Helder Pedro: “A indústria automóvel investiu cerca de 200 mil milhões de euros na eletrificação, decorrente das normas estabelecidas para a descarbonização”

  • ECO
  • 30 Abril 2025

Helder Pedro, secretário-geral da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), é o convidado do oitavo episódio do podcast ECO Auto, uma iniciativa do ECO em parceria com o Mundo Automóvel.

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Helder Pedro é o convidado do oitavo episódio do podcast ECO Auto em parceria com o Mundo Automóvel. Licenciado em Direito, é Secretário-Geral da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), Vice-Presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, com passagem pelo Comité Executivo da Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA) e Vice-Presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).

Neste episódio, Helder Pedro traçou uma radiografia do setor automóvel europeu e considera que Portugal é um barómetro da economia, dado o seu elevado contributo para a economia nacional: “O setor automóvel em Portugal representa 12% das exportações, 18% das receitas do Estado tem um peso significativo como contribuinte líquido, contribuindo com 18% das receitas do Estado através de 3 mil empresas e 150 mil empregos.”

Sobre o envelhecimento do parque automóvel nacional, o Secretário-Geral da ACAP considera que, para além do problema das emissões de CO2 que produzem, também se coloca uma questão de segurança rodoviária e refere que “há mais de 1 milhão e 600 mil veículos em Portugal a circular com mais de 20 anos de idade. Nos centros de abate, a idade média é superior a 25 anos. Há que haver uma norma de harmonização em termos europeus para que não haja um fluxo de carros usados importados que venha envelhecer o parque automóvel de outros países”.

Para inverter esta tendência, Helder Pedro sugere que os benefícios fiscais que já existem para as empresas devem manter-se ou até serem otimizados, mas sublinha que os particulares não podem ficar excluídos destas políticas de incentivo. Políticas que considera que devem ser definidas pela União Europeia para todos os países, dando também um forte contributo para a redução da importação de carros usados, que representa 50% do mercado, (mais de 106 mil veículos em 2024, com idade média de 7,7 anos).

Helder Pedro, secretário-geral da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), é o convidado do oitavo episódio do podcast ECO Auto

O Vice-Presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa também tem acompanhado a legislação do setor em Bruxelas e admite que “a União Europeia é caracterizada por um excesso de regulamentação e o setor automóvel tem anualmente 7 ou 8 regulamentos, obrigando a um investimento em ´compliance´ para a sua execução, que podia ser canalizado para a investigação e desenvolvimento”.

Em relação às metas impostas aos construtores no domínio da transição energética e o contributo para a descarbonização com a eletrificação das viaturas, Helder Pedro lembrou que “a indústria automóvel investiu cerca de 200 mil milhões de euros na eletrificação, decorrente das normas estabelecidas para a descarbonização impostas pelos regulamentos europeus“.

Já no que diz respeito à evolução dos pontos de carregamento na Europa, para além dos objetivos do AFIR, o responsável da ACAP refere os estudos que apontam para “3.5 milhões de pontos de carregamento em 2030 na União Europeia, uma meta ambiciosa tendo em conta o parque atualmente existente e sem que haja uma harmonização de objetivos para todos os países”. Sublinha, no entanto, que, apesar de Portugal estar em linha com os melhores – França, Alemanha e Dinamarca, existe uma grande assimetria no desenvolvimento das redes de carregamento por ausência da definição de objetivos para cada um dos países.

Por fim, Helder Pedro deixa um elogio ao desenvolvimento do setor da distribuição automóvel em Portugal afirmando que “Portugal, nos últimos anos, teve uma evolução significativa em relação ao modelo de distribuição e está atualmente mais avançado do que a Bélgica, Alemanha ou Espanha”.

O Podcast ECO Auto resulta de uma parceria com o Mundo Automóvel e está disponível no Spotify e na Apple Podcasts.

Também pode assistir ao podcast no vídeo abaixo:

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Mondelēz torna-se patrocinadora da Liga Portugal na próxima época

  • + M
  • 30 Abril 2025

No âmbito deste patrocínio, o grupo vai promover ao longo da época "várias ativações de marca, experiências exclusivas e iniciativas que promovem o consumo responsável e consciente" dos seus produtos.

A Mondelēz será patrocinadora oficial da Liga Portugal na próxima época, tornando-se assim parceira da Liga Portugal Betclic e da Allianz Cup, através de algumas das suas marcas, nomeadamente Oreo, Milka, Triunfo, Philadelphia, Halls e Royal.

“Na Mondelēz, acreditamos que o snacking certo tem o poder de unir as pessoas — seja numa pausa entre amigos ou num momento de pura emoção como o futebol. Ao apoiar esta competição, reforçamos o nosso compromisso com escolhas equilibradas, partilhadas em experiências que apaixonam milhões. É assim que vivemos o ‘Snacking Made Right’ — com sabor, energia e espírito de equipa”, diz Sandra Vera-Cruz, general manager da Mondelēz Portugal.

Já Bernardo Azevedo, diretor-geral da Liga Comercial, diz que esta parceria “com uma marca global de prestígio, com forte presença no quotidiano dos portugueses, reforça a missão [da Liga] de aproximar cada vez mais o futebol dos adeptos”.

“Juntos, queremos criar experiências únicas, memoráveis e emocionalmente relevantes, dentro e fora dos estádios”, acrescenta. Rita Alves, country marketing lead da Mondelēz Portugal, sublinha por seu lado que esta parceria com a Liga Portugal constitui uma “oportunidade única” de a marca se “aproximar ainda mais” dos seus consumidores “celebrando as suas paixões e proporcionando experiências memoráveis”.

No âmbito deste patrocínio, o grupo vai promover ao longo da época “várias ativações de marca, experiências exclusivas e iniciativas que promovem o consumo responsável e consciente” dos seus produtos. Além disso, a presença da Mondelēz será também visível em diversas plataformas e momentos da competição, com ações nos estádios, no digital e nos pontos de venda.

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Grupo Grão-Pará passa de prejuízos a lucros em 2024

  • Lusa
  • 30 Abril 2025

No ano passado, os proveitos operacionais da empresa foram de 345,1 mil euros, face aos 130 mil euros obtidos em 2023.

O grupo Grão-Pará passou de prejuízos de 227,4 mil euros em 2023 para lucros de 36,5 mil euros em 2024, adiantou, num relatório e contas publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No ano passado, os proveitos operacionais da empresa foram de 345,1 mil euros, face aos 130 mil euros obtidos em 2023, revelou. Os custos operacionais do grupo em 2024, de 103,3 mil euros, foram inferiores aos 196,8 mil euros do período homólogo.

O grupo Grão-Pará é constituído pela Imobiliária Construtora Grão Pará e empresas associadas, com diversas áreas de atividade, das quais se destacam a do turismo e a imobiliária.

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Nos aposta em nova linha de comunicação para “expandir ligações”

A Nos conta com uma nova linha de comunicação que se vai estender ao longo do ano e que surge a par da evolução de todo o ecossistema da marca. A primeira fase da campanha arranca esta quinta-feira.

A Nos apostou numa nova linha de comunicação, reformulando o ecossistema da sua marca e revendo a comunicação em todos os seus canais. O objetivo, estabelecido a longo prazo, passa por “continuar a alimentar a relação que a marca tem com os portugueses, através daquilo que estes mais gostam“, explica António Fuzeta da Ponte, diretor de marca e comunicação da Nos.

Sob o mote “Liga tudo a que ligas“, esta linha de comunicação visa evidenciar o papel da Nos como facilitadora da ligação entre pessoas, mas também da ligação das pessoas ao que estas mais gostam como futebol, música ou tecnologia.

O objetivo é ser fiel ao nosso propósito de dar mais vida à vida e expandir todas as ligações. Mas esta é também uma interpretação do que é a vida contemporânea, da multiplicidade de conteúdos de que se desfruta todos os dias e que só é possível porque existe uma operadora que leva esses conteúdos a toda a gente. Ou seja, ligamos as pessoas àquilo que elas mais gostam, como futebol, música ou os seus familiares. É isso que nós fazemos, é isso que nós facilitamos, é esse o nosso papel”, disse também o responsável ao +M.

Para isso, a marca de telecomunicações desvenda, através de uma série de comunicações publicitárias, os “bastidores” dos telemóveis, televisões e computadores, para contar uma série de histórias diferentes que acontecem enquanto se ouve música, se veem notícias ou se fala com as pessoas de quem se gosta.

Para a primeira vaga desta campanha, foi reunido um grupo de figuras como Filomena Cautela, Carlos Coutinho Vilhena, Hélio Imaginário, João Manzarra, Júlio Isidro, Mafalda Creative, Mariana Bossy e Salvador Martinha ou os jogadores Fredrik Aursnes, Vangelis Pavlidis, Pedro Gonçalves (Pote) e Geovany Quenda.

A ideia é criar este inusitado entre pessoas, que no fundo é o que se passa nos nossos telemóveis“, explicou António Fuzeta da Ponte na apresentação, o que traz um “output diferente” que a marca entende que vai divertir os consumidores.

Após um primeiro spot com um tema “geral” lançado esta quinta-feira, onde os diversos conteúdos mostrados se ligam de alguma forma à marca, a Nos aposta depois num anúncio focado no futebol, uma vez que “maio vai ser um mês de loucura pelo futebol”, recorda António Fuzeta da Ponte, com a decisão do campeonato e a final da Taça de Portugal.

Os protagonistas – jogadores de futebol do Sporting e do Benfica – não foram, portanto, escolhidos ao caso. “A marca tem de se ir adaptando aos contextos“, acrescentou o responsável numa apresentação aos jornalistas.

Além disso, a marca aposta também em conteúdos específicos e nativos para cada meio, tendo também feito, por exemplo, conteúdos específicos para YouTube, como pequenos anúncios que brincam com o tempo de espera necessário para se poder assistir a um vídeo na plataforma e que duram exatamente esse tempo.

Desenvolvida pela agência O Escritório, a campanha foi produzida por Estela Rocha e pela Krypton Films, contando com a realização de Augusto Fraga. O planeamento de meios ficou a cargo da Arena Media.

A campanha vai estender-se ao longo do ano. Daqui até ao Natal os portugueses vão estar sempre a ver episódios desta linha de comunicação“, disse o diretor de marca e comunicação da Nos, sublinhando que a marca vai adaptando histórias e narrativas ao que a marca precisar de comunicar.

Esta nova linha de comunicação surge assim par da evolução do ecossistema da marca, que tem vindo a ser trabalhado essencialmente nas redes sociais, na ligação da marca aos territórios da música e futebol e na sua presença nos media.

Segundo explicou António Fuzeta da Ponte, a reformulação do ecossistema da marca surgiu depois de um “momento de forte reflexão sobre a marca” em que se percebeu que a Nos precisava de evoluir, a par do mundo, englobando todas as áreas da marca.

Após uma revisão a todo o ecossistema, e “reafirmando-se o propósito da marca de ‘dar mais vida à vida, expandindo todas as ligações possíveis e imaginárias”, a Nos percebeu que “tem de ser a marca das pessoas” algo com que se sente “confortável”, disse o diretor de marca e comunicação.

Isso conduziu então à mudança no ecossistema de marca, começando pelas redes sociais, onde o foco está em “ir ao encontro do que parecem ser os verdadeiros interesses das pessoas, falar do que as pessoas falam e procuram nas redes”, ou seja, “a Nos deixar de ser uma comunidade para ser uma marca das várias comunidades e de maior proximidade dos interesses das pessoas“, apostando também numa estratégia de maior colaboração com criadores de conteúdo.

Neste sentido, as interações qualitativas aumentaram mais de 180% no primeiro trimestre do ano face ao período homólogo de 2024, indicou António Fuzeta da Ponte, sublinhando que a marca “está a conseguir entrar nos temas, a ouvir os portugueses e a falar para eles”.

A marca de telecomunicação tem também reforçado a sua associação a alguns territórios em que está presente, como o da música e do futebol, “dois eixos estratégicos da marca e do ADN dos portugueses” e “duas paixões diferentes mas que se sentem com muita força”, referiu António Fuzeta da Ponte.

No caso do futebol a marca tem vindo a tentar aproximar as pessoas da sua paixão, com passatempos e ações onde a marca coloca os adeptos em contacto com os seus clubes, exemplificando com uma ação no Estádio da Luz com mais de 60 mil adeptos a desejar um Bom Natal.

Já na música, com um “grande orgulho no Nos Alive”, a marca quer “elastificar” a sua presença na música, pelo que a grande aposta foi o lançamento do projeto “Canta a Outro e Não ao Mesmo”, que conta com um formato de conteúdos musicais transmedia – em redes sociais e televisão.

Com esta iniciativa, a Nos gera novos conteúdos sobre música durante todo o ano, “de uma forma mais intimista e mais próxima das pessoas”. Além disso, perante um “panorama mediático saturado”, a Nos tem também tentado apostar numa “nova abordagem”.

Nós não somos o pescador, somos mais a peixeira ou o pregoeiro. Somos quem anuncia e apregoa e sendo uma operadora temos uma comunicação muito visível. Mas estamos a rever essa estratégia de media para a tornar menos publicitária – o que será sempre – para focar mais na adequação dos conteúdos aos meios“, explicou António Fuzeta da Ponte, exemplificando com a criação da série de conteúdos “Olhá a Nos em todo o lado” em formato branded content ou o lançamento do podcast “Liga dos Inovadores”, em parceria com a Impresa.

As marcas devem viver com um ADN comum mas manifestá-lo nas várias disciplinas“, sintetizou ainda responsável.

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Farmacêuticos alertam para uso indevido de melatonina em crianças e pedem maior supervisão

  • Lusa
  • 30 Abril 2025

Os suplementos alimentares não devem ter teores de melatonina superiores a 1 mg (toma diária) e não se destinam a crianças, indica o parecer do Infarmed.

A Ordem dos Farmacêuticos (OF) alertou esta quarta-feira para o uso indevido da melatonina em crianças sem prescrição médica e defendeu uma maior supervisão dos suplementos alimentares disponíveis no mercado para garantir que nenhum propõe a sua utilização em menores.

A OF emitiu uma posição em que apela para o cumprimento de um parecer do Infarmed de 2016, que clarifica a fronteira entre medicamentos e suplementos alimentares contendo melatonina, a chamada hormona do sono, estabelecendo condições para a sua utilização segura e responsável.

O parecer, elaborado em colaboração com a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, define que os suplementos alimentares não devem ter teores de melatonina superiores a 1 mg (toma diária) e não se destinam a crianças.

“O uso de suplementos alimentares não é adequado para o tratamento da insónia na população pediátrica”, realça a OF, juntando-se a alertas feitos por pediatras e pelo Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos, que defende ser preciso rever a lei sobre suplementos alimentares com melatonina.

Em declarações à agência Lusa, o bastonário da OF, Hélder Mota Filipe, defendeu que “se devia apertar a supervisão dos suplementos alimentares que estão disponíveis no mercado e garantir que nenhum deles propõe a utilização em crianças”. Por outro lado, advogou, deve haver “uma maior consciencialização” dos pais” e um “aumento da literacia” relativamente à utilização de melatonina.

Para o bastonário, estes são aspetos importantes, “porque é a segurança das crianças que está em causa e a boa utilização da melatonina, quer como medicamento, quer como suplemento alimentar”. A melatonina tem indicação terapêuticas nas alterações do sono, principalmente em crianças e adolescentes com insónia associada a transtornos do espetro do autismo e transtorno de hiperatividade com défice de atenção, existindo medicamentos aprovados com esta indicação.

“Nestes casos, há estudos que demonstram que a melatonina pode ter efeitos benéficos, mas no contexto de supervisão médica e de outras intervenções a nível psicológico ou psiquiátrico”, sublinhou Helder Mota Filipe. Nas crianças que não têm este tipo de problemas, “o uso da melatonina parece não ter grande efeito nas alterações ou perturbações do sono”, disse, salientando que “é importante” os pais terem esta noção.

Quando comercializada como suplemento alimentar, a melatonina não necessita de receita médica, estando disponível em vários formatos, como comprimidos, cápsulas, gomas, gotas, podendo ser comprada em farmácias, parafarmácias e supermercados. Dados avançados à Lusa pela Associação Nacional de Farmácias (ANF) estimam um crescimento da venda de embalagens nas farmácias comunitárias nos últimos cinco anos, assinalando que, em 2024, se registou um aumento de 16,4% comparativamente a 2023.

Segundo dados extrapolados da Health Market Research, analisados pelo Centro de Estudos e Avaliação em Saúde da ANF, este crescimento verifica-se no segmento dos medicamentos (38,9%) e dos produtos de saúde (13%).

Questionada sobre se há um aumento da procura destes produtos por parte dos jovens, a ANF referiu não dispor desses dados, mas realçou que “não se destinam a crianças, salvo se sob supervisão médica” e que existe “uma preocupação clara no parecer” do Infarmed com estas faixas etárias. A OF defende que os farmacêuticos devem proporcionar, aos pais e cuidadores, o melhor aconselhamento acerca do uso correto de medicamentos e suplementos contendo melatonina.

Em relação a esta questão, a ANF também destaca a importância de reforçar a literacia em saúde, sublinhando que a utilização da melatonina “deve ser enquadrada numa compreensão mais ampla dos hábitos de sono, da higiene do sono e da identificação precoce de sinais e sintomas de perturbações como a ansiedade e a depressão”.

Hélder Mota Filipe advertiu que “o objetivo dos suplementos alimentares não é tratar nada, nem prevenir doença nenhuma”, mas sim “suplementar a dieta quando se considera que a dieta é pobre em determinadas nutrientes e se pode suplementar com suplemento alimentar”.

Portanto, quem usa os suplementos alimentares a achar que está a tratar ou a prevenir doenças está a utilizar mal, de forma desadequada, e com expectativas erradas relativamente aos suplementos”, afirmou, comentando que “é dinheiro deitado à rua”.

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Este ano Portugal tem 404 praias com bandeira azul

Este ano, há 404 praias que vão poder hastear a Bandeira Azul, 354 das quais são praias costeiras e 50 fluviais. O Algarve continua a ser a região com maior número de bandeiras azuis.

Este ano, há 404 praias com Bandeira Azul, 354 são praias costeiras e 50 fluviais, mais seis que em 2024, anunciou esta quarta-feira a Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAAE).

Pela primeira vez, os municípios de Cuba e de Alcanena candidataram as suas praias, que foram galardoadas. Para além das praias, foi atribuído o galardão de Bandeiras Azuis a 18 marinas e 22 embarcações ecoturísticas, perfazendo um total de 444 distinções.

O Algarve continua a ser a região do país com o maior número de bandeiras azuis, com 85 praias, menos uma que o ano passado, seguida de perto pela região Norte (75 praias costeiras, ou seja, menos quatro do que em 2024) e nove praias fluviais (menos uma). Na bacia hidrográfica do Tejo, são 66 as praias costeiras galardoadas (mais cinco do que no ano passado) e 15 fluviais (mais uma).

Destaque ainda para a região Centro com 33 praias (mais uma) e 16 praias interiores. No Alentejo, há 31 praias costeiras galardoadas (mais duas) e dez praias interiores (mais uma).

Nas ilhas, os Açores foram galardoadas 46 praias costeiras, mais uma do que ano anterior, enquanto na Madeira existem 18 praias costeiras com bandeira azul (mais uma).

Além das praias, marinas e embarcações este ano são reconhecidos 23 Centros Azuis, distribuídos por todas as regiões. Um Centro Azul é uma estrutura, na praia ou na proximidade, onde se prestam informações e se realizam atividades de Educação Ambiental especificamente sobre a Bandeira Azul.

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Lucro da Riopele sobe 15,7% para 5 milhões de euros em 2024

  • Lusa
  • 30 Abril 2025

Têxtil de Vila Nova de Famalicão prevê "um ligeiro crescimento" da faturação em 2025, para um valor "próximo dos 100 milhões de euros".

O lucro da Riopele aumentou 15,7%, para cinco milhões de euros, em 2024 face a 2023, tendo as vendas consolidadas aumentado 1%, para 98,5 milhões de euros, avançou esta quarta-feira à Lusa fonte oficial do grupo têxtil.

Segundo destaca a empresa de Vila Nova de Famalicão, o ligeiro crescimento da faturação no ano passado seguiu-se a um aumento de 15% em 2023 e foi “alcançado num contexto desafiante para a indústria têxtil, que, apesar de bem estabelecida nos mercados internacionais, continua a enfrentar uma concorrência forte“.

Em 2024, o resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) do grupo Riopele situou-se nos 13,6 milhões de euros, o equivalente a 14% do volume de negócios do período, refletindo “a aposta da empresa na eficiência operacional e na adequação da oferta comercial”.

Espanha, Canadá, Alemanha, Itália e França mantiveram-se no ano passado como os cinco principais destinos de exportação do grupo Riopele.

“Embora Espanha tenha ocupado o lugar cimeiro, foi o Canadá que mais se destacou, com um desempenho que pode ser explicado não só pela elevada exigência dos clientes ao nível da sustentabilidade, mas também pelo trabalho conjunto das equipas de Investigação & Desenvolvimento e comercial, que contribuíram para o desenvolvimento de materiais alinhados com as expectativas e necessidades específicas deste público”, avança a empresa.

Em 2025, a Riopele prevê “um ligeiro crescimento” da faturação, para “próximo dos 100 milhões de euros”.

Entre as prioridades para este período, a têxtil destaca a conclusão dos investimentos apoiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a continuidade do plano de formação dirigido às áreas técnicas da indústria e ao desenvolvimento de competências de gestão dos seus quadros, para além do “avanço nos compromissos em matéria de sustentabilidade e indústria 4.0”.

Citado num comunicado, o presidente da Riopele, José Alexandre Oliveira, diz encarar “com otimismo os desafios do setor”, destacando como “o mais significativo, durante este período, a resposta às complexas questões energéticas”.

Precisamente para responder aos desafios energéticos, a Riopele inaugurou em 2024 uma central fotovoltaica no polo B da empresa, num investimento de cinco milhões de euros parcialmente financiado pelo PRR.

A Riopele salienta ser “um dos maiores parques fotovoltaicos em telhado instalados em Portugal”, permitindo-lhe, “em determinados dias do ano, atingir picos de autossuficiência energética na ordem dos 80% na unidade com maior consumo energético da empresa”.

A este projeto junta-se a futura central fotovoltaica no polo A, cuja conclusão está prevista para o segundo semestre de 2025.

“Este investimento representa mais um avanço importante na produção de energia renovável na indústria têxtil, contribuindo para acelerar o processo de descarbonização da empresa e, simultaneamente, mitigar a dependência de fatores externos e consequentes oscilações de um dos principais custos da operação”, lê-se no comunicado.

Especializada na produção de tecidos para a indústria da moda e atuando desde a Investigação & Desenvolvimento (I&D) até à fiação, tinturaria, torcedura, tecelagem, ultimação e confeção (sob a insígnia Riopele Fashion Solutions), a Riopele empregava 1.190 trabalhadores no final de 2024, exportando 98% da sua produção para 30 países e mais de 700 clientes.

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BCE facilita acesso a crédito de emergência a infraestruturas críticas do euro

O Banco Central Europeu reforça o escudo das contrapartes centrais (CCP) ao garantir liquidez instantânea em crises, reforçando a preparação do sistema europeu a eventuais tempestades financeiras.

O Banco Central Europeu (BCE) acaba de anunciar uma mudança de fundo no funcionamento do seu mecanismo de emergência para as contrapartes centrais (CCP) da área do euro.

A decisão, tomada pelo Conselho do BCE liderado por Christine Lagarde, elimina a necessidade de aprovação discricionária para ativar a facilidade de crédito overnight dedicada às CCP, tornando este instrumento de apoio de liquidez imediatamente acessível em situações de crise. Ao mesmo tempo, são introduzidas novas salvaguardas para garantir a robustez financeira e a boa gestão de risco das entidades elegíveis.

“A ativação discricionária pelo Conselho do BCE deixa de ser necessária para garantir uma operacionalização célere, o que significa que a facilidade de crédito das CCP ficará imediatamente disponível para as CCP elegíveis da área do euro, caso seja necessário”, refere o BCE em comunicado.

Até agora, a utilização deste mecanismo de apoio – que serve de rede de segurança de liquidez para as CCP em momentos de stress financeiro – dependia de uma decisão específica do Conselho do BCE. Com as alterações agora anunciadas, essa barreira é removida, permitindo que as CCP possam aceder ao financiamento de emergência de forma automática, desde que cumpram os critérios estabelecidos.

O BCE procura reforçar a resiliência do sistema financeiro da área do euro, assegurando que as infraestruturas críticas dispõem de mecanismos de apoio eficazes em cenários de crise.

As CCP, como a Eurex Clearing, a LCH SA ou a BME Clearing, desempenham um papel central na estabilidade dos mercados financeiros, funcionando como intermediárias nas transações de derivados e outros instrumentos financeiros. Em condições normais, “os seus fluxos de liquidez estão equilibrados no final do dia, não enfrentando, em geral, desequilíbrios de liquidez”.

Contudo, em cenários de “stress financeiro severo, pode não ser viável para uma CCP gerir necessidades de liquidez potencialmente avultadas através de soluções de mercado em tempo útil”, lê-se no comunicado do BCE. É nestas situações que o banco central pretende garantir uma resposta rápida e eficaz.

Novas salvaguardas e novos requisitos

A facilidade de crédito continuará a ser regulada pela TARGET Guideline, mantendo-se “fora do quadro de implementação da política monetária”. Para aceder ao mecanismo, as CCP terão de cumprir requisitos mais exigentes, nomeadamente em matéria de solidez financeira e de gestão de risco de liquidez.

“Estão a ser introduzidas novas salvaguardas para garantir que apenas as CCP da área do euro que sejam financeiramente sólidas e tenham uma gestão de risco de liquidez robusta possam aceder à facilidade de crédito das CCP”, destaca o BCE no documento em anexo.

Em caso de incumprimento destas salvaguardas, o Conselho do BCE poderá tomar “medidas discricionárias por razões de prudência”. O financiamento será concedido à taxa da facilidade marginal de cedência do BCE, com maturidade overnight e possibilidade de renovação diária. Mantêm-se igualmente os requisitos de colateralização já previstos na TARGET Guideline.

A decisão agora anunciada resulta de uma revisão aprofundada do mecanismo, conduzida pelos bancos centrais do Eurosistema ao longo dos últimos anos, revela a entidade liderada por Lagarde em comunicado.

As alterações entrarão em vigor através da alteração da TARGET Guideline e da adoção de novos atos jurídicos, dedicados às salvaguardas e respetivas avaliações. “A data de aplicação de todos os atos jurídicos relacionados está prevista para o quarto trimestre de 2025. Uma vez formalmente adotados, os atos jurídicos relevantes serão publicados”, refere o BCE.

Com esta medida, o BCE procura reforçar a resiliência do sistema financeiro da área do euro, assegurando que as infraestruturas críticas dispõem de mecanismos de apoio eficazes em cenários de crise, sem comprometer as exigências de prudência e solidez.

Fica agora a faltar a publicação formal dos novos atos jurídicos e o detalhe das avaliações que irão sustentar as novas salvaguardas. O BCE sublinha que esta facilidade continua a ser um instrumento extraordinário, reservado a situações de crise e sujeito a rigorosos critérios de acesso, numa altura em que a estabilidade financeira se mantém no topo das prioridades da política monetária europeia.

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Governo prepara leilão para ter centrais elétricas e armazenamento a ‘emprestarem’ mais resiliência

A ministra do Ambiente quer que, em paralelo com Espanha, o país reúna em concurso centrais elétricas e armazenamento para servirem de 'seguro' em caso de desequilíbrios no sistema elétrico.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, indica que o Governo está a preparar, em conjunto com Espanha, um leilão para aumentar a capacidade de garantia de potência e armazenamento. A ideia é selecionar as centrais elétricas e sistemas de armazenamento que estejam dispostos a serem chamados a equilibrar o sistema se necessário, em troca de um pagamento fixo.

Ao concurso poderão concorrer baterias e centrais térmicas a gás natural ou hídricas, sendo que estas últimas também podem ter sistemas de armazenamento, designados ‘bombagem’. “Haverá uma seleção técnica daquelas que são mais úteis, eficientes e que oferecem um preço mais razoável para aumentarmos a resiliência” do sistema elétrico, avança a ministra, em declarações ao ECO/Capital Verde.

Questionada sobre se isto significa que a Península Ibérica está aberta à construção de novas centrais a gás, a ministra rejeita, afirmando que o objetivo é receber candidaturas por parte das centrais já existentes.

Este procedimento estava a ser estudado já antes do apagão de segunda-feira, no âmbito de um grupo de trabalho ibérico, do qual fazem parte os secretários de Estado da Energia de Portugal e Espanha e os respetivos diretores gerais da Energia. “Estamos integrados o mercado ibérico mas não podemos deixar de acompanhar Espanha neste sistema”, afirma a ministra.

No entanto, Espanha está mais adiantada nos trabalhos, que deste lado da fronteira foram afetados pela queda do Governo, indica Maria da Graça Carvalho. O país vizinho já avançou com uma consulta pública.

De momento, em Portugal, a central da Tapada do Outeiro é um exemplo de uma unidade com garantia de potência. Maria da Graça Carvalho indica que no conjunto de serviços oferecidos por esta central, que incluem garantia de potência e o sistema blackstart (que permite reiniciar o sistema elétrico quando falha), a Tapada do Outeiro recebe 1,7 milhões de euros mensais.

Ligação a França é prioridade, mas também há interesse de Marrocos

Já várias vezes fomos contactados por Marrocos nesse sentido [de criar uma interligação]“, assume a ministra da tutela, ressalvando que o custo benefício ainda não está estudado, e que a interligação com este país africano seria “dispendiosa”. Contudo, “é uma questão a considerar”, afere.

“Mais racional é a ligação da Península Ibérica com França, pelo que vamos continuar a pressão conjunta”, garante ainda a ministra, assumindo que uma interligação com França poderia ter permitido uma recuperação mais rápida do apagão. Maria da Graça Carvalho espera que este “episódio grave” permita avançar nas negociações, que se arrastam há anos.

REN tem funcionado “como se fosse pública”

Não vejo grande diferença de ter uma REN pública ou privada na resolução destes problemas [do apagão]. Neste caso funcionou bem. Nesta crise, foram essenciais“, balança a ministra, elogiando o “profissionalismo” e “cooperação” da parte da empresa. Ainda assim, entende que uma infraestrutura crítica como são as redes elétricas “do ponto de vista teórico, deva ser pública”, por questões de soberania, e para prevenir casos de eventos como conflitos internacionais.

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Primeiro-ministro assinala 25 de Abril e 1.º de maio com jardins de São Bento abertos

  • Lusa
  • 30 Abril 2025

Os bilhetes, gratuitos, podem ser levantados presencialmente na Residência Oficial no dia 30 de abril, entre as 13:00 e as 20:00. Cada pessoa poderá levantar até quatro bilhetes.

O primeiro-ministro assinala na quinta-feira o 25 de Abril e o 1.º de Maio com os jardins abertos da sua residência oficial e animação cultural, numa iniciativa intitulada “São Bento em Família”.

O programa cultural inclui um mini concerto de Tony Carreira, além de atuações de um grupo de Pauliteiros de Miranda e outro de Cante Alentejano, e, por razões de segurança, a lotação do espaço está limitada a 2.000 pessoas, pelo que os visitantes devem levantar hoje os bilhetes gratuitos na residência oficial em São Bento (Lisboa).

“Este ano, por respeito ao luto nacional pela morte do Papa Francisco, vamos evocar conjuntamente o 25 de Abril e o 1.º de Maio”, refere Luís Montenegro, num vídeo publicado nas redes sociais. O primeiro-ministro convida os portugueses a juntarem-se nesta celebração conjunta destas duas datas, que classifica como “marcos da liberdade”, das políticas de justiça social e da “garantia de igualdade de oportunidades”.

Vamos evocar estas duas datas e conviver, junte-se a nós”, apela. De acordo com informação disponível nas redes do Governo, as portas abrem às 9:00 e, a partir das 11:00, haverá “atuações representativas da cultura tradicional portuguesa”: primeiro, os Pauliteiros de Miranda – Grupo Frauga-Picote; depois, o Grupo de Cante Os Lagoias de Portalegre.

“Às 12:00, sobe ao palco o artista Tony Carreira. As celebrações encerram às 13:00”, refere o Governo. A lotação dos jardins de São Bento está limitada a cerca de 2.000 pessoas, “de acordo com a avaliação técnica das autoridades competentes, garantindo todas as condições de segurança e bem-estar”.

“Os bilhetes, gratuitos, poderão ser levantados presencialmente na Residência Oficial do primeiro-ministro no dia 30 de abril (hoje), entre as 13:00 e as 20:00. Cada pessoa poderá levantar até quatro bilhetes. Crianças até aos dois anos (inclusive) não necessitam de bilhete”, informa ainda o executivo. Na semana passada, o adiamento das celebrações festivas do 25 de Abril por parte do Governo gerou críticas da oposição à esquerda.

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1.º Maio. Sindicatos convocam greve nos setores da distribuição, hotelaria e turismo

  • Lusa
  • 30 Abril 2025

O Sitese anuncia para o Dia do Trabalhador uma greve “à prestação de trabalho para os trabalhadores dos setores do comércio, escritórios e serviços, nomeadamente nas empresas filiadas na APED".

A Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht) e o Sindicato dos Trabalhadores do Setor dos Serviços (Sitese) convocaram uma greve para quinta-feira nos setores da distribuição, hotelaria e turismo.

Em comunicado, o Sitese anuncia para o 1.º de Maio, Dia do Trabalhador, uma greve “à prestação de trabalho para os trabalhadores dos setores do comércio, escritórios e serviços, nomeadamente nas empresas filiadas na APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, com início às 00:00 horas e termo às 24:00 horas”.

Na origem do protesto está a defesa do “trabalho digno” e a luta “contra a precariedade, pelo aumento dos salários, pela defesa dos direitos dos trabalhadores e pelo respeito e exigência do cumprimento integral da negociação coletiva”.

Já o pré-aviso de greve emitido pela Fesaht abrange todos os trabalhadores da indústria de agricultura, alimentação, bebidas, tabacos, silvicultura, florestas, hiper e supermercados, empresas de prestação de serviços de limpeza e similares, hotelaria, turismo, restaurantes, cafés e pastelaria e similares, embarcações turísticas, parques de campismo públicos e privados, estabelecimentos de turismo em espaço rural, estabelecimentos de animação turística, spas, casinos, salas de jogo, bingos, clubes de futebol, cantinas e refeitórios e bares concessionados.

Estende-se ainda aos trabalhadores de áreas de serviços de autoestradas, itinerários principais e serviços de restauração em meios de transportes ferroviários, fábricas de refeição e panificação, pastelaria e confeitaria, abastecedores de aeronaves, catering e hospitalização privada, ensino particular e cooperativo, IPSSs, misericórdias, fundação INATEL, Movijovem, SUCH, Turismo de Portugal, lares com e sem fins lucrativos, empresas prestadoras de serviços e outros estabelecimentos similares.

O objetivo é permitir a presença nas manifestações promovidas pela CGTP-IN para assinalar o Dia do Trabalhador e reclamar um aumento geral dos salários e das pensões, a fixação de preços máximos nos bens essenciais, a taxação dos lucros das empresas, a defesa dos direitos dos trabalhadores, o direito à habitação e contra o aumento do custo de vida e da exploração.

Nos termos do pré-aviso de greve emitido pela Fesaht, são exigidos “aumentos salariais de 15%, num mínimo de 150 euros por trabalhador”, o aumento extraordinário do Salário Mínimo Nacional para os 1.000 euros, “com efeitos imediatos”, o trabalho ao fim de semana com acréscimo de 50% e o trabalho prestado em regime de horário repartido e de turnos com acréscimo de 25%.

Ainda reclamada é a atribuição de dois dias de descanso semanal consecutivos para todos os trabalhadores, o aumento extraordinário de todas as pensões e reformas “que reponha o poder de compra e assegure a sua valorização”, o aumento das prestações de apoio social, a revogação das “normas gravosas da legislação laboral” e “a aplicação de um imposto que incida sobre os lucros colossais das grandes empresas”.

Os sindicatos filiados na Fesaht exigem também a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, sem perda de retribuição, a rejeição da adaptabilidade, banco de horas e horários concentrados, o fim da precariedade, “com a passagem imediata aos quadros de efetivos de todos os trabalhadores com vínculo precário que ocupam postos de trabalho permanentes”, 25 dias úteis de férias sem penalizações, o desbloqueamento da contratação coletiva e serviços públicos gratuitos e de qualidade.

O pré-aviso emitido para o dia 1 de maio pela federação sindical abrange “os períodos antecedentes e subsequentes ao período normal de trabalho a que se refere o período principal da greve sempre que o início e fim da prestação de trabalho não coincida com o referido período”.

Durante a greve são assegurados os serviços mínimos estabelecidos nos contratos coletivos de trabalho e os serviços mínimos de refeições, designadamente as geriátricas aos doentes acamados e os serviços mínimos nas lavandarias, designadamente lavagem de roupas para serviços de urgência.

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Em dia de debate, Montenegro revela mais oito novos clientes da Spinumviva

Na nova declaração submetida no portal da transparência dos titulares de cargos políticos, Luís Montenegro acrescentou oito novas empresas para as quais trabalhou.

Luís Montenegro entregou uma declaração de substituição no Portal da Transparência em que refere mais oito empresas como clientes da Spinumviva, a empresa familiar.

Segundo avança o Expresso, a informação foi atualizada já quase à meia-noite de segunda-feira e incluiu, além dos cinco clientes da empresa familiar Spinumviva já conhecidos na área da proteção de dados e da empresa de distribuição de combustíveis de Braga, para quem trabalhou na reestruturação do grupo, mais sete novas empresas para as quais prestou serviços.

A notícia surge a poucas horas do debate com nas televisões com Pedro Nuno Santos. A ITAU, a Sogenave, os Portugalenses Transportes, a Beetsteel, a INETUM Portugal e Grupel SA. são algumas das novas empresas que constam da lista da empresa familiar que, agora, está em nome de um dos filhos de Montenegro.

Na nova declaração, o líder do Executivo identificou não só os cargos que já eram conhecidos na primeira declaração, como o facto de ter sido presidente da Assembleia Geral da Rádio Popular – SA, presidente da Assembleia Geral do Grupo Ferpinta, SA e sócio-advogado da SPM, Sousa Pinheiro & Montenegro, como acrescentou no campo “outras situações” – um campo de informação mais genérica – e não no campo “serviços prestados”, outras empresas já conhecidas como tendo feito parte do grupo de clientes permanentes da Spinumviva.

É o caso da empresa Lopes Barata, o Colégio Luso-Internacional do Porto (CLIP), a Solverde e a Cofina (para quem fez um trabalho de proteção de dados e que já tinha revelado no Parlamento).

Outras novidades nesta declaração estão duas empresas do Grupo Joaquim Barros Rodrigues e Filhos, a distribuidora de combustíveis de Braga que foi o principal cliente, em termos de faturação, da empresa que Luís Montenegro. Identificou ainda duas empresas do grupo que gerem áreas de serviço: a Rodáreas (Felgueiras- Lousada) e a Rodáreas (Viseu). Para estas empresas diz ter feito serviço de consultoria de reestruturação de empresa e planeamento estratégico.

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