito de aventura e de risco é assim. Portanto, exige mais, sobe a parada e não há outra maneira senão finalmente cumprir os 2%”, afirmou.

Na opinião de Marcelo Rebelo de Sousa, deve pedir-se, no âmbito da NATO, duas coisas: primeiro que os americanos também acompanhem na medida do possível e segundo perceber para que é que é preciso mais dinheiro e quem é o adversário. “Eles [EUA] gastam mais, mas se começarem a falar em 5%, eles não gastam 5%. Portanto, se querem que os europeus gastem 5% também têm que gastar”, considerou.

Depois, é preciso perceber para que é que é preciso mais dinheiro e qual é o adversário. “Percebia-se qual era o adversário até há um mês e meio. Agora, se o adversário é outro, é a China, já não é a Rússia, se o adversário é o terrorismo, já é outra coisa qualquer”, concluiu.

O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira que Portugal vai antecipar a meta de atingir 2% de investimento em Defesa do Produto Interno Bruto, que estava prevista para 2029, mas sem detalhar para quando, dizendo que implicará “consenso político amplo”.

“Com sentido de responsabilidade e de forma gradual e sustentada, vamos antecipar a meta de atingirmos 2% do nosso PIB de investimento na área da defesa que estava previsto até 2029”, anunciou Luís Montenegro, no final de um Conselho de Ministros dedicado a responder às tarifas aduaneiras dos Estados Unidos.

O Presidente da República afirmou ainda que era esperável que o crescimento de 2025 não acompanhasse o crescimento de 2024 e 2023, considerando que esses anos que foram excecionais. “Já era esperável. O próprio Governo já tinha dito isso”, disse. E acrescentou: “Nós tivemos um ano excecional, foi o ano passado, e outro excecional que foi em 2023. Já se sabia que 2025 iria ser um ano em que era difícil acompanhar o crescimento de 2024 e 2023”.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) prevê um saldo orçamental nulo para este ano e um regresso aos défices em 2026, devido a medidas de aumento da despesa pública, segundo as previsões divulgadas esta quinta-feira, num cenário em políticas invariantes.

“Para 2025 projeta-se um saldo orçamental equilibrado (0,0% do PIB), embora a projeção seja sensível a alguns fatores como o grau de execução do investimento público, dos empréstimos Plano de Recuperação e Resiliência e evolução dos impostos diretos, em particular do IRS, e da utilização de mecanismos de contenção orçamental, pelo que não se pode excluir a possibilidade de um ligeiro excedente orçamental”, indica o CFP.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que o Governo de Luís Montenegro já tinha admitido que ia diminuir o ritmo de crescimento e começar a pagar os juros da dívida. Há dívida contraída no quadro dos fundos europeus que começa a ser paga a partir do próximo ano, acrescentou.

“Portanto, isso o que é que significa? Significa que, tal como o Governo já tinha dito, ou se fica equilibrado ou se fica com um ligeiro défice”, vincou. O chefe de Estado ressalvou que, se se complicar a situação internacional, “faz sentido que se diga que tanto pode ser uma coisa tangencial como pode ser uma coisa tangencialmente negativa”.

Mas isso, acrescentou, só se saberá em 2026. Nas Perspetivas Económicas e Orçamentais 2025-2029, a CFP aponta para o regresso a uma situação de défices orçamentais a partir de 2026, “na hipótese de manutenção das políticas em vigor”.

A estimativa é de um défice de 1% do PIB em 2026 e para os anos seguintes até 2029 perspetiva-se uma estabilização do défice orçamental em torno de 0,6% do PIB.

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