Macron quer penalizar financeiramente pais de jovens que criaram tumultos

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

Macron quere punir os autores, alguns muito jovens, da violência urbana em França, e admite a ideia recorrente na direita de impor sanções financeiras aos pais.

O Presidente e Governo franceses querem punir os autores, alguns muito jovens, da violência urbana em França, mas ainda estão a estudar hipóteses, como a ideia recorrente na direita de impor sanções financeiras aos pais.

“Deveríamos poder penalizar fácil e financeiramente as famílias na primeira infração, uma espécie de taxa mínima para a primeira infração”, disse Macron segunda-feira à noite durante uma visita a um quartel da polícia na capital.

Na passada sexta-feira, no auge das noites de violência em reação à morte, a 27 de junho, em Nanterre, de Nahel, de 17 anos, abatido a tiro por um polícia, tinha apelado à “responsabilidade dos pais” para “manter em casa os menores, que constituem uma grande parte dos desordeiros”. “Não cabe à República substituir-se a eles”, insistiu.

No entanto, na noite de segunda-feira, quando a violência abrandou, Macron afirmou que pretendia atuar “caso a caso” e “não necessariamente” suspendendo os abonos de família.

O ministro da Justiça francês, Eric Dupond-Moretti, também apontou o dedo aos pais, numa circular enviada aos gabinetes do Ministério Público de todos os tribunais em França. “Sempre que os pais podem exercer a sua autoridade parental e não o fazem, há uma responsabilidade penal que pretendo pôr em prática”, declarou, recordando as penas previstas: dois anos de prisão e uma multa de 30.000 euros.

Emmanuel Macron, Presidente de FrançaLusa

Longe de obter o apoio unânime da classe política, os discursos foram denunciados como “cínicos” pelos políticos de esquerda.

Ali Rabeh, presidente da câmara de Trappes, uma comuna do oeste de Paris com uma elevada taxa de pobreza, citado pela AFP, criticou Macron por “deitar achas para a fogueira”.

Rabeh recordou que a população dos bairros onde se concentra a violência é maioritariamente constituída por “famílias monoparentais” e descreveu situações em que a mãe “está sozinha a trabalhar para tentar encher o frigorífico”, pelo que “não está presente quando o filho sai da escola e anda na rua”.

Quando uma criança é objeto de uma medida educativa na sequência de uma infração, “um educador especializado vem acompanhar a mãe”, explicou. Só que “um número muito elevado de medidas educativas não é aplicado, por falta de meios, pelo Ministério da Justiça”, sublinhou.

Quando uma criança é objeto de uma medida educativa na sequência de uma infração, prosseguiu, “um educador especializado virá acompanhar a mãe”.

A suspensão do abono de família para os pais de menores que faltam à escola foi aprovada em 2010, durante o mandato de Nicolas Sarkozy, o então Presidente francês de direita. Durante a campanha de 2012, chegou a prometer alargar a pena aos jovens delinquentes, mas acabou por ser derrotado. O seu sucessor socialista, François Hollande (2012-17), revogou a medida. Desde então, o partido de Nicolas Sarkozy, Os Republicanos (LR), relançou a ideia no Senado e na Assembleia Nacional com projetos de lei que nunca chegaram a ser concretizados.

Algumas autarquias, como a cidade de Valence, dirigida por Nicolas Daragon (LR), aprovaram sanções pecuniárias contra as famílias dos menores que são “chamados à ordem ou condenados por perturbação da paz”, privando-as das prestações sociais pagas pela cidade. Em Nice, uma família pode ser despejada da sua habitação social na sequência da condenação de um membro da família, nomeadamente por tráfico de droga.

No centro-direita, o presidente do Modem, François Bayrou, principal aliado de Macron, partilha o princípio de uma “sanção imediata sempre que há um deslize”. “Obviamente, quando se trata de crianças pequenas, a sanção é dirigida às famílias”, afirmou à rádio francesa LCI, ressalvando que não deve haver uma resposta única que consiste em “privar [as mães] de parte do rendimento mínimo que as sustenta”.

“Se suprimirmos os subsídios e a assistência social, estaremos a acrescentar miséria à miséria”, insistiu o comunista Fabien Roussel, ao canal de televisão France2.

Os agentes da polícia com quem Macron se reuniu na segunda-feira também não apoiaram a ideia de apelar aos pais. “Os comerciantes, senhor Presidente, são aqueles que lhes pedem para se acalmarem nos últimos dois dias, porque toda esta confusão está a prejudicar os seus negócios”, referiram.

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Natixis em Portugal abre 70 vagas para centro de excelência no Porto

A empresa procura perfis com background em Engenharia e TI, de todos os níveis de senioridade. Os profissionais desenvolverão funções para o BPCE-IT, filial que integra o Groupe BPCE.

A Natixis em Portugal pretende preencher até ao final do ano 70 posições no seu centro de excelência, no Porto, para perfis com background nas áreas de Engenharia e Tecnologia da Informação, de todos os níveis de senioridade. Os profissionais desenvolverão funções para o BPCE Infogérance & Technologies (BPCE-IT), filial que integra o Groupe BPCE e se dedica às áreas de infraestrutura e redes, end-user environment, segurança informática e produção. A empresa pretende integrar 320 novos colaboradores, no âmbito da expansão da unidade BPCE-IT, no seu centro de excelência, no Porto, até 2025.

“Trata-se de reforçar o nosso centro de excelência com competências que são críticas para o Groupe BPCE. Numa altura em que a banca é cada vez mais digital, o facto de sermos o destino escolhido permitirá estender e concentrar no nosso centro de excelência funções de elevada complexidade, diversidade e responsabilidade, no sentido de acelerar a área de TI do Groupe BPCE a nível global”, comenta Maurício Marques, diretor de recursos humanos da Natixis em Portugal.

“Dada a complexidade tecnológica e o nível de exigência das funções, pretendemos fazer face a este crescimento desenvolvendo as nossas equipas de TI e recrutando perfis muito específicos em funções-chave. Queremos continuar a apostar no talento para desenvolvermos os nossos projetos e, com estas novas oportunidades, os colaboradores terão a possibilidade de desenvolverem a sua carreira, ao mesmo tempo que contribuem para um projeto global a partir do Porto”, continua, citado em comunicado.

A Natixis em Portugal está ao serviço do Groupe BPCE, desenvolvendo, de forma transversal, soluções para as entidades que compõem o mesmo. Um dos maiores grupos bancários franceses, o Groupe BPCE apresenta uma ampla gama de atividades bancárias e de seguros, contando com 100.000 colaboradores e servindo 35 milhões de clientes em todo o mundo. “Estas posições representam uma oportunidade para experienciar o desenvolvimento de um projeto com impacto global, a partir de Portugal, numa organização de espírito empreendedor, internacional e multicultural.”

Podemos mesmo dizer que este é o maior tech playground que alguma vez existiu no Porto e que, por isso, é capaz de oferecer um alto nível de expertise aos colaboradores. Estamos a falar de 29 milhões de clientes externos dos serviços de BPCE-IT, seis milhões de clientes externos de online banking, o que equivalente a mais de metade da população portuguesa, e mais de 78.000 servidores.

Jean-Marc Le Toux

Head of BPCE-IT na Natixis em Portugal

Jean-Marc Le Toux, head of BPCE-IT na Natixis em Portugal, destaca ainda impacto que os colaboradores das novas funções terão na empresa. “A razão de ser da unidade BPCE-IT é construir juntos a tecnologia mais eficiente, inovadora, segura e útil. Nestas posições, os profissionais vão apoiar as ambições estratégicas de BPCE-IT para os vários clientes do Groupe BPCE a nível global: melhorar a qualidade do serviço prestado a colaboradores e clientes; reforçar as medidas de segurança informática, nomeadamente as destinadas a controlar os ciber riscos; e reforçar a experiência dos colaboradores, em particular a dos consultores, permitindo assim impulsionar o desenvolvimento dos negócios.”

“Podemos mesmo dizer que este é o maior tech playground que alguma vez existiu no Porto e que, por isso, é capaz de oferecer um alto nível de expertise aos colaboradores. Estamos a falar de 29 milhões de clientes externos dos serviços de BPCE-IT, seis milhões de clientes externos de online banking, o que equivalente a mais de metade da população portuguesa, e mais de 78.000 servidores”, conclui o responsável.

No total, a empresa pretende integrar 320 novos colaboradores, no âmbito da expansão da unidade BPCE-IT, no seu centro de excelência, no Porto, até 2025. Só este ano, a empresa já integrou 60 profissionais.

Os interessados podem consultar mais informações sobre as vagas, bem como submeter a candidatura, aqui.

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Presidente da CCDR-N pede modelo de gestão à medida da região

CCDR-Norte pede ao Governo um modelo de gestão à medida da região e um reforço da autonomia destes institutos. A região "não gera a riqueza que devia", e a gerada é "drenada pelo centralismo".

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, apelou, esta terça-feira, ao Governo um modelo de gestão das CCDR à medida de cada região, no âmbito da conversão das comissões em institutos públicos, tendo em conta as distintas realidades do país. No caso do Norte, por exemplo, criticou, “a região não gera a riqueza que devia”, e a gerada é “drenada pelo centralismo“. António Cunha também pediu um “reforço do estatuto dos dirigentes das delegações regionais, para diretores de serviços”, para terem mais autonomia de decisão nesta estrutura orgânica.

Durante a abertura do Seminário Estratégia Norte 2030, no Europarque, em Santa Maria da Feira, o presidente da CCDR-N apelou a que “na estruturação do novo modelo orgânico das CCDR, seja considerada a dimensão, a organização territorial e as características específicas de cada uma das regiões, em vez de adotar soluções tendencialmente uniformizadoras em todas as essas regiões, subdimensionando estruturas em algumas e, pelo contrário, subdimensionando noutras”.

O Norte constitui a região portuguesa com menor PIB [Produto Interno Bruto] por habitante. O Norte não gera a riqueza que devia, e a que gera é significativamente drenada por um centralismo com raízes sistémicas e profundas na sociedade portuguesa.

António Cunha

Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N)

A propósito do novo Programa Operacional Norte 2030 que é, esta terça-feira apresentado neste evento, António Cunha defendeu que não faz sentido uniformizar o país, fazer programas por igual, porque cada região tem características e necessidades próprias. “Existem programas regionais distintos, porque existem realidades distintas. Avisos normalizados, iguais para todas as regiões, … só quando fizer mesmo sentido”, sustentou. Deve-se, por isso, ter em conta, por exemplo, que “o Norte constitui a região portuguesa com menor PIB [Produto Interno Bruto] por habitante. O Norte não gera a riqueza que devia, e a que gera é significativamente drenada por um centralismo com raízes sistémicas e profundas na sociedade portuguesa”.

Por isso mesmo, defendeu o presidente da CCDR-N, “os princípios do gradualismo, da modularidade e da subsidiariedade também devem estar presentes na operacionalização da nova estrutura orgânica das CCDR — para evitar riscos de implosão ou descontinuidade de serviços”. Ou seja, explicou, designando o novo conselho diretivo das CCDR, IP [Instituto Público] e conferindo-lhe o mandato para, até determinada data, propor a estrutura orgânica que entende ser mais pertinente para assegurar o adequado exercício das suas competências na região em apreço, dentro do número de unidades atribuídas a essa CCDR”.

Perante centenas de autarcas e empresários da região, António Cunha disse que os 3,4 mil milhões de euros à disposição do Norte 2030 têm “uma maior alocação de verbas a tipologias que serão efetivamente geridas regionalmente”, em comparação com o programa Norte 2020. “O Programa Operacional Norte 2030 é orientado para responder aos principais desafios que este primeiro quartil do século XXI coloca ao país e à região”.

O responsável aproveitou ainda para destacar as “evidentes alterações climáticas, a incontornável transição energético-ambiental, a necessária transição digital, mas também a crise demográfica, e a geração de valor que assegure melhores níveis de rendimento e qualidade de vida” às populações.

Na estruturação do novo modelo orgânico das CCDR, deve ser considerada a dimensão, a organização territorial e as características específicas de cada uma das regiões, em vez de adotar soluções tendencialmente uniformizadoras em todas as essas regiões, subdimensionando estruturas em algumas e, pelo contrário, subdimensionando noutras.

António Cunha

Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N)

Ainda assim, António Cunha criticou o facto de ser “anacrónica a redação do acordo de parceria e, consequentemente, dos programas regionais, ao impor plafonds orçamentais ao OP5 [objetivo estratégico do desenvolvimento local] para os municípios que não são centros urbanos no PNPOT [Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território], numa divisão totalmente artificial pelo menos neste Norte, entre o rural e o urbano”. Por isso mesmo, defendeu, “importa alterar esta disposição sem sentido“.

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Mais de 250 municípios identificam 77 mil famílias em condições indignas

  • Joana Abrantes Gomes e Lusa
  • 4 Julho 2023

Ministra da Habitação indicou que 258 municípios têm atualmente Estratégias Locais de Habitação em execução, tendo identificado 77 mil famílias a viverem em condições indignas.

Dos 308 municípios do país, 258 estão neste momento a desenvolver Estratégias Locais de Habitação (ELH), no âmbito do programa 1.º Direito, disse esta terça-feira a ministra da Habitação, adiantando ainda que as autarquias identificaram 77 mil famílias a viverem em condições indignas.

Marina Gonçalves falava em audição regimental na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, durante a qual apresentou os dados atualizados, até 3 de julho, do 1.º Direito, programa criado em 2018 para encontrar soluções para as 26 mil famílias com carências habitacionais identificadas à data.

Há 1.300 habitações que esperamos que estejam concluídas até ao final de 2023“, referiu a governante, sobre o número de casas que deverão ser entregues até ao fim do ano no âmbito do 1.º Direito.

O número de casas já entregues mantém-se o mesmo em relação a abril, quando a ministra fez o anterior balanço do 1.º Direito no Parlamento, mas os fogos em obra ou a entrar em obra “no prazo de um ano” aumentaram para 7.500.

Nas próximas semanas teremos os primeiros contratos assinados” do programa Arrendar para subarrendar, acrescentou. Esta medida prevê que o Estado proponha o arrendamento voluntário de imóveis a privados – casas devolutas e prontas a habitar – para depois subarrendar essas casas a famílias com taxas de esforço máximas de 35%.

As casas serão arrendadas pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), que garante o pagamento pontual das rendas e, quando o contrato terminar, realiza a entrega das casas nas mesmas condições em que as recebeu.

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Delta Q desafia a gravidade em ativação de marca no Nos Alive

Os participantes no desafio proposto pela Delta habilitam-se a ganhar uma das seis máquinas Rise que são oferecidas no decorrer do Nos Alive.

A Delta Q vai desafiar os festivaleiros a viver uma “experiência perfeitamente ao contrário”, servindo a extração inversa do café como inspiração para a ativação da marca.

Tendo como protagonista a sua “mais recente inovação” – a Rise Delta Q – a marca pretende que todos os participantes deem corpo ao conceito “Perfeitamente ao contrário”, pelo que desafia grupos de três a quatro pessoas a apanhar balões em 20 segundos, o tempo estimado de uma extração invertida Rise.

Neste novo sistema de extração “inovador made by Delta, e único no mundo, o café é injetado debaixo para cima, pelo fundo da chávena, o que intensifica o paladar e os aromas naturais do café e traz ao de cima um creme persistente, mantendo a temperatura ideal, e proporcionando um expresso superlativo”, explica a marca em nota de imprensa.

Os participantes no desafio proposto pela marca habilitam-se a ganhar uma das seis máquinas Rise que são oferecidas no decorrer do Nos Alive.

A aposta da Delta Q no território da música é estratégica e reforça a premissa de ser uma marca jovem e transversal aos diferentes momentos de partilha à qual agora se junta Rise“, naquela que é “uma inovação tecnológica mundial da Delta que desafia a gravidade e dá um novo sentido à experiência de consumo de um café expresso”, refere a marca, pela 4ª edição consecutiva café oficial do festival.

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7ª sessão do Ciclo de Conversas debate desafios de uma transição justa

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  • 4 Julho 2023

A sétima sessão do Ciclo de Conversas, lançado pelo Município do Porto, aconteceu na passada quinta-feira, dia 29 de junho, e abordou o tema "Os desafios de uma transição justa".

O Porto Innovation Hub recebeu, na passada quinta-feira, dia 29 de junho, o sétimo momento do Ciclo de Conversas, promovido pela Câmara Municipal do Porto, no âmbito do Pacto do Porto para o Clima.

Esta foi a sétima de um ciclo de dez sessões, que teve como tema do debate “Os desafios de uma transição justa”. A discussão centrou-se, por isso, em abordar as estratégias necessárias para garantir que o caminho rumo à neutralidade carbónica se faz de forma equilibrada, equitativa e inclusiva, capaz de envolver todos os cidadãos.

Alguns dos desafios apontados durante esta sessão foram a pobreza energética, que torna necessário garantir que as políticas públicas e os movimentos de transição são abrangentes e apoiam as pessoas, especialmente as mais vulneráveis, no acesso e garantia a condições de vida dignas e adequadas, mas ao mesmo tempo sustentáveis e alinhadas com as preocupações climáticas e ambientais.

Nesta sessão foram, ainda, conhecidos alguns projetos e entidades que têm proativamente trabalhado nesta matéria, debateram-se estratégias em desenvolvimento, partilharam-se experiências e procuraram-se soluções inovadoras que beneficiem tanto os cidadãos como o planeta, de forma a promover uma visão local, nacional e global para e com as pessoas.

O debate, moderado por Rúben Fernandes, Administrador Executivo da Águas e Energia do Porto, contou com a participação de Maria do Rosário Palha, Senior Sustainability Manager da Fundação Calouste Gulbenkian; Mariana Almeida, Jurista do Departamento Jurídico e Económico da DECO e Isabel Azevedo, Diretora da Unidade de Energia do INEGI.

Pode assistir a toda a conferência no vídeo abaixo:

Pode, ainda, ouvir a conferência em podcast aqui:

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Vanguard compra fábrica da Saint-Gobain em Santo Tirso por 12 milhões

A Covipor que fatura 20 milhões de euros e emprega 100 pessoas em Santo Tirso foi comprada pela Vanguard. É o terceiro investimento da promotora imobiliária na construção industrial portuguesa.

A Vanguard Properties, em consórcio com a Permanente, holding portuguesa de José Maria Ferreira, anunciaram a aquisição da portuguesa Covipor, que atua no setor do vidro para construção civil, aos franceses da Saint-Gobain por 12 milhões de euros, apurou o ECO/Local Online. A aquisição aguarda aprovação da Autoridade da Concorrência.

“É com enorme satisfação que damos as boas-vindas à Covipor. Trabalhamos arduamente para que os nossos projetos sejam reconhecidos mundialmente e é, para nós, um orgulho enorme que contribuam para a economia nacional na sua fase de projeto e execução, recorrendo a matérias-primas e conhecimento português”, diz José Cardoso Botelho, CEO da Vanguard Properties, citado em comunicado.

Localizada em Santo Tirso, a Companhia Vidreira do Porto (Covipor), que pertencia à Saint-Gobain, fatura 20 milhões de euros por ano, emprega cerca de 100 trabalhadores, e é uma referência nas áreas da transformação e distribuição de vidro plano e montagem em obra, dirigido principalmente para os mercados da construção civil e decoração.

Para José Maria Ferreira, “esta aquisição acontece no âmbito de uma estratégia já pensada e analisada há algum tempo, no sentido de reforçar a sua visão e desejo de projetar o universo da construção para um patamar que sirva as necessidades do futuro e se adapte à evolução e inovação que vários outros setores têm alcançado”, afirma em comunicado.

Da esquerda para a direita: José Maria Ferreira (Permanente S.A.), José Martos (CEO Saint-Gobain Portugal) e José Cardoso Botelho (diretor-geral da Vanguard)

Desde 2021, este é o terceiro investimento estratégico da Vanguard Properties na construção industrial portuguesa. Esta operação cimenta a aposta da divisão de private-equity da Vanguard no setor da construção industrial portuguesa, estratégico para o desenvolvimento dos projetos futuros e em execução, nomeadamente o Terras da Comporta e o Muda Reserve. Em 2021 e 2023, a Vanguard Properties investiu 55 milhões nas empresas KŌZŌWOOD (Esponsende) e ECOSTEEL (Póvoa do Varzim), respetivamente.

No âmbito do consórcio formado com a Permanente S.A., detida por José Maria Ferreira, sócio da promotora na ECOSTEEL, a “Vanguard Properties assegura autonomamente a produção de vidro temperado e de vidro duplo para os seus edifícios de luxo”, diz a promotora.

A Vanguard conta neste momento no seu portefólio “com 22 projetos, urbanos e turísticos”, que se localizam em Lisboa, Oeiras, Algarve e Comporta e somam “uma área bruta de construção de cerca de mil milhões de metros quadrados acima do solo” e um investimento total de cerca de 1,2 mil milhões de euros.

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Despesa das famílias em saúde registou subida recorde de 17% em 2021

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

A despesa das famílias em saúde registou uma subida recorde de 17% em 2021, segundo a Conta Satélite da Saúde do INE, que justifica esta evolução da despesa com o aumento da procura de serviços.

A despesa das famílias em saúde registou uma subida recorde de 17% em 2021, segundo a Conta Satélite da Saúde do Instituto Nacional de Estatística (INE), que justifica esta evolução da despesa com o aumento da procura de serviços.

Segundo a Conta Satélite da Saúde, divulgada esta terça-feira, a despesa das famílias registou em 2021 o valor máximo da série disponível iniciada em 2000, ano em que foram registados “aumentos expressivos da despesa das famílias nos principais prestadores, nomeadamente em hospitais privados (+27,9%) e em prestadores privados de cuidados em ambulatório (+20,1%)”.

De acordo com o INE, “o aumento da procura de serviços de saúde pelas famílias justificou a evolução da despesa”.

Em 2021, adianta, a importância relativa da despesa suportada pelas famílias aumentou 1,0 pontos percentuais (p.p.) e, inversamente, diminuiu o peso do financiamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e Serviços Regionais de Saúde das Regiões Autónomas (SRS) (menos 0,9 p.p.).

Para 2022, as estimativas do INE apontam que a importância relativa do financiamento do SNS e SRS tenha aumentado novamente (+0,7 p.p.), em detrimento das famílias (-0,4 p.p.) e das outras unidades da administração pública (-0,5 p.p.).

“Denota-se que, nesses anos, as sociedades de seguros reforçaram ligeiramente o seu peso no financiamento do sistema de saúde (+0,1 p.p. em 2021 e +0,2 p.p. em 2022)”, salienta o Instituto Nacional de Estatística.

Na Conta Satélite da Saúde, o INE divulga os principais resultados para o período 2020-2022, tendo atualizado os resultados para os anos 2020 e 2021 publicados a 1 de julho de 2022.

Os dados divulgados neste destaque são finais para o ano 2020, provisórios para 2021 e preliminares para 2022, tendo sido compilados com base em informação disponível até ao final de abril de 2023.

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Taxas Euribor a três e 12 meses atingem novos máximos

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

As taxas Euribor desceram nesta terça-feira a seis meses e subiram a três e 12 meses, face a segunda-feira, para novos máximos nestes dois prazos.

As taxas Euribor desceram nesta terça-feira a seis meses e subiram a três e 12 meses, face a segunda-feira, para novos máximos nestes dois prazos.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu esta terça-feira para 4,164%, mais 0,019 pontos, face a segunda-feira, superando o máximo anterior que tinha sido fixado em 23 de junho deste ano. Nesse dia, a Euribor a 12 meses bateu um novo máximo desde novembro de 2008 fixando-se em 4,147%. Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 41% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 33,7% e 22,9%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,862% em maio para 4,007% em junho, mais 0,145 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, caiu terça-feira, ao ser fixada em 3,888%, menos 0,025 pontos que na segunda-feira, depois de ter subido em 23 de junho até 3,933%, também um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,682% em maio para 3,825% em junho, mais 0,143 pontos.
  • A Euribor a três meses, por sua vez, subiu hoje para 3,613%, mais 0,016 pontos, face ao dia anterior, superando também o máximo fixado em 23 de junho deste ano. Neste dia, a Euribor a três meses fixou-se em 3,610% em 23 de junho, um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 3,372% em maio para 3,536% em junho, ou seja, um acréscimo de 0,164 pontos percentuais.

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Unicre lança cartão único com as “melhores vantagens” para “descomplicar”

Com criatividade da Nossa, envolvimento na área digital a cargo da Ellephant Comunicação e estratégia de mediatização da Lift Consulting, a campanha vai estar no ar até ao final de agosto.

Fernando Carvalho, administrador da Unicre

A Unicre vai convergir num único cartão todas as ofertas de crédito da marca Unibanco. “Este é um importante passo na nossa estratégia de negócio, na medida em que deixamos de comercializar diferentes cartões, cada um com as suas vantagens, e passamos a centrar, num único cartão, as melhores vantagens – a possibilidade de efetuarem fracionamentos três vezes sem juros a pedido na app Unibanco para compras acima de 150 euros, isenção da comissão por pagamento com o cartão em estabelecimentos de venda de combustíveis no Espaço Económico Europeu (EEE), consulta e gestão de todos os movimentos do cartão na app, bem como associar o cartão às principais wallets, fazer pagamentos com Apple Pay, Google Pay, MBWay, Garmin Pay e Fitbit Pay, entre outras”, descreve ao +M Fernando Carvalho, administrador da Unicre.

Ao adotar um único cartão, com uma nova imagem, prossegue o responsável, a Unicre pretende também reforçar o compromisso com as áreas da sustentabilidade e responsabilidade social. “Além de ser produzido a partir de PVC 100% reciclado, este é um cartão inclusivo para pessoas com deficiência visual, já que conta com a identificação e carateres em braille”, justifica.

O responsável acredita que os impactos se farão sentir ao nível da instituição, dos clientes, do ambiente e da responsabilidade social. “Na perspetiva da organização, estamos a redefinir toda a nossa estratégia negócio ao integrar, num único cartão, as melhores vantagens Unibanco. Para os clientes, será um “descomplicar” dos pagamentos, uma vez que, a partir de agora, passam a utilizar apenas um cartão, mas mantendo as vantagens que tinham anteriormente. Conseguimos também reduzir o impacto ambiental tendo em conta que, ao ser composto por 100% de PVC reciclado, feito a partir de resíduos de plástico de diversas indústrias, este cartão contribui para uma considerável redução das emissões de CO2 responsáveis pelo aquecimento global”, concretiza Fernando Carvalho.

O cartão pretende ser também mais inclusivo, com a identificação e carateres em braille. O sistema foi desenvolvido pela Unidade de Produção e Personalização de Cartões da SIBS em parceria com a ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal.

Esta terça-feira arranca a campanha que comunica o novo cartão. Presente nas diferentes plataformas, o objetivo é gerar notoriedade junto de diferentes targets, adianta o responsável.

Com criatividade da Nossa, envolvimento na área digital a cargo da Ellephant Comunicação, e estratégia de mediatização da Lift Consulting, a campanha vai estar no ar até ao final de agosto.

A campanha, multimeios, destaca, “acima de tudo, aquela que consideramos ser a principal vantagem do cartão: a possibilidade de, a partir de agora, ser possível fazer fracionamentos três vezes sem juros para compras acima de 150 euros, tendo por base o conceito trividir“.

O claim é então “Basta trividir. E está pronto para ir”, que “retrata o facto de que os portugueses não precisam de realizar um esforço financeiro muito grande para conseguirem ir de férias, uma vez que existe agora a possibilidade de dividirem os pagamentos acima de 150 euros em três vezes sem juros”, explica Fernando Carvalho.

A campanha, enumera o responsável, está presente nos meios digitais, outdoors da Grande Lisboa, Porto, Litoral Norte e Centro e Interior Norte e Sul, rádio, TV Digital e Spotify.

A nova imagem do cartão está a partir desta terça-feira presente nos canais digitais Unibanco. A alteração está também a ser dada a conhecer “através de uma comunicação personalizada”, email marketing e newsletters, para os colaboradores, “também conhecidos por Unlockers”, parceiros e clientes.

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Porta 65 já recebeu mais de dez mil candidaturas

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Julho 2023

O programa que permite aos jovens entre 18 e 35 anos arrendarem casas à medida do seu rendimento teve mais de dez mil candidaturas este ano, segundo a ministra da Habitação.

A ministra da Habitação, Marina Gonçalves, revelou esta terça-feira que o programa Porta 65, que subsidia uma percentagem do valor da renda de jovens entre os 18 e os 35 anos, recebeu até agora mais de dez mil candidaturas.

Há mais de dez mil candidatos ao Porta 65“, afirmou a responsável, durante uma audição parlamentar na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.

O Porta 65 sofreu alterações este ano devido à escalada dos preços da habitação. Entre os ajustes conta-se uma atualização dos tectos máximos das rendas, um aumento da dotação orçamental do programa no OE2023 e o facto de já não ser necessário que o candidato faça coincidir a sua habitação permanente, para efeitos de atribuição do apoio, à sua morada fiscal. Além disso, o programa passou a estar aberto de forma contínua, ao longo de todo o ano.

Na audição, Marina Gonçalves disse também que o Governo ainda não tem dados da bonificação de juros no crédito à habitação, uma medida inserida no pacote “Mais Habitação” que já está a ser aplicada pelos bancos desde maio.

A bonificação de juros abrange famílias até ao limite máximo do sexto escalão de rendimentos do IRS, sendo que a “percentagem de bonificação vai depender do rendimento anual: é de 75% quando o rendimento não superar o limite máximo do 4.º escalão do IRS e de 50% quando o rendimento corresponder ao 5.º e 6.º escalão de rendimentos”.

Em causa estão os agregados com créditos à habitação própria e permanente, celebrados até 15 de março de 2023, cujo montante inicialmente contratado não exceda os 250 mil euros e que apresentem uma taxa de esforço igual ou superior a 35% do seu rendimento anual com o valor das prestações anuais do seu crédito.

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Consumo de gás cai para nível mais baixo desde 2016 no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 4 Julho 2023

O consumo acumulado anual registou uma contração de 21% no primeiro trimestre em Portugal. REN indica que se trata "do consumo mais baixo desde 2016 para o primeiro semestre do ano".

A produção renovável abasteceu 61% do consumo de eletricidade no primeiro semestre, com destaque para a eólica com 25% e a hidroelétrica com 23%, divulgou esta terça-feira a Redes Energéticas Nacionais (REN).

Segundo a REN, até junho a produção fotovoltaica abasteceu 7% do consumo de energia elétrica e a biomassa 6%, enquanto a produção a gás natural respondeu por 19% e os restantes 20% corresponderam ao saldo importador.

“No total do semestre, o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 0,79 (média histórica de 1), o de produtibilidade eólica 0,92 e o de produtibilidade solar 1,07”, lê-se no comunicado hoje divulgado.

Nos primeiros seis meses do ano, o consumo de energia elétrica ficou “em linha com o verificado no mesmo período do ano anterior”, apresentando uma redução de 0,3%, considerando os efeitos da temperatura e dias úteis.

Analisando apenas o mês de junho, o consumo de energia elétrica registou um crescimento homólogo de 0,5%, impulsionado pelas temperaturas acima da média. Com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis recuou 1,3%.

Em junho, o regime hidroelétrico foi mais favorável, registando 1,11 (média histórica de 1), enquanto nas eólicas e fotovoltaicas se verificaram condições abaixo dos regimes médios, com os índices a registarem 0,81 e 0,97, respetivamente.

Por sua vez, a produção renovável abasteceu 46% do consumo e a produção não renovável e a energia importada 27% cada.

No que diz respeito ao mercado de gás natural, no primeiro semestre o consumo acumulado anual registou uma contração de 21%, em resultado de quebras de 4,9% no segmento convencional e de 42% no mercado elétrico. “Trata-se do consumo mais baixo desde 2016 para o primeiro semestre do ano”, nota a REN.

No mês de junho, registou-se uma variação negativa homóloga de 19% no mercado de gás natural, com o segmento convencional a recuar 6,5% e o segmento de produção de energia elétrica a cair 32%.

De acordo com a REN, a quebra no segmento de produção de energia elétrica “deveu-se à maior disponibilidade de energia renovável, dado que não se verificou uma alteração significativa do saldo importador”.

Em junho, o abastecimento nacional efetuou-se integralmente a partir do terminal de gás natural liquefeito (GNL) de Sines, com o saldo de trocas através da interligação com Espanha a registar exportações equivalentes a cerca de 22% do consumo nacional.

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