ECO da Campanha. Greve na CP é a nova arma de arremesso entre partidos no dia em que Marcelo deixou avisos

ECO da Campanha. Direito à greve tornou-se o tema quente do dia com as declarações de Montenegro logo pela manhã. À esquerda critica-se e à direita admite-se revisão.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, durante um contacto com a população na Covilhã, no âmbito da campanha para as eleições legislativasJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA 8 maio, 2025

A lei laboral foi o tema do dia, depois do líder do PSD e primeiro-ministro ter admitido revisões. O secretário-geral do PS rapidamente se insurgiu sobre o tema, durante um contacto com a população na Covilhã. Mas não foi a única critica a Luís Montenegro. Pedro Nuno Santos criticou o Governo pelos cortes de 69% no financiamento de centros de investigação qualificados com “Muito Bom”, considerando o investimento na ciência decisivo para a transformação da economia.

Temos um Governo que não só nos deixa uma economia a cair, como corta num dos fatores mais decisivos para que a economia portuguesa se transforme, que é o investimento na ciência”, condenou, citado pela Lusa.

Além das declarações sobre a paralisação da CP, Luís Montenegro teve outro momento marcante esta terça-feira: encontrava-se em Fátima quando começou a sair fumo branco da chaminé da Basílica de São Pedro, no Vaticano, anunciado a eleição no novo Papa, o que considerou uma “coincidência muito feliz”.

“Eh lá, viemos a Fátima e há fumo branco”, disse, acrescentando que é um sinal para a campanha da AD. “Parece de propósito, mas é premonitório. Honestamente, não me tinha passado pela cabeça, mas é uma coincidência muita feliz (…) Esta coincidência, enfim… Dirá qualquer coisa, não sei o que é. Mas a fé também tem este lado misterioso”, afirmou, de acordo com a Lusa.

Já o líder da IL, apontado como eventual parceiro da AD caso esta ganhe as eleições, considerou que a legislação laboral deve ter “uma solução mais flexível” na relação entre “empresas e colaboradores” e disse querer fazer um balanço das alterações feitas à lei desde 2019. “O que me parece evidente é que nós temos de ter uma solução mais flexível de colaboração entre as empresas e os seus colaboradores, porque o resultado final dessa colaboração será seguramente mais riqueza para o país”, defendeu Rui Rocha.

Na caravana do Chega, o dia ficou marcado pelo momento de tensão com a comunidade cigana, em Aveiro. “Continuamos a ter um conjunto de ciganos que são em alguns casos o mesmo, que andam pelo país todo. Tem de estar organizado. Não sei se é a própria comunidade que se organiza, se são os partidos de esquerda, não sei. Sei que são organizados, que são plantados. Não podem andar pelo país todo a ofender-nos”, afirmou o líder do Chega, depois ter mandado trabalhar os manifestantes que se encontrava à sua chegada.

No Alentejo, Paulo Raimundo visitou um quartel de Bombeiros Voluntários, onde apostou fichas na eleição de Bernardino Soares por Beja. Um candidato que “vale por três”, em alusão ao facto de não ter conseguido eleger nenhum candidato em 2024 naquele círculo, que vale três lugares.

Tema quente

A greve na CP e o direito à greve são o novo tema quente

A paralisação total na CP já tinha aquecido a campanha na quarta-feira, mas o tom não amainou esta quinta-feira. Ao segundo dia de greve, novamente com uma adesão de 100% nas contas dos sindicatos, o tema contaminou as caravanas. Luís Montenegro abriu a polémica ao falar numa greve “absolutamente injusta”.

“Entre o prejuízo causado à vida das pessoas e a discussão laboral, que é legítima, há uma desproporção enorme”, considerou, acrescentando: “Francamente, um dia vamos ter de pôr cobro a isto. Temos de ter um mecanismo que garanta que o efeito da greve… Não estou a pôr em causa o direito à greve. O direito à greve não está em causa. Os efeitos da greve é que não podem ser de tal maneira desproporcionais que todos os outros cidadãos tenham uma compressão dos seus direitos”, sem entrar em mais detalhes.

O presidente do PSD, Luis Montenegro, conversa com Pedro Santana Lopes, presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, durante uma ação de campanha para as eleições legislativas.MIGUEL A. LOPES/LUSA 8 maio, 2025

As declarações tiveram rapidamente resposta da oposição. O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, acusou o líder do PSD de “autoritarismo” e considerou ser “inaceitável que um primeiro-ministro, em plena greve, use da ameaça”. “A forma como o Governo tem de lidar com uma greve, que não conseguiu impedir pela negociação, é ameaçar com a alteração à lei. Isto é muito preocupante”, vincou.

Segundo Pedro Nuno Santos, Montenegro “lida muito mal com algumas das maiores conquistas da nossa liberdade, como o direito de os trabalhadores reivindicarem melhores condições remuneratórias”. Já questionado em Braga sobre as declarações de Luís Montenegro, o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, assumindo-se como “um lesado da CP”, mostrou-se igualmente “disponível” para avaliar alterações legislativas, sem pôr em causa o direito à greve. “Não há leis intocáveis”, sublinhou, notando que o partido defende a liberalização do mercado ferroviário, depois de o mesmo ter acontecido no rodoviário, para criar “competição e concorrência”.

O Presidente da República desvalorizou o tema, argumentando que “neste momento a questão não se põe”. “Ainda não temos Parlamento, depois logo veremos”, frisou, assinalando que “a lei da greve conheceu alterações ao longo do tempo, mas não é uma questão que está em cima da mesa”. Para o chefe de Estado, “as greves são uma forma de chamada de atenção em período eleitoral porque os debates políticos envolvem as questões laborais e sociais”.

Paralelamente, enquanto Mariana Mortágua criticou Montenegro por apenas falar de trabalho para admitir alterações à lei da greve, Raimundo recusou cair na “casca de banana” do Governo sobre a lei da greve e o Livre acusou a IL de ser “extremista” por defender a revisão da Constituição.

A figura

Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República entrou na campanha para avisar que só nomeia um Governo minoritário se tiver garantias que há condições de governabilidade. “A questão fundamental é ter a certeza de que o Governo que vai ser nomeado tem conduções para arrancar com o seu programa, depois veremos como corre a gestão económica e financeira ao longo da legislatura”, afirmou esta quinta-feira, em Belém, à margem do programa “Encontros” com artistas.

“Qualquer que seja o resultado, o importante é que o Presidente esteja à vontade para nomear o Governo”, reforçou, recordando que no ano passado deu posse a um governo minoritário de Luís Montenegro por ter garantias que Pedro Nuno Santos viabilizava o programa de Governo. Por outras palavras, “o que é de evitar é um Governo que logo à partida não tem condições nenhumas para ser viabilizado pelo Parlamento”.

Assim, para o Chefe de Estado, “os partidos ou fazem um apelo para aumentar o apoio que dispõem no Parlamento ou falam em acordos ou entendimentos futuros ou mostram disponibilidade para dialogar com outros partidos ou dizem que não serão um problema em termos de estabilidade”.

A frase

"Tirando um [dos partidos], é roubar [a sigla da AD]. Portanto, isto é o que eles vão fazer, se calhar, aos portugueses. Isto é o meu medo. Quem trata assim um amigo durante anos, como é que vai tratar os portugueses? Isto é o que eu chamo consciência.”

Gonçalo da Câmara Pereira

Presidente do Partido Popular Monárquico (PPM)

A surpresa

Santana Lopes a dançar Karol G

Luís Montenegro esteve esta manhã numa ação de campanha na Figueira da Foz, mas o centro das atenções acabou por ser Pedro Santana Lopes. Ao som de uma das suas canções favoritas, o presidente da Câmara Municipal cantou e dançou ‘Si Antes Te Hubiera Conocido’ da cantora Karol G. Um tema que já tinha cantado no final do ano passado no seu espaço de comentário no Now, num momento captado pela SIC Notícias e por alguns internautas que o divulgaram nas redes sociais.

Norte-Sul

Luís Montenegro começou a manhã na Figueira da Foz, numa iniciativa dedicada à habitação, e seguiu depois para a baixa de Coimbra, e para Fátima, localidade onde estava quando foi anunciado o nome do novo Papa. Por seu lado, Pedro Nuno Santos passou pela Covilhã e por Castelo Branco, enquanto André Ventura esteve em Braga e vai terminar o dia num jantar-comício em Guimarães.

O périplo da IL passou pela Póvoa de Varzim e por Vila do Conde, enquanto Mariana Mortágua anda por Coimbra. Já Paulo Raimundo participou num almoço nos Bombeiros Voluntários de Beja e seguiu para Faro, onde terá um jantar comício. Por seu lado, Rui Tavares ficou pela capital portuguesa e Inês Sousa Real pela linha de Cascais.

A caravana de Montenegro segue viagem na sexta-feira até Aveiro, Leiria e Porto, enquanto a de Pedro Nuno Santos até Trancoso, Guarda e Vila Real. O Chega ruma a Bragança, enquanto Mariana Mortágua também estará a norte, em Braga. Por seu lado, Paulo Raimundo tem previsto uma ação de rua na Amadora, em Lisboa, seguindo até Vila Franca de Xira, antes de se deslocar até ao Alentejo para um comício em Évora.

Rui Tavares irá visitar o Politécnico de Setúbal durante a manhã, tendo previsto fechar o dia com um comício em Almada, enquanto Inês Sousa Real ficará por Lisboa.

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Generali Tranquilidade lança a série “As Chuteiras São Delas”

  • ECO Seguros
  • 8 Maio 2025

Disponível a partir de 31 de maio, a série com seis episódios de duração de seis minutos cada vai contar historiais reais de dez jogadoras, uma treinadora e uma árbitra.

A Generali Tranquilidade anunciou o lançamento da uma série documental “As Chuteiras São Delas”. Segundo o comunicado enviado pela seguradora, a série espelha os valores da Generali Tranquilidade, “que acredita que o desporto-rei e o mundo devem ser para todos, realçando a importância da diversidade, da inclusão e da meritocracia”.

Pedro Carvalho, CEO da Generali, no evento de lançamento da série “As Chuteiras São Delas” esta quinta-feira na Cidade do Futebol, em Oeiras.

 

Disponível a partir de 31 de maio, a série com seis episódios de duração de seis minutos cada vai contar historiais reais de dez jogadoras, uma treinadora e uma árbitra. “Figuras que carregam talento, sonhos, frustrações, conquistas e uma luta diária pelo reconhecimento e igualdade”, diz a empresa.

“Este é um conteúdo feito com verdade, sensibilidade e respeito por quem vive o futebol feminino em Portugal. No fundo, é o espelho das mulheres no mundo. É um orgulho enorme sermos os primeiros a mostrar estas histórias com tal profundidade”, afirma Joana Pina Pereira, CDO da Generali Tranquilidade.

A série “As Chuteiras são Delas” foi produzida pela The Empower Brands House, com o envolvimento das jogadoras, que contaram a sua história, com o apoio dos clubes e da Federação Portuguesa de Futebol.

Pode assistir à apresentação do documentário aqui:

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“Companhias têm de fazer seguros de saúde que as pessoas possam pagar”

Rodrigo Esteves, responsável pela rede de mediação de seguros da corretora MDS, reuniu parceiros para transmitir objetivos para este ano. Seguros de Saúde continuam estrelas, mas requerem inovação.

“Queremos promover um alinhamento com a mediação e também ouvir e procurar ajustar a nossa proposta de valor àquilo que são as necessidades transmitidas”, descreveu Rodrigo Esteves, diretor da MDS Partners, a área da corretora para o canal de mediação que conta com cerca de 500 corretores e agentes, o que foi dito no encontro que reuniu muita desta rede esta quarta-feira no Porto.

Rodrigo Esteves: “Se é muito caro ter um seguro com foco nas consultas, se calhar tem que se dar uma proteção base de hospitalização, porque as pessoas podem mesmo não conseguir pagar um internamento”.

Foi neste encontro que Rodrigo Esteves transmitiu as prioridades e explicou os recursos cedidos à rede mediadora pela MDS para atingir objetivos ambiciosos, referiu a ECOseguros sem especificar volumes. Contou com cerca de 120 pessoas em sala “a grande maioria são nossos parceiros”, disse.

Esta rede de Partners significa cerca de 15% do negócio da MDS em Portugal e, crescendo o negócio em 23%, foi o canal que mais subiu na MDS Portugal em 2024. A distribuição no grupo corretor conta com cerca de 40% nos riscos corporativos, 20% nos escritórios regionais – incluindo mediadoras adquiridas –, também 20% na área de retalho em que se destaca a Worten e concessionários automóvel. Tem ainda a área de riscos especializados e a Moneris Seguros como parte do segmento wholesale (grossista), em que a Partners apresenta hoje uma carteira de 50 milhões de euros por ano, com 65 mil apólices ativas.

Seguros de Vida e Saúde no topo dos objetivos

“Queremos que toda a rede tenha capacidade e acesso aos produtos não obrigatórios que são importantes para equipar os clientes, são importantes para proteger as vidas dos clientes” realçou Rodrigo Esteves “estamos a falar de seguros de vida, de seguros de saúde, e é aí que queremos equipar e pôr toda a nossa rede a trabalhar”, disse.

Na área de produtos de vida Rodrigo Esteves aposta no Vida Risco, associados a crédito, mas não só, “do ponto de vista das empresas, há soluções que passam muitas vezes por seguros de vida, produto hoje é visto como um benefício importante para as empresas, criando soluções para proteger as pessoas, fora daquilo que é o mais tradicional”.

Saúde foi produto estrela nos últimos três anos, mas a MDS vaticina que ainda tem muito grande potencial: “Há muita gente que não está protegida por seguros de saúde adequados, notamos isso nas empresas e em muitos clientes particulares”, garante Esteves.

No entanto, o aumento de preços pode estar a levar a um menor crescimento. “Tem havido aumentos de prémios significativos, não só mas também pela inflação dos custos dos prestadores de saúde”, diz o diretor da MDS, “pode ser a causa desse abrandamento, a capacidade de pagar dos consumidores não é elástica”.

A solução é proativa do lado de Rodrigo Esteves: “Cabe-nos a nós desafiar as seguradoras a encontrar soluções que as pessoas possam pagar, eu acho que ainda há muito espaço para crescer, para equipar muita gente que não tem ainda o seguro de saúde. Há muitas empresas ainda que se calhar, porque não podem pagar”.

Para Rodrigo Esteves têm de se encontrar soluções diferentes, “pode ter a ver com os capitais cobertos, tem que se encontrar soluções mais adequadas, se é muito caro ter um seguro com foco nas consultas, se calhar tem que se dar uma proteção base de hospitalização, porque as pessoas podem mesmo não conseguir pagar um internamento perante uma doença imprevista ou um mal súbito”.

Digitalização e mediadores mais disponíveis para clientes

O diretor da MDS Partners enfatiza que põe foco em ajudar os agentes a terem mais tempo para os clientes. “Imagine-se um agente de seguros a quem é pedido um seguro de saúde para uma família. Se o agente for consultar quatro ou cinco seguradores de saúde, fazer simulações, preparar o dossier, vai dedicar 80 ou 90% do seu tempo à pesquisa e a preparar as coisas todas, e depois 10% do tempo na venda, dedicado ao cliente”.

Para conseguir o contrário Rodrigo Esteves diz “queremos ter essas soluções, melhorar processos de simulação, permitir ter mais tempo para dedicar ao cliente dizer quais são os caminhos, quais são as opções, dedicar mais tempo à venda e menos à preparação da venda”.

A resposta para o gestor está na digitalização, na criação de soluções com tecnologia, eventualmente com a inteligência artificial e com “tudo o que permita que a nossa gente não esteja 80% do tempo a fazer o trabalho de bastidores”. Este trabalho é feito pela MDS para todos os nossos canais – garante Rodrigo Esteves – e é disponibilizado aos nossos agentes. Portanto, quem quiser trabalhar connosco, tem acesso a essas ferramentas”.

Para trabalhar com a MDS Partners o que é preciso? “Temos agentes que vêm falar connosco e começam connosco um projeto do zero e temos agentes com carteiras de 6 milhões de euros trabalhando em exclusivo connosco. Contamos com agentes com carteiras 3 ou 4 milhões, como temos agentes com carteiras de 50 mil euros, a adaptação à e da MDS depende apenas do tipo de necessidade das pessoas”, conclui.

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Grupo do Catar investe 75 milhões para abrir escola internacional em Alcântara

Empresa Artemis Education, com sede em Doha, divulgou mais detalhes sobre a The Lisboan International School, que abre no próximo mês de setembro na antiga fábrica de massas d’A Napolitana.

O grupo Artemis Education, com sede no Catar, fez um investimento de 75 milhões de euros em Portugal para abrir uma nova escola internacional na capital. A Lisboan International School, que deverá ser inaugurada em setembro de 2025, vai localizar-se no centro de Alcântara.

Na antiga fábrica de massas d’A Napolitana, construída em 1908 e em processo de reabilitação total, a escola pretende aliar o património histórico à inovação arquitetónica através de um trabalho do arquiteto Frederico Valsassina.

O projeto de educação é conhecido desde 2021, mas esta quinta-feira foram apresentados mais detalhes, como um aumento de 25 milhões de euros em relação ao investimento inicialmente previsto, o contrato com a construtora San Jose Construction e a consultoria a cargo da Engexpor.

Com uma área total de 11.500 m², o campus está desenhado para acolher até 1.200 alunos, mas arranca com uma capacidade prevista para 150 a 300 estudantes nas salas de aula, laboratórios de ciência e tecnologia, bibliotecas, salas de arte e design e estúdios de dança e música. Haverá também um teatro com 170 lugares, espaços desportivos e ginásio, refeitório, zonas de lazer e salas de aula colaborativas.

O objetivo dos promotores é responder às exigências do ensino do século XXI. “A Lisboan aposta numa abordagem educativa centrada no rigor académico, na sustentabilidade e na cidadania global, combinando o currículo internacional britânico nos primeiros anos com a progressiva implementação do Bacharelato Internacional (IB), até ao Diploma Programme completo em 2027”, informa a Artemis Education.

A escola tem um programa designado Lisboan Experience com atividades extracurriculares, como robótica, fotografia, debate, formação de mandarim, voluntariado, serviço comunitário e desportos. Ademais, sob o mote “A Cidade é a Nossa Sala de Aula”, incita os alunos a explorar Lisboa através de estudos ambientais no Tejo, colaborações com artistas locais ou visitas a arquivos, startups e mercados locais.

A Lisboan International School, cujas inscrições estão abertas, recebe alunos dos três aos 14 anos no arranque e, progressivamente, alarga até aos 18 anos. O diretor será Guðmundur Hegner Jónsson, que liderou instituições como o Dulwich College (Seul – Coreia do Sul) e a UWC Red Cross Nordic, na Noruega.

Esta foi a escolha do grupo Artemis Education, que tem presença na Europa e no Médio Oriente através da Northview International School, ACS Doha International School e Queen’s International School.

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Tomada de posse. Novo bastonário quer fazer auditoria às contas da Ordem dos Advogados

João Massano tomou posse esta quinta-feira, na sede do Largo de São Domingos, em Lisboa. O advogado foi, até aqui, presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados.

Um bastonário “da responsabilidade, da transparência e do rigor”, que quer “uma gestão de contas certas” e, para isso, quer saber o ponto de que parte. João Massano, o novo bastonário da Ordem dos Advogados – eleito em março com 54% dos votos – vai começar o seu mandato de três anos com uma auditoria às contas da OA.

Ordem dos Advogados. FOTOS: HENRIQUE CASINHASHenrique Casinhas/ECO

No discurso da tomada de posse, que decorreu esta quinta-feira na sede da OA no Largo de São Domingos, em Lisboa, o advogado – que até aqui era o presidente do Conselho Regional de Lisboa da OA – assume que quer, “dentro das possibilidades orçamentais, trabalhar no sentido da solidariedade financeira para com os conselhos regionais, apoiando a sua atuação o melhor possível”, dando prioridade aos “recursos e serviços necessários para trazer a ordem para o século XXI, em prol dos advogados e da advocacia”.

No discurso assumiu ainda que irá exercer o cargo sem exclusividade (e sem remuneração), recorrendo “apenas aos benefícios essenciais para o levar a cabo. A advocacia não se limita ao passado que herdámos – é o futuro que juntos construiremos”. Com o objetivo de “pôr em prática a mudança que a Ordem dos Advogados precisa: falo de encontrarmos uma base comum de trabalho sobre os principais desafios e de, depois, ‘puxarmos todos para o mesmo lado’. Falo de cada um, nas suas competências, usar a sua voz para defender a ordem, os advogados e a justiça”.

João Massano quer implementar uma “liderança aberta”, ser um “bastonário itinerante, que não quer perder a visão descentralizada da profissão. Nunca mais haverá um advogado que diga que só viu o seu bastonário na televisão, no jornal ou nas redes sociais. Serei um bastonário de estrada e não de salões: estarei onde os advogados precisarem de mim”. Diz ainda que será um “um bastonário de porta aberta: nas empresas como nas instituições, nada se faz sem ‘a máquina’. A partir de hoje eu ‘estou bastonário’, mas os colaboradores da ordem são quem faz tudo funcionar.” Citando o Papa Francisco, “preciso de ‘todos, todos, todos’ para implementar a visão que tenho da nossa ordem”.

Com a ministra da Justiça, Rita Júdice, e a secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo na plateia, assume que quer contribuir para ser “parte da solução para a melhoria da justiça – ou talvez seja melhor dizer das ‘justiças’. É que afinal dizer que se vai fazer uma grande reforma da justiça tem redundado em nada reformar. Talvez o segredo seja iniciar reformas setoriais”.

Ministra da Justiça, Rita JúdiceHenrique Casinhas/ECO

Por isso, quer criar, com o Governo e o Parlamento, “um canal que permita uma auscultação regular, numa lógica construtiva e participativa, sobre as mudanças a realizar. Quero chegar ao final deste mandato com a ordem como um participante ativo junto das instituições, uma voz que ninguém quererá deixar de ouvir no que aos temas da justiça diz respeito. A OA será a voz que ninguém poderá ignorar na construção da justiça”. Porque, acrescenta, a OA tem de ter “uma liderança e uma equipa que dialoga e negoceia, que contribui para um melhor sistema de justiça, em cooperação com os outros agentes, numa lógica de diálogo construtivo com as instituições”.

Quais as prioridades do novo bastonário?

Lei das associações públicas profissionais e atos próprios dos advogados

  • Reverter e adequar à realidade da profissão as alterações ao estatuto, sensibilizando o Governo e os grupos parlamentares para essa necessidade. “Estou a falar especificamente da lei das associações públicas profissionais e dos estragos que fez com a alteração do estatuto da ordem dos advogados e da lei dos atos próprios cujo alcance nem é sequer ainda conhecido. Quero chegar ao final deste mandato com a concretização, pelo menos, dos ajustamentos mais relevantes, como o respeito pelos atos próprios dos advogados”;

Caixa de Previdência dos Advogados

  • Ir além do debate entre a manutenção da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores e a hipotética migração para o regime geral da Segurança Social.
  • Devemos “trabalhar para encontrar e por a funcionar uma terceira via, que pode passar por um sistema híbrido inovador, concebido para transcender as limitações inerentes tanto à Cpas como à Segurança Social”;
  • “Não estou a falar de soluções utópicas ou impossíveis de implementar até porque a ordem não tem poderes para obrigar o estado a criar um regime de proteção social ‘a la carte’ para os advogados”;
  • “Mas estou a falar de uma alternativa viável, que ofereça uma proteção mais robusta e adaptada às necessidades atuais e específicas da classe. Quero chegar ao final deste mandato com um sistema que promova a proteção na velhice, na perda de rendimentos, na maternidade e na doença para que não volte a haver colegas na situação que se viveu, por exemplo, durante a pandemia”.
João Massano.Henrique Casinhas/ECO

Lei do acesso ao direito e advogados oficiosos

  • O novo bastonário pretende ainda, no final deste mandato, ter um Sistema de Acesso ao Direito “muito mais rápido, simples e inclusivo. Um sistema que não só funcione, mas que reconheça e remunere dignamente o esforço dos advogados em defesa dos mais carenciados”;
  • “Queremos contribuir para a melhoria das condições dos colegas inscritos no sistema de apoio ao direito e aos tribunais, bem como cooperar na revitalização do sistema de acesso ao direito e aos tribunais, que não é apenas um sistema de apoio jurídico; é um pilar fundamental da democracia portuguesa;
  • Atualizar regularmente a tabela de honorários, garantir condições adequadas de trabalho nos tribunais e instituições; garantir que o pagamento de honorários é mais regular e previsível e resolver um problema de décadas que é o facto de os advogados serem os únicos profissionais que literalmente ‘pagam para trabalhar’;
  • Melhorar e flexibilizar as escalas, implementando um sistema de registo automático da presença do advogado nas plataformas;
  • Estabelecer um fluxo automático de informações para agilizar os pagamentos; uniformizar o novo procedimento nos tribunais, em cooperação com o ministério de justiça, entre os competentes operadores judiciais a nível nacional;
  • E “colocar o cidadão no centro do SADT, melhorando o acesso dos mais carenciados, para isso é preciso ampliar o acesso ao apoio judiciário, não o limitando apenas aos quase indigentes”;

Inteligência artificial

  • “Queremos colocar o advogado no centro da atuação da Ordem, com a digitalização dos serviços, trabalhando em prol de soluções de inteligência artificial para a advocacia. para isso, temos um projeto a que chamamos “Programa Advogado 360⁰”: trata-se de uma rede integrada para a advocacia, um projeto que reúne um conjunto de ferramentas essenciais para o exercício da advocacia, que visa principalmente aqueles que trabalham em prática individual, em pequenos escritórios ou de empresa – numa lógica de criação de uma situação de igualdade de oportunidades para o exercício da profissão”;
  • No caso da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), “quero concretizar uma proposta já apresentada, enquanto presidente do conselho regional de Lisboa, ao anterior presidente da AIMA para a criação de uma plataforma digital de gestão do fluxo de trabalho com os advogados, dignificando quer o seu trabalho, quer os migrantes que servem”.

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IL quer legislação laboral com “mais flexibilidade”

  • Lusa
  • 8 Maio 2025

"O que me parece evidente é que nós temos de ter uma solução mais flexível de colaboração entre as empresas e os seus colaboradores", disse Rui Rocha.

O líder da IL considerou esta quinta-feira que a legislação laboral deve ter “uma solução mais flexível” na relação entre “empresas e colaboradores” e disse querer fazer um balanço das alterações feitas à lei desde 2019.

Em declarações aos jornalistas após ter visitado uma empresa agroalimentar especializada em produtos laticínios, em Vila do Conde, distrito do Porto, Rui Rocha foi questionado sobre quais são as alterações à legislação laboral que considera necessárias, depois de ter admitido hoje de manhã rever a lei.

“O que me parece evidente é que nós temos de ter uma solução mais flexível de colaboração entre as empresas e os seus colaboradores, porque o resultado final dessa colaboração será seguramente mais riqueza para o país”, respondeu. Além desta questão, Rui Rocha referiu também que, desde 2019, “entraram em vigor dois pacotes legislativos praticamente sucessivos, que trouxeram medidas mais adequadas, medidas menos adequadas”.

“Portanto, a primeira ideia da IL sobre esta matéria é fazer um balanço sobre o que entrou em vigor nestes dois pacotes legislativos, desde 2019. Ver o que funcionou e o que não funcionou, ver quais são os caminhos”, disse, considerando que este é o “momento de fazer essa avaliação”.

Interrogado sobre as declarações do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que acusou o presidente do PSD, Luís Montenegro, de “ataque à democracia” pelas considerações que fez sobre a greve na CP, Rui Rocha reiterou que o “direito à greve é inquestionável”.

“É um adquirido civilizacional das nossas sociedades e deve ser respeitado”, disse, mas ressalvou que é preciso olhar para a questão dos transportes ferroviários e perguntar se as pessoas que pagam pelo serviço “não merecem também consideração”.

“Eu não vou entrar numa discussão específica sobre a lei da greve. Estamos disponíveis para discutir a legislação laboral no seu conjunto, como acabei de dizer, mas há medidas concretas que nos parecem, pelo menos essas, da mais elementar justiça”, defendeu.

IL diz ser o único partido com “coragem política” para falar em reforma da Segurança Social

O líder da IL considerou ainda que o seu partido é o único com “coragem política” para falar em reforma da Segurança Social, acusando os restantes partidos de não se preocuparem com o valor das reformas futuras. Rui Rocha foi questionado sobre as críticas do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, que acusou a direita de estar a preparar um assalto à Segurança Social.

Na resposta, o líder da IL considerou que o que se vê hoje é que “a Segurança Social não garante àqueles que estão em idade ativa, no mercado de trabalho, reformas condignas quando chegarem ao tempo de eles próprios descansarem e terem as suas reformas”.

“Portanto, o que nós queremos fazer é criar condições para que aqueles que estão hoje a trabalhar, quando chegar a sua vez de ir para a reforma, tenham condições minimamente adequadas”, frisou. Rui Rocha disse não lhe parecer aceitável que, “para quem tem hoje 30, 40, 50 anos de idade”, as reformas venham a ser “pouco superiores a 40% do seu último salário”, advertindo que se trata de um “problema muito sério e que todos sabem que existe”.

“Mas só a IL o traz à luz do dia e traz com vontade de criar condições para que estas pessoas cheguem a uma idade de reforma com condições diferentes daquelas que estão hoje previstas”, referiu.

Qualificando as pessoas entre os 35 e os 67 anos de idade de “geração de entalados”, por “carregarem o país às costas”, mas terem “muito pouco em troca” em termos de serviços públicos ou de salários, Rui Rocha disse não se conformar que essas pessoas, quando chegarem à idade da reforma, “tenham uma descida muito grande do seu rendimento”.

“É isso que a IL quer propor, por via de uma reforma da Segurança Social que nos parece importante, e por via da criação de instrumentos de poupança com vantagens fiscais face àquilo que existe hoje em dia”, referiu. Interrogado se essa reforma não requer um pacto de regime, Rui Rocha disse que é preciso é “vontade política” e disse contar, para esta reforma, “com todos os que entenderem que o problema existe”.

“Até ver, só vi a IL a falar dele, a levantá-lo e a propor questões. Todos os outros, sabendo que ele existe, porque todos devem saber, abordam este tema como se ele não fosse uma realidade”, criticou.

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Ageas Seguros estreia loja nos Açores

  • ECO Seguros
  • 8 Maio 2025

A estreia da marca do Grupo da Ageas Portugal nos Açores alinha-se com a sua estratégia de expansão da sua rede no território nacional através da abertura de novas lojas.

A Ageas Seguros inaugurou a sua primeira loja no Arquipélago dos Açores nesta quinta-feira avança a companhia em comunicado. O novo espaço está em Lagoa, na ilha de São Miguel e resulta de uma parceria com um agente multimarca que utilizará a imagem Ageas Seguros em exclusivo.

João Miguel Santos (Diretor Comercial Rede Agentes Sul e Ilhas Ageas Seguros); Daniela Pacheco (Gestora Comercial Açores); Albano Viveiros (GS); Carlos Rego (GS) e Alexandra Catalão (Diretora Comercial Rede Nacional de Agentes Ageas Seguros)

A estreia da marca do Grupo da Ageas Portugal nos Açores alinha-se com a sua estratégia de expansão da sua rede no território nacional através da abertura de novas lojas.

“Estamos bastante satisfeitos com a abertura da primeira loja Ageas Seguros nos Açores. Este investimento reflete o nosso compromisso em expandir a nossa rede e em abrir novas lojas, estando ao lado dos clientes quando mais precisam e onde quer que estejam”, refere Gustavo Barreto, da comissão executiva do Grupo Ageas Portugal.

O parceiro neste novo negócio é o agente multimarca “GS” que representa uma equipa composta por dois agentes de seguros e sócio-gerentes, Carlos Rego e Albano Viveiros – e ainda seis colaboradores todos certificados junto da ASF.

Deste modo, junta-se “o expertise da marca ao conhecimento local do agente. A loja oferece um ambiente acessível e cómodo, totalmente adaptado às necessidades dos clientes e da região”, refere a marca.

“Estamos entusiasmados por oferecer aos açorianos – mais propriamente aos moradores de Lagoa – uma nova experiência com a abertura da primeira loja Ageas Seguros na região. Este espaço foi pensado para ser eficiente e acessível a todos, e proporcionará um atendimento mais personalizado, sem esquecer as necessidades locais”, afirma Carlos Rego, sócio-gerente.

A nova loja da Ageas Seguros está localizada na Atalhada, Lagoa, inserida na Galeria Comercial INSCO Lagoa, na loja Continente Modelo.

A Ageas Seguros é a marca do Grupo Ageas Portugal especializada em seguros de vida, saúde, automóvel, casa e acidentes pessoais com uma rede de mediadores e conta com mais de 200 lojas em todo o país.

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Mapfre usa IA em campanha para promover “Seguro Vida em Vida”

  • ECO Seguros
  • 8 Maio 2025

Com a frase “Não deixem nada por fazer – e não se arrependam do que já fizeram”, a protagonista sintetiza a mensagem central da campanha, que convida o público a viver de forma plena e consciente.

A Mapfre lançou uma nova campanha para promover o seu produto Seguro Vida em Vida, intitulada “Nada Por Viver”. Trata-se um filme desenvolvido com recurso a Inteligência Artificial (IA) que convida as pessoas a “perseguirem os seus sonhos e a abraçarem a imprevisibilidade da vida”.

Teresa é a protagonista da campanha. Lisboeta de 80 anos que passa o dia com outras avós no atelier “A Avó Veio Trabalhar” .Mesmo não tendo concretizado o seu sonho de infância de ser atriz, diz que “não voltava atrás”: “Cheguei aos 80 anos com as coisas que eu tenho, as coisas que eu gosto. Eu tive a minha filha que era o que eu mais desejava. Eu sou uma apaixonada pela vida”, afirma a protagonista da campanha.

A protagonista é Teresa, uma lisboeta de 80 anos que desde criança sonhava ser atriz. Com recurso à IA, foram criadas imagens animadas a partir de fotografias de Teresa quando era jovem, mostrando como poderia ter sido a sua vida se tivesse seguido a carreira artística.

Com a frase “Não deixem nada por fazer – e não se arrependam do que já fizeram”, Teresa sintetiza a mensagem central da campanha, que convida o público a viver de forma plena e consciente.

O filme serve como metáfora para o posicionamento do Seguro Vida em Vida. Este produto da Mapfre oferece benefícios em vida, como consultas de nutrição e apoio à saúde mental, promovendo o bem-estar ao longo da jornada, combatendo a ideia de que este tipo de seguros só traz benefícios póstumos.

O objetivo da Mapfre com esta abordagem à IA foi “mostrar as infinitas possibilidades que nascem quando combinamos a imaginação humana com a mais avançada tecnologia: um filme que aborda um tema tão humano e universal quanto os nossos sonhos pessoais, a partir de um ângulo inovador, que seria impossível de trazer à luz de outra forma”, comenta João Gama, Diretor de Marketing e Clientes da Mapfre.

A campanha foi desenvolvida em colaboração com o Teatro Tivoli BBVA, o estúdio criativo Falamusa – os criadores da primeira influenciadora feita em IA “portuguesa”, Olivia C e a iniciativa social “A Avó Veio Trabalhar”

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EDPR com impacto quase “imaterial” das tarifas de Trump e considera Ocean Winds “estratégica”

A maioria do equipamento que a EDP precisa para os projetos nos Estados Unidos já se encontra neste território ou está isento de tarifas. 

O CEO da EDP Renováveis (EDPR), Miguel Stilwell, afirma que as tarifas lançadas pela administração norte-americana sobre as importações deverão ter um impacto “relativamente imaterial” nas receitas da empresa, que tem os Estados Unidos como um dos principais mercados.

Numa chamada com os analistas, no rescaldo da apresentação dos resultados da cotada, o líder da EDP explicou que, tendo em conta problemas ao nível da cadeia de abastecimento que se verificaram anteriormente, a empresa priorizou equipamentos fabricados nos Estados Unidos, num esforço de aumentar a resiliência. De momento, a maioria do equipamento que a EDP precisa para os projetos nos Estados Unidos já se encontra neste território ou está isento de tarifas.

Isto ajuda-nos realmente a mitigar os riscos associados às tarifas sobre as importações“, salientou, para depois acrescentar: “Estimamos que as tarifas tenham um impacto relativamente imaterial nas nossas receitas e capacidade instalada“, tendo em conta uma análise “detalhada” feita pela EDPR.

Neste sentido, considera que “foi muito importante” a restruturação que a empresa operou na cadeia de abastecimento há cerca de dois anos.

Em relação ao pacote de financiamento para projetos verdes que foi lançado por Joe Biden (o IRA – Inflation Reduction Act) e colocado em suspenso por Donald Trump, o líder da EDP e EDPR indica que a empresa se protegeu com a assinatura de acordos e que, agora, na negociação de Contratos de Aquisição de Energia (PPA, na sigla em inglês), a EDPR está a incluir cláusulas que a protegem tanto de mudanças em relação ao IRA como de potenciais impactos das tarifas.

Além disso, Stilwell reafirma que está a notar “uma procura crescente” por eletricidade nos Estados Unidos, o que requer uma aceleração no desenvolvimento de energias renováveis, já que “são a única tecnologia capaz de dar resposta” a esta exigência atempadamente.

A EDP Renováveis aponta a Europa e os EUA como os seus dois principais mercados, já que no conjunto representam 85% da capacidade instalada, sendo que os Estados Unidos são mesmo a maior fatia: 51%.

Na apresentação dos resultados relativos a 2024, a EDP Renováveis desceu a prejuízos – 556 milhões – prejudicada tanto por um projeto falhado na Colômbia como por uma imparidade de 133 milhões de euros registada ao nível da Ocean Winds, “devido à incerteza atual em torno dos projetos offshore nos EUA após as ordens executivas presidenciais emitidas em 20 de janeiro”, lia-se no comunicado de então.

Na sequência, foi noticiado que a EDPR estaria a considerar vender a sua participação nesta empresa, que detém em partes iguais com a Engie. No entanto, nesta chamada com os analistas, Stilwell veio assegurar: “Consideramos a nossa participação na Ocean Winds estratégica“, com a ressalva de que a empresa tem de ser “muito disciplinada” nos investimentos nesta tecnologia, e “tem sido”.

Rotação de ativos assegurada. EBITDA nos 1,9 mil milhões

De acordo com a apresentação feita pela administração, a EDP Renováveis espera ter novas transações, no âmbito da rotação de ativos, assinadas antes do verão, que representam receitas no valor de mil milhões de euros. Na segunda metade do ano, o objetivo é chegar a receitas de 2 mil milhões de euros, o que se traduzirá em ganhos de 100 milhões de euros.

(Notícia em atualização)

 

 

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Serviços mínimos na greve da CP podiam “colocar em perigo vida” dos passageiros, insiste tribunal arbitral

Face a "controvérsias", membros do tribunal arbitral reiteram que decisão de não decretar serviços mínimos nas greves da CP teve por base razões de segurança.

O tribunal arbitral insistiu esta quinta-feira que a definição de serviços mínimos nas greves em curso na Comboios de Portugal (CP) “corria o sério risco de colocar em perigo a vida e a integridade dos passageiros“, daí que não o tenha feito. Isto tendo em conta que a CP assumiu que um número reduzido de comboios “conduziria ao risco de acumulação descontrolada de pessoas nas estações e nos comboios“, é explicado.

“A empresa CP [informou] que com a definição de 15% nas linhas urbanas de Lisboa e Porto não podia garantir a segurança física dos passageiros, tanto nas estações como dentro das composições. Perante essa resposta, o tribunal arbitral considerou que essa definição seria desaconselhável, porque se corria o sério risco de colocar em perigo a vida e a integridade dos passageiros, que a empresa disse não assegurar”, salientam os membros do tribunal arbitral que tomaram a decisão em causa, numa nota enviada esta tarde às redações pelo Conselho Económico e Social (CES).

Foi a 15 de abril que vários sindicatos que representam os trabalhadores da CP anunciaram a convocação de greves para maio, contra a imposição de aumentos salariais “que não repõem o poder de compra“.

“Não se trata de uma greve única a decorrer nos dias entre 7 e 14 de maio, mas de várias greves, convocadas por vários sindicatos“, realça o tribunal arbitral, sublinhando que foi a coincidência dessas greves que levou a uma “paralisação geral da circulação dos comboios” em três desses dias (7, 8 e 9 de maio).

Por lei, as partes devem negociar a definição de serviços mínimos, mas, neste caso, não houve acordo. Por isso, o tribunal arbitral “solicitou à CP – porque essa definição tem de ser casuística, comboio a comboio – a indicação das composições a circular que correspondessem a 15% da totalidade da circulação dos comboios que a CP tem normalmente na sua atividade geral em todo o país, pedindo que a concretização de tal percentagem se fizesse nas linhas urbanas de Lisboa e Porto, nos períodos de maior afluência, início da manhã e fim da tarde daqueles três dias“.

A CP acedeu a esse pedido, mas respondeu, depois, dizendo que, com esses serviços mínimos, não podia garantir a segurança física dos passageiros. Alertou, aliás, que um número reduzido de comboios “conduziria ao risco de acumulação descontrolada de pessoas” tanto nas estações, como nos próprios comboios.

“Assim sendo, o tribunal arbitral entendeu que decretar serviços mínimos nessas condições podia colocar em causa a segurança, a integridade física ou até a vida dos cidadãos, pelo que, em nome da centralidade desses bens jurídicos, não o fez, fundando a sua decisão num juízo de prognose, com vista a evitar um mal maior cuja provável consumação era seu dever prevenir”, explicam os membros do tribunal arbitral responsáveis.

“O tribunal arbitral em caso algum poderia aceitar que a definição de tais serviços pudesse dar azo a acidentes ou a situações de perigo para as populações”, sublinham os mesmos, que lembram que, noutras paralisações, também não foram definidos serviços mínimos (como na greve de 28 de abril).

A greve da CP entrou, entretanto, nos temas quentes da campanha eleitoral. Esta quinta-feira, Luís Montenegro admitiu mudanças à lei da greve, explicando que os efeitos das paralisações “não podem ser de tal maneira desproporcionais que todos os outros cidadãos tenham uma compressão dos seus direitos“.

Em reação, Pedro Nuno Santos falou numa “ameaça inaceitável” por parte do candidato da AD e avisou: “Não passarão”. Já o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, mostrou-se igualmente “disponível” para avaliar alterações legislativas, sem pôr em causa o direito à greve.

(Notícia atualizada às 18h49)

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Nos avança com redução de pessoal

Operadora não comenta, mas esta semana os trabalhadores começaram a ser contactados no âmbito de uma reorganização da companhia.

A Nos começou esta semana um processo de redução de pessoal, no âmbito de uma reorganização da operadora. A empresa não comenta a informação nem qual a dimensão do corte de pessoal previsto. No final do ano, a NOS tinha 1.827 trabalhadores.

O corte de pessoal, ao que foi possível apurar, deverá passar por diversas áreas da companhia, atingindo lideranças. A empresa não comenta a informação, nem em que moldes esse corte de pessoal deverá ser efetuado, mas ao que foi possível apurar, desde terça-feira que vários trabalhadores estão ser contactados para a sua saída.

Esta redução de pessoal surge no âmbito de uma reorganização da empresa, noticiou a Bloomberg em abril, visando a redução de níveis hierárquicos dentro da companhia, o que poderia levar ao corte de pessoal, que no final do ano passado, tinha 1.827 trabalhadores, com uma média de idade de 42,9 anos, segundo o relatório e contas.

Um cenário que se concretizou esta semana, a mesma em que a empresa apresentou os resultados trimestrais: os lucros caíram 13%, para 59 milhões de euros, penalizados “por efeitos não recorrentes”. Pese embora as receitas consolidadas da Nos subirem 4,5%, em termos homólogos, para 421,4 milhões de euros, com as receitas de telecomunicações, o principal negócio da empresa, a aumentar 4,6%, para 406,7 milhões de euros.

No ano passado, a empresa registou os “os melhores resultados de sempre”, com lucros de 273,1 milhões de euros, um crescimento superior a 50%.

A companhia não adianta os contornos da reorganização que está em curso, mas a Nos tem vindo a reforçar o seu portefólio de ativos com a compra da Claranet no início do ano e de uma participação de 20% na DareData, empresa especializada no desenvolvimento de projetos IA.

A reorganização será liderada pela comissão executiva que, em abril, viu reconduzido até 2027 o CEO Miguel Almeida e Luís Nascimento, até aqui administrador com a pasta de conteúdos, assumir a pasta financeira, substituindo José Koch Ferreira, que foi CFO da NOS por pouco mais de um ano, após a saída de José Pedro Pereira da Costa, ao fim de uma década na empresa.

Daniel Lopes Beato, Filipa Carvalho, Jorge Graça e Manuel Ramalho Eanes fecham a comissão executiva, não tendo havido uma nova entrada.

(Última atualização às 18h52)

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Encerramento de fábrica da Corticeira Amorim apanhou Silves de surpresa

Só na quarta-feira a Amorim Cork Solutions avisou trabalhadores, câmara e CCDR da decisão de fechar a fábrica a 9 de junho. "Para já, ninguém vai sair das suas casas", diz empresa ao ECO/Local Online.

A Corticeira Amorim apanhou de surpresa o Executivo da câmara de Silves e também o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Algarve ao anunciar, numa reunião com estas entidades nesta quarta-feira, o encerramento da fábrica da Amorim Cork Solutions naquele concelho algarvio. José Apolinário, presidente da CCDR-Algarve, e Maxime Sousa Bispo, vereador que tem representado a autarquia nas conversações que decorrem há anos com a corticeira para redução da pegada ambiental, assinalam ao ECO/Local Online essa surpresa.

“Fomos ontem apanhados de surpresa com esta decisão, que era inesperada”. A reação do vereador da autarquia de Silves coincide com a do líder da CCDR no que concerne ao termo “tristeza”, utilizado para definir o estado de espírito na região e no concelho onde a fábrica do grupo de Mozelos estava implantada desde finais dos anos 1960, altura em que nasceu a Corticeira Amorim Algarve Lda.

“Estamos tristes. Para lá da tristeza, desolação, até porque Silves tem a tradição da cortiça, é um concelho onde existiam muitas fábricas relacionadas com a indústria corticeira”, refere Maxime Sousa Bispo.

Os trabalhadores foram informados por volta das 7 horas da manhã e a câmara, que esperava reunir-se com o porta-voz da Amorim Cork Solutions na própria quarta-feira, naquela que seria a 16.ª reunião de monitorização, recebeu a indicação do encerramento cerca das 10 horas da manhã.

Aos 31 trabalhadores é dada a oportunidade de passarem a laborar na fábrica de Vendas Novas, a mais de 200 quilómetros, onde se concentrará a produção de produtos de isolamento em cortiça, mas, para já, a empresa não sabe quantos aceitarão a mudança: “não temos expetativas, uma vez que ainda não foram iniciadas as conversas individuais com os trabalhadores”.

“Reconhecendo, no entanto, que esta solução poderá não ser viável para todos, a empresa está disponível para negociar condições justas de indemnização com os trabalhadores que optem por não acompanhar esta transição”, indica fonte da corticeira.

José Apolinário, presidente da CCDR-Algarve nota que a região “precisa de diversificação económica” e que a cortiça é tradicionalmente uma área de atividade da região, mas diz entender a decisão. “Compreendo que é a economia de mercado, mas vejo com tristeza”.

“É o mercado a falar mais alto”, diz executivo da CDU

Há anos envolvida em reuniões, conducentes a medidas de redução da poluição e do ruído da fábrica, envolvendo a câmara e a CCDR Algarve, bem como representantes dos moradores da localidade de Vale de Lama e o grupo hoteleiro Pestana, a Corticeira Amorim surpreendeu ao anunciar o encerramento de uma fábrica onde, segundo apurou o ECO/Local Online, tem feito investimentos avultados para cumprir critérios ambientais.

“A centralização da operação em Vendas Novas beneficiará da maior proximidade da produção às matérias-primas utilizadas e da concentração dos investimentos necessários à obtenção de maior produtividade e competitividade no relançamento do negócio de cortiça expandida”, diz fonte da Corticeira Amorim ao ECO/Local Online, confirmando que apenas na quarta-feira foi comunicada a decisão de encerrar a unidade de produção de cortiça expandida.

Maxime Sousa Bispo expõe os argumentos dados pela empresa à autarquia, entre os quais a indicação da distância face à origem da matéria-prima – mais próxima de Vendas Novas do que de Silves – e também o declínio da procura de aglomerados de cortiça, relacionado com o menor custo de alternativas como lã de rocha e esferovite. Também o aumento da arroba de cortiça nos últimos anos tem provocado custos acrescidos e até prejuízos da fábrica, diz. “É o mercado a falar mais alto”, reconhece o vereador do executivo CDU.

“A decisão de encerramento baseia-se exclusivamente em critérios de busca de maior eficiência operacional”, aponta o autarca, recusando associar esta decisão da Corticeira Amorim às exigências de investimentos em melhorias do desempenho ambiental da fábrica que vêm sendo feitas há anos. “O fecho da fábrica de Silves, ao contrário do que vem sendo dito por algumas pessoas, nada tem a ver com o município de Silves ou com os vizinhos. Se tivessem encomendas, não fechavam a fábrica. O que nos foi comunicado é que é um problema de mercado”, reforça o vereador. Nunca existiu uma ação contra a empresa e “sempre houve preocupação de que fábrica se mantivesse em funcionamento. As pessoas sempre foram sensatas, pacientes, razoáveis, cientes de que os problemas na fábrica não eram de resolução rápida”. O autarca elogia ainda a postura do grupo industrial e dos vizinhos da fábrica.

No âmbito da reorganização interna da Amorim Cork Solutions e da transferência da unidade de produção de cortiça expandida de Silves para Vendas Novas, será proposta a possibilidade de transferência dos 31 colaboradores atualmente em Silves para Vendas Novas. Reconhecendo, no entanto, que esta solução poderá não ser viável para todos, a empresa está disponível para negociar condições justas de indemnização com os trabalhadores que optem por não acompanhar esta transição.

Fonte da Corticeira Amorim

Segundo o vereador da autarquia de Silves, vários trabalhadores, e até cônjuges de outros já falecidos, residem em casas de função da Amorim. A expectativa da autarquia é que os moradores venham a ter direito de preferência na aquisição destes imóveis.

Já a Corticeira Amorim assegura ao ECO/Local Online que “para já, ninguém terá de sair das suas casas – após concluído o processo de transferência, iniciaremos um diálogo com cada um dos moradores para encontrarmos a melhor solução”.

“A solução demonstra alguma sensibilidade social”, reconhece o vereador do Executivo liderado por Rosa Palma.

A poluição e o ruído gerados pela atividade da fábrica corticeira eram há muito contestados pela população vizinha e pelo grupo hoteleiro Pestana, que detém o Silves Golf Resort a escassas centenas de metros a sul da fábrica, ao qual chegavam cinzas e poluição atmosférica.

Em março último, o grupo “Poluição Silves”, com 226 seguidores na sua página do Facebook, dava conta, numa publicação nesta rede social, da realização de uma reunião a 28 de fevereiro na câmara de Silves, na qual os responsáveis da Amorim Cork Solutions se terão comprometido a “não emitir mais fumos ou cheiros para a atmosfera a partir de 1 de julho de 2025”. Uma nova reunião de acompanhamento ficava marcada para a passada segunda-feira, 5 de maio.

Contudo, a reunião acabaria por ser adiada para esta quarta-feira, a pedido da própria empresa, alegando, segundo o autarca de Silves, com a reunião de acionistas do grupo Amorim agendada para dia 6. “Nunca nos foi dito que seria para comunicar o encerramento. Pensávamos que poderia ser por decisões importantes de investimentos que a Amorim Cork Solutions tivesse de desenvolver na fábrica, na sequência de outros investimentos que vinham a ser realizados”, diz ao ECO/Local Online o vereador da autarquia algarvia.

Ao ECO/Local Online, fonte da empresa diz que “será feito um elevado investimentos em Vendas Novas para restruturar o processo produtivo e para melhoria do produto”, sendo que “esse estudo ainda está em curso”.

Quanto ao destino a dar àquela que foi uma das primeiras fábricas do grupo Amorim e era a última das muitas que, em Silves, se dedicaram à cortiça durante décadas, ainda nada está definido, assegura a Corticeira Amorim. Do lado da câmara, Maxime Sousa Bispo diz: “qualquer decisão, terão que falar connosco, até porque somos a entidade com competência no domínio do território”.

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