Apex Group entra em Portugal com compra da consultora lisboeta Watermark

Com sede em Lisboa, a accounting boutique tem como sócios Pedro Alves, João Belchior e Nuno Santos, prestando serviços nas áreas da contabilidade, reporte de informação, fiscalidade e administrativa.

O grupo Apex, fornecedor global de serviços financeiros com 97 escritórios e mais de 12.000 funcionários em 39 países, anunciou esta segunda-feira a entrada no mercado português com a aquisição da lisboeta Watermark Consulting.

A partir da capital portuguesa, a empresa gerida por Pedro Alves, João Belchior e Nuno Santos, presta serviços nas áreas da contabilidade, reporte de informação, fiscalidade e finanças, tendo como clientes gestores de ativos, PME e multinacionais, ou investidores imobiliários.

“Estamos entusiasmados com as oportunidades que esta aquisição vai trazer, através da entrega da oferta multi jurisdicional e single source da Apex aos nossos clientes no mercado português”, indicam os partners da consultora portuguesa, citados num comunicado enviado às redações.

Nuno Santos é um dos três partners da Watermark Consulting

A PBBR prestou assessoria jurídica à Watermark Consulting, enquanto a Uria Menedez atuou como consultora do Apex Group, que salienta que esta aquisição vai permitir ao grupo beneficiar de “novas capacidades” e de “informações valiosas para a [sua] base global de clientes que desejam angariar e investir capital em Portugal”.

“Continuamos a ver oportunidades atraentes para uma maior consolidação e crescimento nos mercados do sul da Europa, nomeadamente em Portugal, que alcançou um crescimento pós-pandemia marcadamente mais elevado do que outras economias na Zona Euro”, resume Peter Hughes, fundador e CEO da multinacional sediada nas Bermudas e fundada em 2003.

Por outro lado, esta “aquisição estratégica” expande a presença do grupo no sul da Europa, onde passou a ter escritórios em Madrid e Valência (Espanha), através da aquisição do Grupo Sanne no ano passado. Além disso, destaca a Apex, o investimento em Lisboa “complementa as capacidades de língua portuguesa adquiridas” depois das compras da BRL Investimentos e da MAF no Brasil.

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Hoje nas notícias: PRR, Efacec e certificados de aforro

  • ECO
  • 6 Novembro 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Governo ainda não devolveu cerca de 120 milhões de IVA que cobra às entidades públicas e privadas que colaboram na execução do PRR. Efacec deverá atingir rapidamente resultados operacionais positivos. Entre janeiro e setembro deste ano, a receita com taxas, multas e outras penalidades ultrapassou, pela primeira vez, os três mil milhões de euros. Mais de 18 milhões em certificados de aforro reverteram, nos últimos cinco anos, para o Fundo de Regularização da Dívida Pública (FRDP). Estas são algumas das notícias em destaque nos jornais esta segunda-feira.

Finanças retêm IVA do PRR e deixam câmaras e IPSS em situação difícil

O Governo ainda não devolveu o IVA que cobra às entidades públicas e privadas sem fins lucrativos que colaboram com o Estado português na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O valor deverá ascender a 120 milhões de euros, uma verba que o Governo reservou no anterior Orçamento do Estado para câmaras e IPSS. Mas falta a portaria que regulamenta essa devolução.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Recuperação da Efacec passa por encomendas no “universo Mutares”

A Efacec antecipa atingir depressa resultados operacionais positivos por causa dos negócios dentro do “universo Mutares” e do acesso a ferramentas trade finance, os empréstimos que permitem à empresa executar os contratos que vai ganhando e que têm ciclos de produção muito longos. A empresa poderá concorrer a projetos que até agora não conseguia.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Certificados de aforro esquecidos rendem 18 milhões ao Estado

Mais de 18 milhões de euros em certificados de aforro reverteram, nos últimos cinco anos, para o Fundo de Regularização da Dívida Pública (FRDP). São valores não reclamados por herdeiros no fim do prazo legal de dez anos. Só em 2022 um total de 2,56 milhões prescreveram a favor deste fundo e em 2021 a verba atingiu os 6,06 milhões de euros, de acordo com o relatório anual do FRDP, publicado pela Agência de Gestão e Tesouraria da Dívida Pública de Portugal (IGCP).

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Taxas e multas rendem mais de 3 mil milhões até setembro

Entre janeiro e setembro deste ano, a receita com taxas – da justiça, do registo de notariado, do registo predial, do registo civil, taxas moderadoras, portagens -, multas e outras penalidades ultrapassou, pela primeira vez, os três mil milhões de euros, de acordo com os dados das sínteses de execução orçamental. Esta receita não fiscal do Estado que, em setembro ascendia aos 3.149 milhões de euros, deverá ultrapassar por valor estimado na proposta de OE para 2023 – 3.487 milhões de euros. Para 2024 o Governo espera arrecadar 3.528 milhões de euros. Os valores até setembro mais significativos dizem respeito à taxa de carbono sobre viagens aéreas do Fundo Ambiental e à taxa de recursos hídricos cobrada pelos municípios.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Pode vir aí uma surpresa desagradável na fatura da luz para 2024

Os quase 5,5 milhões de consumidores do mercado livre poderão ter uma surpresa desagradável em 2024 na fatura da luz que poderá registar aumentos superiores aos anunciados para as tarifas reguladas. Pode resultar em mais 7,5 euros numa fatura mensal média em 2024, se elétricas não acomodarem o impacto. A situação acontece porque a proposta da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que fixa em 1,9% a atualização da tarifa regulada para clientes finais residenciais a partir de janeiro, também aponta uma subida significativa nas tarifas de acesso às redes pagas por todos os consumidores. A ERSE propõe um agravamento de 48 euros por MW (megawatt) hora na tarifa de acesso paga pelos clientes de baixa tensão.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago).

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Fabricantes europeus sobem preços dos carros “muito acima” da inflação

  • Lusa
  • 6 Novembro 2023

Organização ambientalista Transport & Environment (T&E) mostra que construtores europeus subiram os preços "muito acima" dos níveis de inflação ou do custo das matérias-primas e outros componentes.

Os cinco maiores fabricantes de automóveis da Europa aumentaram os preços dos modelos mais baratos numa média de 41% desde 2019, “quase o dobro” da taxa de inflação acumulada durante este período, indica um estudo divulgado esta segunda-feira.

Os preços de um Peugeot 208, um Seat Ibiza e um Renault Twingo subiram quase 6.000 euros, um aumento de 37,56%, enquanto os modelos Mercedes Classe A e B aumentaram mais de 10.000 euros (38% e 37%, respetivamente), de acordo com uma nova análise publicada pela organização não-governamental (ONG) ambientalista Transport & Environment (T&E).

Os preços subiram “muito acima” dos níveis de inflação ou do custo das matérias-primas e outros componentes, pelo que os construtores obtiveram “lucros recorde” de 64 mil milhões de euros em 2022 e distribuíram este ano dividendos em ações no valor de 27 mil milhões de euros.

De acordo com os dados analisados, salienta a T&E, esta situação surge numa altura em que os construtores “lutaram para frustrar as novas medidas de poluição, a norma Euro 7, com um custo 200 euros por carro”, alegando que “são demasiado caras e vão levar a aumentos de preços incomportáveis”.

“Lutaram com unhas e dentes contra tecnologias antipoluição que salvam vidas e que custam apenas 200 euros por carro. É a prova de que, para os fabricantes europeus, o lucro vem sempre antes das pessoas”, afirmou a diretora de emissões de veículos e qualidade do ar da T&E, Anna Krajinska.

A Comissão Europeia propôs a norma em 2022, visando reduzir a poluição dos automóveis, carrinhas, autocarros e camiões, para “salvar milhares de vidas ceifadas pela poluição atmosférica” e “melhorar a qualidade do ar” para todos os cidadãos europeus.

No entanto, a indústria automóvel lançou uma campanha contra a medida, com o argumento principal de que era “demasiado caro” e ia tornar os automóveis, especialmente os modelos mais pequenos e mais baratos, incomportáveis para os consumidores.

A ONG ambientalista afirmou que “o Parlamento Europeu tem uma última oportunidade” para atuar “no interesse de todos os europeus e não apenas da indústria automóvel”, porque, se não o fizer, até 2035 “serão vendidos mais 100 milhões de automóveis altamente poluentes e estarão nas estradas europeias nas próximas décadas”.

Os eurodeputados vão reunir-se em plenário na quarta-feira para uma votação final, antes de iniciarem as negociações com a Comissão Europeia e Conselho Europeu.

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Senhorios têm dúvidas sobre implicações da atualização das rendas antigas pela inflação

  • Lusa
  • 6 Novembro 2023

"Os senhorios com contratos anteriores a 1990 já deviam saber o que vai acontecer aos contratos", lamenta a Associação Lisbonense de Proprietários, que pede clarificação ao Governo.

A Associação Lisbonense de Proprietários pediu ao Governo para clarificar se a utilização do coeficiente de atualização das rendas nos contratos antigos impede novas atualizações em 2024 pelo modelo que venha a ser encontrado para esta tipologia de rendas.

Na base da dúvida está o facto de as alterações contempladas na lei do Mais Habitação permitirem que pela primeira vez os chamados contratos antigos (de arrendamento habitacional anteriores a 1990) possam ser atualizados com base no coeficiente apurado anualmente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e que, em 2024, é de 6,94% e a forma como isto pode conjugar-se com a solução das rendas antigas, que se encontram congeladas.

À Lusa, Diana Ralha, da direção da associação Lisbonense de Proprietários (ALP) refere que, apesar de o Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) estipular que o Governo “tinha até ao final de maio para apresentar uma solução [para os contratos antigos] com base num estudo sobre as rendas congeladas” e cuja execução foi atribuída ao IHRU, “esse estudo não existe”.

Por esta altura, sublinha Diana Ralha, “os senhorios com contratos anteriores a 1990 já deviam saber o que vai acontecer aos contratos”. Como tal não acontece, deixa a questão: “estes são atualizados para 1/15 avos do valor patrimonial tributário, como estava previsto? Ou existe outra compensação que o Estado vai promover?”. Só depois disto definido, acentua, é que deve “ser paralelamente aplicado o coeficiente legal de 6,94% de 2024”.

Perante o desfasamento temporal, surgiram dúvidas sobre se a aplicação do coeficiente (que implica que o inquilino seja avisado por carta com 30 dias de antecedência) a partir de janeiro, trava mais à frente nova atualização, no caso específico destes contratos.

Por este motivo, a ALP enviou no início da semana “um pedido de clarificação à tutela, questionando se os senhorios realizarem agora a atualização da renda pelo coeficiente do INE ficam depois impedidos, em 2024, de fazer qualquer outra atualizarão pelo modelo que venha o Governo a aprovar para estes contratos,” mas não obteve “qualquer resposta”.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 6 de novembro

  • ECO
  • 6 Novembro 2023

Ao longo desta segunda-feira, 6 de novembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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LaLiga recebe o presidente eleito da República do Equador

  • Servimedia
  • 6 Novembro 2023

O presidente da República do Equador, Daniel Noboa Azín, teve uma reunião na LaLiga com o objetivo de assinar um memorando de entendimento que estabeleça as bases para um futuro acordo.

Segundo explicou a LaLiga, o acordo promoverá a cooperação interinstitucional entre o Governo da República do Equador, LaLiga e LigaPro, visando colaborar com o propósito de fortalecer o desenvolvimento do futebol e do desporto profissional no território da República do Equador, bem como trabalhar em programas de desenvolvimento social e outras iniciativas conjuntas que promovam a cooperação e beneficiem as três instituições e a comunidade futebolística e social nos seus respetivos territórios.

Durante a sua visita, Daniel Noboa, presidente eleito da República do Equador, ressaltou “o valor desses projetos para crianças que não entendem as diferentes realidades sociais e unificam a infância. O impacto disso nos pais, familiares e irmãos mais novos das crianças que participam é muito positivo e algo que gera um impacto relevante na redução das taxas de criminalidade que tanto nos preocupam atualmente. Iniciativas como essa serão a base do que queremos mudar como governo”.

O presidente eleito equatoriano demonstrou um interesse especial em conhecer o acordo que a Fundação LaLiga mantém com o Governo da República de El Salvador para o desenvolvimento de espaços socioeducativos, especificamente para a criação de 262 escolas sócio desportivas distribuídas por todo o país, com o objetivo de promover a inclusão, participação, empreendedorismo, inserção no mercado de trabalho e prevenção da violência por meio da educação em valores e da prática desportiva.

Esse projeto será a inspiração para o futuro acordo entre a LaLiga e o Governo da República do Equador e a LigaPro.

Nesse sentido, Javier Tebas, presidente da LaLiga, destacou “a importância de colaborar com as instituições e governos dos países onde a LaLiga está presente, com o objetivo de ser parte ativa de projetos e iniciativas que, baseados em valores desportivos, desenvolvam e melhorem essas sociedades”.

Dessa forma, por meio do acordo, ambas as instituições se comprometem a promover a troca de conhecimentos e boas práticas no futebol profissional, impulsionar projetos de responsabilidade social relacionados ao futebol e colaborar no desenvolvimento de um programa sócio desportivo que promova entre crianças, adolescentes e jovens ações a favor da inclusão, participação, educação de qualidade, igualdade de género, empreendedorismo e erradicação da violência por meio do desporto, por meio da implementação de programas que tornem esse objetivo possível.

Noboa Azín aproveitou a sua visita para conhecer de perto a especial relação de colaboração existente entre a LaLiga e a LigaPro, a Liga Profissional de Futebol do Equador, que também estiveram presentes na reunião. Nesse sentido, seu presidente, Miguel Ángel Loor, destacou que “a LigaPro está encantada com as relações criadas há anos com a LaLiga. Estamos igualmente felizes em trabalhar em conjunto com o país em todos os planos que assim o exijam; para as crianças do Equador, é fundamental contar com o impulso que o presidente nos está a dar”.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 6 Novembro 2023

O Governo continua a ser ouvido no Parlamento acerca do OE2024, no debate na especialidade. No mesmo dia, a OCDE publica dados do crescimento económico do último trimestre.

O primeiro dia da semana é marcado pela proposta do Orçamento do Estado para 2024, com vários partidos a serem recebidos pelo Presidente da República no Palácio de Belém, enquanto na Assembleia da República os deputados ouvem três ministros sobre a proposta orçamental. Segunda-feira é ainda dia de novos preços nos combustíveis, desta vez com apenas o gasóleo a descer, enquanto a OCDE publica os dados do crescimento económico dos seus países membros relativos ao terceiro trimestre.

Ministros ouvidos sobre OE2024 no Parlamento

A apreciação na especialidade da proposta orçamental para o próximo ano prossegue esta segunda-feira, na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças. De manhã, às 9 horas, é ouvida a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, enquanto da parte da tarde é a vez dos ministros com as pastas da Economia e do Mar, António Costa e Silva, e da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, pelas 14 horas e as 18 horas, respetivamente.

Marcelo reúne-se com partidos

A proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) estará também em foco nas habituais audiências do Presidente da República com os partidos com assento na Assembleia da República. Livre, PAN, Bloco de Esquerda, PCP, Iniciativa Liberal e Chega encontram-se com Marcelo Rebelo de Sousa ao longo desta segunda-feira. Na quarta-feira, é a vez do PSD e do PS, de acordo com uma nota publicada na página da Presidência da República.

Preço do gasóleo desce meio cêntimo

A partir desta segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar menos 0,5 cêntimos por litro de gasóleo simples em relação à semana passada. O preço do combustível mais usado em Portugal será de 1,701 euros por litro, enquanto o preço de gasolina simples 95 não mexe, mantendo-se nos 1,768 euros por litro.

Como evoluem as economias da OCDE?

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulga esta segunda-feira os dados trimestrais do crescimento das suas 38 economias. No último relatório, a instituição reportava que o conjunto dos países membros cresceu 0,4% no segundo trimestre na variação em cadeia. Portugal mostrava uma variação nula do Produto Interno Bruto (PIB) entre o primeiro e o segundo trimestre.

Cimeira Espacial em Sevilha

Os ministros dos Estados-membros da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) discutem a partir desta segunda-feira, em Sevilha, medidas decisivas para tornar o espaço um instrumento ainda mais importante para gerir as alterações climáticas. A cimeira é organizada no âmbito da presidência espanhola do Conselho da União Europeia.

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Conselho Superior da Magistratura cria grupo de apoio informático para juízes

O CSM criou o Grupo de Apoio à Tramitação Eletrónica de Processos (GATEP) para ajudar os juízes a usar corretamente as ferramentas informáticas.

É possível dividir o ecrã, colocando duas aplicações lado a lado? Pode abrir um documento word em duas janelas para melhor navegar? Sabia que pode organizar os seus resultados de pesquisa por tema utilizando uma extensão do Chrome? Estas e outras questões são algumas dúvidas que os quase dois mil juízes portugueses podem ver respondidas pelo Grupo de Apoio à Tramitação Eletrónica de Processos (GATEP).

O CSM criou recentemente este grupo, com o objetivo de promover “o desenvolvimento de ferramentas informáticas nesta área, a utilizar nos tribunais, e prestar apoio na utilização dessas ferramentas pelos juízes”.

O grupo é composto pelos Juízes Desembargadores João António Filipe Ferreira e Joel Timóteo Ramos Pereira e pelos juízes de direito António Joaquim da Costa Gomes e Célia Isabel Bule Ribeiro Marques dos Santos.

Atualmente existem quase 1.800 juízes em funções nos tribunais portugueses e a média de idades, dependente do grau, vai dos 32 anos a 63 anos. Atualmente, encontram-se colocados em efetividade de funções 1.790 juízes. Destes, 41 estão em regime de estágio, 1.301 juízes de direito (na primeira instância), 392 nos Tribunais da Relação e 56 no Supremo Tribunal de Justiça.

Na comunicação promovida pelo GATEP – subordinado ao Conselho Superior da Magistratura – é explicado que “a atividade jurisdicional depende, cada vez mais, da utilização das tecnologias da informação e da comunicação, sendo atualmente parte integrante da própria função jurisdicional”. Por esse motivo, “o CSM deliberou a criação das condições objetivas para a auto-capacitação no desenvolvimento e gestão das ferramentas informáticas de tramitação eletrónica dos processos em utilização nos tribunais”. O GATEP tem assim como função garantir “o apoio na criação de um pensamento estratégico e estruturado do CSM sobre o desenvolvimento de ferramentas informáticas de apoio à magistratura”.

Este grupo terá ainda funções de “criação e gestão de aplicações vocacionadas para a atividade judiciária”, “criação de canais informais de comunicação com os tribunais” e “formação dos Juízes, nas novas ferramentas de tramitação eletrónica de processos a introduzir nos tribunais”.

Apesar do crescimento consistente entre 1991 e 2013, desde 2014 que o número de juízes nos tribunais de primeira instância e superiores tem vindo a diminuir muito ligeiramente. Segundo dados do Pordata, em 2021 existiam em funções 1.735. O ponto mais alto dos últimos anos foi em 2013 com 1.816 juízes.

Relativamente à média de idades dos juízes em funções, varia de grau para grau. A média de juízes em regime de estágio é de 32 anos, de juízes de direito é de 47 anos, nos tribunais da Relação é de 58 anos e no Supremo Tribunal de Justiça de 63 anos, revelou o CSM.

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Obras públicas sofrem o maior desvio financeiro desde 2006

Em 2022, os encargos adicionais superaram os 130 milhões de euros, um aumento de 5,3% face ao valor contratualizado. Empreitadas em estradas a cargo da IP foram responsáveis pela fatura mais pesada.

Os contratos de obras públicas sofreram, no ano passado, o maior desvio financeiro desde 2006. A despesa adicional superou os 130 milhões de euros, um aumento de 5,3% face ao valor inicial, de 2,4 mil milhões de euros. Este acréscimo diz respeito a 1.573 novos trabalhos – que se somam aos 491 contratualizados -, sendo também o número mais elevado de atos adicionais de há 17 anos. Empreitadas em estradas a cargo da Infraestruturas de Portugal (IP) foram responsáveis pela fatura mais pesada, conclui uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC) aos contratos adicionais celebrados no triénio 2020-2022.

A entidade fiscalizadora, liderada por José Tavares, ressalva que “foram analisados os desvios financeiros resultantes, apenas, de trabalhos adicionais ou supressão de trabalhos contratuais”. De fora desta auditoria ficaram os desvios financeiros relativos “a pagamentos de indemnizações por redução de trabalhos contratuais e, em especial, por pagamentos decorrentes de decisões de tribunais arbitrais”, esclarece o TdC. Do mesmo modo, não foram tidos em conta os acréscimos de custos a título de revisão de preços ou por “derrapagens de prazo de execução das obras”. Isto significa que, no seu todo, “os desvios financeiros podem ser muito superiores aos contratos adicionais” que foram estudados pelo Tribunal.

Assim, o crescimento da despesa escrutinada pelo fiscalizador é explicado, essencialmente, pelo aumento do número de trabalhos complementares, que foi alvo de reparos, e também pela atualização dos preços tendo em conta a subida da inflação, de acordo com o mesmo relatório que analisou 2658 contratos iniciais de empreitadas remetidos por 382 entidades públicas, entre Administração Central, autarquias, empresas do Estado, associações e fundações.

Em relação ao aumento de empreitadas adicionais, o Tribunal de Contas chama a atenção que “continua a não ser legalmente admissível a adjudicação como tal, de trabalhos relativos a melhorias, opções do ‘já agora’, trabalhos novos, uma vez que não são necessários para a sua execução”. O alerta da entidade fiscalizadora das contas públicas é relevante, tendo em conta que, no triénio 2020-2021, os trabalhos complementares, de 168,9 milhões de euros, representaram quase dois terços (61,55%) do acréscimo de custos apurado, na ordem dos 274,4 milhões de euros.

O impacto da inflação também foi significativo no aumento da despesa. O Tribunal de Contas constata que “os adicionais analisados representaram, globalmente, um acréscimo de encargos, a preços novos”. O relatório verifica que mais de metade do valor dos trabalhos adicionais (53,87%), na ordem dos 147,8 milhões de euros face à despesa adicional total de 274,4 milhões, foi atualizado a preços novos em vez de ser acordado a preços contratuais. “Observa-se, assim, uma tendência crescente para recurso a preços novos em detrimento dos preços contratuais”, salienta o TdC.

Analisando a variação anual dos trabalhos adicionais e suprimidos, observa-se que, excluindo 2022, o maior número de contratos complementares assim como o maior volume financeiro ocorreu em 2007. A partir desse ano, assistiu-se a uma descida constante do número de alterações até 2017, invertendo-se a situação em 2018 e 2019.

O número de atos adicionais em 2020 voltou a cair, bem como o volume financeiro muito por força da pandemia de Covid 19 e dos vários períodos de emergência que foram decretados, justifica o TdC. Nos anos seguintes, “retomou-se a tendência crescente quer quanto ao número de atos adicionais quer quanto ao montante financeiro do acréscimo”, de acordo com o mesmo relatório, sendo que, em 2022, o crescimento da despesa do número de obras complementares atingiram os valores mais altos da série estatística do TdC.

O valor da supressão de trabalhos contratuais – que a lei não permite compensar com trabalhos positivos – voltou a aumentar significativamente em 2020 e 2021, embora sem atingir o montante que se verificou no ano de 2012 (-52,59 milhões de euros), destaca o TdC.

Tendo em conta o triénio 2020-2022, as obras públicas sofreram um desvio financeiro líquido de mais de 212 milhões de euros – já descontando o valor dos trabalhos suprimidos, de 62,4 milhões de euros -, o que corresponde a um aumento de 5,72% da despesa inicialmente contratada, de 3,7 mil milhões de euros. Das 1.192 empreitadas acordadas, houve necessidade de acrescentar mais 2.902, mostram os dados da auditoria.

Os municípios continuam a ser as entidades públicas que mais alteraram os contratos, adicionando novos trabalhos, mas o montante mais elevado ocorreu no setor empresarial do Estado.

Estradas com mais despesa extraordinária

A liderar o ranking das entidades com maior volume de trabalhos adicionais surge a Infraestruturas de Portugal com um acréscimo líquido de 67,7 milhões de euros ao valor inicialmente acordado de 1,3 mil milhões de euros e que diz respeito a 347 trabalhos que foram adicionados às 103 empreitadas contratualizadas, mostram os dados da auditoria do TdC. Ao encargo extraordinário já foi descontado cerca de 17,8 milhões de euros relativos a obras que acabaram por não se concretizar.

Em segundo lugar, está a Lisboa Ocidental, SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana com uma despesa extra líquida de 9,9 milhões de euros por mais 529 trabalhos relativos a 37 obras inicialmente contratualizadas pelo montante de 129,9 milhões de euros. A empresa municipal Gestão e Obras do Porto completa o pódio com um encargo adicional de 10,3 milhões de euros por mais 86 empreitadas face às 17 inicialmente contratadas pelo montante global de 71,6 milhões de euros.

A nível municipal, o primeiro lugar vai para a Câmara de Lisboa que, entre 2020 e 2022, teve de suportar uma despesa adicional em obras públicas de 6,3 milhões de euros por mais 57 empreitadas face às 29 contratualizadas pelo valor de 209,4 milhões de euros. Aveiro é a segunda autarquia com mais encargos extraordinários: 5,3 milhões de euros por 90 trabalhos que se juntaram aos 33 já contratados pelo montante de 46,9 milhões de euros. A fechar a lista dos três municípios com maior acréscimo de custos está Vila Nova de Famalicão com uma despesa adicional de 4,8 milhões de euros por mais 19 trabalhos face aos 13 iniciais que foram contratados por 29,4 milhões de euros.

Reabilitação de edifícios foi o tipo de empreitada com maior número de contratos iniciais que sofreram modificações no decurso da sua realização. Mas as obras em vias de comunicação, nomeadamente, em estradas, foram as que evidenciaram a maior derrapagem orçamental, indica a auditoria.

Entre 2020 e 2022, os contratos para obras nas vias de comunicação sofreram um desvio de 82,9 milhões de euros, subtraindo já 20,7 milhões com trabalhos suprimidos. O encargo extra, de 5%, somou ao valor do contrato inicial, de 1,7 mil milhões de euros. Dentro desta categoria, o destaque vai para o custo com trabalhos adicionais em estradas: mais 44,7 milhões de euros que agravaram o valor inicial do contrato, de 344 milhões de euros, em 13%, segundo a auditoria.

Por isso, o TdC destaca que “os contratos de empreitada relativos à tipologia ‘vias de comunicação’ que tiveram maior volume financeiro de alterações, continuam a ser outorgados na sua maioria pela Infraestruturas de Portugal e reportam-se, com maior expressão de alterações, à subcategoria estradas”.

Ainda assim, e observando o aumento percentual da despesa com empreitadas, o maior acréscimo de custos, em 7,8%, vai para a reabilitação de edifícios. O montante contratualizado para esta rubrica estava nos 762,1 milhões de euros e passou para 821,4 milhões: são mais 59,3 milhões de euros.

Este tipo de obras, de acordo com o TdC, “compreende as subcategorias de educação
(20,3 milhões de euros), serviços (18,5 milhões de euros), cultura, (12,7 milhões de euros), social (4,5 milhões de euros), atividades desportivas e lúdicas (1,6 milhões de euros), saúde (1,3 milhões de euros), lazer (231,5 mil euros) e justiça (201,7 mil euros)”.

Abusos na contratação de trabalhos suplementares

Apesar de o teto de 50% para o aumento do valor da obra com trabalhos complementares estar a ser respeitado, o TdC formula várias recomendações para evitar o abuso ao recurso deste tipo de instrumento.

Assim, e de acordo com o Código dos Contratos Públicos (CCP), as entidades da Administração Pública só devem contratar trabalhos complementares quando a mudança de empreiteiro “não seja viável por razões económicas ou técnicas, designadamente em função da necessidade de assegurar a permutabilidade ou interoperabilidade com equipamentos, serviços ou instalações existentes” e “seja altamente inconveniente ou provoque um aumento considerável de custos para o dono da obra”.

Para além disso, o TdC considera que “é obrigação do dono da obra”, isto é, da entidade da Administração Pública em causa, “colocar a concurso projetos rigorosos e detalhados das obras a realizar”, de modo a evitar trabalhos adicionais futuros. “Tal implica que o projeto deva contemplar e prever todas as situações tidas por necessárias e adequadas, tanto do ponto de vista técnico como do funcional ou do estético, não deixando para a execução da obra a procura das soluções mais adequadas à prossecução do interesse público”, avisa a entidade fiscalizadora das contas do Estado.

A entidade, presidida por José Tavares, recomenda ainda que a entidade contratante e o empreiteiro “formalizem, em contrato ou qualquer documento adicional aos contratos, as alterações por trabalhos complementares ou suprimidos, discriminando-os sem operações de compensação, e, se for o caso, autonomizem os trabalhos complementares adjudicados ao abrigo de regimes legais distintos”.

O relatório da auditoria alerta também para a falha no apuramento de responsabilidades dos empreiteiros por erros e omissões, durante a execução da obra. No conjunto dos contratos (1.192) objeto de alterações, foram detetados custos por erros do construtor em 132 obras no valor de 28,5 milhões de euros. Mas, desta importância, apenas foram imputados às empresas de construção 1,6 milhões de euros, o que corresponde a 5,7% do acréscimo daquela despesa.

O CCP indica que “o empreiteiro suporta metade do valor dos trabalhos complementares de suprimento de erros e omissões cuja deteção era exigível na fase de formação do contrato”. Mas não só. O construtor deverá ainda pagar 50% do custo com obras complementares de suprimento de erros e omissões “que, não sendo exigível que tivessem sido detetados na fase de formação do contrato, também não tenham sido por ele identificados no prazo de 30 dias a contar da data em que lhe fosse exigível a sua deteção”.

Por fim, o TdC recomenda que as entidades que sejam donos de obras públicas acionem obrigatoriamente os pedidos de indemnização previstos na lei, quando os erros e omissões decorram do incumprimento de obrigações.

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IAPMEI falha prazo para pagamentos a agendas mobilizadoras do PRR

Reconhecendo atrasos das entidades que integram os consórcios, mas também problemas técnicos na plataforma, IAPMEI alargou por mais 15 dias o prazo de entrega dos primeiros pedidos de pagamento.

O IAPMEI tinha estabelecido como meta iniciar os pagamentos contra reembolso dos investimentos no âmbito das agendas mobilizadoras em outubro, mas, segundo apurou o ECO junto de dezenas de fontes, os pagamentos ainda não foram iniciados.

“A Consola de Incentivos IAPMEI PRR (plataforma) está em funcionamento e já disponibilizou o formulário de pedido de pagamento intercalar da Componente C5 das Agendas Mobilizadoras, estando previsto proceder à avaliação das despesas apresentadas e proceder aos respetivos pagamentos durante o mês de outubro”, tinha dito, a 25 de setembro, fonte oficial do IAPMEI.

Posteriormente, nos terceiros Encontros de Economia, realizados a 20 de outubro no Barreiro, o próprio presidente do IAPMEI, Luís Guerreiro, reiterou o compromisso de que os pagamentos seriam iniciados ainda nesse mês e indicou que até já estava aberto o segundo pedido de pagamento e que já estavam a ser submetidos.

No entanto, o mês de novembro já corre e entidades que submeteram os pedidos de pagamento em julho, quando a plataforma para o efeito ficou disponível, ainda não receberam qualquer pagamento contra-fatura. Assim, as 1.115 entidades entidades que compõem as 53 agendas só podem contar até agora com os adiantamentos de 23% — de sublinhar que continuam por formalizar as agendas da Galp e da Volkswagen. Isto explica o facto de os pagamentos às empresas ascender apenas a 843 milhões de euros.

É verdade que muitas entidades que integram os consórcios só estão a entregar agora os pedidos de pagamento agora (últimas semanas de outubro e até mesmo primeira semana de novembro) e essas não têm a expectativa de receber já, uma vez que ainda é necessário analisar a documentação entregue.

Ao que o ECO apurou também há muitos consórcios que estão a planear entregar apenas em janeiros os primeiros pedidos de pagamento, o que denota algum atraso na execução das agendas mobilizadoras, que a 1 de novembro apresentavam uma taxa de execução de 17%, quando medida em função dos pagamentos aos beneficiários finais.

Reconhecendo os atrasos existentes do lado as entidades que integram os consórcios, mas também por problemas técnicos na plataforma, o IAPMEI alargou por mais 15 dias o prazo de entrega dos primeiros pedidos de pagamento. Este primeiro pedido foi mais atribulado porque é uma novidade para todos os intervenientes, mas também devido à complexidade das agendas.

O acesso ao formulário para fazer os pedidos foi disponibilizado em julho e, a partir de então, as entidades que integram as agendas mobilizadoras podiam começar a preparar os pedidos de pagamento a submeter após a apresentação dos Relatórios de Progresso trimestrais, os quais reportam a realização física dos projetos e permitem o respetivo acompanhamento.

O organismo liderado por Luís Guerreiro tinha dito ao ECO que tinha previsto iniciar os pagamentos contra reembolso dos investimentos no âmbito das agendas mobilizadoras até ao final do semestre, depois de o ECO ter noticiado que não existia a plataforma onde as empresas poderiam comprovar os pagamentos feitos.

O ECO enviou questões ao IAPMEI, mas até à publicação deste artigo não obteve respostas.

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Banco Montepio sem lucros em 2023 penalizado por venda em Angola

CEO do banco deseja dar dividendos no próximo ano, mas Associação Mutualista está a perspetivar lucro próximo de zero devido ao impacto negativo da venda do Finibanco Angola.

O Banco Montepio chegou a meio do ano com prejuízos de quase 50 milhões de euros, mas deverá evitar que as contas de 2023 fechem no vermelho. O resultado deverá ser positivo, mas ficará próximo de zero, de acordo com o que o presidente da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) transmitiu numa reunião recente com os conselheiros da instituição. Se isto significa que o banco vai conseguir anular o impacto da venda do negócio em Angola, também não terá grandes lucros para distribuir pelos acionistas. Em contraste com os lucros expressivos do setor.

O CEO do banco, Pedro Leitão, adiantou em entrevista ao Expresso (acesso pago) que conta pagar dividendos no próximo ano. “O nosso desejo é que, com base nos resultados deste ano, possamos, a partir do próximo ano [2024], retomar uma prática saudável”, referiu. “Não há nenhum acionista racional que esteja disponível a investir se não tiver um retorno”, frisou o gestor que lidera o Banco Montepio desde 2020.

Porém, enquanto a generalidade da banca está a registar resultados milionários por conta da subida das taxas de juro, as perspetivas para o Banco Montepio para este ano são diferentes.

Numa assembleia de representantes, que teve lugar no final do mês passado, o presidente da AMMG fez um ponto de situação sobre os vários negócios da mutualista e, quando abordou o desempenho do banco, adiantou que o resultado deste ano vai permitir compensar os prejuízos relacionados com a venda do Finibanco Angola, que teve um impacto de mais de 100 milhões de euros no resultado do banco, segundo relataram ao ECO. Isto para depois dar conta aos conselheiros de que o banco terminará o ano com um resultado praticamente nulo, mas sem apresentar prejuízos.

O Banco Montepio apresenta brevemente as contas relativas aos primeiros nove meses do ano. O primeiro semestre cifrou-se em prejuízos de 48,3 milhões de euros devido à alienação da operação angolana aos nigerianos do Access Bank. Sem essa transação, o resultado recorrente foi positivo em 67,8 milhões de euros, com o banco a beneficiar da subida da margem financeira à boleia do aumento das taxas de juro.

Questionado pelo ECO sobre os resultados do banco e se espera dividendos no próximo ano, a AMMG referiu que questões relacionadas com a atividade do banco devem ser colocadas ao banco, mas sublinhou que “os acionistas esperam e desejam sempre dividendos” e que “o percurso que o banco tem vindo a fazer permite suportar essas expectativas”. O Banco Montepio não respondeu até à publicação deste artigo.

A AMMG controla mais de 99% do banco, mas a estrutura acionista conta com mais 37 pequenos acionistas da economia social, como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e outras misericórdias e associações de todo o país, que detêm uma participação “simbólica” de 0,007%.

Malparado com interessados

O Banco Montepio continua numa profunda reestruturação, razão pela qual está atrasado na recuperação da rentabilidade face ao mercado. O processo de ajustamento de pessoal terminou no final de setembro, tendo resultado em cerca de 650 saídas em três anos, como avançou o ECO em primeira mão. Por outro lado, as vendas do Finibanco Angola e da licença bancária do Banco Empresas Montepio (BEM) – esta última ainda em curso – inserem-se neste plano de redução e simplificação de estrutura que Pedro Leitão idealiza para o futuro do banco.

Paralelamente, o banco continua num esforço para limpar o balanço e colocou recentemente no mercado uma carteira de malparado de cerca de 230 milhões. O “Projeto Côa” já atraiu interessados, como a CRC, a Bain, a Bracebridge e a Davidson Kempner (esta última já está afastada do processo), segundo adiantaram fontes do mercado ao ECO.

Em causa está um portefólio dividido em quatro tranches, incluindo dívida going concern (60 milhões de euros relativos a créditos de empresas em risco), cash in court (50 milhões em depósitos de empresas falidas que se encontram em contas dos tribunais) e ainda dívida secured (75 milhões) e unsecured (50 milhões de crédito em incumprimento sem garantias).

Segundo revelou o banco nas suas contas semestrais, as exposições não produtivas (NPE, na sigla em inglês) totalizavam já os 531 milhões de euros no final de junho, traduzindo uma redução de 400 milhões de euros num ano. Neste período, o rácio de NPE baixou dos 7,5% para 4,5%, abaixo já do número “mágico” de 5%.

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4ª conferência ECOseguros: Saiba o que os CEO esperam de 2024

  • ECO Seguros
  • 5 Novembro 2023

Líderes da APS, Fidelidade, Tranquilidade, Allianz, BPI Vida e CA Seguros, revelaram as suas expectativas para o próximo ano. Falaram de ameaças e oportunidades. Veja aqui o debate.

O painel dos CEO contou com José Galamba de Oliveira, Rogério Campos Henriques, Teresa Brantuas, Pedro Carvalho, Isabel Castelo Branco e João Pedro Borges.

O último painel da 4.ª Conferência Anual ECOseguros contou com a presença de Isabel Castelo Branco – CEO do BPI Vida, João Pedro Borges – CEO CA Seguros, José Galamba de Oliveira – Presidente da APS, Rogério Campos Henriques – CEO da Fidelidade, Pedro Carvalho – CEO da Tranquilidade, Teresa Brantuas – CEO da Allianz Portugal, foi moderado por Francisco Botelho – Diretor do ECOseguros debateu-se “investimento, crescimento e o papel social dos seguros em tempos de incerteza”.

Os desafios e conquistas do setor segurador foram retratados, está-se num ambiente que se revela desafiante, marcado pela inflação, guerras, catástrofes naturais e instabilidade política e económica. Como encarar e superar estes momentos, bem como conviver com as exigências crescentes das normas ESG e da opinião pública, foram temas obrigatórios

Além disso, foram abordadas as expectativas para o setor para 2024. Os dirigentes acreditam que haverá crescimento no próximo ano quer da produção quer sinistralidade. Assista aqui ao painel:

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