Presidente dos EUA tem “três ou quatro” candidatos a substituir Powell na Fed

“Em breve ele vai sair, porque é terrível”, disse Donald Trump esta quarta-feira, após a cimeira da NATO em Haia, onde os países chegaram a acordo para aumentar o investimento na defesa.

Donald Trump disse esta quarta-feira que sabe “de três ou quatro pessoas” que vai escolher para serem candidatos à presidência da Reserva Federal norte-americana (Fed) e voltou a fazer duras críticas a Jerome Powell.

Os principais candidatos incluem o ex-governador da Fed, Kevin Warsh, o chefe do Conselho Económico Nacional, Kevin Hassett, o atual governador da Fed, Christopher Waller, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, de acordo com a agência Reuters.

“Em breve ele vai sair, porque é terrível”, afirmou o presidente dos Estados Unidos, quando questionado pelos jornalistas sobre a liderança do banco central, na conferência de imprensa a partir da cimeira da NATO em Haia, nos Países Baixos.

“Eu disse ao presidente da Fed: «Não há inflação» e a resposta dele foi «pode vir a haver». Então, se houver, sobe as taxas daqui a um ou dois anos e resolve a questão”, confidenciou Donald Trump, acusando Jerome Powell de ter um “QI bastante baixo”, porque “há muito investimento a chegar” e a maior economia do mundo “não tem inflação”.

As declarações surgem um dia após o presidente da Reserva Federal ter dito que está a aguardar para perceber como é que as tarifas impactam os preços nos Estados Unidos antes de avançar com um eventual corte nas taxas de juro de referência.

Numa clara abordagem wait and see (esperar para ver), que contraria a posição da Casa Branca, Jerome Powell referiu que “as mudanças de política continuam a evoluir e os seus efeitos na economia permanecem incertos”.

“Os efeitos das tarifas dependerão, entre outras coisas, do seu nível final (…). Mesmo assim, os aumentos das tarifas este ano provavelmente aumentarão os preços e afetarão a atividade económica”, reconheceu, num discurso ontem perante a comissão de serviços financeiros da Câmara dos Representantes, que antecedeu à intervenção no Senado.

Apesar de admitir uma subida da inflação devido às taxas aduaneiras, frisou: “Quero ser honesto. Não sabemos realmente quanto disto vai passar para os consumidores. Simplesmente não sabemos, e não saberemos até vermos”.

Numa publicação na rede social Truth Social na madrugada de quarta-feira, Donald Trump disse que Jerome Powell era uma “pessoa muito burra e teimosa” e pediu uma redução de dois a três pontos percentuais. A menos de um ano de terminar o mandato como presidente da Fed, em maio de 2026, o banqueiro tem sido criticado pelo presidente dos EUA pela decisão do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) de manter as taxas de juro inalteradas.

Há precisamente uma semana, a Fed decidiu manter as taxas de juro no intervalo entre 4,25% e 4,50% pela quarta reunião do FOMC consecutiva, ignorando as mensagens, também consecutivas, do chefe de Estado norte-americano.

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Leitão Amaro desafia Chega a apoiar “regulação a sério da imigração”

Esquerda critica duramente propostas do Governo para apertar regras da nacionalidade e imigração, alertando para retrocesso nos direitos humanos. Já o Chega quer ir mais longe.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, desafiou esta quarta-feira o grupo parlamentar do Chega a contribuir com o seu voto “para que haja uma regulação a sério da imigração”. Num debate requerido pelo partido de André Ventura sobre o “descontrolo na atribuição da nacionalidade e a necessidade de limitar o reagrupamento familiar”, o governante frisou que os eleitores portugueses “escolheram quem está a regular, sem um discurso radical“.

Espero que, finalmente, o Chega contribua com o seu voto para que haja regulação a sério da imigração em Portugal“, atirou António Leitão Amaro, referindo que o Governo acaba de entregar no Parlamento três propostas de lei nesse sentido, que serão discutidas nas próximas semanas.

Essas propostas estabelecem, por exemplo, o aumento do prazo mínimo de residência para acesso à nacionalidade (de cinco para sete anos para imigrantes de países lusófonos, e para dez anos para oriundos de outros países), a criação de uma polícia de fronteiras e o endurecimento das regras do reagrupamento familiar, conforma já explicou o ECO e enumerou esta tarde o ministro da Presidência, no Parlamento.

Da parte do Chega, a quem coube iniciar este debate, o deputado André Ventura defendeu que o PS tornou a nacionalidade portuguesa “numa autêntica venda de supermercado“. “Devemos ao PS o crime de ter vendido a nacionalidade portuguesa, de ter vendido Portugal“, insistiu o parlamentar, considerando que os Governos de António Costa foram “frouxos” no controlo migratório.

Sobre as propostas agora apresentadas pelo Governo, André Ventura aproveitou para deixar críticas: o Executivo quer que os imigrantes percam a nacionalidade caso sejam condenados a cinco anos de prisão, mas só se estiverem naturalizados há menos de dez anos, o que o Chega não aceita.

O nosso propósito não é legislar contra ninguém, mas a favor de todos. Não é para estigmatizar, mas para unir. Não é para radicalizar, mas para resolver“, esclareceu, por sua vez, o social-democrata Cristóvão Norte. Já Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, salientou que o reagrupamento familiar “é desejável em condições normais”, mas reconheceu que é preciso restringi-lo, como defende o Governo. “É por causa da esquerda que somos forçados a analisar medidas de restrição desse reagrupamento”, deixou claro o deputado.

À esquerda, Pedro Delgado Alves, do PS, criticou as propostas do Governo, lembrando que o PSD já defendeu, há algumas décadas, o inverso do que agora sugere (uma redução do prazo de residência para aceder à nacionalidade).

Enquanto isso, Rui Tavares, do Livre, atirou que “as direitas não estão interessadas em resolver os problemas da imigração e da nacionalidade“, e Marina Mortágua, do BE, argumentou que “a maior vitória do Chega é a política do PSD e as alterações que apresentaram à lei“.

“As alterações mais do que uma cedência ao Chega, são a materialização da agenda do PSD e do CDS”, defendeu, por sua vez, Paula Santos, do PCP, alertando para um “retrocesso em matéria de direitos humanos”.

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Paula Franco: “Política fiscal deve incentivar criação de valor e descomplicar”

Paula Franco, bastonária da OCC, aponta para a necessidade de se avançar com uma simplificação fiscal de maneira a facilitar o cumprimento das obrigações pelas empresas e o trabalho dos contabilistas.

Paula Franco, bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), alerta que a complexidade do sistema fiscal e as constantes mudanças legislativas fazem com que seja mais difícil para as empresas cumprirem as suas obrigações, abrindo a porta ao incumprimento e representando um travão ao crescimento.

“Os contabilistas certificados fazem um esforço muito grande para levarem a informação aos empresários” e transmitirem a ideia de quão importante é usar esta informação para as empresas crescerem e terem negócios sustentáveis, afirmou Paula Franco, bastonária da OCC, na conferência “A Política Fiscal como Agente de Transformação da Economia”, que marca o lançamento do EContas, a nova marca de informação do ECO.

“Os contabilistas certificados percebem o quão difícil é transmitirem essa informação de forma clara, objetiva e simplificada. Usamos a palavra simplificação, mas nada nestas matérias é simples“, referiu a representante dos contabilistas em Portugal, frisando que a política fiscal hoje em dia é cada vez mais importante nesta transformação tão necessária” .

Uma das questões que afasta muito o cidadão comum e mesmo os empresários é a complexidade, a dificuldade e o lidar com as mudanças diárias. Nestes seis meses, já tivemos uma série de alterações legislativas que implicam grandes transformações

Paula Franco

Bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados

“Uma das questões que afasta muito o cidadão comum e mesmo os empresários é a complexidade, a dificuldade e o lidar com as mudanças diárias. Nestes seis meses, já tivemos uma série de alterações legislativas que implicam grandes transformações“, disse Paula Franco, o que obriga os contabilistas e empresas a lidarem com “diplomas a serem publicados diariamente, a ter de se perceber o enquadramento e as implicações para os clientes”.

A bastonária referiu ainda que “este primeiro semestre – ainda sem governo e em período eleitoral – já foi um período em que existirem uma série de diplomas e que trouxe imensas alterações a nível fiscal. Isto é o dia-a-dia de quem lida com estas matérias e das empresas que vão ter de absorver isto. Traz uma dificuldade enorme, uma necessidade de conhecimento e uma dificuldade em confiar no próprio sistema“.

Neste sentido, “esperamos que aquilo que se perspetiva de simplificação fiscal e administrativa seja uma realidade. As redundâncias são enormes e isso também leva à falta de confiança em todo sistema porque o incumprimento acaba por surgir muitas vezes por falta de conhecimento. É um entrave ao desenvolvimento”.

“Esperamos que a política fiscal que se avizinha seja de incentivo à criação de valor, de riqueza, a descomplicar. Fala-se muito de simplificação mas descomplicar é difícil”, concluiu.

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BPI apresenta mascote da sua marca dirigida aos jovens em campanha

  • + M
  • 25 Junho 2025

A campanha através da qual é apresentada a mascote "Ágil" conta com dois spots, sendo um deles protagonizado pela jogadora Kika Nazareth, em antecipação à presença de Portugal no Europeu de 2025.

O BPI apostou num novo conceito de comunicação para o AGE, a sua marca dirigida aos jovens, que tem como protagonista o Ágil, uma preguiça cheia de energia, “que vem ajudar a descomplicar a vida financeira dos jovens, com empatia e humor”.

A mascote é apresentada através de uma campanha, entrando em ação em momentos de “catastrofização” dos jovens. Seja a angústia de dividir uma conta num jantar com amigos ou a pressão de entrar em campo num jogo de futebol decisivo, o Ágil surge para “tranquilizar e aliviar toda a tensão do momento”.

Desenvolvida pela agência Plot, a campanha explora assim o conceito da “catastrofização” associado à ansiedade financeira, “um grande bloqueador na vida dos jovens adultos”, explica a marca em nota de imprensa, onde avança que mais de um terço dos jovens portugueses revelam sentir ansiedade em relação à sua situação financeira mais de uma vez por mês.

“O insight da ansiedade financeira fundamenta esta nova narrativa dinâmica de comunicação do AGE, que aposta na construção de uma relação mais próxima e numa mensagem de otimismo, com o objetivo de facilitar a transição para a vida adulta das novas gerações. Há bons exemplos de mascotes no mundo das marcas e o Ágil é o nosso novo ativo de comunicação, distintivo na Banca em Portugal. Acreditamos que nos vai ajudar a tornar a marca AGE mais próxima, mais relevante e mais memorável junto dos jovens adultos”, diz Constança Macedo, diretora de comunicação e marca do BPI, citada em comunicado.

Com produção da Show Off, a campanha conta com dois spots, sendo um deles protagonizado por Kika Nazareth, jogadora da Seleção Nacional Feminina de Futebol e embaixadora do BPI, antecipando a presença de Portugal no Europeu de 2025, na Suíça. A mascote Ágil é também protagonista nesta campanha de apoio ao futebol feminino, num “registo de confiança e superação, reforçando o posicionamento do banco como parceiro do desporto feminino”.

Presente em televisão, digital, publicidade exterior e num autocarro personalizado da Carris, em Lisboa, a campanha conta com o planeamento de meios da Mindshare.

Lançada em 2022 e dirigida atualmente a jovens até aos 30 anos, a marca AGE “aposta numa abordagem próxima e descomplicada, pensada para quem está a dar os primeiros passos na autonomia financeira”, sob o claim “Queres, Podes, AGE”.

“O AGE pretende consolidar-se como uma porta de entrada bancária intuitiva e descomplicada para jovens adultos, numa altura em que as expectativas sobre experiências bancárias mudaram substancialmente. Queremos ser um parceiro de confiança para que os jovens tenham melhores condições para dar os primeiros passos na vida adulta, rumo à sua independência financeira”, explica Pedro Palos, diretor de marketing estratégico do BPI.

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Trump acredita que guerra no Médio Oriente acabou: “Irão e Israel estão exaustos”

"Lidei com os dois lados. Ambos estão cansados, exaustos. Ficaram satisfeitos por voltar a casa e sair", afirmou esta quarta-feira o presidente norte-americano, a partir da cimeira da NATO.

O presidente dos Estados Unidos disse esta quarta-feira que acredita a guerra no Médio Oriente chegou ao fim, porque tanto o Irão como Israel estão “exaustos” e “cansados” de lutar.

“Lidei com os dois lados. Ambos estão cansados, exaustos. Lutaram de forma muito árdua e com muita ferocidade, muita violência, e ambos ficaram satisfeitos por voltar a casa e sair”, afirmou Donald Trump, em conferência de imprensa após a cimeira da NATO, em Haia. “Não acho que eles vão se atacar novamente”, reforçou.

Donald Trump admite que o conflito possa “começar de novo algum dia” ou até “em breve”, mas esse risco não existe de momento, porque considera que terminou quando os Estados Unidos atingiram as três instalações nucleares do Irão. “O ataque ao Irão foi um grande sucesso”, referiu, reafirmando que Teerão não pode ter armamento nuclear.

Sobre os acontecimentos de terça-feira, que puseram em risco o cessar-fogo, Donald Trump explicou que o “sinal revelador” foi quando Israel terá desviado 52 aviões prontos para dar resposta ao Irão. “O Irão, de certa forma, não muito, violou o cessar-fogo. E Israel tinha aviões a partir nessa manhã. Eu disse: «Têm de os devolver» e eles levaram-nos de volta. Não fizeram nada. Achei incrível“, confessou.

O chefe de Estado norte-americano aproveitou ainda a intervenção na cimeira da NATO para enaltecer a qualidade dos pilotos e do equipamento militar. Além das 125 aeronaves, incluindo sete bombardeiros furtivos B-2 Spirit, e mísseis Tomahawk, utilizados no Irão, “não esqueçamos o submarino” de mísseis guiados. “Todos [os países] estão 20 anos atrás dos nossos submarinos”, afirmou.

Questionado pelos jornalistas sobre a guerra na Ucrânia, admitiu que o presidente russo “tem sido mais difícil do que esperava”, mas contou que Vladimir Putin lhe ligou a oferecer ajuda com o Irão.

Foi na segunda-feira que o presidente dos Estados Unidos anunciou, através de uma publicação na rede social Truth Social, que havia um acordo para um cessar-fogo entre Israel e o Irão. A suspensão dos ataques ocorreu menos de duas semanas depois de Israel ter lançado uma ofensiva contra o Irão para evitar a produção de uma bomba nuclear. Seguiram-se dias de bombardeamentos e retaliação até os Estados Unidos terem decidido entrar na guerra com o bombardeamento a três centrais nucleares (Fordow, Natanz e Isfahan) na madrugada de domingo.

Perante o cessar-fogo entre Israel e Irão, apesar dos impasses nas primeiras horas, os mercados financeiros reagiram de forma positiva e os índices financeiros e tecnológico S&P 500 e Nasdaq atingiram ou aproximaram-se mesmo de máximos. Após o Nasdaq ter ontem chegado ao valor de fecho mais elevado desde fevereiro e o S&P 500 ficado a menos de 1% do seu máximo de 52 semanas, Wall Street abriu a sessão desta quarta-feira em terreno misto.

Notícia atualizada às 16h10 com mais informação

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Irão admite que instalações nucleares foram “consideravelmente danificadas”

  • Lusa
  • 25 Junho 2025

"Foram consideravelmente danificadas, isso é certo, porque foram alvo de repetidos ataques dos agressores israelitas e norte-americanos", disse Esmaïl Baqha, porta-voz do MNE iraniano.

As instalações nucleares do Irão foram “consideravelmente danificadas” pelos bombardeamentos israelitas e norte-americanos durante a guerra de 12 dias com Israel, admitiu esta quarta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano.

“As nossas instalações nucleares foram consideravelmente danificadas, isso é certo, porque foram alvo de repetidos ataques dos agressores israelitas e norte-americanos”, disse o porta-voz Esmaïl Baqhaï, ao canal do Qatar Al Jazeera.

Na terça-feira, a Agência de Energia Atómica iraniana anunciou que o país está pronto para retomar o enriquecimento de urânio no âmbito do programa nuclear, 12 dias após o início dos bombardeamentos de Israel contra instalações atómicas.

“O programa nuclear do Irão será retomado sem interrupção e estamos prontos para reiniciar o enriquecimento — o nosso programa não será interrompido”, disse a agência, citada pelos meios de comunicação iranianos, numa altura em que vigora um cessar-fogo.

Já esta quarta-feira, o Parlamento iraniano aprovou a suspensão da cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), com o presidente, Mohammad Bagher Ghalibaf, a salientar que a AIEA recusou-se a condenar o ataque contra as instalações nucleares iranianas, comprometendo a credibilidade internacional do organismo das Nações Unidas.

As declarações de Ghalibaf foram feitas depois de os deputados terem votado a favor da suspensão da cooperação com AIEA.

“A Organização Iraniana de Energia Atómica vai suspender a cooperação com a AIEA enquanto a segurança das instalações nucleares não for garantida”, acrescentou o líder do Parlamento.

Os inspetores da AIEA verificam e controlam há mais de duas décadas as atividades do programa nuclear iraniano, sem terem conseguido, até agora, garantir a natureza pacífica, dada a falta de cooperação e transparência total do Irão, embora o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, tenha admitido não ter provas de que Teerão esteja a procurar a bomba atómica.

A região tem vivido uma escalada de violência desde 13 de junho, quando Israel iniciou uma ofensiva contra instalações militares e do programa nuclear iraniano, numa série de ataques que foram respondidos pelo Irão.

A tensão aumentou quando os Estados Unidos se juntaram aos ataques contra o território iraniano no fim de semana, bombardeando três instalações nucleares no Irão, uma agressão à qual o país persa respondeu com um ataque na segunda-feira a base norte-americana de Al-Udeid, no Qatar, a maior que Washington mantém no Médio Oriente.

O Irão, por sua vez, respondeu com o lançamento de centenas de mísseis balísticos e drones explosivos contra centros urbanos civis em Israel, que deixaram 28 mortos e mais de 1.300 feridos, na grande maioria ligeiros.

Nos ataques de Israel, contra centros nucleares e alvos militares na República Islâmica, morreram pelo menos 610 pessoas e mais de 4.700 ficaram feridas, das quais quase mil continuam hospitalizadas.

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BBVA admite retirar oferta sobre Sabadell e colocar Governo em tribunal

  • ECO
  • 25 Junho 2025

Líder do BBVA Espanha coloca todos os cenários em cima da mesa, incluindo a retirada da OPA e um processo em tribunal contra o Executivo espanhol.

O BBVA admite que pode retirar a oferta pública de aquisição (OPA) hostil que lançou há mais de um ano sobre o rival Sabadell, depois de o Governo espanhol ter bloqueado uma fusão entre as duas instituições nos próximos três anos. Decisão que também poderá levar o banco a colocar o Executivo de Pedro Sánchez em tribunal.

Citado pela imprensa espanhola, Peio Belausteguigoitia, country manager de BBVA Espanha, assegurou que o banco se encontra a avaliar a decisão do Conselho de Ministros e que irá pronunciar-se “nas próximas datas” sobre o rumo a dar à OPA. “Consideramos várias alternativas”, admitiu.

“Decidiremos proximamente, embora não possa concretizar em que data. Mas como já comentamos noutras ocasiões, não temos nenhum interesse que o processo se atrase”, afirmou o responsável num evento realizado em Santander.

O ministro da Economia anunciou esta terça-feira que o Governo não se vai opor à OPA, mas endureceu as condições para que a operação possa avançar. Designadamente, obrigou o BBVA a manter a autonomia do Sabadell e com uma gestão independente nos próximos três anos, período durante o qual não poderá realizar qualquer despedimento. Carlos Cuerpo considerou que se tratou de uma decisão “proporcionada e equilibrada” para proteger o interesse geral.

Belausteguigoitia admitiu ainda que o BBVA poderá seguir a via judicial e colocar o Governo em tribunal por causa das novas condições. “É o dever fiduciário” dos gestores do banco em relação aos seus acionistas, afirmou o gestor.

A OPA hostil, avaliada em mais de de 11 mil milhões de euros, foi lançada há mais de um ano e já teve luz verde do Banco Central Europeu (BCE) e da Autoridade da Concorrência espanhola, sendo que esta última já tinha imposto uma série de condições para autorizar a operação.

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João Vieira de Almeida distinguido pelo FT como uma das 20 personalidades mais marcantes da advocacia

João Vieira de Almeida foi distinguido pelo Financial Times como uma das 20 personalidades mais marcantes da advocacia, a nível internacional, nas últimas duas décadas. 

João Vieira de Almeida foi distinguido pelo Financial Times como uma das 20 personalidades mais marcantes da advocacia, a nível internacional, nas últimas duas décadas.

A distinção insere-se nas celebrações do 20.º aniversário dos FT Innovative Lawyers e sublinhou “o impacto consistente, a visão estratégica e o contributo pessoal de João Vieira de Almeida para a história da inovação nas sociedades de advogados”.

João Vieira de Almeida, senior partner da VdAHugo Amaral/ECO

“Ao longo da sua carreira, João Vieira de Almeida tem desempenhado um papel central na modernização e internacionalização da advocacia, promovendo uma cultura de inovação, ética e impacto social no exercício da profissão”, segundo o FT.

Paralelamente, a VdA foi também reconhecida como uma das 10 firmas de advogados mais inovadoras da Europa Continental nos últimos 20 anos, destacando-se em 4.º lugar entre as distinguidas.

“Estas distinções representam não apenas um motivo de enorme orgulho, mas também o reflexo de um trabalho coletivo orientado por uma visão estratégica de longo prazo e por uma cultura de excelência, inovação e compromisso com a sociedade. A VdA agradece ao Financial Times esta distinção, que partilha com os seus clientes, a equipa e demais stakeholders, e que evidencia o papel da advocacia como motor de transformação e impacto positivo na sociedade”, segundo comunicado do escritório.

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Relação entre IA e análise de risco em foco em seminário da APS

  • ECO Seguros
  • 25 Junho 2025

No seminário vão ser exploradas as aplicações da IA na avaliação e subscrição de riscos industriais, promovendo a partilha de conhecimentos e experiências entre profissionais do setor.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) anunciou em comunicado o seminário dedicado ao futuro da relação entre a análise de risco e inteligência artificial (IA).

No seminário vão ser exploradas as aplicações da IA na avaliação e subscrição de riscos industriais, promovendo a partilha de conhecimentos e experiências entre profissionais do setor.

A primeira parte será em inglês e trata das oportunidades da IA Generativa no setor (re)segurador e conta com a presença de Gerdharth Blanco, Business Development – Regional SeniorConsultant da Munich Re México e de Ferdinand Zahn, Global Consultant for Automated Underwritting na Munich Re.

A segunda parte será apresentada por Rui Esteves, presidente da Comissão Técnica Patrimoniais e Responsabilidade Civil da APS e cocoordenador do Impact Center for Climate Change (ICCC) da Fidelidade.

Trata-se do seminário de encerramento do curso de técnicos analistas de riscos industriais, mas aberto a quem quiser participar mediante o pagamento da taxa de inscrição (à exceção dos aluno esse curso e os formandos do curso de análise de riscos para o ramo de acidentes de trabalho Certificados pela APS, cuja participação será gratuita).

A sessão está marcada para o dia 1 de julho das 10h00 às 12h30 em formato online (via Zoom) ou presencial na sede da APS. Para mais informações e inscrições, aqui.

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Tribunal da Relação confirma absolvição dos arguidos no processo dos incêndios de Pedrógão Grande

  • Lusa
  • 25 Junho 2025

O Tribunal da Relação de Coimbra confirmou a absolvição dos 11 arguidos do processo dos incêndios de Pedrógão Grande, no qual o MP contabilizou 63 mortos e 44 feridos quiseram procedimento criminal.

O Tribunal da Relação de Coimbra confirmou esta quarta-feira a absolvição dos 11 arguidos do processo dos incêndios de Pedrógão Grande, no qual o Ministério Público contabilizou 63 mortos e 44 feridos quiseram procedimento criminal.

Numa nota do Tribunal da Relação de Coimbra (TRC) enviada à agência Lusa, lê-se que foi negado provimento aos recursos interpostos, mantendo-se a deliberação do Tribunal Judicial de Leiria, de 13 de setembro de 2022.

Nesse dia, o coletivo de juízes da 1.ª instância absolveu o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, então responsável pelas operações de socorro, dois funcionários da antiga EDP Distribuição, atual E-Redes (José Geria e Casimiro Pedro), e três da Ascendi (José Revés, Ugo Berardinelli e Rogério Mota).

A absolvição estendeu-se aos ex-presidentes das câmaras de Castanheira de Pera e de Pedrógão Grande, Fernando Lopes e Valdemar Alves, respetivamente, assim como ao atual presidente do Município de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu.

O antigo vice-presidente do Município de Pedrógão Grande José Graça e a então responsável pelo Gabinete Florestal desta câmara, Margarida Gonçalves, foram, igualmente, absolvidos.

Em causa estavam crimes de homicídio por negligência e ofensa à integridade física por negligência, alguns dos quais graves.

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Banco Primus e Habit unem-se para venda de seguro auto 100% digital

  • ECO Seguros
  • 25 Junho 2025

A banco passa disponibilizar no seu site a simulação e contratação de seguros automóvel de forma 100% digital. A cobertura deste produto é garantida pela Via Directa do Grupo Fidelidade.

O Banco Primus e a insurtech Habit unem-se para o lançamento de seguro Automóvel 100% digital e de contratação imediata, avançou a insurtech .

Jorge Cravidão, Customer Success Director da Habit: “Esta parceria com o Banco Primus é um reflexo claro daquilo em que acreditamos, seguros simples, rápidos e pensados para a vida real”.

A partir de agora, o banco disponibiliza no seu site a simulação e contratação de seguros automóvel de forma 100% digital. A cobertura deste produto é assegurada pela Via Directa do Grupo Fidelidade.

Com esta integração, os clientes do Banco Primus passam a poder simular e contratar o Seguro Auto Habit de forma totalmente digital. “O processo é intuitivo e permite comparar coberturas, obter preços em tempo real e concluir a subscrição online”, indica a empresa.

Há cinco modalidades começando pela “Simple” que, como o nome indica é a oferta que oferece a menor cobertura comparativamente às restantes, mas inclui Responsabilidade Civil Obrigatório, proteção jurídica em caso de sinistros, entre outros. Nos planos com a oferta mais abrangente, Care e Premium há a possibilidade de contratar para veículos elétricos, a proteção para cabos de carregamento (roubo) e assistência por falta de baterias.

A nova parceria alinha-se com estratégia do banco em alargar a sua oferta digital e melhorar a experiência dos clientes, “e reforça o posicionamento da Habit como parceira tecnológica de referência no setor financeiro”, lê-se em comunicado.

“Acreditamos que a inovação passa por oferecer soluções integradas, que simplifiquem a vida dos nossos clientes. Esta parceria com a Habit reforça a nossa aposta num modelo de banca mais digital, mais útil e mais próxima das necessidades reais dos consumidores”, afirma Cristina Beirão, do Banco Primus.

“Esta parceria com o Banco Primus é um reflexo claro daquilo em que acreditamos: seguros simples, rápidos e pensados para a vida real. Em poucos minutos, o cliente tem o seu seguro auto contratado — sem fricções, sem complicações.”, destaca Jorge Cravidão, Customer Success Director da Habit.

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Países da NATO acordam investimento de 5% do PIB em defesa até 2035

  • Lusa e ECO
  • 25 Junho 2025

A cimeira da Aliança Atlântica em Haia terminou esta quarta-feira com os 32 países a chegarem a acordo para um aumento do investimento na defesa até 2035, com uma revisão dos objetivos em 2029.

Os 32 países da Aliança Atlântica acordaram esta quarta-feira, no segundo e último dia da cimeira em Haia, um aumento do investimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) na área da defesa até 2035, com uma revisão dos objetivos em 2029.

Unidos para fazer face às profundas ameaças de segurança e desafios, em particular a ameaça a longo prazo apresentada pela Rússia à segurança euro-atlântica e a persistente ameaça do terrorismo, os aliados comprometem-se a investir 5% do PIB anualmente em requerimentos de defesa, assim como em despesas relacionadas com defesa e segurança até 2035″, referiram na Declaração da Cimeira de Haia (Países Baixos).

De acordo com o documento divulgado ao início da tarde, os chefes de Estado e de Governo das 32 nações que compõem a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) firmaram um compromisso para reforçar as “forças [militares], capacidades, recursos, infraestruturas, prontidão militar, e a resiliência necessária para dissuadir e defender” o território abrangido pela organização político-militar.

“Os aliados conhecem as severidades que enfrentamos e precisamos de responder de forma conjunta. Todos os aliados percebem que precisamos de nos fortalecer. A América está comprometida com a NATO e manifestou novamente que pretende que os aliados europeus e do Canadá invistam mais para que equalizem os seus gastos e para que demonstrem responsabilidade na divisão das contribuições para segurança”, disse o secretário-geral da NATO.

Mark Rutte atribuiu ao Presidente norte-americano “todo o mérito” pelo compromisso que os países da organização político-militar fizeram de investir mais, rejeitando que tenha demonstrado fraqueza perante Donald Trump.

Questionado sobre se os elogios que fez a Donald Trump demonstram fraqueza da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Mark Rutte rejeitou que tenha cedido a caprichos do Presidente dos Estados Unidos da América. No final da reunião magna da Aliança Atlântica, o secretário-geral considerou que “as coisas estão a avançar” com Trump.

“Está a fazer coisas que nos obrigam a investir mais. Teria sido este o resultado da cimeira se ele [Donald Trump] não tivesse sido eleito? Chegaríamos na década de 2030 aos 5% [do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa]? Não merece mérito pelo que fez?”, questionou-se Mark Rutte sobre o assunto.

Portugal vai ter de investir mais mil milhões

Portugal vai ter de investir mais mil milhões de euros para cumprir a meta de despesa de 2% em defesa no final do ano, adiantou esta quarta-feira o primeiro-ministro em Haia, Países Baixos, onde decorreu a cimeira da NATO. Montenegro assegurou que não será necessário qualquer Orçamento Retificativo pois o país “tem dinheiro” para fazer face ao esforço financeiro deste ano.

Atualmente, Portugal tem despesa representando cerca de 1,55% do PIB em Defesa, mas comprometeu-se junto dos aliados a atingir uma meta de 2% até final do ano. “Na totalidade, o esforço financeiro [para cumprir os 2%] andará à volta de mil milhões de euros, talvez um pouco menos, de investimento direto em aquisição de equipamento, de investimento que já fizemos e está em curso de valorização dos nossos recursos humanos”, disse o primeiro-ministro aos jornalistas, à saída da reunião da NATO.

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