Startups já se podem candidatar ao Ageas Insure para testar as suas soluções

  • ECO Seguros
  • 19:44

O objetivo do programa é ligar as startups de todo o mundo à Ageas Portugal para testar e validar as suas soluções. O programa também oferece oportunidades para integrar estas soluções na seguradora.

O Grupo Ageas Portugal anunciou a abertura das candidaturas para a terceira edição do Ageas Insure, o programa internacional dirigido a startups “que pensem fora da caixa”, desenvolvido em parceria com a consultora de inovação Maize — a Jakala Company. As candidaturas estão abertas até 23 de setembro de 2025.

Nuno Horta, responsável de Inovação do Grupo Ageas Portugal: “Ao colaborar além-fronteiras, conseguimos acelerar soluções que melhorem vidas, fortaleçam o nosso negócio e criem valor social a longo prazo”.

As startups selecionadas para o período de aceleração de seis a nove meses vão realizar uma Prova de Conceito da sua solução, em colaboração com as unidades de negócio do Grupo Ageas Portugal. As equipas vão com o apoio de mentores especialistas da MAIZE e receber financiamento até 15 mil euros. As empresas terão ainda acesso à rede internacional do Grupo Ageas, presente em 13 países.

O objetivo do programa é ligar as startups de todo o mundo ao Grupo Ageas Portugal para testar e validar as suas soluções. O programa também oferece oportunidades para integrar estas soluções na cadeia de valor do grupo.

“A inovação aberta permite-nos aproveitar a agilidade e a criatividade das startups, enquanto lhes proporcionamos a capacidade de escalar o seu negócio com o conhecimento e experiência de uma seguradora líder em Portugal. Ao colaborar além-fronteiras, conseguimos acelerar soluções que melhorem vidas, fortaleçam o nosso negócio e criem valor social a longo prazo”, afirma Nuno Horta, responsável de Inovação do Grupo Ageas Portugal.

Este ano, o programa vai selecionar cinco startups globais com propostas mais promissoras e alinhadas com as prioridades estratégicas da seguradora. As soluções procuradas devem enquadrar-se em três áreas:

  • Intelligent Process Innovation – Soluções que impulsionem a eficiência operacional através da automatização e da integração de dados;
  • Next-Gen Customer Engagement – Soluções que criam experiências personalizadas e proativas para os clientes, com recurso a Inteligência Artificial e data insights;
  • Pioneering the Future of Insurance – Soluções que desenvolvam ofertas de seguros inovadoras e competitivas, adaptadas às necessidades de segmentos emergentes.

Nas duas edições anteriores, o programa recebeu mais de 400 candidaturas oriundas de 42 países. Dez startups foram selecionadas para realizar provas de conceito com o Grupo Ageas Portugal, nomeadamente: Braive, Hug-a-Group, LactApp, Lumnion, Virtual i Technologies, Nuralogix, Hapi, Zelros, Atlas Metrics e Syrona Health.

“O Ageas Insure é uma ponte essencial para startups que procuram não só financiamento, mas também a validação e o conhecimento de um líder global. É uma oportunidade única para cocriar soluções que realmente transformam o setor dos seguros, especialmente para aquelas que ambicionam expandir-se para a Europa e estão prontas para dar o próximo passo”, acrescenta Anya Roy, co-fundadora da Syrona Health.

O Ageas Insure é uma iniciativa do Grupo Ageas Portugal que reflete o compromisso da empresa “com a transformação digital e a inovação, oferecendo soluções modernas, flexíveis e adaptadas às necessidades do mercado”, indica a seguradora em comunicado.

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IPMA registou este domingo 46,6º Celsius em Mora no distrito de Évora

  • Lusa
  • 18:07

A temperatura mais elevada registada este domingo foi de 46,6º Celsius em Mora (Évora), um valor próximo do máximo absoluto no país, em 1 agosto de 2003, então 47,3 graus na Amareleja (Beja).

A temperatura mais elevada registada este domingo foi de 46,6º Celsius em Mora (Évora), um valor próximo do máximo absoluto no país, em 1 agosto de 2003, então 47,3 graus na Amareleja (Beja), segundo o IPMA.

Para já, a temperatura mais elevada no dia de hoje, até esta hora, [foi] 46,6º Celsius em Mora“, afirmou a meteorologista Alexandra Fonseca do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, ressalvando que são valores preliminares que carecem de confirmação pela Divisão do Clima. Segundo Alexandra Fonseca, aquele valor foi registado às 15h30. Já no sábado, foram registados 45,4º Celsius em Alvega, concelho de Abrantes, no distrito de Santarém.

A meteorologista disse que o maior valor da temperatura máxima do ar registado em Portugal foi em 1 de agosto de 2003, na Amareleja, concelho de Moura, distrito de Beja, então 47,3º Celsius.

Quanto à temperatura máxima para o mês de junho, “o recorde registado até hoje foi um pouco mais baixo, de 44,9º Celsius, em Alcácer do Sal [distrito de Setúbal], em 17 de junho de 2017”, declarou.

Alexandra Fonseca adiantou que para segunda-feira “já começa a haver uma descida [das temperaturas] em alguns locais do país, no entanto, ainda será uma descida que não é muito significativa“. “Vai notar-se, principalmente, na faixa costeira da região Centro e, portanto, o país, principalmente no Interior, vai manter-se com estas temperaturas elevadas”, declarou.

A meteorologista do IPMA explicou que, “apesar de descer um, dois graus, no Interior essas temperaturas ainda estarão elevadas”, justificando o aviso vermelho emitido pelo IPMA.

Devido à onda de calor que está a atingir o país, o IPMA colocou sete distritos do continente em aviso vermelho, entre domingo e terça-feira: Lisboa, Setúbal, Santarém, Évora, Beja, Castelo Branco e Portalegre.

Os restantes distritos estarão com avisos laranja (o segundo mais grave) e amarelo, variando nos dias entre hoje e terça-feira.

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Sócrates apresenta queixa em tribunal europeu contra Estado

  • Lusa
  • 17:43

O antigo primeiro-ministro apresenta na terça-feira, uma queixa-crime contra o Estado português no Tribunal dos Direitos do Homem relativa à Operação Marquês, em que é acusado e se arrasta há 14 anos.

O antigo primeiro-ministro José Sócrates apresenta na terça-feira, em Bruxelas uma queixa-crime contra o Estado português no Tribunal dos Direitos do Homem relativa à Operação Marquês, em que é acusado e se arrasta há 14 anos.

Em declarações à agência Lusa, José Sócrates adiantou que está prevista uma conferência de imprensa para Bruxelas, em que estará acompanhado pelos seus advogados, para apresentar publicamente a queixa no tribunal relativa ao desenrolar de todo o processo, que tem a primeira sessão de julgamento dois dias depois, na quinta-feira, em Lisboa.

O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) determinou a 11 de junho passado a ida a julgamento do antigo primeiro-ministro José Sócrates e do empresário Carlos Santos Silva por três crimes de branqueamento de capitais.

Para o tribunal, “há consistentes indícios” que demonstram que Carlos Santos Silva foi a pessoa nomeada por José Sócrates” para movimentar o dinheiro entre 2011 e 2014 para as contas do antigo primeiro-ministro.

Este processo foi separado da Operação Marquês, tendo a juíza de instrução entendido que, uma vez que os crimes em causa são praticados em coautoria com arguidos que estão no processo principal da Operação Marquês, o mesmo deve ser anexado ao julgamento que tem data de início marcada para 03 julho.

No final da leitura da decisão instrutória, o advogado de José Sócrates, Pedro Delille, anunciou que iria avançar com um recurso para pedir a “nulidade por alteração substancial de factos”.

Para a defesa do antigo primeiro-ministro, que não esteve presente nesta sessão, a instrução do processo “foi feita com base numa acusação da qual os arguidos nunca foram notificados” e, também por isso, deve ser considerada nula. “Esta decisão foi feita sob tutela do Conselho Superior da Magistratura e é por isso também inválida”, acrescentou.

Neste processo estão em causa três crimes de falsificação de documento, em coautoria, tendo o tribunal considerado que “já decorreu o prazo máximo da prescrição”, uma vez que estes crimes ocorreram em 2012, 2013 e 2014.

Sobre os crimes de branqueamento de capitais, está em causa a alegada utilização pelos arguidos, entre 2011 e 2014, de contas bancárias de uma sociedade controlada por Carlos Santos Silva, da mulher deste e do motorista de José Sócrates, para entrarem na esfera do antigo primeiro-ministro montantes com origem ilícita.

Segundo a acusação do MP, com data de 2017, o empresário e amigo do antigo chefe de Governo (2005-2011) terá sido um dos testas-de-ferro a que José Sócrates terá recorrido para ocultar montantes com os quais terá sido corrompido para beneficiar o Grupo Lena, o Grupo Espírito Santo e o grupo Vale do Lobo.

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Trump diz já ter encontrado comprador para o TikTok

  • Lusa
  • 17:36

O Presidente norte-americano garante que já encontrou um comprador para o TikTok, um passo necessário para permitir que a plataforma continue a operar nos Estados Unidos.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, garante que já encontrou um comprador para o TikTok, um passo necessário para permitir que a plataforma continue a operar nos Estados Unidos. “Temos um comprador para o TikTok. Provavelmente, precisaremos da aprovação da China“, disse Trump no programa Sunday Morning Futures, da Fox News.

O líder republicano não revelou o nome do comprador, dizendo apenas que se trata de um gigante tecnológico “muito rico”, e que o revelará dentro de “duas semanas”.

Sob a administração democrata de Joe Biden (2021-2025), o anterior Congresso aprovou uma lei que exigia que o TikTok se desfizesse da sua empresa-mãe, a chinesa ByteDance, e encontrasse um investidor de um país que não fosse considerado um “adversário” nacional antes de 20 de janeiro, quando Trump tomou posse.

Depois de não ter conseguido chegar a acordo, a aplicação esteve fora de serviço durante algumas horas nos Estados Unidos até que o republicano, no seu primeiro dia de regresso à Casa Branca, assinou uma ordem executiva concedendo uma extensão de 75 dias ao prazo para a venda.

Em 4 de abril, Trump concedeu ao TikTok mais 75 dias, que terminaram em 19 de junho, mas, nesse mesmo dia, o líder republicano prolongou a data por mais 90 dias, até 17 de setembro.

O Presidente já tinha declarado que tem “uma queda pelo TikTok”, insistindo que a plataforma contribuiu para a sua vitória nas eleições de novembro passado, aumentando as suas taxas de aprovação entre os jovens.

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Christian Schulz nomeado economista-chefe da AllianzGI

  • ECO Seguros
  • 17:31

Schulz vai ingressar na gestora a 1 de julho de 2025, estará sedeado em Frankfurt e vai reportar a Michael Krautzberger, diretor global de investimento (CIO) de mercados públicos da AllianzGI.

A Allianz Global Investors (AllianzGI) anunciou esta quarta-feira a nomeação de Christian Schulz como economista-chefe. A AllianzGI é uma empresa do grupo segurador alemão com atividade em gestão de ativos e tem escritórios em mais de 20 locais em todo o mundo.

No seu novo cargo, Schulz vai liderar a equipa de Economia e Estratégia Global da AllianzGI, que elabora estudos macroeconómicos e perspectivas de mercado. Os estudos servem de apoio às equipas de investimento da empresa. Schulz vai também produzir artigos e comentários para clientes.

Schulz vai ingressar na gestora a 1 de julho de 2025, estará sedeado em Frankfurt e vai reportar a Michael Krautzberger, diretor global de investimento (CIO) de mercados públicos da AllianzGI.

Michael Krautzberger considera que o novo economista-chefe tem “um profundo conhecimento das previsões económicas a longo prazo, tanto europeias como mundiais, com a interpretação de dados a curto prazo, bem como um profundo entendimento de métodos modernos como a Inteligência Artificial (IA), podem ajudar a refinar a nossa visão do ambiente”.

Schulz junta-se à gestora vindo do Citigroup Global Markets onde ocupava o cargo de economista-chefe-adjunto, liderando a equipa de economia europeia do Citi que abrange a Alemanha, a Suíça e o Banco Central Europeu desde 2021. Foi durante seis anos economista no Citi, e ocupou o cargo de economista-chefe para o Reino Unido de 2016 a 2021. Antes do Citi, trabalhou no Berenberg, no Banco Central Europeu e no The Boston Consulting Group.

O profissional é doutor e mestre em economia pela Universidade de Hamburgo e licenciado em economia financeira pela Universidade de St. Andrews.

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Self-storage, ganha espaço e atrai milhões de investimento

Empresas como a Control Space, BigBox e a BAUU estão a reforçar o investimento para responder a uma crescente necessidade de mais espaço por parte das famílias para guardar as suas coisas.

“Já tivemos uma pessoa que alugou um armazém só para guardar um espelho durante mais de um ano”. Outros querem “o maior armazém de todos” para guardar tudo o que têm num T3 e há até quem tenha “salvado o casamento” ao guardar a sua coleção de livros num armazém. Os exemplos são dados por Alberto Costa Lobo, cofundador da Control Space, uma empresa de self-storage, e que espelha a crescente necessidade de espaço por parte das famílias portuguesas, seja por um período temporário, seja quase como uma extensão da sua casa. Com a subida dos preços do imobiliário a forçar as pessoas a viver em casas mais pequenas, são cada vez mais os que recorrem a soluções de auto armazenamento, ou self-storage. Um negócio que está em franco crescimento e a captar milhões de euros em novo investimento.

A ideia de criar a Control Space surgiu no período da Covid-19, quando, a viver em Londres, Albano Costa Lobo veio passar um período a Portugal e, juntamente com Vasco Fino, lançou a empresa em 2021, aproveitando uma oportunidade criada pela pandemia. “De repente as pessoas tinham a família toda em casa, portanto mais coisas acumularam” e precisaram de mais espaço. “De repente, precisavam de mais um quarto, porque tinham que pôr o computador”, explica, em entrevista ao ECO. Assim, enquanto outros negócios lutavam para se manter à tona, “este negócio foi extremamente resiliente e não só se manteve como cresceu”.

As casas são cada vez mais pequenas, não há arrecadações e são cada vez mais caras e, portanto, as pessoas também vão para casas mais pequenas, mas continuam a acumular a mesma coisa e acabam por ter este este tema de onde é que pomos as nossas coisas.

Albano Costa Lobo

Co-fundador da Control Space

A pandemia passou, mas a necessidade de mais espaço não. “As casas são cada vez mais pequenas, não há arrecadações e são cada vez mais caras e, portanto, as pessoas também vão para casas mais pequenas, mas continuam a acumular a mesma coisa e acabam por ter este este tema de onde é que pomos as nossas coisas”, realça Albano Costa Lobo, notando que há muitos clientes que usam soluções de self-storage como uma alternativa de longo prazo, seja para guardar bens pessoais com valor sentimental, para deixar as bicicletas, ou guardar o que já não cabe em casa. Mas há também quem só recorra a estes armazéns quando está em mudanças, ou tem obras em casa.

A nossa vantagem é o tema da flexibilidade e simplicidade“, sintetiza o responsável, explicando que na Control Space todo o processo é digital, permitindo aos clientes reservar e gerir os espaços que precisam a partir de uma aplicação no seu telemóvel, dispondo de espaços a partir de um metro quadrado. Com armazéns em Campo de Ourique, Alcântara, na zona industrial no Porto, em Alfragide, e, desde maio, na Rua da Alegria, também no Porto, a Control Space tem já previstas outras três novas aberturas: Montijo, durante o verão; Sintra, algures entre setembro, outubro ou novembro; e Taguspark (Oeiras), possivelmente já no início do próximo ano. Apenas o Taguspark são 10.000 metros quadrados: “é o maior bicho de todos”. Depois destas inaugurações seguir-se-á Gaia “e continuamos à procura para abrimos mais e comprar mais”, explica Albano Costa Lobo, que está com quatro obras ao mesmo tempo. “Onde há pessoas, nós temos que lá estar“, justifica, acrescentando que “as pessoas podem estar cá um mês ou podem estar cá há anos. Depende muito”.

Alberto Costa Lobo, cofundador da Control Space, tem um plano de expansão do negócio no valor de 50 milhões de euros

Contas feitas, a empresa tem um plano de expansão para atingir 40.000 metros quadrados, num investimento global de 50 milhões de euros. “Já investimos mais de 30 milhões de euros”, explica o responsável, detalhando que, por abertura, é feito um investimento que varia entre 5 e 10 milhões de euros. Um forte crescimento para o qual foi determinante a entrada da Incus Capital, no ano passado. “Tínhamos três armazéns na altura, estávamos com um quarto e foram eles que nos ajudaram a fazer este crescimento”, explica o cofundador da Control Space.

Mais recente é o projeto lançado por Francisco Brandão, Pedro Ramos e Bernardo Lopes, que em junho de 2024 lançaram o BAUU. “A ideia de negócio surgiu em setembro de 2022, impulsionada sobretudo pela admiração pelas práticas de self-storage móvel já existentes noutros mercados, como os EUA ou a Austrália”, explicou Pedro Ramos, ao ECO. Ao contrário da Control Space, onde são os clientes que acedem aos espaços, na BAUU é a empresa que vai buscar as coisas e as guarda.

O serviço da BAUU é procurado tanto por particulares como por empresas, com necessidades diversificadas – desde arrumos pessoais e armazenamento temporário durante mudanças ou remodelações, ou para guardar stocks ou materiais sazonais.

Pedro Ramos

Cofundador da BAUU

Em vez de ser o cliente a deslocar-se até ao centro de armazenamento para aceder ao seu espaço, somos nós que levamos o espaço ao cliente“, refere Pedro Ramos. “O armazenamento passou a estar acessível a todos, em qualquer morada – sem necessidade de carro, alugar carrinhas ou acompanhar os bens durante o transporte. O processo garante uma total privacidade, e os bens são movimentados apenas uma vez, o que reduz significativamente o risco de danos”, explica.

Segundo Pedro Ramos, “o serviço da BAUU é procurado tanto por particulares como por empresas, com necessidades diversificadas – desde arrumos pessoais e armazenamento temporário durante mudanças ou remodelações, ou para guardar stocks ou materiais sazonais“. O responsável nota ainda que, “ao contrário dos EUA, onde o self-storage está culturalmente enraizado, em Portugal a procura tende a ser mais pontual e associada a momentos específicos”. No caso da BAUU, cerca de 70% dos contratos têm duração igual ou superior a seis meses e cerca de 35% dos clientes preveem manter o serviço durante, pelo menos, um ano.

Há mais tempo no mercado está a BigBox. “A ideia de criar a BigBox surgiu da observação do crescimento deste fenómeno em grandes metrópoles, onde se tornava evidente a necessidade crescente de espaço adicional, tanto por parte de particulares como de empresas“, conta ao ECO Filipe Silva, diretor executivo da BigBox, acrescentando que o projeto foi lançado em 2011 “e desde então o negócio tem evoluído de forma muito positiva”.

Com a pressão imobiliária crescente em Portugal e a tendência para habitações mais pequenas temos vindo a registar um aumento na procura. Muitos dos nossos clientes olham para os nossos espaços como uma extensão da sua casa, onde podem guardar artigos que não são essenciais no dia-a-dia, mas que continuam a ter utilidade, como bicicletas, decorações sazonais ou equipamentos desportivos.

Filipe Silva

Diretor-executivo da BigBox

Num país onde o conceito self-storage não está disseminado, a empresa dedicou os primeiros anos a “educar o mercado”. “Atualmente, a maioria das pessoas já está familiarizada com o self-storage e recorre aos nossos serviços sempre que sente essa necessidade”, refere, adiantando que “com a pressão imobiliária crescente em Portugal e a tendência para habitações mais pequenas temos vindo a registar um aumento na procura”. “Muitos dos nossos clientes olham para os nossos espaços como uma extensão da sua casa, onde podem guardar artigos que não são essenciais no dia-a-dia, mas que continuam a ter utilidade, como bicicletas, decorações sazonais ou equipamentos desportivos“.

Sobre o surgimento de novas empresas neste negócio, Filipe Silva reconhece que “há um mercado em crescimento e que o self-storage está a afirmar-se como uma solução relevante no quotidiano de muitas pessoas“. Com cinco localizações em funcionamento — Matosinhos, Porto Antas, Porto Ramalde, Gaia, Devesas e Braga –, a BigBox está “a preparar a abertura de uma sexta unidade, na cidade da Maia, reforçando assim a nossa presença na zona norte do país”.

Segundo Filipe Silva, a maioria dos clientes são particulares e recorrem aos serviços da BigBox pelos mais diversos motivos, desde obras em casa, mudanças, emigração, ou simplesmente a falta de espaço. “Temos também muitos casos de armazenamento de ‘tralha útil’, objetos que não se usam todos os dias, mas que não se querem deitar fora“, conclui.

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Axa une-se a duas associações para apoiar vítimas de violência doméstica

  • ECO Seguros
  • 17:10

A seguradora fornece no Reino Unido uma equipa dedicada a ajudar nas alterações das apólices de seguro e no tratamento de casos sensíveis em parceria com ONG especializadas.

A Axa Retail, parte da Axa do Reino Unido dedicada a vender seguros e serviços relacionados a clientes individuais e a pequenas empresas, vai guiar vítimas de violência doméstica suas clientes nos produtos de seguro ao carro e à casa a associações de apoio solidário.

Segundo a empresa anunciou em comunicado, as associações parceiras são a Women’s Aid e Smart Works que oferecem apoio a pessoas que estão sair de situações abusivas e a reconstruir as suas vidas.

Alain Zweibrucker, CEO da Axa Retail: “Trabalhar com a Smart Works e a Women’s Aid é o primeiro passo no nosso compromisso de apoiar as pessoas afetadas pela violência doméstica”.

Os serviços prestados incluem assistência personalizada através da Women’s Aid e acesso a um fundo de apoio fornecido pela AXA. Já a Smart Works apoia na preparação para o emprego e independência financeira auxiliando na escrita do CV, no aprimorar das capacidades comunicativas para aumentar as chances de ter sucesso numa entrevista de emprego e também auxiliar com roupa profissional.

A seguradora fornece ainda uma equipa dedicada e especialmente formada na AXA para ajudar nas alterações das apólices de seguro e no tratamento de casos sensíveis.

Iniciativa continuará a ser desenvolvida ao longo de 2025 e posteriormente.

“Trabalhar com a Smart Works e a Women’s Aid é o primeiro passo no nosso compromisso de apoiar as pessoas afetadas pela violência doméstica”, afirma Alain Zweibrucker, CEO da Axa Retail. “Estou ansioso por ver o que podemos conseguir juntos, oferecendo um apoio significativo quando as pessoas realmente precisam dele”, remata.

Por sua vez, a Women’s Aid defende que esta parceria “permitirá aos sobreviventes reconstruírem as suas vidas e ganharem a independência que tantas vezes lhes é retirada pelos autores de abusos”, afirma a diretora de serviços da associação, Nikki Bradley.

Por seu turno, a instituição de solidariedade que apoia mulheres desempregas a arranjar emprego no Reino Unido acredita ser o trampolim que as sobreviventes precisam para conquistarem independência financeira.

“Encontrar um emprego é muitas vezes um passo vital para a independência financeira, e orgulhamo-nos de oferecer este apoio pessoalmente ou em linha”, afirma a CEO da Smart Works, Anna Hemmings.

Há cerca de três meses a AXA adicionou ao seu seguro de habitação em França, denominado “Habitation Ma Maison” um nova cobertura que permite o realojamento de emergência de vítimas de violência doméstica.

A AXA é uma companhia de seguros sedeada em Paris, França, opera em 64 países e oferece serviços como seguros de vida, saúde, propriedade e acidentes, além de gestão de investimentos. Em 2024, os prémio emitidos globalmente pela AXA atingiram 110 mil milhões de euros, representando um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. O lucro líquido também aumentou 11%, alcançando 7,9 mil milhões de euros. A seguradora possui diversas sucursais ao redor do mundo, incluindo em Portugal a AXA France IARD – Sucursal localizada em Lisboa e atua no setor de seguros não vida e a AXA France Vie.

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Sócrates apresenta queixa em tribunal europeu contra Estado português

  • Lusa
  • 16:13

O antigo primeiro-ministro José Sócrates apresenta na terça-feira, em Bruxelas uma queixa-crime contra o Estado português no Tribunal dos Direitos do Homem relativa à Operação Marquês.

O antigo primeiro-ministro José Sócrates apresenta na terça-feira, em Bruxelas uma queixa-crime contra o Estado português no Tribunal dos Direitos do Homem relativa à Operação Marquês, em que é acusado e se arrasta há 14 anos.

Em declarações à agência Lusa, José Sócrates adiantou que está prevista uma conferência de imprensa para Bruxelas, em que estará acompanhado pelos seus advogados, para apresentar publicamente a queixa no tribunal relativa ao desenrolar de todo o processo, que tem a primeira sessão de julgamento dois dias depois, na quinta-feira, em Lisboa.

O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) determinou a 11 de junho passado a ida a julgamento do antigo primeiro-ministro José Sócrates e do empresário Carlos Santos Silva por três crimes de branqueamento de capitais.

Para o tribunal, “há consistentes indícios” que demonstram que Carlos Santos Silva foi a pessoa nomeada por José Sócrates” para movimentar o dinheiro entre 2011 e 2014 para as contas do antigo primeiro-ministro.

Este processo foi separado da Operação Marquês, tendo a juíza de instrução entendido que, uma vez que os crimes em causa são praticados em coautoria com arguidos que estão no processo principal da Operação Marquês, o mesmo deve ser anexado ao julgamento que tem data de início marcada para 03 julho.

No final da leitura da decisão instrutória, o advogado de José Sócrates, Pedro Delille, anunciou que iria avançar com um recurso para pedir a “nulidade por alteração substancial de factos”.

Para a defesa do antigo primeiro-ministro, que não esteve presente nesta sessão, a instrução do processo “foi feita com base numa acusação da qual os arguidos nunca foram notificados” e, também por isso, deve ser considerada nula.

“Esta decisão foi feita sob tutela do Conselho Superior da Magistratura e é por isso também inválida”, acrescentou.

Neste processo estão em causa três crimes de falsificação de documento, em coautoria, tendo o tribunal considerado que “já decorreu o prazo máximo da prescrição”, uma vez que estes crimes ocorreram em 2012, 2013 e 2014.

Sobre os crimes de branqueamento de capitais, está em causa a alegada utilização pelos arguidos, entre 2011 e 2014, de contas bancárias de uma sociedade controlada por Carlos Santos Silva, da mulher deste e do motorista de José Sócrates, para entrarem na esfera do antigo primeiro-ministro montantes com origem ilícita.

Segundo a acusação do MP, com data de 2017, o empresário e amigo do antigo chefe de Governo (2005-2011) terá sido um dos testas-de-ferro a que José Sócrates terá recorrido para ocultar montantes com os quais terá sido corrompido para beneficiar o Grupo Lena, o Grupo Espírito Santo e o grupo Vale do Lobo.

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Ventura exige fim do regime de permanência com CPLP

  • Lusa
  • 14:21

O presidente do Chega exige a revogação do acordo, no âmbito da CPLP, que permite residência após entrada com visto de turismo ou de estudante.

O presidente do Chega exige a revogação do acordo, no âmbito da CPLP, que permite residência após entrada com visto de turismo ou de estudante, e insistiu na perda da nacionalidade para quem cometa crimes. Em conferência de imprensa, André Ventura referiu que estas medidas do Chega serão debatidas na sexta-feira, no parlamento, em conjunto com as propostas do Governo que alteram a lei da nacionalidade e o regime de imigração em Portugal.

No plano político, deixou um aviso ao Governo: “Só cumprindo desígnios fundamentais, com medidas concretas que não sejam de papel, é que o Chega estará disposto a assumir uma aproximação e a trabalhar para que o país mude efetivamente nos próximos meses“.

No que respeita ao regime de permanência de imigrantes em território nacional, o líder do Chega adiantou que o seu partido quer quatro mudanças de fundo, uma delas a revogação do regime especial assinado por Portugal no quadro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

É preciso evitar que pessoas possam vir como turistas ou como estudantes e aqui fiquem automaticamente com pedidos de residência legais durante muitos mais anos. É uma fraude à lei que temos de combater e estamos a falar de um universo de pessoas de cerca de 300 milhões“, justificou.

André Ventura considerou também essencial que quem entrar ilegal em Portugal não possa ser mais tarde ser regularizado. “Quem entrar ilegal tem de sair e voltar a entrar de forma legal. Permitir legalizações extraordinárias ou regularizações extraordinárias é um chamariz à imigração ilegal”, advogou.

André Ventura disse ainda que o Chega vai insistir no regime de quotas para a entrada de imigrantes e, por outro lado, “desafiará o Governo para que o reagrupamento familiar seja mais limitado”.

O Governo não quer suspender o reagrupamento familiar. Assim sendo, o Chega propõe que não se possa pedir o reagrupamento familiar no momento em que se está a solicitar a autorização de residência para vir para Portugal“, assinalou. De acordo com André Ventura, “permitir que o reagrupamento familiar seja pedido ao mesmo tempo que se está a pedir a residência é mais uma vez uma fraude à lei”.

Em matéria de lei da nacionalidade, o presidente do Chega realçou que, apesar de dúvidas de constitucionalidade, “vai insistir na possibilidade de perda automática quando são cometidos crimes graves por pessoas que adquiriram nacionalidade portuguesa“.

“Se alguém adquire nacionalidade portuguesa e dois anos ou três depois comete um crime de terrorismo contra o Estado português que sentido faz que não perca a nacionalidade?”, questionou.

Interrogado sobre o modelo em que o Chega vai dialogar com o Governo PSD/CDS sobre alterações às leis da nacionalidade e de regime de imigração, André Ventura referiu que a reunião será agendada nos próximos dias. “Ainda não está decidido se é uma reunião entre mim e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ou se será uma reunião entre uma delegação do Chega e uma delegação do Governo. Em qualquer caso, terá de ser nos próximos dias, porque a discussão é na sexta-feira. Da nossa parte, estamos abertos aos dois modelos“, disse.

Perante os jornalistas, André Ventura rejeitou que esteja incomodado por o Governo ter na sua agenda assuntos considerados “bandeira” do Chega, alegando que a AD — coligação PSD/CDS já fez uma campanha eleitoral com prioridade à imigração, mas foi o seu partido quem mais subiu, passando de 18% para 23%. “Toda a gente sabe no país que os temas da imigração, da nacionalidade, do combate à subsídio dependência e dos apoios sociais a imigrantes foram temas do Chega. Ora, se foi o Chega que pôs este tema na agenda e lutou para que este tema estivesse na agenda, não pode agora ficar incomodado por o tema estar a ser tratado pelo Governo“, respondeu.

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Tem de pagar o IMI da casa até esta segunda-feira

Este ano, excecionalmente, o prazo para liquidar a primeira ou única prestação, de valor até 100 euros, pode ser feito até 30 de junho, ou seja, um mês mais tarde do que o habitual.

O prazo para pagar a primeira ou a única prestação do Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI), de valor até 100 euros, termina já esta segunda-feira, 30 de junho. Este ano, excecionalmente, a data-limite foi alargada um mês, devido ao apagão energético de 28 de abril que gerou constrangimentos nos serviços informáticos da Autoridade Tributária (AT). Por norma, esta obrigação contributiva tem de ser cumprida até 31 de maio.

“A Autoridade Tributária informou o Governo da existência de constrangimentos técnicos que têm condicionado a emissão das notas de cobrança do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI),referentes ao ano 2024. Considerando que estes constrangimentos impossibilitaram o envio atempado de um conjunto alargado de notas de cobrança do IMI, o qual se encontra a decorrer, o Governo decidiu prorrogar, para todos os contribuintes, o prazo para o pagamento da primeira prestação do IMI ou, se for o caso, da prestação única deste imposto até ao final do mês de junho”, de acordo com o comunicado do Ministério das Finanças.

O IMI é pago numa única vez quando o seu valor é inferior a 100 euros, sendo desdobrado em duas prestações pagas em maio e novembro quando se cifra entre os 100 e os 500 euros. Superando os 500 euros, é dividido em três prestações de igual montante, a serem pagas em maio, agosto e novembro.

No entanto, há já vários anos que os proprietários têm a possibilidade de, querendo, efetuar o pagamento total do imposto logo na primeira liquidação.

Relativamente às situações dos senhorios com rendas congeladas e que estão a receber notadas de liquidação do imposto, apesar de terem efetuado pedido de isenção destes imóveis, a AT distingue três situações, apresentando a respetiva resposta.

Assim, para quem pagou a prestação única (por ser de valor inferior a 100 euros) ou optou pelo pagamento na totalidade das várias prestações, “será emitido o reembolso do valor pago pelos prédios isentos”.

Já quem tiver uma prestação única e ainda não a tenha pago, “será efetuada até ao final de junho a correção da liquidação com o cálculo do montante correto, considerando apenas os prédios não isentos”.

Por fim, para os proprietários com mais do que uma prestação de IMI que não tenham optado pelo pagamento na totalidade das várias prestações, “a revisão da liquidação será refletida nas prestações seguintes, considerando os prédios não isentos”, pelo que deve efetuar o pagamento pelo montante apresentado para a primeira prestação.

Em ano de autárquicas, triplicam os municípios a dar mais dois anos de isenção

Em ano de eleições autárquicas, o número de câmaras que decidiram alargar a isenção de IMI, de três para cinco anos, triplicou, passando de 20 para 59, segundo a lista publicada no Portal das Finanças, último dia do prazo para a Autoridade Tributária divulgar estes dados, como determina o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). Trata-se de um aumento de 195% comparativamente com 2024, ano em que a medida foi implementada.

Faro e Leiria são os distritos com mais câmaras a conceder esta benesse a quem comprou casa, que seja habitação própria e permanente, entre 2020 e 2022, desde que o valor patrimonial tributário não exceda os 125 mil euros. Pela primeira vez, Açores e Madeira integram a lista. PS, com 27 autarquias a aplicar este benefício, e PSD, com 26, surgem taco a taco na liderança dos partidos com mais concelhos que alargaram por dois anos o período livre de imposto.

Apesar deste aumento significativo, apenas 19% dos 308 municípios de Portugal e ilhas aprovaram a medida, aprovada no pacote Mais Habitação de 2023, por proposta do PAN, e confirmada no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que acrescentou esta norma: “Até fevereiro de 2025, a Autoridade Tributária disponibiliza na sua página na Internet a lista de municípios onde vigora a prorrogação da isenção de IMI”.

Lisboa e Porto continuam fora do conjunto das câmaras que estenderam o período de isenção, mas há mais capitais de distrito nessa lista. No ano passado, apenas Leiria e Santarém decidiram conceder o benefício. Este ano, Santarém deixou de dar esta isenção, mas Braga e Castelo Branco aderiram.

Este apoio excecional, criado para minimizar o impacto da subida das taxas de juro Euribor do crédito à habitação, pode ser concedido desde que o rendimento bruto anual do proprietário ou do seu agregado familiar não ultrapasse os 153 mil euros, que a casa seja para habitação própria e permanente e que o seu valor patrimonial tributário não exceda os 125 mil euros. Estas são, aliás, as regras aplicáveis para a atribuição da isenção normal do IMI de três anos, que só pode ser gozada uma vez.

Além destes requisitos, a prorrogação por mais dois anos exige que a aquisição do prédio tenha de ter ocorrido entre 2020 e 2022. Ou seja, os imóveis comprados em 2020 e que já usufruíram dos três anos de isenção — terminada em 2022 — terão direito a mais dois anos sem pagar o imposto, caso o concelho onde esteja localizado tenha aprovado o mecanismo em assembleia municipal. O mesmo se aplica para as casas alienadas em 2021 e 2022.

A contagem dos três anos normais da isenção faz-se do seguinte modo: o imóvel adquirido em 2020 tem direito ao benefício fiscal em 2020, 2021 e 2022, perdendo o direito aos três anos de benefício em 2023. Neste caso, o proprietário começou a pagar em 2024, porque o IMI a liquidar refere-se sempre ao ano anterior sujeito a tributação, isto é, 2023. Se lhe forem atribuídos agora mais dois anos de isenção, para 2025, por referência ao exercício fiscal de 2024, e 2026, por referência a 2025, só volta a entregar imposto ao município a partir de 2027, por referência a 2026, ano em que perde a isenção adicional.

Na circunstância de o imóvel ter sido comprado em 2022, os três anos regulares do benefício fiscal aplicam-se em 2022, 2023 e 2024, somando mais dois extra, relativos a 2025 e 2026, significa que este proprietário só passa a ser tributado em 2028, relativo ao ano de 2027, uma vez que a liquidação do IMI acontece sempre no ano seguinte ao do exercício sujeito a tributação tal como no IRS.

Também são elegíveis para a isenção do IMI por cinco anos os imóveis adquiridos para colocar no mercado de arrendamento, desde que o contrato seja para habitação própria e permanente, e preenchidos os requisitos já indicados em relação aos tetos para os ganhos anuais do senhorio, valor patrimonial da casa e data da alienação, de acordo com artigo 46.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF).

Os executivos camarários têm a faculdade de propor às assembleias municipais a extensão do período de isenção de três para cinco anos, que depois podem aprovar ou rejeitar o benefício.

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Volvo EC40 Black Edition: Luxo sueco com preço à prova de frio

Com visual marcante, tecnologia integrada e autonomia sólida, o Volvo EC40 Black Edition aposta na exclusividade, mas o valor não convence todos os bolsos.

Se a ideia de sair de casa com “apenas” 60 mil euros na carteira para um elétrico premium ainda lhe provoca um calafrio, experimente olhar para o novo Volvo EC40 Black Edition como quem avalia um bom vinho: o segredo está no equilíbrio.

Este coupé-SUV, sucessor direto do C40 Recharge, chega pintado num Onyx Black que dispensa cromados e exibe jantes de 20 polegadas igualmente negras. Uma declaração de intenções que pode não agradar aos amantes de cores vibrantes, mas que confere ao modelo sueco uma presença inegável na estrada.

Isso é bem notado logo pela manhã ao volante, numa típica viagem casa-trabalho em Lisboa. Ao deslizar silenciosamente pelas ruas da capital — apenas com o leve sussurro do sistema elétrico a lembrar-nos que estamos num veículo elétrico –, o que primeiro chama a atenção não são os habituais controlos, mas sim os painéis decorativos do tablier.

Iluminados subtilmente por LED, revelam-se muito mais do que meros ornamentos, mas mapas topográficos das ilhas de Brännö e Asperö, junto a Gotemburgo, numa homenagem às origens suecas da marca que pode passar despercebida ao condutor português, mas que demonstra bem a atenção ao pormenor da marca que justifica parte do investimento.

Além desse cuidado, é também um ponto positivo o facto de o EC40 Black Edition, ao contrário do minimalismo extremo do Tesla Model Y ou mesmo do irmão mais pequeno EX30, mantém alguns botões físicos estrategicamente colocados: o volume do rádio é controlado por um botão rotativo real, assim como os botões de controlo dos vidros e dos retrovisores está — como sempre esteve –, localizado na respetiva porta. Um alívio para quem apesar de gostar da modernidade, ainda achar que coisas básicas, apesar de antigas, continuam a fazer sentido. Para a climatização básica, contudo, temos de recorrer ao ecrã central de 9 polegadas em orientação vertical.

O sistema Android integrado funciona bem, especialmente quando precisamos de navegação. O Google Maps nativo é uma vantagem prática que poucos concorrentes oferecem de forma tão fluida. Numa cidade como Lisboa, com as suas ruas estreitas e subidas íngremes, ter acesso direto aos dados de trânsito em tempo real sem dependência do smartphone faz diferença.

Fora da viagem quotidiana da cidade para o trabalho, o EC40 Black Edition também não desilude. Numa escapadela familiar até Palmela, os 42 quilómetros de distância permitem avaliar o comportamento em diferentes cenários. A aceleração é linear e progressiva, sem os sobressaltos típicos dos motores a combustão.

Os 420 Nm de binário da versão Single Motor Extended Range testada pelo ECO estão disponíveis desde o primeiro momento, tornando as ultrapassagens na A2 uma tarefa simples e segura, permitindo atingir os 100 km/h em 7,3 segundos — não é um míssil, mas é mais que suficiente para as necessidades do dia-a-dia.

A posição de condução é bastante boa, aproveitando a herança da plataforma CMA que privilegia o espaço interior. A visibilidade frontal é também positiva, mas a traseira ressente-se da linha coupé descendente do tejadilho. Os espelhos retrovisores maiores ajudam, mas obrigam a uma maior dependência das câmaras de estacionamento.

Durante a viagem Lisboa-Palmela, o consumo ronda os 16-17 kWh/100km, valores alinhados com as especificações oficiais de 16,4-16,7 kWh/100km. Com a bateria de 78 kWh e autonomia oficial entre 566-578 quilómetros em regime de WLTP, o EC40 Blac Edition oferece margem suficiente para utilizações típicas portuguesas, embora, na prática, se fique pelos 400 a 450 quilómetros dependendo das condições de condução.

Os cerca de 60 mil euros que custa o EC40 Black Edition está longe de ser uma pechincha. O valor reside mais na experiência de condução refinada e na exclusividade estética do que numa relação preço/prestações imbatível.

Em termos de área, o EC40 oferece também um interior espaçoso e confortável, garantido um volume de 404 litros de capacidade de carga na bagageira, a que se junta ainda um compartimento de 31 litros na zona frontal do carro, sendo perfeito para manter os cabos de carregamento à mão e protegidos.

Com um preço final de 63.351 euros na configuração ensaiada, o EC40 Black Edition enfrenta concorrência feroz, como por exemplo o BMW iX1, que parte dos 49.700 euros com 313 cavalos e 474 quilómetros de autonomia, o Mercedes EQA 250+, que tem como preço base 53.950 euros com 190 cavalos e 557 quilómetros de autonomia, ou o renovado Skoda Enyaq 85, que começa nos 51.292 euros com 286 cavalos e 575 quilómetros de autonomia.

Mas o Volvo EC40 Black Edition revela-se um automóvel competente que cumpre bem o seu papel de SUV elétrico premium. O equilíbrio entre design distintivo, tecnologia bem integrada e qualidade de construção sueca justifica-se para quem valoriza estes atributos. Contudo, os cerca de 60 mil euros, está longe de ser uma pechincha. O valor reside mais na experiência de condução refinada e na exclusividade estética do que numa relação preço/prestações imbatível.

Quem procura o melhor negócio encontrará alternativas mais convincentes no Skoda Enyaq ou BMW iX1. O EC40 Black Edition é para quem não se importa de pagar um prémio pela diferenciação. É uma boa opção, mas não necessariamente um bom negócio para todos os bolsos. No final, como um bom vinho, o seu valor depende do paladar de quem o prova.

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Irão poderá enriquecer urânio dentro de “alguns meses”

  • Lusa
  • 10:47

O chefe da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, considera que o Irão tem capacidade técnica para voltar a enriquecer urânio dentro de "alguns meses".

O chefe da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, considera que o Irão tem capacidade técnica para voltar a enriquecer urânio dentro de “alguns meses”. “Houve danos significativos, mas não completos (…) Eles podem ter, dentro de alguns meses, eu diria, centrífugas em ação para produzir urânio enriquecido“, disse Grossi na sexta-feira, numa entrevista ao canal americano CBS a ser transmitida hoje.

Quase uma semana após o bombardeamento americano das instalações nucleares de Fordo, Natanz e Isfahan, no Irão, todos os envolvidos – incluindo Teerão – concordam que estas instalações sofreram danos consideráveis, mas subsistem dúvidas sobre a eficácia real destes ataques. O Presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu que o programa nuclear do Irão tinha sido adiado por “várias décadas”.

Outra questão fundamental é o destino das reservas de mais de 400 quilos de urânio enriquecido a 60%, que teoricamente poderia ser utilizado para fabricar mais de nove bombas atómicas se o nível fosse aumentado para 90%.

Numa entrevista que será transmitida este domingo pelo canal norte-americano Fox News, no programa “Sunday Morning Futures”, Donald Trump garantiu que as reservas de urânio iranianas não foram deslocadas antes dos ataques dos EUA: “É uma coisa muito difícil de fazer e não avisámos [antes do bombardeamento]“, disse, segundo extratos da entrevista. “Eles não mexeram em nada”, assegurou.

Os inspetores da AIEA não veem estas reservas desde 10 de junho, daí os pedidos de acesso da agência da ONU às instalações e reservas iranianas. No entanto, o parlamento iraniano votou a favor da suspensão da cooperação com a AIEA e o Conselho dos Guardiães, responsável pela análise da legislação no Irão, aprovou na quinta-feira o texto da lei, que deverá ser enviado à presidência para ratificação.

“É a lei deles, o parlamento deles, mas há implicações legais aqui. Um tratado internacional deve, naturalmente, ter precedência. Não se pode invocar uma lei nacional para evitar o respeito por um tratado internacional”, afirmou Grossi.

A diplomacia iraniana criticou a agência da ONU por ter adotado uma resolução a 12 de junho, acusando o Irão de não cumprir as suas obrigações nucleares.

Teerão considera que esta decisão serviu de “desculpa” para Israel e os Estados Unidos atacarem as suas instalações nucleares.

“Quem pode realmente acreditar que este conflito surgiu por causa de um relatório da AIEA? Não havia nada de novo nesse relatório (…) pode ser fácil culpar uma organização internacional ou um diretor-geral, não sei, mas não é razoável”, defendeu-se Grossi.

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