#17 As férias de Rita Nabeiro. Pensar só no vinho

CEO da Adega Mayor e administradora do Grupo Nabeiro sabe que nas férias de verão não pode desligar tanto por causa das vindimas, mas conta aproveitar o descanso para ganhar energia e novas ideias.

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

Rita Nabeiro aproveita as férias para “desconectar ainda mais dos ecrãs”, mas a música “nunca pode faltar” neste período de pausa. Que, por coincidir com as vindimas na Adega Mayor, faz com que a gestora tenha de esta atenta ao que se está a passar no terreno e “disponível para o que for necessário”. Nas férias de verão, a administradora executiva do grupo que detém a Delta tenta não pensar em trabalho ou refletir sobre decisões estratégicas, mas reconhece que “é nas alturas em que estamos mais serenos e disponíveis, que nos tornamos mais recetivos a estímulos”.

Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?

Estou a acabar de ler o livro “Let my people go surfing”, do Yvon Chouinard, fundador da Patagonia. Fala da história e filosofia desta marca inspiradora e é uma espécie de bíblia para uma gestão mais ética, inovadora e sustentável. Em paralelo, vou levar comigo a “Viagem do Elefante” do José Saramago e “Hans – Sob o peso das rodas”, do Herman Hesse.

Nos podcasts destaco o “What Now?” do Trevor Noah, o “Geração 80” e o “Fala com Ela”, que já está no ar há muitos anos. Não vejo muitas séries e, nas férias, aproveito para me desconectar ainda mais dos ecrãs, mas a música nunca pode faltar.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Se viajar para lugares mais longínquos e noutras alturas do ano, torna-se mais fácil desligar devido à diferença do fuso horário. Mas o verão coincide com o período de vindima na Adega Mayor, pelo que tento acompanhar o que se está a passar no terreno, mantendo-me atenta e disponível para o que for necessário, por parte da minha equipa.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

Acredito que os períodos de descanso e recuperação são fundamentais. Nas férias procuro não pensar em trabalho ou refletir sobre decisões estratégicas. Não obstante, é nas alturas em que estamos mais serenos e disponíveis, que nos tornamos mais recetivos a estímulos. Por isso, não sendo intencional, costumo regressar com mais energia, novas ideias e, consequentemente, um olhar renovado sobre a minha realidade e os projetos em que estou envolvida.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

Tendo em conta que em setembro o setor do vinho ainda estará em vindima, acredito que os temas mais marcantes serão as quantidades de produção. Estima-se que poderá haver um excedente e isso poderá marcar o ano. Mas sendo um setor muito exposto às condições meteorológicas, tudo pode mudar quando menos esperamos. Por isso, como diz o ditado, “até ao lavar dos cestos é vindima”.

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Incêndio na Madeira com apenas uma frente de fogo ativa e situação é “mais calma”

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, considera que situação está "mais calma". Persiste um pequeno foco de incêndio na zona norte do Pico Ruivo.

O incêndio que lavra na ilha da Madeira há dez dias regista apenas uma frente ativa, a norte do Pico Ruivo, indicou hoje de manhã o presidente do Governo Regional, sublinhando que a situação está “mais calma”.

Só temos neste momento um pequeno foco na zona norte do Pico Ruivo [concelho de Santana], na zona alta do Caldeirão do Inferno, e o que estamos a averiguar é se existem condições para o helicóptero atacar esse núcleo de fogo”, afirmou Miguel Albuquerque, em declarações aos jornalistas no Pico do Areeiro, um dos mais altos da ilha.

Caso o helicóptero não possa atuar, devido ao vento forte que se faz sentir, prosseguirão as descargas dos Canadair “logo que as condições atmosféricas permitirem”, acrescentou.

Será mantida naquele local vigilância ativa para não haver propagação deste “núcleo” de fogo, assegurou.

Ainda de acordo com o presidente do Governo da Madeira, os Canadair que começaram a operar na quinta-feira na região, ao abrigo da ativação do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, efetuaram hoje de manhã quatro descargas, “duas junto ao Pico da Torre e ao Pico Ruivo e duas na zona alta da Lombada”.

Na zona da Lombada, concelho da Ponta do Sol, foram efetuadas hoje de manhã descargas “para arrefecer a zona, para não haver reacendimentos e, neste momento, não há focos ativos”, acrescentou.

Miguel Albuquerque frisou que a “situação está mais calma, a evolução do vento norte é também favorável neste momento”, acrescentando que os operacionais manter-se-ão no terreno nos próximos dias, “em zonas estratégicas”, de modo a evitar reacendimentos.

“Estamos num quadro, neste momento, muito mais favorável e vamos continuar a fazer o trabalho, a operação tem de ser sempre desencadeada com condições de segurança, portanto a operação tem de ser feita em função das condições atmosféricas”, realçou.

“O aumento do vento leva a alguma limitação, mas estamos com boas perspetivas neste momento”, reforçou o presidente do Governo Regional.

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.

As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.

Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.002 hectares de área ardida.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.

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40% dos pedidos de orçamento para obras ficam sem resposta. Setor fala em falta de mão-de-obra

  • ECO
  • 23 Agosto 2024

O aumento da procura por estes serviços, aliado à falta de mão-de-obra e ao encerramento das empresas para férias, faz com que muitos portugueses não consigam encontrar solução para as obras em casa.

Durante a época de verão, quatro em cada dez clientes que procuram empresas para obras em casa durante o verão não conseguem encontrar profissionais disponíveis. À elevada procura por estes serviços e ao encerramento das empresas para férias, junta-se o problema da falta de mão-de-obra.

As conclusões são de um estudo da Fixando, que aponta para um aumento de 19% na procura por serviços de obras em julho de 2024, face ao mês anterior, bem como para um crescimento estimado na ordem dos 15% para o terceiro trimestre, comparativamente ao segundo. No entanto, entre as empresas registadas na Fixando, apenas 16% estão a aceitar novos pedidos de orçamento.

Segundo o inquérito feito pela Fixando a 6.752 especialistas do setor, 62% dos profissionais justificam a escassez de oferta com a falta de mão-de-obra, naquele que é um problema crónico que se intensifica nos meses de verão.

A falta de mão-de-obra no setor da construção não é um problema novo, mas é agravada pela migração sazonal de trabalhadores para países como França e Suíça, onde os salários são mais atrativos”, explica Alice Nunes, diretora de novos negócios da Fixando, citada em comunicado.

Os clientes deparam-se ainda com a agravante do encerramento das empresas para férias. Entre as empresas inquiridas no estudo, 37% revelou encerrar para férias em agosto. Além disso, 19% observaram também que o encerramento de fornecedores na época de verão limita a sua capacidade de resposta.

A crescente imprevisibilidade climática é outro desafio destacado por alguns profissionais do setor, conforme refere Alice Nunes, que explica que as “temperaturas extremas e precipitação inesperada” prolongam os prazos das obras, o que inevitavelmente causa “atrasos em projetos subsequentes”.

Apoios à formação de mão-de-obra qualificada (65%) ou incentivos governamentais à contratação (40%) são as medidas apontadas pelos inquiridos que poderiam ajudar a reverter o cenário atual.

Na verdade, estas empresas fazem um apelo ao investimento na formação em ofícios como a carpintaria e alvenaria, bem como à promoção de estágios profissionais que possam atrair jovens para estas áreas. Sem um “esforço concertado, o desfasamento entre a oferta e a procura durante o verão poderá continuar a aumentar”, alertam.

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Combustíveis mais baratos na segunda. Gasóleo cai 3,5 cêntimos, gasolina baixa 4 cêntimos

  • ECO
  • 23 Agosto 2024

Litro do gasóleo vai cair para o valor mais baixo em mais de um ano. Já a gasolina baixa para mínimos de janeiro. Se puder, espere por segunda para encher o depósito do carro.

Se vai abastecer o depósito do carro e puder aguardar, espere por segunda-feira. Os preços dos combustíveis deverão ter uma forte baixa. O gasóleo deverá cair 3,5 cêntimos e a gasolina terá uma baixa de 4 cêntimos, segundo adiantou fonte do setor ao ECO.

Confirmando-se esta evolução, e tendo em conta os preços médios na passada segunda-feira divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), o preço do gasóleo passar a custar 1,4947 euros por litro, o valor mais baixo em mais de um ano.

No caso da gasolina, o preço do litro cairá para 1,6491 euros, o valor mais baixo desde a primeira semana de janeiro.

Os preços ao consumidor final podem diferir de posto de abastecimento para posto de abastecimento.

A evolução dos preços dos combustíveis tem por base o comportamento da cotação do barril de petróleo e derivados nos mercados internacionais. A cotação do Brent caiu 2% esta semana, com o barril a custar 77,99 dólares ao final da manhã desta sexta, o valor mais baixo desde janeiro.

Dados fracos do mercado de trabalho nos EUA aumentaram as preocupações em relação à saúde do maior consumidor mundial de energia, perspetivando-se uma menor procura, segundo os analistas. Adicionalmente, o regresso das negociações de cessar-fogo em Gaza aliviou os receios no lado da oferta.

(Notícia atualizada às 13h18 com informação adiantada por fonte do setor ao ECO)

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Rádios cumprem quotas de música portuguesa confirma a ERC

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

Na Rádio Comercial, Rádio Renascença e RFM verifica-se na generalidade a ultrapassagem da quota mínima de 25% ou 30% de música portuguesa.

A generalidade rádios de âmbito nacional, regional e local cumpriu ou ultrapassou as quotas de difusão de música portuguesa previstas na Lei da Rádio em 2023, de acordo com a análise do regulador dos media ERC hoje divulgada.

Em 2023, a generalidade dos serviços de programas de radiodifusão sonora de cobertura de âmbito nacional, regional e local cumpriu ou superou as quotas de difusão de música portuguesa previstas na Lei da Rádio”, refere a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), numa nota divulgada no seu ‘site’.

A análise “incidiu sobre os serviços de programas que estão ativos e inscritos na plataforma Portal das Rádios da ERC e considerou uma amostra mensal de cerca de 150 serviços de programas de cobertura local cuja comunicação de dados é regular, bem como a monitorização mensal do serviço de âmbito regional de cobertura sul (M80) e dos cinco serviços de âmbito nacional (Antena 1, Antena 3, Rádio Comercial, Rádio Renascença e RFM)”.

Segundo o regulador, nos serviços de programas radiofónicos de serviço público Antena 1 e Antena 3 “observou-se o cumprimento das obrigações legais a que estão sujeitos”. A Antena 1 “apresentou um cumprimento não inferior a 60%, quer no apuramento nas 24 horas de emissão, quer no período entre as 07:00 e as 20:00”, adianta.

“A difusão de música composta ou interpretada em língua portuguesa por cidadãos da União Europeia foi superior a 90% no total da emissão e uma média de 80% no período da emissão de maior audiência. No que se refere à obrigatoriedade de difusão de uma quota mínima de 35% de música recente, ou seja, editada nos últimos 12 meses, os apuramentos de 2023 evidenciam uma quota mensal quase sempre superior a 40%”, refere a ERC, na sua análise.

Na Antena 3, “os valores apurados indicam que, tanto no período das 24 horas de emissão como no período diário de maior audiência, são registados valores de difusão de música portuguesa superiores a 50%”.

“Em matéria de difusão de música composta ou interpretada em língua portuguesa por cidadãos da União Europeia, a Antena 3 apresentou valores que na generalidade cumprem ou superam a subquota de 60% nos dois períodos horários” e no que “diz respeito à difusão de música recente, a estação de rádio pública registou uma quebra face à observada em anos anteriores, recuperando a partir do mês de agosto, onde foi apurado o valor mais alto, 66,4%”.

Nos serviços de programas nacionais privados “Rádio Comercial, Rádio Renascença e RFM verifica-se na generalidade a ultrapassagem da quota mínima de 25% ou 30% de música portuguesa, tanto nas 24 horas de emissão, como no período das 7 às 20 horas, embora com alguns desvios”.

Relativamente à subquota de 60%, “os valores apurados para as 24 horas de emissão são amplamente cumpridos, tal como no período das 7 às 20 horas, registando a Rádio Renascença, mais uma vez, a percentagem mais elevada, 91,1%”.

A ERC salienta que “também se observou a difusão, em valores elevados, de música recente pela RFM e Rádio Comercial”, tendo a Rádio Renascença registado “a subida mais acentuada de sempre no valor de difusão de música recente, com uma média anual de 37,2%”.

Os dados apurados nos serviços de cobertura local “revelam percentagens de música portuguesa acima dos 90%, portanto, superiores aos 25% ou, desde setembro de 2023, 30% legalmente previstos”.

Mais de 90% das rádios locais “respeita a subquota de 60% dedicada a temas em língua portuguesa compostos ou interpretados por cidadãos dos Estados-membros da União Europeia”.

No serviço de programas de âmbito regional M80, “a ERC apurou percentagens superiores à quota mínima de música portuguesa nas 24 horas de emissão e no período das 7 às 20 horas, com valores acima de 30%”.

O regulador dos media recorda que este serviço de programas, “dadas as características do seu projeto programático, centrado essencialmente na divulgação de temas musicais dos anos 70, 80 e 90, encontra-se isento do cumprimento da quota de 35% de música recente”.

Encontram-se isentos do cumprimento integral das quotas de música 32 serviços de programas temáticos musicais, cuja programação musical assenta nos géneros Hip-hop/Rap/Urbana; Infantil, Jazz/Blues, Dance e Clássica, adianta.

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Portugal tem quase 14 mil bombeiros profissionais. Está em nono lugar na tabela europeia

No conjunto da União Europeia, há mais de 362 mil bombeiros profissionais, dos quais cerca de 14 mil estão em Portugal. É na Alemanha, França e Espanha que se encontram mais destes profissionais.

O número de bombeiros profissionais na União Europeia aumentou no último ano, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat. Em causa estão cerca de 362 mil profissionais, o equivalente a 0,18% do total de pessoas empregadas nos países do bloco comunitário. Portugal conta com 13,7 mil bombeiros profissionais, estando em nono lugar entre os vários Estados-membros.

“Em 2023, havia 362.400 bombeiros profissionais na União Europeia, que representam 0,18% do emprego total. Em comparação com 2022, o número de bombeiros aumentou em 3.200 indivíduos“, explica o gabinete de estatísticas, numa nota publicada esta manhã.

Desse total de bombeiros profissionais, mais de sete em cada dez (61%) têm entre 30 e 49 anos. “Entre eles, o maior subgrupo é aquele que reúne os bombeiros com 40 a 44 anos (65.600 indivíduos), seguido daqueles têm entre 35 e 39 anos (59.100 bombeiros).

Já entre os vários Estados-membros, é a Alemanha que conta com o maior número de bombeiros profissionais: 61,7 mil. Segue-se França (47,7 mil bombeiros) e Espanha (42,1 mil bombeiros). Portugal, com 13,7 mil bombeiros profissionais, aparece em nono lugar nessa tabela.

Alemanha é o país da UE com mais bombeiros profissionais

Fonte: Eurostat

Por outro lado, se tivermos em conta não o total de bombeiros, mas o seu peso no emprego total dos países, é a Croácia que se destaca: 0,49% dos trabalhadores desse país são bombeiros profissionais, a fatia mais expressiva entre os Estados-membros para os quais há dados. A completar o pódio estão a Estónia e a Grécia (ambos com 0,39% do total do emprego).

Já na Holanda só 0,05% das pessoas empregadas são bombeiros profissionais, sendo essa a fatia mais magra da União Europeia. Na base da tabela, estão ainda a Finlândia, a Eslovénia e a Suécia (todos com 0,13% do total do emprego).

Nesse indicador, Portugal consegue o oitavo lugar da tabela, já que 0,27% dos trabalhadores registados no mercado de trabalho nacional são bombeiros profissionais.

Só 0,3% dos gastos do Estado português são com proteção contra o fogo

A nota divulgada esta manhã pelo Eurostat dá conta também dos gastos dos diversos governos dos países da UE com serviços de proteção contra o fogo, sendo que, no total dos 27 Estados-membros, foram despendidos 37,8 mil milhões de euros em 2022, mais 7,8% do que no ano anterior.

“A fatia dos gastos totais dos governos dedicados aos serviços de proteção contra o fogo foi de 0,5%. De modo global, esse peso tem estado estável desde 2016”, salienta o Eurostat.

Mas há diferenças importantes entre os países. Enquanto na Roménia, 0,7% dos gastos totais do governo foram dedicados à proteção contra o fogo, na Dinamarca a fatia foi de apenas 0,1%.

Também na base da tabela, com 0,3% dos gastos totais dedicados a estes serviços, aparecem Malta, Eslovénia, Áustria e Portugal.

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Estudantes até 19 anos podem renovar passe Navegante através do telemóvel

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

Estudantes até aos 19 anos podem renovar o passe na App Navegante, ficando o carregamento com validade prolongada.

Os estudantes menores de 19 anos podem fazer a renovação do passe na App Navegante e de forma desmaterializada, ficando o carregamento com validade prolongada, deixando de ser necessário validar o passe todos os meses.

Em comunicado divulgado esta sexta-feira, a Transportes Metropolitanos de Lisboa, que gere o passe Navegante, explica que os jovens estudantes “já não precisam de se deslocar às lojas e estar na fila para renovar o passe no início de cada ano letivo” podendo tratar do processo via telemóvel.

Desta forma, na App Navegante, quem tem menos de 19 anos basta atualizar o passe e este fica válido até ao final do mês em que faz 19 anos, ou até ao limite da data de validade do cartão, que é de cinco anos.

Para quem tem mais de 19 anos, mantém-se como necessária a prova de frequência escolar a entregar todos os inícios de ano letivo, mas o passe fica válido durante um ano, não sendo necessário carregar todos os meses.

A empresa precisa ainda que, para que estas alterações sejam possíveis apenas é “elegível a existência de um passe gratuito por jovem estudante”, que tem de ter o Número de Identificação Fiscal (NIF) atualizado nos dados do passe Navegante.

Um NIF só poderá ainda constar num único cartão Navegante, ou antigo cartão Lisboa Viva, não podendo um utilizador ter dois ou mais cartões ativos com gratuitidade.

Os jovens estudantes, maiores de 19 anos, podem fazer prova de matrícula em instituição de ensino igualmente através da App, não sendo necessário qualquer ida a uma loja para efetuar essa operação como até agora.

(Notícia atualizada às 14h01 com mais informação)

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Endividamento da economia sobe 15,6 mil milhões de euros no primeiro semestre

Endividamento das administrações públicas, empresas e particulares atingiu cerca de 811 mil milhões de euros até junho, embora rácio face ao PIB se tenha reduzido.

O endividamento da economia nacional aumentou 15,6 mil milhões de euros no primeiro semestre, para 811,3 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). Contudo, apesar do aumento nominal, em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) reduziu-se para 296,1%, refletindo um maior “dinamismo do indicado”.

Os dados do regulador bancário indicam que dos 811,3 mil milhões de euros, 444,4 mil milhões de euros respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 366,9 mil milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas).

O principal responsável pelo salto de 15,6 mil milhões de euros foi o endividamento do Estado, com uma subida de 13,7 mil milhões de euros. “Este acréscimo verificou-se, sobretudo, junto do resto do mundo (14,1 mil milhões de euros), essencialmente pelo investimento do resto do mundo em títulos de dívida emitidos pelas administrações públicas (13,5 mil milhões de euros, dos quais 9,0 mil milhões de euros em títulos de longo prazo)”, explica a entidade liderada por Mário Centeno.

Já o endividamento do setor privado aumentou 1,9 mil milhões de euros, sobretudo junto do setor financeiro (1,4 mil milhões de euros). O BdP assinala que “o endividamento das empresas privadas praticamente não se alterou, pois o aumento registado junto do setor financeiro (2,1 mil milhões de euros) foi compensado por reduções nos restantes setores, em particular, junto das empresas não financeiras”.

Apesar do aumento nominal, o endividamento da economia decresceu de 299,7% para 296,1% do PIB, “devido ao maior dinamismo do indicador”. O regulador detalha que esta redução decompôs-se na redução do endividamento do setor privado, de 166,7% para 162,2%, parcialmente compensada pelo aumento de 0,9 pontos percentuais do PIB no endividamento do setor público.

Em junho, a taxa de variação anual do endividamento das empresas situou-se em 2,8%, a mesma taxa registada em maio. O endividamento dos particulares cresceu 1,2%, valor superior ao verificado em maio (0,9%). Em ambos os setores, a taxa de variação anual do endividamento tem observado uma tendência de crescimento desde o final de 2023.

(Notícia atualizada às 11h29)

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Chefe de gabinete de António Costa em Bruxelas inicia funções em setembro

Pedro Lourtie, atual embaixador de Portugal na UE, inicia funções a 1 de setembro para preparar a transição entre presidentes do Conselho Europeu. António Costa toma posse a 1 de dezembro.

O novo presidente do Conselho Europeu só tomará posse em dezembro. No entanto, o seu núcleo mais próximo em Bruxelas já começa a ganhar forma. Pedro Lourtie, atualmente o Representante Permanente (REPER) de Portugal na União Europeia (UE), foi escolhido para ser chefe de gabinete de António Costa e inicia funções já a 1 de setembro, altura em que dará início ao processo de transição de mandato.

A notícia de que o diplomata português ocuparia o cargo já tinha sido dada em julho, mas, esta sexta-feira, um despacho publicado em Diário da República e assinado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, vem confirmar e indicar que Lourtie inicia funções em Bruxelas em menos de duas semanas.

O despacho revela que entre 1 de setembro e 30 de novembro de 2024, Pedro Lourtie irá exercer funções no Gabinete de Transição do Presidente eleito do Conselho Europeu, e que a 1 de dezembro — dia em que António Costa toma posse como presidente do Conselho Europeu — iniciará funções como chefe de gabinete do ex-primeiro-ministro.

Pedro Lourtie era o representante principal português na UE, em Bruxelas, desde janeiro de 2022, tendo sido oficializado por decreto do Presidente da República. Antes, desempenhou funções de representante adjunto.

Além de já ter ocupado cargos na REPER, Lourtie foi representante da UE em Washington, nos EUA, e em 2015 foi nomeado representante diplomático de Portugal em Tunes, na Tunísia, tendo sido também conselheiro diplomático e chefe de gabinete de anteriores primeiros-ministros portugueses.

O cargo de representante principal e permanente de Portugal na UE será ocupado por Pedro Sanchez da Costa Pereira, que ocupava o cargo de chefe de gabinete da Secretaria de Estado dos Assuntos Europeus. O diplomata iniciou funções a 26 de julho e era anteriormente Representante Permanente de Portugal para a NATO, em Bruxelas.

Notícia atualizada às 11h45 a 05 de setembro de 2024

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Entrevista de José Rodrigues dos Santos a Marta Temido na RTP1 “suscetível de prejudicar” direito a ser informado, diz a ERC

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

A ERC analisou três participações contra a RTP1 e considerou que "não foi conferido espaço à entrevistada para expor os seus pontos de vista" e que a entrevista se afastou do registo de factualidade.

A ERC considera que a entrevista na RTP1 à candidata do PS às europeias Marta Temido, “pela forma como foi conduzida, afastou-se do registo de factualidade” e “é suscetível de prejudicar o direito dos telespetadores de serem informados“. A entrevista foi conduzida por José Rodrigues dos Santos.

Esta informação consta da deliberação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social ERC/2024/388 relativamente a “Participações contra a RTP1 a propósito da exibição de uma entrevista a Marta Temido, cabeça de lista pelo PS às eleições europeias”.

De acordo com o documento, a ERC analisou “três participações contra a RTP1” a propósito da exibição no Telejornal, no dia 5 de junho de 2024, de uma entrevista a Marta Temido, cabeça de lista do PS às eleições europeias.

Feita a análise, o Conselho Regulador deliberou “salientar a relevância e a responsabilidade dos meios de comunicação social nos períodos eleitorais como ferramentas essenciais para informar e esclarecer as escolhas dos cidadãos” e “verificar que, na entrevista analisada, não foi conferido espaço à entrevistada para expor os seus pontos de vista“.

Além disso, o regulador nota que “a entrevista, pela forma como foi conduzida, afastou-se do registo de factualidade e das regras de condução da entrevista jornalística” e constata “que a forma como decorreu a entrevista é suscetível de prejudicar o direito dos telespetadores de serem informados, conforme garante a Constituição da República Portuguesa, no n.º 1 do seu artigo 37.º”, de acordo com a deliberação.

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Taxas Euribor voltam a cair em todos os prazos

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa seguiram a tendência de quinta-feira e desceram nos prazos três, seis e 12 meses.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, seguiram a tendência de quinta-feira e desceram nos prazos três, seis e 12 meses, e vão a caminho da maior queda em mais de uma década.

  • A Euribor a três meses recuou 0,016 pontos face ao dia anterior, para 3,525%, continuando acima das taxas Euribor a seis e 12 meses.
  • A taxa Euribor a seis meses, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, desceu 0,026 pontos para 3,382%.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, recuou 0,031 pontos para 3,102%.

Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente do BCE, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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UE ativa até junho de 2025 travão de emergência para importações de mel

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

O travão de emergência criado pela Comissão Europeia surge no âmbito de uma isenção de direitos aduaneiros concedida desde 2022 para apoiar a Ucrânia face à invasão russa.

A Comissão Europeia anunciou esta sexta-feira a ativação, até junho de 2025, do travão de emergência de comércio sobre importações de mel da Ucrânia para a União Europeia (UE), criando um teto para tais fluxos comerciais para evitar discrepâncias.

“Foi acionado o travão de emergência para o mel da Ucrânia. Até 05 de junho de 2025, o mel ucraniano importado para a UE será abrangido pelo contingente pautal da Zona de Comércio Livre Abrangente e Aprofundado“, anunciou o porta-voz da instituição para o Comércio, numa publicação na rede social X (antigo Twitter), Olof Gill.

Depois de a UE ter adotado este mecanismo para produtos como carne de aves, ovos, açúcar, aveia, milho e sêmola, aplica-o também ao mel, com o volume deste novo contingente a ser fixado em 18.507,32 toneladas.

As importações de mel ucraniano para a UE têm-se mantido relativamente estáveis nos últimos cinco anos, com uma média de cerca de 49.000 toneladas por ano.

Este travão de emergência surge no âmbito de uma isenção de direitos aduaneiros concedida desde 2022 para apoiar a Ucrânia face à invasão russa, que já provocou porém contestação dos agricultores europeus, que se queixam que o fluxo de produtos ucranianos baixou os preços locais e aumentou a concorrência desleal.

Por essa razão, foi introduzido um mecanismo europeu para garantir que possam ser tomadas medidas corretivas rápidas em caso de perturbações importantes no mercado da UE ou nos mercados de um ou mais Estados-membros.

O objetivo é estabilizar as importações em volumes médios de importação de modo a que, se o fluxo de produtos da Ucrânia exceder estes limiares, as tarifas sejam reimpostas para garantir que as importações não excedam significativamente os valores dos anos anteriores.

Com tal teto, a UE afirma manter o apoio à Ucrânia, no âmbito da guerra lançada pela Rússia há quase dois anos, e, simultaneamente, proteger os agricultores da UE mais afetados, nomeadamente nos países vizinhos.

As importações da UE provenientes da Ucrânia ascenderam a 22,8 mil milhões de euros em 2023, em comparação com os níveis anteriores à guerra de 24 mil milhões de euros em 2021.

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