Portugal vai doar vacinas contra a mpox a países africanos

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

"Portugal tem atualmente um stock de vacinas contra o vírus mpox e está na disposição de ceder entre 10% a 15% deste stock de vacinas", indica o gabinete tutelado por Ana Paula Martins.

Portugal vai doar a países africanos vacinas contra a mpox, anunciou esta quinta-feira o Ministério da Saúde, depois de França, Alemanha e Espanha terem comunicado o mesmo compromisso esta semana.

Em comunicado, o Ministério da Saúde salienta que as vacinas vão ser doadas a “países africanos, que têm registado um aumento expressivo de casos desta doença já declarada pela Organização Mundial de Saúde como ‘emergência de saúde pública global'”.

“Portugal tem atualmente um stock de vacinas contra o vírus mpox e está na disposição de ceder entre 10% a 15% deste stock de vacinas”, indica o gabinete tutelado por Ana Paula Martins.

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Porsches, Ferrari, Bentley ou Maserati. Justiça leiloa automóveis de luxo

Gabinete de Administração de Bens colocou à venda, através de leilão eletrónico, vários automóveis, avaliados no montante total de mais de 750 mil euros.

Porsches, Ferrari, Bentley e Maserati. Se é amante de carros de luxo pode ter uma oportunidade de comprar um a preços mais convidativos. O Gabinete de Administração de Bens colocou em venda, através de leilão eletrónico, vários automóveis, avaliados no montante total de mais de 750 mil euros, de acordo com comunicado do Instituto de Gestão Financeira e de Equipamentos da Justiça (IGFEJ), divulgado esta quinta-feira.

A leilão estão um Porsche 911 GT3 RS, avaliado em mais de 235 mil euros, um Ferrari FF 151, avaliado em mais de 197 mil euros, um Bentley Continental GTC V8 (cabriolet), avaliado em mais de 160 mil euros, um Porsche Cayenne S 4.2 V8, avaliado em mais de 79 mil euros, e ainda dois veículos da marca Maserati Granturismo S 4.7 V8, avaliados em mais de 70 mil euros.

O leilão eletrónico decorre na plataforma E-leilões, terminando os prazos de licitação de alguns anúncios no final do mês de setembro e outros no início de outubro. Entre os bens à venda inclui-se ainda um iate, avaliada em 100 mil euros, vários lotes de peças em ouro e prata e outros metais, bem como diversos outros veículos.

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Sporting e Benfica já conhecem adversários na “nova” Liga dos Campeões

Sporting e Benfica com tubarões do futebol europeu pela frente na época de estreia do novo formato da Liga dos Campeões, com mais partidas e mais milhões em jogo.

Sporting e Benfica já conhecem os adversários na Liga dos Campeões 2024/25, competição entretanto reformulada pela UEFA e que entra em ação em setembro já com nova configuração.

O sorteio realizado esta quinta-feira no Mónaco ditou que o campeão nacional Sporting vai defrontar o Manchester City (casa), RB Leipzig (fora), Club Brugge (fora), Arsenal (casa), Lille FC (casa), PSV Eindhoven (fora), Bolonha FC (casa) e Sturm Graz (fora).

No caminho do Benfica vão estar o Bayern Munique (fora), Barcelona (casa), Atlético Madrid (casa), Juventus (fora), Feyenoord (casa), Estrela Vermelha (fora), Bolonha FC (casa) e As Monaco (fora).

A prova milionária estreia esta época um novo formato de competição, que já vem sendo discutido e negociado ao longo dos últimos anos. A ameaça da criação de uma Superliga, torneio idealizado por alguns dos clubes mais ricos da Europa, terá acelerado a renovação da Liga dos Campeões.

O que muda na “nova” Liga dos Campeões?

O novo formato da Liga dos Campeões vai trazer mais equipas para a competição e, consequentemente, mais jogos. As 32 equipas tornam-se agora 36, numa prova que abandona o clássico formato da fase de grupos e é substituída por uma liga englobando todos os clubes. Cada clube vai defrontar oito adversários diferentes, com quatro jogos em casa e quatro fora, ditados por sorteio. Cada vitória vale três pontos. Um empate vale um ponto.

Assim, cada clube passa a jogar oito jogos em vez dos seis do antigo formato da competição, o que faz com que as jornadas comecem mais cedo (entre 17 e 19 de setembro) e se prolonguem até 29 de janeiro, dia de uma última jornada nunca antes vista que contará com 18 jogos em simultâneo.

Concluídas as oito jornadas, as contas são simples, ficando ainda por apurar quais os critérios de desempate em caso de igualdade pontual.

  • Os oito primeiros classificados garantem acesso direto aos oitavos de final.
  • Os clubes que terminarem entre a 9ª e a 24ª posição vão ter de jogar um play-off a duas mãos (já alinhado previamente mediante sorteio) para poder continuar em prova.
  • Os clubes classificados entre a 25ª e 36ª posição saem das competições europeias, não havendo repescagem para a Liga Europa, ao contrário do que acontecia anteriormente com os terceiros classificados da fase de grupos no antigo formato.

Daqui para frente a competição retoma os moldes habituais, entrando nas fases a eliminar com oitavos, quartos e meias-finais até ao derradeiro jogo, a final agendada para 31 de maio de 2025 na Allianz Arena, em Munique.

Mais competição, mais milhões

O prémio de participação na Liga dos Campeões aumentou. Cada clube vai receber esta época 18,62 milhões de euros (no antigo formato eram 15,64 milhões de euros) ao qual se soma o chamado “pilar valor” (ainda por apurar) que é calculado mediante o valor de transmissão televisiva de cada clube com o respetivo ranking na UEFA.

Cada vitória na fase da liga passa agora a valer 2,1 milhões de euros e um empate 0,7 milhões de euros, valores ligeiramente abaixo dos do formato anterior mas que são compensados com a atribuição de um novo prémio, mediante a classificação final de cada clube na liga, que varia entre 0,275 e 9,9 milhões de euros.

Nas fases a eliminar, os prémios de apuramento também foram revistos, permitindo um encaixe financeiro ainda maior.

O apuramento para os oitavos de final vale agora 11 milhões de euros (em vez de 9,6 milhões de euros). Os quartos-de-final valem 12,5 milhões de euros (em vez de 10,6 milhões de euros). As meias-finais passam a valer 15 milhões de euros (em vez de 12,5 milhões de euros). O apuramento para a final passa de 15,5 para 18,5 milhões de euros.

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OMS anuncia pausas humanitárias em Gaza para vacinação

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

As "pausas humanitárias" durarão três dias em diferentes zonas do território devastado pela guerra. A campanha de vacinação terá início no domingo, no centro de Gaza.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou esta quinta-feira pausas limitadas nos combates em Gaza para permitir a vacinação contra a poliomielite a centenas de milhares de crianças, após confirmado o caso de um bebé infetado.

Descritas como “pausas humanitárias” que durarão três dias em diferentes zonas do território devastado pela guerra, a campanha de vacinação terá início no domingo, no centro de Gaza, anunciou Rik Peeperkorn, representante da OMS nos territórios palestinianos.

De acordo com esta agência das Nações Unidas, seguir-se-á outra pausa de três dias no sul de Gaza e depois uma outra no norte de Gaza, de forma a terminar o processo de vacinação.

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Disputa jurídica em obra do Metro Mondego adia indefinidamente início da operação

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

Um dos concorrentes pôs em causa a adjudicação daquela empreitada, estando o processo a decorrer, com efeitos suspensivos.

Um contencioso na adjudicação da empreitada relacionada com as guardas de segurança adiou o arranque da operação suburbana do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), por enquanto sem data definida, afirmou esta quinta-feira a Metro Mondego. Em nota de imprensa, a Metro Mondego, que previa anteriormente que a operação suburbana, entre Serpins (Lousã) e a Portagem (Coimbra), pudesse começar no final de 2024, afirmou que “não é possível indicar a data de início da operação comercial do sistema com passageiros”.

Em causa está um contencioso que corre no Tribunal Administrativo e Fiscal, “que impede o início da empreitada de fornecimento e instalação das guardas de segurança no troço Serpins – Alto de São João”, afirmou a Metro Mondego, na nota de imprensa enviada à agência Lusa. “Estes dispositivos de segurança são uma peça fundamental para a operação regular do SMM, sem os quais o sistema não poderá ser certificado, a bem da segurança do sistema e dos seus passageiros”, acrescentou.

Questionada pela agência Lusa, fonte do gabinete de comunicação da Metro Mondego explicou que um dos concorrentes pôs em causa a adjudicação daquela empreitada, estando o processo a decorrer, com efeitos suspensivos (o processo de adjudicação da obra não pode avançar enquanto não houver uma decisão final do tribunal). “Ao dia de hoje, não podemos apontar uma data”, acrescentou.

A empreitada diz respeito ao concurso lançado pela Infraestruturas de Portugal em julho de 2023, com um preço base de seis milhões de euros, subdividida em dois troços no antigo ramal ferroviário da Lousã (entre Miranda do Corvo e Serpins e outro entre Miranda do Corvo e Alto de São João), num total de cerca de 30 quilómetros de extensão.

Caso haja resolução judicial a breve prazo e posterior emissão célere de um visto do Tribunal de Contas, dificilmente a empreitada poderá estar pronta antes do final do primeiro trimestre de 2025, já que conta com um prazo de execução de 180 dias (seis meses). Para além do contencioso, a conceção e construção dos sistemas técnicos (telemática, posto de comando central e manutenção) é também assumida pela Metro Mondego como “uma das partes sensíveis”, mas que não depende de terceiros, ao contrário da empreitada das guardas de segurança, aclarou fonte da empresa que irá assegurar a operação do SMM.

Apesar dos problemas registados, a operação experimental do SMM entre Serpins e Portagem vai começar em janeiro de 2025, avançou a Metro Mondego, na nota de imprensa. Neste momento, as obras a cargo da Infraestruturas de Portugal naquele troço suburbano registam “97% de execução”, destacou.

No início de 2025, “estará igualmente operacional o parque de material e oficinas e disponíveis os veículos”, referiu. “A Metro Mondego já iniciou o processo de recrutamento de motoristas e reguladores de tráfego por forma a estar em condições de operar o sistema. Encontram-se igualmente em preparação diversos procedimentos de contratação pública indispensáveis à operação (fornecimento de energia, manutenção e conservação das infraestruturas e limpeza dos veículos)”, salientou.

O SMM irá servir Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, com autocarros elétricos em via dedicada, dispondo de uma operação suburbana (entre os três concelhos) e uma operação urbana na cidade de Coimbra.

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Países Baixos autorizam forças ucranianas a usar F-16 contra Rússia

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

"A Ucrânia tem de agir de forma diferente do que fez no passado", disse o ministro da Defesa. "Se a Ucrânia for atacada pela Rússia, a Ucrânia também pode atacar alvos militares", acrescentou.

Os Países Baixos autorizaram a Ucrânia a utilizar os caças norte-americanos F-16 cedidos pelo seu país para atacar o território russo, desde que Kiev “cumpra as leis da guerra” e tenha as infraestruturas civis como principal “linha vermelha”.

“As leis da guerra dizem que, se a Ucrânia for atacada pela Rússia, a Ucrânia também pode atacar alvos militares [em território russo]”, disse o ministro da Defesa, Ruben Brekelmans, em declarações à emissora pública NOS. Brekelmans esclareceu que os ataques ucranianos em solo russo não devem atingir instalações civis, embora tenha salientado que os aeroportos de onde os aviões de combate descolam e os mísseis que são disparados para atacar a Ucrânia “são alvos legítimos”.

O comandante das Forças Armadas neerlandesas, Onno Eichelsheim, afirmou à mesma emissora que Haia não impôs “qualquer restrição ao uso e alcance” das aeronaves F-16. “A Ucrânia tem de agir de forma diferente do que fez no passado”, argumentou. A antiga ministra da Defesa Kajsa Ollongren já tinha indicado em junho passado, numa entrevista ao Politico, que o Governo neerlandês não impediria as forças ucranianas de utilizarem estes aviões de combate contra posições militares russas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, apelou esta quinta aos Estados-membros da União Europeia para que tomem decisões que permitam ataques de Kiev contra “objetivos militares legítimos” em território russo. O debate ganhou força nos últimos dias como resultado dos bombardeamentos em grande escala na Ucrânia, a par da ofensiva ucraniana contra a província russa de Kursk, onde Kiev já reivindica o controlo de mais de cem localidades e quase 1.300 quilómetros quadrados de território.

O alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, defendeu que os aliados de Kiev levantem todas as restrições ao uso de armas ocidentais, embora haja divisão entre os 27 sobre a permissão para que as armas fornecidas sejam utilizadas na Rússia. Bélgica, Dinamarca, Países Baixos e Noruega – todos membros da NATO – comprometeram-se a fornecer à Ucrânia mais de 60 aviões.

A Ucrânia precisa de pelo menos 130 caças F-16 para neutralizar o poder aéreo russo, de acordo com as autoridades ucranianas. A primeira entrega foi anunciada em 4 de agosto pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que indicou entretanto que os aviões de combate já entraram em ação nos céus do país.

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Portugal está “recetivo” a aplicar sanções contra Israel “se houver consenso europeu”, diz Rangel

Depois de Borrell admitir abordar o tema junto dos Estados-membros, Paulo Rangel admitiu que Portugal tem "abertura para considerar" avançar com sanções contra alguns governantes israelitas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros admite que Portugal está “recetivo” a considerar sanções contra Israel caso a hipótese seja considerada entre os restantes Estados-membros. Em declarações aos jornalistas, Paulo Rangel, frisou que existe “abertura para considerar” a aplicação de sanções contra “personalidades que tenham tido ações ou declarações” que “possam contribuir para piorar a situação” no Médio Oriente.

“Estamos recetivos a isso. Não excluímos isso. Tem havido uma deterioração da situação [no Médio Oriente]. Se houver consenso europeu para avançar com sanções, Portugal estará recetivo a isso“, afirmou o também vice-primeiro-ministro, à margem de um conselho informal da União Europeia que ao invés de estar a decorrer em Budapeste, ao abrigo da presidência húngara, decorre em Bruxelas. Recorde-se que a Hungria assumiu a presidência do Conselho da União Europeia a 1 de julho mas, até ao momento, os eventos e encontros organizados pelo Governo de Viktor Orbán têm sido alvo de boicote pelos 27 Estados-membros.

Ainda assim, Paulo Rangel frisou que o tema das sanções não foi abordado no encontro desta quinta-feira que reúne os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 Estados-membros na capital belga, sublinhando que a reunião será “longa”.

Em causa estão as declarações do chefe da diplomacia europeu, Josep Borrell, que esta manhã, admitiu propor aos Estados-membros a inclusão de “alguns ministros israelitas que têm lançado mensagens de ódio contra palestinianos” na lista de sanções da União Europeia, argumentando que estas declarações “incitam à prática de crimes de guerra”.

O governante aproveitou ainda para responder às questões dos jornalistas sobre a notícia avançada pelo Público e que dá conta da chegada de num navio com bandeira portuguesa à Namíbia que transportava armas para Israel. Paulo Rangel explicou que não se trata de um navio português, mas sim “um navio com pavilhão português”, e que a bordo não constavam “nem armas, nem munições nem material de guerra, embora transporte materiais explosivos para fins comerciais”.

“Trata-se de um navio de um armador alemão, proprietário do navio. O navio não vai para Israel, tem dois portos de destino: Eslovénia e Montenegro”, afirmou, recordando que “o primeiro Governo a proibir a exportação de armas para Israel” foi Portugal.

Portugal acompanha de perto situação na Venezuela

Paulo Rangel indicou ainda que na reunião foi abordada a situação na Venezuela pós eleições presidenciais, que contou com a participação por videoconferência do candidato da oposição Edmundo González.

Segundo o MNE, a União Europeia não está “em condições de reconhecer a vitória de Nicolas Maturo”, uma vez que “as atas eleitorais continuam por aparecer”. Em causa estão as eleições presidenciais que decorreram no passado dia 28 de julho, na Venezuela, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González obteve quase 70% dos votos.

“Continuamos em contacto estreito com as autoridades da Venezuela (…) e no caso Portugal [o contacto] tem sido particularmente intenso” no sentido de procurar, também, “o bem-estar das comunidades”, explicou Rangel em declarações aos jornalistas.

 

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Conselho de Segurança representa “mundo que já não existe”, diz Guterres

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

O secretário-geral da ONU defendeu uma reforma da "arquitetura financeira internacional" para "criar verdadeiras condições de igualdade para o desenvolvimento dos países".

O secretário-geral da ONU insistiu esta quinta-feira na reforma das instituições internacionais, incluindo o Conselho de Segurança que “representa um mundo que já não existe” e cuja falta de legitimidade e ação contribuem para a “multiplicação de conflitos”.

“É importante reconhecermos que temos hoje ao nível global uma situação de injustiça e de desigualdade que não favorece a capacidade dos países em desenvolvimento, nomeadamente países como Timor-Leste, para poderem vencer a batalha do desenvolvimento”, afirmou António Guterres. O secretário-geral da ONU, que está em Díli para participar nas celebrações dos 25 anos do referendo que levou à restauração da independência do país, pondo fim à ocupação indonésia, discursava num jantar em sua honra oferecido pelas autoridades timorenses.

“É por isso que no âmbito da Cimeira do Futuro, que vamos realizar dentro de alguns dias, nos vamos debater pela reforma das instituições internacionais, a começar pelo Conselho de Segurança que representa um mundo que já hoje não existe e cuja falta de legitimidade e de ação efetiva são em larga medida responsáveis pela multiplicação de conflitos em todo o mundo”, salientou António Guterres.

O antigo primeiro-ministro português defendeu também uma reforma da “arquitetura financeira internacional” para “criar verdadeiras condições de igualdade para o desenvolvimento dos países, que como Timor-Leste necessitam de um ambiente internacional favorável ao seu progresso”.

É fundamental compreendermos a necessidade de reformar e é fundamental compreendermos a necessidade de uma profunda solidariedade com povos como Timor-Leste para que possam depois de vencer a batalha da independência, e da democracia, vencer o desenvolvimento”, disse António Guterres. No discurso, o secretário-geral da ONU prestou homenagem a 14 membros da organização, “todos timorenses”, que deram a “sua vida também pela independência do país” e recordou Sérgio Vieira de Mello um “mártir da defesa da liberdade e da democracia”.

Sérgio Vieira de Mello liderou a administração de transição das Nações Unidas em Timor-Leste entre 1999 e 2002 e foi morto, em 2003, num ataque terrorista no Iraque contra a sede local da ONU. A realização do referendo que esta semana se assinala foi decidida entre Portugal e a Indonésia em 05 de maio de 1999, sob os auspícios da ONU, com a assinatura de três acordos, nomeadamente um sobre a questão de Timor-Leste, outro sobre a modalidade da consulta popular e um terceiro sobre segurança.

Em 30 de agosto de 1999, 344.580 das 446.666 pessoas registadas (433.576 em Timor-Leste e 13.090 nos centros no estrangeiro) escolheram a independência do país e consequentemente o fim da ocupação da Indonésia, que invadiu Timor-Leste em 07 de dezembro de 1975, apesar da violência perpetrada pelas milícias que apoiavam a integração.

Com o resultado do referendo, a Indonésia abandonou Timor-Leste, com as milícias pró-indonésias a deixarem um rasto de horror e violência, tendo entrado a autoridade de transição das Nações Unidas, que geriu o país até à restauração da independência, em 20 de maio de 2002.

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Berlim endurece regras sobre imigração após atentado. “Temos de deportar mais rapidamente”, diz ministra

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

A proibição do porte de armas brancas irá aplicar-se especialmente em eventos públicos, bem como em transporte de longa distância, referiu a ministra do Interior alemã.

O Governo alemão anunciou esta quinta-feira o endurecimento das leis sobre porte de armas brancas e restrições aos benefícios para determinados requerentes de asilo, medidas aprovadas após o atentado terrorista por um migrante em Solingen, na semana passada.

A proibição do porte de armas brancas irá aplicar-se especialmente em eventos públicos, bem como em transporte de longa distância, referiu a ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, em declarações aos jornalistas em Berlim, juntamente com o ministro da Justiça, Marco Buschmann. Os estados federais terão poderes para fazer aplicar a mesma proibição em zonas com elevada criminalidade, acrescentou.

Faeser anunciou também a abolição da ajuda aos requerentes de asilo que entraram noutro país da UE antes de se deslocaram para a Alemanha. As autoridades vão receber ainda “poderes extra” para promover a “luta contra o islamismo”, explicou a ministra.

Assim, a polícia poderá, por exemplo, utilizar software de Inteligência Artificial (IA) para facilitar a procura de suspeitos nas redes sociais com base em dados biométricos. Será também criado um grupo de trabalho para a prevenção do islamismo radical, que se concentrará, entre outras coisas, na radicalização de intervenientes isolados através da Internet.

Na área da política migratória, as medidas incidirão em agilizar as deportações de requerentes de asilo que já tinham registado pedidos noutros países europeus, como alegadamente ocorreu no caso do atacante em Solingen. O ataque com faca que fez três mortos na semana passada no oeste do país terá sido executado por um cidadão sírio que deveria ter sido anteriormente deportado e que jurou lealdade ao grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI).

“Os requisitos legais foram cumpridos e a deportação foi preparada”, frisou Buschmann em relação ao detido, explicando que neste caso a deportação falhou porque o homem não foi encontrado e, depois de expirados os prazos, a Alemanha tornou-se legalmente responsável por “mantê-lo e acomodá-lo”.

Por este motivo, será criado um grupo de trabalho que tentará facilitar estes processos e serão eliminados benefícios para estas pessoas que aguardam a deportação para outro país europeu. “Temos de deportar mais rapidamente e deportar de forma mais eficaz”, destacou o ministro da Justiça, salientando que existam “dezenas de milhares” de deportações legalmente possíveis que falham todos os anos porque o indivíduo em questão não pode ser localizado.

Outras medidas de política de imigração incluem o reforço dos critérios de deportação de pessoas que cometeram atos de violência com facas e a continuação do trabalho para tornar possível as deportações de criminosos condenados para a Síria e o Afeganistão, o que não está a acontecer neste momento devido à ausência de relações diplomáticas com esses países.

Os três partidos da coligação liderada pelo chanceler Olaf Scholz – sociais-democratas, ecologistas e liberais – estão sob pressão após este ataque, enquanto se realizam no domingo duas eleições regionais no leste da Alemanha, que correm o risco de ver o triunfo do partido de extrema-direita, a Alternativa para a Alemanha (AfD).

O líder da oposição, o presidente da União Democrata Cristã (CDU), Friedrich Merz, propôs a Olaf Scholz negociações para um acordo que permita tomar medidas para restringir a migração irregular, após o ataque de Solingen. Scholz anunciou entretanto a criação de um grupo de trabalho, com representantes da oposição e dos governos regionais.

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Ikea entra no Guinness World Records com o maior encontro de pessoas vestidas em pijama

  • + M
  • 29 Agosto 2024

A iniciativa surgiu integrada num conjunto de ações em que a marca vai apostar e que têm como elemento central o sono, visando chamar à atenção para a importância de uma boa noite de descanso.

A Ikea entrou no Guinness World Records esta quarta-feira, depois de reunir num único local – em Älmhult, na Suécia – o maior encontro de pessoas vestidas com pijamas de duas peças. No total, foram 2.052 os colaboradores da Ikea que ajudar a marca a bater o recorde.

A novidade foi desde logo avançada no LinkedIn pela portuguesa Helena Gouveia, country marketing manager da Ikea na Suécia. “Hoje fizemos magia na Ikea”, escreveu, acrescentando que era um orgulho trabalhar na gigante sueca de mobiliário.

“Esta celebração marca o primeiro passo dado no âmbito de uma campanha anual focada em melhorar uma boa noite de descanso. Ao longo das últimas décadas temos trabalhado para compreender como as pessoas dormem e como melhorar a sua qualidade do sono. Nos últimos anos, intensificámos o nosso foco neste assunto e inovámos com mais soluções para criar uma noite melhor para muitas pessoas, independentemente do seu estilo de vida, condições de vida ou tamanho da carteira”, escreveu mais tarde a marca Ikea no seu LinkedIn, numa publicação que foi acompanhada por um vídeo ilustrativo da ação que decorreu esta quarta-feira.

A iniciativa surgiu integrada num conjunto de ações em que a marca vai apostar e que têm como elemento central o sono, visando chamar à atenção para a importância de uma boa noite de descanso.

Neste âmbito, em Portugal, uma ida de pijama a uma das lojas Ikea vai valer 15% de desconto em artigos relacionados com o sono. No fim de semana de 31 de agosto e 1 de setembro, os clientes Ikea (que sejam membros da Ikea Family) que visitem uma das lojas da marca sueca vestidos de pijama podem beneficiar de um desconto direto de 15% em edredões e almofadas, bem como de 15% de desconto em compras superiores a 250 euros em camas e colchões. Além disso podem ainda contar com um pequeno-almoço sueco (Fika) gratuito.

Alguns clientes vão ser ainda selecionados para passarem uma noite na loja de Matosinhos ou de Loures, “onde poderão aceder a uma série de atividades exclusivas, como uma sessão de cinema, jogos, sessões de yoga, entre outros”, adianta a marca em nota de imprensa.

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PCP quer debate com o Governo no parlamento sobre dificuldades de acesso ao SNS

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

O PCP pede que esteja presente um membro do Governo e "considera adequado" que "faça representar pela ministra da Saúde", Ana Paula Martins.

O PCP propôs esta quinta-feira um debate sobre as dificuldades de acesso ao Serviço Nacional de Saúde na próxima Comissão Permanente da Assembleia da República com a presença de um membro de um Governo, de preferência a ministra da tutela.

Numa conferência de imprensa na Assembleia da República, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, defendeu que o Governo “não pode continuar a passar ao lado dos problemas” do SNS e, por isso, deve marcar presença no debate da próxima comissão permanente (órgão que substitui o plenário no período de férias parlamentares) – que se reúne no dia 11 de setembro.

O PCP pede que esteja presente um membro do Governo – uma escolha que ficará ao critério do executivo –, mas Paula Santos esclareceu que, sendo um debate sobre a situação do SNS, “aquilo que se considera adequado é que o Governo se faça representar pela ministra da Saúde”, Ana Paula Martins.

O pedido dos comunistas será apreciado pelos partidos em conferência de líderes na manhã do mesmo dia da comissão permanente. Paula Santos apontou o agravamento das “dificuldades no acesso aos cuidados de saúde”, sublinhando o encerramento previsto dos serviços de obstetrícia e ginecologia em hospitais de todos o país.

“Nos meses de julho e agosto, não houve dia em que não houvesse serviços encerrados, sem que o Governo tomasse alguma medida para o evitar”, criticou a deputada. Paula Santos contestou os planos do executivo, alegando que “não foram precisos muitos meses para deixar claro que os problemas do SNS não iriam encontrar soluções neste Governo e que as suas opções políticas ainda iriam agravar esses mesmos problemas”.

“Perante uma situação que é intolerável, o Governo procurou passar à margem deste problema, como se não tivesse responsabilidades. Continuou deliberadamente a ignorar os constantes apelos dos profissionais de saúde e dos utentes para garantir condições de trabalho, valorizar carreiras e salários e assegurar o adequado funcionamento dos serviços público”, afirmou a líder parlamentar da bancada comunista.

O PCP defende também que se impõe, neste momento, aumentar a remuneração base dos profissionais de saúde, o reforço do investimento e financiamento do SNS, a contratação imediata dos médicos recém-especialistas e a gratuitidade de medicamentos para maiores de 65 anos, doentes crónicos e com insuficiência económica.

Paula Santos não detalhou o impacto orçamental das medidas propostas pelo partido, salientando apenas que o investimento na saúde é uma “questão de opção” e que “Uma parte significativa do orçamento do SNS está a ser canalizada para grupos privados quando deveria ser investido no próprio SNS”.

“Temos apresentado várias medidas concretas, inclusivamente de aumento de receitas, em particular de uma política fiscal que seja mais justa aos lucros das grandes empresas, por exemplo, e que são recursos e que são receitas que são necessárias exatamente para assegurar depois os serviços públicos”, acrescentou.

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Descida dos descontos do IRS beneficia mais salários brutos de 3.000 euros. Saiba quanto vai poupar

Trabalhadores vão ficar com mais de 500 euros no bolso por mês, em setembro e outubro, o que corresponde a um ganho de cerca de 20% face ao ordenado líquido de agosto.

A descida extraordinária dos descontos do IRS em setembro e outubro para compensar o que trabalhadores e pensionistas retiveram a mais desde janeiro vai beneficiar sobretudo quem ganha 3.000 euros brutos mensais, de acordo com as simulações da EY para o ECO. Contribuintes que se encontrem nesta faixa remuneratória vão ficar com mais de 500 euros no bolso por mês, o que corresponde a um ganho de cerca de 20% face ao ordenado líquido de agosto.

Um solteiro sem filhos com um vencimento de 3.000 euros brutos mensais descontava, até agosto, 723 euros por mês, o que dava um salário líquido de 2.277 euros, sem contar com as contribuições sociais de 11%. Em setembro e outubro, a retenção na fonte vai baixar 526 euros para 197 euros, elevando o ordenado líquido para 2.803 euros por mês. Para outros tipos de perfis como trabalhador solteiro com filhos, casado com filhos ou pensionista, a poupança é semelhante, em torno dos 500 euros. Proporcionalmente, é nesta folha salarial ou recibo de pensão, de 3.000 euros, que o benefício é maior, na ordem dos 20%.

De salientar que os pensionistas tanto da Segurança Social como os da Caixa Geral de Aposentações (CGA) só irão sentir o efeito da descida extraordinária da retenção na fonte em outubro, porque as prestações de setembro já foram processados. Mas o Governo compromete-se a fazer os ajustes necessários nos descontos de novembro e dezembro para compensar o mês de setembro em que não foram aplicadas as novas tabelas.

Para os trabalhadores dependentes que vão usufruir de um alívio considerável nos descontos do IRS em setembro e outubro, a retenção depois volta a subir nos dois últimos meses do ano, mas, ainda assim, fica abaixo do que adiantavam ao Fisco em agosto.

No caso dos contribuintes solteiros e sem filhos que auferem 3.000 euros brutos por mês, o ganho mensal de mais de 500 euros por mês vai diminuir para 20 euros, o que corresponde a um alívio de apenas 1% face a agosto, quando em setembro e outubro era de cerca de 20%. Ou seja, os descontos de 197 euros desses dois meses vão passar para 703 euros, ainda assim abaixo dos 723 euros que retiveram todos os meses entre janeiro e agosto.

Trabalhadores com rendimentos mensais brutos de 2.000 e 5.000 euros também vão ter ganhos consideráveis, mas abaixo da poupança de cerca de 20% para ordenados de 3.000 euros. Assim, um solteiro sem filhos com um vencimento de 2.000 euros, que descontava 349 euros, ficando com um ordenado líquido de 1.651 euros, vai passar a reter, em setembro e outubro, apenas 41 euros, o que corresponde a uma redução de 19%, o que dará um ordenado de 1.959 euros, sem contar com as contribuições para a Segurança Social, de 11%.

 

Trabalhadores com rendimentos mensais brutos de 2.000 e 5.000 euros também vão ter ganhos consideráveis, mas abaixo da poupança de cerca de 20% para ordenados de 3.000 euros. Assim, um solteiro sem filhos com um vencimento de 2.000 euros, que descontava 349 euros, ficando com um ordenado líquido de 1.651 euros, vai passar a reter, em setembro e outubro, apenas 41 euros, o que corresponde a uma redução de 19%, o que dará um ordenado de 1.959 euros, sem contar com as contribuições para a Segurança Social, de 11%. A partir de novembro, a retenção passa para 331 euros. São menos 18 euros ou 1% face a agosto, o que significa que a retribuição mensal livre de impostos se irá fixar nos 1.669 euros.

No caso de uma remuneração brutal mensal de 5.000 euros, e considerando também um solteiro e sem filhos, o trabalhador vai levar para casa mais 572 euros por mês, em setembro e outubro, uma vez que irá descontar 957 euros quando, até agosto, adiantava ai Estado 1.529 euros todos os meses. Trata-se de um ganho para o salário líquido de 16%, que se irá situar nos 4.043 euros. Em agosto, o ordenado livre de impostos estava nos 3.471 euros. A partir de novembro, a retenção na fonte avança para 1.501 euros, uma redução de 28 euros ou 1% face às tabelas praticadas pelo Fisco entre janeiro e agosto.

O benefício vai baixando consoante os salários diminuem, porque também os descontos já eram menores, sendo que até aos 934 euros brutos mensais, para um solteiro sem filhos, o vencimento estava isento. Com as tabelas de setembro e outubro, este patamar livre de imposto vai subir para 1.175 euros mensais brutos, quando, até agosto, este ordenado pagava de IRS 114,68 euros por mês.

Nas pensões, não haverá lugar a retenção na fonte até aos 1.202 euros para um solteiro, divorciado, viúvo ou casado (dois titulares), quando até aqui este reformado descontava a partir dos 838 euros mensais. Isto significa um ganho, em setembro e outubro, de 111,71 euros por mês.

Solteiros ou casados com dois filhos ficam isentos até aos 2.000 euros de salário

Mas a isenção, aplicada pelas tabelas de setembro e outubro, sobe consideravelmente para outros tipos de perfis, designadamente no caso de um solteiro com dois filhos, em que o ordenado bruto até 2.000 euros deixa de reter na fonte durante dois meses. Até agosto, descontava 281 euros mensais. Também um trabalhador casado (dois titulares) com dois filhos não vai ter de descontar IRS durante dois meses até aos 2.000 euros brutos de salário. De janeiro a agosto, este contribuinte tinha de adiantar ao Fisco 306 euros todos os meses.

Simulações da EY para um ordenado bruto de 1.500 euros, valor próximo do vencimento médio que se fixou em 1.640 euros no segundo trimestre de 2024, mostram que, um solteiro sem filhos, que descontava 203 euros, vai reter apenas 12 euros, em setembro e outubro, o que vai gerar um ganho mensal de 191 euros. Já um solteiro com um ou mais filhos e um casado (dois titulares) com um ou mais dependentes, a ganhar 1.500 euros, vão ficar isentos durante dois meses, quando, até agosto, retinham mais de 130 euros.

A partir de novembro e até ao final do ano, estarão em vigor outras tabelas já sem o efeito do mecanismo da retroatividade aplicado em setembro e outubro. Deste modo, no mês 11, a retenção na fonte volta a incidir sobre remunerações mensais a partir dos 935 euros e a pensões a partir dos 937 euros mensais para não casados e sem filhos. Ou seja, pontualmente, as taxas baixam mais em setembro e outubro e depois, em novembro e dezembro, são atualizadas face às que estão em vigor até agosto, em linha com a redução do IRS aprovada pelo Parlamento. A taxa mais baixa, de 13,25%, recua para 13%, a de 18% diminui para 16,50% e assim sucessivamente.

Veja as simulações para diferentes perfis

Trabalhador solteiro ou casado (dois titulares) e sem filhos

Trabalhador solteiro com um filho

Trabalhador solteiro com dois filhos

Trabalhador casado (dois titulares) com um filho

Trabalhador casado (dois titulares) com dois filhos

Pensionista solteiro sem dependentes

Pensionista casado (dois titulares) sem dependentes

Pensionista casado (um titular) sem dependentes

 

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