Jovens portugueses consideram notícias “tendenciosas” e “aborrecidas”

  • Lusa
  • 26 Março 2025

A escola, os temas de conversa e a família desempenham um papel importante na procura dos jovens por notícias. Muitos recorrem às redes sociais para "saber o que se passa no mundo".

Os jovens em Portugal consideram as notícias “tendenciosas” e “aborrecidas”, sobretudo sobre política, conclui um inquérito desenvolvido pelo projeto YOUNDigital.

O projeto de cidadania digital YouNDgital inquiriu 1.362 jovens a viver em Portugal, com idades entre os 15 e os 24 anos, e identificou quatro grupos diferentes tendo em conta a forma como encaram as notícias.

O primeiro grupo, designado “Exploradores Digitais Centrados no Lazer”, conta com 50,27% de repostas do sexo masculino que têm interesse em notícias sobre desporto, tecnologia, saúde e entretenimento, sendo que os jovens deste grupo procuram os media para conversar e passar tempo, porque as notícias são “tendenciosas” e “aborrecidas”, sobretudo matéria política.

Este grupo identificou os youtubers como forma de saber “o que se passa no mundo”, sendo que as suas principais fontes de informação são as redes sociais, revelando menos procura por jornais, rádio ou professores.

O grupo “Exploradores Digitais de Temas Variados” integra 59% de repostas dadas pelo sexo feminino e revelou ter interesse em temas como saúde, entretenimento, tecnologia, sociedade, educação e economia, embora procurem os instagrammers para saber “o que se passa no mundo”.

Os jovens deste grupo consideram as notícias “tendenciosas” e com “um impacto negativo” na sua “vida e no estado de espírito”, pois acedem aos meios de comunicação social para conversar e fazer trabalhos escolares, tendo como principal fonte de informação os membros da família.

O terceiro grupo “As Notícias Não São a Minha Praia” tem uma maior percentagem de respostas do sexo masculino, cerca de 61% e o desporto e o entretenimento destacam-se entre os baixos níveis de interesse nos media.

De forma a saber o que se passa no mundo acedem aos youtubers, embora em menor escala do que o primeiro grupo, sendo que partilham a mesma perspetiva sobre as notícias que o grupo anterior, acrescentando que as notícias são aborrecidas, especialmente sobre política.

Este grupo revelou também aceder os meios de comunicação social para conversar e fazer trabalhos escolares, mas com valores globais mais baixos do que o segundo grupo, sendo que têm como fonte de informação os meios de comunicação social, mas em menor escala do que os dois grupos já definidos.

O último grupo identificado pelo estudo é categorizado como “Vislumbre dos Media à Antiga” e demonstrou interesse pelo desporto, entretenimento e alguma atenção à tecnologia.

Trata-se de um grupo mais diversificado do que os grupos um e dois, mas mais alargado em ternos de notícias do que o grupo três, sendo constituído por 50,69% de repostas do sexo feminino e as restantes do sexo masculino.

Este grupo considera que “os jornalistas são mais proeminentes (em comparação com os influenciadores digitais, que aparecem mais nos grupos um e dois)”, sendo que também partilham da opinião de que as notícias “têm um impacto negativo” na sua vida e no seu estado de espírito”, descrevendo os media como “tendenciosos“, tal como nos outros grupos.

Este grupo acede sobretudo os meios de comunicação para conversas e para fazer os trabalhos da escola, tendo como fontes de informação as redes sociais e os familiares.

Assim, o inquérito concluiu que “o destaque dado às notícias não foi evidente nos agrupamentos, com foco nos interesses do indivíduo e não no coletivo“, realçando o importante papel desempenhado pela escola e pela família.

O YouNDigital é um projeto desenvolvido pelo centro de investigação da Universidade Lusófona (CICANT) e conta com o financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

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Pedro Esteves volta a dirigir campanha da AD e já foi exonerado do gabinete do PM

  • Lusa e ECO
  • 26 Março 2025

Coligação que deverá voltar a juntar PSD, CDS-PP e PPM para as legislativas antecipadas de 18 de maio terá como mandatário financeiro e jurídico Ricardo Carvalho.

O diretor de campanha da Aliança Democrática vai voltar a ser o até agora diretor de comunicação do Governo, Pedro Esteves, exonerado destas funções na terça-feira, e como diretor-adjunto o secretário-geral do CDS-PP, Pedro Morais Soares.

De acordo com fonte da direção de campanha da AD, a coligação que deverá voltar a juntar PSD, CDS-PP e PPM para as legislativas antecipadas de 18 de maio terá como mandatário financeiro e jurídico Ricardo Carvalho, deputado e secretário-geral adjunto do PSD, enquanto o mandatário financeiro adjunto será João Viegas, do CDS-PP.

Pedro Esteves tinha sido nomeado para o gabinete do primeiro-ministro a 19 de abril de 2024 — depois de já ter assumido funções de assessor ao lado de Luís Montenegro no PSD — tendo sido exonerado com efeitos a partir de terça-feira, num despacho em que o chefe do Governo expressa o seu público louvor pela “competência, lealdade e elevado empenho” nas funções de diretor de comunicação do executivo PSD/CDS-PP que depois assumiu.

Tiago Varzim, assessor do ministro da Presidência, continuará a ajudar na coordenação da comunicação do governo neste período.

O Presidente da República anunciou em 13 de março que iria dissolver o Parlamento e marcar eleições antecipadas para 18 de maio na sequência da demissão do Governo PSD/CDS-PP. A demissão resultou da rejeição pelo parlamento da moção de confiança ao executivo a 11 de março, anunciada depois de semanas de dúvidas sobre a vida patrimonial e profissional do primeiro-ministro relacionadas com a empresa Spinumviva.

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Hotéis Onyria em Cascais juntam-se à Intercontinental, mas gestão fica com família Pinto Coelho

Apesar da parceria com a Intercontinental, um principais grupos hoteleiros do mundo, a propriedade e gestão mantêm-se no Grupo Onyria e na família Pinto Coelho.

Os hotéis do grupo Onyria em Cascais, o Onyria Quinta da Marinha Hotel e o Onyria Marinha Boutique Hotel na Quinta da Marinha, passam a integrar o IHG Hotels & Resorts, um dos principais grupos hoteleiros do mundo, a Intercontinental (IHG). O acordo em regime de franchising implica um investimento de cinco milhões de euros que será aplicado em decoração, renovação e criação de novos espaços.

“Acreditamos que as marcas da IHG se alinham perfeitamente com a nossa visão de reter a herança cultural do nosso destino e produto, ao mesmo tempo que oferecem experiências autênticas e únicas”, diz o CCO do Grupo Onyria. “E por isso faz todo o sentido esta parceria para o Grupo Onyria, que não só nos traz reconhecimento global, como o acesso aos mais de 145 milhões de membros do IHG One Rewards e uma experiência de luxo elevada para os todos os hóspedes”, explica João Pinto Coelho, citado em comunicado.

Faz todo o sentido esta parceria para o Grupo Onyria, que não só nos traz reconhecimento global, como o acesso aos mais de 145 milhões de membros do IHG One Rewards e uma experiência de luxo elevada para os todos os hóspedes.

João Pinto Coelho

CCO do Grupo Onyria

O grupo liderado por José Carlos Pinto Coelho detalha ainda que “tratando-se de um acordo de franchising, esta parceria com o grupo Intercontinental não implica um contrato de gestão, o que significa que a gestão e propriedade se manterá a cargo do Grupo Onyria e da família Pinto Coelho, que se mantém ativo no desenvolvimento e na procura de novas oportunidades de crescimento”.

O Onyria Quinta da Marinha Hotel passará a integrar a marca Kimpton Hotels & Restaurants e o rebranding será concluído no início de 2026, após obras de renovação. O Kimpton Quinta da Marinha Cascais contará com 198 quartos, dos quais dez serão suítes, e um spa com ginásio renovado. O hotel vai contar ainda com dois restaurantes e dois bares, piscina interior e exterior, campo de golfe de 18 buracos, 12 salas de conferências e uma casa no lago, ideal para reuniões ou eventos.

Onyria Quinta da Marinha HotelGrupo Onyria

Já o Onyria Marinha Boutique Hotel e as Villas (72 quartos e 40 villas) passará a integrar a a Vignette Collection e a chamar-se Onyria Marinha Cascais – Vignette Collection. A mudança ocorrerá ainda antes deste verão.

Em 1986, a família adquiriu uma parcela da Quinta da Marinha, em Cascais, o “primeiro grande projeto na área da gestão hoteleira”, o atual Onyria Quinta da Marinha Hotel. O grupo tem os restaurantes Monte Mar Cascais, Monte Mar Lisboa, Monte Mar Lagos e o Monte Mar Mercado da Ribeira (no Time Out Market, Lisboa).

O Grupo Onyria tem ainda a empresa Serviço Médico Permanente (SMP) que opera na área de assistência médica ao domicílio, telemedicina, segurança e saúde no trabalho. E adquiriu recentemente a operação da Residência Sénior Ofélia, propriedade da Santa Casa Misericórdia de Cascais, após ter criado o Premium Selection – Senior Living, um projeto que pretende atribuir um selo de qualidade aos lares do concelho e agregá-los num portal.

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PRR

Projetos de digitalização da saúde com verbas do PRR com atrasos de três anos

“Por motivos relacionados com atrasos na tramitação procedimental, não foi possível dar cumprimento à execução financeira conforme o escalonamento previsto", justifica portaria do Ministério da Saúde.

O Ministério da Saúde tem mais de seis milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para promover a “transição digital da Saúde”. Com as verbas repartidas por três anos (2021 a 2023) os atrasos na execução obrigaram a uma reprogramação dos encargos. Agora, o SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde tem até 2026 para concluir os projetos.

Por motivos relacionados com atrasos na tramitação procedimental, não foi possível dar cumprimento à execução financeira conforme o escalonamento previsto, pelo que se torna necessário proceder ao reescalonamento do encargo plurianual, de forma a adaptá-lo à execução agora prevista para os contratos”, lê-se na portaria publicada esta quarta-feira em Diário da República.

Em causa estão 6,2 milhões de euros (mais IVA) para “corrigir os constrangimentos que impedem a transição digital no Serviço Nacional de Saúde, incluindo a falta de hardware e software adequados à disposição dos profissionais de saúde, reforçar a uniformização dos sistemas de informação no Serviço Nacional de Saúde e melhorar a experiência do utilizador e o acesso aos dados”.

De acordo com o estabelecido com Bruxelas, este investimento deveria estar concluído até 30 de junho de 2025, mas Portugal já entregou um pedido de reprogramação da ‘bazuca’ que, entre outras alterações, pede a alteração das datas para o cumprimento de determinadas metas e marcos que estão atrasadas. A Saúde beneficia ainda de um reforço de 336 milhões de euros para financiar aquisição de equipamentos hospitalares e equipamento médico pesado no sentido de reforçar o parque tecnológico do Serviço Nacional de Saúde.

Este será um dos casos já que, a portaria atira para 2026 a execução da última tranche de 750 mil euros. Este investimento, constituído por quatro subinvestimentos, vai assim ser executado entre 2023 e 2026 e não entre 2021 e 2023.

As verbas do PRR vão servir para:

  • O “reforço da rede de dados da saúde, numa ótica de melhoria da qualidade do serviço e resiliência dos sistemas informáticos disponíveis no Serviço Nacional de Saúde, de facilidade de utilização de dados em sistemas de apoio à decisão e de garantia da interoperabilidade entre diferentes sistemas de informação e do cumprimento dos princípios de segurança adequados.
  • A comunicação entre os cidadãos e as unidades de saúde será simplificada, uniformizada e digitalizada, através de ferramentas eletrónicas, tais como uma plataforma centrada nos cidadãos e instrumentos de telessaúde para aumentar o acesso a cuidados de saúde.
  • A disponibilização de ferramentas renovadas e interoperacionais aos profissionais de saúde (por exemplo, plataformas de telemonitorização e telerreabilitação, bem como sistemas que melhoram a portabilidade dos dados entre as instalações de cuidados primários, hospitalares e de cuidados continuados integrados) e de formação pertinente em matéria de competências digitais.
  • A promoção da digitalização dos registos clínicos, tendo em vista a realização de atividades de monitorização do desempenho do Serviço Nacional de Saúde.”

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Employee Experience: De diferencial competitivo a necessidade estratégica

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  • 26 Março 2025

Segundo um estudo recente da Gartner, que identifica as principais prioridades dos líderes de RH para 2025, a experiência do colaborador é um dos pilares determinantes para o sucesso organizacional.

Nos últimos anos, a Experiência do Colaborador (Employee Experience – EX) tornou-se um dos temas centrais na agenda dos líderes de Recursos Humanos. Em 2025, essa abordagem deixará de ser um simples fator diferenciador para se tornar uma necessidade estratégica essencial à sustentabilidade das organizações. Segundo um estudo recente da Gartner, que identifica as principais prioridades dos líderes de RH para 2025, a experiência do colaborador é um dos pilares determinantes para o sucesso organizacional, impactando diretamente a retenção de talentos, a produtividade e a inovação.

A Evolução da Experiência do Colaborador

O Employee Experience já não se resume a um conjunto de benefícios ou boas condições de trabalho. Atualmente, representa a totalidade da jornada do colaborador dentro da organização, abrangendo fatores como cultura organizacional, oportunidades de crescimento, tecnologia e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Num contexto em que a personalização e a digitalização assumem um papel de destaque, as empresas apostam cada vez mais em abordagens flexíveis e baseadas em dados para otimizar a experiência dos seus talentos.

Employee Experience como Pilar Estratégico

A correlação entre uma experiência positiva do colaborador e a performance organizacional já não é questionada. Empresas que priorizam a EX registam níveis superiores de engagement, equipas mais produtivas e um alinhamento mais sólido com os objetivos estratégicos da organização.

A tecnologia será um dos grandes aceleradores desta transformação. Soluções baseadas em inteligência artificial, plataformas interativas e automação de processos permitirão personalizar a jornada do colaborador, otimizando tanto o trabalho remoto como os modelos híbridos. Paralelamente, estas ferramentas não só impulsionam a eficiência operacional, como também proporcionam experiências mais fluidas e gratificantes no dia a dia profissional.

Além disso, a cultura organizacional e a EX estarão cada vez mais interligadas. Empresas que conseguem alinhar valores corporativos, comunicação transparente e práticas de reconhecimento ganham uma vantagem competitiva significativa na retenção e desenvolvimento dos seus talentos. A experiência do colaborador deve refletir os princípios da organização em todas as fases do ciclo profissional, desde a atração até ao desenvolvimento e progressão na carreira.

Estratégias para Melhorar a Experiência do Colaborador

Para transformar a experiência do colaborador numa verdadeira alavanca de crescimento, as empresas devem adotar estratégias integradas e orientadas para o futuro.

  • Desenvolvimento de Lideranças Humanizadas: Capacitar os gestores para adotarem práticas de liderança mais empáticas, baseadas em feedback contínuo e reconhecimento estruturado. O investimento em programas de mentoring e coaching será essencial para fortalecer este pilar.
  • Personalização da Jornada do Colaborador: Adaptar planos de desenvolvimento profissional às aspirações individuais, oferecendo modelos de trabalho flexíveis e utilizando tecnologia para recolher insights sobre o bem-estar e a satisfação dos colaboradores.
  • Promoção de um Ambiente de Trabalho Saudável e Inclusivo: Implementar políticas robustas de bem-estar, diversidade e inclusão, garantindo que os colaboradores se sintam valorizados e representados. Criar canais de comunicação eficazes para fortalecer o sentimento de pertença.
  • Integração de Tecnologia na EX: Apostar na automação para reduzir burocracia e potenciar plataformas digitais que promovam a aprendizagem contínua e a colaboração entre equipas. A digitalização do workplace será um fator crítico para a retenção de talentos.
  • Cultura de Feedback Contínuo e Data-Driven: Estabelecer ciclos regulares de avaliação de desempenho, realizar estudos de clima organizacional e utilizar métricas avançadas para medir e otimizar a experiência do colaborador.
  • Alinhamento da EX com a Estratégia Empresarial: As iniciativas de Employee Experience devem estar diretamente ligadas aos objetivos de negócio, garantindo que os colaboradores compreendem e contribuem para o sucesso organizacional. Envolver os talentos nas decisões estratégicas e investir no desenvolvimento interno são fatores críticos para o crescimento sustentável.

A convergência entre cultura organizacional, tecnologia e liderança será essencial para criar um ambiente de trabalho onde os colaboradores se sintam valorizados, motivados e plenamente envolvidos na missão da empresa. As organizações que conseguirem transformar esta necessidade estratégica em ação estarão mais bem posicionadas para prosperar num mercado cada vez mais dinâmico e exigente.

Patrícia Vicente, Manager EY, People Consulting

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“Não gosto quando o escrutínio político se transforma em julgamento popular”, diz Aguiar Branco

  • ECO
  • 26 Março 2025

Na última como presidente da Assembleia da República, Aguiar Branco diz estar tranquilo com a forma como geriu a discussão da moção de confiança que ditou a queda do Governo.

O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco, considera que as eleições eram evitáveis. Na sua opinião não havia matéria para o Governo cair, porque, diz, o primeiro-ministro não escondeu nada.

Em entrevista ao podcast da Antena 1 “Política com Assinatura”, a última como presidente da Assembleia da República diz: “Não havia matéria que justificasse que se fosse para eleições”. Critica aquilo que diz serem julgamentos populares que extravasam o escrutínio político acerca da empresa de Luís Montenegro. “Não gosto quando o escrutínio político se transforma em julgamento popular”, diz o responsável. “É perigoso”, acrescenta, porque “nunca se consegue esclarecer nada”.

Aguiar Branco diz estar tranquilo com a forma como geriu a discussão da moção de confiança que ditou a queda do Governo — não foi um momento “dramático”, garante — e acredita que a sua intervenção junto da AD e do PS não teria feito a diferença. Aguiar-Branco recomenda aos partidos que abram o jogo e digam quais os cenários possíveis após as eleições, caso nenhum partido consiga votos suficientes para governar.

E ao contrário do que pensou em 2019, quando abandonou o lugar de deputado e não integrou as listas para as legislativas, Aguiar-Branco admite agora que está disponível para ajudar o país porque “a exigência de intervenção é maior” do que em 2019.

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HR Talks regressa a 9 de abril com debate sobre Liderança e Saúde no Trabalho

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  • 26 Março 2025

O evento decorrerá no Edifício Tejo da AGEAS e promete ser um momento marcante de partilha, reflexão e inspiração sobre o papel da liderança na criação de equipas saudáveis e sustentáveis.

A MindAlliance Portugal promove, no próximo dia 9 de abril, a 3.ª edição dos HR Talks, um encontro exclusivo para líderes empresariais e profissionais de recursos humanos que colocam a saúde no trabalho no centro das suas estratégias de gestão.

O evento decorrerá no Edifício Tejo da AGEAS, com início pelas 9h30, e promete ser um momento marcante de partilha, reflexão e inspiração sobre o papel da liderança na criação de equipas saudáveis e sustentáveis.

Sob o tema “Liderança e Saúde no Trabalho: Como criar equipas saudáveis e de alto desempenho“, o HR Talks contará com um painel de oradores de referência:

  • Susana Miranda, Diretora de Talento na VdA
  • Maria João Maia, Legal e HR Director da AstraZeneca
  • Marco Serrão, Chief People & Spaces Officer da Galp

A moderação estará a cargo de uma Joana Bastos, jornalista, assegurando uma conversa dinâmica e desafiante entre os convidados, que partilharão boas práticas e desafios na construção de culturas organizacionais centradas no bem-estar.

O evento contará ainda com dois momentos de destaque:

  • Abertura oficial por Vanda Antunes, Membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal – Chief Risk Officer
  • Partilha de dados e insights sobre saúde no trabalho, pela especialista Tânia Gaspar, reforçando a importância de decisões informadas e baseadas em evidência científica.

Para além do debate de ideias, esta edição será também uma oportunidade reforçar o papel da MindAlliance Portugal, como movimento de transformação cultural no tecido empresarial português. Ao reunir empresas líderes em diferentes setores, a MindAlliance visa colocar a saúde mental como prioridade estratégica, promovendo uma liderança mais consciente, humana e eficaz.

O HR Talks é um pequeno-almoço executivo, exclusivo para membros da MindAlliance Portugal e convidados, e faz parte da estratégia de reforço da rede nacional de empresas comprometidas com o bem-estar no trabalho.

Garanta já a sua presença e inscreva-se aqui.

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Gestores da Bosch despedidos por alegadas falhas graves com fundos europeus

  • ECO
  • 26 Março 2025

Projeto de inovação THEIA, em parceria com a Universidade do Porto, está no centro da investigação. Contou com apoios públicos de cerca de 17 milhões de euros para um investimento de 28 milhões.

Os cinco gestores de topo da Bosch em Portugal, incluindo Carlos Ribas, que liderava a operação há já nove anos, foram despedidos com justa causa, sem direito a indemnização nem subsídio de desemprego, por alegadas falhas graves na elaboração e execução de candidaturas da empresa a fundos europeus, potenciado o encaixe indevido de subsídios, revela o Jornal de Negócios.

Em causa está o projeto de inovação THEIA (Automated Perception Driving), desenvolvido em parceria com a Universidade do Porto, para criar soluções que melhoram as capacidades sensoriais de veículos autónomos. O projeto que arrancou em julho de 2020 obteve apoios públicos de cerca de 17 milhões de euros para um investimento total de 28 milhões.

O problema reside no facto de parte dos 55 contratados para este projeto, cujos salários eram parcialmente suportados com fundos públicos, terem estado a trabalhar noutros projetos. Carlos Ribas foi informado da questão, enviou a documentação da denúncia para o compliance da Bosch, que abriu um processo de investigação. Após recebida luz verde do mesmo foi submetido o pedido de pagamento final. Mas a investigação interna da casa-mãe ao projeto ditou o afastamento dos cinco responsáveis portugueses. Quatro interpuseram ações de impugnação em tribunal contra a Bosch, exigindo ser indemnizados.

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Águas de Gaia selecionada para parceria em água na Ucrânia com apoio das Nações Unidas

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  • 26 Março 2025

Especialistas da Águas de Gaia irão trabalhar de perto com os seus homólogos no terreno, enquanto delegações ucranianas receberão formação nas instalações da Águas de Gaia em Portugal.

A Águas de Gaia, EM, SA foi selecionada pela Global Water Operators’ Partnerships Alliance (GWOPA), uma iniciativa do UN-Habitat em parceria com a UNICEF, para apoiar a empresa regional de água Oblvodokanal em Zaporizhzhia, na Ucrânia. Esta parceria visa fortalecer as capacidades operacionais e melhorar os serviços de abastecimento de água e saneamento na região, através de um programa de aprendizagem entre pares entre as entidades mentora e mentorada, com vista a um alinhamento com as normas e padrões da União Europeia.

“A oportunidade de colaborar com a Oblvodokanal é motivo de imenso orgulho para toda a equipa da Águas de Gaia”, afirma Miguel Lemos Rodrigues, Presidente da Águas de Gaia. “Esta parceria internacional com a GWOPA reafirma o nosso compromisso de trabalharmos para cidades mais inclusivas, resilientes e sustentáveis. Iniciativas colaborativas como esta reforçam as entidades locais de água e saneamento, garantindo melhorias duradouras.

Os sistemas de água e saneamento na Ucrânia enfrentam desafios críticos, com quase 40% das redes de abastecimento de água do país classificadas como críticas e 35% das estações de tratamento de água a necessitarem urgentemente de reabilitação. Ameaças relacionadas com o clima, como secas e inundações, também pressionam a segurança hídrica, afetando a agricultura e a saúde pública.

Desde a escalada do conflito em fevereiro de 2022, o setor de abastecimento de água e saneamento na Ucrânia sofreu danos físicos estimados em 4,6 mil milhões de dólares e perdas de 12,7 mil milhões de dólares, em grande parte devido à perda de receitas, ao aumento dos custos energéticos e à destruição de infraestruturas. A restauração dos serviços essenciais é fundamental para a recuperação inicial e para a resiliência a longo prazo.

A nova parceria terá início em abril de 2025 e prolongar-se-á até agosto de 2026.

A Zaporizhzhia Oblast Vodokanal é uma importante empresa regional de água responsável pelo abastecimento de água e pela gestão de águas residuais em toda a região de Zaporizhzhia. Supervisiona a operação de infraestruturas críticas, assegurando o fornecimento de água potável a comunidades urbanas e rurais, bem como o tratamento seguro de águas residuais para mais de 100.000 pessoas em áreas controladas pela Ucrânia. Apesar dos desafios em curso, incluindo infraestruturas antigas, recursos limitados e danos resultantes do conflito, a empresa continua a desempenhar um papel fundamental na manutenção do acesso à água e aos serviços de saneamento para a população afetada em toda a região.

Em resposta a estes desafios, a Águas de Gaia enviará equipas para a Ucrânia ao abrigo do programa Water Operators’ Partnerships (WOPs). A nova parceria terá início em abril de 2025 e prolongar-se-á até agosto de 2026. Especialistas da Águas de Gaia irão trabalhar de perto com os seus homólogos no terreno, enquanto delegações ucranianas receberão formação nas instalações da Águas de Gaia em Portugal.

Através desta colaboração em Zaporizhzhia, a Águas de Gaia irá partilhar boas práticas, conhecimentos técnicos e soluções inovadoras, que beneficiarão diretamente as populações servidas pela empresa ucraniana, em particular neste período crítico para os serviços de água e saneamento no país.

O reconhecimento pelas Nações Unidas sublinha a experiência e o compromisso da Águas de Gaia com o desenvolvimento sustentável. A parceria pretende implementar soluções eficazes e sustentáveis, alinhadas com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 (Água Potável e Saneamento).

A Águas de Gaia, EM, SA (AdG) é uma empresa municipal portuguesa, detida a 100% pelo Município de Vila Nova de Gaia. A empresa assegura serviços de distribuição de água de elevada qualidade, tratamento de águas residuais e gestão de resíduos urbanos a mais de 300.000 habitantes. Com uma rede que abrange 1.500 km de distribuição de água e 1.300 km de saneamento, a Águas de Gaia tem sido reconhecida pelo regulador nacional, a ERSAR, pela prestação de um serviço de excelência a 100 por cento na qualidade da água para consumo humano.

A UN-Habitat, agência das Nações Unidas para a urbanização sustentável, opera em mais de 90 países para apoiar decisores políticos e comunidades na criação de cidades sustentáveis. A GWOPA, facilitada pelo UN-Habitat, fortalece as empresas públicas de água e saneamento em todo o mundo através de apoio entre pares e partilha de conhecimento. Ao fomentar parcerias, a GWOPA procura reforçar a resiliência e a sustentabilidade dos serviços de água, contribuindo para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6, que visa assegurar água limpa e saneamento para todos.

A UNICEF atua nos contextos mais desafiantes do mundo para chegar às crianças mais desfavorecidas. Em mais de 190 países e territórios, trabalhamos para cada criança, em todo o lado, construindo um mundo melhor para todos. Na Ucrânia, a UNICEF desempenha um papel fundamental ao garantir o acesso a água potável, saneamento e serviços de higiene (WASH), em especial para as populações vulneráveis afetadas pelo conflito. Para mais informações sobre a UNICEF e o seu trabalho pelas crianças na Ucrânia, visite www.unicef.org/ukraine.

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Lucros da TAP caem 70% para 54 milhões com provisões para tripulantes e perdas cambiais

Contas foram penalizadas por perdas cambiais e provisões para fazer face à decisão do Supremo Tribunal de Justiça relativa à reclassificação de tripulantes de cabine.

A TAP conseguiu o terceiro ano consecutivo de lucros, mas foram também os mais baixos destes três anos. O resultado líquido caiu 70% em 2024 face ao ano anterior, para 53,7 milhões de euros, devido ao impacto de provisões não recorrentes para custos laborais e perdas cambiais.

Depois de ter alcançado um resultado líquido de 118,2 milhões nos primeiros nove meses, as contas foram penalizadas pelo prejuízo de 64,5 milhões de euros no último trimestre, que a TAP atribui às provisão extraordinária constituída “após a 11 de dezembro de 2024 ter sido proferido um acórdão uniformizador de jurisprudência pelo Supremo Tribunal de Justiça relativo à reclassificação de tripulantes de cabine na sequência da nulidade do termo do contrato”.

Na apresentação a investidores, divulgada posteriormente, a TAP indica que aquela provisão foi de 41 milhões. Numa resposta do Ministério das Infraestruturas ao Parlamento, em fevereiro, é referido que a companhia colocou 37,3 milhões de euros de parte para fazer face às ações judiciais em curso movidas por trabalhadores dispensados durante a pandemia.

O resultado líquido de 2024 foi também penalizado por perdas cambiais contabilizadas em 79 milhões, segundo a apresentação entretanto divulgada.

“Estes resultados foram conseguidos num ano muito desafiante, marcado por um aumento significativo da concorrência nos nossos principais mercados, fortes desvalorizações cambiais, desafios operacionais, nomeadamente no controlo de tráfego aéreo e eventos meteorológicos adversos, e constrangimentos estruturais, como o limite de aeronaves”, afirma o presidente executivo e chairman, Luís Rodrigues, citado no comunicado.

Já ao início da tarde, o ministro das Finanças considerou que “houve decisões de gestão que afetaram os resultados deste ano” e reafirmou a posição do Executivo de que será “o próximo Governo a tomar uma decisão sobre a privatização da TAP e as condições que entender para essa privatização”.

A TAP transportou um total de 16,1 milhões de passageiros em 2024, um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior, atingindo 94% dos valores alcançados em 2019. O número total de voos operados diminuiu 1,5%, atingindo 86% dos níveis pré-crise. Devido ao plano de reestruturação a frota da TAP está limitada a 99 aeronaves e teve de ceder slots no aeroporto de Lisboa à Easyjet.

Resultado operacional recorrente praticamente inalterado

As receitas operacionais aumentaram 0,7% para 4.242,4 milhões, um novo recorde, beneficiando do aumento da capacidade e da melhoria da taxa de ocupação. A transportadora refere um impacto negativo no quarto trimestre, relacionado com receita de passagens não voadas. Na apresentação é detalhado que o efeito, de 109 milhões, resulta de “alterações no programa Miles & Go para aumentar os benefícios para os clientes, que impactaram negativamente as receitas no curto prazo devido à renegociação/rescisão de alguns acordos”, ao restabelecimento dos termos dos bilhetes alterados durante a pandemia e à menor receita de bilhetes expirados devido a uma menor disrupção.

A TAP destaca que “o forte desempenho do segmento de manutenção (+44,6%), em particular na atividade da oficina de motores, também contribuiu para o crescimento das receitas”.

Os gastos operacionais aumentaram 1,5% para 3.928 milhões, com o aumento de 13,1% nos custos com pessoal (condicionados pelo fim dos cortes salariais) a ser parcialmente compensado com a redução de 6,2% nos gastos com combustível e de 4% nos custos operacionais de tráfego.

Os meios libertos de exploração (EBITDA) recorrentes cifraram-se em 875,3 milhões em 2024, soma praticamente idêntica a 2023. O resultado operacional recorrente totalizou 382,7 milhões, menos 0,8% do que no ano anterior, com uma margem de 9,0%.

A dívida financeira líquida aumentou 15,2% para 750,3 milhões de euros, com o dinheiro em caixa a baixar para 651,6 milhões. Este montante não inclui a terceira tranche de capital de 343 milhões, executada pelo Estado a 17 de janeiro de 2025. “Considerando esta injeção de capital, o rácio dívida financeira líquida / EBITDA atingiu o nível de 2,2 vezes”, indica a companhia.

Pressão sobre preços das passagens vai manter-se

Perspetivando 2025, a TAP afirma que as reservas estão em linha com o ano anterior, apesar do aumento da capacidade. “No entanto, espera-se que a concorrência nos principais mercados se intensifique, o que poderá exercer maior pressão sobre as yields“, afirma. Ou seja, o retorno que consegue na venda dos bilhetes pode ser afetado por uma baixa dos preços.

As margens operacionais deverão ser impactadas pelo aumento dos custos e pela incerteza macroeconómica, incerteza essa que poderá afetar tantos os custos como as receitas”, assinala o comunicado.

2025 será igualmente um ano desafiante, mas também o último ano do plano de restruturação, no qual continuaremos focados na transformação da TAP numa companhia sustentadamente rentável e numa das mais atrativas da indústria, contanto o apoio e compromisso das nossas pessoas e dos nossos stakeholders”, afirma o CEO, Luís Rodrigues.

(notícia com última atualização às 13h52, com alteração dos valores da provisão extraordinária com custos laborais e das perdas cambiais, entretanto divulgadas na apresentação a investidores e com declarações do ministro das Finanças)

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Suspeitas de fraude nos vouchers para startups já estão no Ministério Público

Após denúncia de suspeitas de fraude no programa Vouchers para Startups, financiado pelo PRR, pela Startup Portugal, o IAPMEI reencaminhou casos para o Ministério Público.

O IAPMEI enviou para o Ministério Público várias suspeitas de fraude no programa Vouchers para Startups, programa com uma dotação de 90 milhões do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), após a denúncia feita pela Startup Portugal.

“Relativamente aos factos identificados como suscetíveis de preencher determinados tipos de ilícito penal, foi a Startup Portugal informada, a 7 de março, que o IAPMEI decidiu denunciar esses factos ao Ministério Público, nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 242.º do Código de Processo Penal”, adianta fonte oficial da Startup Portugal, quando questionada pelo ECO sobre o andamento das denúncias de suspeitas de fraude com o programa lançado em novembro de 2022. “Cabem agora ao Ministério Público as diligências tidas por necessárias“, diz.

Vouchers para Startups já atribuiu 16,6 milhões

Lançado em novembro de 2022, o programa Vouchers para Startups recebeu mais de cinco mil candidaturas aos dois avisos lançados. “Foram aprovadas candidaturas no valor global de 31,5 milhões de euros, sendo a atual execução orçamental de 16,6 milhões“, informa a Startup Portugal, sendo que estão “em análise os processos de alegações contrárias“, ressalva o organismo.

“As alegações contrárias fazem parte da normalidade processual. Nos dois procedimentos houve menos de 40% dos processos a recorrerem a este procedimento”, refere a Startup Portugal.

Através de financiamento do PRR, estava igualmente previsto um apoio às incubadoras, com uma dotação de 20 milhões de euros. “Na medida dos vales incubadoras foram aprovadas 30% das candidaturas no valor global de 16,5 milhões de euros, sendo a atual execução orçamental de cinco milhões de euros. Ressalvamos igualmente que se encontram no processo de notificação as entidades que apresentaram alegações contrárias”, precisa o organismo que tem gerido a receção e avaliação das candidaturas aos vouchers.

Neste âmbito, foram “lançados dois avisos, que receberam 356 candidaturas”.Não se encontra prevista a abertura de novo aviso para esta medida“, precisa a Startup Portugal.

Vouchers para Startups com novo aviso

Já no que toca aos Vouchers para Startups, desde 17 de fevereiro até 14 de abril, as startups podem candidatar-se a uma nova tranche de 30 milhões de euros. Neste terceiro aviso foi eliminada a obrigatoriedade da componente verde.

O incumprimento desta componente verde por parte das startups que se candidatavam a este financiamento da bazuca era um dos motivos para a rejeição de muitas candidaturas, tal como noticiou o ECO. A Startup Portugal não confirma que esse parâmetro era motivo para as rejeição de candidaturas, mas quando questionada diz: “Confirmamos que o fim da obrigatoriedade da componente verde permitirá abranger um número mais alargado de beneficiários.”

No âmbito deste aviso, cada startup poderá receber 30 mil euros, com as soluções agrotech e para transição climática a terem uma “dotação prioritária”, embora não seja, um “critério de exclusão”.

No âmbito da reprogramação do PRR, no documento entregue em Bruxelas, é dito que “tendo por base o número de empresas apoiadas até ao momento”, o Governo propôs a “redução de ambição de 8.600 para 5.600 PME e incubadoras de empresas diretamente apoiadas por programas de digitalização, através da redução do valor nas medidas de “Coaching 4.0” e “Vouchers para Startups”. Esta redução de ambição implica um “impacto financeiro de cerca de 50 milhões de euros”.

Até agora, não há visibilidade do impacto desta reprogramação no programa Vouchers para Startups. “A reprogramação submetida por Portugal encontra-se em fase de apreciação pela Comissão Europeia. Havendo novos dados, comunicaremos”, diz a Startup Portugal.

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5 coisas que vão marcar o dia

INE divulga contas nacionais do 4.º trimestre de 2024, no mesmo dia em que a TAP revela as contas do último ano. Lá fora, o Eurostat mostra os números do comércio de alumínio e há dados económicos.

O dia será marcado pela divulgação das contas nacionais relativas ao último trimestre de 2024 por setor institucional, dados que serão comentados pelo ministro de Estado e das Finanças. No plano nacional há ainda as contas da TAP, num momento em que a privatização da companhia aérea está congelada devido às eleições marcadas para maio. Lá fora, o Eurostat divulga um artigo sobre o comércio de alumínio e há a inflação no Reino Unido.

INE revela contas nacionais do 4.º trimestre

O Instituto Nacional de Estatística (INE) revela esta quarta-feira as contas nacionais por setor institucional, no quarto trimestre de 2024. Estes números, que são divulgados no âmbito da conclusão do Procedimento dos Défices Excessivos, cuja 1ª notificação é também divulgada esta quarta, serão comentados pelo ministro de Estado e das Finanças, numa conferência de imprensa agendada para o final da manhã. Nos primeiros nove meses de 2024, Portugal registou um excedente orçamental que se fixou em 3,3% do PIB.

TAP mostra contas de 2024

A TAP divulga, esta quarta-feira, os resultados de 2024. A companhia aérea, cuja venda está a ser preparada pelo Executivo, mas que terá que esperar até que haja um novo governo, registou um lucro de 118,2 milhões de euros nos primeiros nove meses, período em que aumentou as receitas de passagens e do negócio de manutenção de aeronaves.

Eurostat publica artigo sobre alumínio

Num momento em que as tarifas de Donald Trump sobre o aço e alumínio já estão em vigor e a Europa já anunciou um plano para ajudar a indústria, o gabinete de estatísticas europeu Eurostat publica um novo artigo sobre as trocas comerciais de alumínio, em 2024. Este texto deverá incluir dados mais recentes sobre as compras e venda de alumínio, nomeadamente os negócios com os Estados Unidos.

PSD aprova lista de candidatos a deputados

O PSD tem agendadas reuniões da Comissão Política Nacional e do Conselho Nacional para discutir as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio e aprovar a lista de candidatos a deputados. No Conselho Nacional será também designado o candidato do PSD a primeiro-ministro e aprovada a “coligação de âmbito nacional” para concorrer às eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.

Inflação no Reino Unido

O Reino Unido divulga a taxa de inflação no país, em fevereiro. O índice de preços no consumidor subiu para 3% em janeiro, acima dos 2,5% em dezembro, para o nível mais alto desde março de 2024. A inflação continua, assim, bem acima do objetivo de 2% do Banco de Inglaterra, o que deverá condicionar futuros cortes de juros por parte da autoridade monetária.

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