“Dizer que asseguramos a sustentabilidade da Segurança Social é induzir as pessoas em erro”

A sustentabilidade da segurança social é “alarmante”, qualificou o ex-ministro Teixeira dos Santos, enquanto o Parlamento está “em negação”, acusou o ex-ministro Mota Soares, numa conferência da APS.

Fernando Teixeira dos Santos, ministro das Finanças entre 2005 e 2011, afirmou esta segunda-feira que “dizer que asseguramos a sustentabilidade da Segurança Social é induzir as pessoas em erro”. O ex-ministro falou na conferência “A importância da poupança para a reforma e o contributo das soluções complementares ao regime público”, organizada pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

Jorge Bravo, Pedro Mota Soares, Fernando Teixeira dos Santos e Nelson Machado querem os portugueses mais informados

Também Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade, Trabalho e da Segurança Social entre 2011 e 2015, revelou preocupação com a iliteracia generalizada em relação às finanças da Segurança Social: “Está-se em negação e grande parte do país não quer ver a realidade”, disse.

Jorge Bravo, professor na Universidade Nova e que integrou a Comissão Interministerial de Reforma do Sistema de Segurança Social em Portugal, alertou que as pessoas terão 20 anos de sobrevida após a reforma e tem dúvida sobre qual o indexante de atualização dessas pensões, numa altura em que surge a doença e a dependência.

Teixeira dos Santos: “Poupança é importante para o progresso do país”

Na sua intervenção, Fernando Teixeira dos Santos considerou que “poupança é importante para o progresso do país”, descrevendo Portugal como tendo baixa competitividade no contexto dos países desenvolvidos e uma produtividade muito abaixo da média europeia (58%), concluindo que “levaremos muitas décadas para atingirmos essa média e pela necessidade de mudar algo que faça mudar a produtividade”.

“O país precisa de mais investimento para melhorar a sua produtividade”, disse, comparando o valor do FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo, ou investimento total da economia) de 19% em Portugal com, por exemplo, 35% na Irlanda.

Lembrando que a poupança deve seguir o nível de investimento, para não se cair de novo no excesso de endividamento externo que levou a três intervenções para colmatar a dívida externa, Teixeira dos Santos referiu que a baixa produtividade leva a baixo nível de vida e a realidades como 70% dos agregados familiares disporem de menos de dois mil euros por mês de rendimentos, com a inflação recente e consequente diminuição do poder de compra a consumirem agora as poupanças passadas.

Teixeira dos Santos: “O país precisa de mais investimento para melhorar a sua produtividade”.

Analisando o património dos portugueses, Teixeira dos Santos referiu que 50% da riqueza está em imobiliário, 24% em numerário ou depósitos bancários, 18% em títulos como ações ou fundos de investimento e apenas 6% em seguros. Neste ponto considerou que não se pode apenas explicar a baixa opção por seguros, mais apontados para o longo prazo, pelo reduzido rendimento disponível, mas também por falta de competitividade da oferta das companhias de seguros, que “têm de melhorar a oferta de produtos financeiros”, disse.

A taxa de substituição (rácio da primeira pensão sobre o último salário), que em 2019 era de 74%, é a grande preocupação do ex-ministro, uma vez que a previsão mais recente será de 43% em 2055, quando se reformarem os que atualmente têm 35 anos de idade. Até lá, será sempre a descer.

Perante esta constatação, Fernando Teixeira dos Santos afirmou: “Dizer que asseguramos a sustentabilidade da Segurança Social é induzir as pessoas em erro”, qualificando a situação como “alarmante, e será sobre as pessoas de menor rendimento que vai cair o efeito da baixa taxa de substituição”, concluiu.

Mota Soares: Reforma da Segurança Social não é privatizar

Pedro Mota Soares, ex-ministro, considera a reforma da Segurança Social como inevitável. “Está-se em negação e grande parte do país não quer ver, vai haver grande pobreza principalmente em idosos”, disse.

Referiu ainda que “o imobilismo é a maior ameaça ao estado social, sem as reformas que foram feitas nos últimos anos o estado social já tinha acabado”.

Mota Soares: “Uma carta anual a explicar o que as pessoas descontam e o que as pessoas vão ter na reforma, de modo factual, era uma forma de consciencialização para o problema”.

Como parte de um alerta para este alheamento dos portugueses, Mota Soares sugeriu mesmo “dirigir uma carta anual a explicar o que as pessoas descontam e o que as pessoas vão ter na reforma, de modo factual. Era uma forma de consciencialização para o problema”, referiu.

Pela sua experiência passada no Parlamento, afirmou que falar em “reforma da Segurança Social vai logo ter uma reação política a dizer que se quer privatizar a Segurança Social”, opinião que Carla Castro, atual deputada, em intervenção posterior, corroborou, utilizando episódios mais recentes de discussão de segurança social na Assembleia da República para o demonstrar.

Uma parte da solução seria a aposta em “criar um suplemento de reforma com, por exemplo, 1% de contribuição do trabalhador e 1% da empresa com capitalização que fosse voluntário mas por auto-enrollment (automático), podendo as pessoas desistir se quiserem”. Este desenvolvimento do 2º pilar tem prova internacional de permanência: ficam 90% das pessoas no sistema, afirmou Mota Soares.

Medidas concretas foram avançadas para estimular poupança

A discussão foi alargada, com moderação de Nelson Machado, presidente Comissão Técnica Vida da APS, e Jorge Bravo, professor na Universidade Nova e que integrou a Comissão Interministerial de Reforma do Sistema de Segurança Social em Portugal, que alertou as pessoas terão pelo menos 20 anos de sobrevida após a reforma e tem dúvida sobre qual o indexante de atualização dessas pensões, numa altura em que surge a doença e a dependência.

Nelson Machado resumiu algumas dos pontos de avanço como soluções para o tema da conferência. Na opinião do também administrador do Grupo Ageas, o atual PPR, face à facilidade com que se pode resgatar, não merece benefícios fiscais. “O benefício fiscal é uma perda de receita de todos os portugueses, não é para ser usado para comprar um carro”, ironizou.

Teixeira dos Santos, embora discorde de “benefícios fiscais a torto e a direito”, lembrou que, se a poupança for um desígnio do país, “pode haver benefícios nesse campo, nesse caso incentivar a poupança faz sentido”.

A questão ideológica é outro obstáculo detetado concluindo os participantes que há um esforço a fazer para demonstrar que a questão “não é política, é técnica”.

O desenvolvimento dos pilares 2º (planos de pensões de empresas) e 3º (planos poupança individuais), ambos de capitalização, é fundamental para complementar o pilar público, de repartição e que tem limitações ou impossibilidade de equilíbrio por questões demográficas.

A transparência das relações com os contribuintes e beneficiários da Segurança Social foi sempre considerado fundamental para criar crescente consciencialização de que, nada fazendo, a taxa de substituição será de 43% em 2055.

Se a poupança dos portugueses está hoje em tijolos, há que transformar esses tijolos em rendimento futuro. Jorge Bravo falou em hipoteca inversa, com melhoria de rendimentos ou prestação de serviços.

Jorge Bravo indicou ainda poder ser equacionado um modelo de contribuição definida em lugar de benefício definido, criando uma maior justiça entre gerações.

Nelson Machado tem esperanças no PEPP (o “PPR europeu”), embora esteja a estranhar a demora pela sua materialização, temendo que nunca passe do papel.

Por último todos os participantes focaram a literacia financeira como parte fundamental da criação de uma consciencialização realista da futura situação da Segurança Social na reforma dos portugueses.

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Allianz quer vender 51% de participação na Allianz Saudi Fransi à ADNIC

  • ECO Seguros
  • 2 Outubro 2023

A Allianz anuncia a venda da sua participação de 51% na Allianz Saudi Fransi à ADNIC com vista a otimizar as suas operações de seguros no Médio Oriente. A transação aguarda aprovação regulatória.

A seguradora alemã Allianz revelou nesta quinta-feira que celebrou um acordo vinculativo para vender a sua participação de 51% na Allianz Saudi Fransi (AzSF) na Arábia Saudita à ADNIC , no âmbito da estratégia do grupo com sede em Munique de simplificar as suas operações de seguros primários no Médio Oriente.

A transação, sujeita a aprovações regulatórias, deverá concluída nos próximos meses, informou a gigante alemã. A Allianz garantiu ainda que os colaboradores e clientes da AzSF não serão afetados pela operação.

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CFO da Allianz vai para a Generali

  • ECO Seguros
  • 2 Outubro 2023

A seguradora com sede em Munique está a reestruturar o seu conselho de administração. Já foi escolhido o sucessor do Diretor Financeiro após a saída do CFO para a rival Generali.

A Allianz está a renovar a sua direção. O mandato de Oliver Bäte como presidente do conselho de administração foi prolongado até à assembleia geral anual de 2028, anunciou a seguradora nesta segunda-feira. Oliver Bäte está na Allianz desde 2008 e é CEO do Grupo desde maio de 2015. Ao decidir prolongar o seu contrato, o conselho de supervisão referiu-se ao crescimento sustentável e rentável do grupo.

Giulio Terzariol vai para a Generali. Oliver Bäte fica.

Ao mesmo tempo, a Allianz perdeu o seu Diretor Financeiro Giulio Terzariol para o seu concorrente italiano Generali. O profissional de 51 anos será dispensado de funções a partir de 31 de dezembro, a fim de prosseguir uma oportunidade de carreira fora da Allianz, acrescenta o comunicado. Giulio Terzariol assumirá a direção da recém-criada divisão de seguros a partir de 1 de janeiro de 2024, anunciou a Generali nesta segunda-feira. Deverá, assim, ter boas hipóteses de se tornar o sucessor do CEO Philippe Donnet segundo a publicação alemã Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ).

Claire-Marie Coste-Lepoutre assume o cargo de Diretora Financeira da Allianz no início de 2024. Na mesmo posição, reestruturou a divisão de clientes da AGCS durante quatro anos, antes de regressar à sede do Grupo como atuária chefe, em setembro. A francesa de 48 anos trabalhou em estreita colaboração com o atual CEO Oliver Bäte de 2011 a 2015, primeiro como sua chefe de gabinete e depois como sua adjunta, quando o líder era o membro do conselho responsável pela Europa do Sul e Ocidental.

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Aon revela 10 tendências para o futuro dos seguros

  • ECO Seguros
  • 2 Outubro 2023

A Aon revela que megatendências como mudanças climáticas, inteligência artificial e o metaverso estão a redefinir o setor de seguros e a abrir caminho para oportunidades de crescimento bilionárias.

Megatendências emergentes como as mudanças climáticas, a inteligência artificial (IA) e o metaverso estão a transformar os mercados de seguros e resseguros do futuro, de acordo com o relatório “Transformative Trends” da Aon. “Milhões de dólares em prémios estão à espera de ser conquistados. Grandes mudanças trazem riscos e volatilidade, e, portanto, uma maior procura por proteção. Como indústria, não podemos dar-nos ao luxo de ficar à margem e esperar que essas tendências se cristalizem”, afirmou Sherif Zakhary, CEO do grupo de estratégia e tecnologia da Aon, no documento.

O estudo revela as 10 principais oportunidades de crescimento para seguradoras e resseguradoras em resposta à procura dos clientes, ao mesmo tempo que aumentam a relevância, o crescimento e a diversificação da indústria. “Muitas destas oportunidades de crescimento são imediatas ou exigiriam um investimento relativamente pequeno em talento ou tecnologia por parte das seguradoras e resseguradoras. Outras tendências estão menos desenvolvidas, mas representam potencialmente grandes mercados futuros para seguros”, explicou o relatório.

No conjunto, as três megatendências – o metaverso, a mobilidade partilhada e o aumento da propriedade intelectual (PI) – poderiam gerar 80 mil milhões de dólares em prémios brutos até 2030. A mobilidade partilhada, que inclui veículos autónomos partilhados e partilha de automóveis, é a segunda maior oportunidade de megatendência de seguros e resseguros no top 10 da Aon. Prevê-se que o prémio bruto escrito potencial ultrapasse os 40 mil milhões de dólares até 2030, mas, em certos cenários, o mercado de seguros e resseguros de mobilidade poderia valer cerca de 90 mil milhões de dólares.

O mercado de PI apresenta uma oportunidade imediata para as seguradoras, impulsionada por uma mudança económica global de ativos tangíveis para ativos intangíveis. O valor global de ativos intangíveis foi estimado em cerca de 60 trilhões de dólares em 2022. Poucas seguradoras participam atualmente neste mercado, deixando espaço para novidades e o desenvolvimento de novos produtos, incluindo formas de negócios relacionados com a PI”, esclareceu o relatório.

Eficiências operacionais

A análise prescritiva é uma área de negócio menos desenvolvida, mas pode, por si só, gerar cerca de 100 mil milhões de dólares em prémios adicionais. Como indicador da tendência de análise prescritiva, prevê-se que o mercado global de IA alcance entre 0,5 e 2 trilhões de dólares em receitas até 2030, com prémios brutos escritos potenciais superiores a 100 mil milhões de dólares. “A crescente procura por tomada de decisões baseada em dados e a adoção de tecnologias de big data e IA estão a impulsionar o crescimento do mercado, mas a tecnologia ainda está nas fases iniciais de desenvolvimento. As resseguradoras estão a concentrar-se em eficiências operacionais maiores em vez de desenvolver produtos de seguros especializados para proteger contra riscos associados”, concluiu o relatório.

De acordo com a análise, outras tendências, como eletrificação e biotecnologia, oferecem o potencial de prémios imediatos ou exigem um investimento relativamente pequeno em conhecimento ou desenvolvimento de produtos para serem exploradas. Outras tendências, como o metaverso e a biodiversidade, têm um maior potencial de prémio, mas envolvem “horizontes temporais mais longos ou incerteza em torno do desenvolvimento das tendências e do tamanho do mercado”, afirma o relatório. Zakhary concluiu ainda, sobre o estudo: “uma resposta deliberada e informada a essas poderosas tendências transformadoras deve estar no topo da agenda da indústria de seguros e resseguros. As megatendências oferecem uma oportunidade única para a indústria aumentar a sua relevância, crescer e diversificar-se”.

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Costa descarta novo travão nas rendas igual ao deste ano

  • Ana Petronilho
  • 2 Outubro 2023

O chefe do Executivo diz que a solução será "de equilíbrio entre os 2% (travão deste ano) e os 6,95% (valor do aumento previsto para o ano)".

O primeiro-ministro anunciou que em 2024 o travão à atualização das rendas será diferente à medida adotada este ano, que limitou o aumento a um máximo de 2%.

“A fórmula para o próximo ano não será exatamente igual à deste ano”, mas o Governo “está a conversar com os inquilinos e os proprietários para encontrar uma medida para repartir o esforço entre os proprietários, os inquilinos e o Estado para garantir que nenhuma família fique sem condições de pagar a casa onde habita”.

Sem avançar detalhes, o chefe do Executivo diz que a solução será “de equilíbrio entre os 2% (travão deste ano) e os 6,95% (valor do aumento previsto para o ano)”, disse em entrevista à CNN Portugal no programa Town Hall.

António Costa lembrou ainda as conversações com os inquilinos e os senhorios continuam a decorrer, sublinhando que “não se pode pedir aos proprietários que ponham mais casas no mercado e quebrar a confiança ao limitar a atualização” às rendas. Questionado pela falta de habitação, o primeiro-ministro assumiu “frustração” com as medidas tendo em conta que “a realidade tem avançado mais depressa do que o conjunto medidas”, frisando que a execução tem de “andar mais depressa”.

“Tenho bastante frustração por a realidade ter sido muito mais dinâmica do que a capacidade de resposta política”, assume. O primeiro-ministro diz que “há que aumentar a resposta pública mas também criar mecanismos para pôr casas fechadas no mercado”.

Ainda assim, o chefe do Executivo salienta que “as políticas não começam pelo telhado, mas pelas fundações” e que em 2018 que foi apresentada a “estratégia de uma nova política de habitação” com verbas negociadas em Bruxelas “para a executar”, com o PRR a financiar 32 mil fogos.

O chefe do executivo foi entrevistado pela CNN Portugal, sendo confrontado em direto com um conjunto de perguntas sobre os temas que estão na ordem do dia, do arranque do ano escolar aos problemas na habitação e ao novo modelo para o Serviço Nacional de Saúde. Várias questões também foram feitas a partir da plateia, composta por um grupo de cidadãos selecionados pela GfK representativos de diferentes estratos sociais e profissões, diferentes idades e zonas do país. A este grupo de cidadãos, juntaram-se alunos e professores do ISEG.

 

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Governo acaba com regime fiscal para residentes não habituais

  • Ana Petronilho
  • 2 Outubro 2023

O regime fiscal dos não residentes “vai acabar em 2024”, disse Costa, para quem "neste momento já não faz mais sentido”.

O chefe de Governo anunciou o fim da taxação especial sobre os residentes não habituais, em entrevista à CNN Portugal. “Vai acabar em 2024”, disse Costa, antes de acrescentar que este regime fiscal, “neste momento, já não faz mais sentido”.

Em 2022, segundo os últimos números, a despesa fiscal do regime de IRS dos residentes não habituais cresceu 18,5%, para os 1.507,9 milhões de euros. Dois antes antes, o valor totalizava 972,2 milhões de euros e, em 2021, atingia os 1.271,8 milhões, de acordo com o relatório da despesa fiscal enviado este ano ao Parlamento.

Este regime permite aos trabalhadores, com atividades consideradas de elevado valor acrescentado, pagarem uma taxa especial de 20% de IRS sobre os rendimentos das categorias A (trabalho por conta de outrem) e B (trabalho independente). Já os reformados pagam uma taxa de 10% de IRS sobre as suas pensões.

Questionado sobre a perda de rendimentos, o primeiro-ministro diz que “não será da parte do Governo que haverá qualquer resistência” para subir o valor do salário mínimo acima dos 821 euros previstos, remetendo a proposta da UGT para as negociações em concertação social.

Sobre as propostas dos patrões, o primeiro-ministro disse que reabrir debates sobre a TSU está fora de questão. “Reabrir debates sobre a TSU é a última coisa que a sociedade portuguesa precisa e quer”, assinalou. Já em relação ao pagamento do 15º mês, isento de impostos e contribuições, Costa lembrou que esta medida “não é para todos” e disse que “há margem” para negociar um aumento “para todos”.

O chefe do executivo foi entrevistado pela CNN Portugal, sendo confrontado em direto com um conjunto de perguntas sobre os temas que estão na ordem do dia, do arranque do ano escolar aos problemas na habitação e ao novo modelo para o Serviço Nacional de Saúde. Várias questões também foram feitas a partir da plateia, composta por um grupo de cidadãos selecionados pela GfK representativos de diferentes estratos sociais e profissões, diferentes idades e zonas do país. A este grupo de cidadãos, juntaram-se alunos e professores do ISEG.

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“Vamos ter um excedente orçamental”, avança António Costa

  • Ana Petronilho
  • 2 Outubro 2023

O primeiro-ministro assume que este ano o Estado vai ter "um excedente orçamental" apesar da quebra "de mil milhões de euros" em IRS.

O primeiro-ministro assumiu que este ano o Estado vai ter “um excedente orçamental” apesar da quebra “de mil milhões de euros” em IRS, durante a entrevista, esta segunda-feira, à CNN Portugal no programa Town Hall.

Este ano vamos ter um novo excedente orçamental e esse saldo positivo acontece apesar de termos menos mil milhões de euros de IRS, termos adotado a taxa de IVA zero” para alguns produtos alimentares, disse o primeiro-ministro quando confrontado com a proposta do PSD para descer as taxas de IRS este ano. O chefe do Executivo sublinha ainda que o excedente orçamental é resultado das medidas adotadas pelo Governo que permitiram à economia “resistir melhor”.

O Governo tinha previsto um défice de 0,4% para este ano, segundo as projeções inscritas no Programa de Estabilidade 2023-2027, meta que mantinha de acordo com o reporte do procedimento dos défices excessivos enviado à Comissão Europeia. Já o Conselho das Finanças Públicas sinalizou, na atualização das Perspetivas Económicas e Orçamentais 2023-2027, que se não avançassem novas medidas era atingido um excedente de 0,9% este ano.

A cerca de uma semana da apresentação da proposta do Orçamento do Estado 2024, António Costa não quis adiantar mais pormenores sobre IRS. Como o Conselho de Ministros ainda vai ter três reuniões para fechar o documento, o primeiro-ministro repete que as taxas de IRS Jovem vão “claramente” descer. Mas as medidas gerais “dependem muito das negociações com os parceiros sociais”, disse Costa, antes de adiantar que o Governo vai “seguramente manter a trajetória anunciada de prosseguir a redução do IRS” – de dois mil milhões até ao final da legislatura.

O chefe do executivo foi entrevistado pela CNN Portugal, sendo confrontado em direto com um conjunto de perguntas sobre os temas que estão na ordem do dia, do arranque do ano escolar aos problemas na habitação e ao novo modelo para o Serviço Nacional de Saúde. Várias questões também foram feitas a partir da plateia, composta por um grupo de cidadãos selecionados pela GfK representativos de diferentes estratos sociais e profissões, diferentes idades e zonas do país. A este grupo de cidadãos, juntaram-se alunos e professores do ISEG.

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Presidente do Egito anuncia recandidatura às presidenciais de dezembro

  • Lusa
  • 2 Outubro 2023

"Hoje respondo de novo ao vosso apelo. Tenho a intenção de ser o vosso candidato para prosseguir este sonho com um novo mandato", disse Al-Sisi.

O Presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi, anunciou esta segunda-feira oficialmente a sua candidatura à reeleição nas próximas eleições presidenciais convocadas para dezembro, e apelou à participação da população. “Hoje respondo de novo ao vosso apelo. Tenho a intenção de ser o vosso candidato para prosseguir este sonho com um novo mandato”, disse Al-Sisi durante um discurso na nova capital administrativa que o Egito está a construir a sul do Cairo.

Este anúncio coincide com a divulgação de diversas organizações não-governamentais (ONG) internacionais e egípcias de um relatório entregue ao Comité contra a tortura da ONU onde se conclui que a prática da tortura pelas autoridades egípcias “está a aumentar” e é “tão sistemática” que constitui “um crime contra a humanidade segundo o direito internacional”.

As ONG afirmam que as autoridades egípcias usam como métodos de tortura “os espancamentos, descargas elétricas, violência sexual, negação a cuidados médicos, falta de contacto com a família e outros atos que provocam dor e sofrimentos graves”, segundo o comunicado.

O relatório foi entregue ao Comité contra a tortura antes do exame da situação no país no âmbito da Convenção da ONU contra a tortura, que decorrerá em 14 e 15 de novembro.

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Duas carreiras, mais 100 euros de salário base e suplemento de 20%. As propostas do Governo para os oficiais de justiça

  • Lusa
  • 2 Outubro 2023

A proposta do Governo para a revisão do estatuto dos funcionários judiciais inclui um suplemento que aumenta a remuneração anual entre 1.121,69 euros e 3.768,69 euros.

A proposta de revisão do estatuto dos funcionários judiciais prevê a divisão da carreira em duas categorias, um suplemento mensal de 20% e um aumento de 100 euros no salário de ingresso na base da carreira.

De acordo com a proposta do Governo divulgada aos jornalistas, a carreira passa a dividir-se em duas carreiras especiais: carreira especial de técnico de justiça, que não necessitam de ser licenciados, mas terão “um período de formação especial obrigatório em fase de recrutamento” ; e a carreira de técnico superior de justiça, obrigatoriamente “licenciados em área jurídica” e que exercem “funções de maior complexidade e com grau de exigência técnica mais elevado”.

À reivindicação sindical de pagamento do subsídio de recuperação processual a 14 meses, o executivo contrapõe, em substituição, um suplemento de disponibilidade de 20%, “o que se traduz num aumento substancial imediato das remunerações atuais de todos os oficiais de justiça, muito acima das reivindicações dos sindicatos”. De acordo com o documento, o suplemento significa um aumento na remuneração anual entre 1.121,69 euros e 3.768,69 euros, consoante a posição na carreira.

“Trata-se de uma valorização superior à reclamada pelos sindicatos, que reivindicam valorizações salariais anuais entre os 862,84 euros e os 2.898,99 euros”, já considerando o pagamento do suplemento de recuperação processual a 14 meses, como pretendiam os sindicatos, refere o documento.

Quanto às tabelas salariais, o ingresso na carreira vale atualmente um salário base de 862,84 euros mensais, que é revisto para 964,92 euros, um aumento de cerca de 100 euros brutos, a que acresce o suplemento de disponibilidade de 20%, colocando o salário em cerca de 1.157 euros. A entrada na categoria de técnico superior de Justiça vai passar a ter um salário de 1.385,99 euros, acrescidos do suplemento de disponibilidade, elevando a remuneração para cerca de 1.663 euros mensais.

O topo da carreira passa a ter um salário de 4.144,50 euros, “muito acima da última posição do atual secretário de tribunal superior, que é de 2.898,99 euros”.

“A tabela dos técnicos de justiça terá 10 posições remuneratórias e a dos técnicos superiores de justiça terá 13 posições remuneratórias. As chefias, em regime de comissão de serviço, recebem de base, respetivamente, 2.122,84 euros e 2.916,89 euros, a que acresce ainda 20% de suplemento de disponibilidade a 12 meses”, acrescenta o documento.

Ainda sobre a carreira, o Governo defende que a proposta “tem como prioridade a dignificação e valorização das funções, com especialização das carreiras”, contribuindo “para o bom funcionamento da justiça” e pretende “a implementação de novos métodos de gestão e de liderança”.

“A existência de duas carreiras unicategoriais vai permitir que os oficiais de justiça atinjam o topo da sua carreira sem necessidade de provas adicionais ou de sujeição a concursos”, lê-se no documento. A transição entre as duas carreiras será possível, estando previstos “mecanismos de acesso excecional” à carreira de técnico superior “numa segunda fase, mediante o preenchimento de determinados requisitos”.

Prevê-se ainda que os funcionários judiciais beneficiem das medidas do acordo plurianual de valorização de salários na administração pública, mantenham o direito a despesas de deslocação, seis dispensas anuais, e subsídio de fixação para os colocados nas comarcas periféricas.

Os sindicatos dos funcionários judiciais estiveram hoje reunidos com o Governo, um encontro agendado para apresentação da proposta de revisão do Estatuto dos Oficiais de Justiça.

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Nível de vida em Portugal já está abaixo da Roménia, estima a FEP

  • Lusa
  • 2 Outubro 2023

A Faculdade de Economia do Porto explica que "a perda relativa [do nível de vida] entre 1999 e 2022 resultou do pior comportamento relativo da produtividade por empregado e da taxa de desemprego".

O nível de vida em Portugal poderá continuar a cair face à média da União Europeia (UE) e já estará abaixo da Roménia, pressionado pelo peso da fiscalidade, segundo um estudo da Faculdade de Economia do Porto (FEP).

O estudo, que representa o primeiro capítulo da publicação ‘Economia e empresas: tendências, perspetivas e propostas’, uma edição do novo Gabinete de Estudos Económicos, Empresarias e de Políticas Públicas (G3E2P) da instituição, analisou a evolução do nível de vida em Portugal e apresentou um cenário pouco otimista.

A perda relativa [do nível de vida] entre 1999 e 2022 resultou do pior comportamento relativo da produtividade por empregado e da taxa de desemprego e, em menor medida, da redução da vantagem relativa na taxa de atividade da população“, destacou a FEP, num comunicado.

A FEP avisou ainda que a previsível revisão em alta da população nos dados do Eurostat (incorporando informação mais recente do INE) irá piorar ainda mais o nível de vida relativo, colocando Portugal abaixo da Roménia, na 6.ª pior posição em 2022 (75,9% da UE), em vez da 7.ª pior nos dados oficiais (77,1%).

A instituição realçou ainda que “os sinais de reversão das vantagens relativas temporárias de Portugal desde o início da guerra na Ucrânia, ao nível do turismo (pela imagem de destino bonito e seguro, longe do conflito) e da energia, são claros, pelo que tenderão também a piorar” o nível de vida relativo proximamente.

O estudo da FEP aponta ainda para “uma forte sobrestimação da queda do número de horas por empregado oficiais entre 2019 e 2022 em Portugal face à evolução efetiva da jornada de trabalho, resultando numa subida da produtividade horária muito acima da registada na UE”, citando outros trabalhos sobre teletrabalho que apontam “para um aumento das horas trabalhadas em reflexo de perdas de produtividade, sobretudo a tempo integral, embora haja vantagens, como a conciliação com a vida familiar”.

A FEP aconselha “a realização de inquéritos para aferir as horas de trabalho efetivas, garantindo anonimato”, defendendo que “antes de se pensar em descidas adicionais na jornada de trabalho de cariz administrativo, é preciso primeiro garantir que, tanto quanto possível, os horários oficiais atuais são cumpridos, reforçando a fiscalização”.

A tendência de redução das horas trabalhadas é secular e acentuar-se-á com os avanços tecnológicos, mas tal deverá ser decisão de empresas e trabalhadores, não administrativa”, assegurou. O estudo mostra ainda que “o peso no PIB dos fatores geradores de riqueza encolheu em favor dos impostos e contribuições, ao contrário da UE, ajudando também a explicar o nosso menor crescimento económico, pois é preciso primeiro gerar riqueza antes de a repartir”, segundo a FEP.

A instituição assegurou que “a fatia para o Estado tem sido cada vez maior, explicando o máximo de 36,4% do PIB de carga fiscal em 2022 que, após relativizada pelo nível de vida relativo, se traduz num esforço fiscal 17% acima da média da UE, o 5.º maior”.

Segundo a FEP, “no período mais recente, de 2019 a 2022, a carga fiscal subiu de 34,5% para 36,4% do PIB e o esforço fiscal de 109,7% para 116,8%, com as receitas fiscais a serem impulsionadas pelo efeito da inflação sem que o Estado tenha desagravado significativamente a tributação para contrariar esse efeito, em sentido diverso do resto da UE”.

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Hospital de Loures quer contratar duas centenas de profissionais

  • Lusa
  • 2 Outubro 2023

A comissão de utentes da unidade hospitalar espera que a medida "ajude a minimizar alguns dos problemas que temos assistido nos últimos tempos, aumentando o número de profissionais disponíveis".

A administração do Hospital Beatriz Ângelo (HBA), em Loures, pretende contratar cerca de duas centenas de profissionais de saúde, aguardando autorização do Governo, disse esta segunda-feira à agência Lusa fonte da comissão de utentes da unidade hospitalar.

A intenção foi transmitida esta tarde pela administração do HBA à comissão de utentes durante uma reunião que serviu para discutir os problemas verificados no hospital, que serve os concelhos de Loures, Odivelas, Mafra e Sobral de Monte Agraço.

“A reunião correu bem e deram-nos algumas informações úteis. Uma das questões mais relevantes é que já existe uma proposta da administração no Ministério das Finanças para a contratação de mais profissionais de Saúde, de forma a substituir aqueles que foram saindo”, adiantou à Lusa Fernanda Santos, da comissão de utentes do HBA. Segundo referiu Fernanda Santos, em causa está a contratação de cerca de duas centenas de pessoas, de todas as categorias profissionais de saúde.

“Esperamos que isto ajude a minimizar alguns dos problemas que temos assistido nos últimos tempos, aumentando o número de profissionais disponíveis”, apontou. Entretanto, na quarta-feira o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, anunciou no parlamento que as urgências pediátricas do HBA iriam voltar a funcionar durante o dia à sexta-feira, a partir deste mês.

No âmbito do plano para os Serviços de Urgência de Pediatria do SNS, para os meses de julho a setembro, as urgências pediátricas do Hospital Beatriz Ângelo passaram a funcionar de segunda a quinta-feira, entre as 09:00 e as 21:00, estando encerradas no período noturno e todo dia à sexta-feira, sábado e domingo. O plano terminou em 30 de setembro, devendo o novo ser apresentado nos próximos dias.

O Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, no distrito de Lisboa, funcionou até 19 de janeiro de 2022 no regime de PPP, sendo gerido, até então, pelo grupo privado Luz Saúde. Atualmente, a unidade hospitalar tem gestão pública, assente no modelo de entidade pública empresarial (EPE). A unidade hospitalar abriu em janeiro de 2012 para servir 278 mil habitantes dos concelhos de Loures, Odivelas, Mafra e Sobral de Monte Agraço.

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Manuel Pizarro garante que todas as vacinas estarão disponíveis dentro de oito a dez semanas

  • Lusa
  • 2 Outubro 2023

"Estas vacinas estão preparadas para as estirpes mais recentes do vírus da gripe e da covid. O seu processo de fabrico começou há poucas semanas", disse o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu esta segunda-feira em Matosinhos que estarão disponíveis num período de oito a dez semanas as vacinas necessárias para que todos os portugueses que têm indicação se possam vacinar.

Em declarações à margem da iniciativa “4 Agendas Mobilizadoras da Saúde” no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Manuel Pizarro respondeu assim à revelação feita pela Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar, de que há centros de saúde com um stock muito reduzido, ou mesmo nulo, de vacinas contra a gripe, situação que só deverá estabilizar a partir da segunda semana de outubro.

Esta campanha é para decorrer entre oito a dez semanas, primeiro porque seria logisticamente impossível vacinar toda a gente numa ou duas semanas, e como sempre dissemos estamos a receber paulatinamente os fornecimentos das vacinas por parte das empresas a quem as adquirimos”, disse o ministro.

“Porque é que elas não estão cá todas? Porque estas vacinas estão preparadas para as estirpes mais recentes do vírus da gripe e da covid. O seu processo de fabrico começou há poucas semanas. É preciso tranquilizar em absoluto as pessoas. Estarão disponíveis neste período, de oito a dez semanas, todas as vacinas que são necessárias, para que todos os portugueses que têm indicação se possam vacinar”, adiantou.

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